Elaboracao de Relatorio em Casos Dificeis

Elaboração de relatórios
CRFa: 2-16.894
Fga Dra Tathiany Pichelli
em casos difíceis
Licenciado para - Leticia María M Vasconcélos Parreira - 04055301618 - Protegido por Eduzz.com
Relatório
✓ Resultado final da
avaliação do PAC.
✓ Necessitar ser claro, bem

organizado e nortear o
processo terapêutico.
Como organizar um bom relatório?
Avaliação Sobre a avaliação Testes utilizados

periférica de PAC
Conclusões Sugestões
Condições de
avaliação
Avaliação periférica
● Descrever de forma sucinta os resultados das avaliações:
1. Tonal
2. Logoaudiometria
3. Imitanciometria
Sobre a avaliação de PAC

● Importante esclarecer neste item o que é o PAC, TPAC e objetivos da
avaliação.
● Referenciar os conceitos.
● Referências mais utilizadas: ASHA (2005), AAA (2010).

Testes utilizados
● Separar testes por de acordo com sua natureza (dicóticos, monóticos,
processamento temporal e interação binaural).
● Escrever de forma sucinta a tarefa que o teste propõe.
● Especificar habilidade auditiva avaliada.
● Deixar claro se o resultado do teste está normal ou alterado.
● Referenciar padrão de normalidade adotado.

Cuidados na aplicação dos testes

● Seleção de testes: considerar queixas e faixa etária,
● Manuseio do equipamento,
● Uso de reforço positivo,
● Pausas durante e entre as tarefas,
● Saber chamar a atenção do paciente quando necessário,
● Observar compreensão e aspectos atencionais,
● Aplicação em adultos X crianças.

Condições de avaliação
● Descrever todo e qualquer comportamento que possa interferir na
obtenção dos resultados.
● Exemplos de observações no exame:
✓ Agitação motora,
✓ Desatenção,
✓ Ansiedade,
✓ Choro,
✓ Dificuldade de compreensão (ex: audiometria, TPF, TDD, GIN).

Conclusões
● Considerações para interpretação dos resultados:
✓ Compreensão dos testes,
✓ Comportamentos durante a avaliação,
✓ Resultados das demais avaliações e
✓ Diagnósticos do paciente.
Conclusões
● Quando fechar o caso como Transtorno do Processamento auditivo?
● Importante lembrar:
Segundo a ASHA Prevalência X Incidência:
1. Crianças: 2%–3% (Chermak & Musiek, 1997; Palfery & Duff, 2007).
2. Adultos e idosos: 23%–76% (Cooper & Gages, 1991; Golding, Carter, Mitchell, & Hood,
2004; Stach, Spretnjak, & Jerger, 1990).
● Diagnóstico de TPAC de acordo com a AAA (2010): pontuação de dois desvios padrão ou
mais abaixo da média para pelo menos uma orelha ou alteração em pelo menos dois testes
comportamentais.
Quando um caso pode ser
– Como elaborar o relatório?

considerado difícil?
Como elaborar o relatório de um caso
difícil?
Descreva detalhadamente o
que você encontrou!
Caso Clínico
● FDO, 7 anos, sexo masculino
Queixa: “Ele é desatento e tem dificuldade escolar” – sic mãe
HPQA: Paciente comparece para TA. Não possui diagnóstico confirmado,

extremamente agitado, desatento e introspectivo, não interagia. Suspeita
de autismo. Avaliação de PAC não estava clara.
1º Conduta: Solicito avaliações de linguagem, neuropsicológica e médica.

Apenas após diagnóstico realizar nova avaliação de PAC.
FDO, 7 anos, sexo masculino
● Paciente retorna após 4 meses. Recebeu diagnóstico de TDAH e de transtorno de

desenvolvimento das habilidades escolares, porém psiquiatra levantou hipótese de
dislexia estar associada ao quadro. Neurologista está investigando essa hipótese.
● Avaliação neuropsicológica apontou QI geral na média, com discrepância entre as funções

nervosas. As áreas de maior fragilidade são: atenção, memória, linguagem, função
executiva e praxia construtiva. Dificuldade no controle inibitório e ansiedade, maior tempo
para execução de tarefas.
● O resultado da ressonância magnética realizada apontou rarefação mielínica ou gliose.
● Em uso de risperidona 3 vezes ao dia. Ajuste de medicação persiste

Avaliação inicial PAC

Teste OD OE OD+OE
TDD 75% 47,5%

(Integração)
TDD 45% 47,5%
(Separação)
TFR 76% 80%
PSI 40% 50%
GIN Não aplicado
TPF 30%
(nomeação)
MLD 8dB
● F. mostrou-se cooperativo durante a execução do exame e não apresentou dificuldades

para compreender a maioria das tarefas solicitadas, entretanto, foram necessárias três
explicações para que a criança compreendesse a tarefa de separação do teste dicótico de
dígitos.
● O paciente apresentou um notável declínio de atenção durante a execução das tarefas,
com episódios de inquietação motora e dispersão, sendo necessário que a avaliadora
realizasse pausas entre os testes e durante os mesmos chamasse sua atenção diversas
vezes (solicitações para não bater os pés na cadeira, não balançar os fios, aguardar o
término da fala do locutor para repetir a sequência completa no TDD).
Como concluir este caso?
– Fechar o relatório como TPAC?

Conclusão
Foram realizados cinco testes, dos quais três encontram-se alterados. As habilidades auditivas
prejudicadas são:
● Ordenação temporal e transferência inter-hemisférica,
● Figura-Fundo para Sons Linguísticos,
● Figura-fundo com associação de estímulos auditivos e visuais
Diante destes resultados, é possível concluir que esta avaliação do processamento auditivo
encontra-se alterada.
OBS: OS DADOS DA AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL DEVEM SER

CONSIDERADOS EM CONJUNTO AVALIAÇÕES MÉDICA, NEUROPSICOLÓGICA E DE
LINGUAGEM DO INDIVÍDUO, NÃO SENDO RECOMENDADA SUA ANÁLISE DE FORMA
ISOLADA.
Conduta
● Estimulação das habilidades auditivas em treinamento auditivo
acusticamente controlado ou em terapia fonoaudiológica,
● Retorno para reavaliação após estimulação.

Treinamento Auditivo (12 sessões)
DIID Estratégias de atençao Combinados

-Integração e Separação - Atenção plena e Estratégias que
direcionada envolvessem reforço
positivo, e ajudassem na
agitaçõ motora.
Avaliação final PAC (paciente com 8 anos)

Teste OD OE OD+OE
TDD 92,5% 90%

(Integração)
TDD 65% 82,5%
(Separação)
TFR 76% 80%
PSI 70% 70%
GIN Não
compreendeu a
tarefa
TPF 93,3%
(nomeação)
MLD 10dB
● A criança foi colaborativa e interagiu adequadamente com a
avaliadora. Pausas entre os testes foram necessárias, pois foi
observado que o jovem apresentou episódios de dispersão. Houve
tentativa de realizar o teste GIN, porém a criança não compreendeu a
instrução, mesmo após diversas tentativas.
Conclusão
● Os resultados demonstraram que houve evolução do quadro após o
período de treinamento auditivo. Contudo, o resultado do teste
Dicótico de Dígitos encontra-se abaixo do esperado para a faixa
etária. Não é possível afirmar se a criança apresenta alteração da
habilidade auditiva de resolução temporal, pois F. não compreendeu a
instrução para realizar o teste GIN.
Diante destes resultados, é possível concluir que esta avaliação do

processamento auditivo encontra-se alterada.
OBS: OS DADOS DA AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL DEVEM SER

CONSIDERADOS EM CONJUNTO AVALIAÇÕES MÉDICA, NEUROPSICOLÓGICA E DE LINGUAGEM DO
INDIVÍDUO, NÃO SENDO RECOMENDADA SUA ANÁLISE DE FORMA ISOLADA.
Conduta
● Retomada da psicoterapia e estimulação das questões abordadas no

relatório da avaliação neuropsicológica.
● Continuidade do acompanhamento médico.
● Manutenção da terapia fonoaudiológica (a critério do profissional que
acompanha a criança)
● Retorno para reavaliação do PAC após condutas.
Dúvidas?
Obrigada!
@fono.tathipichelli
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Avaliação Sobre a avaliação Testes utilizados

Sobre a avaliação de PAC

● Referências mais utilizadas: ASHA (2005), AAA (2010).

● Escrever de forma sucinta a tarefa que o teste propõe.

● Especificar habilidade auditiva avaliada.

● Deixar claro se o resultado do teste está normal ou alterado.

● Referenciar padrão de normalidade adotado.

Cuidados na aplicação dos testes

● Uso de reforço positivo,

● Pausas durante e entre as tarefas,

● Saber chamar a atenção do paciente quando necessário,

● Observar compreensão e aspectos atencionais,

● Aplicação em adultos X crianças.

● Exemplos de observações no exame:

✓ Dificuldade de compreensão (ex: audiometria, TPF, TDD, GIN).

✓ Compreensão dos testes,

✓ Comportamentos durante a avaliação,

✓ Resultados das demais avaliações e

Segundo a ASHA Prevalência X Incidência:

– Como elaborar o relatório?

Queixa: “Ele é desatento e tem dificuldade escolar” – sic mãe

HPQA: Paciente comparece para TA. Não possui diagnóstico confirmado,

1º Conduta: Solicito avaliações de linguagem, neuropsicológica e médica.

FDO, 7 anos, sexo masculino

● Paciente retorna após 4 meses. Recebeu diagnóstico de TDAH e de transtorno de

● Avaliação neuropsicológica apontou QI geral na média, com discrepância entre as funções

● O resultado da ressonância magnética realizada apontou rarefação mielínica ou gliose.

● Em uso de risperidona 3 vezes ao dia. Ajuste de medicação persiste

Avaliação inicial PAC

TDD 75% 47,5%

PSI 40% 50%

GIN Não aplicado

● F. mostrou-se cooperativo durante a execução do exame e não apresentou dificuldades

– Fechar o relatório como TPAC?

OBS: OS DADOS DA AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL DEVEM SER

● Retorno para reavaliação após estimulação.

Treinamento Auditivo (12 sessões)

DIID Estratégias de atençao Combinados

Avaliação final PAC (paciente com 8 anos)

TDD 92,5% 90%

PSI 70% 70%

Diante destes resultados, é possível concluir que esta avaliação do

OBS: OS DADOS DA AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL DEVEM SER

● Retomada da psicoterapia e estimulação das questões abordadas no

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