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AUDIOLOGIA CLÍNICA
GOIÂNIA
1999
CEFAC
CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA
AUDIOLOGIA CLÍNICA
Monografia de conclusão do
curso de especialização em
audiologia clínica
Orientadora: Mirian Goldenberg
GOIÂNIA
1999
RESUMO
The purpose of this theoretical study is to attract the interest on the auditory
evolution value during the first year age, which is the critical phase for language
acquire. The diagnosis absence and it’s consequent specifical stimulation at this
time can cause interference on child development and bring problems to his family,
Nowadays there are many simple, fast and easy tests that may be done in
the search of an early and precise diagnosis. This research analyzes some tests
Stimulus Reaction Observation, the Test With Visual Resources, the use of
We concluded that, it’s clear the importance of child hearing evolution and
choosing the best method for each situation, searching to provide health care
trabalho.
desenvolvimento da saúde. “
Leavell e Clarck
SUMÁRIO
Introdução ........................................................................... 01
de nascer ou ter uma sobrevida após o parto, hoje são entregues aos seus pais,
contudo, poderão ter seqüelas, entre elas, algum tipo e grau de deficiência
auditiva. Mesmo aquelas crianças normais por ocasião do nascimento, podem vir
auditiva.
crianças devem ser iniciados o mais cedo possível. Para que isso se concretize é
citado por Russo a Santos (1994), seria um prejuízo primário que causaria muitos
deficiente auditiva.
adequada durante os três primeiros anos de vida, nunca terão seu potencial de
auditiva) por um certo período de tempo, resulta numa inabilidade irreversível para
realizado durante o primeiro ano de vida, irá possibilitar a intervenção médica e/ou
dos estímulos sonoros, uma vez que os parâmetros acústicos variam em função da
da linguagem e do aprendizado.
criança que apresentar algum fator de risco para qualquer distúrbio de audição
deve ser submetida a uma avaliação audiológica logo na primeira infância assim
futuras.
Profissionais que Auxiliam no Diagnóstico Precoce
deficiência auditiva surgem, mas apenas entre o segundo e terceiro ano de vida
estimulação
Downs, citado por Russo e Santos (1994), só é iniciada por volta do 27o mês. A
respeito desse estudo Lichtig (1990), acredita que esse fato aconteça devido a
filhos e sendo assim, torna-se muito importante o valor que os pediatras dão a
elas.
contato com a mesma é o pediatra, dessa forma, é importante que ele esteja
auditivo na infância.
Downs e Steritt, citados por Russo e Santos (1994), sugeriram que todas as
risco para deficiência auditiva como critério de escolha das crianças que deveriam
ser triadas, não seria suficiente, pois 30 a 50% dos bebês com deficiência auditiva
iniciados com o levantamento ainda no berçário das crianças de alto e baixo risco
Cerebral).
Lichtig (1990) entende como recém nascido de alto risco aquele que tem
por doença congênita, por anomalias físicas, por acidentes perinatais ou quais
risco de apresentarem:
tuba auditiva) e
sugerido pelo Joint Committee on Infant Hearing de 1994, citados por Azevedo
(1997):
toxoplasmose).
acústico externo.
agentes quimioterápicos).
7. Meningite bacteriana.
10. Síndromes.
e audição.
Anos de Vida
De forma geral vários autores, entre eles, Lichtig (1990), Russo e Santos
(1990), Azevedo (1997) e Lopes Filho (1994), afirmam que para uma avaliação ser
e fala adequados.
despertar e abrir bem os olhos, mas não vira sua cabeça nem de modo
lateral e não pode fixar uma fonte sonora abaixo ou acima do nível de seus olhos,
ela esta se comportando ao nível de seis a nove meses de idade“. (Lichtig, 1990).
Lichtig (1990) ainda afirma que o diagnostico diferencial entre uma criança
com perda auditiva leve ou moderada e uma criança com retardo mental poderá
inteligência é normal.
30 dBNPS.
sonora de 25 a 30 dBNPS.
Técnicas Utilizadas Para Avaliação Audiológica Infantil
Northern e Downs, citados por Lopes Filho (1994), afirmam que as técnicas
alegando que esta testagem aliada aos testes subjetivos seriam suficientes para
Lichtig (1990) relata que a avaliação auditiva do recém nascido deve ser
elas:
♦ Realização da Anamnese
Azevedo (1997) afirma que a Anamnese deve ser realizada junto aos
familiares da criança.
realizar uma aproximação com a criança. Enquanto este registra os dados com a
mãe, a criança pode observá-lo e explorar o ambiente. Este período serve para
exame.
♦ Testagem Instrumental Automatizada.
corporal.
basicamente estes: um transdutor moto – sensitivo, uma fita para registro dos
movimentos, um sistema de tempo (timer) e um alto-falante. Há a colocação de
uma lanterna especial sob a armação do berço, cujo o foco é direcionado a uma
apresentado.
restringe o número e bebês que podem ser avaliados no mesmo berçário, sendo
chegaram a conclusão que essa segunda técnica possui uma maior eficácia na
Russo e Santos (1994), lembram que nesse tipo de avaliação pode ocorrer
e Santos, 1994).
Para Lichtig (1990), Russo e Santos (1994) essa técnica é muito útil na
impedanciometria não tem sido utilizada como rotina nos programas de detecção
berçário;
nascidos que a identificação das condições da orelha média deve ser realizada
Um obstáculo que era apontado por Russo e Santos (1994), era dimensão
da haste que prende o fone e a sonda, que é feito para o adulto, nesse caso as
autoras recomendam que o fone seja solto e o bebê deitado em decúbito lateral,
com um dos ouvidos sobre o fone, sendo a sonda introduzida pelo lado oposto.
otoscópicos.
Observação Comportamental
como xilofone, o triângulo, o chocalho e o sino, sendo este último o mais agudo.
3000 a 8000 Hz
cada brinquedo corresponde a sons com características diferentes, são eles: dois
tons puros, tons modulados e ruído de banda estreita, esses sinais informam a
infantil. Recomendam os cinco sons de Ling & Ling (1985) - /a/, /i/, /u/, /s/ e / / - já
Ling
ANSI 1969
A 1000 Hz 40 dBNA
I 3000 Hz 40 dBNA
U 275 Hz 55 dBNA
2500 Hz 50 dBNA
S 6000 Hz 22 dBNA
meses devem ser incluída testagem abaixo e acima (20cm) do pavilhão auricular.
Deve ser evitado pistas visuais e usar um brinquedo pouco atrativo para distrair a
A mesma, ressalta que a criança deve ser avaliada nos seguintes estados:
estado.
estado de sono leve e a partir dessa idade, devem ser testadas sempre em alerta,
sonora.
Verbais
verbais.
reação da criança deve ser observada e registrada, até os três meses de idade as
de detecção da voz. Nos estudos realizados por Azevedo (1997), crianças normais
dBNA.
tendem a evoluir dos níveis mais simples aos mais complexos, as crianças entre 8
meses de idade.
A classificação dos comandos verbais foram dispostos por Azevedo (1991)
Verbais
I Dá tchau ! 9 – 12
Joga beijo!
Bate palma!
II Cadê a chupeta? 12 – 15
Cadê a mamãe?
Cadê o sapato?
Cadê a mão?
Cadê o pé?
quando tiver associado o estímulo acústico ao estímulo visual, ela irá procurar a
Segundo Moore, citado por Russo e Santos (1994), a avaliação poderá ser
efetuada com um estímulo visual simples, uma luz que é acesa, ou complexo,
visual pode interferir na resposta, esse aspecto é mais acentuado em bebês entre
freqüências de 1000 Hz, 2000 Hz, 4000 Hz, e 5000 Hz, nesta ordem. A criança
deve localizar a fonte sonora virando a cabeça em direção a ela , e esse ato motor
tom puro ocorreu em cada freqüência testada será considerado o nível mínimo de
resposta.
detectar os níveis mínimos de resposta por via óssea. Esta cita que no trabalho
etária.
3–6 60 – 80
6–9 40 – 60
9 – 13 20 – 40
são usados. Também observaram que quando são colocados fones nas crianças,
antes do início da testagem. A criança deve permanecer no colo dos pais, de tal
modo que tenha que virar a cabeça para procurar o reforço visual. A cadeira em
que os pais ficaram sentados deve ter um angulo de 90º do reforço visual. Os
de forma lenta e com um pequeno intervalo entre eles. Essas autoras ressaltam a
(1996), Isaac e Aquino (1998), Lopes Filho e Carlos (1998) e Pialarissi e Gattaz
externas.
intensidade podendo se manter estáveis desde que não haja alterações cocleares
ou de ouvido médio.
pré-neurais.
miniatura à sonda que irá ser inserida no conduto auditivo externo do paciente. Um
estímulo sonoro é emitido em direção a orelha externa, média e interna. Assim que
podem ser:
sexo.
máximo de 20 dBNA.
- Produto de distorção: São resultantes da estimulação
meio rápido de testagem, durando cerca de 5 minutos, desde que não existam
Vono-Coube (1998) ressaltam que antes das emissões serem captadas no canal
um diagnóstico errado.
Carlos e Lopes Filho (1998), afirmam que para esse exame ser realizado
opção na triagem auditiva em neonatos, devido sua rapidez, por não ser uma
limitação dos dados fornecidos, pois não informa sobre o limiar auditivo da
auditiva universal.
♦ Potenciais Evocados Auditivo de Tronco Cerebral
como o registro das atividades elétricas geradas por uma ou mais estruturas ao
geradores.
os descreve a seguir:
Para que a avaliação seja realizada é necessário que a criança esteja sob
frontal.
Lasmar e Lasmar (1998) dizem que os eletrodos colocados à cabeça do
Chapchap (1996) afirma que o PEATC avalia a integridade neural das vias
auditivas desde sua porção periférica até o tronco cerebral, detectando perdas
obtidas.
auditiva em bebês com alto risco para deficiência auditiva, e a maior desvantagem
graves.
aplicada tanto aos neonatos do grupo de risco para surdez , como estender-se aos
ser tentado realiza-lo com o paciente em sono natural ou calmo e confortável, caso
Chapchap (1996) seriam os problemas de ouvido médio causados por sepsis, uso
condutivo, nesse caso, deve ser levado em conta a história clínica do paciente
Interferência Solução
(coclear)
nervo
Vias auditivas
centrais
Alterado (autismo)
Agnosia auditiva
diagnóstico clínico, deveria ser feito por uma equipe mínima composta de
número de mães que têm esse conhecimento é bem reduzido, apenas 31,25%
das pacientes.
auditiva precoce.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
infantil precoce.
Mas como é possível intervir na vida desta criança sem ao menos saber o
que ela necessita? A única forma de saber se uma pessoa tem um problema é
dispomos para realizar esta avaliação. Pensando nisso, o Joint Committee In Infant
Hearing recomendou que apenas as crianças com uma história pregressa e/ou
clínica contendo algum fator de risco para deficiência auditiva, deveriam passar
pela avaliação audiológica, já que em cada 50 crianças com fatores de alto risco
constatou que apenas a anamnese da criança não é suficiente, pois 30 a 50% das
meses.
serem avaliadas.
do pediatra, assim como todos aqueles que têm contato com a criança no primeiro
ano de vida, pois poderiam contribuir para detectar uma possível causa de
diagnóstica.
vida da criança.
respeito das atitudes que deverão ser tomadas, os profissionais e tratamentos que
Tópicos Em Fonoaudiologia – Vol. II. São Paulo, Lovise, 1995. p. 447 – 462.
– 263.
MARCONDES, E.; LINS, L.; MORIYAMA, L.; GUIMARÃES, M.; JULIANI, R.;
KUDO, A.; MARCONDES, E.; LINS, L.; MORIYAMA, L.; GUIMARÃES, M.; JULIANI,
203 – 213.
MARCONDES, E.; LINS, L.; MORIYAMA, L.;GUIMARÃES, M.; JULIANI, R.; PIERRI,
21.