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DESCOMPLICANDO

PRONTUÁRIO ASSISTENCIAL

AL/PB/PE/RN, 2023.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 2
INTRODUÇÃO 3
VAMOS CONSTRUIR UM PRONTUÁRIO? 6
1 C O N S U LT A 7
1 .1 Anamnese (Fisioterapia / Terapia Ocupacional) 7
1 . 2 Exame Clínico/ Físico (Fisioterapia / Terapia Ocupacional) 7
1 . 3 Exames complementares 8
2 D IA G N Ó S T ICO F IS IO T E R A P Ê U T ICO / T E R A P Ê U T ICO O C U PA C IO N A L 8
3 O B J E T I V O S D E T R A T A M E N T O (F i s i o t e r a p i a / T e r a p i a O c u p a c i o n a l ) 8
4 P L A N O D E T R A T A M E N T O (F i s i o t e r a p i a / T e r a p i a O c u p a c i o n a l ) 9
4 .1 Prognóstico Fisioterapêutico / Terapêutico ocupacional 9
5 E V O LU Ç Ã O F IS IO T E R A P Ê U T IC A / T E R A P Ê U T IC A O C U PA C IO N A L
(r e g i s t r o s a s s i s t e n c i a i s ) 10
REFERÊNCIAS 12
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APRESENTAÇÃO

O lá , F is io t e r a p e u t a s e Te r a p e u t a s O c u p a c io n a is !

O CREFITO-1 tem a missão de fiscalizar o um documento fidedigno da comprovação da


exercício profissional com o objetivo de garantir assistência prestada e da evolução do paciente/
a qualidade da assistência da Fisioterapia e cliente/usuário.
da Terapia Ocupacional prestada à sociedade Diante desse cenário, o CREFITO-1
dos quatro Estados que compõem a nossa desempenha papel orientador e educativo ao
circunscrição (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e profissional, notadamente quando da primeira
Rio Grande do Norte). abordagem fiscalizatória, ao reconhecer a
Um dos instrumentos para consecução da necessidade premente de orientação dos nossos
missão institucional é o Departamento de profissionais no tema registro em prontuário,
Fiscalização que, através do trabalho do fiscal bem como o fomento junto às instituições de
técnico de Fisioterapia e Terapia Ocupacional na ensino superior para aprofundar a abordagem
realização dos atos de fiscalização, inspeciona do tema dentro do cenário de formação
os serviços, orienta os profissionais quanto às dos futuros fisioterapeutas e terapeutas
normas de assistência a serem cumpridas e ocupacionais.
determina as adequações necessárias. O CREFITO-1 dentre as ações propostas
A realização de registro em prontuários de apresenta esta cartilha tendo por objetivo
forma correta para que possa ser utilizado como assessorar os profissionais na qualificação da
documento de comprovação da assistência produção de prontuário e das informações
prestada e da evolução do paciente/cliente/ necessárias que devem compor o documento,
usuário no cenário da Fisioterapia e da Terapia em acordo com o disposto nas Resoluções
Ocupacional tem se mostrado como um desafio COFFITO 414/12 e 415/12.
para os profissionais assistentes. Desejamos que seja um instrumento eficaz na
Constatamos no cenário da assistência das melhoria dos registros do nosso fazer.
duas profissões que a elaboração do registro
e evoluções em prontuário, de forma correta
e cumprindo o determinado na legislação Boa leitura!!!
que regulamenta o assunto, representa um
desafio para os profissionais assistentes. É
imprescindível que o prontuário represente
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INTRODUÇÃO

O vocábulo prontuário deriva do latim e a escolha do repertório assistencial.


p r o m p t u a r iu m que identificava um local no qual As normas profissionais que fundamentam e
deveriam ser guardados objetos que estivessem orientam o registro são as Resoluções COFFITO
sempre disponíveis para uso, ou seja, de nº 414/12 e 415/12 e são correlacionadas com
manuseio cotidiano. o disposto nos Códigos de Ética profissional de
No cenário assistencial, prontuário designa fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
um conjunto de documentos que registram
o histórico de atendimentos em saúde de Os documentos e anotações que compõem
um indivíduo assistido. Recortando para o prontuário necessitam representar o lapso
a assistência em Fisioterapia e Terapia temporal da assistência. É necessário que os
Ocupacional estamos diante dos registros registros realizados estejam dentro da lógica
necessários do acompanhamento profissional terapêutica, possibilitando a orientação e
desse indivíduo, de forma tal que possibilite fiscalização sobre os serviços prestados ao
ao profissional assistente comparar a condição cliente/paciente/usuário.
funcional de ingresso no tratamento, a evolução Assim, para que se revista de caráter legal de
ou não, a necessidade de replanejamento prova, o registro em prontuário precisa ser
assistencial, de encaminhamento a outro realizado de forma sucinta a cada atendimento
profissional e, por fim, a condição de alta do executado, mas descrevendo os procedimentos
acompanhamento terapêutico. técnicos-científicos adotados no exercício
O prontuário do paciente é documento a ser profissional de fisioterapeutas e terapeutas
elaborado conforme as normas que disciplinam ocupacionais.
o tema. Neste contexto, é imprescindível
que contenha informações em quantidade O profissional assistente, ao realizar o registro
e qualidade de registros que possibilitem a em prontuários, deverá ter a cautela de
outro profissional realizar o acompanhamento transcrever exatamente o que foi executado
desse paciente, em caso de impedimento do dentro de um planejamento terapêutico
profissional assistente, bem como linguagem prévio, baseado em objetivos de tratamento
acessível para o entendimento do próprio determinados a partir da formulação de
paciente e de seus familiares. diagnóstico fisioterapêutico e terapêutico
Essas exigências normativas na elaboração ocupacional, pois, após a realização do registro
do prontuário visam garantir a nitidez nas não pode haver alteração, supressão ou inclusão
informações inseridas no prontuário ao serem de novos dados, sob pena de retirar o caráter
acessadas pelos demais membros da equipe probatório que lhe é inerente.
assistencial ou autoridades que porventura
Indiscutivelmente, o teor das informações
requeiram esse acesso, objetivando entender o
constantes em um prontuário é revestido de
tipo de assistência na qual o paciente/cliente/
sigilo, eis que trata da condição de saúde do
usuário foi submetido, a fim de atuarem como
indivíduo, tendo o profissional assistente o
mediadores de comunicação da assistência que
dever legal e ético de resguardar as informações
foi disponibilizada ao indivíduo.
ali contidas de terceiros que não participem da
O registro é técnico-assistencial, precisa ser relação assistencial.
redigido dentro dos termos próprios das
A Constituição Brasileira ao dispor sobre os
profissões, guardar correlação com a condição
direitos fundamentais em seu artigo 5º, XI prevê
de saúde funcional apresentada pelo indivíduo
a inviolabilidade do sigilo profissional por se
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tratar de direito relativo à intimidade e à vida O profissional assistente necessita dispor


privada. Proteção que se desdobra na legislação desse entendimento e do alcance de sua
ordinária, em vários aspectos. responsabilidade atrelada ao seu fazer
No mesmo sentido a legislação civil pátria, profissional, tendo no prontuário um
em seu artigo 229 dispõe que ninguém pode instrumento de defesa do seu bem fazer
ser obrigado a falar sobre fato a cujo respeito profissional.
deva guardar sigilo por profissão, podendo ser Delimitado o cenário da obrigatoriedade
responsabilizado civilmente (indenização por de existência de prontuário e esclarecido a
ato ilícito) e penalmente, conforme previsão amplitude de sua utilização, necessário se faz
contida no Código Penal. nos debruçarmos sobre os formatos válidos
No entanto, o sigilo que reveste o prontuário não de registro. Atualmente o profissional pode
é absoluto, existindo no Brasil entendimento escolher se produz o prontuário de seus clientes/
jurisprudencial no sentido de garantir o acesso pacientes/usuários em formato físico ou digital.
aos prontuários decorrente de requisição A formatação física é mais comum, na qual
da justiça, acesso à membros do Ministério a informação é inserida manualmente pelo
Público (CF, 129) e da Polícia (CP, 6º, III) e dos profissional em suporte de papel e guardado em
Conselhos de Fiscalização Profissional durante espaço com privacidade reservada no ambiente
ato fiscalizatório ou para instrução de processo assistencial. Para garantia da resguarda das
ético, ressaltando que todos os envolvidos informações inseridas, não pode haver rasuras
deverão por dever de ofício resguardar o sigilo ou espaços em branco, a fim de evitar a alteração
das informações colhidas. dos registros ou inserção posterior de dados.
Portanto, não há de se confundir a restrição Igualmente, o profissional deve assinar e utilizar-
com o impedimento de acesso, principalmente se de seu carimbo profissional, identificando
no que tange aos fiscais técnicos quando em o número de registro junto ao conselho de
inspeção para aferir a adequação dos registros fiscalização profissional.
formulados às normas profissionais vigentes, A guarda dos documentos estava adstrita a no
ou quando necessários para composição de mínimo cinco anos após a inserção do último
conjunto probatório em processo ético. registro, contudo, há atualmente discussão
O valor probatório dos registros efetuados em jurisprudencial no sentido de que a Lei n.º
prontuários é amplo podendo ser utilizado 13709/2018, alterou o tempo de guarda para
em qualquer das esferas de responsabilização vinte anos.
judicial ou administrativa. Assim sendo, na esfera Optando o profissional pela utilização do
cível o prontuário poderá ser utilizado para prontuário eletrônico, necessário se faz, para
qualificar ou desqualificar a responsabilização além do atendimento das questões específicas
civil do profissional por imprudência, negligência de anotação constantes nas Resoluções COFFITO
ou imperícia. 414/12 e 415/12, atentar para a disciplina legal
própria à espécie constante na Lei 13787/2018,
No âmbito penal se reveste de valor as que dispõe tanto sobre a digitalização de
anotações constantes para tipificar ou não crimes prontuários físicos para guarda em suporte
ou contravenções penais que tenham nexos de digital, quanto sobre a utilização de sistemas
causalidade com a assistência desempenhada informatizados para guarda, armazenamento e
e administrativamente o prontuário é utilizado manuseio de prontuário de paciente.
para aferição da qualidade e pertinência da
assistência ofertada dentro ou não dos ditames Tanto os prontuários físicos que passem a
normativos profissionais. ser guardados em suporte digital, quanto os
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prontuários eletrônicos em suporte digital são acompanhamento pelo profissional assistente,


disciplinados pela Lei 13787/2018, que dispõe daí decorre também a não assunção do fazer
sobre a digitalização e a utilização de sistemas que saiba não deter competência; a necessidade
informatizados para a guarda, o armazenamento de utilização de métodos e técnicas com
e o manuseio de prontuário de paciente. reconhecimento e autorização normativa para
Para a migração do suporte físico para o suporte uso e a vinculação do fazer assistencial à moral e
digital é necessário resguardar a integralidade, aos bons costumes.
autenticidade e confidencialidade dos O instrumento de aferição do atendimento às
documentos. Os meios de armazenamento determinações éticas anteriormente citadas
digital precisam garantir a proteção do acesso, é o registo em prontuário e daí decorre a
uso, alteração, reprodução e destruição não publicação de normas próprias que norteiam
autorizados, devendo, ainda ser utilizado a construção do documento, especificamente
certificado digital emitido no âmbito da as Resoluções COFITTO 414/12 e 415/12 e,
infraestrutura de chaves públicas brasileiras de forma suplementar, a Resolução COFITTO
(cadeia hierárquica de confiança que viabiliza a 555/22, em seus anexos.
emissão de certificados digitais)
Então chegamos ao ponto de maior reflexão:
Clique para utilizar a assinatura do Gov.br como elaborar um prontuário e apor os registros
de forma que possamos produzir um documento
Clique para verificar se o documento é válido hábil para prova nos diversos cenários de
responsabilização profissional.
O prazo de guarda fixado em lei é de 20 anos,
Precisamos nos debruçar no caminho apontado
contados a partir da inserção do último registro,
pelas Resoluções COFFITO 414/12 e 415/12. que
podendo ser alterado por regulamento próprio.
norteiam as informações que são necessárias
Questões éticas profissionais permeiam os serem colhidas junto ao paciente/cliente/
registros em prontuários assistenciais, vez que usuário e qualificam os dados da assistência
os dados ali inseridos representam o fazer do que precisam ser realizados.
profissional e, por conseguinte, a apresentação
social das profissões, no que tange à importância
da Fisioterapia e da Terapia ocupacional para a
funcionalidade do indivíduo.
Assim, foi ocupação do Conselho Federal a
inserção nos Códigos de Ética profissionais a
vinculação da prática profissional à expertise
técnico científica aplicada ao caso concreto em
VAMOS CONSTRUIR
UM PRONTUÁRIO?

IMPORTANTE
1 É obrigatório o registro em prontuário das 4 O fisioterapeuta/terapeuta ocupacional
atividades assistenciais prestadas pelo é obrigado a manter sigilo de todas as
fisioterapeuta/terapeuta ocupacional aos informações contidas no prontuário do
clientes/pacientes/usuários. cliente/paciente/usuário.

2 O registro em prontuário deve 5 O prontuário e seus respectivos dados


ser redigido de forma legível e pertencem ao cliente/paciente/usuário
compreensível com terminologia e só podem ser divulgados por dever
própria da profissão, podendo ser legal ou justa causa, ou com sua
manuscrito ou em meio eletrônico, autorização ou a de seu responsável
a critério do profissional ou da legal.
instituição, devendo sempre ser
observado a legislação vigente para 6 A guarda do prontuário do cliente/
cada meio de registro. paciente é de responsabilidade do
profissional fisioterapeuta/terapeuta
3 Todo o prontuário (e suas partes ocupacional ou da instituição onde a
integrantes) devem conter as assistência fisioterapêutica foi prestada.
seguintes informações: data de
registro da informação (horário,
quando necessário); identificação do
profissional que prestou assistência.
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1
CONSULTA

1 . 1 A n a m n e s e (F i s i o t e r a p i a / T e r a p i a O c u p a c i o n a l )

Identificação do cliente/ paciente/ usuário


(nome completo, data de nascimento, profissão, contato, etc)

+ FISIOTERAPIA: Direciona uma entrevista ao seu cliente/paciente/usuário, com vistas à elaboração


do relato da condição e/ou deficiência cinético-funcional e/ou limitações de mobilidade e/ou
restrições a participação social e toda sua história, além de todos os dados obtidos através das
técnicas semiológicas.
- História da Funcionalidade Atual (HFA);
- História da Funcionalidade Pregressa (HFP).

+ TERAPIA OCUPACIONAL: Direciona uma entrevista ao seu cliente/paciente/usuário, com vistas


à elaboração do relato da condição e/ou do desempenho ocupacional, identificação das áreas de
ocupação a serem trabalhadas; limitações e/ou restrições à participação social e toda sua história,
além de todos os dados obtidos através das técnicas semiológicas.
- História do Desempenho Ocupacional Atual;
- História do Desempenho Ocupacional Pregresso;

+ História Clínica (Queixa principal; Hábitos de vida; História atual da doença; História pregressa da
doença; Antecedentes pessoais; Antecedentes familiares; Tratamentos realizados).

1 . 2 E x a m e C l í n i c o / F í s i c o (F i s i o t e r a p i a / T e r a p i a O c u p a c i o n a l )

+ FISIOTERAPIA: Avaliações/reavaliações do estado de saúde físico-funcional de acordo com


a semiologia fisioterapêutica, com interpretação da funcionalidade humana, com base na
identificação da condição e/ou deficiência de funções e/ou estruturas do corpo e/ou limitação de
mobilidade e/ou restrições à participação social, ou os riscos destas.
Composto por: inspeção, palpação, percussão, ausculta, perimetria, goniometria, testes funcionais
e físicos, escalas, questionários e outros instrumentos de avaliação.

+ TERAPIA OCUPACIONAL: Avaliações/ reavaliações terapêutico ocupacionais com análise do


desempenho ocupacional, perfil ocupacional, descrição dos resultados com análise do desempenho
ocupacional, identificação das áreas de ocupação a serem trabalhadas e dos resultados esperados.
Composto por: avaliações específicas para medir a qualidade e/ ou os déficits de desempenho
do/a cliente, enquanto realiza ocupações ou atividades relevantes para as ocupações desejadas,
registando a eficácia das competências e padrões de desempenho.
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1 .3 E x a m e s c o m p le m e n t a r e s

Descrição dos exames complementares realizados previamente


e daqueles solicitados pelo próprio fisioterapeuta/ terapeuta ocupacional.

2
DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO/
TERAPÊUTICO OCUPACIONAL

Atentar-se para a Classificação Brasileira de Diagnóstico Fisioterapêutico (CBDF)


(Resolução COFFITO nº 555/2022) e para o Diagnóstico Terapêutico Ocupacional.

+ FISIOTERAPIA: descrição do diagnóstico fisioterapêutico considerando a condição de saúde


físico-funcional do cliente/paciente.

+ TERAPIA OCUPACIONAL: descrição do diagnóstico terapêutico ocupacional considerando a


condição de saúde, qualidade de vida e participação social do cliente/ paciente/ usuário quanto ao
seu desempenho nas ocupações.

3
OBJETIVOS DE TRATAMENTO
(FISIOTERAPIA / TERAPIA OCUPACIONAL)

- Objetivos a serem alcançados com o tratamento fisioterapêutico/ terapêutico ocupacional.


- Descrever objetivos a curto/ médio/ longo prazo (quando possível).
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4
PLANO DE TRATAMENTO
(FISIOTERAPIA / TERAPIA OCUPACIONAL)

O plano de tratamento deve estar consoante com os objetivos de tratamento.

DEVE CONTER:
- Descrição das intervenções/ condutas fisioterapêuticas e terapêuticas ocupacionais planejadas
para alcançar o(s) objetivo (s) proposto do tratamento;
- Tempo indicado para cada atendimento/ intervenção necessário para alcançar o objetivo proposto
do tratamento;
- Frequência de assistência para alcançar o objetivo proposto do tratamento;
- Período para reavaliação e provável alta.

4 .1 P r o g n ó s t ic o F is io t e r a p ê u t ic o / T e r a p ê u t ic o o c u p a c io n a l

O prognóstico deve apresentar estimativa da evolução do caso a partir


das necessidades identificadas (considerando a área de intervenção).

(+) Ao ter um diagnóstico fisioterapêutico/ terapêutico ocupacional em mente, somado aos


objetivos traçados e ao plano de tratamento delineado, o profissional precisa delimitar qual o
prognóstico dentro do que foi prescrito ao paciente, se há previsão de alta ou quando o paciente
precisa ser reavaliado para que a linha de tratamento seja mantida ou se será necessário
reprogramar o tratamento ou até mesmo encaminhar para outro profissional.
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5
EVOLUÇÃO FISIOTERAPÊUTICA/ TERAPÊUTICA
OCUPACIONAL (registros assistenciais)

O registro da assistência prestada ao paciente deve ser realizado a cada assistência efetuada. A
descrição dos atendimentos deve ser suficientemente detalhada e compreensível, a fim de garantir:
a. Ao paciente/cliente e/ou responsável/familiar o entendimento da assistência prestada;
b. A outro profissional fisioterapeuta/terapeuta ocupacional entendimento necessário para que
seja realizado, quando necessário, a continuidade do tratamento;
c. Para que outros membros da equipe de saúde, quando necessário e autorizado, possam entender
quais os encaminhamentos do tratamento prestado.

ATENÇÃO PARA AS SEGUINTES DESCRIÇÕES:

- Descrição da evolução do estado de saúde do paciente/cliente/usuário no momento do


atendimento e, quando necessário, durante a período entre consultas;
- Descrição do tratamento realizado (com frequência e duração, técnicas e estratégias utilizadas,
tecnologias utilizadas e seus parâmetros);
- Descrição de eventuais intercorrências durante a realização do tratamento, assim como o estado
de saúde ao finalizar a assistência.
- Quando houver atendimento de incapazes, registrar quem está acompanhando e se está presente/
ausente no momento do tratamento.

AT EN Ç ÃO :

(1) Após cada consulta/ intervenção, deve constar identificação do profissional assistente.
(2) Se houver acompanhamento de estagiários, o acadêmico também deve assinar junto com o
profissional assistente.
REALIZAÇÃO:

Drª Catarina Rattes – Fiscal Técnico de Fisioterapia


Drª Gabriela Santiago – Fiscal Técnico de Terapia Ocupacional
Drª Iara Lucena – Coordenadora Geral do DEFIS
Drª Jomary Ferreira – Fiscal Técnico de Fisioterapia
Drª Meyre Sá - Fiscal Técnico de Terapia Ocupacional
Drª Viviane Sedycias – Fiscal Técnico de Fisioterapia
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REFERÊNCIAS

Constituição Federal Brasileira

Código Penal Brasileiro

Lei nº 6316/1975

Lei n.º 13709/2018

Lei nº 13787/2018

Gomes, D., Teixeira, L., & Ribeiro. J. (2021). Enquadramento da Prática da Terapia Ocupacional:
Domínio & Processo 4ª Edição. Versão Portuguesa de Occupational Therapy Practice Framework:
Domain and Process 4th Edition (AOTA - 2020). Politécnico de Leiria

Resolução COFFITO nº 424/2013

Resolução COFFITO nº 425/2013

Resoluções COFFITO nº 414/2012

Resoluções COFFITO nº 415/2012

Resolução COFITTO 555/2022


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