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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS
CRANIOFACIAIS

CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS

PROGRAMA DE IMPLANTE COCLEAR:


PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA FALA

Coordenadores
Prof. Dr. Orozimbo Alves Costa
Profª. Drª. Maria Cecília Bevilacqua

COLABORADORES:
Adriane Lima Mortari Moret
Andréa Cintra Lopes
Eliane Aparecida Tech Castiquini
Eliane Maria Carrit Delgado
Leandra Tabanez Nascimento
Maria Cecília Bevilacqua
Sílvia Letícia Oliveira Valente

BAURU - 2001
2

INTRODUÇÃO

O Centro de Pesquisas Audiológicas (CPA) - HRAC / USP, organizou uma coletânea de


textos referentes aos procedimentos de avaliação da percepção da fala, utilizados no protocolo de
avaliação de crianças e adultos candidatos ao implante coclear, e no protocolo de avaliação dos
indivíduos implantados.
Alguns textos são publicados em revistas nacionais, cujas cópias e referências estão
disponíveis nesta coletânea. Outros, apresentados resumidamente nesta coletânea, são
procedimentos ainda não publicados, sujeitos à revisão e/ou modificação, portanto não devem ser
reproduzidos.
Para obter outras informações, colocamos os endereços abaixo para contato:

Universidade de São Paulo


Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais
Centro de Pesquisas Audiológicas
Rua Sílvio Marchione 3-20
Cep: 17.012-900 Caixa Postal 1501
Bauru – SP / Brasil
email: cpa@centrinho.usp.br
3

SUMÁRIO

Avaliação Clínica do Comportamento Auditivo ............................................................... 04

Procedimento de avaliação da percepção da fala em crianças deficientes auditivas


profundas menores de cinco anos de idade (TACAM: adaptado do ESP)...................... 07

Lista de palavras do vocabulário da criança, como procedimento de avaliação da


percepção da fala para crianças menores de cinco anos de idade ..................................... 11

Escala de integração auditiva significativa para crianças pequenas IT-MAIS ................. 15

Procedimento de avaliação de percepção de fala em crianças deficientes auditivas


profundas a partir de cinco anos de idade (adaptado do GASP) ................................... 25

Lista de palavras como procedimento de avaliação da percepção da fala para crianças


deficientes auditivas maiores de cinco anos de idade .................................................... 31

Escala de integração auditiva significativa (adaptado da Meaningful Auditory


Integration Scale – MAIS) ................................................................................................ 34

Síntese dos procedimentos de avaliação da percepção da fala em deficientes


auditivos ............................................................................................................................ 43

Listas de sentenças na língua portuguesa (sentenças balanceadas) ................................... 44

Procedimento de avaliação da percepção da fala para adultos deficientes auditivos


profundos (material não publicado) .................................................................................. 63

Listas de sílabas sem sentido ............................................................................................. 77

Listas de palavras monossílabas e dissílabas .................................................................... 79

Protocolo de Avaliação Complementar ......................................................................... 82

Questionário de avaliação da linguagem oral (adaptado da Meaningful use of speech


scales - MUSS) ........................................................................................................... 83

Categorias de linguagem .............................................................................................. 93

Categorias de audição ................................................................................................... 95

Critérios de Referência quanto ao grau de permeabilidade da família no processo


terapêutico .................................................................................................................... 97

Critérios de Referência quanto ao estilo cognitivo da criança ..................................... 100


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AVALIAÇÃO CLÍNICA DO COMPORTAMENTO AUDITIVO

CONCEITO: observação das reações da criança diante de diferentes estímulos sonoros (verbais
e não verbais).

OBJETIVOS:
 fornecer informações para o diagnóstico audiológico;
 fornecer informações para o planejamento terapêutico;
 estabelecer parâmetros de referência de evolução da própria criança;

CONDIÇÃO DE AVALIAÇÃO: sem e com dispositivos eletrônicos de amplificação.

AMBIENTE ACÚSTICO: sala silenciosa, sem reverberação.

FAIXA ETÁRIA: preferencialmente crianças até 36 meses de idade, podendo abranger crianças
até aproximadamente 60 meses, dependendo das características de
desenvolvimento da criança.

POSICIONAMENTO DA CRIANÇA:
 Crianças de 4 a 6 meses de idade:
 no colo da mãe (sentada de frente para a fonte de iluminação natural da sala),
criança posicionada no centro do corpo da mãe (sem encostar ou tombar de um
lado ou de outro);
 mãe segurando-a pela cintura;
 cabeça, tronco e braços da criança livres;

 Crianças de 7 a 18 meses de idade:


 no colo da mãe, como descrito para a faixa etária de 4 a 6 meses;
 no cadeirão de alimentação de bebê;
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POSICIONAMENTO DOS AVALIADORES:


 Avaliador que emite o estímulo sonoro: atrás da criança, distante aproximadamente
40cm do ouvido da criança, sendo que o seu rosto deve estar na mesma altura do rosto
da criança.

 Avaliador que registra a reação da criança: na frente da criança, sendo que o seu rosto
também deve estar na mesma altura do rosto da criança. Este avaliador deve estar com
lápis e formulário nas mãos, e anotar rapidamente as reações da criança, com
movimentos discretos, sem despertá-la para os seus movimentos.

TÉCNICA DE DISTRAÇÃO
O avaliador da frente da criança deverá ter em mãos um brinquedo ou objeto
não atraente, o qual deve ser apresentado rapidamente à criança antes da apresentação do estímulo
sonoro, sem deixar a criança manuseá-lo. Imediatamente após a retirada do brinquedo ou do
objeto do campo visual da criança, o avaliador atrás da criança deve produzir o estímulo sonoro.

CUIDADOS A SEREM TOMADOS:


 Estado da criança: sonolência, fome, febre, indisposição, doenças e outros;
 Indução da mãe nas respostas da criança: conduzir o corpo da criança para o lado da
fonte sonora;
 Ambiente ruidoso.

ESTÍMULOS SONOROS
 6 sons de Ling (1976, 1984): /a/, /i/, /u/, /s/, / Š /, /m/. Sons padronizados, abrangem
o espectro de freqüências dos sons da fala (500 – 4000Hz). O som nasal /m/ foi
incluído em 1984, pelo fato de ser bastante usado em algumas línguas.
Forma de apresentação:
 quanto ao tempo de apresentação: 4 segundos
 contínuo, sem entonação
 iniciar em intensidade natural, intensificar se a criança não reagir e diminuir se a
criança reagir
 quantidade: preferencialmente até 5 apresentações de cada fonema
 alternando OD / OE
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QUADRO PARA ANOTAÇÃO DAS RESPOSTAS


OD OE
Intensidade Resposta Observada Intensidade Resposta Observada
/a/
/i/
/u/
/s/
/š/
/m/
/a/
/i/
/u/
/s/
/š/
/m/
/a/
/i/
/u/
/s/
/š/
/m/

RESPOSTAS ESPERADAS
 não reage;
 localiza o som;
 resposta de atenção: arregala os olhos, cessa ou inicia movimentação do corpo ou
sucção da chupeta;
 resposta de orientação ao som;
 imitação verbal;
 sorriso.
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DEFICIÊNCIA AUDITIVA PROFUNDA NOS PRIMEIROS ANOS


DE VIDA: PROCEDIMENTO PARA A AVALIAÇÃO DA
PERCEPÇÃO DA FALA

Orlandi ACL, Bevilacqua MC. Deficiência auditiva profunda nos primeiros anos

de vida: procedimento para a avaliação da percepção da fala. Pró-fono 1999;


10 (2): 87-91.
8

FOLHA DE ANOTAÇÃO DOS RESULTADOS


TESTE DE AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE MÍNIMA (TACAM)
(ADAPTAÇÃO DO ESP)
9

TESTE DE AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE AUDITIVA MÍNIMA


Desenvolvido por Orlandi ACL e Bevilacqua MC, 1999
Adapatação do Early Speech Perception Test (ESP): Geers e Moog, 1990

Nome:
Data: ____/____/____ Idade:
Dispositivo:

TREINAMENTO DO PADRÃO DE PERCEPÇÃO

Aaa X toctoc Mão X cavalo pato X cavalo mão X abacaxi


AV A AV A AV A AV A
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
10

TESTE DO PADRÃO DE PERCEPÇÃO


AV A
Flor
Carro
Macaco
Telefone
Carro
Macaco
Flor
Telefone
Macaco
Carro
Flor
Telefone
Total correto _____ Categoria _____
Categoria 0: 0-7 Categoria 1: 8-12

IDENTIFICAÇÃO DE PALAVRAS
POLISSÍLABOS MONOSSÍLABOS
A/V A A/V A
tartaruga flor
elefante mão
telefone pé
abacaxi trem
elefante mão
tartaruga pé
abacaxi flor
telefone trem
tartaruga flor
elefante pé
tartaruga mão
abacaxi trem
Total correto: _____ Categoria _____ Total correto: ______ Categoria _____

Categoria 2: 8-12 Categoria 3: 10-12


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ÍNDICE DE RECONHECIMENTO DE FALA:


LISTA DE PALAVRAS EXTRAÍDAS DO VOCABULÁRIO DA
CRIANÇA

Centro de Pesquisas Audiológicas / HRAC / USP


(Material não publicado)
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS

ÍNDICE DE RECONHECIMENTO DE FALA


Lista de palavras extraídas do vocabulário da criança
(Material não publicado)

Índice de reconhecimento de fala: utiliza-se lista de palavras com estrutura silábica cvcv
(consoante – vogal – consoante – vogal), que pertençam ao vocabulário da própria criança,
fornecido pelo seu terapeuta ou pela sua família. O Centro de Pesquisas Audiológicas
desenvolveu este procedimento visando uma avaliação mais precisa das crianças em fase de
desenvolvimento e que ainda não tem um léxico suficiente para aplicação de outras provas. Este
material não foi publicado, e é aplicado para crianças menores de 5 anos de idade. A lista deve
ser composta por um mínimo de 5 palavras e máximo de 20 palavras, de acordo com o nível de
desenvolvimento de fala e linguagem de cada criança. Este procedimento deve ser realizado em
cabina acústica, e os vocábulos devem ser apresentados em campo livre, em nível de intensidade
de 70 dB NA. A tarefa da criança consiste em reconhecer os vocábulos apresentados, repetindo-
os. Todas as emissões da criança devem ser transcritas foneticamente, e o índice de acertos de
fonemas e de palavras são analisados.
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FOLHA DE ANOTAÇÃO DOS RESULTADOS:


LISTA DE PALAVRAS EXTRAÍDAS DO VOCABULÁRIO DA CRIANÇA
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS

ÍNDICE DE RECONHECIMENTO DE FALA


Lista de palavras extraídas do vocabulário da criança
(Material não publicado)

Nome:
Data: _____/_____/_____

Idade atual: _____ anos _____ meses

Considerar como treinamento onomatopéias e o nome da criança

1. 11.
2. 12.
3. 13.
4. 14.
5. 15.
6. 16.
7. 17.
8. 18.
9. 19.
10. 20.

Total de fonemas: acertos, % Total de palavras: acertos, %

Substituições Ocorrência Omissões Ocorrência Outros

/ // / / /
/ // / / /
/ // / / /
/ // / / /
/ // / / /
/ // / / /
/ // / / /
/ // / / /
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ESCALA DE INTEGRAÇÃO AUDITIVA SIGNIFICATIVA PARA


CRIANÇAS PEQUENAS: IT – MAIS

Castiquini EAT. Escala de integração auditiva significativa: procedimento adaptado para


a avaliação da percepção da fala [dissertação]. São Paulo: Pontifícia Universidade
Católica; 1998. Adaptado de: Zimmerman-Phillips S; Osberger MJ; Robbins AM. Infant-
Toddler: Meaningful Auditory Integration Scale (IT-MAIS). Sylmar, Advanced Bionics
Corporation, 1997.
Orientação: Profª. Drª. Maria Cecília Bevilacqua
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ESCALA DE INTEGRAÇÃO AUDITIVA SIGNIFICATIVA PARA CRIANÇAS


PEQUENAS: IT - MAIS

Castiquini EAT. Escala de integração auditiva significativa: procedimento adaptado para a


avaliação da percepção da fala [dissertação]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica; 1998.
Adaptado de: Zimmerman-Phillips S; Osberger MJ; Robbins AM. Infant-Toddler: Meaningful
Auditory Integration Scale (IT-MAIS). Sylmar, Advanced Bionics Corporation, 1997.

DESCRIÇÃO
A Escala de Integração Auditiva Significativa para Crianças Pequenas (IT - MAIS) tem por
objetivo avaliar a percepção da fala em crianças deficientes auditivas profundas com idade
inferior a 4 anos. Consiste de 10 questões simples, relacionadas ao comportamento auditivo da
criança em diferentes situações do dia-a-dia.
Cada questão apresenta escala de 5 pontos, com escores de 0 (zero) a 4, assim distribuídos: 0 =
nunca, 1 = raramente, 2 = ocasionalmente, 3 = freqüentemente e 4 = sempre.

PROCEDIMENTO
As questões devem ser aplicadas aos pais ou responsáveis sob a forma de entrevista, os quais são
solicitados a relatar o comportamento auditivo da criança perante cada situação proposta,
oferecendo o maior numero de exemplos possível e descrevendo as atitudes da criança.
É necessário que o avaliador estude previamente o procedimento e certifique-se do objetivo de
cada questão. A MAIS deve ser apresentada informalmente para que os pais sintam-se a vontade
e ofereçam respostas verdadeiras.
Como o avaliador é responsável pela atribuição dos escores na escala, todos os exemplos
oferecidos devem ser anotados para facilitar tal tarefa.

RESULTADO
O resultado será calculado somando-se o número total de pontos acumulados em cada questão,
sendo possível a obtenção de no máximo 40 pontos. Essa
pontuação pode ser transformada em porcentagem, correspondente ao Índice da MAIS, onde
100% é o escore máximo.
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ESCALA DE INTEGRAÇÃO AUDITIVA SIGNIFICATIVA PARA CRIANÇAS


PEQUENAS
IT - MAIS
Data:
Nome: Idade:
Dispositivo eletrônico: Tempo de uso do dispositivo:
Informante: Avaliador:

01- O comportamento vocal da criança é modificado quando está usando o seu dispositivo
auditivo (AASI ou Implante Coclear)?
No caso de crianças pequenas, os benefícios da estimulação auditiva são primeiramente notados
nas habilidades de produção da fala. A freqüência e a qualidade das vocalizações podem mudar
quando a criança coloca o seu dispositivo auditivo, quando este está desligado ou não está
funcionando adequadamente.

Pergunte: “Descreva as vocalizações da criança quando o dispositivo é colocado pela primeira


vez no dia”. Os pais precisam explicar se e como as vocalizações da criança são modificadas
quando o dispositivo auditivo é colocado no início do dia e a estimulação auditiva é experienciada.
Pergunte: “Se você esqueceu de colocar o dispositivo auditivo, ou este não está funcionando
adequadamente, as vocalizações da criança se alteram de alguma maneira (qualidade, freqüência
em que ocorrem)?” “A criança testa o dispositivo vocalizando quando este é ligado pela primeira
vez?”

___ 0= Nunca: Não há diferença nas vocalizações da criança quando sem


ou com o dispositivo auditivo;
___ 1= Raramente: Discreto aumento na freqüência das vocalizações
(aproximadamente 25%) é notado quando está com o
dispositivo ligado (ou decréscimo semelhante quando
está desligado);
___ 2= Ocasionalmente: A criança vocaliza durante todo o dia e há um aumento
das vocalizações (aproximadamente 50%) quando está
com o dispositivo ligado (ou decréscimo semelhante
quando está desligado);
___ 3= Freqüentemente: A criança vocaliza durante todo o dia e há um aumento
notável das vocalizações (aproximadamente 75%)
quando está com o dispositivo ligado (ou decréscimo
semelhante quando está desligado). Os pais podem
informar se outras pessoas notam mudança na freqüência
das vocalizações da criança quando sem ou

com o dispositivo;
___ 4= Sempre: As vocalizações da criança aumentam 100% quando está
com o dispositivo ligado, em comparação com as
vocalizações, quando com o dispositivo desligado.
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02- A criança produz sílabas bem articuladas e seqüências silábicas que podem ser reconhecidas
como “fala”?
Esse tipo de manifestação é característico da fala de crianças em desenvolvimento. As
manifestações contêm sons e sílabas reconhecidas como “fala” pelos pais (ex. “mamama”,
“dadada”, “bababa”). Os pais afirmam que a criança está “conversando”.

Pergunte: “A criança “conversa” com você ou com objetos?” “Quando brinca sozinha, que tipos
de sons você escuta quando está com o dispositivo auditivo ligado?” “A criança emite sons e
palavras usadas em rimas infantis ou quando brincando com bonecos (ex. “upa upa upa”,
“uououo”, “baaaaa”, “muuuu”, “ai ai ai ai)?” Solicite aos pais exemplos específicos dessas
manifestações e a freqüência com que são produzidas pela criança.

___ 0= Nunca: A criança nunca produz sons semelhantes à fala, somente


produz vocalizações indiferenciadas, ou os pais não
podem oferecer exemplos;
___ 1= Raramente: A criança produz sons semelhantes à fala de vez em
quando (aproximadamente 25%), mas somente quando
oferecido um modelo;
___ 2= Ocasionalmente: A criança produz expressões semelhantes à fala 50% das
vezes, quando oferecido um modelo;
___ 3= Freqüentemente: A criança produz expressões semelhantes à fala
aproximadamente 75% das vezes. Os pais devem
oferecer vários exemplos. A criança produz seqüências
silábicas espontaneamente, mas com um repertório
fonético limitado e pode clara e confiavelmente imitar
seqüências com um modelo;
___ 4= Sempre: A criança produz seqüências silábicas consistentemente,
de modo espontâneo, isto é, sem um modelo. As
expressões consistem num repertório variado de sons.

03- A criança responde espontaneamente ao seu nome, em ambiente silencioso, somente através
da via auditiva, sem pistas visuais?
As crianças pequenas apresentam uma variedade de comportamentos em resposta aos sons.
Exemplos de tais respostas podem ser: cessar a atividade momentaneamente (parar os
movimentos ou a brincadeira, cessar o choro ou a sucção da chupeta), procurar a fonte sonora
(olhar para cima ou ao redor após ouvir seu nome), arregalar os olhos ou piscar.

Pergunte aos pais: “Se você chamou a criança por trás, numa sala silenciosa, sem pista visual, em
que porcentagem ela responde à primeira chamada?”
Muitas crianças geralmente apresentam uma resposta quando o estímulo cessa; qualquer
comportamento repetido é considerado resposta, sempre que apresentado consistentemente.
Solicite exemplos específicos desses tipos de respostas, observados pelos pais, principalmente
para atribuir melhor pontuação.

___ 0= Nunca: A criança nunca responde ao seu nome e os pais não


podem oferecer exemplos;

___ 1= Raramente: A criança responde ao seu nome aproximadamente 25%


das vezes na primeira tentativa, ou somente após várias
repetições;
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___ 2= Ocasionalmente: A criança responde ao seu nome aproximadamente 50%


das vezes na primeira tentativa, ou consistentemente, mas
somente quando a mãe repete seu nome mais de uma vez;
___ 3= Freqüentemente: A criança responde ao seu nome ao menos 75% das vezes
na primeira tentativa;
___ 4= Sempre: A criança responde ao seu nome consistentemente, com
confiança, na primeira tentativa.

4- A criança responde espontaneamente ao seu nome, na presença de ruído de fundo, somente


através da via auditiva, sem pistas visuais?
Pergunte aos pais: “Se você chamou a criança por trás, num ambiente ruidoso, como numa sala
com pessoas conversando, crianças brincando ou com a televisão ligada, sem pista visual, em que
porcentagem ela responde à primeira chamada?”
Utilize o critério especificado na questão 03 para pontuar as observações dos pais. Solicite
exemplos específicos desses tipos de respostas, observados pelos pais.

___ 0= Nunca: A criança nunca responde ao seu nome no ruído, ou os


pais não podem oferecer exemplos;
___ 1= Raramente: A criança responde ao seu nome no ruído
aproximadamente 25% das vezes na primeira tentativa,
ou somente após várias repetições;
___ 2= Ocasionalmente: A criança responde ao seu nome no ruído
aproximadamente 50% das vezes na primeira tentativa,
ou consistentemente, mas somente quando os pais
repetem seu nome mais de uma vez;
___ 3= Freqüentemente: A criança responde ao seu nome no ruído ao menos 75%
das vezes na primeira tentativa;
___ 4= Sempre: A criança responde ao seu nome no ruído
consistentemente, com confiança, na primeira tentativa.

05- A criança, espontaneamente, está atenta aos sons ambientais (cachorro, brinquedos) sem ser
induzida ou alertada sobre estes?
Pergunte aos pais: “Cite os tipos de sons ambientais que a criança responde em casa ou em
situações familiares (restaurante, lojas,
parques infantis) e ofereça exemplos.”
Questione os pais quanto ao fato de estarem certos de que a criança responde somente
auditivamente, sem pistas visuais. Solicite exemplos específicos, como: atenção ao telefone,
campainha, cachorro latindo, alarme, sinais de microondas, lavadoras, descarga, buzina, trovão,
brinquedos que emitem ruídos (caixinha musical, jogos sonoros, cornetas)). Os exemplos devem
estar relacionados à atenção espontânea da criança e não ao alerta dos pais.

Utilize o critério de resposta especificado na questão 3 para pontuar as observações dos pais.
O comportamento de resposta deve ser demonstrado quando a criança detecta o som pela primeira
vez, ou quando este cessou.

___ 0= Nunca: A criança nunca demonstra esse comportamento, os pais


não podem oferecer exemplos, ou a criança responde
somente após o alerta;
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___ 1= Raramente: A criança responde aproximadamente 25% das vezes a


diferentes sons. Os pais podem oferecer somente um ou
dois exemplos, ou vários exemplos de sons que a criança
responde de modo inconsistente;
___ 2= Ocasionalmente: A criança responde aproximadamente 50% das vezes a
mais de dois sons ambientais. Se houver um número de
sons que regularmente ocorre e a criança não está atenta
(mesmo se responde consistentemente a dois sons como
telefone e campainha), não atribua uma pontuação maior
que ocasionalmente;
___ 3= Freqüentemente: A criança responde consistentemente a muitos sons
ambientais, ao menos 75% das vezes;
___ 4= Sempre: A criança responde a todos os sons ambientais, com
confiança e consistentemente.

06- A criança está atenta, espontaneamente, aos sinais auditivos, quando em novos ambientes?
Pergunte aos pais: “A criança mostra curiosidade (verbalmente ou não) para novos sons, quando
em locais não familiares, como quando em alguma outra casa ou numa loja ou restaurante não
familiar?”
Os exemplos incluem o barulho das louças sendo lavadas num restaurante, sinos tocando em uma
loja de departamentos, crianças chorando em outra sala, sirene, alarme, sistema de som em
edifícios, brinquedo diferente na casa de um colega.

Uma criança menor pode indicar, não verbalmente, que ouviu um novo som arregalando os olhos,
olhando ao redor, sorrindo, procurando a fonte do novo som ou imitando este (como quando
brincando com um novo brinquedo), chorando após um som intenso ou diferente, ou dirigindo o
olhar para os pais.
O comportamento de resposta deve ser demonstrado quando a criança detecta o som pela primeira
vez, ou quando este cessou.

___ 0= Nunca: A criança nunca apresenta esse comportamento, ou os


pais não podem oferecer exemplos;
___ 1= Raramente: A criança apresenta esse comportamento somente 25%
das vezes e os pais podem oferecer somente um ou dois
exemplos;
___ 2= Ocasionalmente: A criança apresenta esse comportamento inúmeras vezes
(aproximadamente 50% das vezes) e os pais podem
oferecer vários exemplos;
___ 3= Freqüentemente: A criança apresenta esse comportamento
aproximadamente 75% das vezes, os pais podem dar
inúmeros exemplos e isto é um fato corriqueiro;
___ 4= Sempre: Poucos sons novos ocorrem sem a criança mostrar uma
resposta ou curiosidade.
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07- A criança reconhece, espontaneamente, os sinais auditivos que fazem parte de sua rotina
diária?
Pergunte aos pais: “A criança reconhece regularmente, ou responde adequadamente aos sinais
auditivos que ocorrem na creche, na pré-escola ou em casa, sem pistas visuais ou alerta?”

Exemplos podem ser: procurar por um brinquedo familiar quando escuta seu ruído mas não o vê,
olhar para o microondas ou para o telefone quando toca, olhar para a porta quando o cachorro late
lá fora, olhar para a porta quando ouve o ruído do portão, cobrir os olhos quando você inicia
verbalmente, atrás dela, um jogo interativo como “cadê”, “esconde - esconde”.

___ 0= Nunca: A criança nunca apresenta o comportamento e os pais não


podem oferecer exemplos;
___ 1= Raramente: Os pais podem oferecer um ou dois exemplos e a criança
responde a esses sinais aproximadamente 25% das vezes;
___ 2= Ocasionalmente: Os pais não podem oferecem mais que dois exemplos e a
criança responde a esses sinais aproximadamente 50%
das vezes;
___ 3= Freqüentemente: Os pais podem oferecer muitos exemplos e a criança
apresenta respostas a esses sinais ao menos 75% das
vezes;
___ 4= Sempre: A criança claramente domina essa habilidade e
rotineiramente responde aos sinais auditivos que fazem
parte da sua rotina diária.

08- A criança demonstra habilidade para discriminar espontaneamente dois falantes, usando
somente a audição, sem pistas visuais?
Exemplos deste comportamento incluem a discriminação entre a voz do pai ou da mãe e a de um
irmão, ou a discriminação entre a a voz da mãe e a voz do pai. Exemplo desse comportamento
pode ser: atender ou responder a voz do pai somente através da pista auditiva.
Pergunte: “A criança pode diferenciar duas vozes prontamente, como ao ouvir a voz da mãe ou a
do irmão/irmã ?” Num nível mais difícil, pergunte: “se a criança está brincando com dois irmãos
e um deles fala alguma coisa, ela olha em sua direção corretamente?”

___ 0= Nunca: A criança nunca apresenta esse comportamento e os pais


não podem oferecer exemplos;
___ 1= Raramente: A criança pode discriminar duas vozes diferentes, como
voz de adulto e de criança, aproximadamente 25% das
vezes;
___ 2= Ocasionalmente: A criança pode discriminar duas vozes diferentes, como
voz de adulto e de criança, aproximadamente 50% das
vezes;
___ 3= Freqüentemente: A criança discrimina duas vozes diferentes, como voz de
adulto e de criança, aproximadamente 75% das vezes e
pode até discriminar duas vozes semelhantes, como as
vozes de duas crianças;
___ 4= Sempre: A criança sempre discrimina duas vozes diferentes e
freqüentemente discrimina duas vozes semelhantes.
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09-A criança conhece espontaneamente as diferenças entre estímulos de fala e não fala somente
através da audição?
O propósito desta questão é avaliar se a criança categoriza estímulos de fala e não fala. Nós
devemos perguntar sobre situações onde a criança pode confundir esses dois estímulos ou mostrar
que não está confusa. Por exemplo, se a criança tem uma resposta estabelecida para um certo
estímulo (como dançar ao ouvir a música), ela apresenta esse comportamento em resposta ao
estímulo de fala?

Pergunte: “A criança reconhece a fala como uma categoria de sons diferentes dos sons não
falados?” Por exemplo, se você está numa sala junto com a criança e a chama, ela olha para você
ou para o brinquedo? “Alguma vez a criança procurou a voz de um membro da família olhando
para um brinquedo familiar?”

___ 0= Nunca: A criança não apresenta esse comportamento, ou os pais


não podem oferecer exemplos;
___ 1= Raramente: A criança apresenta esse comportamento 25% das vezes
e os pais podem oferecer um ou dois exemplos;
___ 2= Ocasionalmente: A criança apresenta esse comportamento 50% das vezes
e os pais podem oferecer inúmeros exemplos;
___ 3= Freqüentemente: A criança apresenta esse comportamento 75% das vezes
e os pais podem oferecer inúmeros exemplos;
___ 4= Sempre: A criança apresenta esse comportamento com confiança
e consistentemente e não apresenta erros ao discriminar
sons de fala e não fala.

10- A criança associa espontaneamente a entonação da voz (raiva, excitação, ansiedade) ao


significado, apenas através da audição?
No caso de criança pequena, ela reconhece mudanças emocionais na voz, transmitidas através da
“linguagem da mãe”? Exemplos incluem: rir ou fazer meiguice, em resposta a amplas flutuações
na entonação ou mudanças na voz; ficar perturbada quando é censurada, ou firmemente
contrariada (a mãe diz “não-não-não”), mesmo sem ter aumentado a intensidade da voz.

Pergunte: “Somente através da audição a criança pode perceber a emoção inerente à voz de
alguma pessoa, assim como uma voz brava, excitada, etc.?” (exemplos: a mãe grita e a criança se
assusta e chora, ou a criança sorri em resposta a mudanças na entonação e na prosódia da voz do
pai, sem ver o seu rosto).

___ 0= Nunca: A criança não apresenta esse comportamento, os pais não


podem oferecer exemplos, ou a criança nunca teve
oportunidade de demonstrá-lo;
___ 1= Raramente: A criança apresenta esse comportamento

Aproximadamente 25% das vezes;


___ 2= Ocasionalmente: A criança apresenta esse comportamento

Aproximadamente 50% das vezes;


___ 3= Freqüentemente: A criança apresenta esse comportamento ao menos 75%
das vezes;
___ 4= Sempre: A criança responde consistentemente e adequadamente a
variações na entonação.
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FOLHA DE ANOTAÇÃO DOS RESULTADOS


IT-MAIS
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS

IT-MAIS / MUSS

Nome: Idade: ____ anos ____meses


Tempo de uso do implante coclear:
Informante:
Condição de aplicação: Tempo:
Data: ____/____/____
IT-MAIS Respostas MUSS Respostas
1. 1.
2. 2.
3. 3.
4. 4.
5. 5.
6. 6.
7. 7.
8. 8.
9. 9.
10. 10.
TOTAL DE PONTOS (IT-MAIS): TOTAL DE PONTOS (MUSS):
_______/40  ________% _______/40  ________%

Índice IT-MAIS e MUSS


1. 2.5 % 11. 27.5 % 21. 52.5 % 31. 77.5 %
2. 5 % 12. 30 % 22. 55 % 32. 80 %
3. 7.5 % 13. 32.5 % 23. 57.5 % 33. 82.5 %
4. 10 % 14. 35 % 24. 60 % 34. 85 %
5. 12.5 % 15. 37.5 % 25. 62.5 % 35. 87.5 %
6. 15 % 16. 40 % 26. 65 % 36. 90 %
7. 17.5 % 17. 42.5 % 27. 67.5 % 37. 92.5 %
8. 20 % 18. 45 % 28. 70 % 38. 95 %
9. 22.5 % 19. 47.5 % 29. 72.5 % 39. 97.5 %
10. 25 % 20. 50 % 30. 75 % 40. 100 %
25

ELABORAÇÃO DE UM PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DE


PERCEPÇÃO DE FALA EM CRIANÇAS DEFICIENTES
AUDITIVAS PROFUNDAS A PARTIR DE CINCO ANOS DE
IDADE
(Adaptação do GASP)

Bevilacqua MC, Tech EA. Elaboração de um procedimento de avaliação de percepção de


fala em crianças deficientes auditivas profundas a partir de cinco anos de idade. In:
Marchesan IQ, Zorzi JL, Gomes ICD, editores. Tópicos em Fonoaudiologia. São Paulo:
Lovise; 1996. P. 411-33.
26

FOLHA DE ANOTAÇÃO DOS RESULTADOS


ADAPTAÇÃO DO GASP
AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA FALA EM CRIANÇAS DEFICIENTES AUDITIVAS PROFUNDAS À PARTIR
DE 05 ANOS DE IDADE

Nome: Idade:
Avaliador: Dispositivo: Tempo de uso:
Data de aplicação:

1a PROVA- DETECÇÃO DOS SONS DE LING

s a m Ş m i m u u a m Ş a s a s i s u Ş u i m i s u i Ş Ş a

ESCORE:
/a/:
/i/:
/u/:
/s/:
/Ş/:
/m/: 28

27
28

2a PROVA- DISCRIMINAÇÃO DE VOZ MASCULINA X FEMININA

MASCULINA FEMININA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

ESCORE

3a PROVA- DISCRIMINAÇÃO VOCÁLICA

u i i u i a u a i u i a u a a

ESCORE:
/a/:
/i/:
/u/:
30

4a PROVA- DISCRIMINAÇÃO DA EXTENSÃO DAS VOGAIS

/aaaa/ /a/
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

ESCORE:

5a PROVA- RECONHECIMENTO DE PALAVRAS

G B
C T E I
A E L C
S M C L A I
A E H E D C
F G B C P N O F E L
M L A O A A I R O I E
P Ã O T L S T N R N R T
RESPOSTA É O R O A A O O O E A A

MÃO
FLOR
GATO
BOLA
CASA
SAPATO
MENINO
CACHORRO
TELEFONE
GELADEIRA
BICICLETA
RECONHECIMENTO:
31

CATEGORIZAÇÃO:

6a PROVA-COMPREENSÃO DE SENTENÇAS

TREINAMENTO:
1- Qual o nome da sua professora?
2- Onde está a sua boca ?
3- Quantos irmãos você tem ?

LEGENDA

Apoio visual:
Pausa: - - - - -
Ênfase: -------
Gestos:

NÚMERO DE APRESENTAÇÕES COMPREENDEU


(PISTA UTILIZADA) AUDITIVAMENTE

1 - Qual é o seu nome ?


2 - Quantos anos você tem?
3 - Qual a cor do seu sapato?
4 - Onde você mora?
5 - Com quem você mora?
6 - Qual o nome do seu irmão?
7 - Onde está o seu aparelho auditivo?
8 - Onde está a mamãe?
9 - Você está na escola?
10 - Vamos contar de 1 a 5?

ESCORE:
32

LISTA DE PALAVRAS COMO PROCEDIMENTO DE


AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS SONS DA FALA PARA
CRIANÇAS DEFICIENTES AUDITIVAS

Delgado EMC, Bevilacqua MC. Lista de palavras como procedimento de avaliação


da percepção dos sons da fala para crianças deficientes auditivas. Pró-fono
Revista de Atualização Científica, 1999; 11(1): 59-64.
33

FOLHA DE ANOTAÇÃO DOS RESULTADOS:


LISTA DE PALAVRAS PARA CRIANÇAS MAIORES DE 5 ANOS
DE IDADE
34

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS

Lista de palavras como procedimento de avaliação de percepção dos sons da fala


para crianças deficientes auditivas

Nome: DN:____/____/____
IC: Processador:
Programa: Volume: Sensibilidade:
Data: ____/____/____

TREINO:
PALAVRAS FONEMAS PALAVRAS FONEMAS
Para Nome
Mesa Curto
Fecha Casa
Lixo Livro
Bola Luva

Total de fonemas: acertos, % Total de palavras: acertos, %

AVALIAÇÃO
PALAVRAS FONEMAS PALAVRAS FONEMAS
Café Gato
Dedo Nenê
Quero Vela
Limão Bicho
Rosa Toma
Fogo Bolo
Chuva Suco
Maçã Carro
Pilha Minha
Pula Nuvem

Total de fonemas: acertos, % Total de palavras: acertos, %


35

ESCALA DE INTEGRAÇÃO AUDITIVA SIGNIFICATIVA: MAIS


PROCEDIMENTO ADAPTADO PARA A AVALIAÇÃO DA
PERCEPÇÃO DA FALA

Castiquini EAT, Bevilacqua MC. Escala de integração auditiva significativa:


procedimento adaptado para a avaliação da percepção da fala. Revista da Sociedade
Brasileira de Fonoaudiologia 2000; 6:51-60.
36

Questionário MAIS - Escala de Integração Auditiva Significativa

ESCALA DE INTEGRAÇÃO AUDITIVA SIGNIFICATIVA (MAIS)


Adaptação da “Meaningful Auditory Integration Scale - MAIS” (ROBBINS; RENSHAW;
BERRY, 1991)
CASTIQUINI, E.A.T. & BEVILACQUA, M.C., 1998

NOME: IDADE:
DISPOSITIVO AUDITIVO: DATA:
INFORMANTE: AVALIADOR:

01- Aplique a questão 1a se a criança possuir idade inferior a 05 anos e a questão 1b se possuir
mais que 05 anos.

1a- A criança usa o dispositivo auditivo durante todo o dia, sem resistência?
Pergunte: “Como é a rotina diária para colocar o dispositivo auditivo”? A mãe deverá explicar o
quanto a criança usa o dispositivo e determinar se o usa durante todo o dia sem resistência, ou
somente em períodos restritos.
Pergunte: “Se um dia você não colocou o dispositivo na criança, ela demonstrou estar sentindo
falta do mesmo (apontando seu ouvido, procurando, ficando agitada, etc.)”? Uma pergunta
adicional poderá ser: “Seu filho demonstra, não verbalmente, ficar aflito quando o dispositivo é
retirado (como chorar ou ficar agitado)”?

___ 0= Nunca: Os pais raramente colocam o dispositivo auditivo na


criança devido à sua resistência em usá-lo;
___ 1= Raramente: A criança usa o dispositivo somente em curtos períodos,
mas resiste em colocá-lo;
___ 2= Ocasionalmente: A criança usa o dispositivo somente em curtos períodos,
sem resistência;
___ 3= Freqüentemente: A criança usa o dispositivo durante todo o dia, sem
resistência;
___ 4= Sempre: A criança usa o dispositivo durante todo o dia, apresenta
algum indício quando os pais esquecem de colocá-lo e
demonstra falta deste quando não está usando.

Resposta:

1b- A criança solicita que coloquem o seu dispositivo auditivo ou ela própria o coloca?
Pergunte: “Como é a rotina para colocar o dispositivo na criança”? A mãe deverá explicar quem
é responsável por colocar o dispositivo (ela ou a própria criança). “Se um dia você não colocou o
dispositivo da criança e não mencionou tal fato, a criança pede para colocá-lo e demonstra falta
do mesmo”?
Uma questão adicional poderia ser: “Seu filho utiliza o dispositivo basicamente de acordo com a
rotina (como na escola e uma hora à noite), ou durante todo o dia (até mesmo à noite,
demonstrando maior dependência e vínculo com o dispositivo que a opção anterior)”?
37

___ 0= Nunca: A criança resiste em usar o dispositivo;


___ 1= Raramente: A criança usa o dispositivo sem resistência, mas nunca o
solicita;
___ 2= Ocasionalmente: A criança solicita o dispositivo e contenta-se em usá-lo
numa parte do dia;

___ 3= Freqüentemente: A criança usa o dispositivo durante todo o dia, sem


resistência:
___ 4= Sempre: A criança usa o dispositivo durante todo o dia e este faz
parte do seu corpo (como óculos).
Resposta:

02- A criança relata e parece ficar perturbada quando seu dispositivo não está funcionando por
alguma razão?
Solicite exemplos do que a criança tem feito (verbalmente ou não) quando o seu dispositivo
auditivo não está funcionando. Pergunte também: “Alguma vez você checou o dispositivo e
descobriu que não estava funcionando, porém a criança não notou ou não lhe comunicou”?
No caso de crianças menores, pergunte: “Alguma vez você checou o dispositivo e observou que
não estava funcionando e a criança não forneceu nenhuma indicação não verbal disto, como
chorar ou levar a mão até o dispositivo”?

___ 0= Nunca: A criança não percebe se o dispositivo está funcionando


ou não;
___ 1= Raramente: A criança nota um mal funcionamento do dispositivo
(verbalmente ou não) somente de vez em quando;
___ 2= Ocasionalmente: Os pais podem dar alguns exemplos de que a criança
detecta um mal funcionamento do dispositivo em mais de
50% das vezes e está começando a diferenciar os
problemas;
___ 3= Freqüentemente: Os pais oferecem muitos exemplos e/ou a criança
freqüentemente diferencia os vários tipos de mal
funcionamento do dispositivo (bateria fraca, som
distorcido);
___ 4= Sempre: A criança nunca fica sem detectar um problema em seu
dispositivo, relata imediatamente tal fato a seus pais e
pode facilmente identificar o problema.

Resposta:

03- A criança responde espontaneamente ao seu nome, no silêncio, quando chamada


auditivamente, sem pistas visuais?
Pergunte: “Se você chamou a criança por trás, numa sala silenciosa, sem nenhuma pista visual,
em que porcentagem ela responderia à primeira chamada”?
38

___ 0= Nunca: A criança nunca responde;


___ 1= Raramente: A criança responde uma ou duas vezes, ou somente após
várias repetições;
___ 2= Ocasionalmente: Aproximadamente 50% das vezes na primeira tentativa,
ou consistentemente apenas quando a mãe repete seu
nome mais de uma vez;
___ 3= Freqüentemente: Ao menos 75% das vezes, na primeira tentativa;
___ 4= Sempre: Responde consistentemente, com confiança, todas as
vezes, como uma criança ouvinte. Solicite exemplos.

Resposta:

04- A criança responde espontaneamente ao seu nome, na presença de ruído ambiental, quando
chamada auditivamente, sem nenhuma pista visual?
Pergunte: “Se você chamou a criança por trás, numa sala com pessoas conversando e a televisão
ligada, sem nenhuma pista visual, em que porcentagem de tempo ela se volta à você e responde à
primeira chamada”?

___ 0= Nunca: A criança nunca responde;


___ 1= Raramente: A criança responde uma ou duas vezes, ou somente após
várias repetições;
___ 2= Ocasionalmente: Aproximadamente 50% das vezes, na primeira tentativa,
ou consistentemente apenas quando a mãe repete seu
nome mais de uma vez;
___ 3= Freqüentemente: Ao menos 75% das vezes, na primeira tentativa;
___ 4= Sempre: Responde consistentemente, com confiança, todas as
vezes, como uma criança ouvinte. Solicite exemplos.
Resposta:

05- A criança, espontaneamente, está atenta aos sons ambientais (campainha, telefone), sem ser
induzida ou alertada sobre estes?
Pergunte: “Cite os tipos de sons ambientais que a criança responde em casa e dê exemplos”.
Questione os pais quanto ao fato de estarem certos de que a criança responde apenas
auditivamente, sem nenhuma pista visual. Exemplos podem ser solicitados: telefone, campainha,
cachorro latindo, chuva, alarme, motores, sinais de microondas, lavadoras, descarga, buzina,
trovão, etc. Os exemplos devem ser relacionados à atenção espontânea da criança e não ao alerta
dos pais.

___ 0= Nunca: Os pais não podem oferecer exemplo, ou a criança


responde somente após o alerta;
___ 1= Raramente: Os pais podem oferecer somente um ou dois exemplos,
ou vários exemplos onde as respostas da criança são
inconsistentes;
___ 2= Ocasionalmente: A criança responde aproximadamente 50% das vezes a
mais de dois sons ambientais;
___ 3= Freqüentemente: A criança responde consistentemente, ao menos 75% das
vezes, a muitos sons ambientais;
39

___ 4= Sempre: A criança responde aos sons ambientais basicamente da


mesma forma que uma criança ouvinte. Se houver uma
série de sons que regularmente ocorre e a criança não está
alerta a eles (até mesmo se responde consistentemente a
dois sons como telefone e campainha), ela não será
classificada numa categoria mais alta que a
Ocasionalmente.
Resposta:

06- A criança está atenta, espontaneamente, aos sinais auditivos quando em novos ambientes?
Pergunte: “A criança mostra curiosidade (verbalmente ou não) para novos sons, quando em locais
não familiares, como em alguma outra casa ou num restaurante, perguntando “O que foi este
som?” ou “Eu ouvi alguma coisa?”
Uma criança menor poderia dar alguma informação de que ouviu um novo som arregalando os
olhos, olhando ao redor, procurando a fonte do novo som ou imitando este (como quando
brincando com um novo brinquedo).

Os exemplos que os pais tem oferecido referem-se às crianças perguntando sobre o barulho das
louças sendo lavadas num restaurante, brinquedos e sinos tocando em uma loja de departamentos,
som de latidos em outra sala, sistema de som em lojas.
___ 0= Nunca: Os pais não podem oferecer exemplos;
___ 1= Raramente: Os pais podem oferecer somente um ou dois exemplos;
___ 2= Ocasionalmente: A criança tem feito isto inúmeras vezes e os pais podem
dar exemplos;
___ 3= Freqüentemente: Os pais podem dar vários exemplos e isto é uma
ocorrência comum;
___ 4= Sempre: Poucos sons ocorrem sem a criança perguntar sobre os
mesmos (ou, no caso de crianças menores, mostram
curiosidade não verbalmente).

Resposta:

07- A criança reconhece, espontaneamente, os sinais auditivos que fazem parte de sua rotina
doméstica ou escolar?
Pergunte: “A criança reconhece regularmente ou responde apropriadamente aos sinais auditivos
em sala de aula (como ao sinal da escola, alarme de incêndio, sistema de som) ou em casa (como
abrir a janela para ver qual membro de sua família está chegando em casa quando ela ouve o ruído
do portão; ir para a cozinha quando o sinal do microondas toca, indicando que a comida está
pronta e é momento de comer), sem nenhuma pista visual ou alerta dos pais”?

___ 0= Nunca: A criança nunca faz isto;


___ 1= Raramente: Há um ou dois exemplos;
___ 2= Ocasionalmente: Ela responde a esses sinais aproximadamente 50% das
vezes;
___ 3= Freqüentemente: Muitos exemplos são oferecidos e a criança responde a
esses ao menos 75% das vezes;
___ 4= Sempre: A criança claramente domina essa habilidade e apresenta
resposta todas as vezes.
40

Resposta:

08- A criança demonstra habilidade para discriminar espontaneamente dois falantes, usando
somente a audição (como reconhecendo a voz da mãe x voz do pai x voz dos irmãos)?
Pergunte: “A criança pode diferenciar duas vozes prontamente, como ao ouvir a voz da mãe ou
do pai”?
As seguintes situações podem ser propostas: “Se estão todos na mesma sala conversando: mãe,
pai e irmãos, a criança reconhece a voz de cada membro da família quando dirigem-se a ela, sem
qualquer pista visual?” “Se a criança está brincando com os irmãos e o pai ou a mãe a chamam,
ela atende ao chamado, dirigindo-se à pessoa correta?”

___ 0= Nunca: A mãe não pode oferecer exemplos da criança


discriminando sons de fala e sons de não fala;

___ 1= Raramente: Um ou dois exemplos são oferecidos;


___ 2= Ocasionalmente: Vários exemplos são oferecidos e a criança faz isto ao
menos 50% das vezes;
___ 3= Freqüentemente: Muitos exemplos são oferecidos e a criança faz isto 75%
das vezes;
___ 4= Sempre: A criança discrimina e não apresenta erros ao realizar esta
atividade.

Resposta:

09-A criança percebe, espontaneamente, as diferenças entre sons de fala e ambientais somente
através da audição?
Pergunte: “A criança reconhece a fala como uma categoria de sons diferentes dos sons da não
fala”? Por exemplo, se você está parado atrás da criança e um ruído ocorreu, ela diz “O que foi
esse barulho?”
No caso de crianças menores, pergunte: “Ela correria até a próxima sala para procurar a voz do
membro da família ou iria olhar pela janela o cachorro, o caminhão dos bombeiros ou o carro da
polícia”?

___ 0= Nunca: Os pais não podem oferecer exemplos da criança


discriminando sons de fala e sons de não fala;
___ 1= Raramente: Um ou dois exemplos são oferecidos;
___ 2= Ocasionalmente: Vários exemplos são oferecidos e a criança faz isto ao
menos 50% das vezes;
___ 3= Freqüentemente: Muitos exemplos são oferecidos e a criança faz isto ao
menos 75% das vezes;
___ 4= Sempre: A criança sempre faz isto e não apresenta erros

Resposta:
41

10- A criança associa, espontaneamente, a entonação da voz (raiva, excitação, ansiedade) com o
significado apenas através da audição?
Pergunte: “Somente através da audição a criança pode perceber a emoção inerente à voz de
alguma pessoa, assim como uma voz brava, excitada, etc.”? (exemplos: O pai grita “anda logo”
na porta do banheiro e a criança responde, também gritando, “Por que você está bravo?”. No caso
de crianças menores, ela começa a chorar por causa do som de irritação na voz do pai?).

Um outro exemplo é: se o pai/mãe estiver lendo um livro novo para a criança, com ela sentada
em seu colo e sem poder observar o seu rosto (ex.: A mãe diz: “O garoto gritou - Vamos embora
!- “ e a criança diz: “O garoto está feliz por ir ao parque”).

___ 0= Nunca: Os pais não podem oferecer exemplos ou a criança nunca


teve oportunidade para isto;
___ 1= Raramente: A criança faz isto 25% das vezes;
___ 2= Ocasionalmente: A criança faz isto aproximadamente 50% das vezes;
___ 3= Freqüentemente: A criança faz isto ao menos 75% das vezes;
___ 4= Sempre: A criança pode identificar consistentemente mais que
uma emoção, na condição de audição somente.

Resposta:

TOTAL DE PONTOS: _____/40


ÍNDICE DA MAIS: _________%
42

FOLHA DE ANOTAÇÃO DOS RESULTADOS:


MAIS
43

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS

MAIS / MUSS

Nome: Idade: ____ anos ____meses


Tempo de uso do implante coclear:
Informante:
Condição de aplicação: Tempo:
Data: ____/____/____
MAIS Respostas MUSS Respostas
1. 1.
2. 2.
3. 3.
4. 4.
5. 5.
6. 6.
7. 7.
8. 8.
9. 9.
10. 10.
TOTAL DE PONTOS (MAIS): TOTAL DE PONTOS (MUSS):
_______/ 40  ________% _______/ 40  ________%

Índice MAIS e MUSS


1. 2.5 % 11. 27.5 % 21. 52.5 % 31. 77.5 %
2. 5 % 12. 30 % 22. 55 % 32. 80 %
3. 7.5 % 13. 32.5 % 23. 57.5 % 33. 82.5 %
4. 10 % 14. 35 % 24. 60 % 34. 85 %
5. 12.5 % 15. 37.5 % 25. 62.5 % 35. 87.5 %
6. 15 % 16. 40 % 26. 65 % 36. 90 %
7. 17.5 % 17. 42.5 % 27. 67.5 % 37. 92.5 %
8. 20 % 18. 45 % 28. 70 % 38. 95 %
9. 22.5 % 19. 47.5 % 29. 72.5 % 39. 97.5 %
10. 25 % 20. 50 % 30. 75 % 40. 100 %
44

SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA


PERCEPÇÃO DA FALA EM DEFICIENTES AUDITIVOS

Lopes AC, Castiquini EAT, Delgado EMC, Bevilacqua MC. Procedimentos de avaliação
da percepção da fala em deficientes auditivos. Revista da Sociedade Brasileira de
Fonoaudiologia 2000; 6:24-7.
45

ELABORAÇÃO DE LISTAS DE SENTENÇAS CONSTRUÍDAS NA


LÍNGUA PORTUGUESA
Sentenças Balanceadas

Valente SLO. Elaboração de listas de sentenças construídas na língua portuguesa


[dissertação]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica; 1998.
Orientação: Profª. Drª. Maria Cecília Bevilacqua
46

ELABORAÇÃO DAS LISTAS DE SENTENÇAS

O presente trabalho apresenta as fases para a elaboração de listas de sentenças do dia-a-dia


da língua portuguesa. O estudo foi realizado no Centro de Pesquisas Audiológicas (CPA) –
Hospital de Reabilitação de Anomlias Craniofciais (HRAC) – da Universidade de São Paulo
(USP) – Bauru.

Princípios que orientaram a coleta de dados:

Para elaboração do material, realizamos diversos registros da fala cotidiana da língua


portuguesa falada no Brasil. Através de gravações de conversas espontâneas, sempre entre duas
ou mais pessoas, obtivemos a nossa amostra de fala no português.

A seguir apresentaremos as caraterísticas mais importantes que foram consideradas no


decorrer da estruturação das listas de sentenças.

Faixa etária:

Em nossa pesquisa, a amostra de fala variou entre indivíduos de 22 a 45 anos, considerando-


se a população adulta.

Coleta do material de fala

A amostra de fala foi pesquisada através de conversas espontâneas, as quais foram gravadas
através de um gravador da marca Panasonic recording Fast Palyback-auto stop/mini cassette
recorder e fitas da marca Basf, modelo FEI-60’.

Situação de gravação:

As gravações foram realizadas em locais onde era convencional a fala do dia-a-dia. A coleta
de material de fala teve como objetivo o registro da fala espontânea e usual do cotidiano.
47

O quadro 1 apresenta as caraterísticas de cada gravação em relação à faixa etária, tempo de


gravação e população envolvida.

Nível Sócio-cultural:

Os sujeitos foram classificados em três grupos: Grupo A, Grupo B e Grupo C.


O Grupo A foi composto por sujeitos que apresentam nível universitário, tais como:
dentistas, professores universitários da ciência da comunicação e jornalistas.
O Grupo B foi composto por sujeitos que apresentam nível universitário, os quais exercem
atividades profissionais do tipo: manicure, cabeleireira e porteiro de universidade.
O restante do material coletado foi registrado através de gravações de novelas. Esta amostra
foi classificada no Grupo C, por mostrar-se diferente das demais.

Transcrições das gravações:

Em etapa posterior, foi realizada a transcrição das gravações. Inicialmente, todas as


amostras de fala foram transcritas de maneira “verbatim”, ou seja, transcrição da fala corrida dos
sujeitos. As transcrições encontram-se no anexo A.

Critérios para montagem das listas de sentenças

Para realização deste trabalho, os critérios foram baseados na literatura internacional e


elaboração de um material adequado ao nosso objetivo e direcionado para a avaliação da
percepção da fala de sujeitos que apresentam deficiência auditiva neurossensorial em grau severo
e profundo.

Através dos critérios apresentados por SILVERMAN & HIRSH (1956), BENCH, KOWA
&BANFORD (1979), pudemos elaborar com precisão alguns critérios para a construção de nossas
listas de sentenças, direcionando-se para os procedimentos utilizados na audiologia clínica. Desta
forma, os critérios estabelecidos para elaboração das listas, devem apresentar os seguintes itens:
1. Vocabulário apropriado para adultos:
48

2. Conteúdo das sentenças retirado das situações de conversação do dia-a-dia, excluindo


gírias ou provérbios e evitando estruturas estereotipadas;
3. Exclusão dos nomes próprios;
4. Sentenças com baixo nível de abstração;
5. Palavras trabalhadas enquanto vocábulo fonológico;
6. Sentenças afirmativas com período simples e compostas de até oito palavras (vocábulo
fonológico);
7. Listas formadas por 10 sentenças e cada lista por 50 palavras-chave.

Seleção das sentenças

Após a transcrição “verbatim” da fala, cada registro foi submetido a uma seleção prévia, e
o texto da fala corrida tomou um formato de lista, apresentando várias sentenças.
No português falado no dia-a-dia, observamos variações bastante comuns. desta forma,
após o processo de seleção das sentenças, foram retirados alguns componentes, os quais não farão
parte das listas de sentenças finais.
As transcrições “verbatim”, mostram o padrão oral apresentado pelos sujeitos na
utilização da língua portuguesa no seu dia-a-dia. Quando realizamos as modificações nas
variações da linguagem oral, passamos a apresentar um padrão escrito, uma vez que o nosso
objetivo foi de observar “o que” se fala e não “como” se fala em língua portuguesa no Brasil.
Os componentes de fala que passaram por este processo foram:
- “ pra ” = para
- “ tô ” + estou
- palavras terminadas em “ u ” = palavras terminadas em “ o ”
- palavras terminadas em “ i ” = palavras terminadas em “ e ”
- “ cê ” = você
Após a transcrição completa, o material de fala foi submetido a primeira seleção, quando o
número de palavras foi reduzido de acordo com os critérios descritos. Após análise das
sentenças, verificamos a necessidade da realização da segunda seleção das sentenças, para
um aprimoramento do conteúdo das mesmas, conforme mostra o quadro 2.

QUADRO 2. Descrição quantitativa do material de fala coletado.


49

Gravações Transcrição Após 1ª seleção Após 2ª seleção


completa Nº de Nº de Nº de Nº de
Nº de palavras palavras sentenças palavras sentenças
Grupo A 1, 2 e 3 3.599 2.286 276 473 89
Grupo B 5e6 4.562 2.051 255 460 62
Grupo C 4 1.818 935 104 157 22
Total 10.043 5.272 635 1.148 173

O quadro 2 mostra o número de palavras apresentados na transcrição completa e o número


de palavras e sentenças encontrados após a primeira e segunda seleção.

Montagem das listas de sentenças

Ao final da etapa de seleção, conseguimos elaborar para cada gravação uma série de
sentenças (vide quadro 2). Desta forma, tornou-se mais fácil separarmos as sentenças existentes
em cada grupo (Grupo A, Grupo B e Grupo C).
O Grupo A foi composto pelas transcrições das gravações 1, 2 e 3 , as quais totalizaram
3.599 palavras na transcrição “verbatim”. Após a etapa de seleção das sentenças, este grupo
passou a totalizar 2.286 palavras, compondo 276 sentenças. Quadro 2.
Foi realizada nova análise a nível vocabular quando foram eliminadas as palavras que não
são comumente utilizadas em nossa língua e sentenças com mais de oito palavras. Desta maneira
o Grupo A passou a ser composto por 89 sentenças com 473 palavras. Quadro 3.

QUADRO 3 – Descrição do número total de palavras e sentenças ao final das análises do Grupo
A.
Grupo Gravação Total de palavras Total de sentenças
A 1 138 27
A 2 94 18
A 3 241 44
Total 473 89
50

No quadro 3 podemos observar na gravação 2, ao final das análises, foram selecionadas


apenas dezoito sentenças, sendo que foram registradas noventa e quatro palavras, isto ocorreu
devido ao grande número de palavras mais difíceis encontradas nesta população.
O Grupo B foi composto pelas transcrições das gravações 5 e 6, as quais totalizaram 4.562
palavras na transcrição “verbatim”. Após a etapa de seleção das sentenças, este grupo passou a
totalizar 2.051 palavras, compondo 255 sentenças. Como no Grupo A, após a análise a nível
vocabular, o Grupo B passou a ser composto por 62 senetenças com 460 palavras como mostra o
quadro 4.

QUADRO 4 – Descrição do número total de palavras e sentenças ao final das análises do Grupo
B
Grupo Gravação Total de palavras Total de sentenças
B 5 285 18
B 6 175 44
Total 460 62

O Grupo C refere-se à transcrição da gravação 4, totalizando 1.818 palavras na transcrição


“verbatim”. Como nos grupos anteriores, após a seleção de sentenças, passou a totalizar 935
palavras compondo 104 sentenças. Quadro 2.
Após a análise a nível vocabular, o Grupo C passou a ser composto por 22 senetnças com
157 palavras. Quadro 5.

QUADRO 5 – Descrição do número total de palavras e sentenças ao final das análises do Grupo
C.
Grupo Gravação Total de palavras Total de sentenças
C 4 157 22

Discussão sobre aspectos da elaboração das sentenças

Inicialmente, foram elaboradas 8 listas com 20 sentenças, totalizando 100 palavras-chave


em cada uma das listas. Em fase posterior, estas mesmas listas foram transformadas em 16 listas
com 10 sentenças e 50 palavras-chaves em cada lista.
51

BENCH, KOWA & BANFORD (1979) ao elaborarem o BKB Sentence, relataram que 50
palavras-chave por lista representava um número suficiente de itens.
COSTA (1997) relatou a importância de se elaborar listas com o menor número possível
de sentenças, mas que possam garantir respostas confiáveis, pois, durante a avaliação dos
candidatos ao uso de próteses auditivas, é necessário que seja apresentada ao indivíduo mais de
uma lista. Desta forma, se a lista de sentenças for muito extensa, poderá consumir muito tempo e
cansar o paciente.
Para a distribuição das palavras-chave, utilizamos a teoria descrita por CAMARA (1975),
CARONE (1988) , CUNHA & CUNHA (1985) e LAROCA (1994), em relação aos vocábulos
fonológicos e vocábulos morfológicos; podemos considerar os vocábulos fonológicos como
palavras-chave.
Em nossa pesquisa foram selecionadas apenas sentenças afirmativas, de período simples,
apresentando de quatro a sete vocábulos fonológicos. As sentenças interrogativas e exclamativas
não foram selecionadas com o objetivo de não confundir os indivíduos no momento da repetição
das sentenças. A extensão vocabular utilizada foi baseada nas transcrições das conversas
espontâneas descritas anteriormente.
SILVERMAN & HIRSH (1956) relataram que as listas de sentenças deveriam apresentar
frases afirmativas, exclamativas e interrogativas, e que a extensão vocabular de cada sentença
deveria ser de 2 a 12 palavras.
Após o término da elaboração e montagem, as listas foram aplicadas em 6 sujeitos adultos
com audição normal. A aplicação foi realizada em sistema decampo livre com intensidade de 40
dBNA acima da média.
Nesta etapa, as sentenças foram reproduzidas em “viva voz” pela fonoaudióloga. Os
sujeitos obtiveram escore muito próximo de 100%.
A partir desta aplicação observamos que a estruturação das sentenças e vocabulário
utilizado estavam adequados à proposta inicial de sentenças do português cotidiano. Realizamos
apenas uma modificação na lista 16, sentença 2: [Hoje vence a conta telefônica], onde 50% dos
sujeitos trocaram [conta telefônica] por [conta de telefone]. Desta forma, achamos pertinente tal
modificação.
As listas foram gravadas no estúdio de gravações da Rádio UNESP – Bauru (Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), por um locutor com voz masculina. As sentenças
foram distribuídas, mantendo-se intervalos constantes de 10 segundos entre o fim de uma sentença
52

e o começo da seguinte, tempo para o paciente responder e se preparar para escutar próxima
sentença.
53

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 1

1 - O bar é lugar agradável para conversar com amigos


1 2 3 4 5 6 7

2 – Ela comprou um telefone usado


8 9 10 11

3 – Ninguém segura aquele time de basquete


12 13 14 15 16

4 – A comida da mamãe sempre é gostosa


17 18 19 20 21

5 – O jantar acabou mais cedo


22 23 24 25

6 – As eleições vão começar no próximo mês


26 27 28 29 30

7 – Aquelas pessoas são muito humildes


31 32 33 34 35

8 – A prova de matemática foi difícil


36 37 38 39

9 – Ele queria ir ao cinema depois do trabalho


40 41 42 43 44 45

10 – Eles foram para a escola de ônibus


46 47 48 49 50

IRF = ________ X 2 = ________ %


54

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 2

1 – O menino chegou atrasado na escola


1 2 3 4

2 – Meu dentista é muito calmo


5 6 7 8 9

3 – Toda criança gosta de ganhar brinquedos


10 11 12 13 14

4 – Dormi durante a viagem inteira


15 16 17 18

5 - Domingo é dia de almoçar com a família reunida


19 20 21 22 23 24 25

6 - Estou cansada de correr no parque


26 27 28 29

7 - O Brasil tem cidades lindas para morar


30 31 32 33 34 35

8 - É perigoso dirigir com sono na estrada


36 37 38 39 40

9 - Eles foram para uma festa animada


41 42 43 44 45

10 – Aqueles homens pintaram a casa do prefeito


46 47 48 49 50

IRF = _______ X 2 = _______ %


55

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 3

1 – As pessoas estão poluindo o rio


1 2 3 4

2 – As férias de verão estão chegando


5 6 7 8

3 – O carro ficou mal estacionado na garagem


9 10 11 12 13

4 – Avisei para tomar cuidado com o cachorro bravo


14 15 16 17 18 19

5 - Gosto de ler romances policiais


20 21 22 23

6 - Gostaria de comer salada de alface fresquinha


24 25 26 27 28

7 - Coração de mãe a gente não consegue esquecer nunca


29 30 31 32 33 34 35

8 – O grande problema do centro da cidade é o trânsito


36 37 38 39 40 41

9 - A professora mora na casa dos pais


42 43 44 45

10 – A televisão quebrou durante a novela das oito


46 47 48 49 50

IRF = _______ X 2 = ______ %


56

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 4

1 – O aluno precisa estudar para fazer o exame


1 2 3 4 5 6

2 – A secretária faltou dois dias no trabalho


7 8 9 10 11

3 – O peixe ficou agitado dentro do aquário


12 13 14 15 16

4 – O médico foi visitar o doente


17 18 19 20

5 – A enfermeira trabalha no hospital para idosa


21 22 23 24 25

6 - Aquele telefone não funciona


26 27 28 29

7 – O trabalho ajuda o homem à crescer na vida


30 31 32 33 34

8 - A temperatura vai mudar este final de semana


35 36 37 38 39 40

9 - Aquele casal tem dois filhos lindos


41 42 43 44 45 46

10 – Ganhei uma cesta de ovos de páscoa


47 48 49 50

IRF = _____ X 2 = ______ %


57

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 5

1 – A dona da loja fez um bom desconto


1 2 3 4 5

2 – Ele brigou com a namorada na saída do clube


6 7 8 9 10 11

3 – Esqueci o bolo assando no forno da padaria


12 13 14 15 16

4 – O palhaço subiu no cavalo preto


17 18 19 20

5 – A fechadura da porta quebrou hoje


21 22 23 24

6 – O circo apresentou animais selvagens


25 26 27 28

7 – Ela comprou roupas e sapatos novos


29 30 31 32 33

8 - Eles sabem que fumar faz mal à saúde


34 35 36 37 38 39

9 - A universidade recebeu dinheiro para construir um laboratório


40 41 42 43 44 45

10 – O governo não sabe administrar o país


46 47 48 49 50

IRF = _____ X 2 = ______ %


58

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 6

1 - O professor pediu para fazer um trabalho


1 2 3 4 5

2 – Ela viajou de avião para chegar rápido


6 7 8 9 10 11

3 – Disse que voltava logo depois do almoço


12 13 14 15 16

4 – Cuidado para não cair do telhado


17 18 19 20 21

5 – Esta fotografia tráz boas recordações do passado


22 23 24 25 26 27

6 – Uma boa leitura é importante para todas as pessoas


28 29 30 31 32 33 34

7 - Hoje foi um dia maravilhoso


35 36 37 38

8 – O menino ganhou uma bicicleta


39 40 41

9 – Este problema não tem solução


42 43 44 45 46

10 – As crianças gostaram da festa de aniversário


47 48 49 50

IRF = _____ X 2 = ______ %


59

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 7

1 – Quero apenas a sua felicidade


1 2 3 4

2 – A vida começa aos quarenta anos


5 6 7 8

3 – O final de semana foi muito divertido


9 10 11 12 3

4 – Ele quer saber onde estou trabalhando


14 15 16 17 18 19

5- A casa está pronta para receber os convidados


20 21 22 23 24 25

6 – O circo vai chegar na cidade


26 27 28 29

7 - A televisão é o meio de comunicação mais popular


30 31 32 33 34 35

8 - O homem foi internado no hospital


36 37 38 39

9 - O voto consciente é um dever de toda população


40 41 42 43 44 45

10 – Vamos ficar sozinhos nesta casa


46 47 48 49 50

IRF = _____ X 2 = ______ %


60

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 8

1 – O clima está cada vez mais frio


1 2 3 4 5 6

2 – Tenho que fazer a tarefa para entregar na escola


7 8 9 10 11 12

3 – Falei para a moça esperar um pouco


13 14 15 16 17

4 – Assistimos um bom filme de aventura


18 19 20 21

5 – O escritório foi assaltado por meninos de rua


22 23 24 25 26

6 – Tomei sorvete de chocolate e morango


27 28 29 30

7 - Os adultos devem respeitar os direitos da criança


31 32 33 34 35

8 – O bolo de banana ficou uma delícia


36 37 38 39

9 - Ela não quer ficar gorda na gravidez


40 41 42 43 44 45

10 – O médico cuidou daquela criança doente


46 47 48 49 50

IRF = _____ X 2 = ______ %


61

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 9

1 – A conversa do chefe foi longe demais


1 2 3 4 5

2 – As praias estão ficando limpas


6 7 8 9

3 – Chegamos atrasados na aula de piano


10 11 12 13

4 – A população feminina enfrenta crise no mercado de trabalho


14 15 16 17 18 19

5 – A situação do país está ficando mais difícil


20 21 22 23 24 25

6 – Esta noite choveu forte


26 27 28 29

7 – Os brasileiros gostam de jogar futebol ao sábado


30 31 32 33 34

8 – O café da manhã foi servido com muitas frutas


35 36 37 38 39 40

9 - Ela sentia dores de cabeça muito fortes


41 42 43 44 45 46

10 - Aquele homem não envelhece


47 48 49 50

IRF = _____ X 2 = ______ %


62

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 10

1 – A menina fez um bolo de chocolate


1 2 3 4

2 – O uso do cinto de segurança é obrigatório por lei


5 6 7 8 9 10

3 – Comprei um vestido novo para mamãe


11 12 13 14 15

4 – A janela do escritório ficou aberta a noite inteira


16 17 18 19 20 21

5 - O suco de limão estava gelado


22 23 24 25

6 – A casa da praia foi assaltada de madrugada


26 27 28 29 30

7 - O mercado está sempre lotado aos sábados


31 32 33 34 35

8 – O cachorro deve ser bem ensinado


36 37 38 39 40

9 - O curso de dança vai começar novamente


41 42 43 44 45

10 - O volume do rádio estava muito alto


46 47 48 49 50

IRF = _____ X 2 = ______ %


63

LISTAS DE SENTENÇAS – CPA – USP BAURU

Paciente: ______________________________________________ Prontuário: ____________


Idade: ___________________________ Data: _______________________________________
IRF: ___________________ Intensidade de Aplicação: _______________________________
X OD: __________________ X OE: _______________________
Fonoaudióloga responsável: ______________________________________________________

Lista 11

1 – Esqueci a chave de casa dentro do carro


1 2 3 4 5

2 – A empregada limpou a cozinha de manhã


6 7 8 9

3 - Fomos almoçar naquele restaurante italiano


10 11 12 13 14

4 – Ele escreveu um romance de sucesso


15 16 17 18

5 – Estou com uma gripe muito forte


19 20 21 22 23

6 – O computador chegou para ajudar o nosso trabalho


24 25 26 27 28 29

7 - Arroz com feijão é uma comida bastante popular


30 31 32 33 34 35

8 - O chefe mandou dois funcionários para rua


36 37 38 39 40 41

9 – O prefeito prometeu dar mais empregos


42 43 44 45 46

10 - As noites de verão são quentes


47 48 49 50

IRF = _____ X 2 = ______ %


64

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA FALA


PARA ADULTOS DEFICIENTES AUDITIVOS PROFUNDOS
Adaptado do GASP – Centro de Pesquisas Audiológicas / HRAC - USP

(Material não publicado)


65

INSTRUÇÕES GERAIS

Para a aplicação do procedimento, alguns cuidados deverão ser tomados, de forma a alcançarmos
a correta aplicação e fidedignidade de resposta:

 Este procedimento visa atender a população de adultos portadores de deficiência auditiva


profunda pós-lingual;

 Leia calmamente todas as provas, atentando-se a aplicação de cada uma, registro e cálculo de
respostas;

 O cartão de anteparo deverá ser utilizado para cobrir os lábios do avaliador até a altura dos
olhos, evitando assim pistas visuais que poderiam auxiliar o paciente;

 As diferentes provas deverão ser aplicadas a viva voz mantendo-se a distância de 1 metro entre
o paciente e o avaliador e intensidade de voz entre 70 e 75 dB; em sala iluminada, com
tratamento acústico ou nível mínimo de ruído. sem a utilização da leitura orofacial por parte
do paciente; e em dois momentos: sem e com aparelho de amplificação sonora individual;

 Antes de iniciar cada prova o avaliador deverá orientar o paciente quanto a execução da mesma,
informando o procedimento e o que será solicitado. É imprescindível certificar-se que o
mesmo compreendeu a atividade proposta;

 Preencher, em todas as folhas, os espaços correspondentes ao nome do paciente, nome do


avaliador e data da aplicação. No caso do uso do AASI, anotar no item “observações” as
características deste: modelo, controle, volume e ouvido testado;

 No caso da aplicação do procedimento com a utilização do Implante Coclear, utilizar os


espaços do quadro referentes a anotação das características do AASI;

 Observar que o avaliador terá em mãos um modelo do procedimento constando três listas de
aplicações para cada uma das provas 3 à 6. A ordem de apresentação deverá seguir as
anotações, ou seja, lista A, B e C para: não utilização do AASI, 1º momento com AASI e 2º
momento com AASI, respectivamente. No caso da utilização do 3º AASI, deveremos retomar
para a lista A;

 Para cada prova há um quadro de registro, o avaliador obedecerá o mesmo para a anotação dos
resultados verificando os espaços determinados para cada situação de avaliação;

 Não deverão ser oferecidas repetições do estímulo apresentado;

 Ao término do procedimento, realizar a porcentagem de acerto para cada prova e anotar nos
espaços correspondentes.
66

APLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO

Prova 1 – Detecção dos Sons do Ling

- Orientar o paciente que serão emitidos vários sons contínuos (com duração de
aproximadamente 05 segundos cada), sem entonação e que o mesmo deverá levantar
a mão assim que detectá-los;
- Exemplificar com leitura orofacial a atividade, apresentado cada um dos fonemas;
- Cada som deverá ser apresentado se apresentado quatro vezes, perfazendo um total de
vinte e quatro apresentações randomicamente selecionadas e seqüencializadas no
quadro de registros;
- O cartão de anteparo será utilizado em toda a prova, tomando-se o devido cuidado de
colocá-lo até a altura dos olhos, de forma a evitar pistas visuais;
- Durante a aplicação deveremos apresentar articulação exagerada dos sons sem a pista
acústica para nos certificarmos que o paciente não está respondendo aleatoriamente;
- Se após 12 (doze) apresentações o paciente não tiver detectado nenhum som, a prova
deverá ser finalizada de modo a não cansar o paciente com tentativas inúteis;
- Os sons detectados deverão ser anotados através da marcação “X” nos respectivos
espaços;
- É importante observar que todos os sons deverão ser apresentados do mesmo modo,
ou seja, continuamente, sem entonação e igual duração;
- Ao final anotar o resultado analisando os fonemas isoladamente; o acerto corresponde
a 25%, o que totaliza 100% para cada um destes.

Prova 2 – Discriminação do nome

- Informar ao paciente que serão omitidas algumas palavras e dentre elas o nome deste;
quando discriminá-lo, deverá levantar a mão;
- Exemplificar, com leitura orofacial, emitindo as palavras: “cabelo, mesa, nome”;
- Serão oferecidas dez palavras ao total, onde cada apresentação do nome corresponde a
20%;
- As resposta corretas deverão ser anotadas através da marcação “X”. No caso da não
discriminação o avaliador poderá realizar um traço abaixo do nome;
- O cartão de anteparo deverá ser utilizado cuidadosamente durante toda prova;
- Terminada a prova, realizar o cálculo de acerto e anotar a porcentagem no respectivo
quadro, ao lado da situação de apresentação (sem ou com AASI).

Prova 3 – Discriminação da questão/afirmação

- Nesta prova, cada uma das sentenças selecionadas poderão ser apresentadas como
questões ou afirmações;
- O paciente deverá ser orientado quanto a estas duas formas de apresentações;
- Exemplificar, com leitura orofacial, utilizando a mesma sentença nas duas formas e
ressaltando a diferença de entonação: “O menino está no carro. (?)”;
67

- Informá-lo que você irá emitir várias sentenças e ele deverá relatar se estas eram
afirmativas ou questões;
- Novamente, iniciar a prova utilizando meticulosamente o cartão de anteparo;
- Utilizar as listas A, B e C do manual do avaliador, obedecendo a ordem, em cada uma
das situações propostas;
- Anotar a resposta correta do paciente através da marcação “X” e realizar um traço à
frente do número quando este não discriminar;
- Realizar a porcentagem final, partindo do pressuposto que cada acerto corresponde a
10%.

Prova 4 – Identificação da extensão vocabular

- Apresentar o quadro correspondente ao paciente e alertá-lo quanto as diferenças de


extensão entre as palavras (monossílabas, trissílabas e polissílabas);
- Informá-lo que você irá emitir uma palavra por vez, seguindo a linha horizontal,
podendo esta ser da lista A, B ou C;
- O paciente ficará com o quadro em mãos;
- Este deverá estar atento à emissão para em seguida apontar no quadro ou repeti-la;
- Exemplificar a atividade, com leitura orofacial, utilizando outras palavras (pão, macaco
e geladeira) e emitindo-as silabicamente, de forma a mostrar ao paciente,
acusticamente, as diferenças de extensão;
- Durante a prova, as palavras deverão ser articuladas normalmente;
- Observar novamente o manual do avaliador e verificar a existência de três listas, estas
serão utilizadas nas situações sem AASI e com AASI, de acordo com a ordem proposta;
- Marca um “X” à frente no caso da identificação correta e realizar um traço quando na
não identificação;
- Para realizar a porcentagem final de acertos, o avaliador deverá remeter-se ao
respectivo quadro, anexado ao manual. Observar que cada acerto corresponderá a 04%.

Prova 5 – Identificação da extensão das sentenças

- Apresentar uma lista dos conjuntos de sentenças ao paciente;


- Orientá-lo que existem 10 conjuntos e você irá dizer uma das quatro sentenças do 1º
conjunto e assim por diante;
- O paciente deverá estar atento para ouvir a sentença emitida pela avaliadora e em
seguida repeti-la ou apontá-la na lista;
- Alertá-lo quanto a diferença de extensão entre as sentenças de cada conjunto;
- Caso não identifique, a sentença não poderá ser repetida; o avaliador passará para o
próximo conjunto e assim sucessivamente;
- No caso de correta identificação, será feita a marcação “X” no quadro de registro de
resposta;
- Traços à frente de determinado conjunto no quadro de registro de respostas serão
referentes a não identificação por parte do paciente;
- A porcentagem final deverá ser calculada somando-se o número de acertos; cada acerto
corresponde a 10%.
68

Prova 6 – Identificação das sentenças

- Fornecer uma lista das sentenças ao paciente;


- Instruí-lo que será emitida uma sentença por vez e que deverá estar atendo para repetir
ou apontar, dentre todas, aquela emitida pelo avaliador;
- O avaliador seguirá as listas propostas em seu manual, partindo da lista A para a C em
cada situação de avaliação: sem e com AASI;
- Utilizar o mesmo método de marcação dos resultados solicitado para as demais provas;
- O resultado deverá ser calculado através da soma do número de acertos, onde cada um
corresponde a 10%;
- Se ao término da aplicação da prova, em determinada situação, o paciente não tiver
obtido nenhum acerto (0% de resultado), esta poderá ser refeita solicitando ao mesmo
que, ao invés de identificar, conte o número de palavras oferecidas em cada sentença
(não ofereça a lista nesta ocasião). O mesmo procedimento poderá ser aplicado nas
demais situações caso o paciente novamente não identifique as sentenças (seguindo-se
a ordem das listas);
- Com a utilização desta última ressalva, somente anotaremos a resposta do paciente,
entre parênteses, à frente de cada sentença para posterior análise.
69

MANUAL PARA O AVALIADOR

PROVA 3 – DISCRIMINAÇÃO DA QUESTÃO/AFIRMAÇÃO

LISTA A LISTA B LISTA C


01 – A fotografia está lá. (?) Q Q A
02 – Ele não está sozinho. (?) A Q Q
03 – Você tem que ficar trabalhando. (?) A A Q
04 – Você esperará por mim na esquina. (?) A Q A
05 – Ele compreendeu o discurso. (?) Q A A
06 – Você quebrou o vaso. (?) Q A Q
07 – Ele estava correndo antes do acidente. (?) A Q A
08 – Você está caindo de sono. (?) Q Q A
09 – O sol está brilhando hoje. (?) Q A Q
10 – A mala está aberta. (?) A A Q

PROVA 4 – IDENTIFICAÇÃO DA EXTENSÃO VOCABULAR

LISTA A LISTA B LISTA C RESULTADO


1. futebol mão televisão 96%
2. pé diversão interessante 92%
3. oficina possibilidade chá 88%
4. sensacional ver cadeira 84%
5. dar menino dificuldade 80%
6. sorvete fabricação gás 76%
7. tinteiro bar ilustração 72%
8. aniversário mel aniversário 68%
9. apropriado gravura cruz 64%
10. amiga casamento cão 60%
11. geladeira colega colega 56%
12. ginástica mãe médico 52%
13. dia colocar comunicação 48%
14. qual telefone costela 44%
15. natação fé fé 40%
16. presidente boi esporte 36%
17. só linguagem governador 32%
18. sem ferramenta século 28%
19. mil professor engraçado 24%
20. passado contaminado tom 20%
21. melancia xícara tia 16%
22. sapato réu sobremesa 12%
23. gelado paz pesadelo 08%
24. sol abóbora coração 04%
25. papagaio novela qual 0%
70

PROVA 5 – IDENTIFICAÇÃO DA EXTENSÃO DA SENTENÇA

LISTA A

01. Hoje tem sol.


02. A mala é marrom.
03. Ela tem dez anos.
04. Você já viajou de trem.
05. A baleia é um animal mamífero.
06. O cachorro mordeu o ladrão.
07. Meu namorado gosta de ir ao cinema.
08. É melhor não comer muito.
09. Vou fazer ginástica.
10. Vá estudar.

LISTA B LISTA C
01. Volte de carro para casa. Como frutas frescas.
02. Nós nadamos no lago. Eu posso ver você?
03. Ela tem dez anos. A caneta vermelha é da secretária
04. Nós já almoçamos. Ela está aqui.
05. Traga-me até aqui. Bata na porta.
06. O cercado do jardim caiu. Você saiu ontem?
07. O lenço caiu. Bacalhau é um peixe gostoso.
08. O menino foi embora. O lençol da cama está rasgado.
09. Coloque o quadro na parede. O cão latiu!
10. Vá estudar. Coloque o quadro na parede.

PROVA 6 – IDENTIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS

LISTA A LISTA B LISTA C


01. Que horas são? Ligue a TV. Você está com fome?
02. Onde você mora? Você quer mais café? Vejo você à tarde.
03. Qual o seu nome? Está na hora do almoço. Você quer mais café?
04. Ligue a TV. Que horas são. Bom-dia!
05. Vejo você à tarde. Você está com fome? Quantos anos você tem?
06. Você quer mais café? Bom-dia! Que horas são?
07. Bom-dia! Qual o seu nome? Ligue a TV.
08. Quantos anos você tem? Vejo você à tarde. Está na hora do almoço.
09. Está na hora do almoço. Onde você mora? Qual o seu nome?
10. Você está com fome? Quantos anos você tem? Onde você mora?
71
72

FOLHA DE ANOTAÇÃO DOS RESULTADOS:


PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA FALA
PARA ADULTOS DEFICIENTES AUDITIVOS PROFUNDOS
Adaptado do GASP – Centro de Pesquisas Audiológicas / HRAC – USP
(Material não publicado)
73

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA FALA PARA ADULTOS


DEFICIENTES AUDITIVOS PROFUNDOS
NOME:
AVALIADOR:
DATA:

OBSERVAÇÕES:
AASI MODELO CONTROLE VOLUME OUVIDO
01
02
03

PROVA 01 – DETECÇÃO DOS SONS DO LING


š u i a š m u s š m i a i m a m a u s š i s s u
sem
AASI
AASI
01
AASI
02
AASI
03

RESULTADO SEM AASI AASI 01 AASI 02 AASI 03


/a/
/i/
/u/
/s/
/š/
/m/

PROVA 2 – DISCRIMINAÇÃO DO NOME


Sem AASI AASI 01 AASI 02 AASI 03
milho
nome
vestido
nome
sal
disco
nome
inteligente
nome
nome
RESULTADO
74

NOME:
AVALIADOR:
DATA:

PROVA 3 – DISCRIMINAÇÃO DA QUESTÃO/ AFIRMAÇÃO


Sem AASI AASI 01 AASI 02 AASI 03
01 - A fotografia estava lá?
02 - Ele não está sozinho?
03 - Você tem que ficar trabalhando?
04 - Você esperará por mim na esquina?
05 - Ele compreendeu o discurso?
06 - Você quebrou o vaso?
07 - Ele estava correndo antes do acidente?
08 - Você está caindo de sono?
09 - O sol está brilhando hoje?
10 - A mala está aberta?
RESULTADO

PROVA 4 – IDENTIFICAÇÃO DA EXTENSÃO VOCABULAR


LISTA A LISTA B LISTA C SEM AASI AASI 01 AASI 02 AASI 03
01 - mão futebol televisão
02 - pé diversão interessante
03 - chá oficina possibilidade
04 - ver cadeira sensacional
05 - dar menino dificuldade
06 - gás sorvete fabricação
07 - bar tinteiro ilustração
08 - mel caneta aniversário
09 - cruz gravura apropriado
10 - cão amiga casamento
11 - céu colega geladeira
12 - mãe médico ginástica
13 - dia colocar comunicação
14 - qual costela telefone
15 - fé natação multiplicar
16 - boi esporte presidente
17 - só linguagem governador
18 - sem século ferramenta
19 - mil professor engraçado
20 - tom passado contaminado
21 – tia xícara melancia
22 – réu sapato sobremesa
23 – paz gelado pesadelo
24 – sol coração abóbora
25 – qual novela papagaio
RESULTADO
75

NOME:
AVALIADOR:
DATA:

PROVA 5 – IDENTIFICAÇÃO DA EXTENSÃO DAS SENTENÇAS

RESULTADO SEM AASI AASI 01 AASI 02 AASI 03


conjunto 01
conjunto 02
conjunto 03
conjunto 04
conjunto 05
conjunto 06
conjunto 07
conjunto 08
conjunto 09
conjunto 10

PROVA 6 – IDENTIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS

SEM AASI AASI 01 AASI 02 AASI 03


01 - Que horas são?
02 - Você está com fome?
03 - Qual o seu nome?
04 - Ligue a TV.
05 – Está na hora do almoço.
06 - Onde você mora?
07 – Bom dia!
08 - Quantos anos você tem?
09 - Vejo você à tarde.
10 - Você quer mais café?
RESULTADO
76

MANUAL PARA O PACIENTE

PROVA 4 – IDENTIFICAÇÃO DA EXTENSÃO VOCABULAR

LISTA A LISTA B LISTA C


01 - mão futebol televisão
02 - pé diversão interessante
03 - chá oficina possibilidade
04 – ver cadeira sensacional
05 – dar menino dificuldade
06 – gás sorvete fabricação
07 – bar tinteiro ilustração
08 – mel caneta aniversário
09 – cruz gravura apropriado
10 – cão amiga casamento
11 – céu colega geladeira
12 – mãe médico ginástica
13 – dia colocar comunicação
14 – qual costela telefone
15 – fé natação multiplicar
16 – boi esporte presidente
17 – só linguagem governador
18 – sem século ferramenta
19 – mil professor engraçado
20 – tom passado contaminado
21 – tia xícara melancia
22 – réu sapato sobremesa
23 – paz gelado pesadelo
24 – sol coração abóbora
25 - qual novela papagaio
77

PROVA 5 – IDENTIFICAÇÃO DA EXTENSÃO DAS SENTENÇAS

CONJUNTO 01 CONJUNTO 02

A – Volte de carro para casa. Eu posso ver você?


B – Hoje tem sol. A enchente passada foi em fevereiro.
C - Como fruta frescas A mala é marrom.
D – Estarei lá em um minuto. Nós nadamos no lago.

CONJUNTO 03 CONJUNTO 04

A – A caneta vermelha é da secretária. Você precisa de uma mesa e cadeira.


B – Ela tem 10 anos. Ela está aqui.
C – Hoje é noite de lua cheia. Nós já almoçamos.
D – Quero uma bola. Você já viajou de trem.

CONJUNTO 05 CONJUNTO 06

A – A baleia é um animal mamífero. O cercado do jardim caiu.


B – Ele é três anos mais velho. O professor fala muito rápido.
C – Bata na porta. O cachorro mordeu o ladrão.
D – Traga-me até aqui. Você caiu ontem?

CONJUNTO 07 CONJUNTO 08

A – Meu namorado gosta de ir ao cinema. O lençol da cama está rasgado.


B – Bacalhau é um peixe gostoso. O menino foi embora.
C – O lenço caiu. O cão latiu!
D – Quem é você? É melhor não comer muito.

CONJUNTO 09 CONJUNTO 10

A – Você precisa comprar um paletó. A tarefa está sendo feita pelo aluno.
B - Vou fazer ginástica. Não adianta chorar.
C – O cão latiu. Vá estudar.
D – Coloque o quadro na parede. Coloque o quadro na parede.
78

PROVA 6 – IDENTIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS

01 - Que horas são?


02 - Você está com fome?
03 - Qual o seu nome?
04 - Ligue a TV.
05 – Está na hora do almoço.
06 - Onde você mora?
07 – Bom dia!
08 - Quantos anos você tem?
09 - Vejo você à tarde.
10 - Você quer mais café?
79

LISTAS DE SÍLABAS SEM SENTIDO


CONSONANT CONFUSION STUDY – CONFUSE PROGRAM
Apresentado no software do Sistema de Implante Coclear Nucleus
Adaptado pelo Centro de Pesquisas Audiológicas
80

Listas de sílabas sem sentido

Lista 1 resposta Lista 2 resposta Lista 3 resposta Lista 4 resposta


1. APA 1. AFA 1. ATA 1. ARA
2. AMA 2. AKA 2. ABA 2. ANHA
3. ATA 3. ALA 3. ARA 3. ATA
4. AZA 4. ADA 4. AJA 4. AMA
5. AFA 5. ARA 5. AFA 5. ARRA
6. AKA 6. ABA 6. AVA 6. APA
7. ABA 7. ANA 7. APA 7. ABA
8. AVA 8. ANHA 8. AZA 8. ADA
9. ANHA 9. ARRA 9. ANHA 9. AFA
10. ARRA 10. ALHA 10. ALHA 10. AZA
11. ARA 11. AGA 11. ASSA 11. AVA
12. ACHA 12. ACHA 12. AGA 12. ALHA
13. ALHA 13. ASSA 13. AKA 13. AJA
14. ADA 14. AMA 14. ANA 14. ANA
15. ANA 15. AVA 15. ARRA 15. ASSA
16. AJA 16. ATA 16. ACHA 16. ACHA
17. ASSA 17. APA 17. ALA 17. AKA
18. ALA 18. AZA 18. ADA 18. AGA
19. AGA 19. AJA 19. AMA 19. ALA
Data: data: data: data:
Process: process: process: process:
Prog: prog: prog: prog:
Mapa: mapa: mapa: mapa:
Vol: vol: vol: vol:
Sens: sens: sens: sens:
Estratégia: estratégia: estratégia: estratégia:
Modo: modo: modo: modo:
Viva voz( )/campo( ) viva voz( )/campo( ) viva voz( )/campo( ) viva voz( )/campo( )
Antes( ) / pós-map( ) antes( ) / pós-map( ) antes( ) / pós-map( ) antes( ) / pós-map( )
Intensidade: intensidade: intensidade: intensidade:
Relação S/R: relação S/R: relação S/R: relação S/R:
Resultado: % resultado: % resultado: % resultado: %
81

LISTAS DE MONOSSÍLABOS E DISSÍLABOS

Lacerda AP. Audiologia Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1976.


82

Listas de monossílabos

Lista 1 resposta Lista 2 resposta Lista 3 resposta Lista 4 resposta


deu vai dor Lua
flor gel grau mau
sal mar meu crer
1. pé 1. bom 1. pão 1. que
2. bem 2. pó 2. boi 2. pai
3. dar 3. dor 3. deu 3. já
4. teu 4. tão 4. tom 4. som
5. quer 5. quem 5. qual 5. bis
6. gás 6. gol 6. fiz 6. dar
7. fé 7. fui 7. vem 7. tal
8. vou 8. sol 8. chá 8. cruz
9. sim 9. zé 9. guê 9. bom
10. crer 10. cruz 10. rã 10. mão
11. bis 11. rim 11. nós 11. faz
12. dor 12. não 12. jus 12. lã
13. já 13. meu 13. mel 13. seu
14. réu 14. jó 14. crer 14. vem
15. lar 15. sul 15. chim 15. quer
16. som 16. cor 16. cá 16. chão
17. nem 17. pus 17. ler 17. cal
18. mal 18. bar 18. nem 18. nós
19. zás 19. trem 19. fel 19. gás
20. chão 20. lã 20. rir 20. rum
21. rir 21. rol 21. sal 21. sol
22. leu 22. quis 22. luz 22. mim
23. fim 23. nu 23. mar 23. ver
24. til 24. céu 24. teu 24. não
25. voz 25. vi 25. véu 25. céu
data: data: data: data:
process: process: process: process:
prog: prog: prog: prog:
mapa: mapa: mapa: mapa:
vol: vol: vol: vol:
sens: sens: sens: sens:
estratégia: estratégia: estratégia: estratégia:
modo: modo: modo: modo:
viva voz( )/campo( ) viva voz( )/campo( ) viva voz( )/campo( ) viva voz( )/campo( )
antes( ) / pós-map( ) antes( ) / pós-map( ) antes( ) / pós-map( ) antes( ) / pós-map( )
intensidade: intensidade: intensidade: intensidade:
relação S/R: relação S/R: relação S/R: relação S/R:
resultado: % resultado: % resultado: % resultado: %
83

Listas de dissílabos

Lista 1 Lista 2 Lista 3 Lista 4


nossa quero casa Magro
pano lago primo Nuvem
padre nuvem grosso Quero
1. braço 1. dono 1. bicho 1. calha
2. casa 2. cara 2. corte 2. barco
3. disco 3. baile 3. dente 3. dado
4. faca 4. grito 4. pano 4. gola
5. jarro 5. papo 5. ferro 5. furo
6. pago 6. canto 6. queijo 6. primo
7. teto 7. chefe 7. cinco 7. bota
8. roda 8. sola 8. grade 8. chave
9. cedo 9. carro 9. china 9. padre
10. quilo 10. gelo 10. jura 10. mundo
11. laço 11. pouco 11. nossa 11. gira
12. brilho 12. rede 12. banho 12. laço
13. nada 13. fogo 13. marca 13. santo
14. linha 14. negro 14. luta 14. cama
15. mala 15. sonho 15. vaca 15. cerca
16. campo 16. moda 16. surdo 16. riso
17. tombo 17. filho 17. gole 17. lobo
18. droga 18. chuva 18. anjo 18. guerra
19. salto 19. livro 19. moça 19. frase
20. lenço 20. gato 20. caixa 20. sala
21. chave 21. jovem 21. alto 21. marcha
22. cravo 22. nunca 22. lago 22. pouco
23. vida 23. traço 23. rato 23. senha
24. nuvem 24. zona 24. zanga 24. zinco
25. zelo 25. volta 25. vidro 25. vela
data: data: data: data:
process: process: process: process:
prog: prog: prog: prog:
mapa: mapa: mapa: mapa:
vol: vol: vol: vol:
sens: sens: sens: sens:
estratégia: estratégia: estratégia: estratégia:
modo: modo: modo: modo:
viva voz( )/campo( ) viva voz( )/campo( ) viva voz( )/campo( ) viva voz( )/campo( )
antes( ) / pós-map( ) antes( ) / pós-map( ) antes( ) / pós-map( ) antes( ) / pós-map( )
intensidade: intensidade: intensidade: intensidade:
relação S/R: relação S/R: relação S/R: relação S/R:
resultado: % resultado: % resultado: % resultado: %
84

PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR


85

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM ORAL


(Adaptado da Meaningful use of speech scales – MUSS)

Nascimento LT. Uma proposta de avaliação da linguagem oral [monografia]. Bauru:


Hospital de Pesquisa e Reabilitação de Lesões lábio-Palatais, 1997.
Orientação: Profª. Drª. Maria Cecília Bevilacqua
Adaptado de: Robbins AM, Osberger MJ. Meaningful use of speech scales. Indianápolis:
University of Indiana School of Medicine, 1990.
86

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM ORAL

Nascimento, L T. Uma proposta de avaliação da linguagem oral [monografia]. Bauru:


Hospital de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais, 1997.
Adaptado de: Robins, A M; Osberger, M J. Meaningful use of speech scales. Indianápolis:
University of Indiana School of Medicine, 1990.

Nome: _______________________________________________ Idade: ____a ____ m


Tempo de uso do AASI / implante coclear: ____ a_____ m
Examinador:
Informante:
Data: ______/______/______
87

1. A CRIANÇA USA VOCALIZAÇÕES PARA ATRAIR A ATENÇÃO DOS OUTROS?


Pergunte: Fale-me sobre o que o “João” faz para atrair sua atenção em casa. Se o “João” quer
atrair sua atenção, deslocando-a de um lugar para outro, qual a porcentagem de tempo em que ele
usa:
a) gestos / movimentos manuais ___________________;
b) gestos mais vocalizações ______________________;
c) apenas vocalizações __________________________.
Os escores da questão são baseados estritamente na porcentagem do tempo em que a criança
ganha a atenção usando apenas vocalizações.
_____0 = nunca usa espontaneamente a voz, utilizando outros meios para atrair a atenção das
pessoas;
_____1 = raramente vocaliza (em menos de 50% do tempo);
_____2 = ocasionalmente usa apenas vocalização (em, no mínimo, 50% do tempo);
_____3 = freqüentemente usa apenas vocalização (em, no mínimo, 75% do tempo);
_____4 = sempre usa apenas vocalização (em 100% do tempo).
Comentários:

2. VOCALIZA DURANTE INTERAÇÕES COMUNICATIVAS?


Pergunte: Fale-me sobre os modos de comunicação do “João” em casa. Do número total de
interações comunicativas com o “João” em casa, quantas vezes ele vocaliza durante essas
interações? Usa fala e sinais ou só a fala (excluindo expressões só por meio de sinais)?
_____0 = nunca usa a voz espontaneamente enquanto se comunica;
_____1 = raramente usa voz espontaneamente enquanto se comunica (em menos de 50% do
tempo);
_____2 = ocasionalmente usa voz quando se comunica (em, no mínimo, 50% do tempo mas com
vocalizações indiferenciadas);
_____3 = freqüentemente vocaliza (em, no mínimo, 75% do tempo) e mostra algumas
diferenciações de sons da fala;
_____4 = sempre vocaliza como no mínimo aproximação de sílaba e/ou estrutura frasal da
mensagem pretendida (em 100% do tempo)
Comentários:
88

3. AS VOCALIZAÇÕES VARIAM COM O CONTEXTO E A MENSAGEM?


Pergunte: Descreva em que medida, em sua fala espontânea, o “João“ tem controle sobre a
intensidade, duração das sílabas e a freqüência da sua voz. Se ele estivesse relatando um evento
para você (como ao contar um enredo de filme ou história), procure dizer como seriam as
variações da sua fala.
Em caso de uma criança pequena, quando está relatando um evento que aconteceu com ela durante
o dia, existem variações na intensidade e/ou duração das palavras?
Nota: Aqui a observação do examinador da fala espontânea da criança é crítica. Controle
apropriado e voluntário dos supra-segmentais é o alvo desta questão, não mudanças involuntárias
na freqüência, velocidade etc.
_____0 = nunca, para todas as vocalizações similares: traços supra-segmentais da fala (uso não
intencional);
_____1 = raramente: a criança tem controle limitado, apenas sobre volume (forte/fraco) e/ou
duração (curto/longo), em menos de 50% do tempo;
_____2 = ocasionalmente: a criança tem controle sobre o volume e duração em, no mínimo, 50%
do tempo;
_____3 = freqüentemente: a criança tem controle do volume e duração em, no mínimo, 75% do
tempo e pode mostrar algumas variações de freqüência;
_____4 = sempre: a fala espontânea da criança apresenta controle apropriado da intensidade,
duração e freqüência (a fala lembra a de uma pessoa com audição normal).
Comentários:

4. É UM DESEJO ESPONTÂNEO DA CRIANÇA USAR APENAS LINGUAGEM ORAL


PARA SE COMUNICAR COM SEUS PAIS E/OU IRMÃOS QUANDO O TÓPICO DA
CONVERSA É CONHECIDO OU FAMILIAR?
Pergunte: Se o “João” fosse falar sobre um evento compartilhado com sua família (como uma
manhã de Natal), quanto tempo de sua comunicação consistiria apenas em fala? No caso de
criança pequena, que estivesse lendo um livro favorito ou revivendo um evento específico
89

compartilhado com a família naquele dia, busque junto aos pais, exemplos de uso pela criança de
gesto, pantomima, desenho, escrita. Uso freqüente destes meios sugerem um escore baixo.
_____0 = nunca usa espontaneamente apenas a fala (só o faz com incentivo);
_____1 = raramente (em menos da metade do tempo);
_____2 = ocasionalmente (em, no mínimo, 50% do tempo);
_____3 = freqüentemente (em, no mínimo, 75% do tempo);
_____4 = sempre usa espontaneamente apenas a fala nesta situação.
Comentários:

5. É UM DESEJO DA CRIANÇA USAR APENAS A LINGUAGEM ORAL PARA SE


COMUNICAR COM OS PAIS E/OU IRMÃOS QUANDO O ASSUNTO DA CONVERSA
NÃO É CONHECIDO?
Pergunte: Se o “João“ fosse contar para a sua família um evento que ela desconhecesse (como
alguma coisa que tivesse acontecido na escola naquele dia), quanto do tempo de sua comunicação
consistiria apenas em fala?
Pergunte sobre o uso pela criança de gesto, pantomima, escrita e desenho nessa situação. O uso
freqüente destes meios sugeriria um escore baixo.
_____0 = nunca usa espontaneamente apenas a fala;
_____1 = raramente (em menos da metade do tempo);
_____2 = ocasionalmente (em, no mínimo, 50% do tempo);
_____3 = freqüentemente (em, no mínimo, 75% do tempo);
_____4 = sempre usa espontaneamente a fala.
Comentários:

6. É UM DESEJO DA CRIANÇA USAR A LINGUAGEM ORAL ESPONTANEAMENTE


DURANTE CONTATOS SOCIAIS COM PESSOAS OUVINTES?
Pergunte: O que “João” faz em situações sociais quando pessoas ouvintes falam como ele? Ele
diria “oi” para uma pessoa ouvinte que tivesse falado com ele, ou diria “obrigado” para uma
pessoa ouvinte sem precisar ser incentivado para fazer isso? No caso de uma criança pequena, ela
diz “tchau” sem precisar de incentivo quando faz o gesto correspondente a “tchau”? Pergunte
sobre situações em que, estando seus pais presentes, a criança conta, ainda, com alguma
familiaridade com a pessoa que fala com ela. Isto evita avaliar a cordialidade da criança com
estranhos, que não é o objetivo desta questão. Situações para perguntar sobre isso incluem tanto
90

as respostas da criança a pessoas ouvintes em visita a sua casa, como as situações em que ela
supõe falar, por exemplo, com Papai Noel.
_____0 = nunca: a criança nunca faz isso, ou apenas com incentivo dos pais;
_____1 = raramente: (em menos de 50% do tempo);
_____2 = ocasionalmente: (em, no mínimo, 50% do tempo);
_____3 = freqüentemente: (em, no mínimo, 75% do tempo);
_____4 = sempre usa espontaneamente apenas a fala.
Comentários:

7. É DESEJO DA CRIANÇA USAR APENAS A LINGUAGEM ORAL AO SE


COMUNICAR COM PESSOAS COM QUEM NÃO TEM FAMILIARIDADE PARA
OBTER ALGUMA COISA QUE ELA DESEJA?
Pergunte: Pense em situações fora de casa e na escola, quando é esperado que “João” comunique
suas necessidades. Quantas vezes “João“ usa espontaneamente a fala para pedir alguma coisa num
restaurante, interagir com o balconista da loja ou falar com o caixa (sem a intervenção dos pais)?
No caso de criança pequena, pergunte: Você viu ___________usando vocalizações com uma nova
pessoa que está cuidando dele quando deseja pedir um lanche? Ou quando está brincando no
91

parque, se ele quer pedir a bola ou o brinquedo de outra criança? A questão crítica aqui é a
prontidão da criança para fazer isso independentemente e sem incentivo.
_____0 = nunca ( A criança nunca faz isso, ou apenas com incentivo);
_____1 = raramente (em menos que 50% do tempo);
_____2 = ocasionalmente (em, no mínimo, 50% do tempo);
_____3 = freqüentemente (em, no mínimo, 75% do tempo);
_____4 = sempre usa espontaneamente apenas a fala.
Comentários:
8. A LINGUAGEM ORAL DA CRIANÇA É COMPREENDIDA PELOS OUTROS QUE
NÃO ESTÃO FAMILIARIZADOS COM ELA?
Pergunte: Supondo que o “João” fique perdido em uma loja. Em que medida um funcionário da
segurança ou um gerente da loja seria capaz de entender sua fala se ele tentasse explicar quem ele
era e o que ele estava precisando?
No caso de uma criança pequena, pergunte: Se ___________ fosse brincar no parque, em que
medida uma pessoa não familiarizada com ele/ela entenderia uma ou duas palavras pronunciadas,
como “minha bola” ou “quero balançar”?
_____0 = nunca: nada da fala da criança seria entendida;
_____1 = raramente: adultos compreenderiam apenas palavras isoladas e o suporte gestual ou
escrito seria crítico (seria entendido menos da metade do que a criança dissesse);
_____2 = ocasionalmente: adultos entenderiam metade do que a criança dissesse; gestos e escrita
ajudariam na compreensão da fala;
_____3 = freqüentemente: os adultos entenderiam mais da metade do que a criança dissesse,
faltando apenas uns poucos detalhes;
_____4 = sempre: toda a fala da criança seria compreendida com tranqüilidade por um adulto.
Comentários:

9. A CRIANÇA USA ESPONTANEAMENTE ESTRATÉGIAS ORAIS APROPRIADAS


DE REPARAÇÃO E ESCLARECIMENTO QUANDO A LINGUAGEM ORAL NÃO É
ENTENDIDA PELAS PESSOAS FAMILIARIZADAS COM ELA?
Pergunte: Se o “João” está falando com você e você não o entende, que estratégias ele usa para
reparar a quebra na linha de comunicação? Qual a porcentagem do tempo que ele usa:
a) apenas sinais ou gesto __________________;
b) sinais / gestos + oral ____________________;
92

c) apenas reparação oral ___________________.


Pergunte aos pais sobre as várias estratégias orais que a criança tem a sua disposição. No caso de
uma ser mal sucedida, ela tenta outra estratégia oral ou imediatamente recorre a uma não-verbal?
Por exemplo, se a criança repete uma palavra e, ainda assim, não é entendida, ela seleciona um
sinônimo, refaz a frase, explica a palavra, soletra a palavra sem som? Avalie a persistência da
criança em usar as estratégias orais de comunicação.
_____0 = nunca: a criança não usa estratégias envolvendo comunicação oral ou usa apenas com
incentivo;
_____1= raramente: em menos de 50% do tempo, a criança usará uma estratégia oral, como dizer
a palavra-chave devagar ou enfatizá-la sua fala;
_____2 = ocasionalmente: a criança usa estratégias orais em, no mínimo, 50% do tempo e persiste
quando não tem sucesso;
_____3 = freqüentemente: a criança usa estratégias orais em, no mínimo, 75% do tempo e persiste
quando não tem sucesso;
_____4 = sempre: a criança usa estratégias orais em 100% do tempo.
Comentários:

10. A CRIANÇA USA ESPONTANEAMENTE ESTRATÉGIAS ORAIS APROPRIADAS


DE REPARAÇÃO E ESCLARECIMENTO QUANDO A LINGUAGEM ORAL NÃO É
ENTENDIDA PELAS PESSOAS NÃO FAMILIARIZADAS COM ELA?
Pergunte: Se o “João” está falando com alguém que ele não conhece e essa pessoa não o entende,
que estratégias ele usa para reparar a quebra da linha de comunicação? Que porcentagem do tempo
ele usaria:
a) apenas sinal ou gesto ______________;
b) sinal/gesto + oral _________________;
c) apenas reparação oral ______________.
Pergunte aos pais sobre as várias estratégias orais que a criança tem a sua disposição. Nos casos
em que uma não tem sucesso, ela tenta outra estratégia oral ou imediatamente recorre a uma não-
verbal? Por exemplo, se a criança repete uma palavra e ainda assim, não é entendida, ela seleciona
93

um sinônimo, refaz a frase, explica a palavra, soletra a palavra sem som? Com esse procedimento,
estamos avaliando a persistência da criança em usar as estratégias orais de comunicação.
_____0 = nunca: a criança não usa estratégias envolvendo comunicação oral ou usa apenas com
incentivo;
_____1 = raramente: em menos de 50% do tempo, a criança usará uma estratégia oral, como dizer
uma palavra devagar ou enfatizá-la em sua fala;
_____2 = ocasionalmente: a criança usa estratégias orais em, no mínimo, 50% do tempo e persiste
quando não tem sucesso;
_____3 = freqüentemente: a criança usa estratégias orais em, no mínimo, 75% do tempo e persiste
quando não tem sucesso;
_____4 = a criança usa estratégias orais em 100% do tempo.
Comentários:
94

FOLHA DE ANOTAÇÃO DOS RESULTADOS:


MUSS
95

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS

MAIS / MUSS

Nome: Idade: ____ anos ____meses


Tempo de uso do implante coclear:
Informante:
Condição de aplicação: Tempo:
Data: ____/____/____

MAIS Respostas MUSS Respostas


1. 1.
2. 2.
3. 3.
4. 4.
5. 5.
6. 6.
7. 7.
8. 8.
9. 9.
10. 10.
TOTAL DE PONTOS (MAIS): TOTAL DE PONTOS (MUSS):
_______/40  ________% _______/40  ________%

1. 2.5 % 11. 27.5 % 21. 52.5 % 31. 77.5 %


2. 5 % 12. 30 % 22. 55 % 32. 80 %
3. 7.5 % 13. 32.5 % 23. 57.5 % 33. 82.5 %
4. 10 % 14. 35 % 24. 60 % 34. 85 %
5. 12.5 % 15. 37.5 % 25. 62.5 % 35. 87.5 %
6. 15 % 16. 40 % 26. 65 % 36. 90 %
7. 17.5 % 17. 42.5 % 27. 67.5 % 37. 92.5 %
8. 20 % 18. 45 % 28. 70 % 38. 95 %
9. 22.5 % 19. 47.5 % 29. 72.5 % 39. 97.5 %
10. 25 % 20. 50 % 30. 75 % 40. 100 %
96

CATEGORIAS DE LINGUAGEM

Bevilacqua MC, Delgado EMC, Moret ALM. Estudos de casos clínicos de crianças do
Centro Educacional do Deficiente Auditivo (CEDAU), do Hospital de Pesquisa e
Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais - USP. In: Costa OA, Bevilacqua, MC,
organizadores. XI Encontro Internacional de Audiologia. Anais: 1996, 30 de março a 02
de abril; Bauru, Brasil. p. 187.
97

CATEGORIA 1
Esta criança não fala e pode apresentar vocalizações indiferenciadas.

CATEGORIA 2

Esta criança fala apenas palavras isoladas.

CATEGORIA 3

Esta criança constrói frases de 2 ou 3 palavras.

CATEGORIA 4

Esta criança constrói frases de 4 ou 5 palavras, e inicia o uso de elementos conectivos

(pronomes, artigos, preposições).

CATEGORIA 5

Esta criança constrói frases de mais de 5 palavras, usando elementos conectivos,


conjugando verbos, usando plurais, etc. É uma criança fluente na linguagem oral.
98

CATEGORIAS DE AUDIÇÃO

Geers AE. Techniques for assessing auditory speech perception and lipreading
enhancement in young deaf children. The Volta Review, 1994; 96(5) (monograph): 85-
96.
99

CATEGORIA 0 - Não detecta a fala.


Esta criança não detecta a fala em situações de conversação normal (limiar de detecção
de fala > 65 dB).

CATEGORIA 1 – Detecção.
Esta criança detecta a presença do sinal de fala.

CATEGORIA 2 - Padrão de percepção.


Esta criança diferencia palavras pelos traços suprasegmentares (duração, tonicidade, etc.).
Ex: dog X airplane, baby X birthday cake (mão X sapato; casa X menino).

CATEGORIA 3 - Iniciando a identificação de palavras.


Esta criança diferencia entre palavras em conjunto fechado com base na informação
fonética. Este padrão pode ser demonstrado com palavras que são idênticas na duração,
mas contém diferenças espectrais múltiplas. Ex: thooth brush X hot dog, airplane X lunch
box (geladeira X bicicleta, gato X casa)

CATEGORIA 4 - Identificação de palavras por meio do reconhecimento da vogal.


Esta criança diferencia entre palavras em conjunto fechado que diferem primordialmente
no som da vogal. Ex: bird, boat, bike,bat (pé, pó, pá; mão, meu, mim).

CATEGORIA 5 - Identificação de palavras por meio do reconhecimento da


consoante.
Esta criança diferencia entre palavras em conjunto fechado que tem o mesmo som da
vogal, mas contém diferentes consoantes. Ex: hair, pear, chair, stair (mão, pão, tão, cão,
chão).

CATEGORIA 6 - Reconhecimento de palavras em conjunto aberto.


Esta criança é capaz de ouvir palavras fora do contexto e extrair bastante informação
fonêmica, e reconhecer a palavra exclusivamente por meio da audição.
100

CRITÉRIOS DE REFERÊNCIA QUANTO AO GRAU DE PERMEABILIDADE DA


FAMÍLIA NO PROCESSO TERAPÊUTICO
CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS
(Material não publicado)

Centro de Pesquisas Audiológicas , Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais,


Universidade de São Paulo – CPA/ HRAC-USP, Agosto, 2001.
Bevilacqua, MC; Yamada, MO; .Moret. ALM
101

Os critérios de referência elegidos buscam avaliar o grau de permeabilidade da família no


processo terapêutico. A partir da experiência do Programa de Implante Coclear do Centro de
Pesquisas Audiológicas, foram selecionados dez aspectos considerados como fundamentais e
necessários para uma família estruturada quanto à (re)habilitação da criança. Após a avaliação do
fonoaudiólogo, estes aspectos devem ser classificados quanto à freqüência em que ocorrem,
usando-se uma escala de cinco graduações: nunca observado (0 pontos), raramente observado (01
ponto), ocasionalmente observado (02 pontos), freqüentemente observado (03 pontos) e sempre
observado (04 pontos).
Após o registro e a avaliação destes aspectos, sugere-se que o resultado seja calculado
somando-se o número total de pontos acumulados em cada aspecto, sendo possível a família obter
no máximo 40 pontos ou 100%. Optou-se por escalonar os 40 pontos máximos possíveis de serem
obtidos em porcentagem. Para tanto, deve ser aplicada a regra de três, onde 40 pontos corresponde
a 100%.
Deve-se ressaltar que, de acordo com a experiência da equipe do Programa de Implante
Coclear do CPA nestes últimos anos, estas escalas de avaliação estão se revelando como
instrumentos efetivos na seleção das crianças candidatas ao implante coclear e de sua família, e
por este motivo estão sendo apresentadas aqui como uma opção para os terapeutas usarem em sua
rotina de trabalho. Porém, tais instrumentos ainda não foram totalmente concluídos, e o
refinamento destas escalas está sendo realizado por meio de trabalhos de pesquisa ainda em
desenvolvimento. Portanto, devem ser usadas criteriosamente, e não se constituírem como única
forma de avaliação para os aspectos mencionados.
103

Critérios Freqüência de Ocorrência


Nunca Raramente Ocasionalmente Freqüentemente Sempre
0 1 2 3 4

1. Pais envolvidos na (re)habilitação.

2. Há concordância dos pais quanto à


(re)habilitação da criança.
3. Há comunicação adequada com a criança
(falam e incentivam a verbalização da
criança).
4. Os pais conseguem colocar limites.

5. Os pais têm uma visão realista da deficiência


auditiva; encaram a deficiência auditiva como
um fato, sabem que não tem cura.
6. Os pais apresentam condições emocionais
para assumirem a (re)habilitação.
7. Há cooperação entre os membros da família,
impedindo a sobrecarga de um membro.
8. A família busca a resolução de conflitos.

9. A rede de apoio é funcional (apoio da família


de origem e/ou algum membro que assuma a
(re)habilitação da criança).
10. Há afeto positivo (vínculo que aproxima e
constrói) no relacionamento familiar.
100

CRITÉRIOS DE REFERÊNCIA QUANTO AO ESTILO COGNITIVO DA CRIANÇA


CENTRO DE PESQUISAS AUDIOLÓGICAS
(Material não publicado)

Centro de Pesquisas Audiológicas , Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais,


Universidade de São Paulo – CPA/ HRAC-USP, Agosto, 2001.
Bevilacqua, MC; Moret. ALM; Yamada, MO.
101

No que se refere ao estilo cognitivo das crianças, foram elegidos para observação e registro
alguns comportamentos que fazem parte do desenvolvimento infantil, e outros, que quando
presentes, podem ser indicadores de patologias ou dificuldades específicas da criança que podem
impedir o seu desenvolvimento pleno. Após avaliação clínica, estes comportamentos devem ser
classificados quanto à freqüência em que ocorrem, usando-se uma escala de cinco graduações:
comportamento nunca observado (0 pontos), comportamento raramente observado (01 ponto),
comportamento ocasionalmente observado (02 pontos), comportamento freqüentemente
observado (03 pontos) e comportamento sempre observado (04 pontos).
Após o registro e a avaliação destes aspectos, sugere-se que o resultado seja calculado
somando-se o número total de pontos acumulados em cada aspecto, sendo possível a criança obter
no máximo 80 pontos ou 100%. Optou-se por escalonar os 80 pontos máximos possíveis de serem
obtidos em porcentagem. Para tanto, deve ser aplicada a regra de três, onde 80 pontos corresponde
a 100%.
Dependendo da idade da criança avaliada, alguns comportamentos não são avaliados por
não serem esperados para o nível de desenvolvimento referente a idade da criança, devendo ser
anotado “não se aplica”. Neste caso, o comportamento não avaliado deve ser excluído da
somatória total de pontos. Para cada comportamento excluído deve ser subtraído 04 pontos do
total. Por exemplo: Supondo a avaliação de uma criança em que foi excluído o comportamento
referente ao número 15 (empilha objetos). Para esta criança, dos 20 comportamentos da
avaliação, foram avaliados apenas 19. A somatória dos pontos dos 19 comportamentos foi de 76
pontos, pois a criança obteve ponto 04 em todos os comportamentos avaliados. O seguinte cálculo
deve ser realizado:
19 comportamentos avaliados = 76 pontos = 100%
76 pontos – 100%
O escore da criança será de 100%.
Deve-se ressaltar que, de acordo com a experiência da equipe do Programa de Implante
Coclear do CPA nestes últimos anos, estas escalas de avaliação estão se revelando como
instrumentos efetivos na seleção das crianças candidatas ao implante coclear e de sua família, e
por este motivo estão sendo apresentadas aqui como uma opção para os terapeutas usarem em sua
rotina de trabalho. Porém, tais instrumentos ainda não foram totalmente concluídos, e o
refinamento destas escalas está sendo realizado por meio de trabalhos de pesquisa ainda em
desenvolvimento. Portanto, devem ser usadas criteriosamente, e não se constituírem como única
forma de avaliação para os aspectos mencionados.
Comportamentos observados Freqüência de Ocorrência
Nunca Raramente Ocasionalmente Freqüentemente Sempre Não se
0 1 2 3 4 aplica
1. Mantém contato ocular em situação de comunicação.
2. Usa expressões faciais ricas e gestos adequados para comunicar-
se.
3. Usa brinquedos e objetos com funcionalidade.
4. Apresenta iniciativa de turno verbal.
5. Apresenta iniciativa de turno gestual.
6. Concentra-se nas atividades propostas.
7. Resolve problemas em situações lúdicas ou interativas.
8. Comunica-se satisfatoriamente mesmo na ausência da
linguagem oral.
9. Busca interação social com adultos.
10. Busca interação social com crianças.
11. Faz imitação de brincadeiras.
12. Apresenta capacidade de memorização para atividades, objetos,
fatos e lugares.
13. Consegue organizar espaços com os materiais oferecidos.
14. Agrupa objetos.
15. Empilha objetos.
16. Apresenta bom-humor
17. Consegue conter comportamentos agressivos em situações
adversas à sua vontade.
18. Apresenta iniciativa em propor ou em desenvolver atividades
lúdicas, independentemente do avaliador.

102
19. Aceita regras e limites.
20. Realiza as tarefas de vida diária compatíveis a sua idade (se
alimenta e veste-se sem ajuda).

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