Fga Beatriz Morini

CRFa1-11465
 Fonoaudiologia
O trabalho da fonoaudiologia não está ligado
apenas a dicção ou a fala de crianças e adultos.
Ao se depararem com o serviço de fonoaudiologia
hospitalar surgem as perguntas:
Qual a finalidade de se ter um fonoaudiólogo num
hospital?
Qual a importância da fonoaudiologia para pacientes
internados?
 Qual a finalidade de ter um
fonoaudiólogo no hospital?
O fonoaudiólogo, de fato, trabalha com
estimulação da fala em pacientes que por algum
motivo tiveram sua capacidade de dicção alterada.
Que é o caso dos pacientes que sofrem com sequelas
de um AVE, Parkinson, Alzheimer, Câncer etc. Porém,
seu trabalho se estende. Pacientes que se alimentam
através da sonda (SNE) devido apresentarem
DISFAGIA, precisam do fonoaudiólogo para realizar
testes para ver se há possibilidade de uma
alimentação via oral segura, afim de evitar a
Broncoaspiração do alimento (que o alimento vá para
o pulmão).
 Qual a importância da fonoaudiologia para
pacientes internados?
 O fonoaudiólogo acompanha o processo de retirada ou indicação de vias
alternativas de alimentação realizada por meio de sonda
nasoentérica(SNE), sonda orogástrica (SOG), gastrostomia (GTT) ou
jejunostomia (JTT) , em casos de viabilidade ou inviabilidade de dieta
por via oral, evolução e adequação de consistências de alimentos, retirada
da cânula de traqueostomia junto a equipe multidisciplinar, auxiliando
diretamente pacientes que sofrem de DISFAGIA.

• Disfagia é a dificuldade na deglutição, a inabilidade de ingerir ou

transportar nutrientes vitais ou secreções endógenas ao corpo humano.
Decorrente de traumas, câncer, doenças neurológicas, dentre outras
patologias.

Esse tipo de disfagia em pacientes neurológicos, também é conhecido

como Disfagia Orofaríngea Neurogênica.
 Como identificar uma possível
Disfagia e o que fazer?
Presença de tosse e engasgos durante à alimentação;
Dor ao deglutir alimentos (Odinofagia);
Deglutições Múltiplas;
Demora significativa do alimento em cavidade oral e
tempo prolongado durante as refeições, considerado
até 30 minutos o tempo adequado;
Escape de alimentos pelos cantos da boca;
Sinais de perda de peso e desidratação;
Refluxo nasal presente ;
Que tal chamar um Fonoaudiólogo(a)
para Avaliação?
O que o Fonoaudiólogo vai avaliar?
 Alimentação Atual : alimentação realizada por via oral, devendo ser
especificada a(s) consistência(s) utilizada(s) ou via alternativa de
alimentação realizada por meio de sonda nasoentérica(SNE), sonda
orogástrica (SOG), gastrostomia ou jejunostomia.
 Nível de Consciência: Alerta , Sonolento ou Torporoso;
 Avaliação das Estruturas Oromiofuncionais: Avaliar os aspectos
de postura, tônus, sensibilidade e mobilidade dos órgãos
fonoarticulatórios (dentes, língua, lábios, bochechas etc) Se usa
próteses, se está ajustada.
 Reflexos Orais: presença ou ausência dos reflexos orais de mordida e
de vômito (GAG) ;
 Avaliação Funcional da Deglutição (AFD): Avaliação com
alimentos.
 Como é feita essa AFD?
PARÂMETROS VITAIS – ANTES DA OFERTA DE ALIMENTOS
Aferimos os seguintes parâmetros vitais antes da oferta de alimentos:
 Saturação Periférica de Oxigênio (SPO%)
Normal: 96 à 100%
Alterada: < 96%
Sem possibilidade de oferta < 90%

 Frequência cardíaca:
Normal: 60 a 100 bmp

 Frequência respiratória:
Normal: 12 a 20 rpm

 Pressão Arterial:
Limite: 10/06 à 14/09mmHg
Hipertensão: >= 14/09mmHg
Hipotensão: <10/06 mmHg
 PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DA
DEGLUTIÇÃO
 Avaliar a deglutição nas consistências líquida, pastosa e sólida;
 Avaliar presença de tosse e engasgos durante e após a deglutição;
 Ausculta Cervical Positiva ou Negativa antes, durante e após a
deglutição;
 Odinofagia (Dor ao deglutir);
 Escape oral ;
 Refluxo nasal ;
 Tempo de trânsito oral;
 Número de deglutições ;
 Elevação laríngea:
 Qualidade vocal;
 Saturação de oxigênio (SpO2);
 Teste blue day;
 Resíduo em cavidade oral;
 Mastigação;
Como é a deglutição
 Videofluoroscopia da
Deglutição Normal e Alterada
 Orientações Gerais
São realizadas diretamente ao paciente, acompanhantes e equipe, à beira do
leito, de forma verbal e/ou escrita, além de registro no prontuário.

 Nível de Consciência: a alimentação só deve acontecer com o paciente acordado e responsivo;

 Posicionamento: o paciente deve estar sentado, seja a beira leito ou com a cabeceira elevada, o
mais próximo possível de 90°;
 Utensílios: respeitar a funcionalidade (como por exemplo, utilizar copos ou canudos ao invés de
SERINGAS, porém direcionar para o que favorece o desempenho do paciente;
 Ambiente: a alimentação exige atenção; desligar equipamentos
sonoros (rádios, televisões...) e evitar conversas paralelas que tirem
o foco da refeição;

 Velocidade de oferta: em geral lento, para respeitar o ritmo

de deglutição do paciente e garantir a respiração adequada;

 Sinais de Broncoaspiração: identificar a presença de eventos

que sugerem alterações de deglutição e oferecem risco, como tosse,
pigarro, dispneia, desconforto, voz molhada;

 Higiene Oral: procedimento feito pela equipe de enfermagem;

reduz a colonização bacteriana da orofaringe, evita a contaminação
da traqueia e consequente risco de infecção respiratória.
 Conduta
 Suspensão da Via Oral: Via alternativa de alimentação (GTT);
 Consistências: especificar as consistências seguras para o paciente, e
principalmente alertar para as que oferecem riscos;
 Terapia/Monitoramento: quando for necessário atendimento
fonoaudiológico para ser trabalhada a disfagia.
 Exercícios: técnicas que devem ser empregadas isoladas da refeição, para
trabalhar a questão muscular e funcional e reabilitar a deglutição.
 Manobras: exercícios que devem ser utilizados durante a alimentação para
facilitar a deglutição e/ou proteger a via aérea;
 Alta: quando não houver necessidade do atendimento fonoaudiológico.
Setor à disposição.
 Encaminhamento: quando houver necessidade de encaminhar o paciente
para outro profissional e/ou para serviço secundário.
 Exame complementar: quando for necessário solicitar algum exame, a fim
de complementar a avaliação. Descrever o exame solicitado.
 Outras: descrever outras condutas como, utilização de manobras,
modificação de utensílios, uso de espessante e orientações gerais etc.
 Benefícios Gerais da
Fonoaudiologia
 Diminui o tempo de internação;
Favorece o retorno seguro da alimentação por
via oral;
Diminui o risco de Pneumonia;
Diminui os custos hospitalares com materiais,
medicamentos e recursos humanos;
Melhora a qualidade de vida do paciente!
Obrigada!!!