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HABILITAÇÃO E

REABILITAÇÃO AUDITIVA

Profa. Dra. Natalia Barreto Frederigue Lopes


natifrederigue@usp.br
AUDIOLOGIA EDUCACIONAL

É uma área de atuação que tem como


objeto de estudo a audiologia voltada para
a educação de pessoas com deficiência
auditiva.
HISTÓRICO
Antiguidade greco-romana (4000a.C. – 476d.C.):
 Os surdos não eram seres humanos competentes -
pressuposto de que o pensamento não podia se
desenvolver sem linguagem, e esta não se desenvolvia
sem a fala.
 Quem não ouve não fala e não pensa, não podendo
receber ensinamento, e portanto não aprender.
HISTÓRICO
Idade Média (476 - 1453):

 Surdos continuavam a ser vistos como não-humanos a


partir de uma visão religiosa: não poderiam ser
considerados imortais já que não podiam falar os
sacramentos.

 Surdo-Mudo: incômodo para a igreja cristã.


HISTÓRICO
Final da Idade Média:

 Educação do surdo na forma de preceptorado: professor


que se dedicava inteiramente a um aluno para ensiná-lo
a falar, ler e escrever para que ele pudesse ter o direito
de herdar os títulos e a herança familiar. Educação de
filhos de nobres.
HISTÓRICO
 Método manual e o ensino da leitura/escrita.

 Século XVIII: Surge o oralismo por meio de técnicas


de leitura orofacial.

 Século XIX surge o método auditivo a partir do avanço


da tecnologia.

 Alexander Graham Bell: um dos maiores expoentes


para o desenvolvimento do oralismo e do método
auditivo.
HISTÓRICO
Época Autor (ano) Local Acontecimentos

Primeiro a tentar, com exames do ouvido, treinamento


Itard Paris sistemático. Iniciou o treinamento de discriminação
auditiva de intensidade e freqüência de sons de
(1805) (França) instrumentos e discriminação de vogais, consoantes e
palavras com crianças com audição residual.

Blanchet, Piroux e Paris, Nancy


outros professores e Bern Seguiram os princípios de Itard.
Século (a partir de 1838) (França)
XIX

Wolff conduziu a instrução ortofônica e ortoacústica,


nas quais as crianças surdas foram ensinadas
Beck, Jäger e Wolff simultaneamente a falar e a ouvir. Ele orientava que as
Alemanha
(1800-1850) crianças pronunciassem as palavras completas, ao
invés de terem de aprender primeiro a pronunciar todos
os sons individualmente.

Tonybee Bons resultados do treinamento auditivo em pacientes


Inglaterra
(1860) com resíduos auditivos.

Tabanez, 2007
HISTÓRICO
Época Autor (ano) Local Acontecimentos

Em 1872, abriu uma escola de formação de


professores de surdos em Boston, Massachusetts.
Reconheceu o valor da contribuição de Itard,
recomendando o treinamento auditivo e liderando o
desenvolvimento da abordagem auditivo-oral para o
Bell ensino dos surdos. Suas inovações tecnológicas
EUA
(a partir de 1872) contribuíram para o treinamento auditivo e para a
fundação da Alexander Graham Bell Association for the
Deaf, em 1890. As experiências para o
Século desenvolvimento de um aparelho de amplificação
XIX eletrônico levaram ao desenvolvimento do telefone, em
1876.

Gallaudet Bons resultados em crianças surdas-mudas após


EUA
(1884) treinamento com exercícios auditivos metódicos.

Currier e Gillespie New York e


Conduziram programas de treinamento auditivos
Nebraska
(a partir de 1884) similares ao de Gallaudet.
(EUA)

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Época Autor (ano) Local Acontecimentos

O treinamento auditivo era realizado falando-se


diretamente no ouvido da criança e consistia no
treinamento da discriminação de diferentes vogais,
consoantes, palavras simples e sentenças, inicialmente
com uma única voz e depois, com vozes de diferentes
Urbantschitsch Viena/Dublin timbres. Em estágios mais avançados, o treinamento foi
(1888-1906) (Áustria) em ambientes com diferentes ruídos de fundo.
Os exercícios metódicos eram realizados algumas vezes
ao dia.
Em 1985 publicou o primeiro livro dedicado à explanação
dos benefícios e técnicas de treinamento auditivo para
indivíduos com perda auditiva.
Século
XIX Verrier Paris
Construção de equipamento
(1890-1899) (França)

Construiu um instrumento (Tonreihe) capaz de testar a


audição qualitativa e quantitativamente de 16 a 16000 cps
Berzold Propôs um treinamento auditivo que utilizava unidades de
Munique
fala mais longas, atualmente chamado de treinamento
(1889-1893) (Alemanha)
auditivo sintético. A expressão exercícios metódicos de
audição deveria ser mudada para instrução de fala por
meio da audição.

Goldstein Utilizou o método de Urbantschitsch, com quem trabalhou


EUA
(1895-1897) em 1893, em Viena.

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HISTÓRICO
Época Autor (ano) Local Acontecimentos

Médicos, professores e técnicos criaram vários aparatos


1890 a 1930 acústicos e elétricos para imitar, reproduzir ou aumentar a
intensidade da voz humana, para usar no treinamento
auditivo.
Construiu um aparelho auditivo chamado Vielhörer (um
Rheinfelder Berlin
grande trompete com tubos que se conectavam aos dois
(1902) (Alemanha)
ouvidos).
Demonstração do primeiro audiômetro. A seguir, houve
um decréscimo no número de trabalhos que relatavam
1921 que os resultados do treinamento auditivo poderiam ser
verificados pela audiometria.

Bárczi Budapeste Iniciou o treinamento auditivo em 1922, de acordo com o


Século (1922-1936) (Hungria) método de Urbantschitsch.
XX
Após um longo período de interrpupção de suas
atividades (1987 a 1913), em 1914 voltou a trabalhar com
o treinamento auditivo e continuou a propagando as idéias
Goldstein de Urbantschitsch.
EUA
(1920-1939) Em 1939 lançou seu livro “O método acústico”. Foi o
fundador do Central Institute for Deaf, em St. Louis.
Fundou a revista Laryngoscope sendo a primeira
especialidade da ORL.

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HISTÓRICO
Época Autor (ano) Local Acontecimentos

O uso dos audiômetros e as técnicas de condicionamento


forneceram informações específicas sobre o tipo e grau da
perda auditiva. Os audiogramas demonstraram que as
1940 crianças possuíam audição residual, que os limiares
audiométricos poderiam melhorar com o uso dos AASI e
que os audiogramas não permitiam determinar o uso que
as crianças fariam da sua audição residual.

Século As experiências com veteranos da II Gerra Mundial, que


XX apresentaram perdas auditivas decorrentes de trauma
acústico e receberam aparelhos auditivos e reabilitação
auditiva; assim como os avanços tecnológicos,
contribuíram para o desenvolvimento da audiologia, na
Cahart área de diagnóstico e reabilitação.
EUA
(1947) O objetivo era desenvolver uma atitude de audição crítica
e atenção para as diferenças sutis entre os sons de fala
(fonemas, sílabas, frases e sentenças). Realizou
treinamento auditivo em situações críticas, como com
ruído de fundo, com sinal de fala competitivo e ao
telefone.

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HISTÓRICO
Época Autor (ano) Local Acontecimentos

Durante um treinamento sistemático e individualizado, os


sons eram apresentados próximos ao ouvido da criança
ou do aparelho auditivo e, progressivamente em
Wedenberg distâncias maiores. Treinava a atenção auditiva para sons
Suécia
(1951) ambientais e sons de fala inicialmente e depois, o
reconhecimento de vogais e consoantes isoladas,
palavras isoladas e pequenas sentenças com palavras já
reconhecidas anteriormente.

Barr Considerou a audição como a porta de entrada para a fala


Alemanha e o desenvolvimento da linguagem oral, como
(1954) fundamental para o desenvolvimento geral.
Século
XX Desenvolveu o método verbotonal, que realiza o trabalho
de fala e audição simultaneamente. O método utiliza um
conjunto de equipamentos e testes para determinar a
Guberina
Iugoslávia resposta de freqüência ótima para a percepção da fala
(1954)
para cada pessoa . Uma série de movimentos corporais e
rítmicos é utilizada para facilitar a aquisição dos
parâmetros de fala inteligíveis.

Irene e Influenciaram a educação das crianças surdas em todo o


Alexander Manchester mundo e contribuíram para a formação de muitos
Ewing (1915- (Inglaterra) profissionais. Suas crenças e metodologias foram
1960) divulgadas no livro “Speech and the Deaf Child” (1954).
HISTÓRICO

Época Autor (ano) Local Acontecimentos

Definiram o termo treinamento auditivo como o meio pelo


qual as áreas corticais ganham prática adicional na
Whetnall e Fry discriminação dos sons ambientais de vida diária e dos
Inglaterra
(1954) padrões de fala. Tentaram reproduzir as condições em
que a criança normal aprende a ouvir durante os cinco
primeiros anos de vida.

Califórnia Adotou a abordagem auditiva proposta por Whetnall,


Século Griffiths (1954)
(EUA) criando a fundação HEAR.
XX
Froeschels e Defenderam que primeiro a criança deve ser ensinada a
Beebe New York usar sua audição para compreender e engajar-se na
(EUA) conversação, depois a leitura orofacial pode ser ensinada
(1954) como complemento.
Descreveu seu método de percepção sonora Estabeleceu
Van Uden
Holanda uma integração entre a percepção sonora e o movimento
(1958)
corporal.

Tabanez, 2007
HISTÓRICO
Época Autor (ano) Local Acontecimentos

McLaughlin
EUA Treinamento auditivo com AASI.
(1958)

Beckman e A aprendizagem e o domínio das habilidades auditivas


Alemanha
Schilling (1959) devem preceder o ensino da leitura orofacial.

Sugeriu o termo acupédico, para se diferenciar do


Huizing treinamento oral e auditivo tradicional e para definir uma
EUA nova filosofia, “um processo de integrar a audição na
(1959) personalidade da criança surda, com o objetivo da
Século
XX integração biossocial do surdo num ambiente normal.”

Goldsack Desenvolvimento da percepção da fala e da linguagem


Inglaterra oral de crianças com deficiência auditiva profunda usando
(1961) a audição.

Desenvolveu o método Perdoncini, uma educação


auditiva sistemática, desde a percepção dos sons,
Perdoncini
Nice (França) discriminação dos parâmetros de duração, intensidade e
(1963)
freqüência, até a compreensão da fala, tendo como
conseqüência o desenvolvimento da linguagem oral.

Tabanez, 2007
HISTÓRICO
Época Autor (ano) Local Acontecimentos

Polack;
Boothroyd; Suas abordagens enfatizam o uso da audição residual
Calvert e para aquisição da linguagem oral. Desenvolveram e
Silverman; aplicaram métodos de treinamento auditivo, inspirados nos
Grammatico; Ross trabalhos de Whetnall e Fry (1964) realizados na
e Ling Inglaterra.
(década de 70)

Ênfase no uso da audição residual para aquisição da


Ling fala e linguagem oral fluente. Várias publicações
Canadá
Século (a partir de 1968) correlacionando aspectos de percepção da fala,
XX amplificação e desenvolvimento da fala e linguagem oral.

Ensinou a discriminação auditiva de sons ambientais e


Sanders de fala, apresentados isoladamente, em palavras, frases e
EUA no discurso, em condições de alta e baixa redundância.
(1971) Inicialmente usou equipamentos de amplificação especiais
e depois, apenas o AASI.
Refinou os protocolos de treinamento auditivo de
Erber Cahart e desenvolveu um programa de comunicação para
Austrália
(1988) adultos com perda auditiva, incluindo atividades de
treinamento auditivo, práticas e hieráquicas.

Tabanez, 2007
HISTÓRICO
 1970 - Estados Unidos - comunicação total: utilização
de toda e qualquer forma para se comunicar com a
criança surda (gestos naturais, língua de sinais, alfabeto
digital, expressão facial, leitura orofacial, linguagem
oral e audição residual).

 década de 60/70 - movimentos hippies nos EUA, surdo


é diferente dos outros indivíduos. Nova proposta -
Bilinguismo.
HISTÓRICO

Bilinguismo:

 Ensino de duas línguas: a primeira é a Língua


de Sinais, que dará subsídios para a aquisição de
uma segunda língua, que pode ser oral ou
escrita.
EDUCAÇÃO SAÚDE

Língua de Sinais Habilitação e Reabilitação


Auditiva
 Opção educacional para
a criança com  Intervenção terapêutica com
deficiência auditiva. o uso dos dispositivos
Tomada de decisão da eletrônicos aplicados às
família, compartilhada deficiências auditivas
com os profissionais. (AASI, IC, FM).

 Desenvolvida pelo  Desenvolvida pelo


adulto fluente em fonoaudiólogo.
Libras.
AUDIOLOGIA EDUCACIONAL

Habilitação: Reabilitação:
intervenção para a recuperação da
criança que não função auditiva
desenvolveu a que por algum
função auditiva e a motivo foi
linguagem oral. interrompida.
(RE)HABILITAÇÃO AUDITIVA
Trata-se da intervenção para minimizar as
dificuldades de comunicação associadas à
deficiência auditiva, com ênfase do
trabalho terapêutico no desenvolvimento
das habilidades auditivas para a percepção
dos sons da fala.
A (re)habilitação na deficiência auditiva pode
incluir:
Informações para o diagnóstico
audiológico;
indicação e adaptação dos dispositivos de
amplificação sonora;
estratégias de comunicação;
orientação e aconselhamento familiar;
orientação à escola.
A deficiência auditiva pode ser categorizada em
três dimensões:

grau da perda auditiva;


período em que ocorreu;
progressão do problema.
Quanto ao período em que ocorreu:

Pré-lingual: Pós-lingual:
ocorreu antes da ocorreu após o
aquisição da domínio da
linguagem oral. linguagem oral.
Quanto ao grau da deficiência auditiva:

Deficiência Deficiência
auditiva de grau auditiva de grau
leve e moderado severo e
profundo

AASI AASI ou implante


coclear
Avaliação da criança
Avaliação Avaliação da
eletrofisiológica da percepção da fala
audição; com amplificação de
avaliação do acordo com a faixa
comportamento etária;
auditivo; avaliação quanto ao
avaliação clínica; estilo cognitivo;
avaliação de avaliação da família
linguagem. (ambiente auditivo e
de linguagem).
Opções de tratamento

Métodos Métodos
unissensoriais multissensoriais
Métodos unissensorias
1970: Abordagem Acupédica, D. Pollack
FAMÍLIA
O trabalho com os pais é fundamental e
decisivo.
Conscientização e avanço tecnológico
permite diagnóstico precoce.
De 0 a 5 anos vida restrita à família.
FAMÍLIA

Família é o “ agente modificador”


Terapeuta é o “ agente de apoio”
Fatores inatos e ambientais determinam o
desenvolvimento da linguagem oral.
FAMÍLIA

Conhecimento, persistência e entusiasmo.


Ambiente de aprendizado adequado.
Entender e acreditar na proposta do
trabalho.
FAMÍLIA

Auto-estima dos familiares.


Orientar irmãos e familiares.
Educação da criança partilhada.
Família é a chave do sucesso.
Ensinar é construir junto, é estar junto, é
descobrir.
FAMÍLIA

Trabalho integrado:
 pais
 crianças
 terapeutas
Momento de descoberta é cercada de
conflitos.
Pais devem ser bem cuidados.
FAMÍLIA

Cuidar das necessidades humanas antes das


especiais.
Criança deve ser vista em sua totalidade.
Sentimentos: negação, resistência,
afirmação e aceitação.
FAMÍLIA

Profissional
deve respeitar o momento.
Os responsáveis pelas crianças são os pais.
Sentimento de culpa.
Confusão entre os problemas de
desenvolvimento e deficiência auditiva.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Proposta:
◦ priorizar a alteração primária da criança-
audição.
Objetivo:
◦ Auxiliar a criança a usar a audição residual.
PRINCÍPIOS BÁSICOS

95% das crianças apresentaram audição


residual.
Avanços tecnológicos, diagnóstico
precoce, I.C., A.A.S.I. potente, tornaram a
linguagem oral viável.
PRINCÍPIOS BÁSICOS

Dar as crianças a oportunidade de


desenvolverem o resíduo.
Crescerem aprendendo a ouvir e a falar.
Aumentar os conhecimentos e experiências.
Ouvir deve ser um modo de vida.
PRINCÍPIOS
PARA
UM TRABALHO EFICIENTE
DETECÇÃO E INTERVENÇÃO
PRECOCE
Exames objetivos no primeiro ano –
diagnóstico precoce.
Maturação neurológica – aproveitar
melhor os primeiros anos.
Tipo e grau da deficiência auditiva.
DETECÇÃO E INTERVENÇÃO PRECOCE

Atuar de forma preventiva.


Reduzir problemas secundários.
Programa de (re)habilitação adequado.
AMPLIFICAÇÃO
A.A.S.I. ou I.C. adequados.
A.A.S.I. ou I.C. bem adaptados e em bom
funcionamento.
A.A.S.I. para a maioria das crianças é a
melhor alternativa
A.A.S.I. ou I.C. deve fazer parte do
esquema corporal.
DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO
AUDITIVA

Propiciar condições auditivas para


aquisição e aprendizagem da
linguagem.
Ambiente acústico favorável.
Introduzir a criança no mundo sonoro.
Estimular em contexto significativo.
INTEGRAR
Integrar audição à personalidade da
criança.
Ouvir deve ser um ato constante e
natural.
Monitorar a fala.
Desenvolver atitude auditiva.
Domínio das habilidades de
comunicação.
COMUNICAÇÃO
Incentivar
a interação, a comunicação.
Comunicação mãe-bebê.
Comunicação é falar e ouvir.
Comunicação é um ato social.
ETAPAS DAS HABILIDADES
AUDITIVAS

Usar sequência gradativa de padrão


perceptual auditivo, linguístico e
cognitivo.
Vivenciar as etapas auditivas:
detecção, discriminação,
reconhecimento e compreensão.
Trabalho com sons ambientais e sons
de fala.
AVALIAÇÃO
Avaliar o desenvolvimento durante o
processo terapêutico.
Avaliar concomitantemente a fala, a
linguagem, o A.A.S.I., o grau da
deficiência auditiva e o relacionamento
familiar.
ESCOLA
Ingresso em escolas regulares.
Classes correspondentes às
potencialidades.
Será exposta a maiores experiências
auditivas e oportunidades de
aprendizagem.
PROCEDIMENTO TERAPÊUTICO
PROCEDIMENTO TERAPÊUTICO

Objetivo:
◦ Desenvolver as habilidades auditivas levando
a criança a construir a linguagem oral.
Visa:
◦ Compensar os prejuízos primários e prevenir
os secundários.
PROCEDIMENTO TERAPÊUTICO

Primeira responsabilidade do trabalho


terapêutico: adaptar A.A.S.I. ou I.C.
Desenvolvimento depende de:
 grau e época;
 idade de detecção;
 atitudes e habilidades dos pais;
 capacidade cognitiva;
 capacidade de construir linguagem.
PROCEDIMENTO TERAPÊUTICO

Planejamento a curto, médio e longo


prazo.
 propiciar atividades que levem às metas.
 respeitar capacidade e ritmo da criança.
Itens para propiciar o desenvolvimento da
Habilidade Auditiva

RECOMPENSA

MOTIVAÇÃO

PRÁTICA
1. Motivação
A criança deve estar motivada para
adquirir novas habilidades.
2. Recompensa
A criança deve perceber que o domínio
das habilidades é gratificante.
3. Prática
Utilizare generalizar no dia-a-dia a habilidade
adquirida.
EXPOSIÇÃO:
 Ambientes estimulantes com muitos materiais,
objetos, eventos e pessoas.
EXPLORAÇÃO:
 Incentivar a criança a explorar e interagir com
o meio ambiente.
EXPANSÃO:
 Estimular a criança a conhecer
APRENDIZADO DAS
HABILIDADES AUDITIVAS

Dar significado aos sons e aos


estímulos associando-os à fonte
geradora.
Ajudar a criança a aprender a escutar.
Trabalhar dentro da sequência
gradativa.
HABILIDADES AUDITIVAS
Detecção auditiva:
◦ Habilidades em perceber presença e ausência
de som.
Discriminação auditiva:
◦ Habilidade em perceber se os sons são iguais
ou diferentes.
HABILIDADES AUDITIVAS
Reconhecimento auditivo:
◦ Habilidade de identificar o som,
classificando e nomeando o que ouviu,
repetindo o estímulo.
Compreensão auditiva:
◦ Habilidade de entender os estímulos
sonoros, sem repeti-los. Responder
perguntas, seguir instruções e recontar
histórias.
Trabalho com crianças acima de 5 anos:

Prontidão classificação;
para a cores;
alfabetização. números;
formas;
tamanho;
igualdade;
Trabalhar tempo;
os espaço;
conceitos: quantidade;
outros.
Trabalho com crianças acima de 5 anos:

Criar situações que propiciem a aquisição


dos conceitos.

Experienciar as situações no dia-a-dia.


Trabalho com crianças acima de 5
anos:
Trabalhar: ◦ Jogos de
associação.
◦ Memória ◦ Frases de F ou V.
Auditiva. ◦ Produção de fala.
◦ Dramatização. ◦ Expressões
◦ Análise, síntese linguísticas e
e análise-síntese. gírias.
◦ Sinônimo e ◦ Diálogo sem usar
repetição.
antônimo.
Tipos de Atendimento

INDIVIDUAL

GRUPO
INDIVIDUAL E EM GRUPO
O tripé:

criança

família

é a chave do sucesso terapêutico.


escola
Atendimento Individual
ideal para os primeiros anos.
necessidade cognitivas e sociais.
construção da lingg na relação um a um.
trabalho centrado na família.
perdas severas e profundas mais
atendimentos.
perdas leves e moderadas modelo
tradicional.
Atendimento em Grupo
à partir de dois anos e seis meses.
início de outras relações, novos parceiros.
desenvolvimento social e cognitivo
propício para novas aquisições.
custo terapêutico.
Atendimento em Grupo
interesse e motivação.
fator de crescimento.
dramatização: troca de papéis, lingg
mais rica.
trabalho diário ou três vezes por
semana.
fonoaudiólogo sempre um passo a
frente.
Atendimento Individual e
em Grupo
modelo ideal de trabalho.
número de sessões flexível.
trabalho com as necessidades individuais.
Atendimento Individual e em Grupo

CRITÉRIOS PARA MONTAGEM DO


GRUPO:
◦ idade: aspectos emocionais e cognitivos.
◦ habilidade auditiva e de comunicação.
◦ nível de interesse e desenvolvimento da
criança.
◦ número de crianças.
ESCOLA
Procurar facilitar o processo educacional
é dever de todos.
Ver D.A. em sua totalidade.
Escolha da escola cabe aos pais e
terapeutas.
ESCOLA
Fatores decisivos na escolha:
◦ idade.
◦ desenvolvimento social e cognitivo.
◦ desenvolvimento de linguagem.
◦ proposta metodológica da escola.
◦ número de alunos por sala.
◦ conteúdo escolar.
ESCOLA
Orientação sistemática à escola.
Orientações básicas por escrito.
Escola e professores disponíveis para
aceitar e trabalhar com D.A.
Independente do tipo ou grau da D.A.
muitos acompanham a escola regular.
AUDIOLOGIA EDUCACIONAL
NA ÁREA DA SAÚDE

No Brasil:
Abordagem Aurioral
(Bevilacqua e Formigoni, 1997)

Foco principal:
 aquisição da linguagem oral a partir do
uso da audição residual.
AUDIOLOGIA EDUCACIONAL
NA ÁREA DA SAÚDE

No exterior:
Terapia Auditiva-Verbal
(Warren Estabrooks, Toronto, Canadá)

Foco principal:
 aquisição da linguagem oral a partir do
uso da audição residual.
Abordagem Aurioral Terapia Auditiva-Verbal

 Ênfase no desenvolvimento  Ênfase no desenvolvimento


das habilidades auditivas. das habilidades auditivas.
 Quando necessário utiliza a  Não utiliza a leitura
leitura orofacial como orofacial como apoio.
apoio.
 Método multissensorial.  Método unissensorial.

Abordagens revitalizadas a partir do


MÉTODO ACUPÉDICO
(Pollack, década de 70)
Abordagem Aurioral
Grande influência de Ewing (1963) e Pollack (1970)

 Não se apóia em estruturas lingüísticas pré-estabelecidas


a serem ensinadas à criança.

 Fundamentada na interação da criança com o adulto


como base da aquisição da linguagem oral.

 As crianças adquirem a linguagem oral quando


envolvidas em situações significativas do cotidiano

 Vivências e aproximação da família no processo


terapêutico
Princípios da Abordagem Aurioral
 detecção e intervenção  integração da audição à
precoce; personalidade da criança;

 indicação e adaptação do  desenvolvimento do feedback


dispositivo eletrônico acústico-articulatório para
apropriado imediatamente monitorar a fala;
após o diagnóstico;
 aquisição da linguagem oral;
 desenvolvimento da função
auditiva;  Intensa participação da
família.
Princípios estruturais da Abordagem
Aurioral

 Nível das habilidades auditivas.


 Escolha do estímulo auditivo.
 Tipo de atividade de treinamento.
 Nível de dificuldade do treinamento.
Nível das Habilidades Auditivas
 Detecção sonora.
 Discriminação sonora.
 Reconhecimento auditivo
(introdutório e avançado).
 Compreensão auditiva.

(Erber, 1982)
Detecção Auditiva:

 Habilidade em perceber presença e ausência


de som.

 É a primeira habilidade a ser desenvolvida.


Discriminação Auditiva:

 Habilidade em perceber se os sons são iguais


ou diferentes.
O bom desenvolvimento da audição e da
linguagem depende de:

1º Passo:

 Uso efetivo do implante coclear.


 Integrar audição à personalidade da criança
 Ouvir deve ser um ato constante e natural

Não tem hora marcada, dia ou horário;


qualquer atividade do cotidiano pode ser aproveitada
para estimulação.
O bom desenvolvimento da audição e da
linguagem depende de:
2º Passo:

 Um meio ambiente favorável ao desenvolvimento:

- em parceria com o fonoaudiólogo os pais


aprendem a criar situações de aprender a escutar,
onde habilidades de audição, fala, linguagem,
cognição e comunicação são integradas, seguindo as
seqüências do desenvolvimento natural.
O bom desenvolvimento da audição e da
linguagem depende de:

3º Passo:

 Desenvolvimento do feedback acústico-


articulatório para monitorar a fala:

- Fundamental para a produção e inteligibilidade


da fala.
As habilidades auditivas e a
linguagem são
Situações lúdicas
desenvolvidas durante:

Rotinas de vida diária

Situações complexas
Mesmo nível da face da
criança

Proximidade
do som da voz ao
microfone do
dispositivo
SKI HI Institute
Otimize o posicionamento
em relação à criança

Cadeirão de bebê
Assento para carro
CUIDADOS FUNDAMENTAIS
 Falepróximo da criança. À medida que nos afastamos
do microfone do AASI o som fica menos intenso.

 Quando falamos próximo à criança, com voz menos


intensa, ela tem mais informações de freqüências
agudas.

 Falando perto e baixo, a voz está


acima do ruído ambiental. Use o
sussurro, quando necessário.
Percepção Auditiva da Fala

A A O A A
OUAO
IAIE

Vogais são mais graves, mais fortes, e portanto


mais audíveis, mas não possibilitam inteligibilidade
de fala.
Percepção Auditiva da Fala

M C RR N D
CMPTDR
PRMD

Consoantes são mais agudas, mais fracas, e portanto


menos audíveis, mas possibilitam inteligibilidade de
fala.
Reconhecimento Auditivo
 Habilidade de identificar o som,
classificando e nomeando o que ouviu,
repetindo o estímulo.

Reconhecimento auditivo introdutório.


Reconhecimento auditivo intermediário.
Reconhecimento auditivo avançado.
Percepção Auditiva dos Sons da Fala

 Detecção de todas as consoantes.

 Discriminação: percebeu diferença entre as consoantes.

 Reconhecimento de algumas consoantes.

 Compreendeu a linguagem oral sem leitura orofacial:


- “Vamos ver se seu implante tá bom?”;
- “E o AASI?”
Deficiência auditiva severa e profunda:
Atualmente o dispositivo eletrônico mais eficaz para a percepção
auditiva da fala é o implante coclear.
IMPLANTE COCLEAR

Principal mudança Percepção auditiva


das consoantes

percepção auditiva dos sons Melhora da inteligibilidade na


da fala produção de fala.
BRINCADEIRAS COM SUSSURRO:
ÊNFASE DAS FREQUÊNCIAS AGUDAS TELEFONE SEM FIO
DA FALA

O primeiro inventa uma


palavra secretamente e fala
(sem ninguém ouvir) para a
pessoa que está sentada ao
seu lado;
 o próximo fala para o
próximo e assim por diante
até chegar no último;
 o último deve falar alto o
que ouviu.
Brincadeiras com sussurro
(percepção auditiva das frequências agudas):

“ Vou te contar um segredo...”


Habilidade de Reconhecimento Auditivo:
Promover brincadeiras com diferentes níveis de complexidade
auditiva:

 Conjunto fechado:

brinquedos, figuras
ou objetos
disponíveis para a
criança.
Conjunto Fechado
 Colocar confetes de chocolate em um
Com caixinha de comprimidos dos compartimentos.
 Falar para a criança sem pista visual:
“ o chocolate está na portinha que
tem um ônibus amarelo” .

Maior complexidade:
 “ o chocolate está na portinha que
tem um inseto com asas coloridas e
que gosta de muito de flores” .

 “ o chocolate amarelo está na


portinha que tem um sanduíche com
salsicha e o chocolate vermelho está
na portinha que tem um brinquedo
redondo” .
Conjunto Intermediário
 Não tem objetos ou brinquedos disponíveis,
mas o assunto é delimitado e combinado
previamente com a criança.

 Ex.: “ Vamos conversar sobre o filme que você


assistiu ontem, vou perguntar sobre o peixinho
Nemo” .
Conjunto intermediário
Que bicho eu sou?
Escolher bichos que a criança já conhece.
Conjunto intermediário

Que bicho eu sou?


 Colar figuras de animais nas
costas da criança e nas costas
dos outros participantes.
 Sem pista visual, fornecer
informações sobre o bicho: é
um bicho grande, a cor dele é
marrom, ele vive na selva,
alguns moram no circo, ele
gosta de comer carne.....
Iniciar o Conjunto Aberto
Brincadeiras em Conjunto
 A criança não sabe o que Aberto
vai ser falado, não tem
objetos ou brinquedos
Ex.: Telefone sem fio com frases
disponíveis, o assunto não é
combinado.

 As opções são totalmente


abertas.
FALAR AO TELEFONE

Habilidade auditiva avançada

1. Começar em conjunto fechado, com figuras.

2. Conjunto intermediário: combinar um assunto (festa de aniversário,


por exemplo);

3. Conjunto aberto: a criança não sabe sobre o que vai conversar.


Compreensão Auditiva

É a habilidade de dialogar sem leitura


orofacial, responder perguntas abertas,
sem repeti-las.

Habilidade de seguir instruções e recontar


histórias, sem leitura orofacial.
Manuela
 DN: 11/09/03.
 Deficiência auditiva neurossensorial profunda bilateral.
 Etiologia: idiopática.
 IC Nucleus no Ouvido Esquerdo.
 Idade na cirurgia: 1 ano e 2 meses de idade.
 Idade na ativação e tempo de privação sensorial auditiva: 1 ano e 4
meses de idade.
 Idade na gravação em vídeo: 5 anos.
 Tempo de uso do IC: 4 anos.
Habilidade auditiva
avançada

 Dialogar enquanto desenha.

 Terapia fonoaudiológica com


ruído.
Idéias para terapia fonoaudiológica
aurioral
http://listen-up.org/
http://www.hearingjourney.com/index.cfm?langid=1
http://www.advancedbionics.com/CMS/Rehab-Education/The-Listening-
Room/
ROTINAS DE VIDA DIÁRIA

• favorecem as situações
de diálogo;

• conjunto fechado,
conjunto intermediário e
conjunto aberto;

• motivação da criança
para a atividade.
Calendário

 Conceitos de tempo
(ontem, hoje, amanhã, os
dias da semana, o mês, o
ano);
 Possibilidade de dialogar
sobre fatos ou eventos do
ontem hoje amanhã passado e do futuro;
 Situação de “ escuta” : a
criança manuseia o
calendário enquanto
conversa, pouco uso da
leitura orofacial.
Valorizar os aspectos suprasegmentais da fala:
informações auditivas de caráter emocional

 Melodia, ritmo, intensidade,


duração, frequência,...

Brincadeiras:
 Teatro de fantoches;
 Contar histórias;
 Imitar voz de personagens:
voz de lobo mau, voz da
vovózinha, voz feminina, voz
masculina, voz de bravo, voz
de raiva, voz de alegria, .......
NA HORA DE BRINCAR OU DURANTE AS ATIVIDADES
TERAPÊUTICAS, COMO ESTÁ O AMBIENTE?

 Azulejos nas paredes e piso frio: mais reverberação.

 Cortinas nas janelas: auxilia a controlar o ruído


externo e diminui a reverberação.

 Afastar-se de fontes ruidosas (por exemplo o


ventilador).

 Na hora de brincar, procurar ambientes mais


silenciosos em casa, na clínica e na escola.
Sons e ruídos que interferem na percepção da
fala

SKI HI Institute
Livros Infantis

 Linguagem Oral (enriquecimento de


experiências e do vocabulário, desenvolver e
aprimorar o discurso narrativo)
 Linguagem Escrita

Viola,I.C. Pró-Fono, v.14,n.2,2002.


Livros Infantis

 Fábulas Clássicas/Modernas
 Contos
 Poesias

 Considerar: Faixa etária,


interesses da criança,
gravuras, escrita, tamanho,
forma, material, tema.
 Situação de “escuta”.
Criando uma história ...
A partir da escolha de uma figura temática, a criança pode ter um ponto de
partida pra criar sua história:

Fonte: Super Duper Inc. – “Magnet Talk® Match up Fantasy Story adventures”
Atividade auditiva avançada
Trabalhar absurdos verbais – julgamento do que está ouvindo.

“Você concorda ou discorda?”


“É verdade ou mentira?”

Diga se é falso (F) ou verdadeiro (V):


•Eu ligo o ferro porque vou passar roupa. ( )
•Eu coloco o maiô porque vou ao parque. ( )
•Mamãe pendura a roupa no varal porque está seca. ( )
•Ele abre o guarda-chuva porque está nublado. ( )
•Ele come mamão porque gosta. ( )
•A menina corta o pão com o garfo. ( )
•As crianças mergulham na piscina. ( )

Diga se está certo (C) ou errado (E):


•Guardei o gelo no fogão. ( ) Por quê? ___________________________________
•Coloquei o pão no guarda-roupa. ( ) Por quê? _____________________________
•Pego o prato no armário. ( ) Por quê? ___________________________________
•Levei a panela para a cozinha. ( ) Por quê? _______________________________
Lemes e Oliveira, 2001
Expressões idiomáticas

“se dar mal”; “frustar-se com algo que quando se insiste muito em alguma
julgava estar certo” coisa e ela acaba acontecendo
Expressões idiomáticas

Casar-se com alguém “ter o olho maior que a barriga” –


pensando em seu dinheiro. querer comer tudo o que vê, mesmo
que esteja satisfeito.
Expressões idiomáticas

Ficar furioso.
Caderno de Experiências
 Situação dialógica prejudicada pela pouca
inteligibilidade de fala da criança nos primeiros anos de
vida;
 O terapeuta tem dificuldades em atribuir sentido para as
situações vividas pela criança, relatadas por ela;
 crianças com pouco repertório oral, mas com
maturidade cognitiva e afetiva de uma criança ouvinte
de mesma faixa etária...
 diálogo pode então, ser melhor sustentado por materiais
específicos que registram as experiências de sua vida
diária.

Melo ME; Novaes BCAC; Pró-Fono,v.13, n.2, set 2001.


Caderno de Experiências

 Repertório Lingüístico
 Inteligibilidade de Fala

Ainda insuficientes para a


manutenção da situação
dialógica
Caderno de Experiências
Seu modo de construção pode variar de acordo com as necessidades da
criança e da família...
Brincadeiras, jogos e rotinas
Audição e Linguagem:

 Instrução e regras da brincadeira;


 Expressões pertinentes à brincadeira;
 Atenção auditiva do grupo na espera do
comando verbal + ato motor;
 Comando verbal “ patinho feio”
simultaneamente à ação motora da criança de
colocar o objeto atrás de uma criança.
Músicas Infantis
não basta ouvir e falar, tem que cantar
Diário Dialogado
Constante contato entre terapeuta e pais,
sem que isto interfira no espaço e tempo
da terapia.

Troca de informações
Explicitação de expectativas
Orientações à Família

Hopman, E.de B.; Novaes, B.C. de A. C. (Pró- Fono, v.16, n.3, set-dez,2004).
Diário Dialogado
Parceria com a família

Companhia no caminho dos pais no processo terapêutico da


criança
A FAMÍLIA
Devem receber orientações
sobre como aproveitar as
rotinas de vida diária na
habilitação da criança.

As orientações são realizadas


durante a vivência de
algumas situações do
cotidiano, como, por
exemplo, o banho, a
alimentação da criança, e
outras.
FAMÍLIA

“ Os pais são os que têm melhores condições de


julgar o que está acontecendo com seus filhos e, por
isso, devem ser encorajados a seguir seus sentimentos
(intuição) e a buscar respostas completas e satisfatórias
às suas dúvidas” .

(THOMPSON, 1991)
PAPEL DO FONOAUDIÓLOGO

Criar condições para que os pais


compreendam o processo do
desenvolvimento da função auditiva e a
aquisição de linguagem em situações
rotineiras, naturais e espontâneas, porém,
adaptadas às necessidades da criança.
Avaliação contínua do desempenho na
Abordagem Aurioral
 Avaliação clínica de comportamento auditivo;
 Testes de percepção de fala compatíveis com a faixa
etária.
o Observação do comportamento auditivo, incluindo

detecção e discriminação e reconhecimento auditivo dos


6 sons de Ling;
o Teste de Avaliação da Capacidade Auditiva Mínima –

TACAM, para crianças menores de 5 anos de idade;


o Provas de avaliação da percepção da fala para crianças

portadoras de deficiência auditiva neurossensorial


profunda a partir de 5 anos de idade (GASP);
Avaliação contínua do desempenho na
Abordagem Aurioral
 Testes de percepção de fala compatíveis com a faixa etária.
o Índice de reconhecimento de fala, utilizando-se lista de palavras
com estrutura silábica CVCV (consoante – vogal – consoante –
vogal), extraídas do vocabulário da própria criança;
o Lista de 20 palavras dissílabas, com estrutura silábica CVCV
(consoante – vogal – consoante – vogal), para crianças maiores de 5
anos de idade;
o Lista de sentenças em conjunto aberto;
o Lista de sílabas sem sentido.

 Escalas:
o Aplicação do Meaningful Auditory Integration Scale – MAIS ou
IT-MAIS, para crianças muito pequenas.
Avaliação contínua do desempenho na
Abordagem Aurioral
 Avaliação de linguagem:

• aplicação de questionários e escalas:


• Meaningful Use of Speech Scales - MUSS;
• em adaptação: Reynell Developmental Language
Scales [RDLS];
• em adaptação: escala PRISE;
• aplicação dos questionários de expectativas;

 Avaliação do “estilo cognitivo”:

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