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VÁLVULA FONATÓRIA:

Recurso para tratamento da disfagia

Christiane Albuquerque
FASE ORAL

FASE FARÍNGEA

Christiane Albuquerque 2016


Deglutição em pacientes com
via aérea artificial
O uso prolongado da VM pode resultar em incoordenação entre
deglutição e respiração, além de alterações morfofuncionais
orofaríngeas.
(Solh , 2003; Davis, 2004 )

FATOR DE RISCO IMPORTANTE PARA A OCORRÊNCIA DE


DISFAGIAS E ASPIRAÇÃO.

Elpern ,1994; Larminat, 1995; Leder, 2002 e Simão, 2009.

Christiane Albuquerque 2010


TRAQUEOSTOMIA
Christiane Albuquerque 2016

Muitos estudos referem que a traqueostomia pode impor limitações


mecânicas e neurofisiológicas a função laríngea e alterações
morfofuncionais ao processo de deglutição.
(Betts, 1965; Elpern, 1995, Diekman & Kazandjian, 1995; Leader,2002; Suiter, 2003, Padovani, 2007.)

 redução da elevação e anteriorização hiolaríngea


 alteração do processo de umidificação, aquecimento e filtragem do ar;
 diminuição da anteriorização e elevação da laringe
 diminuição sensória da gustação, do olfato e da sensibilidade laríngea e
faríngea;
 redução da pressão aérea sub-glótica
 risco de obstrução esofagiana
 fechamento glótico incompleto

(Elpern, 1994; Diekman, 1995; Goldsmith, 2000; Suiter, 2003; Davis, 2004; Alonso, 2008.)

fator de alto risco para aspiração, principalmente se associada ao uso de


cuff
Magda Rodrigues Simoes

Doente Critico Agudo Condições e parâmetros


Doente Crítico Cronico ventilatórios

Definição de critérios e
protocolos
multidisciplinares
Establidade
Nível de Interação e Alerta Hemodinâmica do
paciente
Cuidado em Disfagia - time
Intervenção em UTI: Literatura
Profissionais especializados em disfagia são necessários na terapia
intensiva e o Tratamento precoce deve ser iniciado durante a permanência do
paciente na UTI. Sugere-se que médicos intensivistas devam, portanto, ter noções
básicas de disfagia.
Michaels, G. Med Klin Intensivmed Notfmed. 2014 Jun Jun 7

As modalidades de tratamento focam em mudar a consistência dos alimentos,


mudando de posição, o horário das refeições, e / ou a colocação de tubos de
alimentação para evitar a aspiração. O custo anual com distúrbios da deglutição em
pacientes hospitalizados é estimado em mais de US $ 500 milhões e sugere-se que
as pesquisas também devem concentrar-se no desenvolvimento de novos
tratamentos que visam a gravidade da disfagia..

Macht M. Crit Care Med. 2013 Oct;41(10):2396-405

As principais estratégias ainda se concentram em adpatações e compensações e


são necessários ensaios clínicos controlados.
Zielske J. Med Klin Intensivmed Notfmed. 2014 outubro; 109 (7): 516-25.
-Triagem e classificação de risco em UTI

-Avaliação Especializada

-Avaliação de seguimento e monitoramento

-Orientação

-Fonoterapia
BENEFÍCIOS :

-DIRECIONAMENTO DE VOLUME DE AR

-RESSENSIBILIZAÇÃO DA FARINGE E LARINGE

-FAVORECIMENTO DA ADUÇÃO GLÓTICA

- RESTABELECIMENTO DA PRESSÃO AÉREA SUB-GLOTICA


CRITÉRIOS DE INDICAÇÃO:

 -POSSIBILIDADE DE DESINSUFLAÇÃO DO CUFF;


 -AUSENCIA DE ALTERAÇÕES DE PREGAS VOCAIS OU QUAISQUER CAUSAS
OBSTRUTIVAS;
 -BOM NÍVEL DE INTERAÇÃO;
impossibilidade de desinsuflação do cuff, obstrução de via área superior,
paralisia de ppvv; aprisionamento de ar; risco de barotrauma, volutrauma,
carbonarcose;
 Considerar necessidade de oferta de mais de 7litros de O2.

C.ALB 2009
Christiane Albuquerque 2014
CUFF SEMPRE DESISNSUFLADO!!!!
 Pacientes Inconscientes e/ou em Coma;

 Cuff Insuflado;

 Obstrução de VAS, traqueia ou laringe;

 Estagio terminal de doenças pulmonares;

 Instabilidade Médica Aguda;


 Hipersecreção (Secreções em grande abundancia ou espessas);

 Risco Agudo de Aspiração;

 Elasticidade Pulmonar Severamente Reduzida;

 Paralisia de pregas vocais em adução

 Não deve ser usado durante o sono.


• BIAS OPEN • BIAS CLOSE
– Válvula permanece – Sistema de fechamento
Aberta automático ao final da
Inspiração
– Necessidade de
exalar contra o – Não há a necessidade de
diafragma da Válvula exalar contra a válvula
para fechar para obter o seu
Fechamento
– escape de ar pela
Válvula – Não requer esforço do
Paciente
– Probabilidade da
Entrar secreção na – Restaura PEEP
Cânula e na válvula fisiológico
Tipo Bias Open

Tipo Bias CLOSE • Biesalski (bias open)

Passy Muir •Shiley Phonate (bias open

► COM e SEM ventilação mecânica •Shikani (bias open)

• Tracoe (bias open)

• Montgomery (bias open)

•Blom LPV (bias open)

►Uso SEM Vent. Mecânica


SEM VENTILAÇÃO MECÂNICA:

• Shiley Phonate Speaking Valve

• Montgomery Speaking Valve

• Passy Muir Speaking Valve

COM VENTILAÇÃO MECÂNICA

• Montgomery Vent-Trach
• Passy Muir
Christiane Albuquerque 2016
Christiane Albuquerque 2016
“Positive Closure”

Sistema de fechamento automático ao final da inspiração


Não há a necessidade de exalar contra a válvula para fechar
Não requer esforço do paciente
Pressão de abertura menor que 02 cmH2O
Gera 02 cmH2O de PEEP
Válvula de Fala e Deglutição:
Avaliação

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - AVALIAÇÃO


✓Tolerânica Fisiológica

-Patência das VAs


- Tolerância a deflação do cuff, manejo de secreção e PIT

Monitoração dos Sinais Vitais: FC, Sat O2, FR, WOB, Cianose.

✓Tolerância comportamental

Atenção aos pacientes DPOC


Material enviado e gentilmente cedido por Gustavo Ghion
AVALIAR RISCO DE AIR TRAPPING

MANOMETRIA INTRATRAQUEAL

< 6 cmH2O possível adaptar em segurança


6 a 10 cm H2O utilizar sob supervisão
> 10 cmH2O contra-indicado uso da válvula
PARA USO EM VENTILAÇÃO MECÂNICA

✓Critérios Ventilatórios

• FiO2 < 60%


• PEEP < 10 cmH2O
• PIP < 40 cmH2O

✓ Desinsuflar TOTALMENTE o cuff


✓ Avaliar a pressão intratraqueal
✓Retirar o filtro de umidificação passiva
✓Ajustar parâmetros ventilatórios
✓Verificar necessidade de base aquecida
Ventilador Mecânico e Circuito Respiratório

Slide gentilmente cedido por Tatiana Loureiro e Livia Scelza


Christiane Albuquerque 2016
Christiane Albuquerque 2014
Christiane Albuquerque 2016
Christiane Albuquerque 2016
Christiane Albuquerque 2016
Christiane Albuquerque 2016
✓Peso do circuito
✓Vapor úmido – névoa
✓Medicação – push de medicamentos

Higienização
fundamental e complexo na rotina
Christiane Albuquerque 2016
 Elpern et al (1987) – incidência de
aspiração 8 a 87%.

 Elpern et al (2000) – Estudo


videofluoroscópico da freqüência de
aspiração em pacientes
traqueostomizados com o uso da
PMV.Redução da incidência de
aspiração na consistência líquida fina
com o uso da PMV.
Ano: 2000
 Dettelbach M, Gross RD et al (1995) – estudo
videofluoroscópico.
n=11 traqueostomizados não dependentes de
prótesevventilatória– redução aspiração de líquidos com o uso
da PMV;
Segundo os autores a redução da incidência de aspiração
com o uso da PMV se dá pelo desenvolvimento de uma pressão
subglótica positiva durante a expiração, o que não ocorre com a
cânula aberta ou tamponada.

 Stachler et al (1996) – N = 11– redução da aspiração de líquidos


com a PMV;

 Leder SB et al (1996) – N = 20 – não obteve influência na


prevalência de aspiração durante a oclusão da traqueostomia.
 Suiter D et al (2003) - estudo sobre
efeito da desinsuflação do cuff e
válvulas de fonação na fisiologia da
deglutição – incidência de aspiração.

Estudo videofluoroscopico de 14
pacientes traqueostomizados não
dependentes de ventilador em 3
conduções: Cuff insuflado, cuff
desinsuflado e com PMV.

Adaptação da válvula de fonação


com significante impacto na
restauração da pressão aérea
subglótica.
Ano: 2003
Ano: 2003

Resultados:

 Cuff insuflado ou desinsuflado – não houve redução no índice ou


severidade de aspiração.

 Cuff insuflado, desinsuflado e PMV – Redução escore de


penetração laríngea e aspiração de líquidos com a PMV (
principalmente no semi líquido). Melhor excursão laríngea na
consistência líquida.

 PMV - houve significante redução no índice e na severidade da


aspiração de líquidos.
Ano: 2009
OBRIGADA!!!!!
christianealbuquerque@gmail.com

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