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1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2 FONOAUDIOLOGIA ............................................................................................. 4
2.10 Fluência........................................................................................................ 18
3 PRAGMÁTICA .................................................................................................... 19
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
3
2 FONOAUDIOLOGIA
Fonte: patriciafaro.com.br
4
2.1 AUDIOLOGIA
Fonte: sintrajud.org.br
5
É inegável que, apesar de a comunicação humana se dar em diferentes
esferas, a linguagem oral é o sistema mais utilizado e eficiente de troca de
informações da nossa sociedade. Assim, a audição se caracteriza como
importante elo na cadeia de comunicação, e a presença de limitações em
acuidade e precisão poderá acarretar alterações no desenvolvimento do
indivíduo e comprometimento da comunicação. (CARTOLANO, 2018, p. 120).
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Ao pensarmos em perdas auditivas durante o desenvolvimento infantil, é
preciso considerar que a aquisição dos sons da língua ocorre a partir da exposição a
eles no meio, experiência na produção desses sons e do feedback auditivo. Sendo
assim, o déficit na chegada das informações auditivas pode causar alterações na
produção de fala. Por exemplo, uma criança que possui perda auditiva leve ou
moderada pode apresentar dificuldades na diferenciação de fonemas como /f/ e /v/,
/p/ e /b/ ou /s/ e /z/; dessa forma, ela poderá apresentar déficit na compreensão,
alteração na produção desses fonemas durante a fala e, consequentemente, trocas
na escrita.
Existem diversos exames para a verificação da acuidade auditiva, variando de
acordo com a hipótese diagnóstica (alteração condutiva ou neurossensorial), a idade,
habilidade e colaboração do indivíduo para fornecer as respostas.
Desde 2010 é assegurado por lei que todos os bebês nascidos em território
brasileiro sejam submetidos ao Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal
(TANU), que consiste nos exames de Emissões Otoacústicas (EOA) e/ou Potencial
Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) para rastreio de perdas auditivas
maiores que 35 dBNA. Esses exames fornecem dados objetivos quanto à acuidade
auditiva independentemente da colaboração do indivíduo testado, pois coletam
informações eletrofisiológicas. Esses mesmos exames podem ser realizados com
indivíduos em qualquer faixa etária e são de grande valia para situações em que o
sujeito testado apresenta dificuldades em fornecer respostas aos estímulos.
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populações, incluindo aquelas com suspeita de doença do sistema nervoso central ou
desordens do desenvolvimento do sistema nervoso central e algumas em que o
envolvimento do sistema nervoso central é claro (exemplos: afasia, epilepsia, tumores,
entre outras).
Existem diversos testes para a avaliação do processamento auditivo; muitos
são complementares e avaliam diferentes habilidades do processamento. A seleção
desses testes bem como a quantidade de testes que serão necessários para a
obtenção do diagnóstico variam de acordo com o histórico e a queixa do paciente e
devem ser definidas pelo audiologista responsável para avaliação.
As habilidades avaliadas são: atenção seletiva, fechamento auditivo (completar
a informação quando algumas partes foram omitidas), integração e síntese binaural
(integrar estímulos apresentados simultaneamente ou alternadamente para ambas as
orelhas), figura-fundo (identificar o estímulo-alvo na presença de outros sons
competitivos), separação binaural (escutar com uma orelha e ignorar o estímulo para
a orelha oposta), associação (estabelecer correspondência entre um som e sua fonte
sonora), localização sonora (localizar a fonte sonora a partir da audição binaural),
discriminação (determinar se estímulos são iguais ou diferentes e reconhecer
diferenças sutis) e memória auditiva. Como resultado um indivíduo pode apresentar
comprometimento em uma ou mais habilidades. Tais habilidades podem ser
fortalecidas e a dificuldade superada.
É importante que os profissionais envolvidos no acompanhamento de crianças
tenham atenção às questões ligadas à audição para identificar a necessidade de
avaliação específica e intervenção oportuna, quando houver necessidade, visando à
promoção de facilitadores do desenvolvimento global do indivíduo.
2.2 Disfagia
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mínimo por médicos, enfermeiros, nutricionistas e fonoaudiólogos. Na equipe, o
fonoaudiólogo é o profissional apto para lidar com os distúrbios da deglutição e da
comunicação, sendo o responsável pelo diagnóstico e intervenção da disfagia.
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fonoaudiólogo deve atuar na promoção da educação na escola e não na
promoção da saúde precisa ser quebrado (KÜESTER, CASTELEINS, 2001,
apud MAURICIO, 2018, p. 2).
2.4 Linguagem
Fonte: gazeta670.com.br
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A comunicação é o ato de “partilhar” ou “tornar comum” algo, sejam
sentimentos, sensações, fatos, ideias etc. Em um processo de comunicação,
é necessário que haja esses seis elementos: o emissor, aquele que envia a
mensagem; o receptor ou destinatário, que é quem recebe, decodifica e
interpreta a mensagem; a mensagem, que carrega o conteúdo, aquilo que se
deseja comunicar; o código, conjunto de signos e regras com os quais a
mensagem é elaborada; e por fim e não menos importante, o contexto, que é
a situação à qual a mensagem está se referindo. (JAKOBSON, 2010, apud
CARTOLANO, 2018, p. 122).
A língua também possui caráter social. O indivíduo, por si só, não pode criá-la
nem a modificar, pois se trata essencialmente de um produto coletivo. A língua é um
sistema de sinais que possui suas próprias regras que permite a comunicação de um
determinado grupo. Já a fala é um ato motor, resultado de um sistema neuromuscular
em que é necessário produzir fonética e fonologicamente os signos de uma
determinada língua. Ou seja, é um dos meios de expressar a língua.
A linguagem é um sistema dinâmico e complexo de códigos e símbolos
convencionais e organizados. Ou seja, é a base do conteúdo da mensagem que um
indivíduo deseja transmitir ao outro e que permite a própria interação. A linguagem,
de maneira simplificada, é a capacidade que o humano possui em atribuir um
significado a tudo com o que interage, desde elementos concretos e observáveis,
como objetos, até elementos subjetivos como sentimentos, teorias etc.
Pensando na avaliação fonoaudiológica em um quadro de Distúrbio do
Desenvolvimento, é preciso realizar uma varredura desde as habilidades sociais e pré-
linguísticas primordiais para o desenvolvimento de linguagem até os aspectos
linguísticos o quanto antes, visando à intervenção oportuna. Para isso, é necessário
que o avaliador tenha conceitos bem definidos, como o processo de aquisição e
desenvolvimento da linguagem e da cognição. A capacidade de identificar com
exatidão as áreas alteradas proporciona a intervenção eficaz e aumenta a
possibilidade de um melhor prognóstico de cada caso.
Em um primeiro momento, sabemos que o bebê conhece o mundo e se
organiza de maneira sensório-motora e que a sua capacidade de interagir se restringe
aos estímulos da situação imediata. Inicialmente, o choro é o seu meio comunicativo,
o qual ainda não é intencional e dirigido. No entanto, é interpretado e significado pelo
(a) cuidador (a), que tem um papel importante no desenvolvimento de linguagem, já
que a relação estabelecida pela díade proporciona experiências primordiais para o
desenvolvimento de aspectos como intencionalidade que, por sua vez, impulsionam
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as trocas. O bebê, já em seu primeiro ano de vida, é capaz de manter a atenção para
o que lhe é solicitado ou até mesmo direcionando a atenção do interlocutor a um objeto
e/ou situação sem a fala. Ou seja, a alteração de linguagem em indivíduos com
Distúrbios do Desenvolvimento pode ser identificada muito antes da aquisição da
linguagem oral.
Muito mais do que apenas uma associação mental, tal processo depende de
sistemas como o fisiológico, o cognitivo, o social e o cultural.
A avaliação fonoaudiológica precisa, então, compreender desde a forma
linguística (fonologia, morfologia e sintaxe), o conteúdo (semântica) e a funcionalidade
do uso (pragmática).
Fonte: t onturasevertigem.com.br
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oral, palato mole, palato duro, língua, dentes, lábios, mandíbula e cavidade nasal)
ocorre desde o período embrionário, culminando com as funções de deglutição e
sucção, observadas por volta da 11.ª e 20.ª semanas de idade gestacional
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A avaliação completa do sistema estomatognático envolve levantamento da
história pregressa, observação da postura corporal e dos órgãos do sistema
estomatognático durante o repouso, testes de sensibilidade, tônus e mobilidade das
estruturas moles, praxias orofaciais, verificação da situação das estruturas duras
(desvio de septo, oclusão, relação maxila-mandíbula) e funcionalidade.
O desenvolvimento das funções estomatognáticas tem características
específicas nas diferentes idades e nas diferentes patologias e, portanto, é preciso
conhecimento anatomofisiológico das estruturas que participam da função que se
pretenda trabalhar assim como conhecer o seu desenvolvimento. Nesta área, o
fonoaudiólogo pode atuar em parceria com outros profissionais como dentistas,
médicos de diversas especialidades, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e
nutricionistas.
Fonte: mundodafono.com.br
Para isto, é preciso conhecer as condições de saúde deste grupo, por meio da
caracterização da população usuária dos serviços coletivos e de estudos
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epidemiológicos, a fim de elaborar políticas adequadas à população. Pesquisas no
campo da Fonoaudiologia comunitária são relevantes, a fim de oferecer contribuição
para definir melhor o papel e lugar do fonoaudiólogo. Inicialmente, esses profissionais
tentaram adotar a estrutura de atendimento clínico-privado no sistema público, sendo
os resultados não satisfatórios.
Na prevenção primária, o fonoaudiólogo deve atuar educando e
conscientizando a população sobre os cuidados básicos para a manutenção da saúde
global da comunicação, identificar e acompanhar as patologias de maior ocorrência
na população, tendo como objetivo diminuir as possibilidades de evolução ou
agravamento, prevenindo contra a necessidade de atendimento aos níveis
secundários e terciários.
Os aspectos envolvidos na habilidade de comunicação do ser humano como a
fala, a voz, a linguagem e a audição são consideradas atributos da saúde, e suas
manifestações patológicas comprometem a qualidade de vida.
2.7 Voz
Fonte: centraldafonoaudiologia.com.br
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O fonoaudiólogo deve aplicar técnicas para o aperfeiçoamento da articulação,
respiração, entonação e pronúncia de profissionais que utilizam a voz em suas
atividades. Prevenir e tratar problemas como rouquidão e sequelas de tumor.
A voz, tal como ouvida pelo interlocutor, é resultado da interação entre fatores
anatômicos, fisiológicos, sociais, emocionais e ambientais. O padrão vocal tem a
função de transmitir a mensagem emocional do falante, e variações nesse padrão
devem refletir emoções diversas e situações distintas.
Uma alteração vocal pode interferir na inteligibilidade da mensagem e, portanto,
na eficiência da comunicação. Tal alteração pode ter como causa alterações
estruturais, funcionais (abuso ou mau uso vocal), neurológicas, origem psicogênica,
alguma lesão (tumores, paralisias), ou até mesmo um conjunto desses fatores. A
avaliação fonoaudiológica, nesses casos, inclui compreender a dinâmica
biopsicossocial da voz. É necessário observar os seguintes aspectos:
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individualizado, e que, em alguns casos, podem surgir questões mais específicas.
Além da avaliação qualificada e especializada, é indicado que os profissionais
envolvidos no caso se articulem visando a um trabalho interdisciplinar, em que os
conhecimentos se agregam em prol do atendimento humanizado e integral do
indivíduo.
2.8 Gerontologia
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2.9 Neuropsicologia
2.10 Fluência
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3 PRAGMÁTICA
4 SEMÂNTICA
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Superextensão: Quando o indivíduo substitui o vocabulário por outro do
mesmo campo semântico, mas mais amplo ou genérico. (Exemplo: animal →
rinoceronte).
Subextensão: Quando o indivíduo substitui o vocabulário por outro do mesmo
campo semântico, mas reduzido. (Exemplo: alface → salada).
Antonímias: Quando o indivíduo substitui o vocabulário pelo seu antônimo
(Exemplo: puxar → empurrar).
Desvio por relações de contiguidade: Quando o indivíduo substitui o
vocabulário por outro que possui uma relação de sentido (Exemplo: professora →
mulher).
Desvio por proximidade morfológica: Quando o indivíduo substitui o
vocabulário por outro, criado em um processo de derivação ou composição. (Exemplo:
cabeceiro → travesseiro).
Desvio por proximidade fonológica: Quando o indivíduo substitui o vocabulário
por outro por semelhança fonológica (Exemplo: enganado → empanado). A avaliação
dessa área pode ser realizada com instrumentos ou situações que permitam observar
a compreensão e a nomeação de conceitos, respeitando a idade cronológica e o
ambiente em que o sujeito está inserido.
5 MORFOLOGIA E SINTAXE
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suas similaridades. Dessa forma, o significado das palavras é adquirido pela
combinação dos atributos semânticos percebidos e observados no contexto.
(SIM-SIM, 2008, apud CARTOLANO, 2018, p. 126).
Fonte: dm.jor.br
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diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação) e aperfeiçoamento dos
aspectos fonoaudiológicos da função auditiva periférica e central, da função vestibular,
da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e dos sistemas
miofuncional, orofacial, cervical e de deglutição. Exerce também atividades de ensino,
pesquisa e administrativas.
Em documento produzido pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia intitulado
“Áreas de competência do Fonoaudiólogo no Brasil” são definidas doze grandes áreas
de competência (GAC) do fonoaudiólogo, listadas na seguinte ordem:
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tendo sido a Universidade de São Paulo (USP) a primeira a ter o curso autorizado, em
1977.
Em 09 de Dezembro de 1981 a profissão foi reconhecida pela Lei n 6965,
sancionada pelo presidente João Figueiredo e em decorrência do reconhecimento
legal foram criados os Conselhos Regional e Federal de Fonoaudiologia.
Concomitante ao início histórico da atuação da fonoaudiologia, sendo então
uma prática profissional ainda não reconhecida, foi iniciada no Brasil a Medicina
Previdenciária por meio da criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões, o que
possibilitou ao Estado responder às necessidades sociais da população de maneira
mais abrangente.
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autarquias do Distrito Federal, trabalhadores de centros urbanos e servidores da
União.
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políticas públicas e pela universalização do cuidado, promoção, recuperação e
proteção da saúde. Caracterizando o Sistema Único de Saúde, Moreira e Mota
expõem:
“De acordo com esta Constituição [de 1988] o Sistema Único de Saúde (SUS)
foi definido como uma rede regionalizada de ações e serviços que visam “o
acesso universal e igualitário da população para a promoção, proteção e
recuperação de sua saúde”, tendo como princípios fundamentais: a equidade,
a universalidade e a integralidade. A equidade caracteriza-se por oferecer
oportunidades iguais, em termos de tratamento, para necessidades iguais. A
universalidade seria a garantia de atendimento a todo e qualquer cidadão. A
integralidade seria uma atenção integral à saúde (prevenção primária,
secundária e terciária). (MOREIRA, 2009, apud OLIVEIRA 2017, p. 23).
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De acordo com o Departamento de Atenção Básica, as equipes de UBS´s
devem realizar o cuidado em saúde fazendo uso de complexas tecnologias de
cuidado, porém de baixo impacto financeiro. As estratégias de cuidado nesses
equipamentos objetivam o manejo das demandas de saúde mais frequentes no
território adscrito a cada UBS (2016).
De acordo com o Departamento de Atenção Básica (2016), compondo a ESF
encontram-se os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) criados em 2008 pelo
Ministério da Saúde com vistas ao apoio e consolidação da Atenção Básica de
maneira a ampliar as ofertas de cuidado em saúde, bem como a resolutividade e
abrangência das ações.
O NASF está regulamentado pela portaria 2.488 de 2011 e por definição são
equipes compostas por diferentes profissionais que devem atuar de maneira integrada
às equipes de saúde da família, equipes de atenção básica para populações
específicas como pessoas em situação de rua e ribeirinhas, além do programa
academia da saúde. O foco prioritário das ações do NASF, bem como de toda a
atenção primária, é de prevenção e promoção da saúde.
Os conceitos de prevenção de doenças e promoção de saúde, segundo
Westphal (2012), estão diretamente ligados às diferentes concepções político-
ideológicas de saúde e doença a que estão vinculados, tendo modificações, portanto,
de acordo com o período histórico analisado.
Prevenção em saúde, segundo Czeresnia (2009), é definida como;
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Elaborado pelo então ministro da saúde do Canadá, o Informe discutia
maneiras de lidar melhor com os crescentes custos da assistência médica.
Questionava-se também o modelo de saúde vigente à época, que visava o cuidado
medicocêntrico enfatizando as patologias crônicas, sem, contudo, se observar
resultados satisfatórios. Lalonde concluiu em seu informe que a saúde é resultado de
alguns determinantes, quais sejam: a biologia humana, ambiente, estilo de vida e a
organização da assistência à saúde; além disso, pode ser verificado que o país à
época investia grande parte dos recursos em organização da assistência em
detrimento dos demais fatores igualmente importantes.
Lalonde concluiu em seu informe que a saúde é resultado de alguns
determinantes, quais sejam: a biologia humana, ambiente, estilo de vida e a
organização da assistência à saúde; além disso, pode ser verificado que o país à
época investia grande parte dos recursos em organização da assistência em
detrimento dos demais fatores igualmente importantes.
Em 1986 ocorreu a I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, em
Ottawa, no Canadá. O resultado desse encontro, a Carta de Ottawa, firmou-se como
a referência essencial para o mundo no tocante ao desenvolvimento de ações de
promoção de saúde. Ainda de acordo com o mesmo autor, este documento deu
origem ao conceito atual de promoção de saúde e nesta perspectiva busca capacitar
a comunidade afim de garantir melhoria da qualidade de vida, participando ativamente
deste processo.
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Em publicação da década de noventa, Servilha et. al. (1994) também
mencionam o fato da formação do fonoaudiólogo à época estar voltada à atuação em
âmbito privado, tendo sido priorizado o trabalho de reabilitação em detrimento às
práticas coletivas de promoção de saúde, afirmando que raramente as universidades
propiciavam formação suficiente e adequada no âmbito de Saúde Pública. As autoras
apontavam ainda o recente início da mudança desse paradigma, por meio das
reformulações curriculares e do princípio das contratações de fonoaudiólogos em
serviços públicos de saúde.
O fato do fonoaudiólogo não estar tradicionalmente inserido na equipe mínima
dos Centros de Saúde fazia com que as instituições de ensino superior não se
dedicassem a oferecer formação em Saúde Pública aos alunos de fonoaudiologia,
resultando na falta de preparo na base de ensino desses profissionais.
As diretrizes curriculares atuais do curso de graduação em Fonoaudiologia
deixam claro ser essencial que a formação do fonoaudiólogo esteja pautada na
capacidade de trabalho em atenção à saúde envolvendo ações de prevenção,
promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo
Conselho Regional de Fonoaudiologia (2002).
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econômicas que enriquecem a construção do conhecimento favorecendo a prática
desse profissional em âmbito público com destreza Lipay (2007).
Diniz e Bordin (2011), constataram a importância da formação dos
fonoaudiólogos voltada para a promoção de saúde. Essa mudança de paradigma
garantiria possibilidades de ações coletivas para as alterações fonoaudiológicas de
maior ocorrência, tendo-se em mente que a demanda é frequentemente maior que os
recursos técnicos e humanos disponíveis.
Nesse sentido, é coerente que os profissionais conheçam a população que
demanda atendimentos na atenção básica, com o objetivo de elaborar melhores
estratégias de cuidado. A esse respeito, Tomasi et al. (2011), afirmam que a
caracterização da população é fundamental para se planejar todo o sistema. No
contexto da atenção básica a relevância é ainda maior uma vez que se trata da porta
de entrada da população no sistema de saúde, onde todas as queixas de saúde são
disparadas inicialmente. Além disso, segundo os autores, os serviços de atenção
básica representam cerca de um terço de todos os atendimentos realizados no país,
o que justifica a necessidade de priorizar esse setor de atendimento.
A atuação fonoaudiológica em atenção básica é relevante devido à grande
parcela da população passível de ser beneficiada por programas em que a
fonoaudiologia esteja atuando bem como pela característica essencialmente
preventiva das ações educativas que podem ser realizadas nesse ambiente (21) que
por essência está voltado a políticas de promoção de saúde.
7 FONOAUDIOLOGIA HOSPITALAR
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tempo de internação faz-se necessário uma maior precisão diagnóstica e um
tratamento precoce do quadro disfágico (RODRIGUES e FURKIM, 2008;
PETERSON et. al., 2010 apud MARIA, 2016).
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O exame é realizado no setor de radiologia, na presença do fonoaudiólogo, do
médico radiologista, do auxiliar de enfermagem e do técnico de radiologia. O contraste
a ser usado é o bário em duas consistências líquidas e pastosas, e os alimentos
conforme a anamnese, nas consistências líquidas, líquida engrossada, cremosa,
semissólida e sólida.
O exame é gravado em vídeo, favorecendo a análise posterior, para então ser
laudado pelo fonoaudiólogo e médico radiologista (AZZAM; SAKAI, 1997).
Apesar da existência dessas tecnologias, diversos trabalhos demonstram que
elas não substituem uma boa avaliação clínica a beira do leito. Sendo o padrão ouro
para o diagnóstico das disfagias orofaríngeas: Avaliação Clínica + Exames Objetivos
(preferencialmente a Videofluroscopia). Além disso, essas tecnologias ainda não são
uma realidade em grande parte dos hospitais brasileiros, fazendo com que os
fonoaudiólogos tenham que basear suas condutas apenas no resultado de avaliações
clínicas realizadas a beira do leito. Por esse motivo, a literatura ressalta a importância
em se estabelecer protocolos padronizados para guiar essas avaliações clínicas
aumentando o seu poder de diagnóstico das disfagias orofaríngeas.
Quando o paciente se encontra internado no leito, significa que não está com
risco à vida, porém para a realização da avaliação Fonoaudiológica, o paciente
necessita estar dentro de alguns parâmetros pré-estabelecidos para ser realizada a
avaliação da deglutição.
A avaliação no leito tem como objetivo verificar se o paciente apresenta ou não
o quadro de disfagia. Sua realização conta com o uso do oxímetro de que é a medida
da saturação periférica de O2, ausculta cervical na intenção de identificar penetração
laríngea e observações de outros sinais clínicos como cianose, alteração de
frequência cardíaca e respiratória. Quando o paciente possui a disfagia, a saturação
pode cair no momento em que realiza a deglutição, indicando um comprometimento
do sistema respiratório.
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Existem vários protocolos de triagem e de avaliação da deglutição que tem por
finalidade avaliar a segurança da deglutição com variadas consistências,
determinando a partir do desempenho do paciente o grau da disfagia. (BARROS,
2000). A escolha por qual protocolo utilizar deve sempre levar em conta as
peculiaridades dos serviços envolvidos e o perfil de pacientes avaliados.
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neurológica, entre outras). Muitas vezes, sofre falências em múltiplos órgãos e
requerem cuidados médicos contínuos e imediatos, seja por meio de medicações,
adequação e ajuste dos aparelhos de monitorização cardíaca, respiratórias, sondas e
drenos ou outras condutas de emergência. A conservação do paciente na UTI ocorre
enquanto houver instabilidade clínica e risco de morte. O profissional fonoaudiólogo
que trabalha na UTI requer conhecer todo o sistema e funcionamento dos aparelhos
que são utilizados. O indivíduo na maioria dos casos, faz o uso de nutrição alternativa,
seja por via enteral ou parenteral, especialmente por não apresentar disposições
neurológicas que possibilite a oferta de VO. Quanto à questão respiratória, pode estar
em ventilação assistida invasiva (ventilação mecânica) ou não invasiva (BIPAP,
CPAP), intubado por via nasal ou oral, traqueostomizado com cânula plástica, com ou
sem a presença de balonete (cuff), com cânula metálica, usando máscara facial, de
Venturi, ou somente cateter de oxigênio (OLIVEIRA,2003).
34
e sistemas, e como consequência manifesta um padrão de desenvolvimento motor
diferente das crianças nascidas a termo.
Além disso, estudos indicam que em longo prazo, crianças que apresentaram
dificuldades alimentares iniciais podem apresentar problemas na introdução e na
tolerância de alimentos sólidos no período da infância (HAWEON, BEAUREGARD,
KENNEDY, 2000).
A introdução da alimentação via oral nos RNPT na maioria das Unidades de
Cuidados Intensivos Neonatais, já pode ser realizada por volta de 34ª semanas de
idade gestacional, mediante os critérios variáveis e discutíveis.
A idade gestacional é, vista de forma isolada, um critério ruim para a indicação
da transição da alimentação, já que outras variáveis são importantes e devem ser
consideradas como a estabilidade clínica, estado de consciência, habilidade motora-
oral e coordenação das funções de sucção, deglutição e respiração (LEMONS, 1996).
O peso também é um critério ruim para a indicação do início da transição da
alimentação oral, pois não considera a maturidade do prematuro. Os bebês nascidos
de muito baixo peso ou prematuros extremos sofrem uma privação sensorial intensa,
já que eles demoram a atingir o peso e, nem por isso, apresentam atraso no neuro
desenvolvimento e maturidade motora oral (THOYRE.S.M, 2003). Desta forma,
reforça-se a importância de uma avaliação global que antecipe, de forma objetiva,
segura e funcional, a transição da alimentação gástrica para via oral.
Diante disso foi proposto por Fujinaga em 2005 um instrumento de avaliação
da prontidão do prematuro para iniciar a transição da alimentação gástrica para via
oral, e seu guia instrucional.
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Essa intervenção auxilia no desenvolvimento RNT e de risco, RNPT, RN de
baixo peso (RNBP), pequenos para a idade gestacional (RNPIG), como também no
RN portador de patologias específicas as quais comprometem o sistema sensório
motor oral (SSMO), sendo seu trabalho essencial para a evolução destes quadros
(BROCK, 1998).
Os avanços nos cuidados neonatais e perinatais têm levado a um aumento na
sobrevivência de RN com idade gestacional e peso ao nascer (PN) cada vez mais
reduzido.
36
8 FONOAUDIOLOGIA DO TRABALHO
Por sua vez, o DVRT pode ser compreendido como qualquer forma de desvio
vocal diretamente relacionado ao uso da voz durante a atividade profissional
que diminua, comprometa ou impeça a atuação e/ou comunicação do
trabalhador, o que pode levar a prejuízos emocionais, na atividade
profissional e socioeconômicos. (FERREIRA, 2011, apud GUSMÃO 2018, p.
2).
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Em 2002, foi instituída no Brasil, através da Portaria Nº 1.679, a Rede Nacional
de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), uma rede de informação e
práticas de saúde cujo objetivo é irradiar as ações de ST no Sistema Único de Saúde
(SUS) e articular as ações intra e intersetoriais, de vigilância e de promoção da saúde
para promover atenção integral a todos os trabalhadores do País10. Segundo a
Portaria de Nº 2.437/2005, o provimento de retaguarda técnica para as ações em ST
no SUS é função dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).
A atuação do fonoaudiólogo em saúde do trabalhador perpassa não apenas os
ambientes com agentes de risco para a saúde como ruído, produtos químicos,
indústrias, mas também as ações de vigilância. Participa de equipes de referência em
saúde do trabalhador (CERESTs), em assessoria, planejamento, programação,
acompanhamento e avaliação das ações, na discussão da organização dos processos
produtivos e suas consequências no meio ambiente (controle social) e no
acompanhamento específico aos profissionais da voz, reduzindo, por exemplo, o
número de afastamento de professores de seu trabalho.
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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Academic Press; 1976.
39
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de Avaliação Miofuncional Orofacial. Bauru. SP. 2019.
40
CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA 2ª Região. O que é a
Fonoaudiologia. São Paulo; 2014.
41
FUJINAGA, C. Validade discriminatória do instrumento de avaliação da
prontidão para início da alimentação oral de bebês prematuros. Rev. Sociedade.
Brasileira. Fonoaudiologia. vol.14 no.1 São Paulo, 2009.
42
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Intervenção Fonoaudiológica em Pacientes Comatosos. 1999.
ROBBINS J. Tube or not tube: physiological, medical and ethical issues. Asha
Short Course. Asha. Convention; 1999.
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traqueostomizado no leito hospitalar e internamento domiciliar. Rev Cefac. São
Paulo. 2014.
SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. (Trad. Antônio Chelini, José Paulo Paes
e Isidoro Blikstein). 28. ed. São Paulo: Cultrix; 2006.
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