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Camila C. Pereira
Fonoaudióloga – CRFa. 5-3110-6
Doutorando em Neuropsicologia
Mestre em Fonoaudiologia
Docente do Programa de Residência Multiprofissional pela UFMS
Especialista em Motricidade Orofacial
Especialista em Fonoaudiologia Hospitalar e em Disfagia
Terapia
Anatomofisiologia da Deglutição
FISIOLOGIA DA DEGLUTIÇÃO
▪ A alimentação é uma função vital que abrange aspectos orgânicos, neurológicos, sensoriais, motores,
emocionais e cognitivo
▪ É um processo que habilita a vida, no qual ingerimos alimentos de todas as consistências com segurança e
eficiência, mantendo assim as funções fisiológicas e bioquímicas normais
Fonte de prazer/desejo
EMOCIONAIS
Fatores psicossomáticos envolvidos
É uma resposta motora que inicia com uma determinada estimulação sensorial
▪ Todas as nossas respostas motoras dependem do grau e da situação do ambiente (utensílios, sabor,
temperatura, toque...)
Ser FonoHospitalar...
Qualquer alteração que impeça o processo de deglutição de forma segura e eficiente é classificada como
disfagia, podendo ser de origem:
1. Mecânica: acomete uma estrutura sensorial e/ou muscular envolvidas no processo de deglutição, tais como:
Cirurgias em região de cabeça e pescoço (oncológicas ou não), malformações, divertículo faringoesofágico,
traqueostomia ou IOT, DPOC dentre outras
2. Neurogênica: AVE, TCE, Doenças Degenerativas (Parkinson e Alzheimer), Doenças Neuromusculares (ELA,
Miastenia Gravis, Guillain Barre, Esclerose Múltipla), Tumores, Paralisia Cerebral, neuropatias periféricas, etc
3. Iatrogênica: medicamentosa
4. Psicogênica: sensação de “bolus” parado, medo para engolir
5. Senil (presbifagia): processo natural de envelhecimento que compromete a fisiologia da deglutição
ALGUNS QUESTIONAMENTOS
ASPIRAÇÃO LARINGOTRAQUEAL
BIOMECÂNICA DA DEGLUTIÇÃO
TIPOS DE INSTRUMENTOS - Rastreio
1) RASTREAMENTO: não utilizar, ao menos que o hospital esteja fazendo rastreio, porque isso não é avaliação clínica
(passa-falha). Uma coisa é saber se TEM RISCO PARA DISFAGIA, outra é entender e diagnosticar a biomecânica
▪ É um rastreio feito com água e que analisa voz, e isso exige treinamento.
CoDAS 2013;25(6):601-4
▪ Anamnese
▪ Indireta: o que será que na minha avaliação indireta pode impactar na direta?
2) AVALIAÇÃO CLÍNICA
▪ Direta
biomecânica da deglutição?
1º Anamnese
2º Avaliação Indireta
3º Avaliação Direta
4º Desfecho
1º PILAR:
Anamnese
Qual o principal objetivo?
afetar:
Pensando em área de lesão, qual tipo de lesão existe a possibilidade do alimento escorrer até a ppvv e o paciente não elevar a laringe?
1º Anamnese
c) Tipo de Alimentação: via oral, via alternativa ou combinada. Tem necessidade de adaptação de
consistência? Volume e utensílios? O que sente quando come (tosse / engasgo / tempo de alimentação /
d) Como lida com a saliva e com as secreções? Consegue escarrar? Necessita ser aspirado?
1º Anamnese
Nunca ficou internado, nunca teve nada, mas observa perda de peso grave, e voz rouca. Engasga muito durante a
alimentação e alimento sai pelo nariz, além de espirrar bastante durante alimentação. Antes tossia muito mais, agora tosse
menos enquanto come.
“Penetração e aspiração silente durante a deglutição para as consistências líquida e pastosa, aspiração após a deglutição
para a consistência pastosa”
Informada quanto a solicitação de Parecer Fonoaudiológico para Deglutição
1. Nível de Consciência
2. Nível de Comunicação
ALERTA
LETÁRGICO Dado de EXTREMA importância para a
colega ou a equipe multi “entender” suas
condutas no ato da sua
TORPOROSO avaliação/estimulação
COMATOSO
(MORTON e FONTAINE, 2014)
2. Nível de Comunicação
✓ Articulação Áfona: comunicação oral que realiza a articulação dos sons, mas sem a
emissão da voz
verbalizações
GLASGOW
GL456OW
Escala de Coma de Glasgow
Abertura Ocular → 4
Resposta Verbal → 5
GL456OW
Resposta Motora → 6
Escala de Coma de Glasgow
De: “Estímulo doloroso” Para: “Estímulo físico a pressão”
Escala de Coma de Glasgow
Escala de Coma de Glasgow
mov. retirada
decortificação
descerebração
Escala de Coma de Glasgow
ECG – P =
PONTUAÇÃO MÍNIMA: 1 PONTUAÇÃO MÁXIMA: 15
Oscilações do Nível de Consciência -
Delirium
- O delirium é uma perturbação súbita, flutuante e geralmente reversível da função mental. É caracterizado por uma
incapacidade de prestar atenção, desorientação, incapacidade de pensar com clareza, flutuações do nível de alerta
- Teste que faz avaliação e diagnóstico do delirium: CAM (Confusion Assessment Method)
3. Sinais Vitais – Linha Base
▪ Embora não haja sustentação teórica, não faz sentido liberar dieta VO num paciente que durante a
- Descobriram que engolir uma grande quantidade de líquido (100 ml) foi associado com quedas transitórias na
saturação de oxigênio em mais de 80% da população com DPOC, mas em apenas 25% da população saudável
- Engolir um grande volume de líquido normalmente requer um maior tempo de apnéia. O corpo responde aumentando
a frequência cardíaca para compensar este período de apnéia prolongado, daí a natureza transitória da dessaturação
- Ao invés de um evento de aspiração, é provavelmente a causa para uma queda na saturação de oxigênio nesses casos
3. Sinais Vitais – Linha Base
Morton et al (2002) relataram que a função respiratória anormal (> 25rpm) é mais comum em pacientes que
aspiram do que nos que não aspiram
→ Uma frequência respiratória mais alta compromete a duração suficiente da apneia de deglutição
Morton R, Minford J, Ellis R, Pinnington L. Aspiration with dysphagia: the interaction between oropharyngeal and respiratory impairments. Dysphagia. 2002;17:192–6.
3. Sinais Vitais – Linha Base
- Eupneico: 16 a 20 RPM
- Bradipneico: ˂ 16 RPM
- Taquipneico: ˃ 20 RPM
AFASIA: É uma alteração da linguagem decorrente de uma lesão cerebral, comumente no hemisfério
esquerdo. Importa para a adesão ao tratamento e não para biomecânica
- Qual o seu nome? Aonde o senhor está? Que ano estamos? Qual cidade mora? Quantos anos tem?
- Sorria. Aperte minha mão. Aponte a caneta. Abra a boca. Feche os olhos.
4 maio 6 junho
Alteração de Linguagem X Preditivo Aspiração
- Objetivo de verificar se responder perguntas de orientação (Nome? Aonde está? Qual ano estamos?) e seguir
comandos verbais simples (Abra a boca; coloque a língua para fora; sorria) eram preditivas de risco para aspiração
(funcionamento cognitivo básico)
- Foram analisados dados de 4.070 pacientes com diferentes fisiopatologias de base
- Risco de aspiração maior em 57% para líquidos, 48% para pastoso e 69% para qualquer consistência
- O fato do paciente não conseguir responder a perguntas de orientação ou seguir comandos verbais simples deve
alertar o profissional para a probabilidade aumentada de risco de aspiração
Os distúrbios da fala adquiridos por uma lesão neurológica podem
ser reunidos em APRAXIA DA FALA e DISARTRIA
APRAXIA
- Apraxia motora
APRAXIA - Ideatória: inabilidade de fazer uso de um objeto ou gesto devido à perda do conhecimento de suas funções
- Ideomotora: distúrbio na performance dos movimentos necessários para o uso de objetos, para a realização de
gestos ou uma sequência de movimentos isolados
- Limb apraxia: inabilidade para sequencializar os movimentos dos braços, pernas, mãos e pés
durante uma ação voluntária
APRAXIA IDEOMOTORA - Apraxia orofacial, bucofacial ou não-verbal: déficit na habilidade de sequencialização dos
movimentos voluntários não-verbais de OFAs e de outras estruturas orais associadas
- APRAXIA DA FALA: déficit na habilidade de sequencializar comandos motores necessários para o
posicionamento correto dos articuladores durante a produção voluntária da fala
... Nos apráxicos
Na avaliação clínica precisa se atentar para as apraxias
bucofaciais
▪ Disartria flácida (lesão em NMI, no SNP) é correlacionada a casos mais graves de Disfagia
C) Avaliação Estrutural de OFAs
✓ Sensibilidade
✓ Força (contra-resistência)
alimento
O que fazer quando observa que há escape salivar e ausência de força labial? Devo
prosseguir para avaliação direta?
- Cuidar com posição de cabeça, caneca nunca com nível baixo de líquido
Canudo sanfonado
- VANTAGEM: reduz o escape extra oral e estimula orbicular dos lábios, além
de ser possível controlar volume
Realizado tentativa de avaliação clínica da deglutição, contudo paciente apresentava-se letárgico, comunicação ausente, Glasgow
(3+4+6=13-0=10), SO2 98%, 74BPM, eupneico. Sem acompanhante no momento da visita.
Foi possível observar redução da frequência de deglutição com incontinência oral salivar e comprometimento no selamento labial.
Realizo aplicação de bandagem funcional em músculo milohioideo visando aumentar frequência de deglutição e no músculo
orbicular dos lábios com intuito de favorecer o selamento labial.
Informo que retorno amanhã para nova tentativa de avaliação clínica da deglutição.
Acompanho.
LÍNGUA
▪ ↓ de força e mobilidade de língua = escape oral posterior = como está a resposta faríngea?
MOBILIDADE:
- Movimentos isolados com apoio ou não tátil/espátula (atende comando volitivo): 4
pontos cardeais
Peço para colocar língua para fora e ele tem desvio → tendência a dizer que tem fraqueza de hemi-língua
Mas se ele não tem uma lesão infra-tentorial e o AVC dele foi no giro pós-central (área de representação
sensorial), ou seja, lesão cortical parietal → tendência a pensar que o desvio é decorrente de uma alteração
sensorial
Isso muda tudo, estratégias terapêuticas totalmente diferentes: ao invés de passar exercício de mobilidade,
deve-se trabalhar sensorial
LÍNGUA
FORÇA:
- Movimento de contra resistência para as laterais com a digital (fraqueza de hemi língua x resíduo alimentar
em vestíbulos)
LÍNGUA
FONOARTICULAÇÃO:
Omissão ou distorção dos fonemas posteriores pode acarretar falta de pressão de base
de língua com a parede posterior da faringe e escape posterior
LÍNGUA
FUNÇÃO/FONOARTICULAÇÃO:
Se a dificuldade está em ponta e borda, a língua fica planificada, perde a concha, fica
esparramada, engasga com líquido (de menor volume) e saliva
“Eu engasgo com cafezinho, mas não engasgo com café com leite”
coca-cola tango
calha lata
caqui ilha
cara neto
canga data
Você avaliou... A língua não mexe!!!
O que fazer???
Entender a FISIOPATOLOGIA...
Não mexe porque NÃO SENTE (alteração sensorial), não mexe porque tem APRAXIA
BUCOFACIAL
OU
Não mexe porque há DESENERVAÇÃO ou NEUROPROGRESSIVO???
Como que se avalia SENSIBILIDADE
de língua???
Fazer toque com palito de dente NÃO É AVALIAR, é ESTIMULAR
Se o paciente tem uma lesão no giro pós-central ele não mexe porque não sente
Dados da Avaliação:
- Não protrui
- Não lateraliza
- Sialorreico
Hipótese Diagnóstica:
Sensorial
SENSIBILIDADE DA LÍNGUA
- Dor
- Tato
▪ GERAL (exteroceptiva) - Temperatura
- Localização
- Pressão
naquele local
▪ Saburra lingual
▪ Volume salivar
▪ Xerostomia
▪ Área da lesão
▪ IOT
▪ Dieta enteral
“Ele não engole, porque ele não sente”
▪ Existe uma íntima relação entre déficits sensoriais e resposta da deglutição, isto é, a entrada sensorial
reduzida contribui para o prejuízo da resposta motora (Alvarez-Berdugo et al. Oropharyngeal and laryngeal sensory innervation in the
pathophysiology of swallowing disorders and sensory stimulation treatments. Ann N Y Acad Sci. 2016 Jul;21:1‐17.
TÉCNICA DE HIGIENE ORAL
MATERIAIS UTILIZADOS:
- Escova dentária macia
- Creme dental
- Limpador/raspador de língua (“colher funda de metal”)
- Água oxigenada 10 volume (casos extremos)
- Clorexidina a 0,12%:
AMBIENTE HOSPITALAR: Riohex Gard 0,12% (Indústria Farmacêutica Rioquímica)
AMBIENTE DOMICILIAR: digliconato de clorexidina a 0,12% OU Listerine SEM álcool
TÉCNICA DE HIGIENE ORAL
TÉCNICA DE HIGIENE ORAL
ETAPAS:
1) Escovar os dentes
2) Limpar a língua
3) Finalizar com bochecho (30 seg.) ou “bonequinha”.
Por causa dos receptores protetores dos músculos: FUSO MUSCULAR (ventre) e
ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI (tendão)
P: Como podemos inferir que o paciente possa ter escape oral posterior???
R: Através de um comprometimento importante de coordenação motora oral (Parkinson, ELA, AVE, TCE...).
Tal fato pode levar P e/ou A ANTES da deglutição
P: De que forma o EOP pode ser um RISCO EMINENTE para a segurança da via aérea?
R: Vai depender da fisiopatologia de base, ou seja, em que momento houve a RESPOSTA FARINGEA
Deglutição Salivar
▪ Deve ser avaliada de forma espontânea, não pode dar ordem para engolir
▪ Tomar nota: houve escape salivar? Há umidade nos cantos da boca? Engasga com a saliva? Faz ensaios
deglutitórios? Frequência de deglutição diminuída? Usa algum pano para se limpar? Molha
consideravelmente travesseiro ou roupas?
Escala de Thomas Stonell Greenberg
Na presença da sialorreia, é necessário quantificar a frequência e gravidade da sialorreia, assim como o seu impacto na
qualidade de vida não apenas do paciente, mas também dos seus cuidadores (n° de toalhas/paninho de boca que usa
em média em um dia)
Usar 9j IV em:
✓ CAE (1 ponto): luz direcionada para parótida
✓ Glândula parótida (2 pontos): luz irradiada exatamente
no ponto, aparelho em 90°
✓ Glândula submandibular (1 ponto): aparelho em 90°
✓ Glândula sublingual (1 ponto): aparelho inclinado
OBSERVAÇÕES:
- Fazer de 2 a 3X/semana
- Caso pele seja escura, fazer 6j
- Manter aplicação até atingir resultado e
posteriormente realizar apenas modulação salivar com
3 a 4j IV nos mesmos locais
BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL
▪ VOZ: hipernasalidade
▪ FALA: imprecisão articulatória nos fonemas plosivos (porque precisam de plosão) e nos
fricativos (porque precisam de direcionamento de fluxo de ar)
OBS.: fazer Prova de Gusmann (emitir /i/ sustentando e apertar o nariz algumas vezes): considerada + quando há escape
de ar pelo nariz
OBS.: usar Espelho de Glatzel para verificar escapes intermitentes – passar o espelho e ver se está baforando no momento
que deveria estar fechado
SINAL DA “CORTINA”
▪ Resposta motora reflexa desencadeada em resposta a estímulos nocivos. Mede a resposta dos receptores táteis de
superfície e a informação aferente viaja por meio de PC X (e possivelmente alguma parte de IX)
▪ Não há relação direta de ausência de GAG com quadros disfágicos
▪ Avalia-se porque podem estar exacerbados em alguns casos neurológicos. É uma forma de avaliar PC X
▪ Tarefa: Tocar a base da língua ou a parede posterior da faringe. Observar qualquer contração da parede faríngea ou do
palato mole
▪ Quando você avalia X acaba avaliando os 3 ramos dele:
- Ramo faríngeo: fechamento do véu palatino que evita refluxo nasal e sensibilidade da orofaringe
- Ramo laríngeo superior: sensibilidade laríngea e elevação laringea
- Ramo laríngeo recorrente: proteção de vias aéreas e reflexo de tosse
Espirro e Coriza
Quem inerva o nariz é o PC V, desse modo ESPIRRO e CORIZA DURANTE as refeições pode ser indicativo de
ALTERAÇÃO VELOFARÍNGEA, uma vez que um pouquinho de comida pode adentrar a nasofaringe no ato da
alimentação
Mecanismo Glótico Reflexo
Em quais casos pode estar comprometido nos pacientes NÃO
traqueostomizados?
▪ Lesão de tronco
▪ Cirurgia cabeça e pescoço
▪ Pacientes recém extubados (≤ 24 horas)
▪ Cirurgias viscerais ou de região torácica
ASPIRAÇÃO X TRAQUEOSTOMIA
▪ Dor
Skoretz, SA. et al. A Systematic Review of Tracheostomy Modifcations and Swallowing in Adults. Dysphagia, 2020
Qualidade Vocal
▪ Avaliação do funcionamento laríngeo com ênfase específica na qualidade vocal. Deve ser realizada ANTES e
APÓS a oferta (Avaliação Indireta e Direta da Deglutição)
▪ O parâmetro que tem maior acurácia é a qualidade vocal como sugestivo de penetração laríngea e
aspiração traqueal
▪ Buscamos rouquidão, soprosidade, afim de checar paralisia de ppvv (IOT prolongada, lesão infratentorial,...
▪ Qual o impacto da paralisia de ppvv na deglutição? Qual o impacto da intensidade vocal no desfecho?
▪ Tarefa:
- Peça ao paciente para prolongar um som / ah / pelo maior tempo possível
- O que observar? Rouquidão e qualidade vocal úmida
“Voz Molhada”
Importante sinal clínico de P e/ou A laringotraqueal
- ALTERADA: ruidosa - consegue lidar com a secreção? Consegue fazer clearance após solicitar manobra de
limpeza?
*TENTAR MANOBRA DE LIMPEZA
▪ A ausculta cervical deve ser usada para auxiliar na somatória dos dados da avaliação para
estabelecer o desfecho
Como eu uso a Ausculta Cervical?
2º - Se estiver ruidosa, realizar manobra de limpeza e verificar se foi efetiva ou não (tomar nota)
3º - Vai ofertar o alimento se não houve o clearance? DEPENDE, depende MUITOOOOO da somatória de
fatores
4º - Se estiver limpa, isto é, AUSCULTA CERVICAL LIMPA, ou se a manobra foi efetiva, inicia-se a avaliação
direta da deglutição
Elevação Laríngea
▪ A medição da elevação hiolaríngea tem sido proposta como parte da avaliação clínica desde 1980
▪ Vários estudos em VDG mostraram subsequentemente a correlação entre a diminuição da elevação
hiolaríngea e a aspiração
▪ A percepção tátil pode ser mais saliente do que visual para avaliar elevação laringea (Lee et al., 2017)
Park T, Kim Y, Oh BM. Laryngeal closure during swallowing in stroke survivors with cortical or subcortical lesion. J Stroke Cerebrovasc Dis 2017; 26: 1766–
1772
Zhang J, Zhou Y, Wei N, et al. Laryngeal elevation velocity and aspiration in acute ischemic stroke patients. PLoS ONE 2016; 11: e0162257.
Lee JW, Randall DR, Evangelista LM, Kuhn MA, Belafsky PC. Subjective assessment of videofluoroscopic swallow studies. Otolaryngol Head Neck Surg.
2017;156(5):901–5
Elevação Laríngea
▪ Será que conseguimos observar com fidedignidade a elevação laríngea apenas com deglutição salivar?
E quando não deglute de forma
espontânea?
- Bandagem em digástrico
(ventre anterior e posterior)
Uma observação...
P: Eu tenho como saber, através da avaliação clínica, que meu paciente apresenta resíduo faríngeo?
R: Através da incoordenação motora oral, de um mal fechamento do EVF, de uma alterada elevação
laríngea. Tais fatos podem impactar na abertura do EES, na contração da faringe, promovendo os resíduos
▪ Tosse efetiva necessita de boa capacidade muscular inspiratória para gerar um bom fluxo expiratório
▪ Nada vai funcionar se não interferir na FR e para que isso aconteça é necessário aumentar o VC, em outras palavras,
TOSSE INEFICAZ
“A pressão subglótica da teoria da deglutição indica que os receptores mecânicos da laringe localizados abaixo das pregas
vocais verdadeiras têm um papel na regulação da função da deglutição e que a sinalização aferente usada na deglutição
provém do sistema respiratório”
AR/PRESSÃO = SENSIBILIDADE
(Gross et al., Direct Measurement of Subglottic Air Pressure While Swallowing. Laryngoscope 116: May 2006)
Tosse
- TÉCNICA SUBJETIVA: voluntária (Resposta de tosse ao comando: FORTE X FRACA) e reflexa (Tosse
espontânea em resposta a um irritante)
PEAK FLOW
▪ Pedir ao paciente para inspirar profundamente e em seguida realizar uma expiração forçada
▪ Devem ser realizadas três repetições de aplicação da técnica e considerar a melhor mensuração
AVCi
- PF + videofluoroscopia
- Recomenda-se avaliação objetiva do pico do fluxo de tosse durante a avaliação clínica da deglutição!
- OBJETIVO: identificar pessoas com doença de Parkinson (DP) que estão em risco de aspiração através do PFT
devido a alta prevalência de pneumonia por aspiração