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Professora Gabi Becalli

TTP e Personalidade

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2/
-2
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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
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(TTP) e
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Teorias da Personalidade
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Professora Gabi Becalli


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Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Índice da aula
ÍNDICE DA AULA.................................................................................................................. 2
APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA ............................................................................... 3
PSICOTERAPIA ..................................................................................................................... 5
FATORES COMUNS E ESPECÍFICOS ......................................................................................... 6
O INÍCIO DA PSICOTERAPIA ................................................................................................... 9
Aliança terapêutica ......................................................................................................... 10
PSICOTERAPIA – FOCOS DE ATENÇÃO NA INFÂNCIA ............................................ 11

41
PSICOTERAPIA – FOCOS DE ATENÇÃO NA ADOLESCÊNCIA ................................ 15

3:
:0
10
PSICOTERAPIA DE APOIO .............................................................................................. 19

1
02
PSICOTERAPIA DE GRUPO ............................................................................................. 20

/2
GRUPOS OPERATIVOS .......................................................................................................... 20

07
TÉCNICAS: ........................................................................................................................... 24

2/
-2
HISTÓRICO E PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES: ......................................................................... 25
DINÂMICA GRUPAL: ............................................................................................................ 26

om
GRUPOS DE AUTOAJUDA ..................................................................................................... 27

l.c
ai
ZIMERMAN: ...................................................................................................................... 28

gm
YALOM, I.D.; LESZCZ ..................................................................................................... 30
i@
Fatores terapêuticos na terapia de grupo: ..................................................................... 33
ut

Critérios de Inclusão e Critérios de Exclusão ................................................................ 40


na

Estágios na formação dos grupos ................................................................................... 41


ta
an

Membros problemáticos de grupos................................................................................. 42


-s

Terapia de grupo breve................................................................................................... 43


5
-1

TERAPIA FAMILIAR E DE CASAL ................................................................................. 44


13
.1

PSICOTERAPIA BREVE PSICODINÂMICA E TERAPIA FOCAL ............................ 49


99

EXPERIÊNCIA EMOCIONAL CORRETIVA: .............................................................................. 50


.1
70

EFEITO CARAMBOLA: .......................................................................................................... 50


-7

A TEORIA DA CRISE E A ABORDAGEM PREVENTIVA .......................................................... 51


a

TÉCNICA: ............................................................................................................................. 51
an

Atividade e planejamento................................................................................................ 52
Vi

Foco ................................................................................................................................ 52
rra

Abordagem psicodinâmica para compreensão dos problemas do paciente ................... 53


ze
Be

Flexibilidade ................................................................................................................... 54
INDICAÇÕES ......................................................................................................................... 54
es
ar

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) ................................................ 55


So

PRINCIPAIS CONCEITOS ....................................................................................................... 58


a
an

TÓPICOS DO PLANO DE TRATAMENTO: ............................................................................... 60


nt

TÉCNICAS COGNITIVAS: ...................................................................................................... 61


Sa

PSICOTERAPIA COGNITIVO-CONSTRUTIVISTA ...................................................... 64


TERAPIA DO ESQUEMA ........................................................................................................ 67
TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO (ACT) ............................................... 69
TERAPIA COMPORTAMENTAL ..................................................................................... 72
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO: .......................................................................................... 74
CONDICIONAMENTO OPERANTE: ......................................................................................... 75
Comportamento Governado por regras: ........................................................................ 76
Técnicas aversivas .......................................................................................................... 76
OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES.................................................................................... 77
APRENDIZAGEM SOCIAL ...................................................................................................... 77

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HABITUAÇÃO....................................................................................................................... 78
PSICOTERAPIA ANALÍTICA FUNCIONAL (FAP) .................................................................... 78
PSICANÁLISE ...................................................................................................................... 79
CONCEITOS IMPORTANTES: ................................................................................................. 80
AS REGRAS TÉCNICAS NO PROCESSO PSICANALÍTICO (ZIMERMAN, 1999) .......................... 86
MECANISMOS DE DEFESA: ................................................................................................... 88
ESTÁGIOS PSICOSSEXUAIS .................................................................................................. 91
MELANIE KEIN ................................................................................................................... 93

41
DONALD WINNICOTT....................................................................................................... 95

3:
:0
JACQUES LACAN ............................................................................................................... 97

10
ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA E ROGERS .................................................. 99

1
02
GESTALT-TERAPIA E PERLS ....................................................................................... 103

/2
07
CONCEITOS PRINCIPAIS: .................................................................................................... 104

2/
O organismo como um todo .......................................................................................... 105

-2
Ênfase no aqui e agora: ................................................................................................ 105

om
Preponderância do combo sobre o porquê: ................................................................. 105

l.c
Conscientização:........................................................................................................... 105

ai
gm
OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO ....................................................................................... 106
i@
Introjeção...................................................................................................................... 106
ut

Projeção........................................................................................................................ 106
na

Confluência ................................................................................................................... 106


ta

Retroflexão.................................................................................................................... 107
an
-s

PSICODRAMA E MORENO ............................................................................................ 107


5
-1

PSICOLOGIA ANALÍTICA E JUNG .............................................................................. 109


13
.1

TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERIK ERIKSON ........................................................... 115


99
.1

PERSONALIDADE ............................................................................................................ 118


70

OUTRAS TEORIAS DA PERSONALIDADE: ........................................................................... 122


-7
a

LISTA DE QUESTÕES ...................................................................................................... 125


an
Vi

QUESTÕES GABARITADAS E COMENTADAS .......................................................... 176


rra

REFERÊNCIAS: ................................................................................................................. 271


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Apresentação da Professora
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Olá, seja bem-vindo! Sou a professora Gabrielly Becalli, professora no Psicologia


Sa

Nova. Em relação a minha formação, fiz especialização em Residência


Multiprofissional em Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente UFES/HUCAM e
sou especialista em Psicologia em Saúde CRP/ES. Além disso, sou pós-graduada em
Psicologia Organizacional.

Sou uma apaixonada pela área dos concursos em Psicologia e tenho algumas
aprovações interessantes:

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- PC/ES - 2019 – 1° lugar para cargo de Psicóloga, com desempenho de 9 questões a


mais que o segundo colocado;
- Marinha CP-T 2018 – 5° lugar geral para Psicóloga – Sendo 1° lugar no desempenho
na prova objetiva;
- Residência Multiprofissional UFES/2016 - 1° lugar geral, dentre todas as formações;
- 1° lugar para Psicóloga na Prefeitura de São Mateus/2015 e na Prefeitura de
Marilândia/2015.
- 3° lugar para Psicóloga da Prefeitura de Vitória/ES/2019, sendo 2° lugar na prova

41
objetiva.

3:
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10
Estamos aqui para oferecer o melhor curso possível e dar o apoio necessário nesse

1
difícil, mas gratificante, caminho dos concursos públicos em Psicologia.

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PSICOTERAPIA
A psicoterapia era, originalmente, chamada de cura pela fala. Suas origens
estão na medicina antiga, na religião, na cura pela fé e no hipnotismo.

- Final do século 19 = a psicoterapia passou a ser utilizada no tratamento


dos transtornos mentais. Assim, a psicoterapia como profissão teve início no final
do século 19 e no início do século 20. Em seus primórdios, era denominada terapia

41
pela conversa, destacando o aspecto da comunicação verbal como sua principal

3:
:0
característica. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet, 2019)

10
1
02
Definição de psicoterapia: método de tratamento mediante o qual um

/2
07
profissional treinado, valendo-se de meios psicológicos, especialmente a

2/
comunicação verbal, busca, deliberadamente, influenciar um cliente ou paciente,

-2
que o procura para obter alívio para um sofrimento de natureza psíquica. (Cordioli,

om
l.c
Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet, 2019)

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i@
A psicoterapia se distingue de outras modalidades de tratamento por ser,
ut

notadamente, uma atividade colaborativa entre paciente e terapeuta, e não uma


na

ação predominantemente unilateral exercida por um profissional sobre outra


ta
an

pessoa. É diferente, portanto, de uma cirurgia médica. (Cordioli, Alves, Valdivia,


-s

Rocha; in Cordioli, Grevet, 2019)


5
-1
13
.1

A psicoterapia se preocupa com objetivos que extrapolam o âmbito da


99

psicopatologia e do sofrimento psíquico. Isso porque procura estimular o


.1
70

desenvolvimento pessoal e o melhor aproveitamento das capacidades pessoais do


-7

sujeito, em especial no âmbito das relações humanas, buscando atingir um grau


a
an

maior de aprimoramento e satisfação pessoal. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in


Vi

Cordioli, Grevet, 2019)


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Importante saber:
es

• A psicoterapia é realizada em um contexto interpessoal, a relação


ar
So

terapêutica.
a

• O método é fundamentado em um racional ou uma teoria que oferece uma


an

explanação para os sintomas e embasa uma técnica para sua remoção.


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Sa

• Na atualidade, existem inúmeras modalidades distintas de psicoterapias.


• O tratamento é planejado pelo terapeuta com o objetivo de modificar o
transtorno, problema ou queixa.
• O tratamento é adaptado para cada paciente ou cliente em específico.
• A psicoterapia envolve uma interação Face a Face.

(Cordioli, 2008; Cordioli, Grevet, 2019)

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O termo psicoterapia envolve desde as terapias breves de apoio ou


intervenções em crise (destinadas a ajudar o paciente a superar questões
momentâneas), até formas mais complexas, como a psicanálise e a terapia de
orientação analítica (que se propõe a modificar aspectos mais ou menos amplos da
personalidade).

Embora todas as psicoterapias utilizem a comunicação verbal, no contexto de


uma relação interpessoal, as diferentes modalidades de psicoterapias se

41
distinguem quanto a aspectos como:

3:
• objetivos

:0
10
• fundamentos teóricos

1
tempo de duração

02

/2
• treinamento exigido dos terapeutas

07
condições pessoais que cada método exige de seus eventuais candidatos.

2/

-2
• explicação que propõe para justificar a ocorrência dos sintomas e as

om
mudanças que almejam em seus pacientes por meio de seus métodos

l.c
específicos.

ai
gm
i@
Eficácia das psicoterapias: As psicoterapias são eficazes. Elas
ut
na

compartilham o mesmo status de evidência de muitas intervenções para outras


ta

condições de saúde, entre as quais medicamentos e procedimentos


an
-s

intervencionistas. Embora as psicoterapias já sejam estabelecidas como eficazes,


5

ainda é um assunto com grande espaço para novos estudos e melhor compreensão
-1
13

dos fatores que influenciam os resultados.


.1
99
.1

(Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet, 2019)


70
-7

Fatores Comuns e específicos


a
an
Vi
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Boa parte dos efeitos da psicoterapia se deve a um conjunto de fatores que


ze

envolvem:
Be

- Fatores específicos = as técnicas específicas utilizadas, próprias de cada


es
ar

modelo;
So

- Fatores não específicos = comuns a todas as psicoterapias. Também


a
an

chamados de fatores Rogerianos, ou fatores comuns; abrangem o próprio contexto


nt
Sa

interpessoal da terapia: a pessoa do terapeuta (empatia, interesse genuíno); a


qualidade da relação terapêutica (aliança terapêutica e vínculo); e fatores pessoais
do próprio paciente (capacidade de se vincular ao terapeuta, nível educacional,
cultura, crenças, expectativas, motivação e maior ou menor flexibilidade para se
adaptar a cada método específico). Os fatores não específicos são determinantes
para os resultados de todas as psicoterapias.
Assim, os fatores comuns/não específicos podem ser divididos em:

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• Fatores do paciente: a capacidade de estabelecer vínculo e a aliança de


trabalho com o terapeuta é fator fundamental para o bom andamento da
psicoterapia.
• Fatores do terapeuta: Rogers talvez seja o autor que mais valorizou os
fatores do terapeuta. Ele sugeriu que a empatia, o calor humano e a
autenticidade por parte do terapeuta seriam condições necessárias e
suficientes para a mudança terapêutica.
• Fatores da dupla terapeuta-paciente: uma boa relação entre o paciente e o

41
terapeuta é essencial para alcançar mudanças em qualquer técnica de

3:
psicoterapia.

:0
10
1
02
Rogers afirmava que os efeitos da terapia não eram devidos às técnicas

/2
específicas de cada modelo psicoterápico, e sim decorrentes de fatores intrínsecos

07
à relação humana que se estabelecia em qualquer terapia.

2/
-2
om
(Cordioli, 2008; Isolan, Souza, Cordioli, in Cordioli, Grevet, 2019)

l.c
ai
Agentes de mudança comuns às diversas psicoterapias: gm
i@
• Experiência afetiva: clima favorável para expressar e compartilhar emoções
ut
na

e realizar a catarse tornaria o paciente mais passível de ser influenciado pelo


ta

terapeuta;
an
-s

• Aumento das habilidades cognitivas: por meio da aquisição e integração de


5

novos padrões de pensamentos e de percepção e promoção do


-1
13

autoconhecimento;
.1
99

• Regulação do comportamento: tipo de aprendizagem de controle de ações,


.1

de regulação emocional e hábitos e, consequentemente, mudanças de


70
-7

comportamento.
a

• Fatores sociais (interpessoais), grupais ou sistêmicos: em maior, ou menor


an
Vi

grau, as psicoterapias buscam obter mudança por meio de intervenções que


rra

objetivam modificar o ambiente social ou familiar no qual o paciente vive


ze

(sistema), suas formas de interagir com outras pessoas ou, ainda, a


Be

utilização de fatores grupais como ingredientes terapêuticos. (Isolan, Souza,


es
ar

Cordioli, in Cordioli, Grevet, 2019)


So
a
an
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Modelos Gerais de psicoterapia, de acordo com suas orientações teóricas:


Sa

• Modelo Psicanalítico: Considera o determinismo dos conflitos psíquicos


inconscientes e dos mecanismos de Defesa do ego sobre os sintomas
mentais e a conduta humana. Criado por Freud.
O modelo psicodinâmico, ou a psicanálise foi o primeiro modelo de
psicoterapia estruturada. Destaca-se aqui o método da associação livre, em
que o paciente é convidado a falar tudo o que vem em sua cabeça, sem
censura.

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• Modelo comportamental: foco nas formas de comportamento aprendido e


condicionado. Nomes centrais: Pavlov, Watson, Skinner, Wolpe e Bandura.

• Modelo cognitivo: enfatiza o papel de cognições disfuncionais como fator


responsável pelos sintomas, principalmente depressivos e ansiosos.
Desenvolvido por Ellis e Aaron Beck.

41
• Modelo existencial/humanista/centrado na pessoa: Fundamentado na

3:
fenomenologia e no existencialismo. Propõe que o sofrimento humano

:0
10
decorre da perda de significado existencial. Nomes centrais: Carl Rogers e

1
Viktor Frankl.

02
/2
07
Modelo dos fatores comuns ou não específicos: preconiza que a boa

2/

-2
relação, a empatia e o calor humano são suficientes para melhorar os

om
sintomas. Nome central: Jerome Frank.

l.c
ai
gm
• Modelo dos fatores biopsicossociais: fatores biológicos, psicológicos e
i@
sociais determinam as doenças mentais. Há Intervenções específicas para os
ut
na

diferentes fatores, como a terapia interpessoal, a terapia familiar e a terapia


ta

de grupo. Nome central: George Engel. (Catanheira, Grevet e Cordioloi; in


an
-s

Cordioli, Grevet, 2019)


5
-1
13

Principal ingrediente terapêutico nos diferentes modelos de psicoterapia:


.1

➢ Terapias psicodinâmicas = insight (= grau de consciência e


99
.1

entendimento que o paciente tem em relação a seus problemas);


70

➢ Terapias comportamentais = novas aprendizagens;


-7

➢ Terapias cognitivas = correção de pensamentos ou crenças


a
an

disfuncionais;
Vi
rra

➢ Terapias familiares = mudança de fatores ambientais ou sistêmicos;


ze

➢ Terapias de grupo = uso de fatores grupais. (Cordioli, Alves, Valdivia,


Be

Rocha; in Cordioli, Grevet, 2019)


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Aconselhamento Psicológico: Diferencia-se de outras práticas (psicoterapia,


nt

psicoterapia breve), inclusive em relação aos seus objetivos. Não é função do


Sa

aconselhamento promover uma mudança qualitativa da personalidade do


indivíduo atendido. Uma das justificativas do aconselhamento psicológico é a
possibilidade de ser um espaço para o primeiro contato de uma pessoa com um
serviço psicológico, oferecendo um suporte psicológico imediato, uma orientação
psicoeducativa caso haja uma demanda focal do indivíduo em atendimento e,
finalmente, possíveis opções de continuidade de uma atenção psicológica mais
aprofundada, inclusive psicoterapia. (Barros e Holanda, 2007)

Diferenças Psicoterapia e Aconselhamento:

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(a) tempo da intervenção, sendo o aconselhamento mais breve;


(b) complexidade do caso e intensidade do atendimento, sendo a psicoterapia
mais profunda;
(c) demanda apresentada, sendo o aconselhamento mais voltado para situações
contextuais e situacionais;
(d) intervenções em aconselhamento focam a ação, mais do que a reflexão, e são
mais centradas na prevenção do que no tratamento;

41
(e) o aconselhamento é mais focado na resolução de problemas.

3:
:0
10
(SCORSOLINI-COMIN, Fabio. Aconselhamento psicológico e psicoterapia:

1
aproximações e distanciamentos. São Leopoldo, v. 7, n. 1, p. 02-14, jun. 2014)

02
/2
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2/
-2
om
O início da Psicoterapia

l.c
ai
gm
- A fase inicial na psicoterapia é decisiva para a permanência ou não dos
i@
pacientes em tratamento.
ut
na

- Dois aspectos merecem atenção especial do terapeuta na fase inicial da


ta
an

terapia: contrato terapêutico; e formação do vínculo e da aliança terapêutica.


-s
5
-1

A primeira tarefa do início de qualquer psicoterapia é estabelecer uma


13

aliança terapêutica suficientemente forte. Para isso, desde o princípio é necessário


.1
99

que se estabeleça uma colaboração ativa entre paciente e terapeuta, que se


.1
70

expressa sobre a forma de um contrato. Nesse contrato, são estabelecidas regras,


-7

formas de trabalho, metas e objetivos, tarefas, bem como as responsabilidades e


a
an

papéis dos participantes.


Vi

Tarefa principal do terapeuta na fase inicial de adaptação na psicoterapia


rra

envolve conhecer ao máximo seu paciente e proporcionar condições para o


ze
Be

desenvolvimento de uma relação de confiança genuína e de expectativas positivas


es

em relação às possibilidades de resolver os problemas que determinaram a busca


ar

pelo tratamento.
So

A discrepância de expectativas entre paciente e terapeuta em relação aos


a
an

objetivos da terapia, além do desconhecimento em relação ao modo como a terapia


nt
Sa

funciona, são dificuldades que surgem já no início e, se não forem manejados,


podem comprometer o trabalho.

• Contrato terapêutico: parte integrante de início de todas as terapias. É um


acordo entre paciente e terapeuta e em que se definem: o que é terapia; quais seus
objetivos; em que lugar e com que frequência ocorrerão as sessões; os papéis dos
participantes; dentre outros aspectos. O contrato terapêutico deve ser estabelecido
de forma explícita no início do tratamento, mas seguirá as características
específicas, de acordo com as diferentes modalidades de terapia indicadas.

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(Cordioli, 2008)

Aliança terapêutica

• O sucesso de uma terapia depende da formação de um vínculo afetivo e de


confiança, de tal forma que o paciente se sinta acolhido e compreendido em suas
dificuldades. A aliança terapêutica é essencial para todas as formas de terapia.

Está ligada à capacidade de o paciente de estabelecer uma relação de

41
3:
trabalho com o terapeuta, em oposição às reações transferenciais regressivas

:0
10
e à resistência.

1
Existem elementos da terapia que contribuem para a aliança terapêutica.

02
/2
Diante do trabalho interpretativo do terapeuta, o ego do paciente se divide, sendo

07
que uma parte se alinha ao terapeuta na luta contra a outra parte (a que contém as

2/
-2
forças do instinto e da repressão e que, portanto, se opõe ao progresso do

om
tratamento).

l.c
ai
gm
Técnica terapêutica X aliança: i@
- Técnica = baseada e norteada pela teoria Clínica que referencia o
ut

tratamento;
na
ta

- Aliança = representa o quanto terapeuta e paciente estão conseguindo


an

caminhar juntos no processo terapêutico. (Cordioli, 2019)


-s
5
-1
13

A aliança terapêutica representa o componente do relacionamento


.1

paciente-terapeuta não impactado pela transferência; corresponde aos elementos


99
.1

da relação real que atuam na direção dos objetivos terapêuticos.


70

A aliança terapêutica é elemento determinante e comum a todos os tipos de


-7

psicoterapias. Ela se refere ao vínculo paciente-terapeuta, sendo fundamental ao


a
an

trabalho psicoterapêutico.
Vi
rra

- 3 elementos essenciais da Aliança: desenvolvimento de vínculo pessoal


ze

composto por sentimentos positivos recíprocos; acordo sobre os objetivos do


Be

tratamento; acordo sobre as tarefas que cabem ao terapeuta e ao paciente no


es

processo psicoterápico. (Cordioli, 2019)


ar
So
a
an

Greenson (1981) definiu a aliança terapêutica como a parte racional e


nt

intencional dos sentimentos do paciente para com o terapeuta. Para ele, a origem
Sa

da aliança terapêutica está na motivação do paciente para superar sua doença e sua
sensação de desamparo.

Foi Greenson, na década de 1960, quem introduziu o termo “aliança de


trabalho”, focando o aspecto colaborativo da aliança.
Para Greenson, são bases para aliança de trabalho: a motivação do
paciente para superar sua doença; sua sensação de desamparo; sua disposição
consciente e racional para cooperar; sua capacidade de seguir as instruções e os

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insights do analista, disposições que são favorecidas se o paciente apresentar


vivências de relacionamentos de objetos de boa qualidade em sua história.
(Cordioli, 2019)

Embora as definições de aliança terapêutica tenham origem na psicanálise,


ela não é um fator presente apenas nos tratamentos analíticos. A aliança
terapêutica é um fator preditivo quanto aos resultados do tratamento
psicoterápico. (Cordioli, 2008)

41
3:
Luborsky propôs a existência de dois tipos de aliança terapêutica: no Tipo

:0
10
I, predomina, por parte do paciente, a crença de que é o terapeuta quem vai ajudá-

1
02
lo e apoiá-lo, sendo que o paciente receberia passivamente tal ajuda;

/2
Já no Tipo II, a crença do paciente é de que terapeuta e paciente trabalham

07
2/
juntos, sendo ambos responsáveis pela resolução de problemas.

-2
Para o citado autor, a aliança do tipo I é mais importante nas fases iniciais da

om
terapia; já o tipo II, tem maior importância nas fases finais. (Cordioli, 2008)

l.c
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gm
i@
PSICOTERAPIA – FOCOS DE ATENÇÃO NA INFÂNCIA
ut
na
ta
an

Focos de atenção psicoterápica mais relevantes durante a infância:


-s

• 0 a 3 anos = irritabilidade, dificuldade do bebê em ser consolado, problemas


5
-1

alimentares, distúrbios do sono e atraso no desenvolvimento.


13

• Fase pré-escolar (3 a 6 anos) = birras ou comportamentos agressivos,


.1
99

problemas no treinamento esfincteriano, medos e ansiedade e dificuldades


.1

de adaptação à escola.
70
-7

• Fase escolar (6 a 12 anos) = problemas relacionados à escola e


a

aprendizagem.
an
Vi
rra

A infância é um período de desenvolvimento físico e emocional, no qual há


ze

mudanças graduais no comportamento e na aquisição das bases da personalidade,


Be

em especial nos primeiros três anos de vida. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter;
es
ar

in Cordioli, Grevet; 2019)


So
a
an

“Intervenções psicoterápicas na infância costumam apresentar resultados mais


nt
Sa

rápidos e efetivos do que na vida adulta.”

(Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)

AVALIAÇÃO:
• Entrevista com os pais ou responsáveis: em muitos casos, a criança pode
estar sendo emissária de uma patologia familiar mais complexa.

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A primeira parte da entrevista com os pais deve ser livre para que eles
possam introduzir questões mais íntimas, questões essas que um
questionário não atingiria.
Algumas questões importantes de serem investigadas são: rotina
diária; presença de irmãos e o relacionamento com eles; forma como a
criança brinca, por exemplo, se sozinha ou acompanhada; grau de
dependência da criança em cuidados básicos iniciativa E
curiosidade; hábitos de sono e comportamento alimentar; uso de

41
tecnologias; contexto da gravidez (planejamento intercorrências e

3:
parto); primeiro ano de vida (vínculo, amamentação, introdução

:0
10
alimentar); Marcos do desenvolvimento psicomotor (por exemplo,

1
engatinhar, primeiras palavras); o desmame; controle

02
/2
esfincteriano; sensualidade; vida escolar; entre outros fatores. (Zavaschi,

07
Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)

2/
-2
om
• Entrevista com a criança: deve ser realizada em uma sala preparada para

l.c
criança. O material lúdico deve estar à sua disposição. Importante também

ai
gm
que a criança seja previamente orientada e preparada pelos pais. É
i@
fundamental dizer a ela os objetivos, a natureza e a proposta da
ut
na

avaliação. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)


ta
an
-s

• Avaliações complementares: em determinadas situações, avaliações


5

complementares podem ser necessárias. Por exemplo: exames laboratoriais,


-1
13

avaliação clínica com pediatra, avaliação do neurologista, do


.1

fonoaudiólogo, exames de imagem, entre outros. (Zavaschi, Mardini,


99
.1

Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)


70
-7
a
an

FOCOS DE ATENÇÃO NA INFÂNCIA:


Vi
rra

• Distúrbios do sono: Algumas crianças pequenas podem apresentar


ze

dificuldades para iniciar ou conciliar o sono, pesadelos recorrentes, terror


Be

noturno e sonambulismo. Problemas para dormir estão relacionados a uma


es

interação entre fatores biológicos, relações familiares e ambiente físico onde


ar
So

a criança dorme.
a

Terror noturno e sonambulismo fazem parte de uma categoria


an
nt

conhecida como parassonias. No terror noturno, condição comum em


Sa

crianças pequenas, a criança não chega despertar, mas fica com os olhos
abertos, bastante agitada, como se estivesse tendo um pesadelo. Já no
sonambulismo, há deambulação e persistência da diminuição da
consciência, mesmo após o despertar. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter;
in Cordioli, Grevet; 2019)

• Transtornos relacionados à alimentação: são comuns na primeira


infância. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)

| 12
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

• Obesidade: Destaca-se que a obesidade não está incluída no DSM-5. Isso


porque uma gama de fatores genéticos, fisiológicos, comportamentais e
ambientais contribuem para o seu desenvolvimento. Assim, ela não é
considerada um transtorno mental. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in
Cordioli, Grevet; 2019)

• Autismo: também é uma condição comum na primeira infância. O autismo


se define pela presença de dificuldades na comunicação e na interação

41
social, além de interesses, atividades e/ou padrões de comportamento

3:
restritos e repetitivos. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli,

:0
10
Grevet; 2019)

1
02
/2
• Maus-tratos, negligência e Abuso: experiências negativas no início da vida

07
podem levar a consequências graves e permanentes, inclusive com

2/
-2
alterações estruturais no cérebro das crianças. Os estressores não se

om
restringem a questões físicas. Assim, prejuízos emocionais ou psicológicos,

l.c
como a negligência e ausência de figuras de apego, são igualmente tóxicos.

ai
gm
i@
Maus-tratos = é o oposto de cuidado protetor; são “situações
ut
na

potencialmente causadoras de prejuízos nas crianças, entre as quais


ta

ameaças e negligência, havendo falhas na provisão das necessidades básicas


an
-s

para seu desenvolvimento normal”. A exposição à violência, sobretudo o


5

testemunho de agressão entre os pais, também é considerado maus-


-1
13

tratos. Destaca-se também que os maus-tratos incluem abuso físico,


.1
99

negligência, abuso emocional, abuso sexual e exploração infantil. (Zavaschi,


.1

Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)


70
-7
a

• Treinamento do controle esfincteriano e transtornos de eliminação: é


an
Vi

importante que a criança esteja capacitada neurologicamente para iniciar o


rra

treinamento esfincteriano. Mas, não só isso, é preciso também preparo


ze

psicológico e comportamental. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in


Be

Cordioli, Grevet; 2019)


es
ar
So

• Medos e fobias: o medo, a timidez e preocupações transitórias são comuns


a
an

em crianças pequenas, por exemplo, medo de barulho, medo de estranhos.


nt

Já na idade pré-escolar, são comuns medos de criaturas imaginárias e da


Sa

escuridão. Na idade escolar, medos comuns se referem ao desempenho


escolar e a eventos da natureza, como tempestades e terremotos.
Entretanto, a presença de um transtorno de ansiedade deve ser considerado,
quando os sintomas são exagerados e incapacitantes. (Zavaschi, Mardini,
Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)

| 13
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Os transtornos de ansiedade estão entre os problemas mais comuns da


população pediátrica. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli,
Grevet; 2019)

• Birras e comportamento agressivo: São mais comuns em crianças de 3 a 5


anos. São a maior causa de encaminhamento para atendimento
psicoterápico na idade pré-escolar. Esses comportamentos fazem parte do
desenvolvimento da criança, mas isso quando não causam maiores

41
comprometimentos nas relações familiares e sociais. Esses

3:
comportamentos estão relacionados com o desenvolvimento da noção de

:0
10
autonomia da criança, quando a criança começa a se entender como um

1
02
indivíduo com vontades próprias, diferente da dos pais. (Zavaschi, Mardini,

/2
Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)

07
2/
-2
• Transtornos de humor: os principais sintomas de depressão na infância

om
são aspectos triste ou irritável e anedonia. Crianças deprimidas podem

l.c
ai
apresentar comportamentos autodestrutivos, falar em morte e, mesmo, em
gm
suicídio. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)
i@
ut
na

• Transtorno de oposição desafiante: É um tipo de transtorno disruptivo,


ta

caracterizado por um padrão global de desobediência, desafio e


an
-s

comportamento hostil. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli,


5

Grevet; 2019)
-1
13
.1
99

• Recusa escolar: padrões de comportamento que variam entre a completa


.1

ausência ou frequência parcial à escola; até a frequência regular a escola,


70
-7

contudo com grande sofrimento para a criança, com pedidos repetidos de


a

não ir à escola. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet;


an
Vi

2019)
rra
ze

• Dificuldades de aprendizagem: é o principal motivo de procura de


Be

atendimento psicoterápico para crianças em idade escolar. (Zavaschi,


es
ar

Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)


So
a
an

• Deficiência intelectual: crianças com deficiência intelectual levam mais


nt

tempo para aprender a ler e a escrever. No ambiente domiciliar, dependem


Sa

muito mais dos pais. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli,


Grevet; 2019)

• Transtorno do Déficit de Atenção e hiperatividade: caracterizado por


padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que
interfere no funcionamento ou no desenvolvimento da criança, como
aprender a ler ou fazer amigos. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in
Cordioli, Grevet; 2019)

| 14
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

• Bullying: consiste em atos de agressão física, verbal ou moral que ocorrem


de forma repetitiva e não apresentam motivação evidente. Além disso, são
executados por um ou por vários estudantes contra outro, em uma relação
desigual de poder, normalmente dentro do ambiente escolar. O bullying
pode levar a consequências como perda da autoestima, depressão,
abandono da escola e, em casos extremos, suicídio. (Zavaschi, Mardini,
Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)

41
3:
• Uso problemático da tecnologia e da internet: embora seja uma questão

:0
10
mais prevalente nos adolescentes, é crescente o número de crianças que

1
deixam de brincar para ficarem em frente às telas de computadores, tablets

02
/2
ou videogame. A dependência de internet se caracteriza por um uso intenso,

07
é comumente associada a uma perda da noção de tempo, ou mesmo

2/
-2
negligência de atividades básicas. Além disso, também se caracteriza pela

om
necessidade de utilizar a internet por um número cada vez maior de horas.

l.c
(Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)

ai
gm
i@
ut

INTERVENÇÕES PSICOTERÁPICAS NA INFÂNCIA:


na
ta

A participação dos pais é considerada mais necessária, quanto mais jovem


an

a criança e/ou quanto mais complexo o seu quadro clínico. Assim, crianças
-s

maiores de 3 anos apresentam condições de permanecer na sala de


5
-1

atendimento sem a presença dos pais. (Zavaschi, Mardini, Bergmann, Ritter;


13
.1

in Cordioli, Grevet; 2019)


99
.1
70

Uma diferença que marca essa terapia em relação à dos adultos é que o
-7

terapeuta de crianças costuma envolver outros profissionais (como


a
an

pediatra, pedagogo) ou instituições (como a escola, o abrigo). (Zavaschi,


Vi

Mardini, Bergmann, Ritter; in Cordioli, Grevet; 2019)


rra
ze
Be
es

PSICOTERAPIA – FOCOS DE ATENÇÃO NA ADOLESCÊNCIA


ar
So
a
an

A OMS (Organização Mundial da Saúde) situa a adolescência como o


nt

intervalo dos 10 aos 19 anos, mas outras fontes utilizam outros pontos de
Sa

corte (é o caso do ECA, por exemplo, que entende a adolescência dos 12 - 18


anos). (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)
Assim, não há um consenso sobre a delimitação, de modo
operacional, do início e término da adolescência. O que se pode dizer é que
o início da adolescência seria marcado pela puberdade; já seu término, pela
adoção de papéis mais adultos, como casamento e paternidade. (Piccin,
Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)
Nota-se que, a cada geração, a puberdade ocorre cada vez mais
cedo, enquanto o ingresso no mercado de trabalho e a independência

| 15
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

financeira ocorrem cada vez mais tarde. (Piccin, Graeff-Martins, Isolan,


Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)
Diante disso, muitos autores passam a utilizar o conceito de
“jovens”, que engloba tanto adolescentes, quanto os adultos jovens. A
própria Organização Mundial de Saúde utiliza esse termo para se referir ao
período entre 10 e 24 anos. (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli,
Grevet; 2019)

41
A busca por autonomia nos adolescentes engloba a reativação de

3:
conflitos com os pais/cuidadores, assim como a busca por novos modelos de

:0
10
referência. Na adolescência, o sujeito lida com questões como: mudanças

1
02
corporais, formação de uma identidade própria, estabelecimento de

/2
relações sociais significativas. (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in

07
Cordioli, Grevet; 2019)

2/
-2
om
AVALIAÇÃO DO ADOLESCENTE:

l.c
ai
O primeiro contato pode ocorrer por meio da procura dos pais, assim
como pela procura do próprio adolescente. gm
i@
Não há um consenso sobre a primeira entrevista de avaliação ser feita
ut
na

com o adolescente, ou com seus pais. Isso varia da escolha de cada


ta

profissional. (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)


an
-s
5

- Sigilo: é importante estabelecer critérios adequados referentes ao


-1
13

sigilo. O sigilo é fundamental para estabelecer uma aliança terapêutica


.1
99

efetiva. Resguardar a privacidade do adolescente é dever do psicólogo, no


.1

entanto, não se deve negligenciar a dependência que esses adolescentes


70
-7

ainda podem apresentar em relação aos pais. Em situações que envolvem


a

riscos, por exemplo, os pais/responsáveis devem ser comunicados,


an
Vi

preferencialmente, com o consentimento do paciente. Assim, com exceção


rra

desse tipo de situação de risco, não é de costume o terapeuta revelar aos


ze

pais/responsáveis assuntos trazidos pelo filho. Por outro lado, o que for
Be

falado sobre o filho será compartilhado com ele. (Piccin, Graeff-Martins,


es
ar

Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)


So
a
an

- Entrevista com o adolescente: “O psicoterapeuta deve ser mais


nt

flexível na condução de uma entrevista com um adolescente do que com


Sa

outros grupos etários.” (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli,


Grevet; 2019)
É importante que o adolescente seja entrevistado,
preferencialmente, a sós. A entrevista com o adolescente pode ser iniciada
de maneira mais espontânea, com perguntas abertas, sobre temas mais
neutros que envolvem o dia a dia do adolescente. “Deve-se evitar silêncios
prolongados com o adolescente”. (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in
Cordioli, Grevet; 2019)

| 16
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Determinados tópicos devem ser abordados com maior atenção, por


exemplo: características e padrões de relacionamento com os pais,
familiares e pares; agressividade e controle dos impulsos; capacidade de
tolerar frustrações e presença de comportamentos antissociais. Outra
questão importante a ser investigada na entrevista com o adolescente é sua
relação com o uso de jogos eletrônicos, assim como com o uso de drogas e
álcool. Destaca-se também a importância de abordar temas sobre:
sexualidade e os relacionamentos afetivos, bem como sobre a possível

41
presença de comportamentos de autolesão e ideação/plano suicida. (Piccin,

3:
Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)

:0
10
1
- Entrevista com os pais: O objetivo da entrevista com os pais

02
/2
envolve questões como: coleta de informações sobre o motivo da consulta,

07
situação de vida atual e história passada e atual do paciente. (Piccin, Graeff-

2/
-2
Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)

om
“A necessidade de chamar ou não os pais nos casos de adolescentes

l.c
que procuram e comparecem sozinhos a primeira entrevista está sujeita ao

ai
gm
grau de dependência do paciente e À gravidade de sua condição. Como
i@
regra, preferimos, sempre que possível, realizar pelo menos uma entrevista
ut
na

com os pais ou responsáveis.” (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in


ta

Cordioli, Grevet; 2019)


an
-s

Nos casos de adolescentes com condições graves, como uso de


5

drogas, quadros psicóticos, risco de suicídio, entre outras situações, o


-1
13

contato com os pais é imprescindível. c


.1
99
.1

FOCOS DE ATENÇÃO NA ADOLESCÊNCIA:


70

Bullying: o bullying é “uma forma de violência na qual um estudante


-7


é sistematicamente exposto a um conjunto de atos agressivos, que ocorrem
a
an

sem motivação aparente, mas de forma intencional, protagonizada por um


Vi
rra

ou mais estudantes, causando dor e sofrimento, dentro de uma relação


ze

desigual de poder.” No chamado bullying direto, as vítimas são atacadas


Be

diretamente (exemplo: apelidos, agressões físicas, ameaças). Já no indireto,


es

as vítimas estão ausentes (difamação, exclusão e isolamento). De maneira


ar
So

geral meninos estão mais envolvidos no bullying direto, já meninas, no


a

bullying indireto.
an
nt

São muitos os prejuízos e problemas psiquiátricos associados ao


Sa

bullying. Destaca-se que tanto os agressores, quanto as vítimas, e os


agressores-vítimas estão associados a psicopatologias. No grupo das
vítimas, destacam-se problema como sintomas psicossomáticos, ansiedade
e depressão, comportamento suicida, baixa autoestima, solidão e
isolamento social. Já nos grupos dos agressores, ressaltam-se alterações de
conduta relacionadas à agressividade e ao comportamento antissocial,
sintomas de desatenção e hiperatividade, falta de autocontrole e empatia,
dependência/abuso de substância. Por fim, no grupo agressores-vítimas, a
tanto problemas internalizantes quanto externalizantes.

| 17
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Grupo das vítimas - problemas internalizantes


Grupo dos agressores - problemas externalizantes
Grupo agressores-vítimas - problemas internalizantes e externalizantes

Os programas contra a prática de bullying devem ser pensados,


planejados e estruturados considerando-se o contexto da escola, pois é
nesse contexto que costumam ocorrer e se manterem essas práticas. (Piccin,

41
Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)

3:
:0
10
• Sexualidade e gestação: “prover informação e educação sexual é uma

1
02
prática embasada empiricamente para promover saúde e redução de riscos

/2
associados à atividade sexual. Algumas das principais questões envolvem

07
2/
gestação não planejada, doenças sexualmente transmissíveis, abuso sexual

-2
e potenciais consequências emocionais dos comportamentos sexuais dessa

om
fase. (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)

l.c
ai
• gm
Socialização e relações virtuais: Estudos relacionados a esse tema
i@
abordam questões que envolvem, notadamente, o desenvolvimento de
ut
na

identidade e autonomia, além da formação de relações pessoais íntimas e


ta

afiliação. (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)


an
-s
5

Comportamento suicida: Comportamentos de autorização e suicídio são


-1


13

comuns na adolescência, constituindo um dos principais focos de saúde


.1
99

pública nessa faixa etária. Comportamentos suicidas nessa faixa etária são
.1

produtos de uma interação complexa que envolve fatores genéticos,


70
-7

biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Outro fator de risco para os


a

adolescentes é a qualidade do chamado “contágio” que o comportamento


an
Vi

dos pares pode exercer. Outros exemplos de fatores de risco são: divórcio
rra

dos pais, morte parental, história de abuso físico ou sexual, transtorno


ze

mental ou história de comportamento suicida nos pais, bullying e


Be

dificuldades interpessoais.
es
ar

São princípios gerais para psicoterapia com adolescentes sobre risco


So

de suicídio: “ abordar as interações familiares ou aumentar o suporte


a
an

familiar; prover mais sessões de tratamento; abordar o uso de álcool e


nt

drogas quando clinicamente indicado; discutir a motivação para o


Sa

tratamento; quando crise suicida se repetem, iniciar o tratamento


rapidamente (em menos de uma semana) e em maior intensidade ( Várias
sessões por semana); coordenar o tratamento no caso de intervenção com
equipe multidisciplinar.” (Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli,
Grevet; 2019)

•Uso de substâncias: os transtornos por uso de substâncias são de


grande prevalência na adolescência. Adolescentes com transtorno por uso

| 18
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

de substâncias são diferentes dos pacientes adultos em diversos aspectos.


Por exemplo, adolescentes podem ser mais vulneráveis à influência de
amigos e mais vulneráveis aos efeitos das substâncias. Isso devido ao seu
tamanho corporal menor e aos menores níveis de tolerância. adolescentes
podem apresentar também maiores prejuízos cognitivos e emocionais
associados.
“A adolescência é o período de maior confluência de fatores de risco
para o desenvolvimento de transtornos por uso de substâncias.”

41
O tratamento de adolescentes usuários de substâncias promove

3:
melhor prognóstico e as psicoterapias têm papel central nesse contexto.

:0
10
(Piccin, Graeff-Martins, Isolan, Kieling; in Cordioli, Grevet; 2019)

1
02
/2
07
2/
-2
PSICOTERAPIA DE APOIO

om
l.c
ai
- PSICOTERAPIA DE APOIO: mais orientada à supressão do conflito inconsciente e
gm
ao reforço das defesas; NÃO é uma forma mais simples de Psicoterapia; terapeuta
i@
mais ativo. (GABBARD, Glen O.. Psiquiatria Psicodinâmica na Prática Clínica)
ut
na
ta
an

Em Cordioli (2008), a psicoterapia de apoio é muito utilizada em momentos


-s

de crise e descompensação temporária, tendo como objetivo restaurar ou reforça


5
-1

as defesas e integrar capacidades que foram prejudicadas. O terapeuta oferece


13

apoio, auxílio e esclarecimento para a solução do problema.


.1
99
.1

- INTERVENÇÕES EM PSICOTERAPIA DE APOIO:


70
-7
a

• Educação: amplia o autoconhecimento; objetivo de aliviar os sintomas


an
Vi

mediante o aumento da capacidade de controlá-los;


rra

• Clarificação: reforçar as defesas do ego;


ze

• Confrontação: aumentar a integração dos processos mentais;


Be

• Aconselhamento, sugestão, persuasão, reafirmação: objetiva reduzir os


es
ar

sintomas como insegurança e ideias de desvalia, promovendo a autoestima


So
a
an

• Controle ativo: uso da autoridade assumindo, temporariamente, funções


nt

decisórias; objetivo de restabelecer o controle em situações emergenciais e


Sa

afastar situações estressantes


• Confrontação: promoção do autoconhecimento e do juízo de
realidade; objetivo de aumentar a capacidade de discriminar a realidade
interna da externa e reduzir afetos e condutas inadequadas ou
incongruentes
• Ventilação: busca o controle de afetos intensos e reprimidos mediante sua
expressão verbal; objetivo de aliviar os sintomas e melhorar a relação entre
paciente e terapeuta. (Cordioli, 2008)

| 19
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comumente, a psicoterapia de apoio foi significada de forma depreciativa,


“como não sendo mais do que uma prestação de conforto, consolo, “tapinha nas
cos-tas”, palavras amáveis, etc., portanto, como algo muito fácil de ser feito”.
Zimerman (1999), por outro lado, destaca que uma adequada psicoterapia de apoio
de base analítica não se trata disso. Pelo contrário, ela exige “um bom preparo do
terapeuta, porquanto ele tem a difícil tarefa de discriminar e localizar a, muitas
vezes oculta, “parte sadia e forte” do seu paciente, de reforçar os mecanismos

41
defensivos do ego mais desenvolvidos, de modo a propiciar-lhe condições para

3:
confrontar e enfrentar o seu lado “frágil e doente”, sem necessariamente ter de

:0
10
aprofundar na dinâmica dos conflitos pulsionais inconscientes.” (Zimerman, 1999).

1
02
/2
07
2/
PSICOTERAPIA DE GRUPO

-2
om
l.c
Foi notadamente durante a segunda guerra mundial, quando as questões de

ai
gm
psiquiatria eram avassaladoras e as equipes hospitalares eram limitadas, que o
i@
tratamento em grupo teve um grande desenvolvimento.
ut
na
ta

Além das vantagens de uma relação custo-benefício mais favorável, a terapia


an
-s

em grupo tem fatores próprios, que não existem na terapia individual. (Cordioli,
5

2008)
-1
13
.1

Grupos operativos
99
.1
70
-7

Atenção! Já caiu em prova!


a
an
Vi

- Grupos Operativos = voltados para a realização de tarefas objetivas, num


rra

modo de intervenção, organização e resolução dos problemas grupais, que


ze

começou a ser sistematizada por Pichon- Rivière.


Be
es
ar

- Grupos Operativos = conjunto de pessoas com um objetivo comum. A


So

teoria e a técnica de grupos operativos têm objetivos, problemas, recursos e


a
an

conflitos que devem ser estudados e considerados pelo próprio grupo à medida que
nt
Sa

vão aparecendo. Serão examinados em relação à tarefa e em função dos objetivos


propostos.

- O grupo operativo não se centra nos indivíduos, nem no grupo enquanto


totalidade, mas na relação que os integrantes mantêm com a tarefa.

Os grupos operativos buscam operar em uma determinada tarefa, sem que


haja uma precípua finalidade psicoterápica. A tarefa é uma atividade – individual
ou coletiva – que se dirige de certas necessidades a certos objetivos específicos.

| 20
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Pichon Rivière construiu o "esquema conceitual referencial operativo"


(ECRO), considerando diversos fatores, tanto conscientes como inconscientes, que
regem a dinâmica de qualquer campo grupal, e que se manifestam em três áreas:
mente, corpo e mundo externo.
Principais conceitos: Teoria dos vínculos; formação de papéis; esquema
corporal; modelo do cone invertido; verticalidade (história de cada indivíduo) e
horizontalidade (aqui e agora da totalidade grupal); pré-tarefa; 3 “d” (depositante,
depositário e depositado das ansiedades básicas).

41
A atividade do coordenador dos grupos operativos deve ficar centralizada na

3:
tarefa. Intervenções de ordem interpretativa cabem somente quando os fatores

:0
10
inconscientes inter-relacionais venham ameaçar a evolução exitosa do grupo.

1
02
/2
Tais grupos cobrem os seguintes campos:

07
2/
-2
1. Grupos de ensino-aprendizagem: ideologia fundamental: “o essencial é

om
aprender a aprender”; seu lema é “mais importante do que encher as cabeças com

l.c
conhecimentos é formar cabeças”.

ai
gm
i@
2. Institucionais: esses grupos estão, crescentemente, sendo utilizados em
ut

sindicatos, escolas, empresas, instituições, quartéis, entre outros; finalidade:


na
ta

“promover uma integração entre os diferentes escalões e ideologias, especialmente


an

no que diz respeito ao dificílimo problema da comunicação.”


-s
5
-1

3. Comunitários: “consistem em programas voltados para a promoção da saúde


13
.1

mental de comunidades, como pode ser exemplificado com grupos de crianças ou


99

adolescentes normais, gestantes, pais e filhos, líderes da comunidade, entre


.1
70

outros.”
-7
a
an

4.Grupos Terapêuticos: “visam fundamentalmente a uma melhoria de alguma


Vi

situação de patologia dos indivíduos, quer seja estritamente no plano da saúde


rra

orgânica, quer na do psiquismo, ou em ambos ao mesmo tempo.”


ze
Be
es

Zimerman (2007) destaca a distinção entre Grupo Operativo e Grupo Terapêutico.


ar

Por outro lado, o autor ressalta que, na prática, essa distinção não é perfeita. Isso
So

porque grupos operativos costumam propiciar um benefício psicoterápico; assim


a
an

como os grupos psicoterápicos se utilizam do esquema referencial operativo.


nt
Sa

(ZIMERMAN, 2007; ZIMERMAN, 2000)

A abordagem de trabalho em grupo chamada Grupos Operativos foi


desenvolvida por Pichon-Riviere. Para Saidon (1982), o grupo operativo é
caracterizado “por estar centrado, de forma explícita, em uma tarefa que pode ser
o aprendizado, a cura (no caso da psicoterapia), o diagnóstico de dificuldades etc.
Sob essa tarefa, existe outra implícita subjacente à primeira, que aponta para a
ruptura das estereotipias que dificultam o aprendizado e a comunicação.”

| 21
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

O grupo operativo configura-se como um modo de intervenção, organização


e resolução de problemas grupais, baseado em uma teoria denominada “Teoria do
Vínculo.” Essa abordagem é utilizada em diversos campos, como o organizacional,
assim como nas áreas de saúde e educação.

“Por meio de sua aplicação, é possível acompanhar determinado grupo


durante a realização de tarefas concretas e avaliar campo de fantasias e
simbolismos encobertos nas relações pessoais e organizacionais dos seus
diferentes membros.”

41
3:
:0
10
(Bock, Furtado, Teixeira; 2018)

1
02
Técnica do grupo operativo -> pressupõe a tarefa explícita (aprendizagem,

/2
07
diagnóstico ou tratamento), a tarefa implícita (o modo como cada integrante

2/
-2
vivencia o grupo) e o enquadre, que são os elementos fixos (o tempo, a duração, a

om
frequência, a função do coordenador e do observador).

l.c
ai
gm
Pichon-Rivière utiliza uma representação para mostrar o movimento de
i@
estruturação, desestruturação e reestruturação de um grupo, que é o cone
ut

invertido.
na
ta
an
-s
5
-1
13
.1
99
.1
70
-7
a
an
Vi
rra
ze

- Pertença = sensação de sentir-se parte;


Be
es
ar

- Cooperação = ações com o outro;


So
a
an

- Pertinência = eficácia com que se realizam as ações;


nt
Sa

- Comunicação = processo de intercâmbio de informação;

- Aprendizagem = preensão instrumental da realidade;

- Telé = distância afetiva (positiva-negativa).

Mudança = objetivo primordial de todo grupo operativo, envolve todo um


processo gradativo, no qual os integrantes do grupo passam a assumir diferentes
papéis e posições frente à tarefa grupal.

| 22
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Momento da pré-tarefa = resistências dos integrantes do grupo ao contato


com os outros e consigo mesmo, na medida em que o novo, o grupo, gera ansiedade
e medo, medo de perder o próprio referencial, de se deparar com algo que possa
surpreender e por sua vez suspender suas velhas e cômodas certezas acerca de si e
do mundo. A partir do momento em que é possível elaborar as ansiedades básicas,
romper com as estereotipias, abrir-se para o novo e o desconhecido, pode-se dizer
que o grupo está na tarefa.

Tarefa = trajetória que o grupo percorre para atingir seus objetivos, ela está

41
3:
relacionada ao modo como cada integrante interage a partir de suas próprias

:0
10
necessidades. Compartilhar essas necessidades em torno dos objetivos comuns do

1
grupo pressupõe flexibilidade, descentramento e perspectiva de abertura para o

02
/2
novo. Quando o grupo aprende a problematizar as dificuldades que emergem no

07
momento da realização de seus objetivos, podemos dizer que ele entrou em tarefa,

2/
-2
pois a elaboração de um projeto comum já é possível e este grupo pode passar a

om
operar um projeto de mudanças.

l.c
ai
gm
(BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos-operativos à luz de
i@
Pichon-Rivière e Henri Wallon, 2010)
ut
na
ta
an
-s

- Conteúdo emergente do próprio grupo (Pichon-Rivière, 2005) = “ao se


5
-1

propor determinado grupo, com determinada tarefa e objetivos, tende-se a certa


13
.1

rigidez e inflexibilidade, não permitindo que o conteúdo emergente do grupo,


99

aquilo que o próprio grupo traz como conteúdo latente, seja revelado e colocado
.1
70

em pauta. Se tal característica prevalecer, teríamos configurado apenas um


-7

agrupamento de pessoas, sem nenhum sentimento verdadeiro de valor e


a
an

pertencimento grupal.”
Vi
rra

Segundo Pichon-Rivière (2005), o grupo operativo ocorre por um conjunto


ze
Be

de pessoas movidas por necessidades semelhantes que se reúnem em torno de


es

uma tarefa específica ou objetivo compartilhado, em que cada participante, com


ar

suas peculiaridades, expressa suas opiniões, defende pontos de vistas ou


So

simplesmente, fica em silêncio (FREIRE, 2000).


a
an
nt
Sa

Atenção! Grupo operativo -> caracteriza-se pela relação que seus integrantes
mantêm com a tarefa.

“As finalidades e propósitos dos grupos operativos estão centrados na solução de


situações estereotipadas, dificuldades de aprendizagem e comunicação,
considerando a ansiedade vivenciada diante da perspectiva de mudança que se
opera” (OSÓRIO, 2003).

| 23
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

“O grupo operativo tem, portanto, a proposta de mobilizar um processo de


mudança, que passa fundamentalmente pelo manejo de medos básicos, da perda
e do ataque. Assim, visa fortalecer o grupo favorecendo uma adaptação ativa à
realidade a partir do rompimento de estereótipos, revisão de papéis sociais,
elaboração das perdas cotidianas e superação das resistências a mudanças.”

Na dinâmica do processo grupal, Pichon-Rivière (1998) estabelece cinco papéis que


constituem um grupo:

41
3:
- O líder de mudança: é aquele que leva a tarefa adiante, enfrenta conflitos e busca

:0
10
soluções, arrisca-se diante do novo.

1
02
- O líder de resistência: puxa o grupo para trás, freia avanços, ele sabota as tarefas

/2
07
levantando as melhores intenções de desenvolvê-las, mas poucas vezes as cumpre.

2/
-2
O líder de resistência muitas vezes atua em um contraponto interessante ao líder de

om
mudança quando se descuida de parâmetros de realidade ao promover mudanças,

l.c
estabelecendo equilíbrio ao grupo.

ai
gm
i@
- O bode expiatório: assume as culpas do grupo, isentando-o dos conteúdos que
ut

provocam medo, ansiedade, etc.


na
ta
an

- O representante do silêncio: assume as dificuldades dos demais para estabelecer


-s

a comunicação, obrigando o resto do grupo a falar.


5
-1
13
.1

- O porta-voz: é aquele que denuncia a enfermidade grupal, fazendo emergir as


99

ansiedades grupais. É neste papel que o sujeito expressa os conflitos latentes do


.1
70

grupo.
-7
a
an

(Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Vi

Atenção Básica. Saúde mental / Brasília: Ministério da Saúde, 2013)


rra
ze
Be
es
ar

Técnicas:
So
a

Os grupos podem ser de pacientes internos ou externos a uma dada


an

instituição; podem ter uma duração limitada ou serem abertos e permanentes;


nt
Sa

podem também se distinguir quanto aos objetivos e quanto à orientação teórica.

➢ Nos grupos de orientação psicanalítica, o terapeuta focaliza as suas


intervenções na análise dos fenômenos transferenciais e na interpretação das
defesas e da resistência. Os grupos de orientação psicanalítica podem seguir
distintos enfoques:
- Psicanálise no grupo: o psicanalista trabalha de forma muito semelhante à
da psicanálise individual;

| 24
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

- Psicanálise do grupo: o grupo é visto como um todo e são trabalhados os


chamados supostos básicos de Bion (dependência, luta, fuga e acasalamento);
- Psicanálise por meio do grupo: enfoca as comunicações inconsciente ou
consciente, verbais ou não verbais dos participantes. Sendo que podem ter,
eventualmente, um enfoque mais eclético.

➢ Grupos com enfoque cognitivo-comportamental têm objetivos claros e


são estruturados. São voltados para o tratamento de determinados problemas e

41
sintomas, ou para o manejo de determinadas situações médicas.

3:
Nesses grupos, costuma haver a verificação inicial do humor ou dos

:0
10
sintomas, a revisão das tarefas de casa, o uso da psicoeducação e de exercícios, e o

1
estímulo ao registro e automonitoramento.

02
/2
07
➢ Nos Grupos de auto-ajuda, o objetivo é prestar ajuda psicológica a

2/
-2
pacientes, ou aos familiares de pacientes, que têm um problema ou situação em

om
comum, oferecendo apoio mútuo.

l.c
ai
gm
Os candidatos à terapia de grupo devem ter um bom nível de motivação para
i@
participar e envolver-se emocionalmente, capacidade de se revelar, capacidade de
ut
na

se solidarizar e empatizar com os problemas de outros.


ta
an
-s

• Contraindicações da terapia de grupo: incompatibilidade com as normas


5

do grupo; pacientes que não toleram o setting grupal (por exemplo: fóbicos sociais);
-1
13

incompatibilidade grave com um ou mais membros do grupo; tendência a assumir


.1

um papel desviantes dos demais membros do grupo; ausência de controle de


99
.1

impulsos agressivos e tendências destrutivas (como transtorno borderline,


70

histriônico, antissocial); ansiedade, depressão ou sintomas psicóticos graves;


-7

dificuldades sérias de empatizar ou se expor (como transtorno da personalidade


a
an

esquizotípica ou paranoide); incapacidade de estabelecer uma relação honesta, de


Vi
rra

laços afetivos e de lealdade para com o grupo (caso da personalidade antissocial,


ze

por exemplo). (Cordioli, 2008)


Be
es
ar
So
a

Histórico e principais contribuições:


an
nt

Os primeiros relatos do uso psicoterapêutico de grupos apareceram nos


Sa

Estados Unidos, feitos por médicos que visavam à psicoeducação.


A partir de 1930: ainda nos Estados Unidos, surgem relatos de grupos que
visavam não mais ao ensino da educação, mas sim ao insight. Os enfoques eram
variados, como grupos psicodinâmicos e de psicodrama e derivados de psicologia
humanística: terapia da Gestalt (Perls), análise transacional (Berne) e grupos de
encontro (Rogers).
1911 = o psiquiatra Jacob Moreno lançou o psicodrama, que utilizava
técnicas do teatro para buscar uma visualização cênica dos conflitos intrapsíquicos.

| 25
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A partir de 1936 = Kurt Lewin cria “laboratórios sociais” com a finalidade de


descobrir as leis grupais gerais. Ele criou a expressão dinâmica de grupo e foi o
principal nome da vertente sociológica grupal.
Década de 1940: a psicoterapia de grupo se expande, notadamente devido
a Segunda Guerra Mundial. Surgiram os trabalhos de Bion, nos quais ele
conceitualizava o grupo como um organismo com vida mental própria e que
funcionava em dois planos: o consciente (o grupo de trabalho) e o inconsciente
(com seus três pressupostos básicos: a dependência, luta e fuga e acasalamento).

41
Anos depois, Foulkes inicia a prática da psicoterapia psicanalítica de grupo

3:
com enfoque gestáltico. Ele introduziu o conceito de Matriz dinâmica grupal.

:0
10
Década de 60: nome de destaque neste período foi o Pichon Riviere, que

1
estudou a dinâmica dos grupos operativos, que são grupos voltados para tarefas

02
/2
objetivas, como a tarefa de ensino-aprendizagem.

07
Década de 70: surgem as contribuições de Irving Yalom, psiquiatra

2/
-2
americano com enfoque humanista-existencialista. Yalom destacava as

om
experiências de aprendizagem interpessoal na interação do grupo. É o responsável

l.c
pela elaboração dos chamados fatores terapêuticos grupais.

ai
gm
1977 = no Brasil, o psicanalista David Zimerman acrescenta aos três tipos
i@
de vínculos descritos por Bion (amor, conhecimento, ódio) um quarto tipo: o vínculo
ut
na

do reconhecimento. Esse conceito está ligado ao sentimento de pertinência.


ta
an
-s

Dinâmica Grupal:
5
-1
13

Existem características psicológicas intrínsecas aos grupos. O conjunto


.1
99

dessas características se denomina dinâmica grupal e ocorre em todos os grupos


.1

humanos, independentemente da sua finalidade.


70
-7

O terapeuta precisa compreender essas características, a fim de minimizar


a

seus efeitos obstrutivos e maximizar os seus efeitos catalisadores de mudanças e de


an
Vi

crescimento.
rra
ze

Algumas dessas características são:


Be

➢ um grupo não é a soma de seus membros. Ao invés disso, ele constitui uma
es
ar

nova entidade que tem leis e uma cultura própria.


So
a
an

➢ grupos funcionam em dois planos que se superpõem ou predominam de


nt

forma alternada. Um dos planos é o plano consciente (denominado por Bion de


Sa

grupo de trabalho), em que os participantes estão, de comum acordo, voltados para


realização de uma tarefa. Já o outro plano é constituído pela interferência de fatores
inconscientes (os supostos básicos), em que desejos reprimidos, ansiedade e
defesas podem interferir ativamente na realização da tarefa proposta.

➢ os grupos estão constantemente em movimento, apoiados em duas forças


opostas: uma tendendo a sua coesão, e a outra tendendo a sua desintegração. A
coesão do grupo (um dos fatores terapêuticos de acordo com Yalom) inclui

| 26
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

sentimentos como os de pertinência (ideia de “vestir a camisa” do grupo) e o de


pertencimento (em que cada pessoa é reconhecida pelos outros como membro do
grupo, "o meu grupo").

➢ o grupo busca um estado de equilíbrio, a homeostasia, tentando manter a


ansiedade em nível tolerável. Quando esse equilíbrio não ocorre, surgem conflitos
no grupo, expresso por reações como subgrupos, perda de coesão, saída de
participantes, surgimento dos bodes expiatórios, ou mesmo a própria dissolução do

41
grupo.

3:
:0
10
➢ acontecimento marcante no campo grupal é a ressonância, na qual um

1
acontecimento, ou uma emoção comunicada ao grupo, vai ressoar nos demais

02
/2
participantes, produzindo uma associação com significado afetivo equivalente. A

07
ressonância é o equivalente grupal da livre Associação de ideias, a qual ocorre em

2/
-2
um tratamento individual.

om
l.c
➢ outro importante conceito é o de galeria de espelhos, de acordo com ele,

ai
gm
cada participante pode refletir nos outros, e ter refletidos pelos outros, os vários
i@
aspectos de sua imagem social e psicológica.
ut
na
ta

Grupos de autoajuda
an
-s
5
-1

A coordenação nestes grupos ocorre por pessoas que pertencem à mesma


13

categoria diagnóstica, ou possuam os mesmos problemas de saúde dos demais


.1
99

integrantes. Dessa forma, o coordenador, neste tipo de grupo, é, em geral, uma


.1

pessoa leiga. Ainda assim, é importante que o coordenador esteja capacitado para
70
-7

desempenhar seu papel, inclusive para identificar a necessidade de acionar um


a

suporte profissional.
an
Vi

É possível haver orientação de um profissional, mas a participação desse


rra

profissional seria não diretiva. Ou seja, o profissional não participa dos


ze

encontros, embora permaneça disponível como referência. Comumente, a


Be

formação dessa modalidade de grupo surge a partir do incentivo de um


es
ar

profissional.
So

A coordenação pode até vir a ser feita por um profissional de saúde, desde
a
an

que tal profissional apresente a mesma doença ou mesmo problema que é fator
nt

comum a todos os integrantes do grupo. (Heldt, Behenck, Wesner; in Cordioli,


Sa

Grevet; 2019)

“Diferentemente de outros grupos de psicoterapia, nos grupos de autoajuda,


o coordenador não faz interpretações, e sim afirmações solidárias e positivas.”

Exemplo amplamente conhecido de grupo de autoajuda é o grupo de


alcoólicos anônimos.

| 27
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Princípios básicos de um grupo de autoajuda: aceitação de


responsabilidade, participação voluntária, concordância na mudança
pessoal, anonimato e confidência.
Fatores terapêuticos dos grupos de autoajuda: universalidade (grupo
reassegura que os participantes não estão sozinhos) ;
orientação (psicoeducação); aprendizagem interpessoal (aprender pela
observação dos outros); identificação (integrantes usam a mesma linguagem e
compartilham as mesmas vivências); coesão grupal (alianças entre os

41
membros); Autocompreensão (quanto maior o enfrentamento com a realidade,

3:
maior a possibilidade de condutas saudáveis entre os membros).

:0
10
1
Os assuntos se iniciam e se encerram durante uma mesma sessão. Isso

02
/2
porque o grupo é aberto, e tal estruturação facilita o acompanhamento do processo

07
terapêutico por parte de novos integrantes. Logo no início da sessão, há a

2/
-2
apresentação de novos membros e o relato dos participantes sobre o decorrer dos

om
últimos dias.

l.c
Normalmente, os grupos são abertos e acessíveis, permitindo a entrada e a

ai
gm
saída de membros a qualquer momento. i@
A principal indicação dos grupos de autoajuda é a apresentação do
ut
na

problema-alvo. Em relação à contra indicação, ela vale para pessoas com déficit
ta

cognitivo e as que não se enquadram na estrutura grupal, ou que possam


an
-s

desempenhar um papel desagregador no grupo. (Heldt, Behenck, Wesner; in


5

Cordioli, Grevet; 2019)


-1
13
.1
99
.1

ZIMERMAN:
70
-7
a
an

Atenção! Já foi questão de prova!


Vi
rra

No campo grupal, as manifestações transferenciais são mais complexas que


ze
Be

no campo individual, surgindo as chamadas transferências cruzadas.


es

Assim, há a possibilidade de instalação de 4 tipos e níveis de transferência


ar

nos grupos: de cada indivíduo para com seus pares; de cada um em relação à figura
So

do terapeuta; de cada um para o grupo como totalidade; e do todo grupal em


a
an

relação ao terapeuta.
nt
Sa

O grupo terapêutico comporta-se como uma estrutura em que há uma


distribuição complementar de papéis e de posições. Em cada papel, condensam-se
as expectativas, as necessidades e as crenças irracionais de cada membro do grupo
e que compõem a fantasia básica inconsciente comum a todo o grupo.
Nos grupos, de uma forma geral, há um permanente jogo de atribuição e de
assunção de papéis. Um indicador de que está havendo uma boa evolução grupal é
quando os papéis deixam de ser fixos e estereotipados e adquirirem uma
plasticidade intercambiável.

| 28
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Ao longo da evolução de um grupo, os papéis que mais normalmente


costumam ser adjudicados e assumidos pelos seus membros são:

1. Bode expiatório = toda maldade do grupo fica depositada em um sujeito


que, se tiver uma tendência prévia, será depositário, até vir a ser expulso. Diante
disso, o grupo tende a buscar um novo bode expiatório.
Em outras situações, o grupo modela um bode expiatório sobre a forma de
um “bobo da corte”, que diverte a todos e que, por isso mesmo, ao invés de ser

41
expulso, o grupo faz questão de conservá-lo.

3:
2. Porta-voz = o portador deste papel mostra aquilo que o restante do

:0
10
grupo pode estar, de forma latente, pensando ou sentindo. Forma comum de porta-

1
voz é o indivíduo contestador. Cabe ao terapeuta discriminar quando tal

02
/2
contestação é obstrutiva, ou quando, de fato, pode ser necessária e construtiva.

07
3. Radar = esse indivíduo capta os primeiros sinais de ansiedade, antes dos

2/
-2
demais membros do grupo. Também é conhecido como “caixa de ressonância”,

om
devido a não ter condições de processar simbolicamente o que captou, a pessoa

l.c
pode expressar essas ansiedades por meio de somatizações, abandono da terapia,

ai
gm
e crises explosivas, por exemplo. i@
4. Investigador = o sujeito provoca uma perturbação no campo grupal. Por
ut
na

meio de um jogo de Intrigas.


ta

5. Atuador pelos demais = o grupo delega a uma pessoa a função de


an
-s

executar aquilo que lhes é proibido, por exemplo, traição conjugal, sedução ao
5

terapeuta.
-1
13

6. Sabotador = o sabotador cria obstáculos ao andamento exitoso da tarefa


.1

grupal, em geral é assumido por um sujeito invejoso.


99
.1

7 Vestal = aquele que zela pela manutenção da moral e dos bons costumes.
70

Existe o risco desse papel ser assumido pelo próprio terapeuta


-7

8 Líder = o papel surge em dois planos. No primeiro, o papel é naturalmente


a
an

designado ao terapeuta. No segundo, o líder surge espontaneamente entre os


Vi
rra

membros do grupo. (Zimerman, 2007).


ze
Be

Os grupos psicoterápicos podem ser subdivididos em quatro linhas de


es
ar

utilização da dinâmica grupal:


So

1. A corrente psicodramática.
a
an

2. Teoria sistêmica: partem do princípio de que os grupos funcionam


nt

como um sistema, onde cada pessoa influencia e é influenciada pelas demais.


Sa

Ex. terapia de família e a terapia com casais.


3. Cognitivo-comportamental: visa a três objetivos principais:
uma reeducação - em nível consciente - das concepções errôneas do paciente;
um treinamento de habilidades comportamentais e uma modificação no estilo de
viver.
4. Corrente psicanalítica: embora sejam muitas as correntes teórico-
técnicas, dentro da própria psicanálise, não é menos verdade que todas elas
convergem para os três princípios básicos que Freud formulou como constituindo o
cerne da psicanálise: a presença das resistências, da transferência e da

| 29
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TTP e Personalidade

interpretação. (ZIMERMAN, David. A importância dos grupos na saúde, cultura e


diversidade. Vínculo, São Paulo, v. 4, n. 4, p. 1-16, dez. 2007)

YALOM, I.D.; LESZCZ


Na obra “Psicoterapia de Grupo: Teoria e Prática” (YALOM, I.D.; LESZCZ, M.,
2006) alguns pontos são destacados:

41
3:
:0
- O foco dos processos grupais terapêuticos não é a “cura”, mas a mudança

10
e o crescimento pessoais, balizados pelos denominados “fatores terapêuticos”.

1
02
Isso porque o produto da psicoterapia NÃO é a cura, mas a mudança ou o

/2
crescimento.

07
2/
-2
Atenção! NÃO se tratam de “fatores curativos”, mas de “fatores terapêuticos”.

om
l.c
ai
- Enfoque interdisciplinar;
gm
i@
ut

- Universalidade da aplicação dos princípios gerais da práxis grupal


na

terapêutica; (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006.)


ta
an
-s

“Nada, nenhuma consideração técnica, tem precedência sobre a atitude do


5
-1

terapeuta (que deve ser de interesse, aceitação, genuidade, empatia).”


13
.1
99

“Os terapeutas são treinados para se tornarem farejadores de patologias,


.1
70

especialistas na detecção de fraquezas. Eles muitas vezes se sensibilizam tanto para


-7

questões de transferência e contratransferência que não se permitem ter


a
an

comportamentos solidários e basicamente humanos com seus pacientes.”


Vi
rra

(YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)


ze
Be
es

- A terapia de grupo foi introduzida na década de 1940. Foi durante a


ar
So

Segunda Guerra Mundial que o tratamento psicoterapêutico em grupo teve um


a

grande desenvolvimento. Nesse contexto, o enorme número de pacientes


an

psiquiátricos do exército, somado com a escassez de psicoterapeutas treinados,


nt
Sa

tornaram a terapia individual impraticável e catalisaram a busca por modos de


tratamento mais econômicos. Assim, a terapia em grupo permitia que os
psicoterapeutas atingissem muitas pessoas.

- A multiplicidade de formas é tão evidente que faz mais sentido falar de


“terapiaS de grupo” do que “terapia de grupo”.

| 30
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

- Os cenários clínicos, bem como as abordagens técnicas (cognitivo


comportamental, psicoeducacional, interpessoal, gestalt, de apoio expressivo,
psicanalítica, dinâmica-interacional, psicodrama ...) são variadas;

-Embora sejam inúmeras as abordagens, formas e cenários, os mecanismos


de mudança são de número limitado e são notavelmente semelhantes nos
diferentes grupos.

41
- Grupos de treinamento experimental (ou grupos de processo) e grupos de

3:
auto-ajuda (ou apoio mútuo), como os Alcoólicos Anônimos, NÃO são grupos de

:0
10
terapia formais, mas, muitas vezes, são terapêuticos e “permeiam os limites

1
nebulosos entre crescimento pessoal, amparo, educação e terapia.”

02
/2
07
- “A interação interpessoal no aqui-e-agora é crucial para a terapia de

2/
-2
grupo efetiva.” Em grupos de terapia potentes, as pessoas podem interagir

om
livremente entre si, ajudando-os a identificar e entender o que há de errado em suas

l.c
interações e, finalmente, possibilitando que mudem padrões mal-adaptativos.

ai
gm
Assim, “o foco interacional é o motor da terapia de grupo.” i@
“Quando o grupo de terapia se concentra no aqui-e-agora, ele
ut
na

aumenta seu poder e sua efetividade” (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006.)
ta
an
-s

- “A terapia de grupo tem um longo e comprovado registro como uma forma


5

bastante efetiva e produtiva de psicoterapia. Ela é tão produtiva quanto a terapia


-1
13

individual e, em alguns casos, até mais, particularmente quando o apoio social e a


.1

aprendizagem sobre relacionamentos interpessoais são objetivos fundamentais do


99
.1

tratamento.” (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006.)


70
-7

- São regras básicas: a honestidade e confidencialidade. (YALOM, I.D.;


a
an

LESZCZ, M., 2006)


Vi
rra
ze

- “Os terapeutas de grupo comprometem-se a manter total


Be

confidencialidade, exceto em uma situação: quando houver risco imediato de uma


es

ameaça grave para um membro do grupo ou para outra pessoa” (YALOM, I.D.;
ar
So

LESZCZ, M., 2006)


a
an
nt

- Em geral, conselhos diretos de membros do grupo e dos terapeutas não são


Sa

produtivos. De forma geral, discussões gerais de temas como esportes e política


também não ajudam. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

- O grupo de terapia é um laboratório social, ou seja, “um lugar em que se


adquirem as habilidades necessárias para desenvolver relacionamentos
significativos e satisfatórios”. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

- O grupo NÃO é um lugar para conhecer pessoas e fazer


amigos. Pelo contrário, se o grupo for usado como fonte de amigos, ele perde a sua

| 31
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

efetividade terapêutica. Ou seja, “o grupo de terapia ensina


como desenvolver relacionamentos íntimos de longa duração, mas não
proporciona esses relacionamentos. Ele é uma ponte e não um destino. Ele não é a
vida, mas um ensaio geral para a vida.” (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

- A tarefa primária na terapia de grupo é “explorar inteiramente os


relacionamentos com cada um e com todos os membros do grupo”. (YALOM, I.D.;
LESZCZ, M., 2006)

41
3:
:0
10
- A terapia de grupo oferece a oportunidade de:

1
02
/2
07
Receber e oferecer apoio e feedback.

2/
-2
om
l.c
ai
Melhorar os relacionamentos e a comunicação interpessoal.
gm
i@
ut
na

Experimentar com novos comportamentos interpessoais.


ta
an

Falar honesta e diretamente sobre sentimentos.


-s
5
-1

Adquirir insight e compreensão dos próprios pensamentos,


13

sentimentos e comportamentos, observando padrões de


.1
99

relacionamentos dentro e fora do grupo.


.1
70
-7

Adquirir compreensão dos pensamentos, sentimentos e


a

comportamentos de outras pessoas.


an
Vi
rra
ze
Be

Aumentar a autoconfiança, a autoimagem e a autoestima.


es
ar
So

Fazer mudanças pessoais dentro do grupo com a expectativa de


a
an

transferir essa aprendizagem para a vida exterior


nt
Sa

(YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

- O grupo é um microcosmo social: os problemas que a pessoa experimenta


em sua vida social também surgirão em seus relacionamentos dentro do grupo.
(YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

| 32
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

- O papel do terapeuta é mais de um participante/facilitador do que de um


instrutor. A terapia é mais produtiva quando é uma atividade colaborativa e
compartilhada. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

- “Se são os membros do grupo que, em suas interações, mobilizam os


diversos fatores terapêuticos, a tarefa do terapeuta de grupo é criar uma cultura
grupal que conduza ao máximo a interações efetivas no grupo.” (YALOM, I.D.;
LESZCZ, M., 2006)

41
3:
:0
Fatores terapêuticos na terapia de grupo:

10
1
02
Yalom e Leszcz propuseram um conjunto de fatores terapêuticos na terapia

/2
07
de grupo. Embora sejam descritos individualmente, tais fatores são

2/
-2
interdependentes e nenhum deles ocorre ou funciona separadamente.

om
l.c
“Esses fatores podem representar diferentes partes do processo de

ai
gm
mudança: alguns fatores (por exemplo, o desenvolvimento de técnicas de
i@
socialização) atuam no nível da mudança comportamental; alguns (por exemplo,
ut

a catarse) atuam no nível da emoção; e alguns (por exemplo, a coesão) podem ser
na
ta

mais bem descritos como precondições para a mudança.” (YALOM, I.D.; LESZCZ,
an

M., 2006.)
-s
5
-1

-Os mesmos fatores terapêuticos operam em todos os tipos de grupos de


13
.1

terapia, mas sua interação e importância diferencial podem variar muito de


99

grupo para grupo. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006.)


.1
70
-7

- Alguns fatores terapêuticos são importantes em um estágio do grupo,


a
an

enquanto outros predominam em outra fase. Mesmo dentro do mesmo grupo,


Vi

diferentes pacientes beneficiam-se com diferentes fatores terapêuticos. (YALOM,


rra
ze

I.D.; LESZCZ, M., 2006)


Be
es

- Métodos para avaliar os fatores terapêuticos: visões dos terapeutas; relatos


ar
So

dos pacientes; e a abordagem de pesquisa sistemática. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M.,


a

2006.)
an
nt
Sa

- Aprendizagem interpessoal e Coesão grupal são considerados os fatores


mais complexos e poderosos. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

Os fatores terapêuticos são 11:

1-instilação de esperança
2-universalidade
3-compartilhamento de informações
4- altruísmo

| 33
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TTP e Personalidade

5-recapitulação corretiva do grupo familiar primário


6- desenvolvimento de técnicas de socialização
7- comportamento imitativo
8- aprendizagem interpessoal
9- coesão grupal
10-catarse
11-fatores existenciais.

41
Atenção! Os fatores terapêuticos são recorrentes em questões de prova!

3:
:0
10
1
02
• INSTILAÇÃO DA ESPERANÇA: notar a melhora de outras pessoas que tem os

/2
mesmos problemas faz com que os sujeitos acreditem que também são capazes de

07
2/
vencer suas próprias dificuldades. É comum pacientes comentarem, ao final de sua

-2
terapia de grupo, o quanto foi importante para eles observar a melhora

om
dos outros.

l.c
A fé em um modo de tratamento pode, em si, já ser terapeuticamente efetiva.

ai
gm
Os terapeutas de grupo podem capitalizar o fator da instilação da esperança,
i@
fazendo o que podem para aumentar a crença e a confiança dos pacientes na
ut
na

eficácia do modelo de grupo.


ta

“A instilação da esperança pode servir para prevenir a falta de estímulo


an
-s

inicial e para manter os membros no grupo, até que outras forças mais potentes
5

para a mudança entrem em jogo.” (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)


-1
13
.1
99

- Exemplo de frase ilustrativa: “Ver que outros membros do grupo


.1

melhoravam me estimulava”
70
-7
a

• UNIVERSALIDADE: “estamos todos no mesmo barco”; Perceber outras


an

pessoas com o mesmo problema diminui o isolamento, a vergonha e o estigma


Vi
rra

associado a muitos transtornos mentais. Promove-se alívio quando o paciente


ze

percebe que não é o único com problemas.


Be

Na terapia de grupo, principalmente nos primeiros estágios, a invalidação


es
ar

dos sentimentos de singularidade de um paciente é uma forte fonte de alívio. Após


So

ouvir outros membros revelarem preocupações semelhantes às


a
an

suas, os pacientes relatam sentir-se mais em contato com o mundo. (YALOM, I.D.;
nt

LESZCZ, M., 2006)


Sa

- Exemplo de frase ilustrativa: “Ver que não sou o único com meu tipo de
problema”

• COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES: ocorre quando o terapeuta dá


informações, ou quando há troca de informações entre os membros do grupo.
Nesse fator, são incluídas a instrução didática sobre a saúde mental, doenças
mentais e a psicodinâmica geral fornecida pelos terapeutas, bem como o

| 34
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TTP e Personalidade

aconselhamento, as sugestões ou a orientação direta do terapeuta ou outros


membros do grupo.
- INSTRUÇÃO DIDÁTICA = ligada à instrução formal, ou psicoeducação. Por
exemplo, os líderes de um grupo para pacientes com transtorno de pânico
descrevem a causa fisiológica dos ataques de pânico. A instrução didática é
empregada de várias maneiras na terapia de grupo: para transferir informações,
alterar padrões de pensamento destrutivos, estruturar o grupo, explicar o processo
da doença, entre outras.

41
- ACONSELHAMENTO DIRETO = pode refletir uma resistência a um

3:
envolvimento mais íntimo, com os membros tentando administrar os

:0
10
relacionamentos, em vez de se conectarem. Contudo, de maneira indireta, o

1
aconselhamento serve a um propósito, implicando e transmitindo interesse e

02
/2
cuidado mútuos. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

07
2/
-2
• ALTRUÍSMO: apoio mútuo entre membros do grupo; o grupo estimula a

om
possibilidade de ajudar os outros. A terapia de grupo é peculiar por oferecer aos

l.c
pacientes a oportunidade de beneficiar outras pessoas. Além disso, estimula a

ai
gm
versatilidade de papéis, exigindo que os pacientes se alternem nos papéis de
i@
receber e dar ajuda.
ut
na

Os pacientes são muito úteis uns para os outros no processo terapêutico


ta

de grupo. Com frequência, é mais fácil que os membros do grupo aceitem


an
-s

observações de outro membro do que do terapeuta. Para muitos pacientes, o


5

terapeuta é o profissional pago. Já os outros membros representam o mundo real,


-1
13

e é possível contar com suas reações e seus comentários espontâneos e sinceros.


.1

(YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 200


99
.1

- Exemplo de frase ilustrativa: “Dar uma parte de mim aos outros”


70
-7

• DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS DE SOCIALIZAÇÃO: ligado ao


a
an

desenvolvimento de habilidades sociais em decorrência do próprio convívio em


Vi
rra

grupo.
ze

A aprendizagem social – o desenvolvimento de habilidades sociais básicas –


Be

é um “fator terapêutico que opera em todos os grupos de terapia, embora a


es

natureza das habilidades ensinadas e o grau em que o processo é explícito variem


ar
So

muito, dependendo do tipo de terapia de grupo.”


a
an

“Frequentemente, membros antigos de grupos de terapia adquirem


nt

habilidades sociais sofisticadas: sintonizam-se com o processo, aprendem como


Sa

responder de forma útil aos outros, adquirem métodos de resolução de conflitos,


são menos prováveis de julgar e mais capazes de experimentar e expressar
empatia. Essas habilidades ajudam esses pacientes em interações sociais futuras, e
constituem as bases da inteligência emocional.” (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

• COMPORTAMENTO IMITATIVO: Ligado à observação do comportamento


saudável das outras pessoas. Os membros do grupo aprendem observando os
outros a lidarem com seus problemas.

| 35
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TTP e Personalidade

Os pacientes podem modelar-se a partir de aspectos dos outros membros do


grupo, bem como do terapeuta.
Ligado à aquisição de estilos e estratégias gerais de comportamento. O
comportamento imitativo é um fator terapêutico transicional, que permite que os
pacientes se envolvam mais em outros aspectos da terapia. (YALOM, I.D.; LESZCZ,
M., 2006)

• CATARSE: expressão aberta de afeto; possibilidade de obtenção de alívio

41
pela ventilação das emoções. Os participantes liberam sentimentos no grupo, o que

3:
contribui para produzir um estado de alívio.

:0
10
A catarse é necessária, mas não suficiente. Para que ocorra mudança, é

1
necessária a capacidade de refletir sobre a própria experiência. Assim, a catarse é

02
/2
apenas uma parte do processo e precisa ser complementada por outros fatores.

07
A catarse está muito relacionada com a coesão, assim é mais proveitosa

2/
-2
quando se formam vínculos de apoio no grupo. O sentido inverso também é

om
verdadeiro: “Os membros que expressam sentimentos fortes para com os outros e

l.c
trabalham de forma honesta com esses sentimentos desenvolvem vínculos

ai
gm
mútuos íntimos.” Ou seja, a coesão alimenta a catarse, bem como a catarse alimenta
i@
a coesão. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)
ut
na
ta

- Exemplo de frase ilustrativa: “Ser capaz de dizer o que estava me


an
-s

incomodando ao invés de retê-lo”; “Botar tudo para fora”


5
-1
13

• RECAPITULAÇÃO CORRETIVA DO GRUPO FAMILIAR PRIMÁRIO:


.1

possibilidade de reviver no grupo padrões de comportamento semelhantes ao que


99
.1

apresenta no grupo familiar primário, havendo a oportunidade de corrigir padrões


70

como a submissão, competição ou dependência.


-7

O importante não é apenas que conflitos familiares precoces sejam


a
an

revividos, mas que sejam revividos de forma corretiva. Assim, devem-se


Vi
rra

explorar e desafiar continuamente os papéis fixos, estabelecendo regras que


ze

incentivem a investigação de relacionamentos e o teste de novos comportamentos.


Be

(YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)


es
ar
So

- Exemplo de frase ilustrativa: “Estar no grupo ajudou-me a entender velhos


a
an

problemas que eu tive no passado com os meus pais, irmãos, irmãs, ou outras
nt

pessoas importantes”
Sa

• FATORES EXISTENCIAIS: a abordagem dos grandes temas ou problemas


existenciais, como doença, morte e luto. Sendo que isso auxilia as pessoas a lidarem
com tais questões.
Os fatores existenciais estão relacionados com a confrontação da condição
humana: mortalidade, liberdade e responsabilidade por construir nosso próprio
modelo de vida, busca por significado na vida. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

| 36
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TTP e Personalidade

- Exemplo de frase ilustrativa: “Enfrentar as questões básicas de minha vida


e da morte”

• COESÃO GRUPAL: é a atratividade que os membros sentem por seu grupo


e pelos outros membros. Os membros de um grupo coeso aceitam-se uns
aos outros, são solidários e tendem a formar relacionamentos significativos no
grupo.
O sentido de pertencer a um grupo facilita a aceitação dos demais, além dos

41
aspectos inaceitáveis de si próprio. Grupos muito coesos são mais estáveis, com

3:
maior frequência e menos rotatividade.

:0
10
A coesão é o análogo na terapia de grupo do relacionamento/sintonia na

1
terapia individual. O relacionamento terapêutico tem papel crucial em todas as

02
/2
psicoterapias. E isso não é diferente para a psicoterapia de grupo. A coesão grupal

07
é um determinante essencial para um resultado terapêutico positivo.

2/
-2
“Contudo, o análogo na terapia de grupo do relacionamento entre o

om
paciente e o terapeuta na terapia individual deve ser um conceito mais amplo,

l.c
abrangendo o relacionamento do indivíduo com o terapeuta do grupo, com os

ai
gm
outros membros do grupo e com o grupo como um todo.” Todas essas direções de
i@
relacionamento do grupo são definidas como “coesão grupal”.
ut
na
ta

“A coesão do grupo NÃO é uma força terapêutica potente por si só. Ela é
an
-s

uma precondição para que outros fatores terapêuticos funcionem de maneira


5

ótima.” Assim, a coesão é necessária para que outros fatores terapêuticos operem
-1
13

no grupo. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)


.1
99
.1

- Exemplo de frase ilustrativa: “Pertencer e ser aceito por um grupo”


70
-7
a

• APRENDIZAGEM INTERPESSOAL: em grupos de longa duração, o ambiente


an
Vi

grupal permite o surgimento da psicopatologia individual, e, na interação com os


rra

demais, pode ser identificada e corrigida (input); Desenvolvimento de habilidades


ze

sociais pela convivência em grupo (output).


Be
es
ar

- Input interpessoal: aprendizagem do indivíduo sobre a forma como ele é percebido


So

por outras pessoas.


a
an
nt
Sa

Três conceitos são necessários para compreender o fator terapêutico da


aprendizagem interpessoal: a importância de relacionamentos interpessoais; a
experiência emocional corretiva; e o grupo como microcosmo social.

- A IMPORTÂNCIA DE RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS: as ideias de que a


terapia é amplamente interpessoal, tanto em seus objetivos quanto em seus meios,
são muito pertinentes na terapia de grupo. “Os objetivos terapêuticos
dos pacientes muitas vezes passam por uma mudança após algumas sessões. Seu

| 37
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TTP e Personalidade

objetivo inicial, o alívio do sofrimento, é modificado e finalmente substituído por


novos objetivos, geralmente de natureza interpessoal.”.
Muitas questões têm uma influência vital no processo terapêutico da terapia
de grupo: “o conceito de que a doença mental emana de relacionamentos
interpessoais perturbados, o papel da validação consensual na modificação de
distorções interpessoais, a definição do processo terapêutico como uma
modificação adaptativa para relacionamentos interpessoais, e a natureza
duradoura e a força das necessidades sociais dos seres humanos.”

41
3:
“A sintomatologia psicológica emana de relacionamentos interpessoais

:0
10
perturbados. A tarefa da psicoterapia é ajudar o paciente a aprender como

1
02
desenvolver relacionamentos interpessoais sem distorções e gratificantes.”

/2
07
2/
- A EXPERIÊNCIA EMOCIONAL CORRETIVA: significa “expor o paciente, sob

-2
circunstâncias mais favoráveis, a situações emocionais que ele não

om
conseguiu enfrentar no passado. Para ser ajudado, o paciente deve passar por uma

l.c
ai
experiência emocional corretiva adequada para reparar a influência traumática da
experiência anterior.” gm
i@
A mudança, no nível comportamental e no nível mais profundo
ut
na

de imagens internalizadas de relacionamentos passados, não ocorre


ta

principalmente por meio da interpretação e do insight, mas por uma significativa


an
-s

experiência relacional no aqui-e-agora.


5

O cenário de grupo oferece ainda mais oportunidades para gerar


-1
13

experiências emocionais corretivas, se comparado à terapia individual.


.1
99

“A evocação e a expressão do afeto bruto não são suficientes: elas devem ser
.1

transformadas em uma experiência emocional corretiva. Para que isso ocorra, são
70
-7

necessárias duas condições: (1) os membros devem considerar o grupo


a

suficientemente seguro e solidário, para que essas tensões possam ser expressadas
an
Vi

abertamente; (2) deve haver suficiente envolvimento e feedback honesto para


rra

permitir o teste da realidade efetivo.”


ze

“A experiência emocional corretiva na terapia de grupo tem diversos


Be

componentes: 1. Uma forte expressão de emoções, de natureza interpessoal e que


es
ar

constitui um risco que o paciente correu.; 2. Um grupo suficientemente solidário


So

para permitir que se corram riscos.; 3. Teste da realidade, que permite que o
a
an

indivíduo examine o incidente com ajuda da validação consensual dos outros


nt

membros.; 4. O reconhecimento da inadequação de certos sentimentos ou


Sa

comportamentos interpessoais ou da inadequação de se evitarem certos


comportamentos interpessoais.; 5. A facilitação final da capacidade do indivíduo de
interagir com os outros de forma mais profunda e honesta.”

- O GRUPO COMO MICROCOSMO SOCIAL: Um grupo, com o tempo,


transforma-se em um microcosmo social para os participantes. Ou seja, com tempo
suficiente, os membros do grupo começam a ser eles mesmos, interagindo com os
outros membros como interagem com pessoas em sua esfera social. Ou seja, “os

| 38
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TTP e Personalidade

pacientes, com o tempo, começarão automática e inevitavelmente a apresentar


seus comportamentos interpessoais mal-adaptativos no grupo de terapia.”
O desenvolvimento da capacidade de identificar e de trabalhar
terapeuticamente com comportamentos interpessoais mal-adaptativos,
observados no microcosmo social de um grupo pequeno, é
uma das principais tarefas de um psicoterapeuta de grupo.

- Grupo como microcosmo social = representação em miniatura do universo

41
social de cada membro.

3:
:0
10
- “O conceito de microcosmo social é bidirecional: o comportamento exterior

1
02
não apenas se manifesta no grupo, mas o comportamento aprendido no grupo

/2
acaba sendo levado ao ambiente social do paciente, surgindo alterações no

07
comportamento interpessoal do paciente fora do grupo.”

2/
-2
om
Assim, ainda em se tratando do fator da aprendizagem interpessoal,

l.c
ai
destaca-se que:
gm
i@
- “No grupo de terapia, há uma sequência interpessoal regular:
ut
na

A. Demonstração patológica: o membro demonstra seu comportamento.


ta

B. Por meio do feedback e da auto-observação, os pacientes:


an
-s

1. tornam-se melhores testemunhas de seu próprio comportamento;


5

2. compreendem o impacto desse comportamento sobre: a) os sentimentos


-1
13

dos outros; b) as opiniões dos outros sobre eles; c) as opiniões que têm de si
.1
99

mesmos.”
.1
70
-7

- “O paciente que está totalmente ciente dessa sequência também se conscientiza


a

da responsabilidade pessoal por ela: cada indivíduo é autor de seu próprio mundo
an
Vi

interpessoal.”
rra
ze

- “Os indivíduos que aceitam a responsabilidade pessoal pela criação de seu mundo
Be

interpessoal podem então começar a lidar com o corolário dessa descoberta: se


es
ar

criaram seu mundo social-relacional, eles têm o poder para mudá-lo.”


So
a
an

- “Quanto mais real e mais emocional uma experiência for, mais potente será
nt

o seu impacto.”
Sa

Tarefas e técnicas possíveis ao terapeuta: oferecer feedback específico; estimular a


auto-observação; esclarecer o conceito de responsabilidade; incitar o paciente a
correr riscos; negar fantasias de consequências calamitosas; reforçar a
transferência de aprendizagem, entre outras.

- INSIGHT = “enxergar para dentro”; o insight ocorre quando o indivíduo descobre


algo importante sobre si mesmo. São níveis de insight:

| 39
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

- pessoa adquiri uma perspectiva mais objetiva de seu quadro interpessoal.


Pela primeira vez, por exemplo, pode entender como outras pessoas o enxerga;
- paciente adquiri um entendimento de seus padrões de comportamento
interacionais mais complexos.
- insight motivacional = podem entender por que fazem o que fazem com as
outras pessoas.
- insight genético = visa a ajudar os pacientes a entender como chegaram a
ficar assim como são. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006.)

41
3:
:0
• “estamos todos no mesmo barco”; notar que não é o único
UNIVERSALIDADE

10
com problemas.

1
02
• Notar melhora nos outros gera esperança na própria

/2
INSTILAÇÃO DE ESPERANÇA
melhora.

07
2/
-2
COMPARTILHAMENTO DE
• Troca de Informações.
INFORMAÇÕES

om
l.c
ai
ALTRUÍSMO • Ajudar os outros, bem como ser ajudado.
gm
i@
DESENVOLVIMENTO DE • Habilidades sociais são desenvolvidas; nível da mudança
ut

TÉCNICAS DE SOCIALIZAÇÃO comportamental


na
ta
an

COMPORTAMENTO IMITATIVO • Aprender observando os outros.


-s
5
-1

CATARSE • Expressão aberta de afetos; nível da emoção


13
.1
99

RECAPITULAÇÃO CORRETIVA DO
.1

• Reviver e corrigir, no grupo, antigos padrões.


70

GRUPO FAMILIAR PRIMÁRIO


-7
a

FATORES EXISTENCIAIS • Abordagem de temas existenciais, como doença e morte.


an
Vi
rra

• Pertencer e ser aceito por um grupo; precondição para


COESÃO GRUPAL
ze

mudança.
Be

• Importância de relacionamentos interpessoais; experiência


es

APRENDIZAGEM INTERPESSOAL emocional corretiva; grupo como microcosmo social.


ar
So

(YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006.)


a
an
nt
Sa

Critérios de Inclusão e Critérios de Exclusão

Há poucas evidências de critérios de inclusão para terapia de grupo,


contudo, podem ser citados importantes critérios de exclusão. Assim, a grande
maioria dos clínicos não seleciona para a terapia, mas excluem.

É crucial considerar que existem muitas terapias de grupo, e os critérios de


exclusão aplicam-se apenas ao tipo de grupo sendo considerado. Assim, quase

| 40
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

todos os pacientes (embora existam exceções!) se encaixam em algum grupo. Ou


seja, uma característica que exclui alguém de um grupo pode ser exatamente a
característica que garante a sua entrada em outro tipo de grupo. Por exemplo, “um
paciente com anorexia nervosa sem disponibilidade psicológica e cheio de
segredos, por exemplo, geralmente seria um candidato fraco para um grupo
interacional de longa duração, mas pode ser ideal para um grupo cognitivo-
comportamental homogêneo para transtornos alimentares.”

41
Dentre os critérios de exclusão, destacam-se:

3:
:0
10
Primeiramente, de forma geral, o crucial é entender que os critérios de

1
02
exclusão se aplicam a pessoas que apresentam comportamentos fora dos padrões

/2
do grupo, ou seja, que não consegue participar da tarefa do grupo. Assim, “os

07
2/
pacientes fracassarão na terapia de grupo se não conseguirem participar da tarefa

-2
primária do grupo, seja por razões logísticas, psicológicas ou interpessoais.”

om
A participação na tarefa primária inclui capacidade e disposição de examinar

l.c
seus comportamentos pessoais, de se revelar e de dar e receber feedback.

ai
gm
i@
- A inclusão de um indivíduo sociopata em um grupo ambulatorial
ut
na

heterogêneo é desaconselhável. “Ele raramente assimila as normas terapêuticas do


ta

grupo e explora os outros membros e o grupo como um todo para sua gratificação
an
-s

instantânea.” Mas...atenção! Isso não quer dizer que toda e qualquer terapia de
5

grupo é contraindicada para pacientes sociopatas. Por exemplo, uma forma


-1
13

especializada de terapia de grupo com uma população mais homogênea e um uso


.1
99

sensato de uma forte pressão de grupo e institucional pode ser o tratamento de


.1

escolha, nesses casos.


70
-7

- Pacientes que se encontram no meio de uma


a

crise aguda não são bons candidatos para a terapia de grupo, podendo ser mais bem
an
Vi

tratados em terapia de intervenção para crises em um formato individual, familiar


rra

ou de rede social.
ze

- Pacientes suicidas profundamente deprimidos não devem ser admitidos


Be

em um grupo de terapia heterogêneo de foco interacional. Ressalta-se, mais uma


es
ar

vez, que isso NÃO significa que a terapia de grupo, em si, deva ser excluída. Por
So

exemplo, há relatos que indicam que um grupo homogêneo estruturado para


a
an

suicidas crônicos é efetivo.


nt

- De forma geral, é sensato excluir pacientes que, por qualquer razão,


Sa

possam não participar regularmente.

De qualquer forma, destaca-se que a vasta maioria dos pacientes pode ser
tratada com algum tipo de terapia de grupo. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

Estágios na formação dos grupos

| 41
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

À medida que o grupo amadurece, é notável uma comunicação mais positiva e


empática. Com o passar do tempo, os membros passam a descrever suas
experiências de forma mais pessoal, afetiva e menos intelectual. “Eles se
concentram mais no aqui-e-agora, tendem a evitar menos os conflitos produtivos,
oferecem feedback construtivo, revelam-se mais e são mais colaborativos. Os
conselhos são substituídos pela exploração, e o grupo fica mais interativo,
autodirigido e menos centrado no líder.” (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

41
São estágios na formação dos grupos:

3:
- Estágio Inicial: caracterizado pela orientação, participação hesitante, busca por

:0
10
significado, dependência.

1
- Segundo estágio: marcado pelo conflito, dominação, rebeldia.

02
/2
- Terceiro estágio: desenvolvimento de coesão.

07
2/
-2
“De um modo geral, os grupos se preocupam primeiramente com as tarefas iniciais

om
de envolvimento e afiliação dos membros. Essa fase é seguida por uma com foco no

l.c
controle, poder, status, competição e diferenciação individual. A seguir, vem uma

ai
gm
longa fase de trabalho produtivo, marcada pela intimidade, pelo envolvimento e
i@
pela coesão genuína. O estágio final é o término da experiência de grupo.” (YALOM,
ut
na

I.D.; LESZCZ, M., 2006)


ta
an
-s

Embora tais estágios sejam descritos, é preciso destacar que tais fases evolutivas
5

são entidades e que existem por conveniência semântica e conceitual. Assim, não
-1
13

há um limite preciso entre uma fase e outra. Além disso, às vezes, o


.1

desenvolvimento parece linear. Em outros casos, ele pode ser cíclico e reiterativo.
99
.1

(YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)


70
-7
a

Membros problemáticos de grupos


an
Vi
rra

Embora seja colocada a expressão “paciente problemático”, vale dizer que tal
ze
Be

conceito, em si, já é um problema. Isso porque isso envolve diversos fatores: a


es

própria psicodinâmica do paciente, a dinâmica do grupo e as interações do paciente


ar

com os outros membros e o terapeuta. Ou seja, não é o paciente em si, e por si só,
So

que é problemático.
a
an
nt
Sa

Ainda assim, os seguintes tipos clínicos problemáticos são colocados:

- O monopolizador: ficam ansiosos quando estão em silêncio; falantes; ‘Se outros


tomam a palavra, eles se inserem novamente com uma variedade de técnicas:
correr para preencher o menor silêncio, responder a cada afirmação dita no grupo,
responder continuamente aos problemas da pessoa que está falando dizendo
“também sou assim”.’

| 42
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TTP e Personalidade

- O paciente silencioso: o silêncio nunca é silencioso. Ele é um comportamento e


tem significado no aqui-e-agora como uma amostra representativa da maneira do
paciente se relacionar.

- O paciente aborrecido: muito inibido, que não tem espontaneidade, que nunca
corre riscos.
Queixam-se de que nunca têm nada a dizer aos outros, que são deixados de
lado em festas, que ninguém os convida para sair mais de uma vez, que são inibidos,

41
tímidos, socialmente ineptos, vazios ou insípidos.

3:
:0
10
- O queixoso que rejeita ajuda: é uma variação do monopolizador. Eles pedem

1
ajuda do grupo, de maneira implícita ou explícita, apresentando problemas

02
/2
ou queixas, e depois rejeitam qualquer ajuda oferecida. Eles parecem se orgulhar

07
da insolubilidade de seus problemas. Tendem também a exagerar seus problemas

2/
-2
e parecem falar apenas de si mesmos e de seus próprios problemas.

om
l.c
- O paciente psicótico ou bipolar

ai
gm
i@
- Pacientes de caráter difícil: O paciente esquizoide; O paciente borderline; O
ut
na

paciente narcisista. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)


ta
an
-s

Terapia de grupo breve


5
-1
13

“A terapia de grupo breve está se tornando rapidamente um formato


.1
99

importante e muito usado de terapia. Em uma grande medida, a busca por formas
.1

mais breves de terapia de grupo é alimentada por pressões econômicas. (...) Outros
70

fatores também favorecem a terapia breve: por exemplo, muitos pontos geográficos
-7
a

têm uma demanda elevada por serviço e pouca disponibilidade de profissionais de


an

saúde mental. Nesse caso, a brevidade se traduz em maior acesso aos serviços.”
Vi
rra
ze

“Um grupo breve é o grupo de menor duração que possa alcançar um


Be

objetivo especificado – daí a oportuna expressão “terapia de grupo eficiente em


es

termos de tempo”.
ar
So
a

“Todos os grupos de psicoterapia breve (excluindo os grupos


an
nt

psicoeducacionais) compartilham muitos aspectos comuns. Todos eles lutam por


Sa

eficiência; fazem um contrato para um conjunto discreto de objetivos e tentam se


manter focados no cumprimento dos objetivos; tendem a permanecer no presente
(com um foco no aqui-e-agora ou um foco em problemas recentes no “lá e então”);
lidam com as restrições temporais e o final iminente da terapia; enfatizam a
transferência de habilidades e aprendizagem do grupo para o mundo real; sua
composição costuma ser homogênea para o mesmo problema, síndrome
sintomática ou experiência de vida; concentram-se mais em questões interpessoais
do que intrapessoais.” (YALOM, I.D.; LESZCZ, M. Psicoterapia de Grupo: Teoria e
Prática. 5ª ed., Artmed, 2006.)

| 43
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Terapia Familiar e de Casal


A Terapia Familiar tem origem na insatisfação de terapeutas com a evolução lenta
de pacientes, quando em tratamento individual; ou, ainda, com a frustração, muitas
vezes, que quando progressos terapêuticos eram neutralizados por outros
membros da família. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)

41
3:
Com a terapia familiar, os terapeutas passam a considerar não apenas o sujeito, mas

:0
10
a família vira o foco para a compreensão do surgimento e da manutenção da

1
02
psicopatologia. Assim, volta-se à atenção para o contexto familiar no qual

/2
determinado problema individual ocorre. Além disso, para as consequências sobre

07
2/
os demais sujeitos e para a maneira como cada membro da família influencia e é

-2
influenciado pelos demais membros da família. O contexto familiar pode reforçar

om
problemas psicopatológicos individuais ou, por outro lado, ter um papel importante

l.c
ai
em sua solução. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)
gm
i@
O terapeuta de família volta sua atenção para:
ut
na

• A estrutura familiar: como a família se constitui, se organiza e se mantém


ta
an

• Os processos familiares: como a família se adapta e evolui ao longo do


-s

tempo. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)


5
-1
13

A família é considerada um sistema vivo em evolução; sendo que o todo é mais do


.1
99

que a soma de suas partes. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)
.1
70
-7

A Terapia Familiar tem seus fundamentos na teoria geral dos sistemas, na teoria da
a

comunicação, dos pequenos Grupos, na teoria psicodinâmica, na teoria cognitivo-


an
Vi

comportamental, entre outras abordagens. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in


rra

Cordioli, Grevet; 2019)


ze
Be

Sistema = “conjunto de elementos, direta ou indiretamente relacionados, que


es
ar

funciona como uma unidade em determinado ambiente”. A família pode ser


So

considerada um sistema parcialmente aberto, interagindo com seu ambiente


a
an

biológico e sociocultural. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)


nt
Sa

Quem cunhou o termo terapia familiar foi Ackerman, na década de 50. Esse autor
tinha foco psicodinâmico. Com o passar do tempo, entretanto, foram sendo
propostos outros enfoques, como: estrutural/sistêmico, comportamental,
psicoeducacional; cognitivo-comportamental. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in
Cordioli, Grevet; 2019)

Na terapia familiar, as sessões ocorrem com todos ou com parte dos membros da
família presentes. Os objetivos gerais são: “melhorar a comunicação entre os

| 44
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

membros; desenvolver a autonomia e a individualização dos diferentes indivíduos;


descentralizar e tornar mais flexíveis os padrões de liderança e tomada de decisão;
reduzir os conflitos interpessoais; minimizar os sintomas; além de melhorar o seu
desempenho individual.” (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)

São grandes áreas de atuação da terapia familiar e de casal: transtornos da conduta


de um dos familiares; abuso de substâncias; psicoeducação para doenças mentais;
problemas conjugais, inclusive insatisfação e disfunções sexuais; alcoolismo;

41
educação de relacionamento; depressão em um dos membros da família;

3:
transtornos de crianças e adolescentes; doença crônica de algum familiar; violência

:0
10
interpessoal. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)

1
02
/2
- Exemplos de contraindicações da terapia familiar e de casal: a família nega que

07
estejam ocorrendo problemas familiares; um dos membros da família é paranoide,

2/
-2
psicótico, agressivo ou agitado; situações nas quais membros importantes da

om
família não podem estar presente (por exemplo, casos de doença física ou mental e

l.c
falta de motivação); tendência irreversível à ruptura familiar (como

ai
gm
divórcio); crenças religiosas ou culturais muito fortes impedem intervenções
i@
externas na família; o equilíbrio familiar é tão precário, que a terapia pode provocar
ut
na

a descompensação de um ou mais membros; os problemas conjugais são


ta

egossintônicos; individuação de um ou mais membros ficaria comprometida com a


an
-s

terapia, ou exige tratamento separado; existem problemas individuais que


5

necessitam previamente de outros tratamentos (por exemplo,


-1
13

desintoxicação); terapia familiar é usada para encobrir responsabilidades


.1

individuais; situações nas quais um, ou ambos os cônjuges, não são honestos, têm
99
.1

segredos (como infidelidade), que se revelados acarretariam a ruptura imediata da


70

família; um dos cônjuges tem transtorno de caráter grave, especialmente se for de


-7

conduta antissocial ou desvio sexual. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli,


a
an

Grevet; 2019)
Vi
rra
ze

Atenção! Já foi questão de prova!


Be
es
ar

Para Nichols & Schwartz (livro: “Terapia familiar, conceitos e métodos”),


So

comumente, as famílias concedem os problemas como localizados em apenas um


a
an

membro da família (o paciente identificado). Além disso, a família costuma


nt

entender os problemas como determinados por acontecimentos do passado. Com


Sa

isso, a família espera que o terapeuta trate apenas o paciente


identificado, alterando o mínimo possível a família.

Por outro lado, terapeutas familiares entendem os sintomas do paciente


identificado “como uma expressão dos padrões disfuncionais que afetam toda a
família.” Dessa forma, uma abordagem estrutural amplia o problema para todo o
sistema familiar. Além disso, o foco não é no acontecimento isolado do passado,
mas nas transações que estão acontecendo no presente.

| 45
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A Terapia familiar tem por objetivo mudar a organização da família. A


terapia familiar não busca apenas mudar o paciente no contexto individual.
Diferente disso, ela visa provocar mudanças em toda a família.

Certas questões são especialmente suscetíveis a uma abordagem familiar,


como: problemas com os filhos; queixas a respeito do casamento; hostilidades

41
familiares; sintomas que se desenvolve em situações de transição familiar.

3:
:0
10
A família é mais do que uma coleção de indivíduos separados; ela é um

1
02
sistema, uma rede de relacionamentos.

/2
07
2/
(NICHOLS, Michael P.; SCHWARTZ, Richard C. Terapia Familiar-: Conceitos e

-2
Métodos. Artmed Editora, 2009).

om
l.c
Andolfi (1996), considera a família "como um sistema aberto constituído por

ai
gm
muitas unidades ligadas no conjunto por regras de comportamentos e por funções
i@
dinâmicas, em constante interação entre elas e em intercâmbio com o exterior”.
ut
na

“A família é um sistema aberto, interagindo com outros sistemas de forma


ta

dialética, ou seja, modifica e é modificada pelo contexto social, buscando, sempre,


an
-s

um equilíbrio dinâmico” (Andolfi, 1984)


5

“A família é considerada um sistema autorregulador ativo, em que as regras


-1
13

são modificadas ao longo do tempo, a fim de encontrar novo equilíbrio. São


.1
99

consideradas regras a forma empregada pela família para atingir um estado de


.1

estabilidade, a fim de alcançar a definição de uma relação, num processo dinâmico


70
-7

de tentativa e erro”
a

“Deixam-se de observar os comportamentos como simples derivantes de


an

processos intrapsíquicos, para observá-los como derivantes de processos


Vi
rra

interpsíquicos, intersubjetivos, construídos na relação com outros sujeitos. Assim,


ze

a abordagem sistêmica se concentra, sobretudo, na compreensão dos


Be

acontecimentos e pessoas, ou seja, nas interações entre eles.”


es
ar

“O terapeuta NÃO procura um consenso do que seja o problema, mas facilita


So

a elaboração de formas diferentes de se ver o problema, procurando construir um


a
an

novo significado paro ele.”


nt

“O terapeuta deixa de ser um observador passivo do comportamento do


Sa

sujeito, para se tornar um observador ativo das relações intra e extra familiares.
Considerar um comportamento como circunscrito a um único sujeito, seria
desconsiderar que tal acontecimento tem causalidade circular e explicá-lo, dessa
forma, seria portanto, descontextualizá-lo.”

(Crepaldi, M.A. & Moré, C. L. O. O. (2002) Atendimento Psicológico a famílias


na clínica e na comunidade: questões ético-metodológicas. Temas em Psicologia da
SBP, 10 (3), 201-209)

| 46
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Disfunções da Identidade familiar:

- Família aglutinada = desenvolve um sistema voltado para si mesmo, no


qual as identidades pessoais acham-se fusionadas, as pautas de inclusão são
exacerbadas, e a autonomia é desencorajada.

- Família dispersa = apresenta-se como um sistema de escassa coesão, com


exacerbação das pautas de exclusão e com o desenvolvimento de uma pseudo-
autonomia por parte de seus membros pela negação da interdependência pessoal.

41
3:
:0
10
(Referência: Manual de terapia familiar / Luiz Carlos Osorio e Maria Elizabeth Pascual

1
do Valle (org). Porto Alegre : Artmed, 2009)

02
/2
07
2/
-2
om
O ciclo de vida familiar e seus momentos:

l.c
1 – Saindo de casa (jovens solteiros), o que requer a aceitação de

ai
gm
responsabilidades emocionais e financeiras; i@
2 – A união de famílias no casamento (o casal), quando há o
ut

comprometimento com um novo sistema;


na
ta

3 – Famílias com filhos pequenos, em que o princípio-chave é o de aceitar


an

novos membros no sistema;


-s

4 – Famílias com filhos adolescentes, cujo principal papel é o de aumentar a


5
-1
13

flexibilidade das fronteiras familiares para incluir a independência dos filhos e a


.1

fragilidade dos avós;


99
.1

5 – Lançando os filhos e seguindo em frente, que implica aceitar várias saídas


70

e entradas no sistema familiar;


-7

6 – Famílias no estágio tardio da vida, caracterizado pela mudança dos


a
an

papéis geracionais.
Vi
rra
ze

- Estressores verticais = padrões de relacionamento e funcionamento que


Be

são transmitidos para as gerações seguintes de uma família. Exemplo: padrões,


es

mitos, segredos e legados familiares.


ar
So

-Estressores horizontais = inclui passagens de uma fase do ciclo de vida


a

para outra. Inclui também eventos imprevisíveis, como morte prematura,


an
nt

enfermidade crônica.
Sa

(Carter B, McGoldrick M. As mudanças no ciclo de vida familiar: uma


estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas; 2001.)

“ A razão de se incluir toda a família no tratamento de problemas de


ajustamento baseia-se no fato de que o que ocorre num indivíduo que vive numa
família não decorre apenas de condições internas a ele, mas também de um intenso
intercâmbio com o contexto mais amplo no qual está inserido. Ele não só recebe o
impacto desse ambiente como atua sobre ele, influenciando-o.”

| 47
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

“Num grupo familiar disfuncional os modos de interação entre seus


membros vão-se cristalizando, quer na forma de distanciamento, ou de excessiva
interferência na vida uns dos outros, formando alianças entre alguns membros,
deixando outros periféricos, ou transformando outros em bodes expiatórios
(geralmente a criança).”
“o sintoma de um dos membros da família vem acompanhado de disfunções
em outras áreas de relações e envolem outros membros da família. Tendo isto em
mente, na situação terapêutica trabalha-se com a família real, presente, na busca

41
de desvendar aspectos relacionais que estão emperrando uma comunicação efetiva

3:
e o desenvolvimento saudável de seus membros. Os sintomas são vistos como

:0
10
tendo tanto uma função individual como social no grupo familiar e constituem-se

1
numa denúncia de que algo vai mal nesse grupo.”

02
/2
“Na medida em que os terapeutas começaram a lidar com a família como

07
unidade terapêutica, afloraram outros aspectos inerentes à vida familiar, aspectos

2/
-2
causadores de sintomas e que tinham sido negligenciados (Satir, 1980). O trabalho

om
da terapeuta é, então, o de buscar esses aspectos causadores de sintomas,

l.c
focalizando outras relações dentro da família, tendo em vista mudanças que

ai
gm
favoreçam a família como um todo e cada membro em particular. Quando a
i@
família passa a experimentar novos modos de se relacionar, os sintomas tendem a
ut
na

desaparecer. Este trabalho NÃO exclui a possibilidade de encaminhamento de um


ta

membro particular para um trabalho individualizado, quando se constata que é


an
-s

necessário um aprofundamento, bem como uma mudança ao nível do indivíduo.”


5

Para o enfoque sistêmico, “comportamentos desviantes, irracionais ou


-1
13

sintomáticos passam a servir a uma função no grupo no sentido de que


.1

os comportamentos que ocorrem no sistema familiar têm uma


99
.1

complementariedade geral (Dell, p. 2141). Desta forma, para desaparecer o sintoma


70

não basta o membro sintomático mudar — sua mudança só se efetivará se toda uma
-7

série de outras mudanças (nem sempre desejadas) ocorrerem dentro do sistema


a
an

familiar. Essas mudanças não são desejadas porque implicam mudanças nos vários
Vi
rra

subsistemas da família — casal, pais, grupo fraterno, avós — e o sistema familiar


ze

apresenta uma tendência a um equilíbrio homeostático, onde tudo é feito para que
Be

as coisas permaneçam como estão.”


es

Exemplo: “muitas vezes, o sintoma da criança (medo, p. ex.) pode


ar
So

desaparecer, se o casal mudar a forma de se relacionar entre si (buscando uma


a

aproximação, p. ex.). Como nem sempre o casal está disposto a isso, o sintoma do
an
nt

filho cumpre a função de, ao mesmo tempo, manter os pais unidos na preocupação
Sa

com ele, e afastados de uma relação mais próxima entre si. Certamente esse
processo não ocorre de forma voluntária, por parte dos pais e do filho, mas acaba
se cristalizando numa forma de relacionamento que resiste à tentativa de
mudanças.”

(Referência: GOMES, Heloisa Szymanski Ribeiro. Terapia de


família. Psicol. cienc. prof. , Brasília, v. 6, n. 2, pág. 29-32,1986.)

| 48
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

PSICOTERAPIA BREVE PSICODINÂMICA E TERAPIA FOCAL


As PSICOTERAPIAS BREVES (PBS) são divididas em duas grandes linhas:

➢ as de abordagem psicodinâmica - Psicoterapias Breves


Psicodinâmicas (PBPs);
➢ as de abordagem cognitiva e comportamental - psicoterapias breves
cognitivo-comportamentais (PBC/Cs). (Lemgruber, 2009)

41
3:
:0
• Psicoterapias breves psicodinâmicas (PBPs) = tem sua origem na

10
psicanálise Freudiana;

1
02
/2
07
• Terapia focal = é uma modalidade de psicoterapia breve psicodinâmica que

2/
se desenvolveu, principalmente, a partir das contribuições de Ferenzi (técnica

-2
ativa), Alexander (criador do conceito de experiência emocional corretiva), Malan

om
(foco e triângulos de interpretação), Sifneos (psicoterapia como experiência de

l.c
ai
aprendizado para o paciente) e McCullough (integração de diferentes práticas
terapêuticas). gm
i@
ut

A terapia focal possui características técnicas específicas que a diferenciam


na

das outras Psicoterapias Breves Psicodinâmicas. (Lemgruber, 2009)


ta
an
-s
5
-1

Cuidado!
13
.1

Para Lemgruber (autora do capítulo sobre a Psicoterapia Breve


99

Psicodinâmica e a terapia focal, do livro “Psicoterapias: abordagens atuais -


.1
70

Cordioli”):
-7

- a Terapia Focal é uma das modalidades de Psicoterapias Breves


a
an

Psicodinâmicas (PBPs), que é uma das modalidades de Psicoterapias Breves


Vi

(PBs).
rra

- há duas grandes linhas nas Psicoterapias Breves (PBs): uma de abordagem


ze
Be

psicodinâmica e outra de abordagem cognitiva e comportamental.


es
ar

Essa visão é dessa autora específica, porém, na maior parte de questões de


So

provas, esses termos, normalmente, aparecem como sinônimos. Ou seja, PBP = PB


a
an

= TF. Então, na hora da sua prova, via de regra, trate os termos como sinônimos.
nt
Sa

A psicoterapia breve psicodinâmica (PBP) está embasada em conceitos


psicodinâmicos oriundos da teoria da personalidade elaborada por Freud. Aspectos
importantes da metapsicologia de Freud, tais como processos mentais
inconscientes, sintomas como expressão de conflitos internos, mecanismos de
defesa e relação entre paciente e terapeuta como fator de tratamento são
elementos fundamentais para compreensão do paciente e para o manejo das
técnicas de psicoterapia breve psicodinâmica (PBP). (Lemgruber, 2009)

| 49
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Já caiu em prova:

- A psicoterapia breve é uma intervenção terapêutica com


tempo e objetivos limitados. Os objetivos são estabelecidos a partir da delimitação
de um foco, e são passíveis de serem atingidos através de determinadas estratégias
clínicas. Assim, a PB está, em termos técnicos, alicerçada num tripé: foco,
estratégias e objetivos.

41
- A psicoterapia breve (PB) trabalha com a atenção seletiva e não com a

3:
atenção flutuante, como ocorre na psicanálise clássica. Dessa forma, o terapeuta,

:0
10
na psicoterapia breve, se mantém atento ao foco que quer alcançar.

1
02
/2
NA PSICOTERAPIA BREVE PSICODINÂMICA:

07
2/
- O investimento terapêutico é a nível de Ego, onde se estabelece o trabalho

-2
terapêutico mais focal.

om
- Não pode ser considerada uma psicoterapia superficial, pois as

l.c
ai
transformações são importantes quando expressas em substituição de mecanismos
de defesas inflexíveis por comportamentos mais saudáveis. gm
i@
- O trabalho interpretativo é cauteloso, evita-se associação livre como
ut
na

recurso terapêutico e interpretações prematuras de conflitos infantis, a fim de evitar


ta

neurose transferencial e regressão.


an
-s

- Propõe-se a modificar os sintomas apresentados pelo indivíduo, aliviá-los


5

ou mesmo suprimi-los por meio da eleição de conflitos a serem trabalhados.


-1
13
.1
99
.1
70
-7

Experiência emocional corretiva: representa a possibilidade de o


a
an

paciente experimentar situações traumáticas do passado penosamente reprimidas,


Vi

revivendo tais situações na relação com o terapeuta. A ideia é que uma nova
rra

experiência emocional possa ocorrer na relação terapêutica. A experiência


ze
Be

emocional corretiva pode ocorrer sem haver conhecimento completo das causas
es

determinantes da problemática atual por parte do paciente.


ar

Dessa forma, o paciente experimenta, em um contexto relacional diferente e


So

seguro, as relações conturbadas que originaram seus conflitos.


a
an

A oportunidade de enfrentar vivências emocionais penosas do passado, no


nt
Sa

tempo presente, sobre circunstâncias favoráveis, é o que permite ao sujeito tratar


tais experiências de forma diferente do que fazia anteriormente. (Lemgruber, 2009)

Efeito Carambola: esse termo vem de uma analogia ao jogo de bilhar, no


qual o impulso de uma tacada em uma bola gera movimento em outras bolas que
não foram diretamente atingidas pelo impacto inicial. Assim, esse conceito foi
desenvolvido para explicar o mecanismo de potencialização dos ganhos
terapêuticos na terapia focal por meio de repetidas experiências emocionais
corretivas.

| 50
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

O efeito Carambola é resultante das experiências de reaprendizagem


emocional, ele provoca mudanças no script usado habitualmente pelo paciente, ou
seja, na maneira como a pessoa se percebe e reage diante da vida. (Lemgruber,
2009)

A Teoria da Crise e a Abordagem Preventiva


➢ Prevenção primária: evitar o aparecimento de distúrbio ou
transtorno.

41
➢ Prevenção secundária: evitar que o problema surgido se torne

3:
:0
crônico, com objetivo de reduzir a incapacitação e promover

10
reintegração social;

1
02
➢ Prevenção terciária: tratamento dos distúrbios inevitáveis, graves e

/2
ou crônicos.

07
2/
Kaplan distinguiu as crises acidentais (decorrentes de situações

-2
inesperadas) das crises evolutivas (parte do ciclo de vida do indivíduo).

om
Para o autor, as crises previsíveis (= evolutivas ou normativas) poderiam ser

l.c
ai
evitadas por ações de prevenção primária, como trabalhos em grupos de gestantes
gm
ou adolescentes entre outros exemplos. Já para as crises imprevisíveis (=
i@
acidentais ou traumáticas), o nível de atuação recomendado seria o de prevenção
ut
na

secundária, mediante a intervenção em crise. (Lemgruber, 2009)


ta
an
-s

Técnica:
5
-1

• Características técnicas das abordagens de psicoterapia breve


13
.1

psicodinâmica (PBP):
99

➢ terapeutas mais ativos, que estimulem o desenvolvimento da Aliança


.1
70

terapêutica e transferência positiva;


-7

➢ focalização em conflitos específicos ou temas definidos previamente no


a
an

início da terapia;
Vi

➢ manutenção de foco de trabalho e objetivos definidos;


rra

➢ atenção dirigida para as experiências atuais do paciente, inclusive os


ze
Be

sintomas;
es

➢ ênfase na situação transferencial da dimensão do aqui e agora, que não


ar
So

necessariamente é relacionada ao passado. (Lemgruber, 2009)


a
an

Em psicoterapia breve psicodinâmica, táticas psicanalíticas são


nt
Sa

utilizadas, como: associação livre, resistência, transferência, insight.


Contudo, a neurose de transferência não deve ser estimulada, e a
transferência, especialmente a negativa, deve ser interpretada no contexto
da relação terapêutica e imediatamente remetida ao foco da terapia.
Na PBP, a confrontação e a clarificação são utilizadas em relação às
defesas mal adaptadas, de forma que o paciente possa identificar tais
defesas e, posteriormente, abrir mão delas ou substituí-las por outras mais
saudáveis.

| 51
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Ainda para Lembruger (2009), os silêncios devem ser desencorajados


e interpretados como resistência, assim como outras manifestações, como
atrasos, faltas, entre outros fatores. (Lemgruber, 2009)

Atenção! Já foi questão de prova!

PBP: seus fins terapêuticos são limitados à superação de sintomas e


problemas atuais, e ao fortalecimento e ativação das funções egóicas.

41
3:
:0
• Na Terapia Focal, o tripé que indica as ênfases em determinadas práticas

10
terapêuticas é o seguinte:

1
02
➢ o foco;

/2
➢ a atividade/planejamento;

07
2/
➢ e a experiência emocional corretiva/efeito carambola

-2
Tais pontos da terapia focal se contrapõem ao tripé básico da

om
técnica psicanalítica tradicional, qual seja: regra fundamental da associação

l.c
ai
livre; regra de abstinência; e neurose de transferência.
gm
i@
Assim, as táticas ou intervenções psicoterapêuticas que são
ut
na

utilizadas especificamente na terapia focal são estas:


ta
an

➢ EXPERIÊNCIA EMOCIONAL CORRETIVA, ATIVIDADE,


-s

PLANEJAMENTO E FOCO;
5
-1

➢ ABORDAGEM PSICODINÂMICA NA COMPREENSÃO DO


13

PROBLEMA;
.1
99

➢ FLEXIBILIDADE E EFEITO CARAMBOLA.


.1

(Lemgruber, 2009)
70
-7
a

Atividade e planejamento
an
Vi

• Há maior atividade e participação do terapeuta no processo, desde


rra

o princípio da terapia.
ze


Be

É necessário planejar o tratamento e estabelecer o foco central que


es

será seguido.
ar

• Ao enfatizar a realidade objetiva e procurar soluções mais


So

adaptativas dos problemas, no período o mais curto possível, busca


a
an

mudanças legítimas nas vidas das pessoas, e não somente a


nt
Sa

eliminação de sintomas, o apoio ou o autoconhecimento.


• Desde o início, parte-se da queixa, conflito ou dificuldade específica
que levou o paciente a procurar ajuda. (Lemgruber, 2009)

Foco
Focalizar é adotar uma postura semelhante à de um fotógrafo que procura
ressaltar um objeto ou uma pessoa, em relação a um fundo.
Ainda que o foco seja circunscrito e o objetivo do tratamento inclua a
eliminação de sintomas, o foco não se limita a cura sintomática, pois uma

| 52
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

determinada área pode conduzir alterações em outras áreas do comportamento do


paciente. É a lógica do efeito carambola (Lemgruber, 2009)

Cuidado! Dizer que a terapia tem um foco NÃO quer dizer que o efeito será
somente no elemento focalizado. O efeito carambola ilustra exatamente essa
possibilidade de irradiação para outros aspectos da vida do sujeito.

Abordagem psicodinâmica para compreensão dos problemas do

41
paciente

3:
:0
10
Já caiu em prova :

1
02
O princípio universal da Psicoterapia Breve Psicodinâmica fundamenta-se

/2
07
na triangulação do conflito e da pessoa com vistas a identificar e intervir nas

2/
-2
defesas, impulsos e afetos, mediando as relações da pessoa com indivíduos e

om
situações do passado e do presente.

l.c
ai
gm
O modelo de McCullough é utilizado como base para a compreensão dos
i@
comportamentos e dificuldades dos pacientes.
ut
na
ta

• No TRIÂNGULO DO CONFLITO há 3 polos:


an

➢ o Polo dos impulsos/sentimentos;


-s

➢ o Polo das defesas; e


5
-1
13

➢ o polo da ansiedade.
.1

Originalmente, o Polo dos impulsos/sentimentos era identificado com os


99
.1

impulsos do ID; o Polo das defesas era identificado com as barreiras erigidas pelo
70

ego; já o Polo da ansiedade era identificado com o superego.


-7

Todavia, no esquema proposto por Vaillant, a análise do Triângulo do


a
an

conflito não se limita mais à posição freudiana. Neste modelo, dois grandes grupos
Vi

recebem importância: o dos afetos ativadores e o dos afetos inibidores.


rra
ze

Assim, o polo impulsos/sentimentos passa a ser identificado com os afetos


Be

ativadores/motivadores, que representam afetos normalmente despertados na


es

vida diária e que motivam ações humanas.


ar
So

Já o polo da ansiedade é identificado com o grupo dos afetos inibidores, que


a

correspondem a respostas naturais responsáveis e que fazem parte da herança


an
nt

biológica do ser humano para reagir ao estresse e evitar situações aversivas. Em


Sa

situações adversas, contudo, os afetos inibidores, em vez de funcionarem como


uma espécie de sinal de alerta, tornam-se aversivos, causando conflito. Tal conflito
é devido a uma ação desequilibrada dos afetos ativadores, gerando sintomas e/ou
comportamentos mal adaptados.
Diante do fato de que o afeto ativador/motivador a ser evitado no Polo dos
impulsos/sentimentos, normalmente, não é percebido de forma consciente pelo
paciente, é mais fácil para o terapeuta começar pela identificação das defesas. Tais
defesas podem ser observadas pelos sintomas e problemas de adaptação.

| 53
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Três perguntas são importantes na identificação dos polos do Triângulo do


conflito:
➢ como o afeto adaptativo está sendo evitado? (Polo das defesas)
➢ quais afetos ativadores estão sendo evitados? (Polo dos
impulsos/sentimentos)
➢ por que o afeto adaptativo está sendo evitado? (Qual afeto inibitório
está sendo usado de forma excessiva no polo da ansiedade)
(Lemgruber, 2009)

41
3:
• Já o TRIÂNGULO DA PESSOA mostra como os padrões de respostas não

:0
10
adaptativas, originados em relações passadas, podem estar sendo revividos na

1
relação do paciente com o terapeuta ou nas suas relações interpessoais do

02
/2
cotidiano.

07
Assim, os três pontos do Triângulo da pessoa são compostos por: terapeuta;

2/
-2
pessoas do presente e pessoas do passado.

om
A reestruturação da relação do self/outros ocorre em três etapas:

l.c
reconhecimento das representações mal adaptadas a respeito do self/outros e dos

ai
gm
comportamentos recorrentes disso; identificação das respostas recebidas no
i@
relacionamento interpessoal; abandono das representações inadequadas e
ut
na

substituição por percepções mais adaptativas. (Lemgruber, 2009)


ta
an
-s
5
-1
13
.1
99
.1
70
-7
a
an
Vi
rra
ze
Be
es
ar
So
a
an
nt
Sa

Flexibilidade
Para Alexander, a psicoterapia baseada em princípios psicodinâmicos
precisa buscar uma adaptação mais satisfatória do paciente ao seu meio ambiente,
pelo desenvolvimento harmonioso de suas capacidades e possibilidades.
(Lemgruber, 2009)

Indicações

| 54
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

• Tem indicação para situações de crise.


A motivação do paciente para a mudança serve como um critério
fundamental na indicação de tratamento com terapia focal.
Cordioli e colaboradores desenvolveram uma escala composta por cinco
itens, que avalia se o paciente tem boas chances de se beneficiar da terapia breve.
Esses itens são: foco, motivação, nível de adaptação prévia, capacidade de Insight e
Aliança terapêutica. (Lemgruber, 2009)

41
• Fatores de exclusão para PBP: transtornos orgânicos; transtornos

3:
psicóticos; dependência química; falta de motivação; entre outros.

:0
10
• Indicações: problemas interpessoais e/ou conflitos emocionais; transtornos

1
de ansiedade, de depressão e de adaptação/ajustamento. (Cordioli)

02
/2
07
2/
INSIGHT INTELECTUAL: existe a consciência de estar doente, mas o

-2
paciente não consegue utilizá-la para mudar o curso de sua doença, ou lidar

om
com seus sintomas.

l.c
INSIGHT VERDADEIRO OU EMOCIONAL: paciente adquire consciência

ai
de suas motivações e sentimentos mais profundos. gm
i@
(Referência: Cordioli, A. V.; Giglio, L. Como atuam as psicoterapias: os
ut
na

agentes de mudança e as principais estratégias e intervenções


ta

psicoterápicas. In CORDIOLI, A. V. Psicoterapias: Abordagens atuais. Porto


an
-s

Alegre: Artmed, 2008)


5
-1
13
.1

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)


99
.1
70
-7

• A terapia cognitiva foi proposta inicialmente por Aaron Beck, para


a
an

tratamento da depressão. “Beck teve sua atenção despertada pela visão negativa
Vi

que os pacientes deprimidos tinham de si mesmos, do mundo a sua volta e do seu


rra

futuro (tríade de Beck).” (Cordioli, 2008)


ze
Be
es

- Tríade de Beck = visão de si, do mundo e do futuro.


ar
So
a

Atenção! Já foi questão de prova


an
nt
Sa

A terapia cognitiva, proposta por Aron Beck, tem como objetivo ensinar o
paciente a reconhecer as cognições negativas e sua conexão com o afeto e
comportamento; examinar as evidências contra e a favor a tais pensamentos e
substituí-los por interpretações mais orientadas para a realidade.
Esse objetivo foi desenvolvido a partir da constatação, em estudos
científicos, que a perspectiva negativista de pacientes deprimidos possuía acerca
de si mesmos, do mundo e do futuro, portanto distorcida, desencadeava o quadro
depressivo em que se encontravam. Posteriormente a esses achados, esse modelo

| 55
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

psicoterápico foi estendido a outras modalidades de transtornos psicológicos tais


como ansiedade, alimentares, de personalidade, dentre muitos outros.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se destacado como uma


abordagem terapêutica focalizada na mudança.

• Premissa básica da terapia cognitiva = “a maneira como as pessoas

41
interpretam suas experiências determina como elas se sentem e se comportam”.

3:
Assim, são as interpretações dos fatos, não os fatos em si, que geram sofrimento.

:0
10
(Cordioli, 2008)

1
02
/2
“A Terapia cognitiva é um método psicoterapêutico fundamentado no

07
2/
modelo cognitivo, segundo o qual a emoção e o comportamento são

-2
influenciados pela forma como o indivíduo interpreta os acontecimentos.”

om
(Cordioli, 2008)

l.c
ai

gm
As diferentes terapias cognitivo-comportamentais derivam do modelo cognitivo
i@
e compartilham certos pressupostos básicos:
ut
na

1- “a atividade cognitiva influencia o comportamento”


ta

2- “a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada”


an
-s

3- “mudanças na cognição determinam mudanças no comportamento”


5

(Pereira, Rangé; in Rangé; 2011)


-1
13
.1
99

• A terapia cognitiva é orientada por um objetivo e focalizada em problemas.


.1

(Cordioli, 2008)
70
-7
a

• A terapia cognitiva:
an

- É focal; estruturada; diretiva; colaborativa.


Vi
rra

- Tem um forte componente educacional; é orientada para o aqui e agora; tem


ze

prazo limitado.
Be

- Pressupõe que, em transtornos mentais, o pensamento disfuncional é


es
ar

elemento importante. Assim, a modificação de pensamentos disfuncionais acarreta


So

melhora sintomática dos transtornos, além da modificação de crenças


a
an

disfuncionais subjacente e do estabelecimento de uma melhora mais abrangente e


nt

duradoura. (Pereira, Rangé; in Rangé; 2011)


Sa

• Objetivo maior da terapia cognitiva é tornar o paciente seu próprio terapeuta.


Outro objetivo é ensinar ao paciente a revisar consigo mesmo se seus pensamentos
são verdadeiros, ou não.
O objetivo final da terapia cognitiva busca ensinar o paciente a ser capaz de
reconstruir sua cognição, avaliar o que sustenta, ou não, suas crenças nucleares
negativas e o quanto essas crenças são verdadeiras, ou não.
Assim, o exercício final da terapia cognitiva é capacitar o paciente para que ele
possa aprender a fazer reestruturações cognitivas e conseguir estabelecer

| 56
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

estratégias que perpetuem essa habilidade de maneira duradoura. (Pereira, Rangé;


in Rangé; 2011)

▪ De acordo com Cordioli (2008), Judith Beck afirma que a terapia


cognitiva é uma abordagem:
➢ Ativa = paciente e terapeuta agem constantemente de forma cooperativa
para solucionar os problemas, de maneira a permitir que o próprio paciente
aprenda a identificar e a modificar seus pensamentos. Assim, a função do

41
terapeuta é auxiliar o paciente a usar seus próprios recursos para identificar

3:
erro de lógica, pensamentos e crenças distorcidos e posteriormente corrigi-

:0
10
los, por meio do exame das evidências e da geração de pensamentos

1
alternativos.

02
/2
➢ Diretiva = é uma abordagem dirigida aos problemas apresentados no aqui e

07
agora; sendo os dados da história passada usados somente quando

2/
-2
contribuem para uma maior e melhor compreensão das crenças do paciente.

om
➢ Psicoeducativa = o terapeuta ensina ao paciente o modelo cognitivo, assim

l.c
como a natureza dos seus problemas, o processo terapêutico e a prevenção

ai
gm
de recaída. O terapeuta realiza explanações sobre os mecanismos que
i@
perpetuam a doença, e, além disso, estimula a leitura e a busca do
ut
na

conhecimento sobre o transtorno do qual o paciente é portador.


ta

➢ Estruturada = há uma sequência de sessões previamente estabelecidas.


an
-s

➢ Breve = de uma forma geral, entre a 16° e a 20° sessões já há visível melhora
5

nos transtornos. Destaca-se que casos de transtorno de personalidade


-1
13

exigem número maior de sessões.


.1

➢ Utiliza técnicas cognitivas e/ou comportamentais para alterar crenças dos


99
.1

pacientes. (Cordioli, Grevet; 2019)


70
-7
a

Tarefas de Casa = há a realização de exercícios e experimentos entre as


an

sessões, com o objetivo de aumentar a efetividade e a generalização dos efeitos da


Vi
rra

terapia. Ajuda na formulação de uma ponte entre as sessões.


ze

Exemplo: terapeuta dá ao paciente a tarefa de registrar numa tabela, com os


Be

dias da semana e períodos por dia, seu humor respectivo naqueles períodos.
es
ar

(Cordioli, 2019)
So
a
an

Para o modelo cognitivo, existem erros no processamento da informação,


nt

nos mais variados transtornos mentais, tais erros ocorrem sobre a forma de
Sa

pensamentos disfuncionais e distorções cognitivas. (Cordioli, Grevet; 2019)

- Exemplos de DISTORÇÕES COGNITIVAS:

➢ Inferência arbitrária = Concluir o contrário do que apontam as


evidências ou sem o necessário suporte de evidências;
➢ Abstração seletiva ou filtro mental = concluir baseando-se apenas
em uma pequena parte dos dados; tendência a focalizar apenas um

| 57
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TTP e Personalidade

detalhe retirado de um contexto, ignorando outros aspectos. Por


exemplo: “sou impotente” (após apenas uma falha de ereção).
➢ Magnificação/Maximização e Minimização = avaliar
distorcidamente a importância relativa dos eventos, de um atributo
pessoal ou de uma possibilidade futura; maximiza aspectos
negativos e/ou minimiza os positivos.
➢ Personalização = tendência a se ver como causador de fatos ruins,
sem o ser de fato; relacionar eventos externos à própria pessoa

41
quando não há base suficiente para tanto; por exemplo: “se algo

3:
acontecer em meu casamento, a culpa será só minha”.

:0
10
➢ Pensamento Dicotômico ou absolutista = pensamento “tudo ou

1
nada”; tendência a interpretar as experiências em termos de

02
/2
categorias opostas e polarizadas; classificar as pessoas ou a si mesmo

07
em categorias rígidas e estanques, como bom ou mal, tudo ou nada;

2/
-2
➢ Pensamento catastrófico = prever o pior desfecho possível,

om
ignorando as alternativas; tendência a exagerar a probabilidade ou

l.c
magnitude dos efeitos de uma situação. Por exemplo: Quando o filho

ai
gm
não atende o telefone, achar que o filho foi sequestrado.
i@
➢ Pular para conclusões = tendência a chegar a uma conclusão na
ut
na

ausência de provas suficientes ou por meio de raciocínio lógico falho.


ta

➢ Hipergeneralização = Tendência a ver um único evento negativo


an
-s

como parte de um padrão interminável. Por exemplo, " se eu sentir


5

medo aqui, vou sentir sempre de novo" ou "tudo sempre dá errado


-1
13

para mim" (depois de bater com o carro).


.1

➢ Adivinhação = Tendência a antecipar que as coisas vão dar errado de


99
.1

qualquer maneira, sem base para essa afirmação.


70

➢ Raciocínio emocional = Tendência a tomar as próprias emoções


-7

como provas de uma “verdade”. Por exemplo, se a pessoa sentir


a
an

pânico em uma determinada situação, entende que é porque a


Vi
rra

situação é necessariamente perigosa.


ze

➢ Rotulação = Tendência de escrever erros ou medos como


Be

características estáveis do comportamento, como rótulos pessoais.


es

Por exemplo, "eu sou um fracasso", em vez de “falhei nisso desta


ar
So

vez".
a

Leitura Mental: tendência a antecipar, de forma negativa, o que as


an


nt

outras pessoas irão pensar de você. Ex: “se eu entrar em pânico aqui,
Sa

todos irão pensar que sou doido”.

(Cordioli, 2008)

Principais Conceitos

| 58
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A terapia cognitiva trabalha com a identificação e reestruturação em 3 níveis de


cognição: pensamentos automáticos, crenças intermediárias e crenças nucleares.

- PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS = pensamentos breves e involuntários que


surgem de forma inesperada. São “avaliações espontâneas, geralmente não muito
conscientes, que podem ser mais ou menos correspondentes com a realidade”;
Muitas vezes a pessoa não consegue perceber esses pensamentos, tendo
apenas conhecimento da emoção que se segue.

41
3:
Nível de cognição mais superficial; são espontâneos, repetitivos e sem

:0
10
questionamento quanto a sua veracidade e utilidade. Podem ser mais facilmente

1
identificados pelo paciente. (Pereira, Rangé; in Rangé; 2011)

02
/2
07
- CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS OU CONDICIONAIS = são pressupostos subjacentes;

2/
-2
são eventos cognitivos sob influência das crenças centrais.

om
São atitudes, regras ou crenças “frequentemente expressas na forma de

l.c
“se...então…” e revelam estratégias compensatórias por meio das quais a pessoa

ai
gm
imagina que suas crenças mais negativas não se manifestarão ou não serão
i@
descobertas”. As regras são estruturadas de forma ampla, como: “tenho que fazer
ut
na

tudo certo” ou “não devo confiar nas pessoas”.


ta

Exemplo: “Se fizer o que os outros querem, então as pessoas gostarão de


an
-s

mim e serei feliz”


5
-1
13

São regras e pressupostos criados pelo sujeito para que possa ele conviver
.1

com suas ideias negativas e não adaptativas. Funcionam como mecanismo de


99
.1

sobrevivência, que auxiliam a pessoa a lidar e a se proteger da ativação


70

extremamente dolorosa das suas crenças nucleares. (Pereira, Rangé; in Rangé;


-7

2011)
a
an
Vi
rra

- CRENÇAS CENTRAIS OU NUCLEARES = crenças “muito arraigadas,


ze

precoces, supergeneralizadas e absolutistas em relação a si, aos outros e ao


Be

mundo”. Representa o nível mais profundo do processamento cognitivo e são


es

desenvolvidas a partir da infância. São consideradas verdades absolutas. São mais


ar
So

difíceis de ser acessadas e modificadas.


a

Crenças nucleares, quando desenvolvidas a partir de experiências


an
nt

favoráveis, permitem o surgimento de conceitos positivos de si, como “sou


Sa

competente”; caso contrário, surgem crenças negativas, como “sou inadequado”.


Categorias de crenças centrais:
➢ Desamparo: “Sou fraco”; “Sou inadequado”
➢ Não ser amado (desamor): Não sou bom o suficiente para ser
amado”; “serei abandonado”
➢ Não ter valor (desvalor): “Não tenho valor”; “Sou um lixo” (Cordioli,
2008)

| 59
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TTP e Personalidade

Quando o indivíduo é capaz de alterar o pensamento automático,


consequentemente, também se alteram a emoção, o comportamento e a
resposta fisiológica. Ao se lidar com pensamentos automáticos
disfuncionais, pode-se também acessar as crenças. (Cordioli, 2008)

Tópicos do Plano de Tratamento:

41
1- Conceitualização do problema: A conceitualização cognitiva* consiste em

3:
:0
uma explicação lógica sobre o surgimento e a manutenção do problema do

10
paciente, que começa a ser desenvolvida na primeira entrevista e vai sendo

1
02
aprimorada ao longo das demais sessões;

/2
07
2- Educação do paciente sobre o modelo cognitivo: o paciente é ensinado a

2/
identificar, manejar e modificar seus pensamentos e comportamentos com

-2
o intuito de tornar-se seu próprio terapeuta ao final da terapia;

om
3- Desenvolvimento de uma relação colaboradora: relação colaborada

l.c
ai
terapeuta-paciente;
gm
4- Fortalecimento da motivação para o tratamento: É necessário que o
i@
ut

paciente se sinta motivado para aderir as técnicas terapêuticas;


na

5- Estabelecimento de metas;
ta
an

6- Realização de várias intervenções cognitivas e comportamentais;


-s

7- Esforços para prevenção de Recaídas.


5
-1

(Cordioli, 2008)
13
.1
99

CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA: habilidade clínica de suma importância para o


.1
70

terapeuta; ligada a um entendimento adequado sobre as razões do comportamento


-7

não adaptativo do paciente. Tal entendimento é fundamental para que o


a
an

tratamento não acabe sendo somente uma aplicação de técnicas, sem a


Vi

estruturação que caracteriza a terapia cognitiva.


rra

A conceitualização torna possível criar o foco, com colaboração conjunta de


ze
Be

paciente e terapeuta.
es

A conceitualização cognitiva é o mapa/guia que permite a compreensão de


ar

como o paciente se estruturou para sobreviver e como se protegeu de suas crenças


So

negativas e do ambiente adverso.


a
an

Em suma, a conceitualização é um instrumento para compreensão de como o


nt
Sa

sujeito se organizou para poder interagir com suas crenças nucleares negativas
disfuncionais.
A elaboração da conceitualização é um processo contínuo sujeito à alteração, à
medida que novos dados são revelados.
São elementos fundamentais para elaboração de uma conceitualização:
“diagnóstico clínico do paciente; identificação de pensamentos automáticos,
sentimentos e condutas frente a diferentes situações do cotidiano que mobilizem
afeto e que tenham um significado importante para a pessoa; crenças nucleares e
intermediárias; estratégias compensatórias de conduta que o indivíduo utiliza para

| 60
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

evitar ter acesso às suas crenças negativas; dados relevantes da história do paciente
contribuíram para a formação ou fortalecimento dessas. (Pereira, Rangé; in Rangé;
2011)

• O tratamento, na terapia cognitiva, envolve:


“- avaliação, identificação de problema, delimitação de um foco;
- conceitualização, elaborada de forma colaborativa com o paciente;
- intervenções para diminuir a frequência e a intensidade de pensamentos

41
automáticos negativos e ruminações;

3:
- identificação, questionamento e revisão de pensamentos automáticos

:0
10
negativos;

1
02
- identificação e questionamento de regras e suposições, visando buscar e

/2
testar alternativas para reduzir vulnerabilidade do indivíduo;

07
2/
- prevenção de recaída.” (Pereira, Rangé; in Rangé; 2011)

-2
om
• Tarefa importante do terapeuta é demonstrar ao paciente a conexão que existe

l.c
entre pensamento, sentimento e comportamento. (Pereira, Rangé; in Rangé; 2011)

ai
gm
i@
ut
na

Técnicas Cognitivas:
ta
an
-s

➢ Questionamento socrático e descoberta guiada: O terapeuta guia o


5
-1

paciente por meio de questionamentos, utilizando perguntas as mais


13

abertas possíveis.
.1
99
.1

O questionamento socrático consiste no levantamento das


70
-7

evidências que sustentam (ou não) a lógica do pensamento do paciente,


a

para que seja possível o desenvolvimento de interpretações alternativas. O


an
Vi

questionamento pode ser orientado por perguntas como: "Existem outras


rra

interpretações possíveis? "; " E se o pior acontecer? ".


ze
Be

Investigar evidências que sustentam, ou não, uma crença nuclear é


es
ar

uma das formas de ensinar ao paciente a revisar suas distorções e criar


So

crenças alternativas, mais pautadas na realidade. (Pereira, Rangé; in Rangé;


a
an

2011)
nt
Sa

Descoberta guiada = terapeuta atua como um guia e oferece orientação,


realizando perguntas que apontem para esclarecer a situação dos pacientes
e gerando pontos de vista alternativos.

➢ Identificação de distorções cognitivas: possibilita que a pessoa reconheça


as distorções que alimentam suas crenças.
➢ Registro dos Pensamentos disfuncionais: utilizado na identificação de
pensamentos e emoções do paciente em situações perturbadoras e para sua

| 61
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

posterior reestruturação. Por exemplo: o terapeuta pede que o paciente,


quando experimentar situações desagradáveis, anote a situação que pareça
haver estimulado a emoção. Ou, se tal situação desagradável parecer ter
ocorrido em função de uma corrente de pensamentos, anote-os também.

Tarefa que consiste em solicitar ao paciente que registre situações em que


se sentiu emocionalmente mobilizado e no que estava pensando quando se
sentiu desconfortável. É um instrumento que torna possível ao paciente

41
aprender e reconhecer a conexão entre pensamento, afeto e conduta, além

3:
de verificar evidências favoráveis e contrárias à veracidade ou utilidade de

:0
10
pensamentos automáticos e crenças nucleares negativas. (Pereira, Rangé; in

1
Rangé; 2011)

02
/2
07
➢ Experimentos comportamentais: o terapeuta pode sugerir atividades que

2/
-2
permitam que o paciente teste na realidade a validade de suas crenças. Por

om
exemplo, se um paciente afirma que “Ninguém vai querer sair comigo", pode

l.c
ser combinado que ele convide amigos para sair e, então, podem ser

ai
gm
verificados os reais resultados disso. i@
➢ Técnica do gráfico em forma de pizza: a visualização dos pensamentos em
ut
na

gráficos pode ser útil para que a pessoa discrimine qual sua parcela de
ta

responsabilidade em algum resultado, ou o quanto deseja investir em


an
-s

alguma área da sua vida.


5

➢ Técnica da seta descendente: consiste no questionamento sucessivo sobre


-1
13

o significado de uma determinada cognição, até alcançar o seu significado


.1

mais central.
99
.1

➢ Descatastrofização: tem como objetivo que o indivíduo imagine a


70

consequência mais temida e possa reavaliar essa consequência por meio de


-7
a

diversas técnicas cognitivas.


an

➢ Análise das vantagens e desvantagens de crenças ou de


Vi
rra

comportamentos disfuncionais: seu objetivo é ressaltar as desvantagens e


ze

enfraquecer as vantagens que mantém uma crença.


Be

➢ Role-Playing racional-emocional (ou técnica do ponto e contraponto): o


es

terapeuta propõe uma dramatização em que ele faz a parte “racional”


ar
So

(argumentando a favor da modificação da crença disfuncional), já o paciente


a
an

faz a parte “emocional” (sustentando porque a crença disfuncional ainda é


nt

sentida como disfuncional). Depois, os papéis são trocados.


Sa

➢ Cartões de enfrentamento: são confeccionados cartões que devem ficar


em locais disponíveis para uma leitura em situações de risco. Por exemplo,
um paciente com depressão se encontra numa situação em que não quer
fazer nada, são elaborados cartões como: "não vou me sentir muito melhor"
ou “vou me arrepender depois, quando estiver pensando com mais clareza".
➢ Técnicas de reatribuição: utilizadas quando a pessoa apresenta um padrão
de auto-atribuição de responsabilidades não realistas em relação a vários
resultados negativos. O terapeuta ajuda o paciente a identificar outros
fatores que contribuem para o resultado final.

| 62
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

➢ Realização de diários: paciente anota em um diário determinada situação,


o que sentiu e o pensamento automático que teve.
➢ Tempestade de ideias: diante de um problema, elencar o maior número de
possíveis soluções. Em seguida, eliminar as soluções que não dependem de
uma atitude do paciente. Depois, levantar as consequências positivas e
negativas para cada solução apresentada.
➢ Continuum cognitivo: técnica utilizada quando uma das distorções
predominantes é o pensamento dicotômico. Terapeuta constrói um

41
continuum cognitivo (gráfico linear de 0 até 100%) para a característica

3:
avaliada. Posteriormente, é solicitado que o paciente compare seu

:0
10
desempenho com o de outros sujeitos. (Cordioli, 2008)

1
➢ Autoinstrução: terapeuta solicita ao seu paciente que fale internamente

02
/2
consigo mesmo sobre os pensamentos que o afligem, e sobre a

07
interpretação que ele oferece para as situações críticas com as quais se sente

2/
-2
envolvido. Exemplo do treino de autoinstrução: um paciente com ansiedade

om
social que teme perguntar o preço de um produto em uma loja,

l.c
argumentando que poderia parecer inconveniente e incomodar o vendedor.

ai
gm
O paciente é treinando a se auto instruir da seguinte forma: “se eu perguntar
i@
o preço, independentemente de querer comprar ou não, exercerei meu
ut
na

papel de consumidor, e o vendedor, seu papel de comerciante. O mais


ta

provável é que ele me responda com naturalidade.” A autoinstrução tem


an
-s

sido utilizada em combinação com diversos procedimentos delineados para


5

alterar percepções, pensamentos, imagens e crenças, por meio da


-1
13

manipulação e da reestruturação de cognições não adaptativas. (Referência:


.1

livro RANGÉ, Bernard. Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um


99
.1

diálogo com a psiquiatria. 2001.)


70
-7

• EXEMPLOS DE TÉCNICAS TIPICAMENTE COMPORTAMENTAIS QUE


a
an

TAMBÉM SÃO UTILIZADAS:


Vi
rra
ze

➢ Exposição graduada: Exposição da pessoa a diferentes atividades a partir


Be

de uma hierarquia. A exposição é iniciada com atividades que provocam


es

pouca ansiedade, com o objetivo de reduzir essa ansiedade gradativamente.


ar
So

Tal técnica pode ser realizada inicialmente de forma imaginária.


a

➢ Treino de Habilidades Sociais (THS): Corresponde ao aprendizado de uma


an
nt

série de comportamentos que favorecem um bom desempenho


Sa

interpessoal. Constituído pelos seguintes elementos: treino de habilidades,


redução da ansiedade, reestruturação cognitiva e treino em solução de
problemas.
➢ Planejamento de atividades: é realizada uma programação hora a hora de
atividades para o paciente por meio de uma tabela. Tem como objetivo
evitar que o paciente se entregue à inatividade e ao isolamento social. Tal
recurso pode ter sua eficácia potencializada se for associado a técnica de
mestria e prazer. Esta técnica consiste na avaliação do grau de mestria e de
prazer obtido em cada tarefa programada.

| 63
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

➢ Prescrição de tarefas graduadas: Consiste no planejamento de tarefas


simples, por meio das quais o paciente pode obter sucesso e sentir-se
estimulado a realizar tarefas mais complicadas.
➢ Relaxamento: O terapeuta instrui o paciente a discriminar tensão muscular
de relaxamento em cada conjunto de músculos do corpo, o que irá provocar
um relaxamento inicialmente periférico e depois profundo. (Cordioli, 2008)

➢ Diante do fato de que é comum o uso de técnicas comportamentais, a atual

41
tendência é denominar a terapia cognitiva como Terapia cognitivo-

3:
comportamental (TCC).

:0
10
1
➢ As reações transferenciais NÃO são o foco da TCC.

02
/2
07
CONTRAINDICAÇÕES DA TCC:

2/
-2
• “Doença mental orgânica que implique comprometimento cognitivo (ex.

om
transtornos neurocognitivos maiores);

l.c
Psicose aguda;

ai

gm
• Níveis de ansiedade muito elevados ou incapacidade de tolerar aumento
i@
dos níveis de ansiedade (por exemplo, transtorno da personalidade
ut
na

borderline, transtorno de personalidade histriônica);


ta

• Pacientes com problema caracterológicos graves, incapazes de estabelecer


an
-s

vínculo e de ser honestos com terapeuta (ex. personalidade esquizoide ou


5

esquizotípica, antissocial), ou de se comprometer com as tarefas da terapia;


-1
13

• ausência de motivação.” (Cordioli, Grevet; 2019)


.1
99
.1

PSICOTERAPIA COGNITIVO-CONSTRUTIVISTA
70
-7
a

Assim como a revolução cognitiva alterou as bases da psicoterapia


an


Vi

comportamental, o mesmo ocorre com a corrente cognitivista, com a


rra

chegada dos paradigmas construtivistas. (Abreu; in Rangé; 2011)


ze
Be
es

• Uma das modificações introduzidas pelas referências cognitivo-


ar

construtivistas é o funcionamento da cognição e sua relação com as


So

emoções. (Abreu; in Rangé; 2011)


a
an
nt
Sa

• O processo cognitivo é corporificado, ou seja, os significados que são


criados, comumente, partem das estruturas corpóreo-emocionais, e não dos
processos puramente racionais do pensamento. Assim, a cognição não é
apenas representativa. “Mais do que produzir internamente os significados
do mundo externo, construímos muito mais sentido do que aqueles já
articulados ‘lá fora’”. A cognição é, portanto, proativa, indo além do que é
apresentado a ela. “O mundo interno de significados é uma construção
pessoal ímpar, idiossincrática, sentida, e não exclusivamente
pensada.” (Abreu; in Rangé; 2011)

| 64
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

- Para visões tradicionais da TCC = os erros de pensamento acarretam emoções


disfuncionais.

- Para concepções cognitivo-construtivistas = emoções são estruturas


determinantes na formação de significado, ou seja, há uma primazia da emoção
sobre a forma de se criar e perceber a realidade. (Abreu; in Rangé; 2011)

41
3:
• As pessoas reagem muito mais intensamente à realidade emocional, do que

:0
10
à realidade externa. É a partir da construção interna que atribuímos

1
significados ao que está em nossa volta. (Abreu; in Rangé; 2011)

02
/2
07
Pela perspectiva da psicoterapia cognitivo-construtivista, toda a concepção,

2/

-2
todo conhecimento ou toda a compreensão da realidade sempre serão,

om
primordialmente, um processo interpretativo feito a partir da pessoa que a

l.c
vivência. “Com o passar do tempo, vai sendo criada uma lente (ou um filtro)

ai
gm
que estabelece as bases de nossa vida emocional e através da qual passamos
i@
a enxergar o mundo externo.” (Abreu; in Rangé; 2011)
ut
na
ta

- Modelos mais tradicionais: ênfase no processo de mudança sobre as


an
-s

dimensões mais conceituais (e lógicas) da experiência, manifestados pelos


5

pensamentos. Nomes de destaque: Albert Ellis e e Aaron Beck.


-1
13

- Modelos mais cognitivo- construtivistas: prática mais voltada aos


.1
99

aspectos emocionais da experiência. Nomes de destaque: Michael Mahoney,


.1

Leslie Greenberg, Vittorio Guidano, Óscar Gonçalves, entre outros. (Abreu; in


70

Rangé; 2011)
-7
a
an
Vi
rra

• A emoção contribui para a formação dos significados em nossa estrutura


ze

cognitiva. (Abreu; in Rangé; 2011)


Be
es

Há dois tipos de geração de significados que retratam a forma pela qual nosso
ar


So

organismo se organiza em suas trocas com o mundo: o processamento conceitual


a
an

e o processamento vivencial:
nt

- PROCESSAMENTO CONCEITUAL: mais lento e reflexivo; maneira pela qual


Sa

o conhecimento derivado dos estímulos é processado na consciência ao obedecer


às regras formais do raciocínio analítico.
Exemplo: quando percebemos alguém agindo de maneira inadequada,
pensamos “não é certo agir assim!”. Ou seja, emitimos uma opinião com tendências
classificatórios (como bom ou mau, certo ou errado).
O processamento conceitual proporciona um tipo de conhecimento
que é reflexivo, abstrato, intelectual. Desse processo resulta o que comumente
chamamos de opinião, uma tentativa de organizar a informação em unidades de
conhecimento.

| 65
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

- PROCESSAMENTO VIVENCIAL: mais imediato e rápido; significados advém


da atividade de percepção dos conteúdos que estão tácitos ou corpóreos (e não
explícitos). Nesse nível, não interpretamos as situações sob o ponto de vista lógico,
mas sob a perspectiva emocional. Esse processamento suscita informações a partir
de como as coisas chegam a nós, e não o que nos atinge. Exemplo desse nível de
funcionamento pode ser dado pela frase “estou me sentindo desconfortável”. Esta
afirmativa foge dos princípios lógicos do pensamento, descrevendo formas mais
primitivas de reação.

41
3:
Primeiramente, sentimos algo para, somente depois, pensarmos alguma coisa a seu

:0
10
respeito. Nossa consciência “é a arena de encontro desses dois níveis de

1
02
processamento, isto é, onde conceito se une à experiência.” (Abreu; in Rangé; 2011)

/2
07
2/
• A psicoterapia deve ser um elemento facilitador e autorizador de uma

-2
construção emocional de significados mais integrativa, permitindo uma fusão, cada

om
vez mais ampla, dos aspectos emocionais e cognitivos. (Abreu; in Rangé; 2011)

l.c
ai
• gm
Não são as emoções disfuncionais que devem ser eliminadas e corrigidas,
i@
mas o pensamento que se desenvolve a respeito dessas emoções é que deve ser
ut
na

expandido e refinado. (Abreu; in Rangé; 2011)


ta
an
-s

• Quando o paciente demonstra medo ou angústia, é interessante permitir a


5
-1

expressão emocional, sem desqualificá-la. “Não sofremos pelas nossas emoções,


13

sofremos pelo não entendimento estas emoções” (Guidano,1994) (Abreu; in Rangé;


.1
99

2011)
.1
70
-7

• Segundo Greenberg, emoções podem pertencer a três categorias


a

distintas: emoções primárias, emoções secundárias e emoções instrumentais.


an
Vi

- EMOÇÕES PRIMÁRIAS ADAPTATIVAS: três delas são descritas: raiva na


rra

violação, tristeza frente à perda e medo perante a ameaça. Essas emoções estão
ze

associadas à sobrevivência e ao bem-estar psicológico. São a base da inteligência


Be

emocional.
es
ar

- EMOÇÕES PRIMÁRIAS DESADAPTATIVAS: emoções das quais as pessoas,


So

comumente, arrependem-se, ou se lamentam de tê-las expressado de forma tão


a
an

intensa ou equivocada.
nt

- EMOÇÕES SECUNDÁRIAS DESADAPTATIVAS: ao atingirem a amígdala


Sa

cerebral (centro da luta ou fuga), sofrem a influência e a interferência do córtex


cerebral (sede da razão), mudando, então, sua natureza primária. Tornam-se
respostas ou evitações (intelectualizadas) às emoções primárias. Ou seja, são
usadas pelo sujeito para se proteger das emoções primárias.
Daí, ser possível sentirmos medo de nossa raiva, vergonha de nossos medos,
ou, ainda, raiva de nossa tristeza. “Quando uma pessoa não se sente à vontade para
expressar determinadas emoções, ela não vivencia a emoção em si, mas a
consequência de não saber lidar com esta emoção.”

| 66
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Por exemplo, uma mulher que cresceu sendo ensinada que sempre deveria
agir de forma submissa, em uma situação de frustração, provavelmente chorará ao
invés de mostrar sua raiva.
Dessa forma, as emoções se tornam secundárias quando o sujeito está
sentindo uma emoção, mas a interrompe ou a evita. As emoções secundárias
aparecem quando se procura evitar ou negar aquilo que se está primariamente
sentindo.
- EMOÇÕES INSTRUMENTAIS: refletem mais o estilo geral do que a reação

41
emocional momentânea. Por exemplo, a namorada pode mostrar ao parceiro que

3:
está triste, buscando obter mais atenção. São emoções de natureza mais

:0
10
interpessoal. Não correspondem às emoções sentidas, mas às emoções expressas

1
como forma de manipular e obter o que se deseja. (Abreu; in Rangé; 2011)

02
/2
07
2/
-2
• O trabalho do terapeuta é de transformar emoções desadaptativas e ajudar

om
o paciente a desenvolver respostas mais adaptativas, auxiliando o paciente a:

l.c
Perceber; acessar; transformar suas emoções; e criar um novo significado de seu

ai
gm
comportamento. i@
Exemplo: ajudar um homem agressivo a reconhecer seus sentimentos
ut

primários de dor ou solidão. (Abreu; in Rangé; 2011)


na
ta
an

• A emoção é elemento de partida e de chegada. Somente se muda emoção


-s

com outra emoção, e não com a razão. (Abreu; in Rangé; 2011)


5
-1
13
.1

• A psicoterapia cognitiva-construtivista realiza o trabalho dos três “P”:


99

problema; padrões e processos:


.1
70

- Problema: primeiramente, objetiva-se enfocar o problema com suas


-7

peculiaridades e variações;
a
an

- Padrões: posteriormente, há o aprofundamento da análise dos padrões


Vi

gerais, que mantém o aparecimento dos problemas e que são formados pelas
rra
ze

repetições das dificuldades em pauta.


Be

- Processos: desenvolve-se uma análise mais profunda dos processos nos


es

quais os padrões e os problemas se manifestam. (Abreu; in Rangé; 2011)


ar
So
a

Terapia do Esquema
an
nt
Sa

• Terapia centrada nos esquemas => desenvolvida por Jeffrey Young;


objetivo de ampliar o modelo de terapia cognitiva de Beck, com a finalidade de
tratar pessoas consideradas como pacientes difíceis ou com transtorno de
personalidade.
Embora, posteriormente, o modelo em tenha sido ampliado para outras
questões como depressão e ansiedade crônicas, problemas conjugais difíceis,
transtornos alimentares, abuso de substâncias e agressores criminosas. (Falcone; in
Rangé; 2011)

| 67
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Terapia do esquema = aumenta a abrangência da TCC padrão; ênfase em um


modelo desenvolvimental e em técnicas vivenciais (especialmente na forma de
diálogo) e foco na relação terapêutica.
Objetivo é ajudar os pacientes a mudarem seus padrões de vida
disfuncionais e atingirem suas necessidades centrais de forma adaptativa, por meio
da mudança de esquemas e modos. (Cordioli, 2019)

• A terapia do esquema aumenta abrangência da TCC padrão por:

41
- utilizar um modelo desenvolvimental para discutir as origens do

3:
transtorno com o paciente, bem como os seus estilos de enfrentamento ao

:0
10
longo da vida;

1
02
- utilizar técnicas emocionais vivenciais, especialmente diálogo;

/2
- considerar a relação terapêutica como um ingrediente ativo do

07
2/
tratamento (e não apenas como um recurso para facilitar a Adesão do

-2
paciente)

om
- tratar os aspectos crônicos e de personalidade, em vez dos

l.c
ai
sintomas agudos” (Falcone; in Rangé; 2011)
gm
i@
• O amplo objetivo da Terapia do esquema é ajudar as pessoas a obterem suas
ut
na

necessidades básicas atendidas, de uma forma adaptativa, por meio das mudanças
ta

dos esquemas desadaptativos, dos estilos de enfrentamento e dos modos. O


an
-s

tratamento é feito em duas etapas: na primeira, há a avaliação e a educação; já na


5

segunda, o foco é na mudança, por meio de intervenções cognitivas, vivenciais e


-1
13

comportamentais. (Falcone; in Rangé; 2011)


.1
99
.1

• O modelo teórico de Young parte da ideia de que, desde o nascimento,


70
-7

pessoas possuem necessidades emocionais precoces (vínculos seguros, base


a

estável, previsibilidade, amor, carinho, atenção, aceitação, elogio, empatia e limites


an
Vi

realistas). (Falcone; in Rangé; 2011)


rra
ze

• Uma combinação de fatores de temperamento com necessidades


Be

emocionais não satisfeitas (padrões parentais errático) poderá levar a pessoa a


es
ar

construir formas de atingir tais necessidades por meio de esquemas


So

desadaptativos remotos ou precoces (EDR). (Falcone; in Rangé; 2011)


a
an
nt

EDR = esquemas desadaptativos remotos = relativos a si mesmo e às


Sa


relações com os outros, construídos de padrões auto-derrotistas que começam na
infância ou na adolescência, e se perpetuam ao longo da vida. Por exemplo, uma
criança que cresce em um ambiente carente de afeto e atenção, pode desenvolver
um esquema de privação emocional, manifestando-se, na vida adulta, por
demandas excessivas de afeto e por crenças de não ser amada.
Os EDR se encontram, geralmente, fora da consciência; resistentes à
mudança; mesmo causando sofrimento, são confortáveis e familiares ao sujeito.
(Falcone; in Rangé; 2011)

| 68
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

• Young descreve 18 esquemas, agrupados em cinco domínios:


1- Esquemas do primeiro domínio - Domínio de desconexão e rejeição = Abandono/
instabilidade, desconfiança/ abuso, privação emocional, defectividade/ vergonha,
isolamento social/ alienação.
2-Domínio de autonomia e desempenho prejudicados = esquemas de
dependência/incompetência, vulnerabilidade a danos e doenças, emaranhamento/
subdesenvolvido e fracasso.

41
3-Domínio de limites prejudicados = esquemas de merecimento/ grandiosidade e

3:
de autocontrole/ autodisciplina insuficientes.

:0
10
4- Domínio de orientação para o outro = subjugação, Auto Sacrifício e busca de

1
aprovação/ reconhecimento.

02
/2
5- Domínio de supervigilância e inibição = negativismo/ pessimismo, inibição

07
emocional, padrões inflexíveis/ crítica exagerada e postura punitiva. (Falcone; in

2/
-2
Rangé; 2011)

om
l.c
ai
gm
• Estilos de enfrentamento: i@
- Resignação ao esquema: indivíduo assume o esquema e não luta contra ele;
ut

faz escolhas auto sabotadoras, buscando, por exemplo, parceiros que irão tratá-lo
na
ta

da mesma forma problemática como fizeram os seus cuidadores.


an

-Evitação: indivíduo procura impedir que o esquema seja ativado. Alguns


-s

desses padrões incluem uso de drogas, limpeza compulsiva, evitação de relações


5
-1
13

íntimas, entre outros.


.1

-Hipercompensação: indivíduo pensa, sente, relaciona-se e se comporta de


99

forma oposta ao esquema. Por exemplo, se foi abusada, torna-se


.1
70

abusadora. (Falcone; in Rangé; 2011)


-7
a
an

• Modos do esquema: Esquemas ou Respostas de enfrentamento,


Vi

adaptativas ou não, que estão atualmente ativas para um indivíduo.


rra
ze

Numa visão mais atual, os EDR e os estilos de enfrentamento estão contidos


Be

no modelo dos modos, de qual forma que todos os estilos de enfrentamento


es

passaram a ser considerados como modos de enfrentamento. (Falcone; in Rangé;


ar
So

2011)
a
an
nt
Sa

Terapia de aceitação e compromisso (ACT)


A Terapia de Aceitação e Compromisso é considerada dentro da categoria
das “Terapias Contextuais”. Outras terapias que compõem tal categoria são a
Terapia Comportamental Dialética; Mindfulness; Terapia Metacognitiva e a Terapia
focada na compaixão.
As “Terapias Contextuais”, comumente, aparecem como “terapias de
terceira onda”, embora o termo “Terapias Contextuais” seja mais adequado. Ainda

| 69
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

assim, vale dizer que a “primeira onda” seria associada às tradições


comportamentais; e a “segunda onda” associada às terapias cognitivo-
comportamentais.

TERAPIAS CONTEXTUAIS = Foco em ajudar o sujeito a perceber a relação (e


não necessariamente o conteúdo) que se estabelece entre seus eventos privados e
os eventos públicos. O objetivo é a mudança NÃO a partir da avaliação da validade,
da frequência, ou do conteúdo de comportamentos e cognições disfuncionais. O

41
interesse do terapeuta contextual é explorar a perspectiva do paciente sobre os

3:
contextos associados a determinado pensamento.

:0
10
Ou seja, o objetivo NÃO é uma reestruturação cognitiva; mas permitir a

1
pessoa desenvolva menos evitação experiencial e, por consequência, maior

02
/2
flexibilidade.

07
As terapias contextuais visam a mudança em processos, não em conteúdos.

2/
-2
(Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In Cordioli, Grevet; 2019)

om
l.c
Uma forma de psicoterapia comportamental que utiliza estratégias mindfulness

ai
gm
(atenção ao momento presente) e aceitação, atreladas a estratégias de mudanças
i@
de comportamento e compromisso com valores para aumentar a flexibilidade
ut
na

psicológica. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In Cordioli, Grevet; 2019)


ta
an
-s

- Objetivo = NÃO é eliminar experiências de sofrimento ou desconforto. Seu objetivo


5

é, na verdade, modificar o sofrimento originado dos comportamentos que separam


-1
13

as pessoas de seus valores de vida. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In Cordioli, Grevet;


.1
99

2019)
.1
70
-7

Além disso, a terapia de aceitação e compromisso busca identificar o sofrimento


a

resultante da reação às contingências, ou seja, das coisas que não se pode mudar.
an

Assim, abre espaço para uma nova forma de se relacionar com essas
Vi
rra

contingências, de maneira mais adaptativa. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In


ze

Cordioli, Grevet; 2019)


Be
es
ar

Essa terapia se baseia na teoria comportamental de Skinner e na teoria dos quadros


So

relacionais. Esta última teoria relaciona “a linguagem e a cognição como uma das
a
an

causas do sofrimento e da perda de contato com a experiência desenrola momento


nt

a momento”. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In Cordioli, Grevet; 2019)


Sa

Na terapia de aceitação e compromisso, o sujeito é convidado a olhar para o cenário


atual, percebendo o que os pensamentos informam e, por outro lado, o que é
percebido. Dessa forma, é convidado a promover desfusão cognitiva, ou seja, a
separação entre pensamento e percepção externa. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti.
In Cordioli, Grevet; 2019)

| 70
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

O modelo patológico da ACT se baseia em eventos cotidianos normais que, pelo


contexto ou maneira que acontecem, se tornam problemáticos. (Costa, Tatton-
Ramos, Pizutti. In Cordioli, Grevet; 2019)

Princípios fundamentais da ACT:


• Desfusão cognitiva: pensamentos não são sinônimos da realidade externa.
Em alguns casos, inclusive, distanciam-se da realidade e estão mais ligados
a memórias e relações de outros momentos da vida, carregando essas

41
emoções passadas para o momento presente.

3:
• Aceitação experencial: não se trata de lutar contra a presença de

:0
10
pensamentos, mas de desenvolver atitude de curiosidade e observação

1
deles, mudando a maneira de se relacionar com esses pensamentos.

02
/2
• Contato com o momento presente: observação no aqui e agora;

07
Self contextual: entendimento de que está observando uma parte de si

2/

-2
que forma uma ideia da experiência e um sentido de vida.

om
• Valores: descoberta do que é mais importante para si mesmo

l.c
• Ação comprometida: viver de acordo com os valores de vida e ir em busca

ai
gm
desses valores de forma comprometida. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In
i@
Cordioli, Grevet; 2019)
ut
na
ta

Esses princípios também podem ser descritos como:


an
-s

• Abertura = aceitação e desfusão cognitiva;


5

• Centramento = mindfulness ou momento presente e self como contexto;


-1
13

• Engajamento = valores e ação comprometida. (Costa, Tatton-Ramos,


.1

Pizutti. In Cordioli, Grevet; 2019)


99
.1
70
-7

• Exemplo: Ansiedade em falar em público.


a
an

Numa dada situação passada, a pessoa cometeu um erro durante uma


Vi

apresentação em público, o que gerou reações ruins do público. Isso gerou


rra
ze

pensamentos do tipo “eles me acham burro”, “não sirvo para isso”. Após tal
Be

situação, a pessoa apresenta dificuldades em falar em público.


es

Nesse exemplo, o terapeuta pode distanciar o sujeito desses pensamentos e


ar
So

ajudá-lo a entender que eles não refletem, necessariamente, a realidade. Além


a

disso, o terapeuta pode incentivar a pessoa a explorar seus


an
nt

pensamentos, objetivando mudar a forma de se relacionar com eles (mas isso não
Sa

se trata de modificar o conteúdo dos pensamentos!).


Outra possibilidade para o terapeuta seria ajudar o sujeito a entender que
aquela situação é apenas uma parte de si (self contextual). O terapeuta pode
também questionar os valores do sujeito. Por exemplo, se o objetivo profissional
daquela pessoa é ser, futuramente, um professor, evitar falar em público pode ir
contra esse valor. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In Cordioli, Grevet; 2019)

ACT como uma abordagem funcional contextual de intervenção que vê o


sofrimento humano como originário da inflexibilidade psicológica promovida pela

| 71
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

esquiva experiencial e fusão cognitiva. (Hayes, Strosahl, Bunting, Twohig e Wilson,


2010)
- Esquiva experiencial = tentativa de evitar ou de exercer controle sobre os
eventos psicológicos.
- Fusão cognitiva = fusão ao pensamento ou às palavras; tendência a
interagir com o mundo a partir das funções verbais que lhe foram atribuídas (e.g.,
bom, ruim, feio, melhor), distanciando- se dos eventos propriamente ditos.

41
(Referência: COSTA, Nazaré. Terapia de Aceitação e Compromisso: É uma Proposta

3:
de Intervenção Cognitivista? Perspectivas, São Paulo, 2012)

:0
10
1
02
/2
07
TERAPIA COMPORTAMENTAL

2/
-2
om
• O terapeuta auxilia o paciente na construção de um novo repertório ou no

l.c
ai
fortalecimento de um repertório existente.
gm
i@
ut

A Análise do Comportamento compreende o comportamento humano como


na

sendo possibilitado por três processos históricos: a história da espécie (filogenia),


ta
an

a história do indivíduo (ontogenia) e a história das práticas coletivas (cultura).


-s

No modelo causal de seleção por consequências proposto por Skinner, a


5
-1

ocorrência da ação pode ser explicada pelas relações de contingência


13
.1

(dependência) entre os eventos antecedentes, a própria ação e as consequências


99

que a sucedem. A configuração entre estes três termos especifica a probabilidade


.1
70

de o sujeito agir de uma determinada forma, em um determinado contexto.


-7

(VALE, Antonio Maia Olsen do; ELIAS, Liana Rosa. Transtornos alimentares:
a
an

uma perspectiva analítico-comportamental. Rev. bras. ter. comport. cogn., São


Vi

Paulo, 2011)
rra
ze
Be
es

Um terapeuta comportamental está preocupado com comportamentos


ar
So

reais e não em estados interiores ou antecedentes históricos. O sintoma (por


a

exemplo, medo de multidões ou transtorno por uso de álcool) é tratado


an
nt

diretamente. O terapeuta está interessado em ensinar, treinar e recompensar


Sa

comportamentos que podem efetivamente competir com, e mesmo eliminar,


comportamentos desagradáveis. (Fadiman e Frager)

A teoria comportamental se baseia nas teorias e nos princípios da


aprendizagem para explicar o surgimento, a manutenção e a eliminação dos
sintomas. Dentre esses princípios, destacam-se:
- o condicionamento clássico, de Pavlov
- o condicionamento operante, Skinner
- a aprendizagem social, de Bandura, e a habituação. (Cordioli, 2008)

| 72
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Os primeiros comportamentalistas eram partidários do chamado behaviorismo


radical, tendo Watson, Skinner e Wolpe como alguns dos seus representantes. A
esses estudiosos interessava apenas o comportamento observável. Mais
recentemente, a escola comportamental passou a se interessar pelos processos
cognitivos, entendendo que esses podem influenciar o comportamento. Autor
importante nessa transição foi Bandura, ao propor que crenças de auto eficácia
eram cruciais para o indivíduo iniciar ou não um comportamento. (Cordioli, 2008)

41
3:
Cuidado!

:0
10
Há autores que consideram Watson referência do Behavorismo clássico; já

1
02
Skinner como referência do denominado Behavorismo radical.

/2
07
2/
• EXEMPLOS DE TÉCNICAS:

-2
om
➢ Exposição: pode ser uma exposição gradual ou instantânea (inundação). A

l.c
ai
técnica de exposição consiste em colocar a pessoa em contato direto com a
gm
situação ou com o evento gerador de ansiedade. Assim, a cada exposição, o
i@
paciente vai se habituando e, ao longo das exposições, a ansiedade vai
ut
na

diminuindo.
ta
an
-s

➢ Prevenção de respostas: se abster de realizar rituais (por exemplo,


5

verificações, lavar as mãos compulsivamente); O estímulo desencadeante


-1
13

do ritual de limpeza é apresentado e o paciente é impedido de realizá-lo, até


.1
99

que não sinta mais ansiedade.


.1
70
-7

➢ Modelação: demonstração de um comportamento desejável pelo terapeuta


a
an
Vi

➢ Reforço positivo: tornar um evento agradável contingente a um


rra

comportamento desejável, como elogiar ou dar um prêmio.


ze
Be

➢ Reforço negativo: remoção de algo desagradável.


es
ar
So

➢ Extinção: remoção de reforços positivos pode levar ao enfraquecimento, e


a
an

mesmo ao desaparecimento, de um comportamento.


nt
Sa

➢ Terapia aversiva: pareamento de estímulos com o comportamento


indesejável (como o uso de substâncias que fazem o sujeito passar mal ao
ingerir álcool).

➢ Relaxamento muscular e treinamento para respiração

➢ Biofeedback

| 73
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

➢ Reversão de hábitos

➢ Treino de habilidades sociais: o treino de auto-afirmação trabalha a


dificuldade de ser assertivo. No caso de pacientes com esquizofrenia e outras
psicoses graves, eles podem precisar aprender habilidades sociais básicas,
como cumprimentar uma pessoa ou iniciar uma conversação.
(Cordioli, 2008)

41
3:
Relembrando: A tendência atual é integrar a terapia comportamental com a

:0
10
cognitiva, sendo o termo terapia cognitivo-comportamental usado para designar

1
uma modalidade de terapia que utiliza essas duas abordagens. (Cordioli, 2008)

02
/2
07
2/
-2
Condicionamento clássico: estímulos neutros (uma sineta)

om
repetitivamente pareados com o estímulo incondicionado (comida) acabam

l.c
ai
provocando a mesma resposta obtida pelo estímulo incondicionado.
gm
Ou seja, a sineta passa a produzir salivação, tornando-se um estímulo
i@
condicionado. Já a salivação, com o toque da sineta, passa a ser uma resposta
ut
na

condicionada.
ta
an

Acredita-se que esse fenômeno possa explicar o surgimento de sintomas


-s

como as reações de medo a estímulos neutros nas fobias específicas, a fissura em


5
-1

drogaditos, entre outros exemplos. (Cordioli, 2008)


13
.1
99
.1
70
-7
a
an
Vi
rra
ze
Be
es
ar
So
a
an
nt
Sa

• Contracondicionamento: para se quebrar um hábito, um novo


hábito deve ser conectado ao estímulo.
A forma mais conhecida desse condicionamento é o
tratamento de fobias por meio da dessensibilização sistemática,
desenvolvida por Wolpe. Na dessensibilização sistemática, constrói-
se uma hierarquia de situações fóbicas, com o primeiro passo
eliciando pouca ansiedade, e o último desencadeando medo de
intensidade maior. Ensina-se, então, ao paciente o relaxamento, que

| 74
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TTP e Personalidade

é uma resposta incompatível com a ansiedade. O relaxamento é


pareado com a imaginação das situações fóbicas levantadas passo a
passo, iniciando-se com a menos intensa e avançando na hierarquia.
Gradualmente, chega-se à situação de maior medo, que é, assim,
substituída pelo relaxamento.
Outro exemplo é a prevenção de respostas. O
estímulo desencadeante do ritual de limpeza é apresentado e o
paciente é impedido de realizá-lo, até que não sinta mais ansiedade.

41
(Cordioli, 2008)

3:
:0
10
1
Condicionamento operante:

02
novas respostas podem ser fortalecidas

/2
(reforçadas) por eventos que as seguem imediatamente. Assim, a frequência de um

07
2/
comportamento é alterada em razão de consequências negativas, ou positivas.

-2
Para Skinner, os comportamentos podem ser reforçados, extintos ou

om
selecionados não por seus antecedentes (como colocava o condicionamento

l.c
ai
clássico), mas por suas consequências.
gm
Os efeitos/consequências de um comportamento podem determinar o
i@
aumento ou a diminuição de sua frequência. Por exemplo, a esquiva na fobia alivia
ut
na

sintomas de ansiedade, e por isso pode ser adotada sistematicamente.


ta
an
-s

• Comportamento operante: assim denominado, pois a resposta age


5
-1

ou interage no ambiente de modo a modificar esse ambiente (ou seja,


13

opera-se sobre o ambiente). As consequências do comportamento


.1
99

retroagem sobre ele, o que altera a probabilidade de o


.1

comportamento ocorrer novamente.


70
-7
a

REFORÇO: Aumenta a probabilidade do comportamento.


an
Vi

Pode ser:
rra

- Reforço Positivo: quando o estímulo é apresentado,


ze

aumenta a frequência ou intensidade do comportamento que o


Be

antecede (ex: elogio).


es
ar

- Reforço Negativo: aumento da frequência ou intensidade


So

de um comportamento pela remoção de estímulo aversivo ou


a
an

desagradável (ex: esquiva fóbica). (Cordioli, 2019)


nt
Sa

- Reforço Primário: necessário à sobrevivência do organismo.

- Reforço Secundário: adquiriu essa propriedade por associação ao


primário. Os reforços secundários são os mais importantes no
processo de aprendizagem, exemplo: reforço social (como elogio,
afeto). (Cordioli, 2008)

| 75
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TTP e Personalidade

PUNIÇÃO: Diminui a frequência e/ou intensidade do


comportamento.
- Punição Positiva: contato com estímulo desagradável gera
diminuição da intensidade de determinado comportamento.
- Punição Negativa: remoção do acesso a reforços positivos
gera diminuição do comportamento (ex: privação do uso do celuar).
(Cordioli, 2019)

41
3:
Atenção! Já foi questão de prova:

:0
10
1
02
- Reforço Positivo: Exemplo: mãe dá um presente ao filho, se as suas notas

/2
melhorarem.

07
2/
- Reforço Negativo: Exemplo: mãe que retira do filho a realização de tarefas

-2
domésticas, se as suas notas melhorarem.

om
- Punição Positiva: Exemplo: mãe dá um castigo no filho, devido a suas notas

l.c
baixas.

ai
gm
- Punição Negativa: Exemplo: mãe retira o vídeo-game do filho, devido a suas
i@
notas baixas.
ut
na
ta

No caso do adjetivo “positivo”: algo é acrescentado; seja algo bom (reforço),


an
-s

seja algo ruim (punição).


5

Por outro lado, no adjetivo “negativo”: algo é retirado; seja algo bom (punição),
-1
13

seja algo ruim (reforço).


.1
99
.1
70
-7

• Leis e características do comportamento operante: encadeamento,


a

modelagem, generalização, extinção, modo de administrar reforços,


an
Vi

estímulos discriminativos, punição, fuga, esquiva, comportamento verbal, e


rra

outros. (Cordioli, 2008)


ze
Be

Comportamento Governado por regras:


es
ar

• Regras = comportamentos instalados pelas descrições de


So

contingências, sem que indivíduo tenha contato direto com essas


a
an

contingências.
nt
Sa

As regras controlam o comportamento pela descrição das contingências que


ocorrerão se determinado comportamento for emitido (por exemplo, seguir
conselhos, ordens, ou qualquer forma de comportamento verbal que
descreva contingências). (Cordioli, 2008)

Técnicas aversivas = não são eficazes e seu uso é questionado eticamente.


O uso de punição produz uma diminuição temporária na frequência com que
o comportamento ocorre, mas somente enquanto o agente punitivo está
presente. (Cordioli, 2008)

| 76
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TTP e Personalidade

Punições = Informam somente sobre o que não fazer, ao invés de informar


sobre o que fazer. Punições não capacitam o sujeito a aprender qual é o melhor
comportamento para uma dada situação. É o maior impedimento para uma real
aprendizagem. Comportamentos punidos não desaparecem; quase sempre voltam,
disfarçados ou ligados a novos comportamentos. (Fadiman e Frager)

Outros Conceitos Importantes

41
3:
:0
10
- Comportamento Verbal: comportamento operante cuja consequência é mediada

1
por outra pessoa.

02
/2
07
- Modelagem: processo de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas

2/
-2
das respostas desejadas. Por exemplo, para ensinar uma criança a andar de

om
bicicleta, um adulto pode começar reforçando um comportamento que é um

l.c
primeiro passo em direção ao comportamento final e, então, reforçar,

ai
gm
gradualmente, comportamentos que se aproximam cada vez mais doi@
comportamento final desejado.
ut
na
ta

Seligman desenvolveu um modelo experimental para depressão


an
-s

denominado “desamparo aprendido”. Inicialmente, trabalhou com animais


5

(exemplo do rato que, após tomar vários choques, acaba não mais reagindo quando
-1
13

entra em contato com um novo choque). E, depois, ao usá-lo em humanos,


.1

introduziu no modelo o elemento cognitivo. Seligman mostrou como o pensamento


99
.1

da pessoa com depressão é radicalmente negativo e voltado para si próprio.


70
-7

O desamparo aprendido é resultante da exposição a situações de eventos


a
an

incontroláveis que dificultam a aquisição de aprendizagens operantes


Vi
rra

subsequentes. Os eventos incontroláveis são estímulos aversivos apresentados,


ze

independente do comportamento do indivíduo, e isso impede que ele aprenda uma


Be

resposta de fuga/esquiva. Assim, o indivíduo acaba não emitindo uma resposta de


es

fuga mesmo que ela seja possível. O sujeito aprende que suas respostas são inúteis
ar
So

ou insuficientes para alterar as contingências aversivas e posteriormente acaba se


a

comportando de forma passiva frente a novas situações. (fonte:


an
nt

http://www.redepsi.com.br/2008/09/08/desamparo-aprendido/)
Sa

Aprendizagem social
O comportamento pode ser adquirido pela simples observação de outros
indivíduos. De acordo com Bandura, boa parte do comportamento humano é
adquirida por imitação.

| 77
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

- Imitação = processo de aprendizagem por meio do qual o indivíduo muda seu


comportamento após observar, ver ou ler sobre o comportamento de outro
indivíduo. (Cordioli, 2008)

“A teoria da aprendizagem social explica o comportamento humano em termos de


uma interação recíproca contínua entre determinantes cognitivos,
comportamentais e ambientais. (...) Essa concepção do funcionamento humano,
então, não lança as pessoas ao papel de objetos impotentes controlados por forças

41
ambientais, nem ao papel de agentes livres que podem-se tornar o que quiserem. A

3:
pessoa e o seu ambiente são determinantes recíprocos um do outro.” (Bandura)

:0
10
1
(em Hall, Lindzey e Campbell, 2000)

02
/2
07
Habituação

2/
-2
om
Fenômeno natural que ocorre em praticamente todos os seres vivos (como

l.c
ai
insetos, moluscos animais e o próprio homem), em razão do qual as reações de
gm
ansiedade ou desconforto diminuem com o passar do tempo, se o indivíduo
i@
permanece em contato com o estímulo (não nocivo) que as provoca. Destaca-se que
ut
na

a exposição é a principal estratégia psicoterápica utilizada pela terapia


ta
an

comportamental. (Cordioli, 2008)


-s
5
-1

Psicoterapia analítica funcional (FAP)


13
.1
99

A FAP é um tipo de terapia comportamental, mas é diferente das terapias


.1
70

comportamentais tradicionais, tais como o treinamento em habilidades sociais,


-7

reestruturação cognitiva, dessensibilização e terapia sexual.


a
an

“As técnicas utilizadas pela FAP são concordantes com as expectativas dos
Vi

clientes, que buscam uma experiência terapêutica profunda, tocante, intensa. Além
rra

disso, ela também se ajusta muito bem a


ze
Be

clientes que não obtiveram uma melhora adequada com as terapias


es

comportamentais convencionais e àqueles que têm dificuldades em estabelecer


ar

relações de intimidade e/ou têm problemas interpessoais difusos, pervasivos, (...)”


So

“A FAP conduz o terapeuta a uma relação genuína, envolvente,


a
an

sensível e cuidadosa com seu cliente, e, ao mesmo tempo, apropria-se com


nt
Sa

vantagens das definições claras, lógicas e precisas do behaviorismo radical.”

A regra n.ᵒ 1 da psicoterapia analítica funcional (FAP), que é o coração da


FAP, é prestar atenção aos comportamentos clinicamente relevantes (CRB).
Portanto, quanto maior for a proficiência do terapeuta em identificar CRB, melhores
serão os resultados alcançados. Seguir a regra n.ᵒ 1 conduzirá a uma crescente
intensidade, ou seja, a reações emocionais mais fortes entre cliente e terapeuta
durante a sessão.

| 78
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

(Referência: KHOLENBERG, R. J. & TSAI, M. Psicoterapia analítica funcional. Santo


André, SP: ESETec., 2001.)

PSICANÁLISE
- A psicanálise foi a primeira teoria formal sobre a personalidade.
- A visão freudiana da natureza humana é pessimista. O sujeito é fadado à

41
ansiedade, à frustração dos impulsos, à tensão e ao conflito. Possíveis métodos de

3:
:0
avaliação da personalidade são a livre associação e a análise dos sonhos. (SHULTZ;

10
SHULTZ, 2014)

1
02
/2
07
Freud (1856 – 1939) é o pioneiro e o principal nome da Psicanálise. Outro

2/
nome fundamental, posterior à Freud, é o de Lacan (1901 – 1981).

-2
“Freud alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica.” (Bock,

om
l.c
Furtado, Teixeira; 2018)

ai
gm
i@
Atenção! Já caiu em prova
ut
na
ta

A particularidade do diagnóstico psicanalítico repousa sobre o entendimento do


an

sentido do sintoma. Para Freud, a psiquiatria apenas classifica os sintomas, mas


-s

muito pouco diz sobre eles. A teoria psicanalítica opera uma torção na compreensão
5
-1

do adoecimento psíquico, entendida pela psiquiatria, por incluir a história de vida


13
.1

na causação do sintoma.
99
.1
70

A psicanálise, enquanto método psicoterápico, objetiva a obtenção de


-7

insights, mediante a análise sistemática das defesas, na chamada neurose de


a
an

transferência.
Vi

A psicanálise teve seu início nas experiências de Breuer e Freud que, ao


rra
ze

tratar pacientes com sintomas conversivos por meio de hipnose, observaram o


Be

desaparecimento dos sintomas durante o transe hipnótico. Isso era explicado, pois
es

o afastamento de impulsos inaceitáveis da consciência, por meio da repressão, era


ar
So

responsável pelo seu caráter patogênico. E o fato de trazê-los à consciência fazia


a

com que perdessem tal característica e desaparecessem.


an
nt

Freud, posteriormente, abandonou a hipnose e desenvolveu outras formas


Sa

de acessar os conteúdos mentais inconscientes: a livre associação (regra


fundamental da psicanálise), a interpretação dos sonhos e análise da
transferência.

A existência de fatos que não podiam ser recordados pela simples vontade
do indivíduo, mas que geravam sintomas e influenciavam no comportamento, levou
Freud a estabelecer a existência do inconsciente. O inconsciente consiste em forças
alheias à vontade do sujeito, mas que determinam suas escolhas no cotidiano.

| 79
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Lacan, em clássica frase, dá ênfase ao inconsciente: "penso onde não sou, logo sou
onde não penso". (Cordioli, 2008)

São formações do inconsciente: os sonhos, atos falhos, esquecimentos,


chistes e sintomas.
*Chiste = espécie de piada, dito espirituoso; é um processo social, em que há
laço com o outro; produz satisfação.
*Ato falho = Ato pelo qual o sujeito, a despeito de si mesmo,

41
substitui um projeto ao qual visa deliberadamente por uma ação ou uma conduta

3:
imprevista. Exemplo: num jantar conjugal, a mulher se engana e, em vez da

:0
10
mostarda pedida pelo marido, coloca junto ao assado um frasco do qual costuma

1
servir-se para tratar de suas dores de estômago. (ROUDINESCO, Elisabeth; PLON,

02
/2
MICHAEL. Dicionário de psicanálise, trad. Vera Ribeiro, Rio de Janeiro: Jorge Zahar,

07
1998.)

2/
-2
om
Na psicanálise, após as entrevistas preliminares, o analista senta-se de

l.c
ai
costas para o paciente. Não havendo, portanto, um contato visual direto. Isso ocorre
gm
pelo fato de que a ênfase deve ser dada no que é dito, não no contato visual.
i@
ut
na

Para Gabbard (2007), são intervenções típicas das psicoterapias


ta
an

psicodinâmicas destinadas à obtenção de insight: observação; confrontação e


-s

interpretação:
5
-1
13

- Observação: terapeuta chama a atenção, por exemplo, para um


.1
99

comportamento que se repete na terapia, ou para flash de emoção.


.1
70

- Confrontações: Tentativas de levar o paciente a se defrontar com algo ele


-7

está evitando. É importante que a confrontação seja realizada de uma forma gentil
a
an

- Interpretações = consistem em explanações realizadas pelo


Vi

terapeuta, propondo uma nova explicação de sintomas, emoções, pensamentos,


rra

entre outros aspectos de que o paciente ainda não se dava conta.


ze
Be
es

(Referência: Cordioli, A. V.; Giglio, L. Como atuam as psicoterapias: os agentes de


ar

mudança e as principais estratégias e intervenções psicoterápicas. In CORDIOLI, A.


So

V. Psicoterapias: Abordagens atuais. Porto Alegre: Artmed, 2008)


a
an
nt
Sa

Conceitos importantes:
• TRANSFERÊNCIA: consiste na reedição, com o analista, das relações com
objetos do passado. É considerada como resistência, mas também, por outro lado,
instrumento de trabalho fundamental da psicanálise. Para Freud, o trabalho das
resistências e da transferência são centrais no processo terapêutico.

| 80
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TTP e Personalidade

Na denominada neurose de transferência, o paciente passa a deslocar, para


a pessoa do terapeuta, pensamentos e sentimentos voltados, originariamente, para
pessoas importantes do seu passado, repetindo padrões primitivos de
relacionamento. Assim, há uma repetição, na relação com o analista, dos
sentimentos e das fantasias dirigidas a figuras importantes na história do paciente.

Neurose de Transferência = há diferenças entre o surgimento, na situação


analítica, de momentos transferenciais e a instalação de uma neurose de

41
transferência. Na neurose de transferência, “o analisando vive intensa e

3:
continuadamente uma forte carga emocional investida na pessoa do psicanalista,

:0
10
que transborda para fora da sessão e lhe ocupa uma grande fatia do seu tempo e de

1
02
seu espaço mental.” (Zimmerman, 1999)

/2
07
2/
-2
• CONTRATRANSFERÊNCIA: é a contrapartida da transferência. Enquanto a

om
direção na transferência é do analisando para o analista; na contratransferência, a

l.c
ai
direção é do analista para o analisando. Trata-se de uma comunicação de
inconsciente para inconsciente. gm
i@
ut
na

Contratranferência X Contrarresistência
ta
an
-s

Contrarresistência = ocorre em razão da influência do analisando, podendo


5
-1

ser exemplificada com a maneira como o analista utiliza aquilo que Bion chamou de
13

“uma mente saturada” por “memória, desejo, e ânsia de compreensão”. “Assim,


.1
99

pode acontecer que o analista durante a sessão fique confuso, com uma hipertrofia
.1

ou atrofia de seus desejos, com sua memória atrapalhada e, por conseguinte, com
70
-7

um prejuízo de sua indispensável capacidade perceptiva, em razão dos ataques aos


a

vínculos perceptivos (Bion, 1967) desferidos pelo inconsciente do paciente, de tal


an
Vi

sorte que ele pode ficar enredado no jogo resistencial deste último.” (ZIMERMAN,
rra

D. E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, técnica e clínica. Porto Alegre: Artmed,


ze

2007.)
Be
es
ar

• RESISTÊNCIA E REPRESSÃO: Resistência é a força psíquica que age em


So

oposição a tornar algo inconsciente em consciente. São forças profundas e


a
an

arraigadas, manifestadas de forma alheia à vontade do indivíduo, que impedem o


nt
Sa

contato com o conteúdo inconsciente.


Já a repressão, visa a encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma ideia
ou representação insuportável para o sujeito.

• LIVRE ASSOCIAÇÃO: regra fundamental da psicanálise; o sujeito é orientado


pelo analista a falar tudo que vier a sua mente, de forma livre e sem censuras, ainda
que possa parecer vergonhoso ou sem sentido.

| 81
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TTP e Personalidade

• ELABORAÇÃO: é um princípio básico da psicanálise. A interpretação


repetitiva, observação, confrontação e a verbalização podem permitir ao paciente
elaborar seus conflitos.

• DETERMINISMO PSÍQUICO: noção fundamental da psicanálise.


Comumente, o conceito de determinismo aparece ligado ao fato de que eventos
passados, como os ligados à infância, influenciam na vida presente do sujeito.

41
De acordo com Freud, nada ocorre ao acaso, muito menos os processos

3:
mentais. Há uma causa para cada pensamento, para cada memória revivida,

:0
10
sentimento ou ação. Cada evento mental é causado pela intenção,

1
02
consciente ou inconsciente, e é determinado pelos fatos que o precedem.

/2
(Fadiman e Frager)

07
2/
-2
• TORNAR CONSCIENTE O INCONSCIENTE: preceito chave da psicanálise. É o

om
objetivo central de um trabalho analítico.

l.c
ai
• gm
INTERPRETAÇÃO: Toda intervenção que tem como objetivo explicar o
i@
funcionamento psíquico do paciente, seja evidenciando mecanismos defensivos, o
ut
na

padrão de relações objetais ou conteúdo latente (fantasias desejos e conscientes),


ta
an

a partir do material trazido à sessão, por meio da livre associação.


-s

Ferramenta principal do analista; instrumento para dissipar as forças da


5
-1

resistência, com o objetivo de trazer à consciência do paciente desejos e fantasias


13

até então inconscientes.


.1
99

Por meio das interpretações, o paciente pode obter insights sobre padrões
.1

primitivos desadaptados de relações interpessoais e reviver emoções


70
-7

perturbadoras associadas a figuras do passado.


a
an
Vi

• NEUTRALIDADE: A relação terapêutica deve refletir, como espelho, o


rra

conflito do paciente com suas figuras primárias, e não a relação com o analista,
ze

como pessoa real. Ou seja, o analista deve evitar se apresentar como pessoa real na
Be

vida do paciente.
es
ar

O terapeuta é neutro na medida em que evita fazer julgamentos sobre os


So

pensamentos, desejos e sentimentos do paciente.


a
an
nt
Sa

Para Freud, o terapeuta deve manter uma atenção uniformemente


flutuante, isso consiste em não dirigir o reparo para algo específico e em
manter a mesma atenção uniformemente suspensa, em face de tudo o que
escuta do analisando.

• TEORIA TOPOGRÁFICA: divisão da mente em inconsciente, pré-consciente


e consciente. Essas são as três instâncias que formam a primeira tópica freudiana.

| 82
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TTP e Personalidade

- Inconsciente = A maior parte da consciência é inconsciente. No


inconsciente estão as fontes da energia psíquica e as pulsões. O inconsciente
é atemporal, ou seja, não é ordenado temporalmente; a ideia de tempo não
se aplica ao inconsciente. Ele possui leis próprias, é amorfo e desorganizado.

- Pré-consciente = processos psíquicos latentes, suscetíveis de se tornarem


conscientes.

41
- Consciente: recebe as informações do mundo interior e do exterior. Na

3:
consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, além da atenção e do

:0
10
raciocínio.

1
02
/2
(Fadiman e Frager; Roudinesco; Bock, Furtado, Teixeira; 2018)

07
2/
-2
• TEORIA ESTRUTURAL: introduziu as diferentes instâncias psíquicas: o Ego,

om
o ID e o Superego. São os três elementos constituintes da segunda tópica de Freud.

l.c
ai
gm
- Superego = aspecto moral da personalidade; introjeção dos valores e
i@
padrões dos pais e da sociedade. É composto pela consciência
ut
na

(comportamentos pelos quais a criança é castigada) e o ideal de ego


ta

(comportamentos pelos quais a criança é elogiada). (SHULTZ; SHULTZ, 2014)


an
-s

Mergulha suas raízes no ID; exerce função de juiz e censor em relação


5

ao ego. Para Freud, o Superego é herdeiro do complexo de Édipo.


-1
13

“As principais funções do superego são: (1) inibir os impulsos do id,


.1

especialmente aqueles de natureza sexual ou agressiva, uma vez que estes


99
.1

são os impulsos cuja expressão é mais condenada pela sociedade; (2)


70

persuadir o ego a substituir objetivos realistas por objetivos moralistas; e (3)


-7

buscar a perfeição.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


a
an

Papel de juiz ou sensor relativamente ao ego. Funções do superego:


Vi
rra

consciência moral, auto-observação, formação de ideais.


ze

Definido como herdeiro do complexo de édipo, constitui-se por


Be

interiorização das exigências e das interdições parentais.


es

Formação do superego é correlativa do declínio do complexo de


ar
So

édipo: a criança, renunciando à satisfação de seus desejos edipianos


a
an

marcados de interdição, transforma seu investimento nos pais em


nt

identificação com os pais, interioriza a interdição. (PONTALIS, Jean-Baptiste;


Sa

LAPLANCHE, Jean. Vocabulário da psicanálise. São Paulo: MartinsFontes)

- Ego = componente racional da personalidade, responsável pela orientação


e controle dos instintos, de acordo com o princípio da realidade. O ego age
entre as demandas do ID, as pressões da realidade e as ordens do superego.
(SHULTZ; SHULTZ, 2014)
Parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade
externa. Desenvolve-se a partir do ID. O Ego protege o ID, mas é do próprio
ID que extrai a energia para realizar tal tarefa. O Ego controla e regula os

| 83
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TTP e Personalidade

impulsos do ID, a fim de que o sujeito busque soluções menos imediatas e


mais realistas.
“O ego é o executivo da personalidade porque ele controla o acesso
à ação, seleciona as características do ambiente às quais irá responder e
decide que instintos serão satisfeitos e de que maneira. Ao realizar essas
funções executivas imensamente importantes, o ego precisa tentar integrar
as demandas muitas vezes conflitantes do id, do superego e do mundo
externo.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)

41
“Do ponto de vista tópico, o ego está numa relação de dependência

3:
tanto para com as reivindicações do id, com o para com os imperativos do

:0
10
superego e exigências da realidade. Embora se situe como mediador,

1
encarregado dos interesses da totalidade da pessoa, a sua autonomia é

02
/2
apenas relativa.

07
Do ponto de vista dinâmico, o ego representa eminentemente, no

2/
-2
conflito neurótico, o polo defensivo da personalidade; põe em jogo uma

om
série de mecanismos de defesa, estes motivados pela percepção de um afeto

l.c
desagradável (sinal de angústia).

ai
gm
Do ponto de vista econômico, o ego surge com o um fator de ligação
i@
dos processos psíquicos; mas, nas operações defensivas, as tentativas de
ut
na

ligação da energia pulsional são contaminadas pelas características que


ta

especificam o processo primário: assumem um aspecto compulsivo,


an
-s

repetitivo e desreal.” (PONTALIS, Jean-Baptiste; LAPLANCHE, Jean.


5

Vocabulário da psicanálise. São Paulo: MartinsFontes)


-1
13
.1
99
.1

- ID = componente biológico da personalidade; aspecto da personalidade


70

aliado aos instintos; fonte da energia psíquica; opera conforme o princípio


-7

do prazer. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)


a
an

Conjunto de conteúdos de natureza pulsional e de ordem


Vi
rra

inconsciente. É amorfo, atemporal, caótico e desorganizado. As leis lógicas


ze

não se aplicam ao ID; impulsos contrários podem coexistir lado a lado (não
Be

existem contradições), sem que um anule o outro.


es

Assim, O ID é o sistema original da personalidade: ele é a matriz da


ar
So

qual se originaram o ego e o superego. Ele é o reservatório da energia


a

psíquica e fornece toda a energia para a operação dos outros dois sistemas.
an
nt

Freud chamou o id de “a verdadeira realidade psíquica”. (Fadiman e Frager;


Sa

Roudinesco; Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


“Constitui o polo pulsional da personalidade. Os seus conteúdos,
expressão psíquica das pulsões, são inconscientes, por um lado hereditários
e inatos e, por outro, recalcados e adquiridos.” Do ponto de vista
econômico, é o reservatório inicial da energia psíquica. (PONTALIS, Jean-
Baptiste; LAPLANCHE, Jean. Vocabulário da psicanálise. São Paulo:
MartinsFontes)

- Os níveis e estruturas da Personalidade: (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

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Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

41
3:
:0
10
1
02
/2
07
2/
-2
om
l.c
ai
gm
i@
ut
na

• Realidade psíquica = “no processo terapêutico e de postulação teórica,


ta
an

Freud, inicialmente, entendia que todas as cenas relatadas pelos pacientes tinham
-s

de fato ocorrido. Posteriormente, descobriu que poderiam ter sido imaginadas, mas
5
-1

com a mesma força e consequências de uma situação real.


13
.1

Aquilo que, para o indivíduo, assume valor de realidade é a realidade


99

psíquica. E é isso o que importa, mesmo que não corresponda à realidade objetiva.”
.1
70

(Bock, Furtado e Teixeira; 2018)


-7
a
an

São registros fundamentais da realidade humana, de acordo com Lacan: o


Vi

real; o simbólico e o imaginário.


rra
ze
Be
es

• Instintos ou pulsões: Elementos básicos da personalidade; forças


ar

motivadoras que impulsionam o comportamento e determinam o seu rumo. São


So

representações mentais de estímulos que se originam no corpo.


a
an
nt
Sa

-Instinto de vida: impulso de assegurar a sobrevivência do indivíduo e da espécie,


satisfazendo necessidades de comida, água, ar e sexo.
- Instinto de morte: Impulso inconsciente na direção da degeneração, destruição e
agressão. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

• Libido: energia psíquica manifestada pelo instinto de vida sexual; empurra


o sujeito para comportamentos e pensamentos prazerosos. (SHULTZ; SHULTZ,
2014)

| 85
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

• Catexia: investimento de energia psíquica na representação de um objeto


ou pessoa. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

• Princípio do prazer: princípio pelo qual opera o ID a fim de evitar a dor e


maximizar o prazer.

• Princípio da realidade: princípio pelo qual o ego opera para providenciar as


limitações adequadas à expressão dos instintos do ID. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

41
3:
• Processo primário: raciocínio infantil (primitivo) pelo qual o id tenta

:0
10
satisfazer os impulsos instintivos.

1
• Processo secundário: processo de raciocínio maduro necessário para lidar

02
/2
racionalmente com o mundo exterior. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

07
2/
-2
om
As regras técnicas no processo psicanalítico (Zimerman,

l.c
ai
gm
1999) i@
Embora o termo recomendado por Freud seja, na verdade,
ut
na

"recomendações”, elas acabaram sendo habitualmente conhecidas como regras.


ta
an
-s

Classicamente, as regras mínimas para um processo psicanalítico são 4:


5

- A regra fundamental (a livre associação de ideias);


-1
13

- A abstinência;
.1
99

- A neutralidade; e
.1

-A atenção flutuante.
70
-7
a

Zimmermann (1999) acrescenta ainda uma quinta regra: a do amor à


an

verdade. E, ainda, uma sexta regra: a preservação do setting.


Vi
rra
ze

- REGRA FUNDAMENTAL: originalmente, a regra da livre associação de ideias


Be

consistia no compromisso do analisando em associar livremente as ideias que


es
ar

surgissem espontaneamente em sua mente, independentemente de suas inibições,


So

ou de as achar importantes ou não.


a
an

A associação livre, na atualidade, não é encarada como a única forma de o


nt

analisando permitir um acesso ao seu mundo inconsciente. Além disso, a


Sa

associação livre deixou de ser uma imposição do psicanalista, para ser uma
permissão. Assim, o analisando diz o que vier a sua mente, mas no seu ritmo e do
seu jeito. (Zimmermann, 1999)

- REGRA DA ABSTINÊNCIA: classicamente, tal regra foi formulada no período em


que predominavam na clínica psicanalítica as pacientes histéricas, as quais logo
desenvolviam atração erótica com o analista. Freud falava que a abstinência valia
em relação ao analista, como também em relação ao analisando. Essa regra alude,
então, à importância de o psicanalista se abster de qualquer tipo de atividade que

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TTP e Personalidade

não seja a de interpretar, portanto está ligada à proibição de qualquer tipo de


gratificação externa, seja sexual ou social. Somado a isso, o analista deveria
preservar ao máximo o seu anonimato para o paciente.
Na atualidade, contudo, há mais tempo, mais liberdade e menos medo para
uma interação mais íntima com o analisando. Atualmente, o analista trabalha de
forma mais descontraída, com um estilo mais coloquial, com uma menor evitação
de aproximação. Ou seja, hoje, aplicar de forma rígida a regra da abstinência e do
anonimato seria impossível. (Zimmermann, 1999)

41
3:
- REGRA DA ATENÇÃO FLUTUANTE: tal regra é equivalente a regra fundamental

:0
10
para o analisando da associação livre. Mas, aqui, a regra vale para o analista.

1
Atenção flutuante também é conhecida por atenção uniformemente suspensa, ou

02
/2
imparcialmente suspensa. Por essa regra, entendia-se que o terapeuta devia

07
propiciar condições para que se estabelecesse uma comunicação de inconsciente

2/
-2
para inconsciente. A atenção uniformemente flutuante está ligada à ideia de que o

om
terapeuta devia se despojar de seus desejos, de sua memória e de seus próprios

l.c
conhecimentos teóricos. O contrário disso seria um estado mental de uma atenção

ai
gm
excessivamente rígida, na qual o analista se interessaria por informações não
i@
pertinentes à situação analítica, mais sim, ligadas à sua própria curiosidade pessoal.
ut
na

Ressalta-se que a regra da atenção flutuante não deve ser levada ao pé da


ta

letra. Afinal, seria impossível para o analista sustentar tais condições durante todas
an
-s

as sessões, afinal se trata de um ser humano, sujeito ao cansaço e a distrações.


5

(Zimmermann, 1999)
-1
13
.1

- REGRA DA NEUTRALIDADE: tal regra se refere à necessidade de que o analista não


99
.1

se envolva afetivamente com o analisando.


70

Contudo, atualmente, entende-se que o psicoterapeuta deve, sim, se


-7

envolver afetivamente com seu analisando, desde que não fique envolvido nas
a
an

malhas da patologia contratransferencial. Assim, a neutralidade, do sentido


Vi
rra

absoluto do termo, é impossível de ser alcançada. (Zimmermann, 1999)


ze
Be

- REGRA DO AMOR À VERDADE: refere-se à necessidade de que o psicanalista fosse


es

uma pessoa verdadeira. Somente a partir de tal condição a análise poderia,


ar
So

realmente, promover mudanças verdadeiras nos analisandos.


a

Vale dizer que essa verdade não tem uma conotação de ordem moral. O
an
nt

importante, de fato, é a aquisição de uma atitude de ser verdadeiro, especialmente


Sa

consigo próprio. (Zimmermann, 1999)

- A PRESERVAÇÃO DO SETTING: uso adequado das regras técnicas implicaria na


preservação do setting instituído. É função do enquadre normatizar, delimitar e
estabelecer a assimetria (os lugares, os papéis e as funções do analista e do
analisando não são simétricos) e a não similaridade (eles não são iguais).
Destaca-se que a manutenção do enquadre não deve ser obsessivamente
rígida. Assim, o analista precisa manter a preservação do setting no que tem de
essencial, mas, ao mesmo tempo, não cair no extremo de um dogmatismo

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TTP e Personalidade

enrijecido. Assim, é preciso que o analista tenha cuidado na imposição de regras


técnicas, devendo, acima de tudo, levar em conta as peculiaridades pessoais de
cada analisando e de cada situação analítica em particular. (Zimmermann, 1999)

Mecanismos de defesa:
ANSIEDADE = surge quando o ego é muito pressionado

41
- ansiedade moral = conflito entre exigências do id e do superego.

3:
:0
10
- ansiedade frente à realidade = medo dos perigos do mundo real;

1
- ansiedade neurótica = conflito entre a satisfação dos instintos e a realidade;

02
/2
07
Os mecanismos de defesa são estratégias que o ego utiliza para se defender

2/
-2
da ansiedade provocada pelos conflitos da vida cotidiana; envolvem negações ou

om
distorções da realidade. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

l.c
ai
gm
São padrões de funcionamento mental e comportamental utilizados para
i@
lidar com ansiedade e angústia. Mecanismos de defesa tem a função de manter a
ut

homeostase do aparelho psíquico. Assim, os mecanismos de defesa são utilizados


na
ta

pelas pessoas cotidianamente.


an
-s
5

Quando em pressão, devido à ansiedade excessiva, o ego precisa tomar


-1
13

medidas extremas para aliviar essa pressão. Tais medidas são, exatamente, os
.1

mecanismos de defesa. Os mecanismos de defesa têm duas características em


99
.1

comum: (1) eles negam, falsificam ou distorcem a realidade e (2) eles operam
70

inconscientemente, de modo que a pessoa não tem consciência do que está


-7

acontecendo. (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


a
an
Vi
rra

- EXEMPLOS DE MECANISMOS DE DEFESA:


ze
Be

➢ Somatização: forma de desviar a energia do conflito e da angústia


es

para o corpo, na forma de dor.


ar
So
a
an

➢ Idealização: parte do pressuposto de que existe uma figura perfeita,


nt

detentora do saber e da verdade.


Sa

➢ Sublimação: considerada um mecanismo de defesa bem-sucedido.


A energia originalmente dirigida para propósitos sexuais ou agressivos é
direcionada para novas finalidades, como finalidades artísticas,
intelectuais ou culturais.

➢ Negação: é a tentativa de não aceitar, na realidade, um fato que


perturba o ego. As pessoas têm a tendência de fantasiar que certos

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TTP e Personalidade

acontecimentos não são assim, ou que não aconteceram. A capacidade de


lembrar-se incorretamente de fatos é uma forma de negação comum.

➢ Racionalização: é o processo de achar motivos aceitáveis para


pensamentos e ações que, na verdade, são inaceitáveis. A pessoa apresenta
uma explicação logicamente inconsistente ou eticamente aceitável para
uma atitude, ação, ideia ou sentimento.

41
➢ Formação reativa: Substitui comportamentos e sentimentos

3:
opostos ao desejo real; é uma inversão clara e, em geral, inconsciente do

:0
10
desejo. Por exemplo, o sujeito diz que odeia certa pessoa, quando, na

1
verdade, admira ou ama aquela pessoa.

02
/2
Assim, essa medida defensiva envolve substituir, na consciência, um

07
impulso ou sentimento gerador de ansiedade pelo seu oposto. Por

2/
-2
exemplo, o ódio é substituído pelo amor. O impulso original ainda existe,

om
mas é encoberto ou mascarado por outro.

l.c
ai
gm
➢ Projeção: é o ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as
i@
qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio. A
ut
na

pessoa pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar
ta

consciente do fato de que a ideia ou comportamento temido, na realidade,


an
-s

é dela mesma. A variável crítica na projeção é que não vemos em nós


5

mesmos o que parece claro e Óbvio nos outros. Por exemplo, digo que
-1
13

minha mãe está furiosa comigo, quando, na verdade, eu é quem estou


.1

furiosa com minha mãe.


99
.1

A fonte da ansiedade é atribuída ao mundo externo, em vez de aos


70

impulsos primitivos do indivíduo ou às ameaças da consciência.


-7
a
an

➢ Regressão e Fixação: é um retorno ao nível de desenvolvimento


Vi
rra

anterior ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil. Por


ze

exemplo, nas histórias em quadrinhos de Charley Brown, Linus volta para


Be

um espaço psicológico seguro quando está em situação de tensão. Isso é


es

ilustrado quando ele se sente seguro quando agarra seu cobertor.


ar
So

Na fixação, a pessoa pode ficar fixada nos estágios iniciais do


a

desenvolvimento, porque dar o passo seguinte desperta muita ansiedade.


an
nt

Na regressão, uma pessoa que encontra experiências traumáticas


Sa

recua para um estágio anterior de desenvolvimento. Por exemplo, uma


criança que está assustada com o primeiro dia na escola pode apresentar
um comportamento de bebê, como chorar, ou chupar o dedo.
O caminho da regressão, normalmente, é determinado pelas fixações
anteriores da pessoa. Isto é, as pessoas tendem a regredir a um estágio no
qual estiveram previamente fixadas. Se eram excessivamente dependentes
quando crianças, é provável que se tornem, mais uma vez, excessivamente
dependentes quando sua ansiedade atingir um nível intolerável.

| 89
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TTP e Personalidade

➢ Repressão: afasta da consciência um evento, ideia ou percepção


potencialmente provocadores de ansiedade. No entanto, o elemento
reprimido ainda faz parte da psique, apesar de inconsciente.
A repressão ocorre quando uma escolha de objeto que provoca um
alarme indevido é empurrada para fora da consciência por uma anticatexia.
Por exemplo, podemos impedir que uma memória perturbadora se torne
consciente, ou que uma pessoa não enxergue algo que está bem à vista
porque a percepção daquilo está reprimida. A repressão pode, inclusive,

41
interferir no funciona mento normal do corpo. Uma pessoa pode ficar

3:
sexualmente impotente por ter medo do impulso sexual.

:0
10
1
➢ Recalque: suprimi a percepção do que está acontecendo. O sujeito

02
/2
“não vê” e/ou “não ouve” o que ocorre. Para Bock, Furtado, Teixeira (2018),

07
é o mais radical dos mecanismos de defesa. Isso porque, diferente dos

2/
-2
demais mecanismos (que deformam a realidade), o recalque suprimi a

om
própria percepção.

l.c
ai
gm
Cuidado! Regressão, Recalque e Repressão são diferentes! Não confunda! Se
i@
ainda não está claro, volte no texto e leia os três últimos mecanismos descritos!
ut
na
ta

(Cordioli; Eizirik, Hauck, 2009; Fadiman e Frager, 1986; Hall, Lindzey e


an
-s

Campbell, 2000; Bock, Furtado, Teixeira, 2018)


5
-1
13

- Alguns Mecanismos de defesa: (SHULTZ; SHULTZ, 2014)


.1
99
.1
70
-7
a
an
Vi
rra
ze
Be
es
ar
So
a
an
nt
Sa

• A identificação e o deslocamento: são dois métodos pelos quais o


indivíduo aprende a resolver as frustrações, os conflitos e as ansiedades.
Na identificação, alguém assume as características de outra pessoa e torna-
as uma parte integrante de sua personalidade. Nós escolhemos como modelos
aqueles indivíduos que nos parecem mais bem-sucedidos.

| 90
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TTP e Personalidade

No deslocamento, quando uma escolha de objeto original de um instinto se


torna inacessível por barreiras externas ou internas (anticatexias), uma nova catexia
se forma, a menos que ocorra uma forte repressão. Se essa nova catexia também é
bloqueada, ocorre um outro deslocamento, e assim por diante, até ser encontrado
um objeto que traga certo alívio para a tensão encurralada. (Hall, Lindzey e
Campbell, 2000)

Atenção! O deslocamento também pode aparecer como um tipo de

41
mecanismo de defesa. Assim entendido, quando o indivíduo redireciona um

3:
sentimento ou reação acerca de um objeto para outro, geralmente, menos

:0
10
ameaçador.

1
02
/2
Estágios Psicossexuais

07
2/
Na passagem pelos diferentes Estágios Psicossexuais, o prazer muda de uma

-2
zona corporal para outra - da boca para o ânus e, depois, para os genitais. Em cada

om
l.c
fase, a principal fonte de gratificação muda - da alimentação para a eliminação e,

ai
posteriormente, para a atividade sexual.
gm
Freud sugeriu que, “se as crianças recebem pouca ou excessiva gratificação,
i@
ut

em qualquer uma das etapas, estão em risco de desenvolverem uma fixação -


na

uma interrupção no desenvolvimento que pode aparecer na personalidade adulta.


ta
an

Por exemplo, bebês cujas necessidades não são satisfeitas durante a fase oral,
-s

quando a alimentação é a principal fonte de prazer sensual, podem, quando


5
-1

adultos, desenvolver o hábito de roer unhas ou uma personalidade sarcasticamente


13

crítica. Os bebês que recebem tanto prazer oral, que não querem abandonar essa
.1
99

fase, podem posteriormente comer ou fumar compulsivamente. Uma pessoa que


.1
70

na primeira infância teve um treinamento higiênico rígido demais pode fixar-se na


-7

fase anal, quando a principal fonte de prazer era movimentar os intestinos. Uma
a
an

pessoa desse tipo pode ser obsessivamente limpa e caprichosa, rigidamente ligada
Vi

a horários e rotinas ou provocadoramente desleixada.” (Papalia, Feldman)


rra
ze
Be

No processo de desenvolvimento psicossexual, o sujeito, nos primeiros anos


es

de vida, encontra prazer no próprio corpo. (Bock, Furtado, Teixeira; 2018)


ar
So
a

➢ Fase Oral (nascimento aos 12-18 meses): principais fontes de prazer


an

ligadas à região oral (sugar, alimentar-se).


nt
Sa

➢ Fase Anal (12/18 meses até 3 anos): zona de gratificação é a região


anal.
➢ Fase Fálica (3 a 6 anos): zona de gratificação transfere-se
para região genital; superego se desenvolve.
➢ Latência (6 anos até puberdade): relativa calma entre fases mais
turbulentas; diminuição das atividades sexuais, assim, impulsos dirigidos para
atividades não diretamente sexuais; período da escolarização e socialização.
➢ Fase Genital (puberdade até idade adulta): ressurgimento dos
impulsos sexuais da fase fálica, canalizados na sexualidade adulta madura. É

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Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

a última fase e se estende por toda a vida adulta. Os impulsos sexuais


ressurgem e passam a fluir em canais socialmente aprovados.

(Papalia, Feldman; 2013)

- Fases Psicossexuais do Desenvolvimento: (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

41
3:
:0
10
1
02
/2
07
2/
-2
om
l.c
ai
gm
i@
ut
na

COMPLEXO DE ÉDIPO*: a mãe se torna objeto de amor do menino e o pai é


ta
an

visto como seu rival. O menino, então, procura “ser o pai” para ter a mãe, num
-s

processo de identificação com a figura paterna. Com isso, ele começa a “internalizar
5
-1

as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna”.


13
.1

Posteriormente, há o declínio desse complexo, tal processo está ligado ao


99

medo da castração, nos meninos. Com o declínio do complexo, o garoto passa a


.1
70

poder partilhar do mundo social, “pois tem suas regras básicas internalizadas por
-7

meio da identificação com o pai”. (Bock, Furtado, Teixeira; 2018)


a
an
Vi

Cuidado! O complexo de édipo também existe nas meninas, mas ocorre de


rra

forma diferente: “A angústia de castração que promove o declínio do Édipo no


ze
Be

menino representa, na menina, a sua possibilidade de entrada no drama edípico.


es

“Enquanto, nos meninos, o complexo de Édipo é destruído pelo complexo de


ar

castração, nas meninas ele se faz possível e é introduzido através do complexo de


So

castração” (Freud, [1925b] 1976: 318).” (Referência: A castração e seus destinos na


a
an

construção da paternidade. MOREIRA, BORGES; 2010)


nt
Sa

Complexo de Édipo: ocorre durante a fase fálica; consiste no desejo inconsciente


do menino pela mãe, acompanhado do Anseio de substituir ou destruir o pai.

Complexo de Electra: ocorre durante a fase fálica; desejo inconsciente da menina


pelo pai, acompanhado do Anseio de substituir ou destruir a mãe. (SHULTZ;
SHULTZ, 2014)

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Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Melanie kein

- Melanie Klein enfatizou os primeiros cinco a seis meses de vida da criança. Para
ela, os bebês nascem com fantasias que temporariamente tentam satisfazer os
instintos do ID.

41
- As fantasias experimentadas na infância, denominadas objetos internos, são reais

3:
:0
e vividas. Isso porque a criança não consegue distinguir entre o mundo real e o da

10
fantasia. Inicialmente, bebês se relacionam somente com partes dos objetos, sendo

1
02
que a primeira relação de objeto parcial para os bebês é o seio da mãe. A criança

/2
07
passa a julgar o seio como um objeto bom ou objeto mal. Gradativamente, os

2/
bebês começam a se relacionar com o objeto total, não mais com objetos parciais.

-2
Por exemplo, com a mãe como um todo, e não apenas com o seio.

om
l.c
ai
- As demais relações da criança se desenvolvem a partir dessa relação objetal básica,
gm
que começou com seio da mãe. A personalidade adulta, assim, baseia-se na relação
i@
formada nos primeiros meses de vida. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)
ut
na
ta

- Para Melanie Klein, a relação da criança com o seio é fundamental e serve como
an
-s

um protótipo para relações posteriores com objetos totais, como a mãe e o pai;
5
-1
13

- Foco da teoria: papel da fantasia precoce na formação das relações interpessoais.


.1
99

- Para Melanie Klein, “os bebês NÃO começam a vida com uma tela em branco, mas
.1
70

com uma predisposição herdada de reduzir a ansiedade que experimentam em


-7

consequência do conflito produzido pelas forças do instinto de vida e do instinto de


a
an

morte.”
Vi
rra

- POSIÇÃO ESQUIZOPARANOIDE: posição desenvolvida durante os


ze
Be

primeiros 3 a 4 meses de vida; inclui os sentimentos paranoides de ser perseguido;


es

Percepção que o ego tem do mundo externo é subjetiva e fantástica, em vez de


ar

objetiva e real; Seio bom e seio mal são separados; ego dividido.
So
a
an

- POSIÇÃO DEPRESSIVA: Em torno dos 5 ou 6 meses, o bebê começa a ver os


nt

objetos externos como um todo e a entender que o bom e o mau podem existir na
Sa

mesma pessoa; bebê experimenta culpa por seus impulsos destrutivos anteriores
em relação à mãe.

Identificação projetiva: um dos mecanismos de defesa psíquicos. Na identificação


projetiva, “os bebês dissociam partes inaceitáveis de si mesmos, as projetam em
outro objeto e, finalmente, as introjetam de volta
de forma alterada ou distorcida. Ao incorporarem o objeto de volta, os bebês

| 93
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

acreditam que se tornaram como aquele objeto; isto é, eles se identificam com
aquele objeto.”

(Referência: FEIST, Jess; FEIST, Gregory J.; ROBERTS, Tomi-Ann. Teorias da


personalidade. AMGH Editora, 2015.)

Atenção! Já foi questão de prova:

- O ambiente tem efeitos extremamente importantes na tenra infância e na

41
infância posterior, mas daí NÃO se conclui que, sem um ambiente mau, não

3:
:0
existiriam fantasias e ansiedade agressivas e persecutórias.

10
1
02
A importância do fator ambiental só pode ser corretamente avaliada em

/2
07
relação ao que ele significa nos termos dos próprios instintos e fantasias da criança.

2/
(Referência: Segal, H. Introdução à Obra de Melanie Klein.)

-2
om
- Angústia = existe desde o começo de vida, é o motor essencial do

l.c
ai
desenvolvimento psíquico e, ao mesmo tempo, a origem de toda patologia mental.
gm
i@
- Melanie Klein foi pioneira nas seguintes e originais concepções:
ut
na

“1) Criou uma técnica própria de psicanálise com crianças e introduziu o


ta

entendimento simbólico contido nos brinquedos e jogos.


an
-s

2) Postulou a existência de um inato ego rudimentar, já no recém-nascido.


5

3) A pulsão de morte também é inata e presente desde o início da vida, sob a


-1
13

forma de ataques invejosos e sádico-destrutivos contra o seio da mãe.


.1
99

4) Essas pulsões, agindo desde dentro da mente, promovem uma terrível


.1

“angústia de aniquilamento”.
70
-7

5) Para contra-arrestar tais angústias terríveis, o incipiente ego do bebê


a

lança mão de mecanismos primitivos de defesa, como são: “negação onipotente”,


an
Vi

“dissociação”, “identificação projetiva”, “introjeção” e “idealização”.


rra

6) Ela concebeu a mente como um universo de objetos internos que estão


ze

relacionados entre si através das fantasias inconscientes, constituindo a realidade


Be

psíquica.
es
ar

7) Além dos objetos totais, ela concebeu os objetos parciais (figuras


So

parentais representadas unicamente por um mamilo, seio, pênis, etc.).


a
an

8) Postulou uma constante dissociação entre os objetos (seio bom x mau,


nt

idea- lizados x persecutórios, etc.) e entre as pulsões (construtivas x destrutivas,


Sa

etc.).
9) M. Klein concebeu a noção de posição – que é conceitualmente diferente
de “fase evolutiva” – e descreveu as, agora clássicas, posições esquizoparanóide e a
depressiva, que representam uma enorme importância para a teoria e prática
psicanalítica.
10) Suas concepções sobre os mecanismos arcaicos do desenvolvimento
emocional primitivo permitiram uma possibilidade de análise com crianças, com
psicóticos e com pacientes muito regressivos em geral.

| 94
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TTP e Personalidade

11) Para não ficar descompassada com os princípios de Freud, M. Klein


conservou as concepções relativas ao “complexo de Édipo”, e ao “superego”, porém
os situou em etapas bastante mais primitivas do desenvolvimento da criança.
12) Juntamente com os ataques sádico-destrutivos da criança, com as
respectivas culpas e consequentes medos de ataques persecutórios, ela postulou a
importância de a criança, ou o paciente na situação analítica, desenvolver uma
imprescindível “capacidade para fazer reparações”.
13) Deu ênfase extraordinária à importância da inveja primária, como

41
expressão direta da pulsão de morte.

3:
14) Como decorrência dessas concepções, M. Klein promoveu uma

:0
10
significativa mudança na prática analítica no sentido de que as interpretações

1
fossem sistematicamente transferenciais, mais dirigidas aos objetos parciais, aos

02
/2
sentimentos e defesas arcaicas do paciente, e com uma ênfase na prioridade de o

07
analista trabalhar na transferência negativa.” (ZIMERMAN, 1999)

2/
-2
om
l.c
Donald Winnicott
ai
gm
i@
Winnicott propõe que a maturação e o desenvolvimento emocional da criança
ut
na

processam-se em três etapas:


ta
an
-s

1) Integração e personalização: o bebê nasce num estado de não-


5

integração, em que está numa condição de “dependência absoluta”, apesar da sua


-1
13

crença mágica em possuir uma “absoluta independência”.


.1
99

O desenvolvimento normal desse período levaria à obtenção de um


.1

esquema corporal integrado da criança, a “unidade psique-soma”, sendo a


70
-7

personalização como “o sentimento de que a pessoa habita o seu próprio corpo”.


a

2) Adaptação à realidade: a mãe tem papel fundamental de ajudar a criança


an
Vi

a sair da subjetividade total e provê-la com os elementos da realidade objetiva, de


rra

maneira que a criança comece a evocar “aquilo que realmente está à sua
ze

disposição”.
Be

3) Crueldade primitiva: todo bebê tem uma carga genética com uma certa
es
ar

cota de agressividade que, muitas vezes, volta-se contra ela mesma, e que também
So

vem acompanhada da fantasia de ter danificado a mãe.


a
an

Por ouro lado, Winnicott enfatiza os aspectos construtivos da agressividade


nt

e a esperança da criança de que sua mãe lhe compreenda, ame e sobreviva aos seus
Sa

ataques. (Referência: ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos. 1999)

Toda pessoa apresenta algum grau e tipo de dependência, e cabe ao


analista ajudar o paciente a transitar pelas três fases que caracterizam o processo
de dependência:

- a dependência absoluta,
- a dependência relativa

| 95
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

- a fase rumo à independência (independência relativa).

Cuidado! A independência nunca é absoluta!

(Referência: ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos. 1999)

- Fenômenos e objetos transicionais = a passagem do subjetivo mundo


interno e imaginário do bebê para o objetivo e real mundo externo processa-se,

41
inicialmente, por meio de uma espécie de ponte de transição entre ambos os

3:
mundos.

:0
10
Assim, cria-se um espaço virtual, o espaço transicional, porquanto o trânsito

1
02
entre a fantasia e a realidade possibilita um alto potencial e riqueza de criatividade,

/2
inclusive artística. (Referência: ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos. 1999)

07
2/
-2
- Objeto transicional = comumente um bico, travesseiro, ursinho de pano,

om
etc.. Ocupa um lugar e função nesse espaço de ilusão. Caracteriza-se pelo fato de

l.c
que ele deve ser de posse exclusiva da criança, ser amado, conservado por um longo

ai
gm
período de tempo e sobreviver aos ataques mutilatórios que a criança inflige-lhe.
i@
O objeto transicional representa um momento evolutivo estruturante,
ut
na

porém, esse tipo de objeto é suscetível de ter uma evolução patológica, como os
ta

quadros de fetichismo, adições e o de roubos. (Referência: ZIMERMAN,


an
-s

D. Fundamentos Psicanalíticos. 1999)


5
-1
13

- Função de holding = funções da mãe como ego auxiliar até que a criança
.1
99

consiga desenvolver as suas capacidades inatas de pensamento, síntese,


.1

integração, etc..
70
-7

Ou seja, função de sustentação da criança tanto física, como


a

emocionalmente, de modo a garantir-lhe uma continuidade existencial.


an

(Referência: ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos. 1999)


Vi
rra
ze

Importante!
Be
es
ar

- Holding = sustentação física e psicológica nos braços e na subjetividade


So

materna, o que favorece a constituição do bebê como unidade;


a
an

- Handling = manuseio/manejo corporal da criança nas atividades de troca,


nt

banho, favorecedor da personalização ou localização do self num corpo próprio.


Sa

(MEDEIROS; AIELLO-VAISBERG. Reflexões sobre holding e sustentação como


gestos psicoterapêuticos. Psicol. clin., Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, pág. 49-62, 2014)

- Falso self: Quando as falhas ambientais ameaçam a continuidade


existencial da criança, essa vê-se obrigada a deformar o seu verdadeiro self em prol
de uma submissão às exigências ambientais, notadamente dos pais, pela
construção de um “falso self”.

| 96
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Clinicamente, o falso self comumente vem acompanhado de uma sensação


de vazio, futilidade e irrealidade e não deve ser confundido com algum
entendimento de ordem moral ou ética. (Referência: ZIMERMAN, D. Fundamentos
Psicanalíticos. 1999)

Atenção! Já foi questão de prova:

Psicanálise Winnicottiana = privilegia o papel do ambiente na constituição

41
da subjetividade e destaca as figuras do trauma, da regressão à dependência e do

3:
jogo no manejo clínico.

:0
10
1
02
- Jogo dos rabiscos = comum na consulta terapêutica com crianças.

/2
Geralmente, era realizado na entrevista inicial, como forma básica de estabelecer

07
2/
uma comunicação mais livre.

-2
O jogo começava com um rabisco feito pelo terapêuta sobre um pedaço de

om
papel em branco. A criança era estimulada, a partir desse rabisco inicial, a fazer o

l.c
ai
seu. Seguia-se novo traço do terapeuta e assim sucessivamente. Era muito comum
que daí resultassem desenhos. gm
i@
“WINNICOTT ressaltava que o método visava a três finalidades básicas: a de
ut
na

um instrumento diagnóstico, a de facilitar a comunicação interacional e a de


ta
an

funcionar como um recurso terapêutico”. (ZIMERMAN, D. Vocabulário


-s

Contemporâneo de Psicanálise. 2011.)


5
-1
13

Jacques Lacan
.1
99
.1
70

Vertentes que influenciaram decisivamente o pensamento e a obra


-7

psicanalítica de Lacan:
a
an

1) Linguística: inspirado no linguista Saussure que ministrou uma visão


Vi

estruturalista da linguagem.
rra

2) Antropológica: baseada na “antropologia, de enfoque estruturalista”,


ze
Be

concebida e divulgada por Levi-Strauss.


es

3) Filosófica: “Lacan sofreu uma forte influência da obra Fenomenologia do


ar
So

espírito, do filósofo Hegel, que descreve o “diálogo do amo e do escravo”, em cuja


a

relação, cada um desses dois personagens é indispensável ao outro e, ao mesmo


an

tempo, cada um deles está escravizado ao outro. A partir desse modelo, Lacan
nt
Sa

utilizou para a sua teoria analítica a noção dialética de “tese, antítese e síntese”,
assim como também ele formulou a “dialética do desejo” e a do “olhar”.”
4) Psicanalítica: releitura da obra de Freud. (ZIMERMAN, 1999)

“Principais áreas do psiquismo que Lacan estudou mais original e


aprofundadamente:
1) A etapa do espelho, com a imagem do corpo.
2) A linguagem.
3) O desejo.

| 97
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

4) Narcisismo e Édipo.” (ZIMERMAN, 1999)

• “ETAPA DO ESPELHO” = dividida em três fases de seis meses cada uma.


- Primeira fase da etapa do espelho: p “a imagem da totalidade corporal é
antecipada à do esquema corporal real; assim, a criança reage com jubilo diante da
imagem visual completa de si mesmo porque essa contrasta com a fragmentação
do seu corpo. Tal fragmentação, (...) costuma ser traduzido por “despedaçamento”,
ou seja, são “pedaços corporais” que, por razões neurobiológicas, ainda não se

41
juntaram. Por exemplo, a criancinha não concebe que o seu pé, nariz, sensações

3:
corporais provindas de órgãos internos, etc. pertencem a um mesmo e único corpo,

:0
10
o seu.”

1
- Segunda fase da “etapa do espelho”: “a criança, ainda num registro

02
/2
narcisístico-imaginário, identifica-se com o desejo da mãe, ou seja, ela deseja ser o

07
falo da mãe (falo não é sinônimo de pênis, mas sim deve ser entendido como

2/
-2
símbolo do “poder”).”

om
- Terceira fase da metáfora do “espelho”: dos 12 aos 18 meses, em situações

l.c
normais, a criança assume a castração paterna (aqui o conceito de castração não

ai
gm
significa uma privação ou corte de pênis, mas, sim, é uma alusão à função do pai
i@
como o portador da lei que interdita e normatiza os limites da relação diádico-
ut
na

simbiótica da mãe com o filho). A aceitação, por parte do filho, dessa castração
ta

paterna constitui o registro simbólico, o ingresso no triângulo edípico propriamente


an
-s

dito, além de representar o grande desafio às ilusões narcisistas que foram forjadas
5

no registro imaginário das fases anteriores.” (ZIMERMAN, 1999)


-1
13
.1

• LINGUAGEM: “Lacan dá uma extraordinária importância ao aspecto do


99
.1

estruturalismo da linguagem (isso refere-se às relações estabelecidas entre as


70

estruturas linguística e social, vistas como sistemas em comunicação recíproca), de


-7

modo que para ele a “palavra” tem tanto ou mais valor do que a imagem visual, a
a
an

ponto de Lacan declarar que o ser humano está inserido em um universo de


Vi
rra

linguagem.”
ze

“Para Lacan, a linguagem determina o sentido e gera as estruturas da mente,


Be

de forma que, afirma ele, o inconsciente não é uma coisa, nem um lugar: ao mesmo
es

tempo em que a linguagem é estruturante do inconsciente, esse também é


ar
So

estruturado como uma linguagem”


a
an

O que sobremodo importa para Lacan, fundamentado em Freud, é que o


nt

psiquismo inconsciente funciona com uma cadeia de significantes, de tal sorte que
Sa

por meio de “deslizamentos” (por meio de mecanismos de deslocamento,


condensação e simbolização, de forma análoga ao que ocorre com os sonhos) um
significante é remetido a um outro” (ZIMERMAN, 1999)

• DESEJO: Lacan estabelece o funcionamento do psiquismo em três registros:


imaginário, simbólico e real, que interagem concomitantemente.
“Nas primeiras fases da “etapa do espelho”, o registro imaginário da criança
faz-lhe supor que ela e a mãe são a mesma coisa, que ela tem posse absoluta da
mãe, e caso a mãe reforce essa ilusão, crescerá na criança a crença de que o seu

| 98
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

desejo deve ser o de “ser o falo da mãe”, daí o seu desejo passa a ser o de ser o desejo
da mãe.
Quando essa criança ingressa no registro simbólico, o que é conseguido pela
ação interditora daquilo que Lacan chama como “a lei do pai”, ela vai descobrir que
“o desejo de cada um deve-se submeter à lei do desejo do outro”.” (ZIMERMAN,
1999)

NECESSIDADE X DESEJO X DEMANDA:

41
- Necessidade = o mínimo necessário para manter a sobrevivência física e

3:
psíquica, como é o alimento para saciar a fome.

:0
10
- Desejo = alude a uma necessidade que foi satisfeita com um “plus” de

1
02
prazer e gozo, e o sujeito quer voltar a experimentar as sensações prazerosas.

/2
- Demanda = a satisfação dos desejos é insaciável, porquanto o verdadeiro

07
2/
significado da demanda é um pedido desesperado por um reconhecimento e por

-2
amor, como forma de preencher uma antiga e profunda cratera de origem

om
narcisista. Na demanda, há o desejo de ser o único objeto do desejo do outro. No

l.c
entanto, esse objeto é “eternamente faltante”, sendo que o desejo do sujeito não

ai
gm
poderá jamais ser nomeado e circulará metonimicamente de um significante para
i@
outro. (...) Nesses casos, a estrutura do sujeito obriga-o a seguir desejando, de sorte
ut
na

que o “seu desejo é o de desejar”, sendo que essa “dialética do desejo” representa
ta

uma enorme importância na prática psicanalítica.” (ZIMERMAN, 1999)


an
-s
5

- Forclusão (forma extrema de negação) = “impede a ruptura de fusão


-1
13

narcisista com o outro e, portanto, não se produz a capacidade para formar


.1
99

símbolos nem o ingresso no registro simbólico, o que pode ser um dos


.1

determinantes da psicose.” (ZIMERMAN, 1999)


70
-7
a

- “A ausência do pai – no psiquismo da criança – comumemente devido ao


an
Vi

discurso denegridor da mãe, pode propiciar a formação de psicoses e perversões.”


rra

(ZIMERMAN, 1999)
ze
Be

- Ao invés de a sessão durar os habituais 50 ou 45 minutos, para os lacanianos


es
ar

esse tempo “cronológico” foi substituído pelo “tempo lógico”, que alude ao fato de
So

que o importante é a sessão terminar quando se processa na mente do analisando


a
an

o “corte simbólico”, ou seja, a passagem do plano “imaginário” para o plano do


nt

registro simbólico. (ZIMERMAN, 1999)


Sa

ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA E ROGERS


Rogers propôs como condições necessárias e suficientes para que uma
mudança construtiva de personalidade ocorra: autenticidade ou congruência,
compreensão empática e Consideração Positiva Incondicional.

| 99
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A Abordagem Centrada na Pessoa, de Carl Rogers, é embasada na orientação


humanista e também tem traços em comum com a psicologia existencial.

• Psicologia humanista = se opõe ao “triste pessimismo e desespero


inerentes à visão psicanalítica do ser humano, por um lado, e à concepção
de robô do ser humano retratada no comportamentalismo, por outro. A
psicologia humanista é mais esperançosa e otimista em relação ao ser
humano.” A Psicologia humanista “acredita que a pessoa, qualquer pessoa,

41
contém dentro de si o potencial para um desenvolvimento sadio e

3:
criativo. O fracasso em realizar esse potencial se deve às influências

:0
10
coercitivas e distorcedoras do treinamento parental, da educação e de

1
outras pressões sociais. Mas os efeitos prejudiciais podem ser superados se

02
/2
o indivíduo estiver disposto a aceitar a responsabilidade por sua própria

07
vida.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)

2/
-2
om
1. Outro expoente da abordagem humanista da personalidade foi Maslow.

l.c
ai
gm
• “A teoria de Rogers também tem algo em comum com a psicologia
i@
existencial. Ela é basicamente fenomenológica, no sentido de que Rogers
ut
na

enfatizou as experiências das pessoas, seus sentimentos e valores e tudo o


ta

que está contido na expressão “vida interior”.” (Hall, Lindzey e Campbell,


an
-s

2000)
5
-1
13

De acordo com Hall, Lindzey e Campbell, 2000 (2007), Carl Rogers criou e
.1

desenvolveu a denominada Terapia não Diretiva ou Centrada no Cliente. Nas


99
.1

palavras de Rogers, uma terapia bem-sucedida, realizada em condições ótimas


70

significa que:
-7
a
an

• “... o terapeuta foi capaz de estabelecer um relacionamento


Vi
rra

intensamente pessoal e subjetivo com o cliente – relacionando-se não


ze

como um cientista com um objeto de estudo, não como um médico,


Be

esperando diagnosticar e curar – mas como uma pessoa com outra


es

pessoa. (...). Significa que o terapeuta é autêntico, não se escondendo


ar
So

atrás de uma fachada defensiva, mas encontrando o cliente com os


a
an

sentimentos que ele, o terapeuta, está experienciando. Significa que o


nt

terapeuta consegue transmitir parte de seu entendimento empático ao


Sa

cliente. Significa que o terapeuta fica à vontade ao entrar inteiramente


nesse relacionamento, sem saber cognitivamente onde ele vai levar,
satisfeito por criar um clima que permitirá ao cliente a maior liberdade
possível para ser ele mesmo.”

• “Para o cliente, essa terapia ótima significa uma exploração de


sentimentos cada vez mais estranhos, desconhecidos e perigosos nele
mesmo, a exploração só sendo possível porque ele está gradualmente
percebendo que é aceito incondicionalmente. (...)”

| 100
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Um importante aspecto do processo terapêutico, em Rogers, é que, “quando


os clientes percebem que o terapeuta tem uma consideração positiva incondicional
por eles e um entendimento empático de sua estrutura interna de referência, inicia-
se um processo de mudança. Durante tal processo, os clientes ficam cada vez mais
conscientes de seus verdadeiros sentimentos e experiências, e seu autoconceito se
torna mais congruente com as experiências totais do organismo”. (Hall, Lindzey e
Campbell, 2000)

41
3:
• Congruência = abertura à experiência, ausência de defensividade,

:0
10
consciência acurada, autoconsideração incondicional e relações harmoniosas com

1
os outros.

02
/2
É o grau de exatidão entre a experiência da comunicação e a tomada de

07
consciência. Um alto grau de congruência significa que a comunicação (o que você

2/
-2
está expressando), a experiência (o que está ocorrendo em seu campo e a tomada

om
de consciência (o que você está percebendo) são semelhantes.

l.c
Crianças pequenas têm alta congruência. Isso porque expressam seus

ai
gm
sentimentos logo que seja possível, com seu teor total. i@
A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de
ut
na

consciência, a experiência e a comunicação. Por exemplo, pessoas que dizem estar


ta

passando por um período maravilhoso, mas se mostram entediadas.


an
-s
5

Atenção! Já foi questão de prova:


-1
13
.1

Para Carl Rogers, uma pessoa pode ser considerada ajustada e madura
99
.1

quando aceita toda a variedade de experiências sem se sentir ameaçada ou ansiosa,


70

pois ela é capaz de pensar realisticamente. Essa condição pode ser atingida quando
-7

as experiências simbolizadas que constituem o self espelham fielmente as


a
an

experiências do organismo.
Vi
rra
ze

• Self: dentro do campo da experiência está o self. O self não é estável e


Be

imutável, entretanto, observado num certo momento, pode parecer ser estável.
es

Assim, é como uma fotografia, já que uma foto é uma parada de algo que está
ar
So

mudando. Da mesma forma, o self não é nenhuma das fotografias que tiramos dele,
a
an

mas o processo fluido subjacente.


nt

O self é uma Gestalt organizada e consistente num processo constante de


Sa

formar-se e reformar-se, à medida que as situações mudam. O self (ou auto-


conceito) é a visão que uma pessoa tem de si própria, baseada em experiências
passadas, estimulações presentes e expectativas futuras.

• Self ideal: é o conjunto de características que o sujeito mais gostaria de


poder reclamar como descritivas de si mesmo. Assim como o self, é móvel e variável.
A extensão da diferença entre o self e o self ideal é um indicador de desconforto e
insatisfação.

| 101
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

• Autenticidade = nível em que a pessoa se comporta de acordo com o seu


self, e não de acordo com papéis que propiciem falsas representações do self.

Rogers preferia a palavra cliente, ao invés do termo paciente. Isso porque um


paciente é, em geral, alguém que está doente e vai ser ajudado por profissionais.
Por outro lado, um cliente é alguém que deseja um serviço e que pensa não poder
realizá-lo sozinho. Assim, o cliente, embora possa ter problemas, é visto como uma
pessoa inerentemente capaz de entender sua própria situação.

41
3:
• Consideração positiva Incondicional: é uma preocupação que não é

:0
10
possessiva, que não exige qualquer favor pessoal. Não é uma avaliação positiva, já

1
02
que toda avaliação é uma forma de julgamento moral. A Consideração Positiva

/2
Incondicional permite à pessoa ser realmente o que é, não importando o que possa

07
2/
ser.

-2
om
• Campo da experiência: há um campo de experiência único para cada

l.c
ai
sujeito, também chamado “campo fenomenal”. Inclui eventos, percepções,
gm
sensações e impactos dos quais a pessoa não toma consciência, mas poderia tomar
i@
se focalizasse sua atenção nesses pontos. Esse mundo privativo e pessoal pode, ou
ut
na

não, corresponder à realidade objetiva.


ta
an

O campo fenomenal só pode ser conhecido pelo próprio indivíduo. “Ele não
-s

pode ser conhecido por outra pessoa, exceto pela inferência empática, e jamais
5
-1

pode ser perfeitamente conhecido” (Rogers, 1959, p. 210). “Como o indivíduo se


13

comporta depende do campo fenomenal (realidade subjetiva) e não de condições


.1
99

estimuladoras (realidade externa).”


.1

“O campo fenomenal, devemos observar, não é idêntico ao campo da


70
-7

consciência: “A consciência é a simbolização de algumas das nossas experiências”


a

(Rogers, 1959, p. 198). Assim, o campo fenomenal, em qualquer momento dado, é


an
Vi

constituído por experiências conscientes (simbolizadas) e inconscientes (não-


rra

simbolizadas). Mas o organismo pode discriminar e reagir a uma experiência não-


ze

simbolizada. Seguindo McCleary e Lazarus (1949), Rogers chamou isso de


Be

subcepção.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


es
ar
So

• Tendência à auto-atualização: aspectos básicos da natureza humana que


a
an

leva uma pessoa em direção a uma maior congruência e a um funcionamento


nt

realista. Tal impulso não é limitado aos seres humanos, sendo parte do processo de
Sa

todas as coisas vivas.


Assim como uma semente contém dentro de si impulso para se tornar uma
árvore, também uma pessoa é impelida se tornar uma pessoa total, completa e
auto-atualizada.
Todo organismo é movido por uma tendência inerente para desenvolver
todas as suas potencialidades.

| 102
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

• Empatia = é um processo dinâmico e consiste na capacidade de penetrar no


universo do outro, sendo sensível à mobilidade e significação das suas vivências.

(Fadiman e Frager; Hall, Lindzey e Campbell, 2000)

Teoria do funcionamento ótimo = Rogers postulava a existência de certas


tendências e linhas de força e de certas necessidades.
Como o pleno desenvolvimento dessas tendências é função de condições

41
bem determinadas, sua teoria implica a noção de um ótimo na atualização do ser

3:
humano. Esse ótimo pode ser definido como o objetivo da avaliação social, como o

:0
10
resultado final (ideal) da psicoterapia. A pessoa hipotética que se atualizasse

1
plenamente funcionaria, portanto, de um modo ótimo.

02
/2
07
2/
-2
GESTALT-TERAPIA E PERLS

om
l.c
ai
Quando falamos em Gestalt-terapia o nome central é o de Frederick Perls
gm
i@
(1893 – 1970).
ut
na

Para Naranjo (1980), os princípios gerais da Gestalt-terapia são: valorização


ta
an

da realidade: temporal (presente X passado ou futuro); valorização da tomada de


-s

consciência e aceitação da experiência; valorização do todo ou responsabilidade.


5
-1
13
.1

Um importante princípio da abordagem gestáltica é o de que uma análise


99

das partes não pode proporcionar uma compreensão do todo, isso porque o todo
.1
70

é definido pelas interações e interdependências das partes. Assim, as partes de uma


-7

gestalt não mantêm sua identidade quando estão separadas de sua função e lugar
a
an

no todo.
Vi
rra
ze

A teoria da Gestalt ofereceu sugestões sobre os modos pelos quais os


Be

organismos se adaptam para alcançar sua organização e equilíbrio. Um aspecto


es

dessa adaptação envolve a forma pela qual o organismo, num dado campo, torna
ar
So

suas percepções significativas, a maneira pela qual distingue figura e fundo.


a
an
nt
Sa

| 103
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

No caso da figura acima, se o branco for visto como figura e o preto como
fundo, aparecerá um cálice branco; se, por outro lado, o preto por visto como figura
e o branco como fundo, veremos duas cabeças de perfil.
A escola da Gestalt estendeu o fenômeno representado por essa imagem
para descrever a maneira pela qual o organismo seleciona aquilo que é de seu
interesse, em um dado momento.

41
• Para Perls, o encontro do terapeuta com o cliente constitui, acima de tudo,

3:
um encontro existencial entre duas pessoas. (Fadiman e Frager)

:0
10
1
02
Intencionalidade: a mente ou consciência é entendida como intenção e não

/2
pode ser compreendida à parte do que é pensado ou pretendido. (Fadiman e Frager)

07
2/
-2
• Percepção = é um dos temas centrais dessa teoria. “Os experimentos com a

om
percepção levaram os teóricos da Gestalt ao questionamento de um princípio

l.c
ai
implícito na teoria behaviorista — que há relação de causa e efeito entre o estímulo
gm
e a resposta — porque, para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a
i@
resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo
ut
na

percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do


ta
an

comportamento humano.” O fenômeno da percepção “é norteado pela busca de


-s

fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura


5

(objeto).” (Bock, Furtado e Teixeira)


-1
13
.1
99

A tendência da nossa percepção é a de buscar a boa forma. Isso permitirá a


.1

relação figura-fundo. Quanto mais clara estiver a forma (boa-forma), mais clara será
70
-7

a separação entre a figura e o fundo. (Bock, Furtado e Teixeira)


a
an

“Para o gestaltismo, é a lei da boa forma que expressa a organização das


Vi
rra

estruturas (...). Essa lei realiza-se através de diversos princípios tais como
ze

proximidade, semelhança, fechamento, continuação apropriada, entre outros. Em


Be

todos esses princípios pode-se notar um denominador comum: as possibilidades da


es
ar

experiência ultrapassam aquilo que é dado pelo excitante físico. A experiência,


So

longe de marcar uma pura reapresentação do dado, marca a produção de um


a
an

domínio peculiar e inédito que tem no excitante uma causa distante mais do que
nt

um modelo do qual partir.” (Referência: História da psicologia: rumos e percursos /


Sa

organização Ana Maria Jacó-Vilela, Arthur Arruda Leal Ferreira, Francisco Teixeira
Portugal.)

Awareness = é a tomada de consciência global no momento presente, a


atenção ao conjunto da percepção pessoal, corporal e emocional, interior e
ambiental.

Conceitos principais:

| 104
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

O organismo como um todo: de acordo com Perls, qualquer aspecto do


comportamento da pessoa pode ser considerado uma manifestação do todo. Por
exemplo, na terapia, o que o paciente faz (como se movimenta, como fala) fornece
tanta informação a seu respeito quanto o que a pessoa pensa ou diz.
Perls protestava contra a noção de divisão corpo e mente, assim como
contra a divisão interno e externo. Ainda assim, entende-se que há um limite de
contato entre o indivíduo e seu meio. No indivíduo saudável, este limite é fluido,

41
sempre permitindo o contato (formação de uma Gestalt) e, depois, o afastamento

3:
(fechamento da Gestalt) do meio. Por outro lado, no sujeito neurótico, as funções

:0
10
de contato e afastamento estão perturbadas, e ele se encontra frente a um

1
aglomerado de gestalts inacabadas. (Fadiman e Frager)

02
/2
07
Ênfase no aqui e agora: os neuróticos são incapazes de viver no presente,

2/
-2
pois carregam consigo situações inacabadas (gestalts incompletas) do passado. A

om
gestalt-terapia não investiga o passado com a finalidade de procurar traumas ou

l.c
ai
situações inacabadas, mas convida o cliente simplesmente a se concentrar para
gm
tornar-se consciente de sua experiência presente, entendendo que fragmentos
i@
de situações inacabadas e problemas não resolvidos do passado vão surgir como
ut
na

parte dessa experiência presente. À medida que essas situações inacabadas


ta

aparecem, pede-se ao cliente que as experimente de novo, com a finalidade de


an
-s

completá-las e assimilá-las no presente.


5

Viver com a atenção voltada para o presente, e não no passado ou futuro, é


-1
13

algo bom e leva ao crescimento psicológico. A experiência presente de uma


.1
99

pessoa, num dado momento, é a única experiência presente possível, sendo que
.1

a condição para se sentir satisfeito e realizado, a cada momento da vida, é a simples


70
-7

aceitação sincera dessa experiência presente. (Fadiman e Frager)


a
an
Vi

Ansiedade = tensão entre o agora e o depois. (Fadiman e Frager)


rra
ze

Preponderância do combo sobre o porquê: está ligada à ênfase na


Be

importância da compreensão da experiência de uma maneira descritiva, e não


es
ar

causal. Para Perls, o determinante causal (o porquê) da ação não é o mais


So

importante.
a
an

Dessa forma, a ênfase está em ampliar constantemente a consciência da


nt
Sa

maneira como a pessoa se comporta, e não se esforçar para analisar a razão pela
qual a pessoa se comporta. (Fadiman e Frager)

Conscientização: para Perls, o processo de crescimento é um processo de


expansão da auto-consciência. O fator que inibe o crescimento psicológico é a fuga
da conscientização. Perls considera o indivíduo maduro e saudável aquele auto-
apoiado e auto-regulador.

| 105
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TTP e Personalidade

Continuum da consciência = expressa o estar consciente do que estamos


experenciando a cada instante.

A Fuga de uma conscientização contínua impede que o indivíduo encare e


trabalhe com a conscientização desagradável. Assim, a pessoa permanece numa
situação inacabada.
“Estar consciente é prestar atenção às figuras perpetuamente emergentes
da sua própria percepção. Evitar a tomada de consciência é enrijecer o livre fluir

41
natural do delineamento figura e fundo.”

3:
Perls sugere que o terapeuta é, notadamente, uma tela de projeção em que

:0
10
o paciente vê seu próprio potencial ausente. A tarefa da terapia é, exatamente, a

1
02
recuperação desse potencial do cliente.

/2
Um importante instrumento do terapeuta consiste em ajudar o cliente a

07
2/
perceber como ele constantemente se interrompe e evita a conscientização.

-2
(Fadiman e Frager)

om
l.c
ai
Perls entende que a terapia em grupo pode ser extremamente valiosa, ao
gm
fornecer uma situação de mundo microcósmica em que as pessoas podem explorar
i@
suas atitudes e comportamentos, em relação às atitudes e aos comportamentos dos
ut
na

outros. (Fadiman e Frager)


ta
an
-s
5
-1

Obstáculos ao Crescimento
13
.1

Perls descreve quatro mecanismos neuróticos básicos que impedem o


99

crescimento, são eles: introjeção, projeção, confluência e retroflexão.


.1
70
-7

Introjeção: engolir tudo; as pessoas incorporam padrões, atitudes e modos de agir


a
an

e pensar que não são seus de fato. Para os indivíduos introjetivos é difícil distinguir
Vi

entre o que realmente sentem e o que os outros querem que eles sintam. (Fadiman
rra

e Frager)
ze
Be
es

Projeção: é a tendência de responsabilizar os outros pelo que se origina no próprio


ar
So

self. Está ligada a um repúdio de seus próprios impulsos, desejos e


a

comportamentos. (Fadiman e Frager)


an
nt
Sa

O introjetivo faz como os outros gostariam que ele fizesse; já o projetivo faz
aos outros aquilo que os acusa de lhe fazerem.

Confluência: nesse caso, os indivíduos não experenciam nenhum limite entre eles
mesmos e o meio ambiente. Tal mecanismo impossibilita a tolerância das
diferenças entre as pessoas, já que os sujeitos que experienciam a confluência não
podem aceitar um senso de limites, logo, não aceitam a diferenciação entre si
mesmos e as outras pessoas. (Fadiman e Frager)

| 106
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TTP e Personalidade

Retroflexão: nesse mecanismo, indivíduos se voltam contra si mesmos e, ao invés


de dirigir suas energias para a mudança e a manipulação de seu meio ambiente,
dirigem para si próprios. Tornam-se, assim, ao mesmo tempo, sujeito e objeto de
suas ações, sendo alvo de seu próprio comportamento. (Fadiman e Frager)

Em todos os mecanismos descritos, há uma confusão na disseminação de


limites. (Fadiman e Frager)

41
3:
:0
PSICODRAMA E MORENO

10
1
02
O psicodrama foi proposto por J. L. Moreno e parte de uma perspectiva de

/2
07
ser humano pautada nas relações interpessoais e sociais, o que evidencia um

2/
-2
homem espontâneo, criativo e sensível. Assim, o psicodrama visa manter a

om
espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade do homem.

l.c
O drama no psicodrama refere-se ao aspecto da flexibilidade de papel e à

ai
gm
ideia de que podemos retrabalhar nossas vidas como se elas fossem situações
i@
dramáticas e nós fossemos autores teatrais.
ut
na
ta

Já caiu em prova
an
-s
5

A proposta fundamental do psicodrama é oferecer adequação e ajustamento


-1
13

do homem a si mesmo. Nesse sentido, ser espontâneo significa estar presente às


.1

situações, configuradas pelas relações afetivas e sociais.


99
.1

Trata-se de uma psicoterapia cuja proposta é evidenciar a melhor forma de


70

o paciente expressar seus verdadeiros sentimentos e emoções por meio da


-7

representação de personagens em uma atmosfera teatral.


a
an
Vi
rra

A abordagem psicodramática, postulada por Moreno, tem alguns


ze

elementos essenciais: cenário, protagonista, diretor, ego auxiliar, público e cena a


Be

ser apresentada.
es
ar
So

• Espontaneidade = consiste na capacidade de agir de modo adequado


a

diante de situações novas, criando respostas inéditas, renovadoras ou


an
nt

transformadoras de situações preestabelecidas.


Sa

A possibilidade de modificar uma dada situação ou de estabelecer uma nova


situação está ligada à criação: produzir, a partir de algo que já é dado, alguma coisa
nova. A criatividade é indissociável da espontaneidade. A espontaneidade permite
ao potencial criativo atualizar-se e manifestar-se.

• Para Moreno, o homem nasce espontâneo e deixa de ser espontâneo devido


a fatores adversos do meio ambiente. Os obstáculos ao desenvolvimento da
espontaneidade encontram-se tanto no ambiente afetivo-emocional, quanto no
sistema social. Moreno propõe a recuperação da espontaneidade e da criatividade,

| 107
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TTP e Personalidade

através do rompimento com padrões de comportamento estereotipados, com


valores e formas de participação na vida social que acarretam automatização do ser
humano.

Moreno considerava corpo e espírito como inseparáveis e assinalava a


importância da imaginação e da fantasia. Ele descobriu que o fenômeno da
espontaneidade é componente essencial da criatividade, e que as atividades que
estimulam essa característica servem para nutrir a responsabilidade pela liberdade

41
pessoal e interpessoal.

3:
Para Moreno, a espontaneidade/criatividade é o ingrediente central no

:0
10
processo do psicodrama e do viver saudável. Ele é definido como uma nova resposta

1
02
a uma antiga ou nova situação.

/2
07
2/
GONÇALVES, C.S.; WOLFF, J.R.; ALMEIDA, W.C. Lições de psicodrama: introdução ao

-2
pensamento de J.L.Moreno. 5.ed. São Paulo: Ágora, 1998

om
l.c
- ÁTOMO SOCIAL = As pessoas nascem dentro de um átomo social, formado

ai
gm
por suas famílias imediatas ou, como Moreno denominou, seus grupos-modelo. O
i@
átomo social de uma pessoa é um construto dinâmico que cresce, muda e, muitas
ut
na

vezes, encolhe, à medida que o indivíduo vai vivendo sua vida. Ele é espontâneo,
ta

momentâneo e se altera constantemente. É um mapa das conexões sociométricas


an
-s

em determinada situação.
5

Toda vez que se ingressa em um grupo, leva-se consigo os papéis que se


-1
13

desempenha no átomo social do grupo-modelo. Tanto as relações de papéis


.1
99

funcionais, como as disfuncionais, são recriadas nos vários grupos aos quais se
.1

pertence ao longo da vida.


70
-7
a

- TELE = é a corrente de sentimentos que flui entre duas pessoas. Moreno a


an

considerava como a menor unidade de sentimento transmitida de um indivíduo a


Vi
rra

outro. Descreve a gama de sentimentos que subjaz às conexões positivas, negativas


ze

e neutras do átomo social de uma pessoa; é uma experiência interpessoal. É o


Be

principal fator determinante da posição do indivíduo no grupo. Refere-se a


es
ar

“compreender na intimidade”, “avaliar” e “sentir” o modo de ser de outra pessoa.


So

Transferência X Tele: Moreno pensava que a transferência ocorria quando


a
an

um indivíduo desempenhava um papel aprendido anteriormente (velho papel) em


nt

uma situação nova. O tele acontece no aqui e agora, já a transferência ocorre no ali
Sa

e então. “A transferência existe quando a atração ou repulsão que uma pessoa sente
em relação a outra tem que ver somente como uma imagem projetada naquela
pessoa. Essa imagem não coincide necessariamente com a imagem que a outra
pessoa tem em si mesmo.”
O tele é o conhecimento verdadeiro da pessoa com quem se está interagindo
no presente momento. O psicodrama permite que os membros do grupo trabalhem
as relações télicas e transferenciais para, assim, poderem desenvolver novos papéis
para lidar com velhas situações.

| 108
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TTP e Personalidade

(GERSHONI, J. Psicodrama no século XXI. São Paulo: Agora, 2008.)

A dramatização pode possibilitaria reconstituição dos primitivos estágios


evolutivos do indivíduo. São etapas da dramatização:
-Primeira etapa: técnica da dupla = visa ao reconhecimento da
indiferenciação “eu” x "outro".
- Segunda etapa: técnica do espelho = o protagonista sai do palco e, a partir
do público, assiste a representação que uma outra pessoa, no papel de ego auxiliar,

41
faz dele, o que possibilita que se reconheça, a si próprio, assim como na infância ele

3:
reconheceu a sua imagem no espelho.

:0
10
- Terceira etapa; técnica da inversão dos papéis = vai permitir que possa

1
colocar-se no lugar do outro, assim desenvolvendo o sentimento de consideração

02
/2
pelos demais.

07
Destaca-se que essas etapas NÃO são estanques! (ZIMERMAN, David

2/
-2
E. Fundamentos básicos das grupoterapias. Artmed Editora)

om
l.c
ai
PSICOLOGIA ANALÍTICA E JUNG gm
i@
ut
na

- Jung ampliou a definição de libido Freud, redefinindo a libido como uma


ta
an

energia psíquica mais generalizada, que inclui o sexo, mas não se restringe a ele.
-s

Também diferentemente de Freud, que enfatizava os eventos passados, para Jung,


5
-1

o sujeito é mudado tanto pelo seu passado, como pelo seu futuro. (SHULTZ;
13

SHULTZ, 2014)
.1
99
.1

- Jung combinou ideias de história, mitologia, antropologia e religião para


70

formar sua imagem da natureza humana. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)


-7
a
an

- A imagem junguiana da natureza humana era mais otimista e menos


Vi
rra

determinista do que a visão de Freud. Jung entendia que parte da personalidade é


ze

inata e parte é aprendida. Para Jung, a meta principal da vida é a individuação. As


Be

experiências da infância têm importância, mas a personalidade é mais afetada pelas


es
ar

experiências da meia-idade e pelas esperanças para o futuro. (SHULTZ; SHULTZ,


So

2014)
a
an
nt

A abordagem de Jung é denominada Psicologia Analítica. Jung formulou o


Sa

conceito de inconsciente coletivo, sendo que os conteúdos do inconsciente coletivo


são universais. Este conceito é uma grande contribuição de Jung à Psicologia e
constitui uma divergência em relação a Freud.
Freud e Jung foram muito próximos, mas, a partir de certo momento, Jung
trilhou um caminho próprio. A versão mais difundida sobre o motivo dessa ruptura
é a diferença quanto à importância da sexualidade na constituição do sujeito. Jung,
diferentemente de Freud, interessava-se mais pelos aspectos culturais e religiosos
e pela produção de símbolos (Bock, Furtado, Teixeira; 2018).

| 109
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TTP e Personalidade

“A personalidade total, ou a psique, conforme chamada por Jung, consiste


em vários sistemas diferenciados, mas interatuantes. Os principais são o ego, o
inconsciente pessoal e seus complexos, e o inconsciente coletivo e seus arquétipos,
a anima e o animus, e a sombra.
Além desses sistemas interdependentes, existem as atitudes de introversão
e extroversão e as funções do pensamento, do sentimento, da sensação e da
intuição. Finalmente, existe o self, que é o centro de toda a personalidade.” (Hall,
Lindzey e Campbell, 2000)

41
3:
• INCONSCIENTE COLETIVO: inclui materiais psíquicos que não provêm da

:0
10
experiência pessoal. De acordo com Jung, o inconsciente coletivo é como o ar, que

1
02
é o mesmo em todo lugar e respirado por todos, mas não pertence a ninguém. Os

/2
conteúdos do inconsciente coletivo (os arquétipos) são condições ou modelos

07
2/
prévios da formação psíquica em geral. (Fadiman e Frager)

-2
O inconsciente coletivo é a base herdada de toda a estrutura da

om
personalidade. Sobre essa base estão o ego e o inconsciente pessoal, por exemplo.

l.c
ai
“O inconsciente coletivo é o reservatório de traços de memória latentes herdados
gm
do nosso passado ancestral, (...). É o resíduo psíquico do desenvolvimento evolutivo
i@
humano, um resíduo que se acumula em consequência de repetidas experiências
ut
na

ao longo de muitas gerações.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


ta
an
-s

• INCONSCIENTE PESSOAL: mais acessível, quando comparado ao


5
-1

inconsciente coletivo. É uma região adjacente ao ego. O inconsciente pessoal


13

consiste em experiências que antes foram conscientes, mas que agora estão
.1
99

reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas; além disso, é formado por


.1

experiências que foram fracas demais para deixar uma impressão consciente na
70
-7

pessoa. (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


a
an
Vi

Cuidado! Jung trata, separadamente, dos conceitos de Inconsciente Coletivo e


rra

Inconsciente Pessoal. Mas, para Jung, a grande centralidade no processo de


ze

constiuição do sujeito está no Inconsciente Coletivo.


Be
es
ar

• ARQUÉTIPOS: são formas que têm conteúdo próprio que servem para
So

organizar ou canalizar o material psicológico. Também são denominados imagens


a
an

primordiais e correspondem, frequentemente, a temas mitológicos que reaparecem


nt
Sa

em contos e lendas populares de épocas e culturas diferentes. Figuras arquetípicas


incluem a criança divina, o velho sábio e a mãe primordial.
Arquétipos são componentes estruturais do Inconsciente Coletivo. “Um
arquétipo é uma forma universal de pensamento (ideia) que contém um grande
elemento de emoção”. “O arquétipo é um depósito mental permanente de uma
experiência que foi repetida constantemente por muitas gerações. Por exemplo,
incontáveis gerações viram o sol fazer sua excursão diária de um horizonte para
outro. A repetição dessa impressiva experiência eventualmente fixou-se no
inconsciente coletivo como um arquétipo do deus-sol, o corpo celeste poderoso,

| 110
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TTP e Personalidade

dominante, que dá a luz e é deificado e adorado pelos humanos.” (Hall, Lindzey e


Campbell, 2000)
Cada uma das principais estruturas da personalidade são arquétipos: o ego,
a persona, a sombra, a anima (nos homens), o animus (nas mulheres) e o self.

Atenção! Já caiu em prova


Arquétipos = conteúdos do inconsciente coletivo, que representam o papel
de modelos endógenos de condutas e produções imaginativas.

41
3:
:0
➢ Persona: é a forma pela qual as pessoas se apresentam ao mundo. A

10
persona inclui papéis sociais e o tipo de roupa que se escolhe. O termo Persona é

1
02
derivado do latim e equivale à máscara

/2
Assim, a persona é uma máscara adotada pela pessoa em contrapartida às

07
2/
demandas das convenções sociais. O propósito da máscara, muitas vezes, pode

-2
ocultar a verdadeira natureza da pessoa. A persona é a personalidade pública, o

om
papel atribuído a alguém pela sociedade.

l.c
ai
➢ gm
Ego: é o centro da consciência, ele fornece um sentido de
i@
consistência de direção em nossas vidas conscientes.
ut
na

O ego é a mente consciente, sendo formado por percepções, memórias,


ta
an

pensamentos e sentimentos conscientes. O ego é responsável pelos sentimentos de


-s

identidade e de continuidade.
5
-1
13

Quando o ego se identifica com a persona, o sujeito se torna mais consciente


.1
99

do papel que está desempenhando do que de seus sentimentos genuínos (“inflação


.1
70

da persona”). Assim, a pessoa se aliena de si mesma, tornando-se um reflexo da


-7

sociedade, ao invés de um ser humano autônomo. (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


a
an
Vi

➢ Sombra: representa o lado animal da natureza humana, é o centro


rra

do inconsciente pessoal, o núcleo do material que foi reprimido da consciência. A


ze
Be

sombra inclui tendências, desejos, memórias e experiências que são rejeitadas pelo
es

sujeito como incompatíveis com a persona. A sombra representa o que


ar

consideramos inferior em nossa personalidade. Quanto mais o material da sombra


So

tornar-se consciente, menos ele pode dominar.


a
an

Ainda assim, a sombra é parte integral da natureza humana e nunca pode ser
nt
Sa

simplesmente eliminada. A sombra não é apenas uma força negativa. Assim, é um


depósito de considerável energia instintiva e vitalidade, além de ser fonte principal
de nossa criatividade.

➢ Anima ou animus: estrutura inconsciente que representa a parte


sexual oposta de cada indivíduo. Assim, na medida em que uma mulher define a si
mesma em termos femininos, seu animus vai incluir aquelas tendências e
experiências dissociadas que ela definiu como masculinas.

| 111
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TTP e Personalidade

O arquétipo feminino no homem é chamado de anima, e o arquétipo


masculino na mulher é chamado de animus. Tais arquétipos fazem com que cada
sexo manifeste características do outro sexo. Além disso, agem como imagens
coletivas que motivam cada sexo a mostrar compreensão pelos membros do outro
sexo. “O homem apreende a natureza da mulher por meio de sua anima, e a mulher
apreende a natureza do homem por meio de seu animus.” (Hall, Lindzey e Campbell,
2000)

41
➢ Self: unidade, integração; é o arquétipo central, arquétipo da ordem

3:
e totalidade da personalidade. O self frequentemente é figurado em sonhos ou

:0
10
imagens como um círculo ou mandala.

1
“O self é o ponto central da personalidade, em torno do qual todos os outros

02
/2
sistemas estão constelados. Ele mantém esses sistemas unidos e dá à

07
personalidade unidade, equilíbrio e estabilidade” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)

2/
-2
om
(Fadiman e Frager; Hall, Lindzey e Campbell, 2000)

l.c
ai
gm
• INDIVIDUAÇÃO: resultante da integração de todas as facetas conscientes e
i@
inconscientes da personalidade; plena realização das habilidades da pessoa; a
ut
na

individuação só pode ocorrer na meia idade (SHULTZ; SHULTZ, 2014). Toda pessoa
ta

possui uma tendência para individuação, que é o desenvolvimento da totalidade e,


an
-s

assim, um movimento em direção a uma maior liberdade.


5
-1
13

• INTROVERSÃO E EXTROVERSÃO: são consideradas atitudes mentais; cada


.1

indivíduo pode ser caracterizado como sendo primariamente orientado para seu
99
.1

interior, ou para seu exterior. São os dois tipos psicológicos básicos: o tipo
70

introvertido e o tipo extrovertido. E cada um desses dois tipos se subdivide em:


-7

perceptivo, pensativo, sentimental e intuitivo.


a
an

Ninguém é puramente introvertido ou extrovertido, ainda assim, cada


Vi
rra

pessoa tende a favorecer uma ou outra atitude. Introversão não é melhor que
ze

extroversão e vice-versa. O ideal é ser flexível e capaz de adotar qualquer uma


Be

dessas atitudes, quando for apropriado.


es

Os interesses principais dos introvertidos se concentram em seus próprios


ar
So

pensamentos e sentimentos, em seu mundo interior. Já os extrovertidos, envolvem-


a
an

se com o mundo externo das pessoas e coisas. Assim, tendem a ser mais sociais e
nt

conscientes do que está acontecendo a sua volta.


Sa

- Jung identificou quatro funções psicológicas fundamentais: pensamento,


sentimento, sensação e intuição.
- Cada pessoa tem uma função dominante e uma função auxiliar
parcialmente desenvolvida. Assim ninguém desenvolve igualmente bem todas as
quatro funções.

| 112
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TTP e Personalidade

• PENSAMENTOS E SENTIMENTOS: funções racionais; maneiras alternativas


de elaborar julgamentos e tomar decisões.
➢ Pensamento: relacionado com a verdade, com julgamentos
derivados de critérios lógicos e objetivos; ideacional e
intelectual.
➢ Sentimento: tomar decisões de acordo com julgamentos de
valores próprios, como bom ou mal e certo ou errado; é a
função de avaliação; é o valor das coisas, quer positivo quer

41
negativo. Ligado às experiências subjetivas de prazer e dor,

3:
de raiva, medo, tristeza, de alegria e amor.

:0
10
Tipos sentimentais são orientados para o aspecto emocional da experiência.

1
Assim, preferem emoções fortes e intensas (ainda que negativas) a experiências

02
/2
mornas.

07
2/
-2
• SENSAÇÃO E INTUIÇÃO: não racionais; formas de apreender informações.

om
➢ Sensação: enfoque na experiência direta na percepção de detalhes

l.c
de fatos concretos. Ou seja, o que uma pessoa pode ver, tocar e

ai
gm
cheirar; função perceptual ou de realidade. i@
➢ Intuição: forma de processar informações em termos de experiência
ut
na

passada, objetivos futuros e processos inconscientes. Percepção por


ta

meio de processos inconscientes e de conteúdos subliminares. A


an
-s

pessoa intuitiva vai além de fatos, sentimentos e ideias, indo em


5

busca da essência da realidade.


-1
13

O que poderia acontecer e o que é possível são mais importantes para os tipos
.1

intuitivos do que experiência real por si mesma.


99
.1
70

“A natureza das quatro funções pode ser esclarecida pelo seguinte exemplo.
-7

Suponha que uma pessoa está parada na beira do Grand Canyon do rio Colorado.
a
an

Se predominar a função do sentimento, ela vai experienciar um senso de admiração,


Vi
rra

de grandeza e de beleza arrebatadoras. Se ela estiver controlada pela função da


ze

sensação, verá o canyon simplesmente como ele é ou como uma fotografia o


Be

representaria. Se a função do pensamento controlar seu ego, ela tentará


es

compreender o canyon em termos de teoria e princípios geológicos. Finalmente, se


ar
So

prevalecer a função intuitiva, o espectador tenderá a ver o Grand Canyon como um


a
an

mistério da natureza que possui um significado profundo, que é parcialmente


nt

revelado ou sentido como uma experiência mística.” (Hall, Lindzey e Campbell,


Sa

2000)

(Fadiman e Frager; Hall, Lindzey e Campbell, 2000)

- Tipos Psicológicos de Jung:

| 113
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TTP e Personalidade

41
3:
(SHULTZ; SHULTZ, 2014)

:0
10
Os tipos psicológicos são baseados nas interações entre atitudes

1
(introversão e extroversão) e as funções (pensamento, sentimento, intuição e

02
/2
sensação). (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

07
2/
-2
• Jung utilizou ideias da física para explicar o funcionamento da energia

om
psíquica, propondo três princípios básicos: dos opostos, da equivalência da

l.c
ai
entropia.
gm
i@
- Princípio dos opostos: todo desejo ou sensação tem seu oposto; o conflito
ut
na

entre tendências ou processos opostos é necessário para geração da energia


ta

psíquica.
an
-s

- Princípio da equivalência: A energia gasta para trazer à tona um problema


5
-1

não é perdida, mas transferida para outra parte da personalidade. Exemplo: se


13
.1

perdemos o interesse em uma pessoa, ou em uma determinada área de estudo, a


99

energia psíquica investida anteriormente nessa área é transferida para uma nova.
.1
70
-7

- Princípio da entropia: uniformização de diferenças na energia; tendência


a
an

ao equilíbrio dentro da personalidade; o ideal é uma distribuição igual da energia


Vi

psíquica por todas as estruturas da personalidade. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)


rra
ze

• Sonhos: “Sonhos são nosso inconsciente e uma tentativa espontânea de


Be

conhecer o desconhecido, compreender a realidade que só pode ser expressa


es
ar

simbolicamente.” (FEIST, Jess; FEIST, Gregory J.; ROBERTS, Tomi-Ann. Teorias da


So

personalidade-8. AMGH Editora, 2015.)


a
an
nt

Para Jung, os sonhos são um caminho real para o inconsciente. De acordo


Sa

com ele, os sonhos são compensatórios, ajudam a conseguir um equilíbrio entre as


influências dispersadoras e imensamente variadas a que estamos expostos em
nossa vida consciente.

Jung trabalhava com uma série de sonhos relatados pelos pacientes,


durante certo período. Assim, notava que podia descobrir temas, questões e
problemas recorrentes que persistiam no inconsciente do sujeito. (SCHULTZ, D. P.;
SCHULTZ, S. E. Teorias da personalidade (E. Kanner, Trad.). São Paulo:
Thomson.2002.)

| 114
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TTP e Personalidade

Teoria psicossocial de ERIK ERIKSON

• Erik Erikson ampliou a teoria de Freud: para Erikson, a personalidade


continuava a se desenvolver, numa sucessão de oito etapas, durante todo o ciclo
vital; além disso, Erikson colocou maior ênfase no Ego do que no Id.

41
• A busca da identidade desempenha papel principal em sua teoria da

3:
:0
personalidade. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

10
1
02
• O desenvolvimento é regido pelo princípio epigenético. Cada fase depende

/2
de forças genéticas, contudo o ambiente ajuda a determinar se elas serão ou não

07
2/
realizadas. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

-2
om
• Para Erik Erikson, a personalidade é influenciada pela sociedade e

l.c
desenvolve-se através de uma série de crises.

ai
gm
i@
• Erikson afirmava que o desenvolvimento do ego é vitalício. Na teoria do
ut
na

desenvolvimento psicossocial, destacam-se 8 estágios, sendo que cada estágio


ta

envolve uma "crise" na personalidade - uma questão de desenvolvimento que é


an
-s

particularmente importante naquele momento e que continuará tendo alguma


5

importância durante toda a vida. As crises devem ser satisfatoriamente resolvidas


-1
13

para um saudável desenvolvimento do ego. O êxito na resolução de cada uma das


.1
99

oito crises exige que um traço positivo seja equilibrado por um traço negativo
.1

correspondente. Embora a qualidade positiva deva predominar, alguma medida do


70
-7

traço negativo é igualmente necessária. O êxito na resolução de cada crise é o


a

desenvolvimento de uma determinada virtude ou força.


an
Vi
rra

• ESTÁGIOS PSICOSSOCIAIS:
ze
Be

• Confiança X desconfiança básica (nascimento aos 12-18 meses).


es
ar

Bebê desenvolve a ideia de que o mundo é um lugar bom e seguro. Virtude:


So

esperança.
a
an

“Nesses primeiros meses, os bebês desenvolvem um sentimento do


nt

quão confiáveis são as pessoas e os objetos de seu ambiente. Eles precisam


Sa

desenvolver um equilíbrio entre confiança (que lhes permite formar


relacionamentos íntimos) e desconfiança (que lhes permite se proteger).
Quando predomina a confiança, como deve acontecer, as crianças
desenvolvem a "virtude" da esperança: a crença de que elas podem
satisfazer suas necessidades e seus desejos (Erikson, 1982). Quando
predomina a desconfiança, as crianças verão o mundo como hostil e
imprevisível e terão problemas para formar relacionamentos.”

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TTP e Personalidade

• Autonomia X vergonha e dúvida (12-18 meses aos 3 anos). Criança


desenvolve um equilíbrio entre independência e auto-suficiência, e
vergonha e dúvida. Virtude: vontade.
Marcado pela mudança do controle externo para o autocontrole; “as
crianças começam a substituir o julgamento de seus cuidadores pelo seu. A
"virtude" que surge durante esse estágio é a vontade. O abandono das
fraldas é um passo importante para a autonomia e para o autocontrole. E a
linguagem também: por serem mais capazes de expressar seus desejos, as

41
crianças tornam-se mais poderosas e independentes.”

3:
Liberdade ilimitada não é segura nem saudável e, por isso, vergonha

:0
10
e dúvida têm um lugar necessário. “Como em todos os estágios de Erikson,

1
um equilíbrio adequado é crucial. A dúvida em relação a si mesmo ajuda as

02
/2
crianças a reconhecer o que ainda não estão prontas para fazer, e a vergonha

07
ajuda-as a viver com regras sensatas. As crianças precisam dos adultos para

2/
-2
fixar limites adequados, e a vergonha e a dúvida ajudam-nas a reconhecer a

om
necessidade desses limites.”

l.c
ai
gm
• Iniciativa X culpa (3 aos 6 anos) Criança desenvolve iniciativa quando
i@
experimenta novas atividades e não é dominada pela culpa. Virtude:
ut
na

propósito.
ta

Aqui é central a necessidade de lidar com sentimentos conflitantes


an
-s

sobre nós mesmos; Há uma cisão entre duas partes: uma parte que continua
5

sendo uma criança, com desejo de experimentar novas coisas e, por outro
-1
13

lado, uma parte que está constantemente examinando a correção de


.1

motivos e ações.
99
.1
70

• Produtividade X inferioridade (6 anos à puberdade). Criança deve aprender


-7
a

habilidades da cultura ou enfrentar sentimentos de incompetência. Virtude:


an

habilidade/competência = ideia de si mesmo como capaz de dominar


Vi
rra

habilidades e de concluir tarefas.


ze
Be

• Identidade X confusão de identidade (puberdade ao início da idade


es

adulta).
ar
So

Adolescente deve determinar seu sentido pessoal de identidade ("Quem


a
an

sou eu?") ou sentir confusão sobre papéis. Virtude: fidelidade.


nt
Sa

Erikson via como principal perigo desta fase a confusão de identidade (ou de
papel), a qual pode retardar muito a conquista da maturidade psicológica.
Ainda assim, destaca-se que certo grau de confusão de identidade é normal.

• Intimidade X isolamento (idade adulta jovem). Pessoa procura formar


compromissos com os outros; em caso de fracasso, pode sofrer de
isolamento e auto-absorção. Virtude: amor.
Se jovens adultos não puderem ter um envolvimento pessoal
profundo com outras pessoas podem ficar isolados e absortos em si

| 116
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TTP e Personalidade

mesmos. Por outro lado, precisam também de um pouco de isolamento para


pensarem sobre sua vida.

• Geratividade X estagnação (idade adulta). Adulto maduro


preocupa-se em estabelecer e orientar a nova geração, ou
então sente empobrecimento pessoal. Virtude: consideração.
Geratividade é a preocupação “com o estabelecimento e a orientação
da próxima geração, perpetuando-se através da influência sobre os que

41
virão. Prevendo o declínio de sua vida, as pessoas sentem a necessidade de

3:
deixar um legado - de participar na continuação da vida. As pessoas que não

:0
10
encontram um escape para a geratividade tornam-se absortas em si

1
mesmas, excessivamente entregues aos próprios prazeres ou estagnadas

02
/2
(inativas ou inertes).”

07
2/
-2
• Integridade X desespero (idade adulta tardia). O idoso

om
alcança a aceitação da própria vida, o que lhe permite

l.c
aceitar a morte, ou então se desespera pela incapacidade

ai
gm
de reviver a vida. Virtude: sabedoria. i@
“As pessoas que são bem-sucedidas nessa tarefa final de integração
ut
na

adquirem um senso de ordem e significado de sua vida na ordem social mais


ta

ampla, do passado, do presente e do futuro.” A "virtude" que pode


an
-s

desenvolver-se durante esse estágio é a sabedoria,


5

que significa aceitar a vida que se viveu, sem maiores arrependimentos: sem
-1
13

alongar-se no que "deveria ter feito" ou em "como poderia ter sido".


.1
99
.1

(Papalia, Feldman)
70
-7
a
an
Vi
rra
ze
Be
es
ar
So
a
an
nt
Sa

(Estágios de Desenvolvimento Psicossocial - SHULTZ; SHULTZ, 2014)

| 117
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Atenção! Os oito estágios propostos por Erikson são recorrentes em provas. É


necessário saber quais são esses estágios e os conflitos envolvidos em cada um
deles.

PERSONALIDADE

41
IMPORTANTE SABER!

3:
:0
10
- Wundt: Criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia,

1
02
na Alemanha. Fundador da Psicologia como disciplina acadêmica formal. A

/2
07
psicologia é defendida, por autores como Wundt, como mediadora entre as ciências

2/
humanas e as ciências naturais.

-2
om
- Psicologia funcionalista: O funcionalismo nasceu nos Estados Unidos e

l.c
ai
seu principal expoente foi William James. Os funcionalistas definiram a psicologia
gm
como uma ciência biológica, interessada em estudar os processos, as operações e
i@
ut

os atos psíquicos (mentais) como forma de interação adaptativa. Seu objeto de


na

estudo era a consciência.


ta
an
-s

- Titchener: foi o fundador do estruturalismo. Ele descartou a ênfase de


5
-1

Wundt na percepção e se concentrou nos elementos que compõem a estrutura da


13

consciência. Para ele, a tarefa fundamental da Psicologia era descobrir a natureza


.1
99

das experiências conscientes elementares, ou seja, analisar a consciência em suas


.1
70

partes separadas.
-7
a
an
Vi

PERSONALIDADE = organização única, dinâmica e integrada das características


rra

mais estáveis e previsíveis de uma pessoa. Pelo viés estrutural, a personalidade


ze

pode ser dividida em: temperamento, caráter e mente (psique).


Be

A avaliação da personalidade se faz, notadamente, por meio da obtenção da


es
ar

história do paciente.
So

- Temperamento = Inclui as emoções básicas. Designa o conjunto de


a
an

respostas comportamentais condicionadas a estímulos físicos. Esses estímulos


nt
Sa

desencadeiam emoções básicas, como medo ou raiva.


O temperamento possui quatro traços básicos: evitação de dano, busca de
novidades, dependência de recompensa e persistência. Sendo que tais traços, de
forma geral, correspondem a quatro emoções básicas: medo (evitação do
dano), raiva (busca de novidade), apego (dependência e recompensa), e ambição
(persistência).
- Caráter = envolve conceitos racionais sobre si e sobre os padrões de
relacionamento interpessoal.

| 118
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TTP e Personalidade

De maneira mais restrita, refere-se a aspectos da personalidade que podem


ser avaliados pelos outros, em relação a critérios sociais, éticos ou morais.
- Mente: formada pelo senso de autoconsciência e inteligência.
(Referência: Cordioli, A. V.; Gomes, F. A. O diagnóstico do paciente e a escolha da
psicoterapia. In CORDIOLI, A. V. Psicoterapias: Abordagens atuais. Porto Alegre:
Artmed, 2008)

PERSONALIDADE = soma das características e traços psicológicos

41
individuais, das marcas pessoais, formas de sentir e reagir, relativamente estáveis

3:
no tempo e formados ao longo do desenvolvimento mental e físico do indivíduo.

:0
10
- Temperamento: tendências inatas iniciais; algo básico e constitutivo do

1
indivíduo. Determinado por fatores genéticos ou constitucionais precoces, que

02
/2
formariam a base genético-neuronal da personalidade. Por exemplo, algumas

07
pessoas nasceriam com tendência para passividade, hiperatividade e baixa

2/
-2
reatividade; já outros, com temperamento ativo, com forte tendência à iniciativa.

om
- Caráter: conjunto de reações exibidas pelo indivíduo; tipo de reação

l.c
predominante da pessoa ante diversas situações e estímulos do ambiente.

ai
gm
Temperamento moldado, modificado e inserido no meio familiar e sociocultural.
i@
- Traços de personalidade: Tendências, características, modos específicos,
ut
na

que são estáveis e determinantes para a personalidade do sujeito.


ta

- Estados: aspectos temporários e breves, iniciados por fatores externos


an
-s

circunstanciais, como demissão ou briga familiar, por exemplo. (Dalgalarrondo,


5

2019)
-1
13
.1
99
.1

WALTER MISCHEL: nome importante nos estudos sobre a personalidade. A


70
-7

publicação de Walter Mischel (1968), Personality and Assessment, foi muito


a

importante na literatura sobre a personalidade.


an

Há um relacionamento recíproco entre a teoria e a pesquisa de Bandura e


Vi
rra

Mischel.
ze

O modelo de Mischel está ligado e enraizado em resultados empíricos;


Be

Mischel enfatiza a construção pelo indivíduo do ambiente no qual ele se comporta;


es
ar

Mischel conceitualiza a contribuição da pessoa ao comportamento em termos de


So

um conjunto de variáveis pessoais cognitivas, que, por sua vez, definem a


a
an

personalidade.
nt

“Mischel argumentou que existiam escassas evidências da utilidade de


Sa

traços gerais de personalidade como preditores de comportamento. Uma razão


aparente para isso, era a realidade de que o comportamento tende a ser
situacionalmente específico, isto é, o nosso comportamento está amplamente sob
o controle das características específicas da situação em que nos encontramos, e
não de qualquer traço geral de personalidade que possuímos. Em consequência,
agimos de uma maneira consistente (p. ex., agressivamente ou solicitamente) em
muitas situações diferentes porque percebemos essas situações como
equivalentes, não porque possuímos uma característica geral de personalidade
(como agressão ou solicitude).” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)

| 119
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TTP e Personalidade

Assim, o objetivo de Mischel é desenvolver uma forma de conceito da


personalidade que reconheça e preserve a tendência característica do indivíduo de
comportar-se de uma maneira específica, em uma situação específica. Assim como
Bandura, ele adota uma abordagem “micro”, e isso distingue seu modelo dos
modelos dos teóricos tradicionais da personalidade.
Em lugar de dimensões amplas de traços, Mischel propõe que se
conceitualize as diferenças individuais no comportamento em termos de cinco
“variáveis pessoais de aprendizagem social cognitiva” que explicam as diferenças

41
individuais em como as pessoas fazem a mediação do impacto dos estímulos e

3:
geram padrões característicos de comportamento.

:0
10
“As variáveis pessoais da aprendizagem social cognitiva lidam primeiro com

1
as competências do indivíduo para construir (gerar) comportamentos diversos em

02
/2
condições apropriadas. A seguir, precisamos considerar a codificação e a

07
categorização que o sujeito faz dos eventos. Além disso, uma análise abrangente

2/
-2
dos comportamentos que uma pessoa apresenta em situações específicas requer o

om
exame de suas expectativas em relação aos resultados, dos valores subjetivos

l.c
desses resultados e de seus sistemas e planos auto-reguladores.” (Mischel, 1973,

ai
gm
p. 256) (em Hall, Lindzey e Campbell, 2000) i@
Em trabalho mais recente, Mischel colaborou com Yuichi Shoda, visando
ut
na

uma teoria da personalidade de sistema cognitivo-afetivo, “que conciliasse a


ta

presumida invariância dos atributos de personalidade através do tempo e das


an
-s

situações com a aparente variabilidade do comportamento nas situações.” (Hall,


5

Lindzey e Campbell, 2000)


-1
13

Mischel, “descreve variáveis gerais da pessoa e articula uma conexão entre


.1

essas estruturas gerais e os comportamentos característicos mais específicos do


99
.1

indivíduo.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


70
-7
a
an

A psicologia surgiu como uma ciência independente, e basicamente experimental,


Vi
rra

a partir de uma fusão de ideias advindas da filosofia e da fisiologia. A psicologia


ze

surgiu no final do século 19, na Alemanha, sendo em grande parte obra de Wundt,
Be

quem criou o primeiro laboratório de Psicologia. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)


es
ar
So

O ESTUDO DA CONSCIÊNCIA: Wundt e outros psicólogos de sua época


a
an

foram influenciados pelo enfoque das ciências naturais e pelo método


nt

experimental. Afinal, se a física e a química reduziam toda a matéria aos seus


Sa

elementos básicos, seria então possível também estudar a mente da mesma forma.
Importante dizer que, nesse foco da Psicologia experimental, não existia espaço
para um tópico tão complexo e multidimensional como a personalidade. (SHULTZ;
SHULTZ, 2014)

O ESTUDO DO COMPORTAMENTO: Nas primeiras décadas do século 20,


destaca-se o trabalho de Watson - o behavorismo. Para esse teórico, se a psicologia
quisesse ser uma ciência, deveria se concentrar no que pode ser visto, ouvido,
registrado e mensurado. Assim, somente o comportamento evidente (e não a

| 120
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TTP e Personalidade

consciência, como era a proposta de Wundt) poderia ser tópico legítimo da


psicologia. Nessa teoria, a personalidade é um acúmulo de respostas aprendidas ou
sistema de hábitos, definição posteriormente apresentada por Skinner. Para o
behavorismo, a personalidade era reduzida ao que podia ser observado
objetivamente. Entretanto, vale dizer que teóricos mais recentes da aprendizagem
social restituíram à personalidade alguma medida de consciência. (SHULTZ;
SHULTZ, 2014)

41
Behavorismo: escola da psicologia, fundada por Watson, e se concentrava na

3:
psicologia como estudo do comportamento evidente, em vez de processos

:0
10
mentais.

1
02
/2
O ESTUDO DO INCONSCIENTE: aqui se destaca o nome de Freud. Freud

07
2/
elaborou sua teoria da personalidade baseado na observação clínica de seus

-2
pacientes. Dessa forma, a psicanálise não tinha como foco nem a consciência, nem

om
o comportamento. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

l.c
ai
gm
O ESTUDO CIENTÍFICO DA PERSONALIDADE: No final da década de 1930, o
i@
estudo da personalidade foi formalizado e sistematizado notadamente com
ut
na

trabalho de Gordon Allport. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)


ta
an
-s
5

ALGUMAS ABORDAGENS PARA O ESTUDO DA PERSONALIDADE:


-1
13

• abordagem do ciclo vital: personalidade continua a se desenvolver durante


.1
99

toda a vida;
.1

• abordagem dos traços: grande parte da personalidade é herdada;


70
-7

• abordagem humanista: foco nas forças humanas, virtudes, aspirações e


a

realização do potencial;
an
Vi

• abordagem cognitiva: lida com as atividades mentais conscientes. (SHULTZ;


rra

SHULTZ, 2014)
ze
Be

PERSONALIDADE = Grupo duradouro e peculiar de características que pode se


es
ar

alterar em situações diferentes. As diferenças de gênero, etnia e herança cultural


So

podem influenciar o desenvolvimento da personalidade.


a
an
nt
Sa

Os teóricos da personalidade apresentam diferentes imagens da natureza humana.


Algumas das questões sobre as quais esses teóricos discordam são: livre arbítrio
versus determinismo; natureza versus criação; importância do passado versus o
presente; peculiaridade versus universalidade; equilíbrio versus crescimento; e
otimismo versus pessimismo. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

- Determinismo histórico = “Visão segundo a qual a personalidade é fixada nos


primeiros anos de vida e sujeita a poucas mudanças posteriormente”. De acordo
com essa linha, a personalidade é, em sua maior parte, estabelecida por volta dos

| 121
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

cinco anos, estando sujeita a poucas mudanças ao longo do resto da vida. Assim, a
personalidade adulta é determinada pela natureza dessas primeiras experiências.
(SHULTZ; SHULTZ, 2014)

Posições opostas ao determinismo histórico consideram a personalidade como


mais independente do passado, influenciada por eventos e experiências do
presente, bem como aspirações e metas para o futuro. Existem também posições
intermediárias, que entendem que as vivências da infância moldam a

41
personalidade, mas não de forma rígida ou permanentemente. (SHULTZ; SHULTZ,

3:
2014)

:0
10
1
02
Aspetos básicos da Personalidade:

/2
(Referência: Friedman, H. S. Teorias da Personalidade: da teoria clássica à Pesquisa

07
2/
Moderna. SP, Prentice Hall, 2004)

-2
om
l.c
ai
gm
i@
ut
na
ta
an
-s
5
-1
13
.1
99
.1
70
-7
a
an
Vi
rra
ze
Be
es
ar
So
a
an
nt
Sa

Outras Teorias da Personalidade:


• ADLER:

- A imagem de Adler da natureza humana é mais esperançosa do que a de Freud.


Para Adler, as pessoas são únicas e têm livre arbítrio e a capacidade de mudar seu

| 122
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TTP e Personalidade

próprio desenvolvimento. Embora as experiências da infância sejam importantes,


as pessoas não são vítimas delas.

- Para Adler, a posição na ordem do nascimento é uma forte influência social na


infância, sendo que a partir dela é criada o estilo de vida. Assim, haverá diferença
entre os primogênitos, os caçulas e os filhos do únicos, por exemplo.

- O sistema de Psicologia individual se concentra na singularidade do indivíduo, na


consciência e no social. A meta principal é a superioridade ou a perfeição, ou seja,

41
tornar a personalidade um todo, ou completa.

3:
:0
10
- Sentimentos de inferioridade: fonte de toda a luta humana; resulta da tentativa de

1
02
compensar esses sentimentos, que são universais e determinados pelo desamparo

/2
07
da criança e da sua dependência dos adultos.

2/
-2
- Complexo de inferioridade = incapacidade de resolver os problemas da vida;

om
resultado de não conseguir compensar os sentimentos de inferioridade.

l.c
ai
gm
- Complexo de superioridade: opinião exagerada sobre as próprias capacidades e
i@
realizações; pode ser consequência de uma supercompensação.
ut
na
ta

- Estilo de vida: padrões singulares de características e comportamentos por meio


an

dos quais se busca a perfeição. São quatro os estilos de vida básicos: dominador,
-s

dependente, esquivo e socialmente útil.


5
-1
13
.1

- Poder criativo do self: capacidade de criar o self a partir do material que é fornecido
99

pela nossa hereditariedade e pelo nosso ambiente. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)


.1
70
-7

• KAREN HORNEY
a
an
Vi

- KAREN HORNEY divergia de Freud em suas teorias sobre a psicologia feminina


rra

e em sua ênfase nas forças sociais.


ze

- Necessidade de segurança: Busca de segurança e libertação do medo; depende


Be

do fato de a pessoa ser amada e desejada quando criança.


es
ar
So

- Ansiedade básica: sentimento de estar só e indefeso num mundo hostil.


a
an
nt

- 4 formas de se proteger contra a ansiedade básica: obter afeto, ser submisso,


Sa

obter poder, e se afastar dos outros.


- 3 tendências neuróticas: aproximar-se das pessoas (personalidade submissa
= precisam de afeto e aprovação e fazem o que os outros querem); movimento
contra as pessoas (personalidade agressiva = pessoas hostis e tentam obter
controle e superioridade); afastamento das pessoas (Personalidade distante
= pessoas mantém uma distância emocional e têm necessidade profunda de
privacidade).

| 123
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TTP e Personalidade

- Karen Horney contestou a teoria freudiana de que as mulheres tinham inveja


do pênis. Para ela, os homens invejavam as mulheres pois elas podem ser mães,
sentindo inveja do útero.

- A imagem da natureza humana é mais otimista do que de Freud. Uma pessoa é


diferente da outra e não está fadada ao conflito. O objetivo principal da vida é a
realização do self, ânsia inata de crescer, que pode ser estimulada, bem como
obstruída, por forças sociais. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

41
3:
:0
10
• GORDON ALLPORT:

1
02
- Allport se concentrou no consciente; entendia que a personalidade é mais guiada pelo

/2
07
presente e pelo futuro, do que pelo passado.

2/
-2
- Personalidade = organização dinâmica dos sistemas psicofísicos da pessoa, que

om
l.c
determinam seu comportamento e pensamento característicos; produto da

ai
hereditariedade e do ambiente, sendo dissociada das experiências da infância.
gm
i@
- Traços = predisposições consistentes e duradouras para responder igualmente, ou de
ut

maneira semelhante, a diferentes estímulos. Os traços individuais (disposições


na

pessoais) são exclusivos da pessoa; já os traços comuns são compartilhados por várias
ta
an

pessoas.
-s
5
-1

- Autonomia funcional = existem dois níveis de autonomia funcional: a perseverativa


13
.1

(comportamentos como vícios e movimentos físicos repetidos) e autônoma (interesses,


99

valores, atitudes, intenções, estilo de vida e autoimagem ligados ao núcleo da


.1
70

personalidade). Os princípios da Autonomia funcional autônoma são a organização do


-7

grau de energia, domínio e competência e padronização autônoma.


a
an
Vi

- Proprium (self ou ego) = desenvolve-se entre infância e adolescência, em sete fases:


rra

eu corporal, autoidentidade, autoestima, extensão do self, autoimagem, o self como


ze
Be

uma solução racional e luta pela autonomia.


es
ar

- Allport mostrou uma visão otimista da natureza humana e deu ênfase à singularidade
So

do sujeito. Assim, as pessoas não são movidas por eventos da infância. A meta principal
a
an

é aumentar as tensões que que incitem as pessoas para a busca de novas sensações e
nt
Sa

desafios. (SHULTZ; SHULTZ, 2014)

• MASLOW:

- Assim como Rogers, Maslow é um representante da denominada abordagem


humanista da Personalidade. Psicólogos humanistas estudavam as forças e
virtudes das pessoas, investigavam o comportamento humano no que ele tem
de melhor, não de pior.

| 124
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TTP e Personalidade

- Para Maslow, cada pessoa nasce com necessidades instintivas que a levam ao
crescimento, ao desenvolvimento e à realização. De acordo com ele, as
necessidades inferiores precisam ser satisfeitas para que as superiores surjam.
(SHULTZ; SHULTZ, 2014)

- Hierarquia de Necessidades:

41
3:
:0
10
1
02
/2
07
2/
-2
om
l.c
ai
gm
i@
(SHULTZ; SHULTZ, 2014)
ut
na
ta
an
-s
5
-1
13
.1

Lista de Questões
99
.1
70
-7

1. Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: MGS Prova: IBFC - 2019 - MGS - Psicólogo
a
an

“Trata-se de um termo bastante conhecido e divulgado, que classicamente


Vi

designa uma condição pela qual o analista percebe que o analisando


rra
ze

demonstra, por meio dos inter-relacionamentos de sua vida cotidiana, a forma


Be

de como estão estruturadas as suas relações objetais internas” (Zimmerman,


es

2008).
ar
So
a

Esta definição corresponde a um conceito importante na técnica psicanalítica,


an
nt

que é:
Sa

A Neurose de transferência

B Contratransferência

C Extratransferência

D Psicose de transferência

| 125
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TTP e Personalidade

2. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC


- 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo
Avalie as afirmações abaixo relacionadas ao funcionamento de um grupo
terapêutico de abordagem psicanalítica, julgando cada uma delas como
verdadeira (V) ou falsa (F).

( ) No funcionamento do grupo, observa-se um permanente jogo de assunção de

41
papéis.

3:
:0
10
( ) Um indicador de que está havendo uma boa evolução grupal é quando os papéis

1
deixam de ser fixos e estereotipados e adquirem uma plasticidade intercambiável.

02
/2
07
( ) O papel de bode expiatório é assumido por um dos participantes do grupo que o

2/
-2
desempenha através de inúmeros recursos resistenciais, que procura obstaculizar

om
o andamento exitoso da tarefa grupal, e em geral é assumido pelo indivíduo que

l.c
seja portador de uma excessiva inveja e defesas narcisísticas.

ai
gm
i@
A ordem correta de afirmações verdadeiras e falsas, de cima para baixo é:
ut
na
ta

A V, V, F
an
-s
5

B V, F, F
-1
13
.1

C F, F, V
99
.1
70

D V, F, V
-7
a
an
Vi

3. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC -


rra

2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo


ze
Be

O atendimento psicológico em grupo tem sido comumente utilizado nos


es

espaços de saúde por apresentar uma série de aspectos positivos. A realização


ar
So

de atendimentos psicológicos em grupos, voltados para a realização de tarefas


a

objetivas, num modo de intervenção, organização e resolução dos problemas


an

grupais, que foi pela primeira vez utilizada e começou a ser sistematizada por
nt
Sa

Pichon- Rivière é chamado de:

A Grupo de sala de espera

B Grupo de convivência

C Grupo psicodramático

D Grupo operativo

| 126
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TTP e Personalidade

4. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC


- 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo
De acordo com o referencial teórico da psicanálise, pode ocorrer na entrevista
inicial um fenômeno conhecido como transferência, que pode ser caracterizado
como:

A Reação do entrevistador frente ao que o paciente mobiliza nos seus núcleos


inconscientes

41
3:
:0
10
B Atualização de sentimentos, atitudes e condutas inconscientes, por parte do

1
entrevistado, que correspondem a modelos que se estabeleceu no curso do

02
/2
desenvolvimento, especialmente na relação interpessoal com seu meio familiar

07
2/
-2
C Um mecanismo de defesa psíquico relacionado a atualização de um modo de

om
funcionamento ligado a etapas mais precoces do desenvolvimento, que permite

l.c
satisfações de necessidades afetivas primitivas, fazendo com que o indivíduo passe

ai
gm
a se comportar de acordo com etapas já superadas i@
ut

D Conteúdos apresentados pelo paciente, que despertam no profissional,


na
ta

sentimentos de raiva, medo, piedade, carinho, repulsa


an
-s
5
-1

5. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC


13
.1

- 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo


99

A crise, do ponto de vista psicológico, é uma condição de reação frente a uma


.1
70

situação de perigo, capaz de ameaçar a integridade da pessoa. Tal situação


-7

pode ser abordada pela Psicoterapia Breve, e é uma forma de intervenção


a
an

terapêutica utilizada frequentemente em instituições de saúde. Assinale a


Vi

alternativa que não corresponde a uma característica da Psicoterapia Breve de


rra

abordagem psicodinâmica:
ze
Be
es

A Permite a dinamização do processo terapêutico, colocando em ação mais


ar

rapidamente um processo de mudança a partir do foco de trabalho


So
a
an

B Favorece maior flexibilidade de ação, possibilitando ao terapeuta lidar com a


nt
Sa

realidade externa do paciente, bem como com aspectos transferenciais

C Favorece a neutralidade absoluta do terapeuta, que obedece a regra da


abstinência, mantendo a atenção flutuante

D Permite a formulação de um plano terapêutico a ser atingido, uma vez feita a


avaliação psicodinâmica e a escolha de um foco de atuação, para onde convergirão
a interpretação, atenção, e negligência seletiva do terapeuta

| 127
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

6. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC -


2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo
De acordo com a teoria do desenvolvimento psicossexual do ser humano, a
personalidade se constitui a partir de fases do desenvolvimento psicossexual
infantil. De acordo com esta teoria, assinale a alternativa que define
corretamente a fase citada:

A Genital: Nesta fase consolida-se a maturação fisiológica dos sistemas de

41
3:
funcionamento sexual, sendo que os principais objetivos desta fase são a separação

:0
10
final da dependência e do apego aos pais, e o estabelecimento de relações de objeto

1
maduras e não incestuosas.

02
/2
07
B Oral: Nesta fase, o pênis torna-se o principal órgão de interesse para crianças de

2/
-2
ambos os sexos, e sua ausência nas meninas é vista como castração. Além disso, o

om
envolvimento e o conflito edipiano são estabelecidos.

l.c
ai
gm
C Anal: É a primeira fase do desenvolvimento psicossexual infantil, e seu principal
i@
objetivo é que a criança possa estabelecer um relacionamento de dependência com
ut

sujeitos que proporcionam nutrição e sustento, obtendo uma expressão confortável


na
ta

e a gratificação de necessidades.
an
-s

D Fálica: Esse período, que compreende por volta do terceiro e quarto ano de vida
5
-1

da criança, é marcado pelo controle neuromuscular sobre os esfíncteres. Além


13
.1

disso, esta fase é marcada por uma intensificação dos impulsos agressivos.
99
.1
70
-7
a
an

7. Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: TJ-PE Prova: IBFC - 2017 - TJ-PE - Analista
Vi

Judiciário - Psicólogo
rra

Para BOCK (2008): “Provavelmente, a Psicologia jamais terá um único


ze
Be

paradigma confiável que possa ser adotado por todos sem questionamentos
es

(ao menos por um dado período). Isso porque a Psicologia é uma ciência
ar

humana e as ciências humanas são caracterizadas pela contaminação que


So

sofrem por estudar o que estudam. (...) As diferentes formas de pensar a


a
an

Psicologia representam a própria riqueza do ser humano e sua capacidade


nt
Sa

múltipla de pensar sobre si mesmo.”

Desta forma, entende-se que o desenvolvimento das diversas Teorias


Psicológicas contribuem para o conhecimento do psiquismo humano.
Relacione as Teorias Psicológicas aos enunciados correspondentes.

Teorias Psicológicas:

(I) Teoria de Campo.

| 128
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

(II) Abordagem Cognitiva.

(III) Behaviorismo.

(IV)Perspectiva Humanista.

Enunciados:

(A)Esta teoria demonstra que as interpretações que uma pessoa faz do mundo e de

41
3:
suas vivências são, durante seu desenvolvimento, gradativamente organizadas.

:0
10
1
(B)Nela existem três condições vistas como eficazes como instrumento de

02
/2
aperfeiçoamento de condição humana: a consideração positiva incondicional; a

07
empatia e a congruência.

2/
-2
om
(C)Seu objeto é não só explicar o comportamento humano, mas também a sua

l.c
natureza. Estuda a totalidade de coexistência de fatos que são concebidos como

ai
gm
mutuamente interdependentes. i@
ut
na

(D)Argumenta que a Psicologia deve ocupar-se apenas de comportamentos


ta

possíveis de serem observados e medidos.


an
-s
5

Assinale a alternativa correta:


-1
13
.1
99
.1

A I-A; II-B; III-C; IV-D


70
-7

B I-B; II-A; III-D; IV-C


a
an
Vi

C I-D; II-B; III-A; IV-C


rra
ze
Be

D I-B; II-D; III-A; IV-C


es
ar

E I-C; II-A; III-D; IV-B


So
a
an

8. Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: IBFC - 2017 - EBSERH -
nt
Sa

Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO)


Assinale a alternativa correta. Num grupo terapêutico de abordagem
psicanalítica observa-se um permanente jogo de assunção de papéis, sendo que
um indicador de que está havendo uma boa evolução grupal é quando os papéis
deixam de ser fixos e estereotipados e adquirem uma plasticidade
intercambiável. O papel assumido por um dos participantes do grupo no qual
este desempenha o papel através de inúmeros recursos resistenciais, procura
colocar obstáculos para o andamento exitoso da tarefa grupal, e em geral é

| 129
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

assumido pelo indivíduo que seja portador de uma excessiva inveja e defesas
narcisísticas é o de:

A Líder

B Porta voz

C Atuador pelos demais

41
D Bode-expiatório

3:
:0
10
E Sabotador

1
02
/2
07
2/
9. Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: IBFC - 2017 - EBSERH -

-2
Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO)

om
l.c
Assinale a alternativa correta. Na entrevista realizada com um paciente

ai
internado na ala de psiquiatria de um hospital geral após tentativa de suicídio,
gm
o psicólogo vivenciou, a partir do conteúdo apresentado pelo paciente,
i@
ut

sentimentos de raiva e repulsa. Tais conteúdos mobilizaram o entrevistador em


na

seus núcleos inconscientes. Dentro da linha teórica psicanalítica, pode-se


ta
an

sugerir que o profissional em questão esteja diante de um evento conhecido na


-s

prática clínica como:


5
-1
13

A Racionalização
.1
99
.1
70

B Contratransferência
-7
a

C Sublimação
an
Vi
rra

D Regressão
ze
Be

E Transferência
es
ar
So
a
an

10. Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: IBFC - 2016 - EBSERH -
nt

Jornalista (HUPEST-UFSC)
Sa

A teoria afirma o princípio de que vemos as coisas sempre dentro de um


conjunto de relações e de que tal fato contribui para alterar nossa percepção,
como, por exemplo, nos fenômenos de ilusão de óptica. O texto refere-se à:

A Teoria Estruturalista

B Teoria Geral da Gestalt

C Teoria Hipodérmica

| 130
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

D Teoria Funcionalista

E Teoria da Mass Media

11. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
Psicólogo Os conteúdos do inconsciente coletivo, que representam o
papel de modelos endógenos de condutas e produções imaginativas, são

41
3:
denominados:

:0
10
A traços de personalidade.

1
02
/2
07
B arquétipos.

2/
-2
C núcleo do eu.

om
l.c
ai
D estrutura da personalidade.
gm
i@
ut
na

12. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


ta
an

CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -


-s

Psicólogo
5
-1

A modalidade psicoterapêutica que postula a noção de uma variável


13

interveniente entre o evento que ocorre e o comportamento que se segue,


.1
99

sendo que essa variável medeia, atenua ou agrava como a pessoa se sente ante
.1
70

um estímulo presente, utilizando a noção de mente humana baseada no


-7

processamento da informação, pode ser definida como:


a
an
Vi

A psicoterapia cognitivo-comportamental.
rra
ze

B análise experimental do comportamento.


Be
es
ar

C psicoterapia centrada no paciente.


So
a
an

D psicoterapia da relação.
nt
Sa

13. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
Psicólogo
“O filme japonês “O corvo amarelo” (1957), dirigido por Kiiroi Karasu, conta a
história de um menino, filho único, que viveu com a mãe num ambiente cheio
de afeição, o pai se ausentara por um período relativamente longo. Quando
voltou, a criança demonstrou-lhe abertamente uma hostilidade, não aceitando
sua amizade e tentando impedir sua aproximação da mulher. Os conflitos

| 131
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

transpareceram em seu comportamento no jardim da infância, a ponto de


chamar a atenção da professora que, então, discutiu o assunto com os pais.
Felizmente, estes eram compreensivos e, com carinho e paciência, ajudaram o
filho a resolver seu problema emocional.” (D’ANDREA, Flavio Fortes -
Desenvolvimento da personalidade. São Paulo, Difel, 1982, p. 62-63).

O texto retrata uma situação característica do:

A complexo de Electra.

41
3:
:0
10
B complexo de Édipo.

1
02
/2
C complexo de Petrônio.

07
2/
-2
D complexo de Venilia.

om
l.c
ai
gm
14. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -
i@
CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
ut

Psicólogo
na
ta

“Excluindo os grupos psicoeducacionais, todos que fazem parte deste tipo de


an

grupo psicoterapêutico compartilham de muitos aspectos comuns, lutando por


-s

eficiência. Fazem um contrato para um conjunto discreto de objetivos e tentam


5
-1

se manter focados no cumprimento dos objetivos; tendem a permanecer no


13
.1

presente, com um foco no aqui-e-agora; lidam com pressões temporais e o final


99

iminente da terapia; enfatizam a transferência de habilidades e aprendizagem


.1
70

do grupo para o mundo real; sua composição costuma ser homogênea para o
-7

mesmo problema, síndrome sintomática ou experiência de vida; concentram-


a
an

se mais em questões interpessoais do que intrapessoais.” (Yalom, Irvin D. -


Vi

Psicoterapia de grupo, teoria e prática. Porto alegre, artmed, 2006, p. 232-233).


rra
ze
Be

A abordagem terapêutica que tem esses pressupostos é:


es
ar
So

A Terapia comportamental em grupo.


a
an

B Terapia de grupo analítica.


nt
Sa

C Terapia de grupo breve.

D Terapia de grupo cognitivo-comportamental.

15. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
Psicólogo

| 132
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

No célebre texto Recordar, repetir e elaborar, Freud discorre acerca da


repetição e de sua intrínseca relação com o tratamento analítico. Nele nos diz:
“é preciso dar tempo ao paciente para que ele se enfronhe na resistência agora
conhecida, para que a elabore, para que a supere, prosseguindo o trabalho
(...)”.

Sendo assim, examine os enunciados abaixo:

I. A temática da repetição aparece, na teoria freudiana, de forma lateral, não

41
3:
trazendo muitas contribuições ao entendimento da formação sintomática.

:0
10
1
II. Os processos de elaboração são indispensáveis para a diminuição da

02
/2
repetição sintomática, chegando a ser a sua contrapartida fundamental.

07
2/
-2
III. Nesse texto, Freud chega a denominar de “campo psíquico” os processos

om
que ocorrem via elaboração, sendo este o campo por excelência da psicanálise.

l.c
ai
gm
IV. O processo analítico consegue extirpar a compulsão à repetição, já que a
i@
elaboração suplantaria os domínios da repetição.
ut
na
ta

V. Não há “convite” ao analisante para que suas repetições se apresentem


an
-s

no setting analítico, já que elas freiam os processos de elaboração.


5
-1
13

Marque a alternativa correta.


.1
99
.1

A Os itens I e III são verdadeiros.


70
-7

B Os itens III e IV são verdadeiros.


a
an
Vi

C Os itens II e III são verdadeiros.


rra
ze
Be

D Apenas o item III é verdadeiro.


es
ar
So
a

16. Ano: 2016 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


an

CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE -


nt
Sa

Psicólogo
Segundo a teoria junguiana, o complexo funcional, que é o centro da
consciência, se chama:

A sombra.

B ego.

C fronteira de contato

| 133
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

D persona.

17. Ano: 2016 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
Psicólogo
A tríade pai, mãe e criança, girando em torno do complexo de Édipo, é a base
do desenvolvimento psíquico da criança para qual abordagem?

41
3:
A Psicanálise.

:0
10
1
B ACP.

02
/2
07
C Gestalt-terapia.

2/
-2
om
D Psicologia analítica.

l.c
ai
18. Ano: 2016 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -
gm
CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
i@
ut

Psicólogo
na

Quais os três níveis de análise na seleção por consequência do comportamento


ta
an

para Skinner?
-s
5
-1

A Primário, secundário e terciário.


13
.1
99

B Individual, grupal e coletivo.


.1
70
-7

C Filogenético, ontogenético e cultural.


a
an
Vi

D Estímulo, resposta e ação.


rra
ze
Be

19. Ano: 2016 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


es
ar

CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE -


So

Psicólogo
a
an

Segundo a teoria comportamental, tudo que aumenta a frequência de um


nt

comportamento se repetir mediante introdução de estímulo é chamado de:


Sa

A punição negativa.

B reforço positivo.

C punição positiva.

D reforço negativo.

| 134
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

20. Ano: 2016 Banca: Prefeitura de Fortaleza - CE Órgão: Prefeitura de Fortaleza


- CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
Psicólogo
Ao se falar de tendência atualizante, congruência e incongruência, está-se
referindo a que teoria psicoterápica?

A Psicanálise.

41
3:
B ACP.

:0
10
1
C Behaviorismo radical.

02
/2
07
D Terapia cognitivo-comportamental.

2/
-2
om
l.c
21. (PMF - SMS – IMPARH – 2018) Afirma-se que Carl Rogers, em sua terapia

ai
centrada na pessoa, considera pessoas plenamente funcionais ou
gm
i@
psicologicamente saudáveis quando apresentam:
ut

(A) uma mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência


na

e de novidades, assim como também, necessidade contínua de maximizar o


ta
an

seu potencial.
-s

(B) ligação forte com a família e extrema preocupação com o


5
-1

bem-estar destes.
13
.1

(C) comportamento calmo e passivo.


99

(D)uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos
.1
70
-7
a
an

22. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova: VUNESP
Vi

- 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo De acordo com as


rra

concepções de Carl Rogers, uma pessoa pode ser considerada ajustada e


ze
Be

madura quando aceita toda a variedade de experiências sem se sentir


es

ameaçada ou ansiosa, pois ela é capaz de pensar realisticamente. Essa


ar

condição pode ser atingida quando


So

A
a
an

a discrepância identificada entre a experiência do self e a experiência do self ideal


nt
Sa

for acentuada.
B
o modo como o indivíduo se comporta independe dos elementos observados em
seu campo fenomenal.
C
a pessoa não se preocupa em confrontar suas experiências simbolizadas com os
dados da realidade.
D

| 135
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

os impulsos regressivos de uma pessoa podem ser alvo de consideração positiva e


podem ser atuados.
E
as experiências simbolizadas que constituem o self espelham fielmente as
experiências do organismo.

23. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova:

41
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo

3:
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se destacado como uma

:0
10
abordagem terapêutica focalizada na mudança. Nesse tipo de abordagem, o

1
A

02
/2
cliente deve adotar uma postura passiva.

07
B

2/
-2
processo terapêutico ocorre em longo prazo.

om
C

l.c
terapeuta tem uma atitude diretiva.

ai
gm
D i@
cliente fica alheio em relação aos procedimentos terapêuticos adotados.
ut
na

E
ta

cliente é responsável pelas crenças irracionais nas quais acredita.


an
-s
5

24. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova:


-1
13

VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo


.1
99
.1

Uma mãe ficou preocupada porque descobriu que seu filho obteve notas baixas
70

em suas avaliações na escola. Quando voltou para casa, combinou com o filho
-7

que, se as suas notas melhorassem, ele seria dispensado da realização de suas


a
an

tarefas domésticas. No bimestre seguinte, as notas de seu filho aumentaram


Vi
rra

significativamente.
ze
Be

Segundo os princípios do condicionamento operante, essa mãe adotou a estratégia


es

de
ar
So
a

A extinção.
an
nt

B reforço positivo.
Sa

C modelação.
D reforço negativo.
E reforço vicário.

25. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: INSTITUTO AOCP -
2019 - UFPB - Psicólogo
O processo de intervenção psicológica que não tem como função promover uma
mudança qualitativa na personalidade do indivíduo atendido, mas sim de

| 136
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

promover um suporte psicológico imediato, uma orientação focada,


especificamente, em aspectos egoicos do paciente, é denominado

A consulta psicológica.

B orientação vocacional.

C psicoterapia.

41
D aconselhamento psicológico.

3:
:0
10
E psicoterapia breve.

1
02
/2
07
2/
26. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: INSTITUTO AOCP -

-2
2019 - UFPB - Psicólogo

om
l.c
Um dos fenômenos descritos pela técnica psicanalítica acontece quando o

ai
terapeuta, durante a sessão, fica confuso, com uma hipertrofia ou atrofia de
gm
seus desejos, com a memória atrapalhada e, por conseguinte, com um prejuízo
i@
ut

de sua capacidade perceptiva em função de ataques aos vínculos deferidos pelo


na

inconsciente do paciente. Assinale a alternativa que corresponde a esse


ta
an

fenômeno.
-s
5
-1

A Resistência.
13
.1
99

B Contrarresistência.
.1
70
-7

C Transferência.
a
an
Vi

D Contratransferência.
rra
ze

E Reação terapêutica negativa.


Be
es
ar
So

27. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: INSTITUTO AOCP -
a
an

2019 - UFPB - Psicólogo


nt

Assinale a alternativa que define o conceito de formação reativa.


Sa

A Mecanismo de defesa que busca substituir, na consciência, um impulso ou


sentimento ansiogênico pelo seu oposto.

B Mecanismo psíquico que faz o adulto ficar fixado em estágios iniciais do


desenvolvimento porque o passo seguinte desperta ansiedade.

C Mecanismo que faz a pessoa recuar para um estágio anterior do desenvolvimento


ao encontrar uma experiência traumática.

| 137
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

D Mecanismo que atribui a ansiedade ao mundo externo em vez de aos impulsos


primitivos do indivíduo.

E Mecanismo que expulsa uma ideia ou sentimento da consciência por uma


anticatexia.

28. Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO
AOCP - 2017 - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB – UFCG)

41
3:
Durante um atendimento psicológico, uma paciente feminina, que se

:0
10
encontrava hospitalizada para tratamento de uma pneumonia, fez o seguinte

1
comentário: “Eu disse a minha filha que não deveria fazer caminhadas ao ar

02
/2
livre, mas ela insistia e dizia que eram recomendações médicas. Veja o que me

07
aconteceu! Seu eu tivesse ficado em casa como gostaria, não teria ficado

2/
-2
doente. Quando receber alta médica, não vou mais dar ouvidos a minha filha.”

om
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o mecanismo defensivo

l.c
descrito.

ai
gm
i@
A Negação.
ut
na
ta

B Deslocamento.
an
-s

C Racionalização.
5
-1
13
.1

D Resistência.
99
.1
70

E Intelectualização.
-7
a
an
Vi

29. Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO
rra

AOCP - 2016 - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (CH-UFPA) Assinale a


ze
Be

alternativa correta no que diz respeito à técnica de tratamento


es

psicológico conhecida como Psicoterapia Breve (PB).


ar
So

A Dentre as abordagens psicológicas, a PB não é utilizada em orientação


a
an

psicanalítica, já que a psicanálise padroniza um modelo de psicoterapia não


nt
Sa

pautado em tempo determinado.

B A PB está, em termos técnicos, alicerçada em um tripé: foco, estratégias e


objetivos.

C A PB é uma técnica bastante utilizada em contexto de saúde e não possui boa


aceitação ao atendimento em consultórios particulares.

D Uma das propostas da PB é produzir mudanças na estrutura da personalidade.

| 138
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

E Em contexto hospitalar, a PB é aplicada pelo fato de o profissional entender que o


paciente não possui recursos para se envolver em um processo psicoterápico
prolongado, já que encontra-se em significativo sofrimento devido à hospitalização.

30. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Vitória/ES.


Paciente feminina, 15 anos, há 2 Meses tem perdido peso considerável,
mas acredita que ainda está gorda e se recusa a comer. Relata medo intenso de
engordar. Nesse caso, a análise do comportamento leva em consideração, para

41
3:
elaboração do diagnóstico,

:0
10
A a utilização de parâmetro entre o normal e o patológico com base no

1
desvio de ideal, ou seja, como as características se encontram fora do padrão ideal

02
/2
ou cultural, os sintomas descritos se relacionam transtorno alimentar.

07
B os aspectos filogenéticos, ontogenéticos e culturais, com ênfase na função

2/
-2
do comportamento na vida do indivíduo e contingências que mantém os sintomas.

om
C a relação existente entre o pensamento, o comportamento e a emoção, em

l.c
que uma criença central de desvalor poderia ser responsável pelos sintomas.

ai
gm
D A ansiedade e a distorção da imagem corporal como causas dos sintomas.
i@
ut
na
ta

31. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Vitória/ES.


an

Um paciente relata que está sentindo taquicardia, palpitações, falta de


-s
5

ar, desconforto e que os sintomas começaram assim que ele entrou no


-1
13

carro. Ele estava indo trabalhar, tinha um projeto importante para


.1

entregar, mas travou no caminho e sentiu que teria um colapso. Para


99
.1

psicologia analítico-comportamental, os sintomas apresentados nesse


70

caso clínico são decorrentes de:


-7

A desamparo aprendido.
a
an

B pareamento de um estímulo originalmente neutro com um


Vi
rra

incondicionado.
ze

C recuperação espontânea de medo.


Be

D extinção de respostas operantes.


es
ar
So
a

32. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Polícia Civil/ES.


an
nt

Sobre aprendizagem e desenvolvimento para a teoria behavioristas


Sa

radical, assinale a alternativa correta:


A) aprendizagem é produto do meio. Todo comportamento aprendido é
também um conjunto de respostas a estímulos do ambiente, o que torna a pessoa
passiva as suas contingências.
B) essa teoria desconsidera a criatividade, os dons e os aspectos mentais,
pois não consegue explicá-los.
C) o desenvolvimento humano está pautado no modelo de seleção pelas
consequências.

| 139
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

D) quando o ambiente muda, é necessário que o indivíduo escolha mudar


também para poder se adaptar.
E) O modelo de determinismo psíquico é adotado como causa dos
comportamentos e da aprendizagem dos indivíduos.

33. Instituto AOCP/SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA / CEREMAPS


PROCESSO SELETIVO UNIFICADO PARA RESIDÊNCIA EM ÁREA

41
3:
PROFISSIONAL DA SAÚDE/2019.

:0
10
Sobre Psicoterapia Breve, de base psicanalítica, assinale a

1
alternativa INCORRETA.

02
/2
(A) O investimento terapêutico é a nível de Ego, onde se estabelece o

07
trabalho terapêutico mais focal.

2/
-2
(B) Com objetivos claros e limitados, propõe-se a alcançar e modificar o Id

om
com base no repertório defensivo do indivíduo, assim como ampliar a consciência

l.c
de possibilidades e de entraves em si.

ai
gm
(C) Não pode ser considerada uma psicoterapia superficial, pois as
i@
transformações são importantes quando expressas em substituição de mecanismos
ut

de defesas inflexíveis por comportamentos mais saudáveis.


na
ta

(D) O trabalho interpretativo é cauteloso, evita-se associação livre como


an

recurso terapêutico e interpretações prematuras de conflitos infantis, a fim de evitar


-s

neurose transferencial e regressão.


5
-1
13

(E) Propõe-se a modificar os sintomas apresentados pelo indivíduo, aliviá-


.1

los ou mesmo suprimi-los por meio da eleição de conflitos a serem trabalhados,


99
.1

diferente da Psicanálise.
70
-7
a
an

34. Ano: 2019 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2019 -
Vi

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


rra
ze

Zimerman (2006) dividiu a psicanálise didaticamente em escolas psicanalíticas.


Be

Sobre esse assunto, preencha corretamente as lacunas do texto.


es
ar
So

Os autores da Escola ___________________ fundamentaram seus estudos nos


a

últimos trabalhos de Freud, particularmente a partir da formulação da estrutura


an
nt

tripartida da mente – id, ego e superego – e também se alicerçaram nos trabalhos


Sa

de Anna Freud referentes às funções do ego.

A Escola ___________________ tem como principais autores, entre outros, Ronald


Fairbairn e Melanie Klein.

O destaque ao valor positivo da destrutividade, desde que haja a sobrevivência do


objeto simultaneamente amado e atacado, é um aspecto destacado pela Escola
___________________. A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto
é

| 140
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A da Psicologia do Self / Inglesa de Psicanálise / de Bion

B Francesa de Psicanálise / das Relações Objetais / da Psicologia do Self

C das Relações Objetais / Francesa de Psicanálise / da Psicologia do Ego

D da Psicologia do Ego / dos Teóricos das Relações Objetais / de Winnicott

41
35. Ano: 2019 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2019 -

3:
:0
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

10
A capacidade do paciente de estabelecer uma relação de trabalho com o

1
02
terapeuta, em oposição às reações transferenciais regressivas e à resistência, é

/2
07
chamada de

2/
-2
om
A vínculo terapêutico.

l.c
ai
B aliança terapêutica.
gm
i@
ut

C contratransferência.
na
ta
an

D transferência positiva.
-s
5
-1

36. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2017 -
13

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


.1
99

Avalie as afirmações sobre algumas técnicas que podem ser utilizadas durante
.1

terapia Cognitivo Comportamental para tratamento do Transtorno de Déficit


70
-7

de Atenção e Hiperatividade.
a
an
Vi

I. Treinamento de pais.
rra
ze

II. Orientação de professores.


Be
es
ar

III. Planejamento e cronogramas.


So
a
an

IV. Técnicas não diretivas.


nt
Sa

Nesse contexto, as técnicas que podem ser utilizadas são apenas

A IV.

B I e II.

C III e IV.

D I, II e III.

| 141
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

37. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: SEJUDH - MT Prova: IBADE - 2017 - SEJUDH
- MT - Psicólogo
A Gestalt constitui uma das principais correntes teóricas da psicologia e surgiu
como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada
pelas tendências da Psicologia científica do século XIX, postulando a
necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. Sobre a Gestalt
é correto afirmar:

A Uma das premissas da Gestalt é que a maneira como se distribuem os elementos

41
3:
que compõem os comportamentos não apresentam equilíbrio, simetria,

:0
10
estabilidade e simplicidade fazendo com que nossa percepção não siga a tendência

1
da boa-forma.

02
/2
07
B A Gestalt questiona um princípio implícito na teoria behaviorista — que há relação

2/
-2
de causa e efeito entre o estímulo e a resposta — porque, para os gestaltistas, entre

om
o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de

l.c
percepção.

ai
gm
i@
C Dentro de sua preocupação com a objetividade, a Gestalt estuda o
ut

comportamento procurando isolar o estímulo que correspondería à resposta


na
ta

esperada e desprezando os conteúdos de “consciência”, pela impossibilidade de


an

controlar cientificamente essas variáveis.


-s
5
-1

D As “estruturas da personalidade” referem-se àquelas características estáveis da


13
.1

personalidade que na Gestalt são subdivididas em traços ou disposições; tipos


99

psicológicos e sistemas de pensamento e cognição.


.1
70
-7

E A Gestalt tem como fundamento a autopercepção, ou seja, o ser humano está


a
an

empenhado a construir (cognitivamente) uma autoimagem sem a qual não pode


Vi

perceber o mundo que o cerca.


rra
ze
Be

38. Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: SEDUC-RO Prova: IBADE - 2016 - SEDUC-
es

RO - Analista Educacional - Psicólogo


ar

A premissa básica da Psicologia da Gestalt é que a natureza humana é


So

organizada em partes ou todos, formando um todo significativo. Com base


a
an

nisso, pode-se afirmar:


nt
Sa

A a escola deve recusar o caráter integrativo do conhecimento, pois desta forma o


conhecimento do ambiente e do mundo chegará ao aluno com maior rapidez.

B o ensino escolar normal não deve menosprezar o aspecto integrativo de todo


conhecimento e de todas as matérias a serem interligadas, que acabam divididas
visando fins didáticos.

| 142
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

C esta teoria acredita que o ser humano é uma cabeça a ser treinada, em que a
psiquê e os sentimentos que vivem em um corpo atrapalham o processo de
aprendizagem.

D a Gestalt promove o aprendizado somente cognitivo, especialmente se reduzido


ao processo mnemônico.

E as emoções não devem ser trabalhadas, permitindo ao aluno efetivamente


alcançar uma aprendizagem integrada aos conteúdos curriculares.

41
3:
:0
39. Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: SEDUC-RO Prova: IBADE - 2016 - SEDUC-

10
1
RO - Analista Educacional - Psicólogo

02
Sobre a relação terapêutica na abordagem fenomenológico-existencial é

/2
07
possível afirmar:

2/
-2
om
A é mediada pela divisão cartesiana sujeito-objeto, se dedicando somente à

l.c
essência do homem como consciência interior separada do mundo.

ai
gm
i@
B encaixa as pessoas na teoria, ao invés de voltar-se para uma descrição
ut

fenomenológica da existência singular.


na
ta
an

C jamais se reduz a um encontro técnico entre especialista e cliente, mas deve ser
-s

vista como um modo específico de encontro existencial.


5
-1
13

D é baseada em interpretações apriorísticas e em explicações causais sobre a


.1
99

realidade vivencial do paciente, através da interpretação egoica.


.1
70
-7

E promove transformações remetendo o indivíduo a si, estimulando-o a reconhecer


a
an

sua impessoalidade, enquadrando o paciente em padrões morais.


Vi
rra

40. Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: SEDUC-RO Prova: IBADE - 2016 - SEDUC-
ze

RO - Analista Educacional - Psicólogo


Be

A psicoterapia de base fenomenológico-existencial tem como preocupação


es
ar

central:
So
a
an

A tornar consciente os conteúdos inconscientes recalcados.


nt
Sa

B o comportamento e as conexões estímulo-resposta herdadas e chamadas


reflexos.

C a aprendizagem ocorre a partir da construção de novas conexões estímulo-


resposta através do condicionamento clássico.

D a compreensão da existência concreta do homem, saindo de concepções teóricas


que são muitas vezes abstratas e distantes da realidade do paciente.

| 143
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

E a compreensão dos processos psicológicos envolvidos na percepção em sua


relação com conhecimento científico na psiquiatria.

41. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2017 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo sobre as relações
terapêuticas.

( ) A influência da relação terapêutica no sucesso da psicoterapia apenas

41
3:
recentemente passou a ser tema de pesquisas e não se constitui em um consenso.

:0
10
1
( ) As técnicas utilizadas ao longo do processo psicoterápico e a relação terapêutica

02
/2
não mantêm influência direta entre si.

07
2/
-2
( ) Independentemente da abordagem teórica do psicólogo, a qualidade da aliança

om
terapêutica é preditiva dos resultados.

l.c
ai
gm
( ) O estilo defensivo do terapeuta na interação com o paciente pode influenciar não
i@
apenas a relação estabelecida entre ambos, mas também comprometer a
ut

autoestima desse último.


na
ta
an

De acordo com as afirmações, qual é a sequência correta?


-s
5
-1
13

A (V); (V); (F); (F).


.1
99
.1

B (F); (F); (V); (V).


70
-7

C (V); (F); (F); (V).


a
an
Vi

D (F); (V); (V); (F).


rra
ze
Be

42. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2017 -
es

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


ar

Avalie as afirmações abaixo sobre as técnicas psicanalíticas.


So
a
an

I. Primeira fase: catarse de Breuer, visava recordar e ab-reagir.


nt
Sa

II. Segunda fase: abandono da hipnose, uso das associações livres.

III. Terceira fase: o analista abandona o esforço de focar um momento ou problema


específicos.

IV. As técnicas psicanalíticas não sofreram alterações ao longo da sua história.

Está correto apenas o que se afirma em

| 144
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A III.

B IV.

C II e III.

D I, II e III.

43. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2017 -

41
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

3:
:0
Analise a afirmação a seguir.

10
1
02
“A abordagem cognitiva não pode ser aplicada em psicoterapia com crianças.”

/2
07
2/
-2
Essa declaração é

om
l.c
A correta, pois há uma imaturidade afetiva que justifica a não possibilidade de

ai
gm
psicoterapia cognitiva com crianças. i@
ut

B correta, pois a criança não conseguiria acompanhar a complexidade das tarefas


na

demandadas na psicoterapia cognitiva.


ta
an
-s

C falsa, pois é possível adequar a psicoterapia cognitiva à criança, ao invés dos


5
-1

pensamentos automáticos, por exemplo, o ponto de partida pode ser o


13
.1

comportamento.
99
.1
70

D parcialmente falsa, pois, apesar de as crianças não poderem participar


-7

diretamente da psicoterapia cognitiva, seus pais e professores podem ser treinados


a
an

para realizar intervenções com os filhos/estudantes.


Vi
rra

44. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
ze
Be

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia)


es

Na abordagem de psicoterapia denominada Terapia Centrada na Pessoa, o


ar

homem é visto como sendo intrinsecamente motivado para um processo


So

construtivo. É esta motivação, uma espécie de sabedoria do organismo, que o


a
an

leva a sobreviver, a manter a sua organização, a curar-se, se for necessário, e a


nt
Sa

evoluir na direção de uma progressiva complexidade e autonomia.


Considerando essa perspectiva de homem da Terapia Centrada na Pessoa,
associe as colunas relacionando os construtos às suas definições.

(1) Organismo

(2) Campo fenomenal

(3) Subcepção

| 145
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

(4) Self

( ) construto organizado e consistente, composto por percepções das características


do ‘eu’ e pelas percepções dos relacionamentos do ‘eu’ com os outros. Está
disponível à consciência, é fluida e mutante, um processo, mas em qualquer
momento dado é uma entidade específica e não necessariamente consciente.

( ) é o foco de toda a experiência, a qual inclui tudo o que está acontecendo dentro
do organismo em qualquer momento dado e que está potencialmente disponível

41
3:
para a consciência.

:0
10
1
( ) poder do organismo para discriminar e reagir a uma experiência não simbolizada.

02
/2
07
( ) estrutura de referência do indivíduo, que só pode ser conhecida pelo próprio

2/
-2
indivíduo ou pela inferência empática. Consiste em sua realidade subjetiva,

om
constituída por experiências conscientes (simbolizadas) e inconscientes (não

l.c
simbolizadas).

ai
gm
i@
A sequência correta é
ut
na
ta

A1-3-4-2
an
-s
5

B4-3-2-1
-1
13
.1

C4-1-3-2
99
.1
70

D1-4-2–3
-7
a
an

45. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos -


Vi

SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP - Psicólogo – GP


rra

De acordo com o modelo cognitivo, as pessoas desenvolvem determinadas


ze
Be

crenças sobre si mesmas e sobre o mundo, a partir do que aprendem na


es

infância. As crenças centrais ou nucleares


ar
So

A são constantes e fáceis de modificar, pois são facilmente acessíveis por meio do
a
an

trabalho terapêutico.
nt
Sa

B funcionam como verdades absolutas, rígidas e generalizadas, que têm impacto


importante sobre as emoções e o pensamento.

C surgem espontaneamente na mente das pessoas e têm caráter funcional na


manifestação afetiva.

D asseguram a adaptação apropriada das pessoas ao ambiente no qual estão


inseridas e às pessoas com quem convivem.

| 146
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

E são resultantes das distorções cognitivas que atingem uma pessoa durante o seu
processo de desenvolvimento.

46. (Ano: 2018 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2018 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) De acordo com Bock, Furtado e
Teixeira (2008, p. 46) “Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico
vienense que alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica”.
Foram instrumentos e técnicas utilizadas por Freud ao longo de sua vida

41
3:
profissional.

:0
10
1
I. Hipnose

02
/2
II. Catarse

07
III. Reforçamento

2/
-2
IV. Livre associação

om
l.c
Está correto apenas o que se afirma em

ai
gm
a) IV. i@
b) I e II.
ut

c) I, II e IV.
na
ta

d) I, II e III.
an
-s
5
-1
13

47. (Ano: 2018 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2018 -
.1

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Sobre a relação de Sigmund Freud


99
.1

e Carl Jung, informe (V) para verdadeiro e (F) para falso.


70
-7

( ) Freud iniciou seus estudos sobre psicanálise antes de Jung.


a
an

( ) Inicialmente, Freud achou que Jung era o seu principal discípulo.


Vi
rra

( ) Após a desavença ocorrida entre eles, Jung criou a Teoria Psicossocial do


ze

desenvolvimento humano.
Be

( ) Depois de dez anos sem se comunicarem, eles se reconciliaram e continuaram a


es

parceria profissional.
ar
So
a

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.


an
nt

a) (V); (V); (F); (F).


Sa

b) (F); (V); (V); (V).


c) (V); (F); (V); (V).
d) (F); (F); (F); (F).

48. (Ano: 2018 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2018 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Sobre o tratamento psicoterápico
do estado de estresse pós-traumático, analise as alternativas abaixo.

| 147
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

I. A psicoterapia em grupo não é recomendada.


II. A psicoterapia de família pode oferecer suporte direto aos membros da família e
ao paciente.
III. Na fase aguda, pode seguir o modelo de intervenção em crise com suporte,
orientação e desenvolvimento de instrumentos para lidar com o evento traumático.
IV. Na fase crônica, a psicoterapia visa a deixar o paciente falar livremente,
deixando-o rememorar o evento traumático e, quando possível, começar a
trabalhar a reconstrução do futuro.

41
3:
Está correto apenas o que se afirma em

:0
10
a) I e IV.

1
b) II e III.

02
/2
c) I, III e IV.

07
d) II, III e IV.

2/
-2
om
l.c
49. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -

ai
gm
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A psicoterapia breve de
i@
orientação psicodinâmica pode ser apontada como uma abordagem
ut
na

eficaz do profissional clínico em diferentes contextos de atenção à


ta

saúde, isto é, primário, secundário e terciário; público ou privado, seja


an
-s

na modalidade individual ou em grupo. Sobre as técnicas e


5

características dessa abordagem em psicoterapia verifica-se:


-1
13
.1

I. Profissionais com perfis mais ativos e que propiciam o desenvolvimento da aliança


99
.1

terapêutica com transferência positiva na dimensão do tempo presente.


70

II. Emprego da estratégia de focalização em conflitos ou tema específicos


-7

delineados de forma prévia ao tratamento.


a
an

III. O princípio universal da Psicoterapia Breve Psicodinâmica fundamenta-se na


Vi
rra

triangulação do conflito e da pessoa com vistas a identificar e intervir nas defesas,


ze

impulsos e afetos, mediando as relações da pessoa com indivíduos e situações do


Be

passado e do presente.
es

IV. O caráter focal dessa modalidade terapêutica possibilita o uso de


ar
So

questionamentos socráticos e decálogo das distorções emocionais, o que


a

caracteriza a flexibilidade e a busca de satisfação do paciente ao seu contexto por


an
nt

meio de desenvolvimento de estratégias de enfrentamento de eventos estressores.


Sa

Após análise das sentenças, estão corretas apenas as afirmativas


a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.

| 148
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

50. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Leia o fragmento de texto acerca
de uma situação em saúde.
“Paciente do sexo feminino, casada, mãe de três filhos, com 60 anos e
problemas cardíacos. Possui histórico de infarto recente, com menos de duas
semanas. Atualmente encontra-se internada em uma instituição hospitalar que
trata de pacientes com doenças cardiovasculares pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).” Nesse contexto de atuação hospitalar, o psicólogo pode orientar sua

41
prática por meio da abordagem psicanalítica, o que vai exigir um trabalho com

3:
uso dos postulados teóricos adaptados a tal contexto. Isso é observado

:0
10
somente em conceitos como o de

1
02
/2
a) self, o principal objeto de intervenção desse profissional.

07
b) conceitualização narrativa, uma das principais técnicas do trabalho analista.

2/
-2
c) contrapartida da associação livre, a qual consiste no emprego da atenção

om
flutuante.

l.c
d) vínculo terapêutico ativo entre paciente e psicanalista, que pode ser traduzido no

ai
gm
construto rapport. i@
ut
na
ta

51. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
an
-s

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Rogers propõe uma teoria de


5

personalidade, cujos conceitos centrais fundamentam-se em


-1
13

significados pessoais. Esses conceitos abrangem relações interpessoais,


.1

percepção de si e dos demais indivíduos, acolhimento e


99
.1

incondicionalidade, dentre outros. É possível afirmar, pois, que a teoria


70

proposta por Rogers é, também, um conjunto de métodos e técnicas


-7

utilizadas por um profissional treinado, traduzindo-se em um modelo de


a
an

psicoterapia cuja finalidade é promover a tendência a realização


Vi
rra

inerente ao organismo humano. Para a referida finalidade, são


ze

necessárias três condições por parte do psicoterapeuta, as quais são


Be
es

a) capacidade de escuta desenvolvida, empatia condicional e assertividade.


ar
So

b) assertividade, capacidade de provocar associações livres e comunicação


a

indutiva.
an
nt

c) autenticidade e congruência, consideração positiva incondicional e compreensão


Sa

empática do cliente.
d) capacidade de leitura do não verbal, empatia condicional e compreensão dos
símbolos inconscientes.

52. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Enquanto especialista em
psicologia clínica, o psicólogo pode oferecer muito para o trabalho
interdisciplinar em diversas áreas, sobretudo na saúde mental, quando

| 149
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

se trata de transtornos por uso e abuso de substâncias psicoativas como


o álcool, com suas respectivas comorbidades psiquiátricas. Cordioli
(2008) salienta que, para este quadro, uma sugestão de tratamento
eficaz seria o Modelo de Tratamento Integrado. Acerca desse modelo de
tratamento, assinale a opção correta.

a) Tem por escopo o desenvolvimento de programas de tratamento para


transtornos por uso de substâncias, embora se restrinja ao contexto hospitalar.

41
b) Objetiva o delineamento de programas de tratamentos pautados em estratégias

3:
como a de gerenciamento de caso, independente da adesão e manutenção do

:0
10
indivíduo no programa.

1
c) Tem a finalidade de promover intervenções para pacientes com ou sem

02
/2
comorbidades, pautadas em estratégias motivacionais direcionadas somente

07
àqueles que reconhecem a necessidade do tratamento.

2/
-2
d) Visa a promoção de intervenções integradas por parte de profissionais ou grupo

om
de profissionais de um mesmo contexto em grupo multidisciplinar, dirigidas às

l.c
patologias psiquiátricas e ao transtorno por uso de substâncias.

ai
gm
i@
ut
na

53. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
ta

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) O psicodrama proposto por J. L.


an
-s

Moreno parte de uma perspectiva de ser humano pautada nas relações


5

interpessoais e sociais, o que evidencia um homem espontâneo, criativo


-1
13

e sensível, que traz consigo fatores favoráveis a seu desenvolvimento,


.1

embora possa vir a ser acompanhado por condições sociais e


99
.1

ambientalmente perturbadoras e constrangedoras, levando ao


70

indivíduo desencontrar-se de si mesmo. O psicodrama visa, portanto,


-7

oferecer alternativas às referidas condições e manter a espontaneidade,


a
an

a criatividade e a sensibilidade do homem.


Vi
rra

Leia as sentenças acerca do psicodrama, informe se as afirmativas abaixo são


ze

verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta


Be

a sequência correta.
es
ar
So

( ) A proposta fundamental do psicodrama é oferecer adequação e ajustamento do


a

homem a si mesmo.
an
nt

( ) Trata-se de uma psicoterapia cuja proposta é evidenciar a melhor forma de o


Sa

paciente expressar seus verdadeiros sentimentos e emoções por meio da


representação de personagens em uma atmosfera teatral.
( ) A criatividade consiste na capacidade de agir de modo adequado diante de
situações novas, criando respostas inéditas, renovadoras ou transformadoras de
situações preestabelecidas.
( ) Trata-se de um modelo de psicoterapia, na qual um dos objetivos é descobrir,
aprimorar e utilizar os meios que facilitam o predomínio das relações télicas sobre
as relações transferenciais.

| 150
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

a ) V -V -F -F
b) F - F - V - F
c) V - V - F - V
d) F - F - V - V

54. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Leia o fragmento de texto de
Freud em “O Ego e o ld”.

41
‘“Estar ‘consciente’ é, em primeiro lugar, um termo puramente

3:
descritivo, que repousa na percepção do caráter mais imediato e certo.

:0
10
A experiência demonstra que um elemento psíquico (uma ideia, por

1
exemplo) não é, via de regra, consciente por um período de tempo

02
/2
prolongado. Pelo contrário, um estado de consciência é,

07
caracteristicamente, muito transitório; uma ideia que é consciente

2/
-2
agora não o é mais um momento depois, embora assim possa tornar-se

om
novamente, em certas condições que são facilmente ocasionadas. No

l.c
intervalo, a ideia foi... Não sabemos o quê. Podemos dizer que esteve

ai
gm
latente, e, por isso, queremos dizer que era capaz de tomar-se
i@
consciente a qualquer momento. Ora, se dissermos que era
ut
na

inconsciente, estaremos também dando uma descrição correta dela.


ta

Aqui Inconsciente’ coincide com ‘latente e capaz de tornar-se


an
-s

consciente’. (...) O estado em que as ideias existiam antes de se tornarem


5

conscientes é chamado por nós de repressão, e asseveramos que a força


-1
13

que instituiu a repressão e a mantém é percebida como resistência


.1

durante o trabalho de análise. Obtemos, assim, o nosso conceito de


99
.1

inconsciente a partir da teoria da repressão. O reprimido é, para nós, o


70

protótipo do inconsciente. Percebemos, contudo, que temos dois tipos


-7

de inconsciente: um que é latente, mas capaz de tomar-se consciente, e


a
an

outro que é reprimido e não é, em si próprio e sem mais trabalho, capaz


Vi
rra

de tornar-se consciente (...). Fazendo uma generalização rápida,


ze

poderíamos conjecturar que a essência de uma regressão da libido (da


Be

fase genital para a anal-sádica, por exemplo) reside numa desfusão de


es

instintos, tal como, inversamente, o avanço de uma fase anterior para a


ar
So

genital definitiva estaria condicionado a um acréscimo de componentes


a

eróticos. Surge também a questão de saber se a ambivalência comum,


an
nt

que com tanta frequência é inusitadamente forte na disposição


Sa

constitucional à neurose, não deveria ser encarada como produto de


uma desfusão; a ambivalência, contudo, é um fenômeno tão
fundamental que ela mais provavelmente representa uma fusão
instintual que não se completou. (...) Ora, o caso em que alguém
primeiramente ama e depois odeia a mesma pessoa (ou o inverso),
porque essa pessoa lhe deu motivo para fazê-lo, obviamente nada tem a
ver com o nosso problema. Tampouco o tem o outro caso, em que
sentimentos de amor que ainda não se tornaram manifestos, expressam-
se, inicialmente, por hostilidade e tendências agressivas; e pode ser que

| 151
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

aqui o componente destrutivo da catexia do objeto se tenha apressado


em ir à frente e somente mais tarde se lhe juntou o erótico. Mas sabemos
de diversos casos na psicologia das neuroses em que é mais plausível
supor que uma transformação se efetua. Na paranoia persecutória, o
paciente desvia um vínculo homossexual excessivamente forte que o
liga a uma pessoa em especial; em resultado, esta pessoa a quem muito
amava, se torna um perseguidor, contra quem o paciente dirige uma
agressividade frequentemente perigosa. Aqui, temos o direito de

41
interpolar uma fase prévia, que transformou o amor em ódio.”.

3:
:0
10
Considerando o fragmento do texto, é possível levantar hipóteses acerca da neurose

1
e da psicose para Freud. Tendo isso em vista, assinale a opção correta.

02
/2
07
a) A neurose desencadeia um conflito entre realidade e o id; enquanto a psicose, por

2/
-2
meio da regressão às fases libidinais mais satisfatórias, visa evitar que a realidade

om
se fragmente.

l.c
b) A exigência pulsional desprazerosa não é reprimida pelo ego e, assim, é

ai
gm
desencadeado um conflito neurótico; enquanto a psicose restabelece o vínculo com
i@
a realidade às expensas do id.
ut
na

c) A neurose, enquanto conflito psíquico, consiste na tentativa de se limitar e a evitar


ta

a realidade; a psicose, por sua vez, desmente a realidade e a reconstrói diferente do


an
-s

modo como se apresentou anteriormente.


5

d) A expressão de mecanismos de defesa específicos culmina em um conflito


-1
13

neurótico que reconstrói a realidade; enquanto que a psicose busca na realidade


.1

elementos capazes de justificar as pulsões subjacentes do id.


99
.1
70
-7

55. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
a
an

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A terapia cognitiva proposta por


Vi
rra

Aron Beck na década de 1960 tem como objetivo, “ensinar o paciente a


ze

reconhecer as cognições negativas e sua conexão com o afeto e


Be

comportamento; examinar as evidencias contra e a favor à tais


es

pensamentos e substituí-los por interpretações mais orientadas para a


ar
So

realidade”. Esse objetivo foi desenvolvido a partir da constatação, em


a

estudos científicos, que a perspectiva negativista de pacientes


an
nt

deprimidos possuía acerca de si mesmos, do mundo e do futuro,


Sa

portanto distorcida, desencadeava o quadro depressivo em que se


encontravam. Posteriormente a esses achados, esse modelo
psicoterápico foi estendido a outras modalidades de transtornos
psicológicos tais como ansiedade, alimentares, de personalidade,
dentre outros.
Julgue as sentenças que salientam distorções ou cognições negativas, informe
se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale
a alternativa que apresenta a sequência correta.

| 152
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

( ) A catastrofização ou adivinhação consiste em predizer o futuro negativamente,


sem levar em consideração outros resultados mais prováveis.
( ) O filtro mental ou abstração seletiva consiste em chegar a uma conclusão
negativa abrangente que extrapola a situação em questão.
( ) A hipergeneralização ou supergeneralização consiste em prestar atenção num
pequeno detalhe, ao invés de ver o quadro por inteiro.
( ) O pensamento polarizado, tudo ou nada, preto e branco ou dicotômico, envolve
a percepção de uma situação de forma dicotômica, em apenas duas categorias, ao

41
invés de um continum.

3:
:0
10
a) V -F -F -V

1
b) F - V - F - V

02
/2
c) V - V - F - F

07
d) F - V - V – F

2/
-2
om
l.c
56. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -

ai
gm
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A relação terapêutica e os
i@
processos de mudança nas psicoterapias humanistas têm por objetivo
ut
na

restabelecer o acordo perdido entre a experiência total da pessoa e a


ta

experiência consciente do self, propiciando ao cliente um


an
-s

amadurecimento e um desenvolvimento normais, por meio da empatia,


5

da incondicionalidade e da congruência. A respeito da empatia, marque


-1
13

a opção correta.
.1
99
.1

a) Refere-se à consistência interna, proporcionada pelo estado de integração


70

psicológica com o terapeuta no espaço da relação.


-7

b) Embora não permita a tomada de consciência dos sentimentos que ainda não são
a
an

claros, respeita o ritmo das descobertas do cliente.


Vi
rra

c) É um processo dinâmico que consiste na capacidade de penetrar no universo do


ze

outro, sendo sensível à mobilidade e significação das suas vivências.


Be

d) É um processo de genuína aceitação do outro que se mantém constante


es

independentemente daquilo que o cliente revela sobre si, com reconhecimento do


ar
So

seu direito à diferença e à autonomia.


a
an
nt
Sa

57. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Considerada uma das grandes
forças em psicoterapias, a terapia comportamental fundamenta-se nos
princípios de aprendizagem para explicação do aparecimento,
manutenção e eliminação dos sintomas. Entre os princípios destacam-se
o condicionamento clássico, o operante e a aprendizagem social e a
habituação, os quais evidenciavam a ênfase no comportamento
observável, embora entre os principais representantes já existisse
indicativos da atribuição de importância a outras variáveis, tais como as

| 153
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

crenças de autoeficácia, além da conduta observável. A respeito das


técnicas da terapia comportamental, é correto afirmar que

a) somente são aplicadas depois de o contexto terapêutico ter se tornado um evento


agradável e contingente ao comportamento de busca por tratamento.
b) são aplicadas gradamente por meio de um procedimento que visa remover os
eventos ou situações percebidos como desagradáveis como forma de manter a
motivação para tratamento.

41
c) somente são aplicadas após um procedimento criterioso de identificação e

3:
avaliação dos sintomas, na forma de um tratamento que é entendido como um novo

:0
10
processo de aprendizagem.

1
d) são aplicadas paulatinamente por meio de um procedimento denominado

02
/2
prática programada, por meio do qual o paciente é exposto, na modalidade

07
individual ou em grupo, à situação que ele tenha apresentado como queixa.

2/
-2
om
l.c
58. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -

ai
gm
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) De acordo com Cordioli (2008, p.
i@
125) o processo psicoterápico traz em seu início “uma das fases mais
ut
na

delicadas do tratamento”, a qual é decisiva para que o paciente se


ta

mantenha ou não em tratamento. Para que esse início seja consolidado,


an
-s

é importante que sejam vencidas as resistências do paciente, a


5

inexistência ou baixa motivação e os empecilhos que possam vir a


-1
13

dificultar a adesão aos procedimentos propostos. Além disso, é mister


.1

salientar que o curso da psicoterapia dependerá de diferentes


99
.1

dimensões, tais como diagnóstico, condições pessoais e aptidão do


70

paciente para dar sequência aos procedimentos exigidos pelo modelo


-7

terapêutico adotado; bem como as condições do terapeuta, a


a
an

experiência, a competência e os aspectos de sua personalidade tais


Vi
rra

como: comunicação, capacidade de empatia, calor humano,


ze

cordialidade, dentre outros. Nesse sentido, a condição sine qua non para
Be

o início do processo psicoterápico em quaisquer abordagens de


es

psicoterapia é
ar
So
a

a) o estabelecimento de uma aliança terapêutica mínima.


an
nt

b) a realização do psicodiagnóstico para o delineamento do processo de


Sa

tratamento.
c) o esclarecimento de que o processo consiste em uso de procedimentos que
exigem colaboração mútua e ativa.
d) a realização do contrato terapêutico, um acordo entre paciente e terapeuta por
meio do qual se define psicoterapia.

59. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A psicoterapia pode ser entendida

| 154
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

como um procedimento que se estende para além dos limites da sessão,


mediante um profissional devidamente qualificado. Isso significa que
fora das sessões o paciente deve assumir uma atitude de auto-
observação permanente em relação aos seus sintomas, condutas,
inibições, pensamentos, emoções ou sentimentos diversos. Nesse
sentido, um dos primeiros objetivos da psicoterapia consiste em fazer
com que o paciente adote a postura de auto-observação numa
perspectiva tanto interna, quanto externa a si mesmo. Em relação a

41
todas as atitudes necessárias para o desenvolvimento do hábito da auto-

3:
observação no processo psicoterápico, assinale a opção correta.

:0
10
1
a) Atenção às atitudes, condutas e ao material expresso direta ou indiretamente

02
/2
pelo paciente, com seus respectivos prejuízos e emoções provocados.

07
b) Identificação de atitudes e condutas pessoais estranhas ou contraditórias,

2/
-2
repetitivas, contrárias às convicções e

om
desejos; ou que trazem algum tipo de prejuízos por meio da busca de seus

l.c
significados.

ai
gm
c) Identificação e registro mental de todo o material expresso pelo paciente de
i@
modo direto ou indireto, com vistas a enumerá-lo e elencá-lo junto do cliente para
ut
na

exploração do conteúdo nas sessões seguintes, deixando autônomo para outros


ta

contextos.
an
-s

d) Atenção por meio de identificação e registro mental de sentimentos e emoções


5

provocados por circunstâncias ou pessoas e que também desencadeiam ou se


-1
13

associam a pensamentos, fantasias ou lembranças; bem como condutas e sonhos


.1

estranhos entre as sessões.


99
.1
70
-7

60. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 -
a
an

CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A psicoterapia com idosos requer


Vi
rra

a atenção de profissionais psicólogos clínicos tanto quanto a clínica com


ze

crianças e adolescentes. Inicialmente, o profissional deve estar atento


Be

aos temas e variáveis evidenciadas com o processo de envelhecimento,


es

tais como as perdas, o luto, a diminuição das capacidades cognitivas e


ar
So

da autoestima, por exemplo. Além disso, segundo Cordioli (2008),


a

indivíduos idosos demonstram significativas diferenças individuais


an
nt

tendo em vista fatores econômicos, físicos e sociais. Em conformidade


Sa

com o exposto e independente da abordagem de psicoterapia adotada


com indivíduos idosos, é correto afirmar que

a) a psicoterapia deve orientar-se pela identificação das causas de perdas de


autoestima durante o curso do envelhecimento, posto que esta dimensão é a
principal responsável por quadros de depressão e até mesmo tentativas de suicídio
dos idosos.
b) os objetivos da psicoterapia devem ser realistas, operativos e abarcarem desde a
apreciação dos recursos dos idosos, até o alívio de sintomas, a adaptação e a

| 155
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

aceitação das alterações de vida, por meio do desenvolvimento da habilidade de


falar sobre si mesmo e seus problemas.
c) a psicoterapia deve pautar-se na identificação do processo de simplificação das
experiências estabelecido pelo idoso, decorrente da diminuição das expressões
afetivas e da expressão de diversos papéis, que podem e representam tanto o
mundo interno, quanto externo do indivíduo.
d) os objetivos da psicoterapia devem ser norteados a partir do estabelecimento de
vínculo terapêutico, já que a evidência das limitações físicas do idoso funciona

41
como mediadora do processo, evitando que o terapeuta se veja autossuficiente e o

3:
idoso reconheça suas limitações e habilidades.

:0
10
1
61. (Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 – Imparh) Leia com atenção.

02
/2
07
_____________, aplicando o método fenomenológico, estuda os fenômenos tais

2/
-2
como aparecem na consciência, antes de qualquer reflexão e conhecimento ou de

om
qualquer tentativa de análise.

l.c
ai
gm
______________, pioneiro na formulação de um projeto de psicologia como ciência
i@
independente.
ut
na
ta

______________, estuda o desenvolvimento das funções cognitivas e da


an
-s

moralidade do indivíduo.
5
-1
13

______________, interessa-se em estudar os processos, operações e atos psíquicos


.1

como formas de interação adaptativa.


99
.1
70

______________, defende a posição denominada paralelismo psicofísico, em que


-7

os atos mentais ocorrem juntamente com processos psicofisiológicos.


a
an
Vi
rra

A sequência correta para preencher os espaços em branco é:


ze
Be

A Gestalt, Wundt, Piaget, Psicologia funcionalista e Titchener.


es
ar
So

B Wundt, Titchener, Psicologia funcionalista, Gestalt e Piaget.


a
an
nt

C Wundt, Gestalt, Piaget, Psicologia funcionalista e Titchener.


Sa

D Gestalt, Psicologia funcionalista, Piaget, Titchener e Wundt.

62. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG A técnica dos grupos


operativos começou a ser sistematizada pelo médico psiquiatra Pichon-
Rivière, que observou a influência do grupo familiar em seus pacientes.
Acerca dessa modalidade de grupo, assinale a alternativa correta.

| 156
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A Os grupos operativos são técnicas grupais centradas no indivíduo, sendo


também chamados de grupos de terapia.

B Grupos operativos são técnicas grupais centradas no grupo, focando a


análise da própria dinâmica deste.

C O grupo operativo não se centra no grupo enquanto totalidade, mas na


relação que os integrantes mantêm com a tarefa.

41
3:
D O vínculo fundamental dos grupos operativos é a relação entre um grupo

:0
e os membros de sua família.

10
1
02
E A técnica busca trabalhar apenas os aspectos manifestos do grupo.

/2
07
2/
63. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG A família é um todo

-2
om
articulado no qual existem relações de gênero e geração que implicam

l.c
hierarquia e poder. Com base no exposto, assinale a alternativa correta

ai
em relação ao atendimento a esse grupo.
gm
i@
ut

A As práticas de intervenção devem considerar como família aqueles


na

indivíduos que possuem relações de consanguinidade e que vivem juntos,


ta
an

pois a consanguinidade se sobrepõe à afinidade.


-s
5
-1

B O trabalho deve ser programado levando-se em conta que as relações de


13

gênero são assimétricas dentro da família.


.1
99
.1
70

C As práticas devem ser planejadas levando-se em conta apenas as relações


-7

familiares em si.
a
an
Vi

D A organização dos serviços, como reuniões ou atividades, deve ocorrer em


rra

função das necessidades das organizações, e a família deve se adequar ao


ze

que lhe é oferecido, demonstrando comprometimento.


Be
es
ar

E Nos dias atuais, a condição de autonomia da mulher já está consolidada e


So

esse fato deve ser considerado nas práticas de intervenção.


a
an
nt

64. FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017 - UFVJM-MG - Psicólogo - Assinale


Sa

a alternativa correta sobre os fatores terapêuticos presentes na


psicoterapia de grupo para YALOM (2006).

A Instilação de esperança – crucial em qualquer psicoterapia não apenas para


manter o paciente em processo terapêutico, mas também para que outros
fatores terapêuticos, como a fé, possam ser eficazes.

B Universalidade – nessa categoria inclui-se a instrução didática sobre saúde


mental, doenças mentais e a psicodinâmica geral fornecida pelos terapeutas,

| 157
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

assim como o aconselhamento, as sugestões ou a orientação direta do


terapeuta ou outros membros do grupo.

C Compartilhamento de informações – fator terapêutico que opera em todos os


grupos de terapia, embora a natureza das habilidades ensinadas e o grau em que
o processo é explicito variem muito, de acordo com o tipo de terapia de grupo.

D Desenvolvimento de técnicas de socialização – na terapia de grupo,


principalmente nos primeiros estágios, a invalidação dos sentimentos de

41
3:
singularidade de um paciente é uma poderosa fonte de alívio. Após ouvir outros

:0
10
integrantes relatarem preocupações semelhantes às suas, os pacientes revelam

1
sentir-se mais em contato com o mundo.

02
/2
07
65. COPEVE-UFAL - 2019 - UFAL - Analise as proposições abaixo:

2/
-2
om
I. Irving Yalom propõe um conjunto de 13 fatores terapêuticos na terapia de grupo

l.c
ai
gm
II. Foi durante a Segunda Guerra Mundial que o tratamento psicoterapêutico em
i@
grupo teve um grande desenvolvimento
ut
na
ta

III. A técnica utilizada na psicoterapia de grupo é muito restrita e depende


an

do setting, dos objetivos, da duração e da orientação teórica que é seguida


-s
5
-1

Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões):


13
.1
99

A II
.1
70
-7

B I, II e III
a
an
Vi

C I e II
rra
ze
Be

D III
es
ar

E II e III
So
a
an

66. OBJETIVA - 2019 - Prefeitura de Pinto Bandeira - RS - De acordo com


nt
Sa

CORDIOLI, sobre os fatores terapêuticos na terapia de grupo, analisar os


itens abaixo:

I. Recapitulação destrutiva.
II. Compartilhamento de informações.
III. Universalidade do problema.
IV. Socialização.

Estão CORRETOS:

| 158
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A Somente os itens I e II.

B Somente os itens I e III.

C Somente os itens I, III e IV.

D Somente os itens II, III e IV.

67. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - Uma mãe pode se mostrar

41
indisponível para amamentar o seu bebê de três meses de idade

3:
:0
simplesmente porque está muito ocupada com os cuidados dedicados ao

10
seu filho mais velho e, mesmo assim, pode ser vivenciada pelo seu bebê

1
02
como uma figura hostil, rejeitadora e indiferente. Segundo a perspectiva

/2
07
da teoria das relações objetais, essa vivência é possível porque

2/
-2
A) o mundo representacional do bebê dessa idade já é capaz de separar

om
claramente o mundo interno do mundo externo.

l.c
B) a internalização das relações objetais ainda não é possível, em função da

ai
gm
intensa coesão do ego do bebê nessa fase do desenvolvimento.
i@
C) o protótipo de uma relação amorosa só pode se constituir para um bebê
ut

depois do seu primeiro ano de vida.


na
ta

D)os impulsos de um bebê nessa fase são prioritariamente dirigidos à


an

descarga das tensões provocadas pelas necessidades fisiológicas.


-s

E) o objeto que foi internalizado pelo bebê não está necessariamente


5
-1

correlacionado com o objeto real externo.


13
.1
99
.1
70

68. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - Durante uma sessão de


-7

psicoterapia individual, de orientação centrada na pessoa, um rapaz


a
an

contou ao terapeuta que tentou convidar uma pessoa, por quem ele está
Vi

muito interessado, para ir a um evento com ele. Ela disse que gostaria
rra
ze

muito de ir, mas justificou que não conseguiria chegar ao local a tempo.
Be

Após o relato do rapaz, o terapeuta faz a seguinte intervenção: “Você


es

percebeu que ligou para convidá-la quando não dava mais tempo de ela
ar
So

comparecer ao evento?”. A intervenção do terapeuta teve como objetivo


a
an

A) confrontar a atitude passiva do rapaz diante da oportunidade de realizar seu


nt
Sa

desejo.

B) interpretar o padrão típico de relacionamento que o rapaz estabelece com o


outro.

C)validar a tentativa do rapaz de se aproximar de uma pessoa pela qual tem


interesse.

| 159
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

D)estimular que o rapaz desenvolva uma nova maneira de perceber sua


experiência.

E)questionar mais dados a respeito da atitude do rapaz no relato trazido para a


sessão.

69. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - Um psicólogo que atua na

41
área da saúde está realizando um grupo operativo com o propósito de

3:
promover a qualidade de vida de pacientes com doenças degenerativas.

:0
10
A principal atividade do coordenador do grupo, nesse caso, é a de

1
A) interpretar os fatores inconscientes que impedem a evolução exitosa do grupo.

02
/2
B) estabelecer a comunicação apropriada entre os diversos níveis da dinâmica

07
grupal.

2/
-2
C)manter o foco dos pacientes nas atividades que foram definidas como tarefa do

om
grupo.

l.c
D)determinar o clima de trabalho que deve predominar entre os membros do grupo.

ai
gm
E) impedir a atuação das ansiedades básicas que surgirem na dinâmica grupal.
i@
ut
na

70. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - É fato conhecido que


ta

diferentes pessoas, de diferentes culturas, partilham certos mitos e


an
-s

imagens como, por exemplo, a figura da mãe associada a um símbolo da


5

criação. Esse fato exemplifica


-1
13

A) a concepção de empatia apresentada por Carl Rogers.


.1

B) o conceito de registro no imaginário proposto por Jacques Lacan.


99
.1

C) a ideia de reverie enunciada por Wilfred Bion.


70

D) o inconsciente coletivo formulado por Carl Gustav Jung.


-7

E) o mecanismo de identificação projetiva preconizado por Melanie Klein.


a
an
Vi
rra
ze

71. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - Uma família procura um


Be

terapeuta familiar, queixando-se do comportamento dos filhos


es

adolescentes. Segundo os princípios que orientam o atendimento


ar
So

familiar na abordagem sistêmica, o foco do terapeuta deve se voltar para


a

a
an
nt

A) compreensão dos fatores que originaram as desavenças e os conflitos na


Sa

interação familiar.
B) identificação do elemento no grupo familiar que alimenta a patologia ou o
sofrimento do grupo.
C) busca de novas alternativas para o funcionamento e para mudanças na
dinâmica familiar.
D)investigação dos conteúdos trazidos pelos integrantes da família para explicar
o conflito.
E) definição dos comportamentos funcionais e disfuncionais exibidos por cada
membro da família.

| 160
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

72. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Pessoas que estão passando


por uma séria crise em suas vidas, como a perda de um ente querido, ou
que foram afetadas por alguma catástrofe,
A) devem ser encaminhadas, durante a emergência da crise, para uma
psicoterapia individual de ênfase expressiva.

41
B) dificilmente aceitam participar, logo após a ocorrência do evento traumático,

3:
de um atendimento psicológico que lhes assegure acolhimento.

:0
10
1
C) raramente se beneficiam, em função da situação emocional em que se

02
/2
encontram, de uma psicoterapia individual que adote uma ênfase expressiva

07
2/
-2
D) devem ser atendidas, exclusivamente, por meio de uma psicoterapia

om
realizada em grupos heterogêneos e psicoeducativos.

l.c
ai
gm
E) rejeitam, sistematicamente, qualquer modalidade de atendimento
i@
psicológico, seja em grupos de apoio ou individual.
ut
na
ta
an
-s

73. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Durante uma sessão de


5

psicoterapia, um rapaz comentou com seu terapeuta que esteve nas


-1
13

cataratas do Iguaçu. Relatou que, no momento em que se deparou com


.1

as quedas d’água, refletiu sobre o significado profundo da natureza, o


99
.1

que ele traduziu como uma experiência carregada de mistério. De acordo


70

com a abordagem analítica, esse relato do paciente identifica que


-7
a
an

A) sua função psicológica fundamental é a intuição.


Vi
rra

B) sua sombra invadiu seus pensamentos conscientes.


ze

C) sua persona se identificou com o seu ego.


Be

D) sua anima apreendeu a natureza do elemento masculino.


es

E) seu ego perdeu o senso de identidade e continuidade


ar
So
a

74. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Não é fato frequente que uma
an
nt

família procure por atendimento psicológico espontaneamente, mas sim


Sa

encaminhado por outro profissional, instituição ou escola, uma vez que,


frequentemente, o grupo familiar entende que os seus problemas são
causados exclusivamente por um de seus membros, considerado o
membro adoecido do grupo. Por esse motivo, a conduta de um terapeuta
familiar, já durante as primeiras entrevistas com a família, é a de
A)deixar claras as dificuldades psicológicas e limitações de todos os membros
do grupo familiar, e não somente do paciente identificado como doente
B)progressivamente esclarecer o grupo familiar sobre como as dificuldades do
membro do grupo apontado como problema afetam toda a família.

| 161
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

C)evitar qualquer referência à situação dos outros membros do grupo familiar,


aceitando sua versão de que só existe um membro adoecido no grupo.
D)interpretar, já nos primeiros momentos do atendimento, a dificuldade
inserida no grupo familiar diante da cisão estabelecida entre doentes e sãos.
E)estimular o relato do grupo sobre a conduta do familiar apontado como
doente, para favorecer a aliança terapêutica com os outros membros da família.

41
75. VUNESP - 2019 – UFABC - A técnica de grupo operativo, introduzida por

3:
Pichon Rivière, tem como objetivo levar o grupo a operar em uma

:0
10
determinada tarefa, e pode ser utilizada para o trabalho em instituições.

1
Os grupos operativos institucionais têm como finalidade promover a

02
/2
A)integração entre diferentes escalões e ideologias, especialmente no que diz

07
respeito às dificuldades de comunicação.

2/
-2
om
B) saúde da comunidade, por meio da formulação de estratégias coletivas para o

l.c
cuidado com a população.

ai
gm
C)escuta e a organização das diferentes opiniões em uma equipe, para aumentar a
i@
motivação e estimular a criatividade.
ut
na

D)ressignificação de experiências emocionais traumáticas, por meio da


ta

dramatização de situações cotidianas no trabalho.


an
-s

E) cooperação entre os integrantes de um grupo, para aumentar a sua capacidade


5

produtiva e sua adaptação ao ritmo do trabalho.


-1
13
.1
99
.1

76. VUNESP - 2019 – UFABC - Segundo a perspectiva de Carl Rogers, uma


70

mulher espancada continua o seu relacionamento com seu companheiro


-7

agressor porque
a
an

A) o fato de ser espancada a ajuda a lidar com os aspectos agressivos que ela não
Vi
rra

consegue integrar à sua personalidade.


ze

B) ela constituiu sua identidade em uma sociedade patriarcal e machista, que


Be

naturaliza a violência masculina contra a mulher.


es

C) a falta de cuidados de uma mãe suficientemente boa, nos primeiros anos de vida,
ar
So

impediu o seu amadurecimento.


a

D) ela reproduz, em relacionamentos amorosos, o padrão de comportamento


an
nt

observado em seu ambiente familiar.


Sa

E) se ela reconhece a inadequação de seu relacionamento, ela coloca em risco sua


única via para receber consideração positiva

77. VUNESP - 2019 – UFABC - A psicoterapia breve de orientação


psicodinâmica, embora permita certa flexibilidade no atendimento ao
sofrimento psíquico, tem indicações e contraindicações. Em geral, é
possível indicar uma psicoterapia breve para os casos de
A) síndromes orgânicas.

| 162
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

B) dependência química.
C) crises adaptativas.
D) risco de suicídio.
E) sintomas obsessivos

78. VUNESP - 2019 – UFABC - A teoria da aprendizagem social de Albert


Bandura explica o comportamento humano como

41
A)a consequência do encadeamento de uma série de estímulos complexos, que

3:
somados, explicam a conduta inteligente.

:0
10
B)fruto de uma interação recíproca e contínua entre determinantes cognitivos,

1
comportamentais e ambientais.

02
/2
C)o produto das variáveis presentes no campo que se configura no momento da

07
manifestação desse comportamento.

2/
-2
D)uma condição que a pessoa atinge depois de ter se adaptado aos sucessos e

om
fracassos de sua existência.

l.c
E)a resultante das experiências primitivas que uma pessoa teve com as suas figuras

ai
gm
paterna e materna. i@
ut
na
ta

79. VUNESP - 2019 – UFABC - Para ensinar uma criança a andar de bicicleta,
an
-s

considerada uma atividade complexa, um adulto pode começar


5

reforçando um comportamento que é um primeiro passo em direção ao


-1
13

comportamento final e, então, reforçar, gradualmente,


.1

comportamentos que se aproximam cada vez mais do comportamento


99
.1

final desejado. O procedimento apresentado ilustra


70

A) a aprendizagem vicária.
-7

B) a dessensibilização sistemática
a
an

C) o condicionamento clássico
Vi
rra

D) o reforço intermitente.
ze

E) a técnica de modelagem.
Be
es
ar
So

80. VUNESP - 2019 - IPREMM - SP - Um psicólogo que utiliza a abordagem da


a

terapia cognitivo-comportamental (TCC) atendeu um paciente com um


an
nt

transtorno de estresse pós-traumático. Durante uma sessão, o


Sa

terapeuta favoreceu o entendimento do paciente sobre como a


interpretação que ele deu ao evento traumático que o atingiu
influenciou intensamente sua manifestação emocional e os
comportamentos que ele adotou desde então. Essa técnica para o
manejo da ansiedade, característica da TCC, é denominada

A reestruturação cognitiva.

B exposição.

| 163
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

C racionalização.

D dessensibilização sistemática.

E modelagem.

81. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Um dos


objetivos da psicoterapia de apoio é

41
3:
A) diminuir as defesas adaptativas do paciente.

:0
B) afastar o paciente de situações estressoras.

10
1
C) descobrir as causas das dificuldades do paciente.

02
D) interpretar as transferências para corrigir as distorções do paciente.

/2
07
2/
-2
om
82. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - A avaliação da

l.c
personalidade é importante para a definição da psicoterapia mais

ai
gm
indicada, e se faz basicamente por meio da obtenção da história do
i@
paciente. Personalidade diz respeito às características mais estáveis e
ut

previsíveis de um indivíduo e, do ponto de vista estrutural, uma das suas


na
ta

divisões é
an

A)o temperamento, que envolve conceitos racionais sobre si e sobre as


-s

relações.
5
-1

B) o caráter, constituído pelo senso de autoconsciência e inteligência.


13
.1

C) o temperamento, que inclui as emoções básicas.


99

D) o caráter, isto é, respostas comportamentais condicionadas a estímulos


.1
70

físicos.
-7
a
an

83. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Jovem


Vi

estudante de jornalismo de 25 anos relata que ocupa muito do seu tempo


rra
ze

tomando banho e lavando as mãos. Declara que tomava dois banhos por
Be

dia com duração de quase 2 horas cada um e que, atualmente, tem


es

tentado reduzir esse tempo por gastar muita água.


ar
So

O paciente diz que gasta em média de 8 a 10 sabonetes por mês,


a

porque precisa cobrir todo o corpo com espuma, repetindo a ação três
an
nt

vezes, pois, só assim, sente-se limpo. Ao longo do dia, caso alguém


Sa

aperte sua mão, precisa lavá-las imediatamente para evitar que


micróbios de rua o contaminem. Seus familiares queixam-se da
dificuldade que ele tem de cumprir horários. O jovem não reconhece que
haja excessos nesses seus hábitos, alegando que se trata apenas de
cuidados com a higiene. Refere que não consegue parar de pensar sobre
sentir-se sujo.
O relato de caso acima indica que o paciente apresenta sintomas
que fecham o diagnóstico em Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).
Tendo como base esse quadro clínico, considere as afirmativas abaixo.

| 164
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

I.O TOC se caracteriza por ideias, fantasias e imagens obsessivas e por atos,
rituais ou comportamentos compulsivos. Para o diagnóstico, é necessária a
presença de obsessões, compulsões ou ambos.
II.A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é um tratamento de primeira linha
para os sintomas obsessivos-compulsivos. Entre suas técnicas, são utilizados
exercícios de Exposição e Prevenção de Respostas (EPR) que se fundamentam no
alívio obtido pelo paciente ao entrar em contato com objetos ou situações que
desencadeiam suas obsessões.

41
III. A maioria dos familiares de pacientes com TOC auxilia ou participa dos rituais

3:
desses pacientes. Esse comportamento é chamado de Acomodação Familiar e

:0
10
oferece grande ajuda ao tratamento, visto que alivia os sintomas do TOC.

1
IV. Nos quadros compulsivos, predominam comportamentos e rituais repetitivos

02
/2
bem como atos mentais, geralmente em resposta a uma ideia obsessiva.

07
2/
-2
Em relação ao TOC, estão corretas

om
A) I e III. B) I e IV. C) II e IV. D) II e III.

l.c
ai
gm
84. CESPE - 2019 - TJ-AM - Foi solicitada aos psicólogos de determinado
i@
órgão público atenção especial às dificuldades de relacionamentos
ut

apresentadas pelas equipes de trabalho constituídas de servidores do


na
ta

órgão, já que foram detectados prejuízos nos resultados dos trabalhos


an

dessas equipes. Para atender à solicitação e para lidar com o problema,


-s

o órgão implementou grupo terapêutico.


5
-1
13
.1

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o próximo item, a


99

respeito de terapias de grupo.


.1
70

Um grupo de base analítica poderia ser implantado na instituição, dado


-7

que o fenômeno da transferência pode ocorrer não só de cada participante em


a
an

direção ao grupo terapêutico como também entre os participantes do grupo.


Vi
rra
ze

85. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Jung identificou quatro funções psicológicas


Be

fundamentais (pensamento, sentimento, sensação e intuição), sendo


es

que ninguém desenvolve igualmente bem todas as quatro funções. Cada


ar
So

pessoa te
a
an

A) falsamente dominante e uma função auxiliar potentemente desenvolvida.


nt
Sa

B) levemente dominante e uma função auxiliar integralmente desenvolvida.


C) raramente dominante e uma função auxiliar fragilmente desenvolvida.
D) tenuamente dominante e uma função auxiliar totalmente desenvolvida.
E) fortemente dominante e uma função auxiliar parcialmente desenvolvida.

86. FCC - 2019 - METRÔ-SP - A abordagem freudiana apontou algumas


"recomendações", habitualmente conhecidas como regras mínimas
para a prática da psicanálise, como alicerces básicos que sustentam o
setting. Entre estas regras técnicas, está a

| 165
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A) atenção flutuante.
B) associação de ideias orientada.
C) não abstinência.
D) neutralidade negada.
A) amor ao inconsciente.

87. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Dentre as principais e específicas técnicas


utilizadas no tratamento de fobias e pânico na visão cognitiva, está a

41
exploração de alternativas para interpretar o conteúdo catastrófico dos

3:
pensamentos automáticos do paciente com outros entendimentos

:0
10
possíveis, que não os essencialmente negativos. De conteúdo

1
geralmente distorcido, catastrófico, negativo e autorreferente, os

02
/2
pensamentos automáticos correspondem a pensamentos breves e

07
involuntários que surgem de modo

2/
-2
om
A) violento.

l.c
B) previsível.

ai
gm
C) inesperado. i@
D) intermitente.
ut

E) gradativo.
na
ta
an

88. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Cláudio foi convidado a trabalhar em Setor de


-s

transplantados de um Hospital em que eram oferecidas 6 sessões de


5
-1
13

psicoterapia breve a indivíduos que passariam por cirurgia, no período


.1

pré-cirúrgico. Em sua experiência como psicanalista, voltava-se à


99
.1

exploração do inconsciente e à resolução de conflitos básicos e seus


70

derivados, em busca de reestruturação da personalidade de seu


-7

paciente, em atendimentos de duração prolongada e indeterminada. No


a
an

hospital, porém, para atuar com psicoterapia breve de orientação


Vi

psicanalítica, voltou-se a fins terapêuticos


rra
ze
Be

A) limitados à superação de sintomas e problemas atuais, e ao fortalecimento e


es

ativação das funções egoicas.


ar
So
a

B) focalizados no desenvolvimento e análise da neurose de transferência,


an

intensificando a análise da resistência.


nt
Sa

C) relacionados a insights mais afetivos que cognitivos, de focalização variada


dependendo dos conteúdos apresentados.

D) sem planejamento prefixado, respeitando o princípio do uso da associação livre


como técnica psicanalítica.

E) que buscavam elaboração de conflitos relacionados a conflitos básicos e não


derivados.

| 166
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

89. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Na Terapia Cognitiva de abuso de substâncias, a


principal meta é minar as crenças relacionadas às substâncias
psicoativas e substituí-las por crenças de controle, pois reduzem a
probabilidade do uso. A maioria dos pacientes, de modo ambivalente,
quer e não quer parar o uso de substâncias, ou seja, tem crenças de
controle que

A) incentivam significativamente o uso.


B) acompanham as crenças relacionadas à adição.

41
3:
C) abalam o sistema global de reatribuição.

:0
10
D) indicam forte tendência a reincidir.

1
E) contradizem as crenças relacionadas ao uso.

02
/2
07
2/
-2
om
90. FCC - 2018 – ALESE (Assembleia Legislativa de Sergipe) - A terapia

l.c
familiar sistêmica com o paciente e sua família enfatiza a importância

ai
gm
i@
A)do paciente ser colocado numa posição de “observador-participante”, enquanto
ut

os demais conversam com o terapeuta para focar na questão-problema.


na
ta
an
-s

B)da presença de um terapeuta expert que conduza o diálogo durante as sessões


5
-1

terapêuticas, de modo a escolher para a família a direção a seguir.


13
.1
99
.1
70

C)do contexto para a compreensão dos problemas do ser humano, que estão em
-7

inter-relação uns com os outros.


a
an
Vi

D)de se conhecer as histórias individuais e identificar quem melhor pode auxiliar o


rra

paciente a acolher e tratar os seus sintomas.


ze
Be
es

E)do paciente ser respeitado em sua dor, mas também acolher as técnicas
ar

terapêuticas, submetendo-se a elas sem resistência.


So
a
an

91. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019-2020) É típico da Psicoterapia Breve


nt
Sa

de orientação concentrar a tarefa terapêutica em determinado


sintoma, problema ou setor da psicopatologia do paciente. A qual
conceito essa característica se refere?
A) Foco.
B) Fins terapêuticos.
C) Ponto de urgência.
D) Situação problema.

| 167
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

92. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019-2020) Ao participar de um grupo


para diabéticos num equipamento de saúde, um paciente pode se dar
conta de que outras pessoas já alcançaram um bom resultado em seus
tratamentos e assim desenvolver um senso de otimismo sobre seu
próprio progresso e potencial para melhorar. A qual fator terapêutico
grupal, descrito por Irving Yalom, essa experiência se refere?
A) Universalidade.
B) Instilação da esperança.

41
C) Comportamento imitativo.

3:
D) Desenvolvimento de técnicas de socialização.

:0
10
1
02
/2
07
93. (PREFEITURA DO RECIFE - SECRETARIA DE SAÚDE - Instituto AOCP –

2/
-2
2020) Sobre o modelo estrutural ou segunda tópica de Freud a respeito

om
dos fenômenos psíquicos, relacione as colunas e assinale a alternativa

l.c
com a sequência correta.

ai
gm
1. Ego ou Eu. i@
2. Id ou Isso.
ut

3. Superego ou Supereu.
na
ta

( ) Do ponto de vista econômico, surge como um fator de ligação dos


an

processos psíquicos mas, em operações defensivas, a energia pulsional


-s

é contaminada pelos processos primários que podem assumir aspecto


5
-1
13

compulsivo, repetitivo e desreal.


.1

( ) Definido como herdeiro do complexo de édipo, constitui-se pela


99
.1

interiorização das exigências e das interdições parentais.


70

( ) Constitui o polo pulsional da personalidade e é inconsciente.


-7

(A) 3 – 2 – 1.
a
an

(B) 2 – 3 – 1.
Vi

(C) 1 – 2 – 3.
rra
ze

(D) 1 – 3 – 2.
Be

(E) 2 – 1 – 3.
es
ar
So
a
an

94. (PREFEITURA DO RECIFE - SECRETARIA DE SAÚDE - Instituto AOCP –


nt
Sa

2020) Em relação aos grupos psicoterápicos, informe se é verdadeiro (V)


ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a
sequência correta.
( ) Na abordagem psicodramática, postulada por Moreno, tem seis
elementos essenciais: cenário, protagonista, diretor, ego auxiliar,
público e cena a ser apresentada.
( ) Embora sejam muitas, as correntes psicanalíticas possuem em comum
três princípios básicos: a presença de resistências, da transferência e da
interpretação.

| 168
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

( ) Quando baseados na abordagem rogeriana, visam, de forma diretiva,


a reeducação de concepções conscientes, treinamento de novas
habilidades comportamentais e uma modificação no estilo de viver por
meio de tarefas de casa.

(A) V – F – V.
(B) V – V – F.
(C) V – F – F.

41
3:
(D) F – V – F.

:0
10
(E) F – V – V.

1
02
/2
95. (PREFEITURA DO RECIFE - SECRETARIA DE SAÚDE - Instituto AOCP –

07
2020) Sobre a clínica psicanalítica das neuroses e das psicoses,

2/
-2
relacione as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta.

om
1. Clínica psicanalítica na neurose obsessiva.

l.c
2. Clínica psicanalítica na neurose histérica.

ai
gm
3. Clínica psicanalítica na psicose. i@
ut

( ) O psicoterapeuta deve observar os mecanismos do recalque e no aflorar


na
ta

do conflito edipiano, que se desenrola, principalmente, nos registros


an

libidinais fálico e oral. Podem apresentar sintomas de conversão ou fóbicos,


-s

mas, em algumas estruturas, esses também podem estar ausentes.


5
-1
13

( ) O psicoterapeuta tem de penetrar nas regressões que governam as


.1

relações objetais por tendências sádico-anais (ambivalência e obstinação),


99
.1

incluindo a relação transferencial. Nesses casos, o psicoterapeuta pode


70

representar tanto o superego do paciente quanto o sedutor agente do id, que


-7

também é temido e contra o qual o paciente luta.


a
an

( ) De modo geral, o psicoterapeuta entende que há um processo


Vi

deteriorativo das funções do ego, em que há um prejuízo do contato com a


rra
ze

realidade. Nessas organizações, há uma regressão a etapas primitivas em


Be

que o indivíduo não discrimina o que é dele e o que é do outro. Em termos


es

clínicos, podem aparecer sensações de estranhamento, despersonalização e


ar
So

alucinações sensoriais, por exemplo.


a
an
nt

(A) 3 – 2 – 1. (B) 2 – 3 – 1. (C) 1 – 2 – 3. (D) 1 – 3 – 2. (E) 2 – 1 – 3


Sa

96. (PREFEITURA DO RECIFE - SECRETARIA DE SAÚDE - Instituto AOCP – 2020)


Em relação às técnicas em psicoterapia breve de orientação
psicanalítica, assinale a alternativa correta.

(A) Deve-se trabalhar com os conflitos infantis inconscientes mais arcaicos,


estimulando a regressão do paciente, sem necessidade de estímulo de
funções egóicas.
(B) Têm objetivo de desenvolver a neurose de transferência na relação entre

| 169
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

paciente e psicoterapeuta.
(C) Faz-se necessária a elaboração de todas as resistências apresentadas,
sejam elas advindas do id, do ego ou do superego.
(D) Têm objetivos e tempos limitados, com insights e elaboração facilitados
e estimulados por papel ativo do psicoterapeuta.
(E) Por se utilizar de uma focalização, isto é, por priorizar a problemática de
urgência, as relações de dependência são favorecidas durante o processo.

41
97. PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/RS - Instituto AOCP - Considerando a

3:
intervenção com famílias, com base na concepção de família como

:0
10
sistema, assinale a alternativa correta.

1
02
/2
A A família é considerada um sistema fechado, com regras de comportamentos

07
e de funções específicas. Para intervir, é necessário conhecer as normas que

2/
-2
regulam as relações.

om
l.c
B A família é um sistema autorregulador, em que as regras são modificadas ao

ai
gm
longo do tempo, a fim de buscarem instabilidade, sempre em um processo de
i@
tentativa e erro.
ut
na
ta

C O terapeuta cria um contexto conversacional a fim de encontrar, com os


an

membros, um consenso do que seja o problema, para que a família possa se


-s

reorganizar da melhor maneira possível.


5
-1
13
.1

D A abordagem sistêmica se concentra em como os processos intrapsíquicos


99

podem interferir nas interações entre os membros.


.1
70
-7

E Qualquer tipo de tensão, seja originada no interior ou no exterior da família,


a
an

exigirá desta uma constante adaptação para manter o sistema e o crescimento


Vi

de seus membros.
rra
ze
Be

98. PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/RS - Instituto AOCP - Procedimento


es

para intervenção pressupõe uma tarefa explícita (a qual pode estar relacionada
ar

à aprendizagem, diagnóstico ou tratamento) e uma tarefa implícita (como cada


So

integrante vivencia o grupo), com movimentos de estruturação,


a
an

desestruturação e reestruturação do grupo durante o processo, representado


nt
Sa

pelo cone invertido. A técnica descrita corresponde

A ao grupo operativo.

B à pesquisa-intervenção.

C à terapia em grupo psicanalítica.

D à pesquisa-ação.

| 170
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

E ao método dialógico pautado na linguagem e na cultura.

99. PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/RS - Instituto AOCP - Não há consenso na


literatura científica sobre aconselhamento psicológico e psicoterapia, mas
aproximações e comparações desses campos de saber. Analise as assertivas e
assinale a alternativa que aponta as que estão relacionadas ao
aconselhamento.

I. Tempo de intervenção mais breve.

41
3:
II. Atende casos mais complexos e profundos. Psicoterapia mais profunda

:0
10
III. Mais voltado a situações contextuais e situacionais.

1
IV. Foca a ação e está mais relacionado à prevenção do que ao tratamento

02
/2
em si.

07
V. O mais importante é a resolução de problemas.

2/
-2
om
A Apenas I, II, III e IV.

l.c
B Apenas II, III e V.

ai
gm
C Apenas I, III, IV e V. i@
D Apenas II, III e IV.
ut

E Apenas II, IV e V.
na
ta
an

100. PC/ES - Instituto AOCP – 2019 - No ciclo de vida familiar, a família


-s
5

com filhos adolescentes apresenta como processo emocional básico de


-1
13

transição
.1

(A) aumentar a flexibilidade das fronteiras familiares para incluir a independência


99
.1

dos filhos e a fragilidade dos avós.


70

(B) a aceitação de novos membros no sistema familiar.


-7

(C) desenvolver a responsabilidade emocional e financeira por si mesmo.


a
an

(D) aceitar várias saídas e entradas no sistema familiar.


Vi
rra

(E) o comprometimento com um novo sistema familiar


ze
Be

101. PC/ES - Instituto AOCP – O ciclo de vida de um indivíduo acontece dentro


es

do ciclo de vida familiar, que é o contexto primário do desenvolvimento


ar
So

humano, e suas intersecções constituirão a trama da vida familiar. Sobre o ciclo


a

de vida familiar, assinale a alternativa correta.


an
nt

(A) A família é como um sistema movendo-se através do tempo, de forma linear e


Sa

com interferências mútuas.


(B) A saúde mental de um indivíduo está diretamente relacionada ao seu grau de
equiparação familiar.
(C) Ao longo do ciclo da vida, ocorrem os estressores horizontais, correspondentes
a padrões, atitudes e condutas transmitidas de geração em geração.
(D) Na adolescência, há um movimento centrípeto, em que as fronteiras externas
à família são afrouxadas, permitindo uma maior troca com o ambiente externo,
aumentando a distância em relação à família
de origem.

| 171
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

(E) As fases dos membros familiares ocorrem concomitantemente, com


sobreposição de etapas, o que pode causar impactos significativos para a transição
de uma fase para outra.

102. PC/ES - Instituto AOCP – A estrutura familiar é constituída como


um conjunto de funções organizadas a partir da interação de seus membros.
Sobre o sistema familiar, assinale a alternativa correta.
(A) No sistema familiar, há uma tendência ao equilíbrio homeostático, em que as
relações ocorrem de maneira a permanecerem como estão.

41
3:
(B) Quando um sintoma de um integrante da família muda, e este é o “bode

:0
10
expiatório” da família, consequentemente todos os demais membros mudam.

1
(C) Os processos de mudança ocorrem voluntariamente, pois a família entende a

02
/2
necessidade de mudança das relações para auxiliar no desaparecimento dos

07
sintomas conjuntos.

2/
-2
(D) Ao se trabalhar com a família como um sistema, o todo será trabalhado

om
conjuntamente, não sendo necessário o encaminhamento de um membro

l.c
particular a um atendimento individualizado.

ai
gm
(E) A finalidade da situação terapêutica é a formação da família ideal, facilitando as
i@
relações e comunicação efetiva a esse objetivo
ut
na
ta

103. ENARE – EBSERH – 2020-2021 – Instituto AOCP - A corrente psicanalítica


an

que privilegia o papel do ambiente na constituição da subjetividade e destaca


-s
5

as figuras do trauma, da regressão à dependência e do jogo no manejo clínico é


-1
13

a
.1
99
.1
70

(A) Psicanálise Freudiana.


-7

(B) Psicanálise Junguiana.


a
an

(C) Psicanálise Reichiana.


Vi
rra

(D) Psicanálise Winnicottiana.


ze

(E) Psicanálise Lacaniana.


Be
es

104. CESPE – 2020 – TJ PA - Com relação a técnicas cognitivas de intervenção


ar
So

em psicologia, assinale a opção correta.


a
an
nt

A) Para dependentes de nicotina com problemas pulmonares e respiratórios, o uso


Sa

da terapia cognitiva é inadequado, por evidenciar cognições que podem aumentar


a fissura pelo cigarro.

B) O distanciamento consiste em treinar o paciente a reconhecer seu potencial para


conviver com condições avaliadas como catastróficas.

C) A preocupação entre pessoas ansiosas deve ser investigada em termos de


frequência e duração, mas o conteúdo da preocupação não deve ser discutido, pois
isso poderia estimular sua recorrência.

| 172
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

D) Reatribuição consiste em uma técnica de treinar o paciente para atribuir tarefas


a terceiros.

E) A identificação de pensamentos automáticos é relevante para auxiliar no


reconhecimento de padrões de pensamentos adaptativos ou disfuncionais que
podem subsidiar comportamentos.

41
105. CESPE – 2020 – TJ PA - No que se refere à terapia de aceitação e

3:
compromisso (ACT, sigla em inglês), técnica de terceira geração na clínica

:0
10
comportamental considerada uma das técnicas mais utilizadas e bem-

1
sucedidas atualmente, assinale a opção correta.

02
/2
07
A Essa técnica desconsidera o contexto em que o comportamento ocorre, dando

2/
-2
ênfase apenas às emoções decorrentes da experiência descrita.

om
B A ACT tem como objetivo principal a mudança de comportamentos e de cognições

l.c
inadequadas.

ai
gm
C Sob o enfoque da ACT, esquiva experiencial é a principal técnica para obter alívio
i@
do sofrimento.
ut
na

D A defusão cognitiva favorece o entendimento claro e objetivo de eventos


ta

privados, como os pensamentos, de modo que o paciente possa entender e separar


an
-s

esses eventos daquilo que é realmente fato.


5

E Conceitualmente, a ACT é equivalente à exposição e prevenção de resposta, e as


-1
13

duas abordagens utilizam as mesmas práticas.


.1
99
.1

106. CESPE – 2020 – MPE CE - Acerca da atuação dos profissionais da


70

psicologia no âmbito familiar, julgue o item a seguir.


-7

Os profissionais da área de psicologia devem considerar a família como


a
an

um “sistema aglutinado”, que confere certa pseudoautonomia a seus


Vi
rra

membros.
ze
Be

107. CESPE – 2020 – MPE CE - Acerca da atuação dos profissionais da


es

psicologia no âmbito familiar, julgue o item a seguir.


ar
So

As cisões intrageracionais geralmente estão relacionadas a conflitos


a

entre irmãos (disputa por herança) ou por subsistemas familiares dentro de


an
nt

uma mesma geração.


Sa

108. CESPE – 2020 – MPE CE - Com relação à grupoterapia, julgue o próximo


item.
Situação hipotética: Marcos, paciente de um grupoterapia, é muito
calado e dificilmente expressa suas ideias ou opiniões durante as
sessões. Assertiva: Nessa situação, a conduta mais adequada ao caso será
encaminhar Marcos para uma terapia individual, porque, além de não ter perfil
para terapia grupal, ele pode intimidar os demais participantes do grupo.

| 173
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

109. FGV – Prefeitura de Salvador 2019 - Uma mãe, com quadro de


psicose, deu à luz uma menina, a quem deu seu próprio nome. A relação
especular é marcada pela similitude dos nomes e também por manifestações
ligadas ao olhar. Ela não pode olhar para sua filha; por isso, usa, o tempo todo,
óculos de sol, inclusive na penumbra do quarto. Ela começa a desenvolver um
delírio de vigilância, proveniente desse bebê que carrega exatamente seu
nome. Para ela, a troca de olhares com o bebê significaria a morte de um dos
dois. Vemos aqui, claramente, o lugar de objeto que a criança ocupa para essa

41
mãe. A partir da psicanálise, Lacan aponta para duas formas de articulação do

3:
sintoma infantil. No caso acima, percebemos que a criança se torna objeto do

:0
10
Outro materno, saturando a falta em que se apoia o seu desejo.

1
02
/2
Com efeito, a criança realiza a presença do objeto

07
2/
-2
A transicional.

om
B esquizo-paranoide.

l.c
C fálico.

ai
gm
D mais-de-gozar. i@
E significante.
ut
na
ta

110. FGV – 2018 – MPE AL - O psicodrama, conjunto de técnicas que


an
-s

objetiva expressar e desenvolver uma existência autêntica, espontânea


5

e criativa, foi criado por


-1
13

A Edward Titchener.
.1

B Rollo May.
99
.1

C Jacob Moreno.
70

D Abraham Maslow.
-7

E Carl Rogers.
a
an
Vi
rra

111. FGV – 2018 – PREFEITURA DE NITERÓI - O conhecido experimento


ze

“João Bobo”, de Albert Bandura, utilizou a teoria social do aprendizado


Be

para entender melhor:


es

A o medo;
ar
So

B o amor;
a

C a agressividade;
an
nt

D a resiliência;
Sa

E a colaboração entre pares.

112. FGV – AL RO – 2018 - A Gestalt é um campo teórico que ofereceu


inestimáveis contribuições ao estudo da percepção e da inteligência.
Segundo os autores clássicos, a solução de impasses ocorre por meio da
reestruturação perceptiva. Sendo assim, ocorre um fenômeno no qual a
apreensão global da situação-problema é seguida pelo ajuste dos fatores
relevantes em relação ao todo

| 174
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Esse fenômeno é chamado de

A figura e fundo.
B simetria.
C proximidade.
D insight.
E associacionismo.

41
3:
:0
10
113. FGV – MPE – AL – 2018 - Assinale a opção que apresenta alguns dos

1
principais conceitos da psicologia analítica de Carl Gustav Jung.

02
/2
A Ego, superego e inconsciente coletivo.

07
B Arquétipo, complexo e inconsciente coletivo.

2/
-2
C Anima, complexo de Édipo e anáclise.

om
D Pulsão, animus e libido narcísica.

l.c
E Arquétipo, id e ideal de ego.

ai
gm
i@
ut
na
ta
an
-s
5
-1
13
.1
99
.1
70
-7
a
an
Vi
rra
ze
Be
es
ar
So
a
an
nt
Sa

| 175
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Questões Gabaritadas e Comentadas


1. Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: MGS Prova: IBFC - 2019 - MGS -
Psicólogo
“Trata-se de um termo bastante conhecido e divulgado, que classicamente
designa uma condição pela qual o analista percebe que o analisando
demonstra, por meio dos inter-relacionamentos de sua vida cotidiana, a forma
de como estão estruturadas as suas relações objetais internas” (Zimmerman,

41
2008).

3:
:0
10
Esta definição corresponde a um conceito importante na técnica psicanalítica,

1
02
que é:

/2
07
2/
A Neurose de transferência

-2
om
B Contratransferência

l.c
ai
C Extratransferência gm
i@
ut
na

D Psicose de transferência
ta
an
-s

Comentário: Extratransferência: “designa uma condição pela qual o analista


5

percebe que o analisando demonstra por meio dos inter-relacionamentos de sua


-1
13

vida cotidiana a forma de como estão estruturadas as suas relações objetais


.1
99

internas.” De modo geral, os analistas entendem que tais experiências emocionais


.1

só teriam eficácia analítica se elas fossem analisadas à luz da vivência do “aqui-


70
-7

agora-comigo” transferencial, com o analista. Por outro lado, há analistas que


a

trabalham com naturalidade e profundidade os vínculos manifestos na


an
Vi

extratransferência, tal como essa se apresenta na vida “lá fora”.


rra
ze

Neurose de Transferência = há diferenças entre o surgimento, na situação


Be

analítica, de momentos transferenciais e a instalação de uma neurose de


es
ar

transferência. Na neurose de transferência, “o analisando vive intensa e


So

continuadamente uma forte carga emocional investida na pessoa do psicanalista,


a
an

que transborda para fora da sessão e lhe ocupa uma grande fatia do seu tempo e de
nt

seu espaço mental.” (Zimmerman, 2007)


Sa

Gabarito: C

2. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC


- 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo

| 176
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Avalie as afirmações abaixo relacionadas ao funcionamento de um grupo


terapêutico de abordagem psicanalítica, julgando cada uma delas como
verdadeira (V) ou falsa (F).

( ) No funcionamento do grupo, observa-se um permanente jogo de assunção de


papéis.

( ) Um indicador de que está havendo uma boa evolução grupal é quando os papéis

41
deixam de ser fixos e estereotipados e adquirem uma plasticidade intercambiável.

3:
:0
10
( ) O papel de bode expiatório é assumido por um dos participantes do grupo que o

1
desempenha através de inúmeros recursos resistenciais, que procura obstaculizar

02
/2
o andamento exitoso da tarefa grupal, e em geral é assumido pelo indivíduo que

07
seja portador de uma excessiva inveja e defesas narcisísticas.

2/
-2
om
A ordem correta de afirmações verdadeiras e falsas, de cima para baixo é:

l.c
ai
gm
A V, V, F i@
ut

B V, F, F
na
ta
an

C F, F, V
-s
5
-1

D V, F, V
13
.1
99

Comentário: O terceiro item se refere ao papel do sabotador, não do bode


.1
70

expiatório.
-7

Nos grupos, de uma forma geral, há um permanente jogo de atribuição e de


a
an

assunção de papéis. Um indicador de que está havendo uma boa evolução grupal é
Vi

quando os papéis deixam de ser fixos e estereotipados e adquirirem uma


rra

plasticidade intercambiável.
ze
Be

Ao longo da evolução de um grupo, os papéis que mais normalmente


es

costumam ser adjudicados e assumidos pelos seus membros são:


ar
So

1. Bode expiatório = toda maldade do grupo fica depositada em um sujeito


a

que, se tiver uma tendência prévia, será depositário, até vir a ser expulso. Diante
an

disso, o grupo tende a buscar um novo bode expiatório.


nt
Sa

Em outras situações, o grupo modela um bode expiatório sobre a forma de


um “bobo da corte”, que diverte a todos e que, por isso mesmo, ao invés de ser
expulso, o grupo faz questão de conservá-lo.
2. Porta-voz = o portador deste papel mostra aquilo que o restante do grupo
pode estar, de forma latente, pensando ou sentindo. Forma comum de porta-voz é
o indivíduo contestador. Cabe ao terapeuta discriminar quando tal contestação é
obstrutiva, ou quando, de fato, pode ser necessária e construtiva.
3. Radar = esse indivíduo capta os primeiros sinais de ansiedade, antes dos
demais membros do grupo. Também é conhecido como “caixa de ressonância”,

| 177
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

devido a não ter condições de processar simbolicamente o que captou, a pessoa


pode expressar essas ansiedades por meio de somatizações, abandono da terapia,
e crises explosivas, por exemplo.
4. Investigador = o sujeito provoca uma perturbação no campo grupal. Por
meio de um jogo de Intrigas.
5. Atuador pelos demais = o grupo delega a uma pessoa a função de executar
aquilo que lhes é proibido, por exemplo, traição conjugal, sedução ao terapeuta.
6. Sabotador = o sabotador cria obstáculos ao andamento exitoso da tarefa

41
grupal, em geral é assumido por um sujeito invejoso.

3:
7 Vestal = aquele que zela pela manutenção da moral e dos bons costumes.

:0
10
Existe o risco desse papel ser assumido pelo próprio terapeuta

1
8 Líder = o papel surge em dois planos. No primeiro, o papel é naturalmente

02
/2
designado ao terapeuta. No segundo, o líder surge espontaneamente entre os

07
membros do grupo. (Zimerman, 2007).

2/
-2
om
Gabarito: A

l.c
ai
gm
3. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC -
i@
2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo
ut
na

O atendimento psicológico em grupo tem sido comumente utilizado nos


ta

espaços de saúde por apresentar uma série de aspectos positivos. A realização


an
-s

de atendimentos psicológicos em grupos, voltados para a realização de tarefas


5

objetivas, num modo de intervenção, organização e resolução dos problemas


-1
13

grupais, que foi pela primeira vez utilizada e começou a ser sistematizada por
.1

Pichon- Rivière é chamado de:


99
.1
70

A Grupo de sala de espera


-7
a
an

B Grupo de convivência
Vi
rra
ze

C Grupo psicodramático
Be
es

D Grupo operativo
ar
So

Comentário: A abordagem de trabalho em grupo chamada Grupos Operativos foi


a
an

desenvolvida por Pichon-Riviere. Para Saidon (1982), o grupo operatico é


nt
Sa

caracterizado “por estar centrado, de forma explícita, em uma tarefa que pode ser
o aprendizado, a cura (no caso da psicoterapia), o diagnóstico de dificuldades etc.
Sob essa tarefa, existe outra implícita subjacente à primeira, que aponta para a
ruptura das estereotipias que dificultam o aprendizado e a comunicação.” (Bock,
Furtado, Teixeira; 2018)

Gabarito: D

| 178
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

4. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC


- 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo
De acordo com o referencial teórico da psicanálise, pode ocorrer na entrevista
inicial um fenômeno conhecido como transferência, que pode ser caracterizado
como:

A Reação do entrevistador frente ao que o paciente mobiliza nos seus núcleos


inconscientes

41
3:
B Atualização de sentimentos, atitudes e condutas inconscientes, por parte do

:0
10
entrevistado, que correspondem a modelos que se estabeleceu no curso do

1
desenvolvimento, especialmente na relação interpessoal com seu meio familiar

02
/2
07
C Um mecanismo de defesa psíquico relacionado a atualização de um modo de

2/
-2
funcionamento ligado a etapas mais precoces do desenvolvimento, que permite

om
satisfações de necessidades afetivas primitivas, fazendo com que o indivíduo passe

l.c
a se comportar de acordo com etapas já superadas

ai
gm
i@
D Conteúdos apresentados pelo paciente, que despertam no profissional,
ut

sentimentos de raiva, medo, piedade, carinho, repulsa


na
ta
an

Comentário: Cuidado! A transferência se dá na direção do entrevistado para o


-s

analista, não o inverso (letras A e D incorretas). A letra C se refere à


5
-1

regressão/fixação.
13
.1

TRANSFERÊNCIA: consiste na reedição, com o analista, das relações com


99

objetos do passado. É considerada como resistência, mas também, por outro lado,
.1
70

instrumento de trabalho fundamental da psicanálise. Para Freud, o trabalho das


-7

resistências e da transferência são centrais no processo terapêutico.


a
an

Na denominada neurose de transferência, o paciente passa a deslocar, para


Vi

a pessoa do terapeuta, pensamentos e sentimentos voltados, originariamente, para


rra

pessoas importantes do seu passado, repetindo padrões primitivos de


ze
Be

relacionamento. Assim, há uma repetição, na relação com o analista, dos


es

sentimentos e das fantasias dirigidas a figuras importantes na história do paciente.


ar
So
a

Gabarito: B
an
nt
Sa

5. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis -


MG Prova: IBFC - 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo
A crise, do ponto de vista psicológico, é uma condição de reação frente a uma
situação de perigo, capaz de ameaçar a integridade da pessoa. Tal situação
pode ser abordada pela Psicoterapia Breve, e é uma forma de intervenção
terapêutica utilizada frequentemente em instituições de saúde. Assinale a
alternativa que não corresponde a uma característica da Psicoterapia Breve de
abordagem psicodinâmica:

| 179
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A Permite a dinamização do processo terapêutico, colocando em ação mais


rapidamente um processo de mudança a partir do foco de trabalho

B Favorece maior flexibilidade de ação, possibilitando ao terapeuta lidar com a


realidade externa do paciente, bem como com aspectos transferenciais

C Favorece a neutralidade absoluta do terapeuta, que obedece a regra da


abstinência, mantendo a atenção flutuante

41
3:
D Permite a formulação de um plano terapêutico a ser atingido, uma vez feita a

:0
avaliação psicodinâmica e a escolha de um foco de atuação, para onde convergirão

10
1
a interpretação, atenção, e negligência seletiva do terapeuta

02
/2
07
Comentário: A psicoterapia breve (PB) trabalha com a atenção seletiva e não com a

2/
-2
atenção flutuante, como ocorre na psicanálise clássica. Dessa forma, o terapeuta,

om
na psicoterapia breve, se mantém atento ao foco que quer alcançar.

l.c
ai
gm
Gabarito: C i@
ut

6. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis -


na
ta

MG Prova: IBFC - 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Psicólogo


an

De acordo com a teoria do desenvolvimento psicossexual do ser humano, a


-s

personalidade se constitui a partir de fases do desenvolvimento psicossexual


5
-1

infantil. De acordo com esta teoria, assinale a alternativa que define


13
.1

corretamente a fase citada:


99
.1
70

A Genital: Nesta fase consolida-se a maturação fisiológica dos sistemas de


-7

funcionamento sexual, sendo que os principais objetivos desta fase são a separação
a
an

final da dependência e do apego aos pais, e o estabelecimento de relações de objeto


Vi

maduras e não incestuosas.


rra
ze
Be

B Oral: Nesta fase, o pênis torna-se o principal órgão de interesse para crianças de
es

ambos os sexos, e sua ausência nas meninas é vista como castração. Além disso, o
ar

envolvimento e o conflito edipiano são estabelecidos.


So
a
an

C Anal: É a primeira fase do desenvolvimento psicossexual infantil, e seu principal


nt
Sa

objetivo é que a criança possa estabelecer um relacionamento de dependência com


sujeitos que proporcionam nutrição e sustento, obtendo uma expressão confortável
e a gratificação de necessidades.

D Fálica: Esse período, que compreende por volta do terceiro e quarto ano de vida
da criança, é marcado pelo controle neuromuscular sobre os esfíncteres. Além
disso, esta fase é marcada por uma intensificação dos impulsos agressivos.

| 180
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comentário: A letra B se refere à fase fálica; a letra C se refere à fase Oral; a letra D
se refere à fase Anal.

Gabarito: A

7. Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: TJ-PE Prova: IBFC - 2017 - TJ-PE -
Analista Judiciário - Psicólogo

41
3:
Para BOCK (2008): “Provavelmente, a Psicologia jamais terá um único

:0
paradigma confiável que possa ser adotado por todos sem questionamentos

10
1
(ao menos por um dado período). Isso porque a Psicologia é uma ciência

02
humana e as ciências humanas são caracterizadas pela contaminação que

/2
07
sofrem por estudar o que estudam. (...) As diferentes formas de pensar a

2/
-2
Psicologia representam a própria riqueza do ser humano e sua capacidade

om
múltipla de pensar sobre si mesmo.”

l.c
ai
gm
Desta forma, entende-se que o desenvolvimento das diversas Teorias
i@
Psicológicas contribuem para o conhecimento do psiquismo humano.
ut

Relacione as Teorias Psicológicas aos enunciados correspondentes.


na
ta
an

Teorias Psicológicas:
-s
5
-1

(I) Teoria de Campo.


13
.1
99

(II) Abordagem Cognitiva.


.1
70
-7

(III) Behaviorismo.
a
an
Vi

(IV)Perspectiva Humanista.
rra
ze
Be

Enunciados:
es
ar
So

(A)Esta teoria demonstra que as interpretações que uma pessoa faz do mundo e de
a

suas vivências são, durante seu desenvolvimento, gradativamente organizadas.


an
nt
Sa

(B)Nela existem três condições vistas como eficazes como instrumento de


aperfeiçoamento de condição humana: a consideração positiva incondicional; a
empatia e a congruência.

(C)Seu objeto é não só explicar o comportamento humano, mas também a sua


natureza. Estuda a totalidade de coexistência de fatos que são concebidos como
mutuamente interdependentes.

| 181
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

(D)Argumenta que a Psicologia deve ocupar-se apenas de comportamentos


possíveis de serem observados e medidos.

Assinale a alternativa correta:

A I-A; II-B; III-C; IV-D

B I-B; II-A; III-D; IV-C

41
3:
:0
10
C I-D; II-B; III-A; IV-C

1
02
D I-B; II-D; III-A; IV-C

/2
07
2/
-2
E I-C; II-A; III-D; IV-B

om
l.c
Comentário: Teoria de Campo = Seu objeto é não só explicar o comportamento

ai
humano, mas também a sua natureza. Estuda a totalidade de coexistência de fatos
gm
i@
que são concebidos como mutuamente interdependentes.
ut

Abordagem Cognitiva = Esta teoria demonstra que as interpretações que


na

uma pessoa faz do mundo e de suas vivências são, durante seu desenvolvimento,
ta
an

gradativamente organizadas.
-s

Behaviorismo = Argumenta que a Psicologia deve ocupar-se apenas de


5
-1

comportamentos possíveis de serem observados e medidos.


13
.1

Perspectiva Humanista = Nela existem três condições vistas como eficazes


99

como instrumento de aperfeiçoamento de condição humana: a consideração


.1
70

positiva incondicional; a empatia e a congruência.


-7
a
an

Gabarito: E
Vi
rra

8. Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: IBFC - 2017 -


ze
Be

EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO)


es

Assinale a alternativa correta. Num grupo terapêutico de abordagem


ar

psicanalítica observa-se um permanente jogo de assunção de papéis, sendo que


So

um indicador de que está havendo uma boa evolução grupal é quando os papéis
a
an

deixam de ser fixos e estereotipados e adquirem uma plasticidade


nt
Sa

intercambiável. O papel assumido por um dos participantes do grupo no qual


este desempenha o papel através de inúmeros recursos resistenciais, procura
colocar obstáculos para o andamento exitoso da tarefa grupal, e em geral é
assumido pelo indivíduo que seja portador de uma excessiva inveja e defesas
narcisísticas é o de:

A Líder

B Porta voz

| 182
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

C Atuador pelos demais

D Bode-expiatório

E Sabotador

Comentário: Ao longo da evolução de um grupo, os papéis que mais


normalmente costumam ser adjudicados e assumidos pelos seus membros são:
1. Bode expiatório = toda maldade do grupo fica depositada em um sujeito

41
3:
que, se tiver uma tendência prévia, será depositário, até vir a ser expulso. Diante

:0
disso, o grupo tende a buscar um novo bode expiatório.

10
1
Em outras situações, o grupo modela um bode expiatório sobre a forma de

02
um “bobo da corte”, que diverte a todos e que, por isso mesmo, ao invés de ser

/2
07
expulso, o grupo faz questão de conservá-lo.

2/
-2
2. Porta-voz = o portador deste papel mostra aquilo que o restante do grupo

om
pode estar, de forma latente, pensando ou sentindo. Forma comum de porta-voz é

l.c
o indivíduo contestador. Cabe ao terapeuta discriminar quando tal contestação é

ai
gm
obstrutiva, ou quando, de fato, pode ser necessária e construtiva.
i@
3. Radar = esse indivíduo capta os primeiros sinais de ansiedade, antes dos
ut

demais membros do grupo. Também é conhecido como “caixa de ressonância”,


na
ta

devido a não ter condições de processar simbolicamente o que captou, a pessoa


an

pode expressar essas ansiedades por meio de somatizações, abandono da terapia,


-s

e crises explosivas, por exemplo.


5
-1

4. Investigador = o sujeito provoca uma perturbação no campo grupal. Por


13
.1

meio de um jogo de Intrigas.


99

5. Atuador pelos demais = o grupo delega a uma pessoa a função de executar


.1
70

aquilo que lhes é proibido, por exemplo, traição conjugal, sedução ao terapeuta.
-7

6. Sabotador = o sabotador cria obstáculos ao andamento exitoso da tarefa


a
an

grupal, em geral é assumido por um sujeito invejoso.


Vi

7 Vestal = aquele que zela pela manutenção da moral e dos bons costumes.
rra
ze

Existe o risco desse papel ser assumido pelo próprio terapeuta


Be

8 Líder = o papel surge em dois planos. No primeiro, o papel é naturalmente


es

designado ao terapeuta. No segundo, o líder surge espontaneamente entre os


ar
So

membros do grupo. (Zimerman, 2007).


a
an
nt

Gabarito: E
Sa

9. Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: IBFC - 2017 -


EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO)
Assinale a alternativa correta. Na entrevista realizada com um paciente
internado na ala de psiquiatria de um hospital geral após tentativa de suicídio,
o psicólogo vivenciou, a partir do conteúdo apresentado pelo paciente,
sentimentos de raiva e repulsa. Tais conteúdos mobilizaram o entrevistador em
seus núcleos inconscientes. Dentro da linha teórica psicanalítica, pode-se

| 183
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

sugerir que o profissional em questão esteja diante de um evento conhecido na


prática clínica como:

A Racionalização

B Contratransferência

C Sublimação

41
D Regressão

3:
:0
10
E Transferência

1
02
/2
07
Comentário: Sublimação, regressão e racionalização são exemplos de

2/
mecanismos de defesa.

-2
TRANSFERÊNCIA: consiste na reedição, com o analista, das relações com

om
l.c
objetos do passado. É considerada como resistência, mas também, por outro lado,

ai
instrumento de trabalho fundamental da psicanálise.
gm
CONTRATRANSFERÊNCIA: é a contrapartida da transferência. Enquanto a
i@
ut

direção na transferência é do analisando para o analista; na contratransferência, a


na

direção é do analista para o analisando. Trata-se de uma comunicação de


ta
an

inconsciente para inconsciente.


-s
5
-1

Gabarito: B
13
.1
99

10. Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: IBFC - 2016 -
.1
70

EBSERH - Jornalista (HUPEST-UFSC)


-7

A teoria afirma o princípio de que vemos as coisas sempre dentro de um


a
an

conjunto de relações e de que tal fato contribui para alterar nossa percepção,
Vi

como, por exemplo, nos fenômenos de ilusão de óptica. O texto refere-se à:


rra
ze
Be

A Teoria Estruturalista
es
ar

B Teoria Geral da Gestalt


So
a
an

C Teoria Hipodérmica
nt
Sa

D Teoria Funcionalista

E Teoria da Mass Media

Comentário: A percepção é um conceito central na Teoria da Gestalt. “Para os


gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo,
encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo percebe e como percebe
são dados importantes para a compreensão do comportamento humano.” O
fenômeno da percepção “é norteado pela busca de fechamento, simetria e

| 184
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

regularidade dos pontos que compõem uma figura (objeto).” (Bock, Furtado e
Teixeira)

Gabarito: B

11. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
Psicólogo Os conteúdos do inconsciente coletivo, que representam o

41
3:
papel de modelos endógenos de condutas e produções imaginativas, são

:0
10
denominados:

1
02
/2
A traços de personalidade.

07
2/
-2
B arquétipos.

om
l.c
C núcleo do eu.

ai
gm
i@
D estrutura da personalidade.
ut
na

Comentário: “O conjunto de arquétipos de uma cultura constitui seu núcleo épico


ta
an

mítico pelo qual ela se identifica e se distingue das outras e de si mesma em sua
-s

evolução e criação. Formam o self cultural de um povo, como modelos endógenos


5
-1

de conduta e produções imaginativas, contidas no inconsciente coletivo.”


13
.1

(Arquétipos culturais e Desenvolvimento social, Zanotelli, 2000)


99
.1
70

Gabarito: B
-7
a
an
Vi

12. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


rra

CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -


ze
Be

Psicólogo
es

A modalidade psicoterapêutica que postula a noção de uma variável


ar

interveniente entre o evento que ocorre e o comportamento que se segue,


So

sendo que essa variável medeia, atenua ou agrava como a pessoa se sente ante
a
an

um estímulo presente, utilizando a noção de mente humana baseada no


nt
Sa

processamento da informação, pode ser definida como:

A psicoterapia cognitivo-comportamental.

B análise experimental do comportamento.

C psicoterapia centrada no paciente.

D psicoterapia da relação.

| 185
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comentário: A cognição faz um processo de mediação entre o evento e o


comportamento. Além disso, destaca-se que o modelo cognitivo é baseado no
processamento de informações. Destaca-se que, para o modelo cognitivo, existem
erros no processamento da informação, nos mais variados transtornos mentais.

Gabarito: A

41
13. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -

3:
CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -

:0
10
Psicólogo

1
“O filme japonês “O corvo amarelo” (1957), dirigido por Kiiroi Karasu, conta a

02
/2
história de um menino, filho único, que viveu com a mãe num ambiente cheio

07
de afeição, o pai se ausentara por um período relativamente longo. Quando

2/
-2
voltou, a criança demonstrou-lhe abertamente uma hostilidade, não aceitando

om
sua amizade e tentando impedir sua aproximação da mulher. Os conflitos

l.c
transpareceram em seu comportamento no jardim da infância, a ponto de

ai
gm
chamar a atenção da professora que, então, discutiu o assunto com os pais.
i@
Felizmente, estes eram compreensivos e, com carinho e paciência, ajudaram o
ut
na

filho a resolver seu problema emocional.” (D’ANDREA, Flavio Fortes -


ta

Desenvolvimento da personalidade. São Paulo, Difel, 1982, p. 62-63).


an
-s
5

O texto retrata uma situação característica do:


-1
13
.1

A complexo de Electra.
99
.1
70

B complexo de Édipo.
-7
a
an

C complexo de Petrônio.
Vi
rra
ze

D complexo de Venilia.
Be
es

Comentário: COMPLEXO DE ÉDIPO: a mãe se torna objeto de amor do menino e o pai


ar
So

é visto como seu rival. O menino, então, procura “ser o pai” para ter a mãe, num
a

processo de identificação com a figura paterna. Com isso, ele começa a “internalizar
an

as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna”.


nt
Sa

Posteriormente, há o declínio desse complexo, tal processo está ligado ao


medo da castração, nos meninos. Com o declínio do complexo, o garoto passa a
poder partilhar do mundo social, “pois tem suas regras básicas internalizadas por
meio da identificação com o pai”. (Bock, Furtado, Teixeira; 2018)

Gabarito: B

| 186
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

14. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
Psicólogo
“Excluindo os grupos psicoeducacionais, todos que fazem parte deste tipo de
grupo psicoterapêutico compartilham de muitos aspectos comuns, lutando por
eficiência. Fazem um contrato para um conjunto discreto de objetivos e tentam
se manter focados no cumprimento dos objetivos; tendem a permanecer no
presente, com um foco no aqui-e-agora; lidam com pressões temporais e o final

41
iminente da terapia; enfatizam a transferência de habilidades e aprendizagem

3:
do grupo para o mundo real; sua composição costuma ser homogênea para o

:0
10
mesmo problema, síndrome sintomática ou experiência de vida; concentram-

1
se mais em questões interpessoais do que intrapessoais.” (Yalom, Irvin D. -

02
/2
Psicoterapia de grupo, teoria e prática. Porto alegre, artmed, 2006, p. 232-233).

07
2/
-2
A abordagem terapêutica que tem esses pressupostos é:

om
l.c
A Terapia comportamental em grupo.

ai
gm
i@
B Terapia de grupo analítica.
ut
na
ta

C Terapia de grupo breve.


an
-s

D Terapia de grupo cognitivo-comportamental.


5
-1
13
.1

Comentário: A questão fala em foco no cumprimento dos objetivos e em conjunto


99

discreto de objetivos. O texto traz também a questão do foco no presente e um fim


.1
70

iminente da terapia. Todos esses pontos são característicos da Psicoterapia Breve.


-7
a
an

“A terapia de grupo breve está se tornando rapidamente um formato


Vi

importante e muito usado de terapia. Em uma grande medida, a busca por formas
rra

mais breves de terapia de grupo é alimentada por pressões econômicas. (...) Outros
ze
Be

fatores também favorecem a terapia breve: por exemplo, muitos pontos geográficos
es

têm uma demanda elevada por serviço e pouca disponibilidade de profissionais de


ar

saúde mental. Nesse caso, a brevidade se traduz em maior


So

acesso aos serviços.”


a
an
nt
Sa

“Um grupo breve é o grupo de menor duração que possa alcançar um


objetivo especificado – daí a oportuna expressão “terapia de grupo eficiente em
termos de tempo”.

“Todos os grupos de psicoterapia breve (excluindo os grupos


psicoeducacionais) compartilham muitos aspectos comuns. Todos eles lutam por
eficiência; fazem um contrato para um conjunto discreto de objetivos e tentam se
manter focados no cumprimento dos objetivos; tendem a permanecer no presente
(com um foco no aqui-e-agora ou um foco em problemas recentes no “lá e então”);

| 187
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

lidam com as restrições temporais e o final iminente da terapia; enfatizam a


transferência de habilidades e aprendizagem do grupo para o mundo real; sua
composição costuma ser homogênea para o mesmo problema, síndrome
sintomática ou experiência de vida; concentram-se mais em questões interpessoais
do que intrapessoais.” (Yalom, Irvin D. - Psicoterapia de grupo, teoria e prática.
Porto alegre, artmed, 2006)

Gabarito: C

41
3:
15. Ano: 2018 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -

:0
10
CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 - Prefeitura de Fortaleza - CE -

1
Psicólogo

02
/2
No célebre texto Recordar, repetir e elaborar, Freud discorre acerca da

07
repetição e de sua intrínseca relação com o tratamento analítico. Nele nos diz:

2/
-2
“é preciso dar tempo ao paciente para que ele se enfronhe na resistência agora

om
conhecida, para que a elabore, para que a supere, prosseguindo o trabalho

l.c
(...)”.

ai
gm
i@
Sendo assim, examine os enunciados abaixo:
ut
na
ta

I. A temática da repetição aparece, na teoria freudiana, de forma lateral, não


an

trazendo muitas contribuições ao entendimento da formação sintomática.


-s
5
-1
13

II. Os processos de elaboração são indispensáveis para a diminuição da


.1

repetição sintomática, chegando a ser a sua contrapartida fundamental.


99
.1
70

III. Nesse texto, Freud chega a denominar de “campo psíquico” os processos


-7

que ocorrem via elaboração, sendo este o campo por excelência da psicanálise.
a
an
Vi

IV. O processo analítico consegue extirpar a compulsão à repetição, já que a


rra
ze

elaboração suplantaria os domínios da repetição.


Be
es

V. Não há “convite” ao analisante para que suas repetições se apresentem


ar
So

no setting analítico, já que elas freiam os processos de elaboração.


a
an
nt

Marque a alternativa correta.


Sa

A Os itens I e III são verdadeiros.

B Os itens III e IV são verdadeiros.

C Os itens II e III são verdadeiros.

D Apenas o item III é verdadeiro.

| 188
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comentário: A temática da repetição aparece, na teoria freudiana, de forma


CENTRAL, trazendo muitas contribuições ao entendimento da formação
sintomática.

O processo analítico não consegue eliminar a repetição, mas diminui a


repetição sintomática.

Há, sim, “convite” ao analisante para que suas repetições se apresentem

41
no setting analítico.

3:
:0
10
Gabarito: C

1
02
/2
16. Ano: 2016 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -

07
CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE -

2/
-2
Psicólogo

om
Segundo a teoria junguiana, o complexo funcional, que é o centro da

l.c
consciência, se chama:

ai
gm
i@
A sombra.
ut
na
ta

B ego.
an
-s

C fronteira de contato
5
-1
13
.1

D persona.
99
.1
70

Comentário: O Ego é o centro da consciência, ele fornece um sentido de consistência


-7

de direção em nossas vidas conscientes. Cuidado! O arquétipo central é o SELF, mas


a
an

o centro da consciência é o Ego.


Vi

Persona: é a forma pela qual as pessoas se apresentam ao mundo. A persona


rra

inclui papéis sociais e o tipo de roupa que se escolhe. O termo Persona é derivado
ze
Be

do latim e equivale à máscara


es

Assim, a persona é uma máscara adotada pela pessoa em contrapartida às


ar

demandas das convenções sociais. O propósito da máscara, muitas vezes, pode


So

ocultar a verdadeira natureza da pessoa. A persona é a personalidade pública, o


a
an

papel atribuído a alguém pela sociedade.


nt
Sa

Sombra: representa o lado animal da natureza humana, é o centro do


inconsciente pessoal, o núcleo do material que foi reprimido da consciência. A
sombra inclui tendências, desejos, memórias e experiências que são rejeitadas pelo
sujeito como incompatíveis com a persona. A sombra representa o que
consideramos inferior em nossa personalidade. Quanto mais o material da sombra
tornar-se consciente, menos ele pode dominar.
Ainda assim, a sombra é parte integral da natureza humana e nunca pode ser
simplesmente eliminada. A sombra não é apenas uma força negativa. Assim, é um

| 189
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

depósito de considerável energia instintiva e vitalidade, além de ser fonte principal


de nossa criatividade.

Gabarito: B

17. Ano: 2016 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE -
Psicólogo

41
A tríade pai, mãe e criança, girando em torno do complexo de Édipo, é a base

3:
do desenvolvimento psíquico da criança para qual abordagem?

:0
10
1
A Psicanálise.

02
/2
07
B ACP.

2/
-2
om
C Gestalt-terapia.

l.c
ai
gm
D Psicologia analítica. i@
ut

Comentário: COMPLEXO DE ÉDIPO: a mãe se torna objeto de amor do menino


na

e o pai é visto como seu rival. O menino, então, procura “ser o pai” para ter a mãe,
ta
an

num processo de identificação com a figura paterna. Com isso, ele começa a
-s

“internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela


5
-1

autoridade paterna”.
13
.1

Posteriormente, há o declínio desse complexo, tal processo está ligado ao


99

medo da castração, nos meninos. Com o declínio do complexo, o garoto passa a


.1
70

poder partilhar do mundo social, “pois tem suas regras básicas internalizadas por
-7

meio da identificação com o pai”. (Bock, Furtado, Teixeira; 2018)


a
an
Vi

Gabarito: A
rra
ze
Be

18. Ano: 2016 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -


es

CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE -


ar

Psicólogo
So

Quais os três níveis de análise na seleção por consequência do comportamento


a
an

para Skinner?
nt
Sa

A Primário, secundário e terciário.

B Individual, grupal e coletivo.

C Filogenético, ontogenético e cultural.

D Estímulo, resposta e ação.

| 190
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comentário: A Análise do Comportamento compreende o comportamento


humano como sendo possibilitado por três processos históricos: a história da
espécie (filogenia), a história do indivíduo (ontogenia) e a história das práticas
coletivas (cultura).
No modelo causal de seleção por consequências proposto por Skinner, a
ocorrência da ação pode ser explicada pelas relações de contingência
(dependência) entre os eventos antecedentes, a própria ação e as consequências
que a sucedem. A configuração entre estes três termos especifica a probabilidade

41
de o sujeito agir de uma determinada forma, em um determinado contexto.

3:
(VALE, Antonio Maia Olsen do; ELIAS, Liana Rosa. Transtornos alimentares:

:0
10
uma perspectiva analítico-comportamental. Rev. bras. ter. comport. cogn., São

1
Paulo, 2011)

02
/2
07
Gabarito: C

2/
-2
om
19. Ano: 2016 Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza -

l.c
CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE -

ai
gm
Psicólogo i@
Segundo a teoria comportamental, tudo que aumenta a frequência de um
ut
na

comportamento se repetir mediante introdução de estímulo é chamado de:


ta
an

A punição negativa.
-s
5
-1
13

B reforço positivo.
.1
99

C punição positiva.
.1
70
-7

D reforço negativo.
a
an
Vi

Comentário: - Reforço Positivo: Exemplo: mãe dá um presente ao filho, se as suas


rra

notas melhorarem.
ze
Be

- Reforço Negativo: Exemplo: mãe que dispensa o filho da realização de tarefas


es

domésticas, se as suas notas melhorarem.


ar

- Punição Positiva: Exemplo: mãe aplica um castigo no filho, devido a suas notas
So

baixas.
a
an

- Punição Negativa: Exemplo: mãe retira o vídeo-game do filho, devido a suas notas
nt
Sa

baixas.
No caso do adjetivo “positivo”: algo é acrescentado; seja algo bom (reforço), seja
algo ruim (punição).
Por outro lado, no adjetivo “negativo”: algo é retirado; seja algo bom (punição),
seja algo ruim (reforço).

Gabarito: B

| 191
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

20. Ano: 2016 Banca: Prefeitura de Fortaleza - CE Órgão: Prefeitura de


Fortaleza - CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de
Fortaleza - CE - Psicólogo
Ao se falar de tendência atualizante, congruência e incongruência, está-se
referindo a que teoria psicoterápica?

A Psicanálise.

B ACP.

41
3:
:0
C Behaviorismo radical.

10
1
02
D Terapia cognitivo-comportamental.

/2
07
2/
Comentário: Congruência = abertura à experiência, ausência de defensividade,

-2
om
consciência acurada, autoconsideração incondicional e relações harmoniosas com

l.c
os outros. É o grau de exatidão entre a experiência da comunicação e a tomada de

ai
consciência. Um alto grau de congruência significa que a comunicação (o que você
gm
i@
está expressando), a experiência (o que está ocorrendo em seu campo e a tomada
ut

de consciência (o que você está percebendo) são semelhantes.


na

A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de


ta
an

consciência, a experiência e a comunicação. Por exemplo, pessoas que dizem estar


-s

passando por um período maravilhoso, mas se mostram entediadas.


5
-1
13
.1

Tendência à auto-atualização: aspectos básicos da natureza humana que leva


99

uma pessoa em direção a uma maior congruência e a um funcionamento realista.


.1
70

Tal impulso não é limitado aos seres humanos, sendo parte do processo de todas as
-7

coisas vivas.
a
an
Vi

Gabarito: B
rra
ze
Be

21. (PMF - SMS – IMPARH – 2018) Afirma-se que Carl Rogers, em sua
es

terapia centrada na pessoa, considera pessoas plenamente funcionais


ar

ou psicologicamente saudáveis quando apresentam:


So
a

(A) uma mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência


an

e de novidades, assim como também, necessidade contínua de maximizar o


nt
Sa

seu potencial.
(B) ligação forte com a família e extrema preocupação com o
bem-estar destes.
(C) comportamento calmo e passivo.
(D)uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos

Comentário: Para Rogers, a pessoa dotada de saúde psicológica plena apresenta as


seguintes tendências:
-“mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência e de

| 192
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

novidades;
- tendência a viver plenamente cada momento;
- senso de liberdade no pensamento e na ação;
- alto grau de criatividade;
- necessidade contínua de maximizar o seu potencial” (SCHULTZ;
SCHULTZ, 2014)

Gabarito: A

41
3:
:0
10
22. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova:

1
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo De acordo com as

02
/2
concepções de Carl Rogers, uma pessoa pode ser considerada ajustada e

07
madura quando aceita toda a variedade de experiências sem se sentir

2/
-2
ameaçada ou ansiosa, pois ela é capaz de pensar realisticamente. Essa

om
condição pode ser atingida quando

l.c
A

ai
gm
a discrepância identificada entre a experiência do self e a experiência do self ideal
i@
for acentuada.
ut
na

B
ta

o modo como o indivíduo se comporta independe dos elementos observados em


an
-s

seu campo fenomenal.


5

C
-1
13

a pessoa não se preocupa em confrontar suas experiências simbolizadas com os


.1

dados da realidade.
99
.1

D
70

os impulsos regressivos de uma pessoa podem ser alvo de consideração positiva e


-7

podem ser atuados.


a
an

E
Vi
rra

as experiências simbolizadas que constituem o self espelham fielmente as


ze

experiências do organismo.
Be
es

Comentário:
ar
So

Self (ou auto-conceito): é a visão que uma pessoa tem de si própria.


a

Self ideal: é o conjunto de características que o sujeito mais gostaria de


an
nt

poder reclamar como descritivas de si mesmo.


Sa

A extensão da diferença entre o self e o self ideal é um indicador de


desconforto e insatisfação. (Errada letra “A”).

O modo como o indivíduo se comporta depende dos elementos observados


em seu campo fenomenal. Campo fenomenal = consiste em sua realidade subjetiva,
constituída por experiências conscientes (simbolizadas) e inconscientes (não
simbolizadas). (Errada letra “B”).

| 193
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

“A pessoa tende a comparar suas experiências simbolizadas com o mundo


conforme ele é. Tal testagem da realidade proporciona um conhecimento confiável
do mundo, de modo que ela consegue se comportar realisticamente. Entretanto,
algumas percepções continuam não-testadas ou são inadequadamente testadas, e
isso pode fazer com que a pessoa se comporte de forma irrealista e inclusive
prejudicial para si mesma.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000) (Errada letra “C”).

Diferentemente do entendimento da Psicanálise, Rogers entendia que a

41
repressão “pode ser evitada, em primeiro lugar, por pais que dão à criança uma

3:
consideração positiva incondicional. Ou, se o dano já foi feito, pode ser corrigido

:0
10
mais tarde pela intervenção terapêutica em que o terapeuta valoriza o cliente.

1
Quando recebe uma consideração positiva incondicional, o cliente eventualmente

02
/2
descobre seu verdadeiro self.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000). (Não responde ao

07
comando da questão, logo gabarito não é a letra “D”).

2/
-2
om
“Quando as experiências simbolizadas que constituem o self espelham

l.c
fielmente as experiências do organismo, dizemos que a pessoa é ajustada, madura

ai
gm
e funciona de modo completo. Essa pessoa aceita toda a variedade de experiências
i@
organísmicas sem ameaça ou ansiedade. Ela é capaz de pensar realisticamente. A
ut
na

incongruência entre o self e o organismo faz com que os indivíduos se sintam


ta

ameaçados e ansiosos. Eles se comportam defensivamente, e seu pensamento se


an
-s

torna limitado e rígido.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000) (Gabarito - Letra “E”)
5
-1
13

Gabarito: E
.1
99
.1
70

23. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova:


-7

VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo


a
an

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se destacado como uma


Vi
rra

abordagem terapêutica focalizada na mudança. Nesse tipo de abordagem, o


ze

A
Be

cliente deve adotar uma postura passiva.


es

B
ar
So

processo terapêutico ocorre em longo prazo.


a

C
an
nt

terapeuta tem uma atitude diretiva.


Sa

D
cliente fica alheio em relação aos procedimentos terapêuticos adotados.
E
cliente é responsável pelas crenças irracionais nas quais acredita.

Comentário:
A Terapia Cognitiva é uma abordagem ativa, pois “paciente e terapeuta estão
constantemente agindo cooperativamente para solucionar os problemas (...)”.
A Terapia Cognitiva é uma abordagem breve.

| 194
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A Terapia Cognitiva é uma abordagem diretiva, “pois é dirigida aos


problemas no aqui e agora, trabalhando pensamentos, sentimentos, e
comportamentos atuais do cliente e usando os dados da história passada apenas
quando contribuem para uma maior e melhor compreensão de suas crenças;”
A Terapia Cognitiva é uma abordagem psicoeducativa, “pois o terapeuta
ensina ao paciente o modelo cognitivo, a natureza dos seus problemas, o processo
terapêutico e a prevenção da recaída.” (Cordioli, 2008)

41
Gabarito: C

3:
:0
10
24. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP

1
Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo

02
/2
07
Uma mãe ficou preocupada porque descobriu que seu filho obteve notas baixas

2/
-2
em suas avaliações na escola. Quando voltou para casa, combinou com o filho

om
que, se as suas notas melhorassem, ele seria dispensado da realização de suas

l.c
tarefas domésticas. No bimestre seguinte, as notas de seu filho aumentaram

ai
gm
significativamente. i@
ut

Segundo os princípios do condicionamento operante, essa mãe adotou a estratégia


na
ta

de
an
-s

A extinção.
5
-1

B reforço positivo.
13
.1

C modelação.
99

D reforço negativo.
.1
70

E reforço vicário.
-7
a
an

Comentário: - Reforço Positivo: Exemplo: mãe dá um presente ao filho, se as suas


Vi

notas melhorarem.
rra
ze

- Reforço Negativo: Exemplo: mãe que dispensa o filho da realização de tarefas


Be

domésticas, se as suas notas melhorarem.


es

- Punição Positiva: Exemplo: mãe aplica um castigo no filho, devido a suas notas
ar
So

baixas.
a

- Punição Negativa: Exemplo: mãe retira o vídeo-game do filho, devido a suas notas
an
nt

baixas.
Sa

No caso do adjetivo “positivo”: algo é acrescentado; seja algo bom (reforço),


seja algo ruim (punição).
Por outro lado, no adjetivo “negativo”: algo é retirado; seja algo bom (punição),
seja algo ruim (reforço).

Gabarito: D

| 195
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

25. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: INSTITUTO
AOCP - 2019 - UFPB - Psicólogo
O processo de intervenção psicológica que não tem como função promover uma
mudança qualitativa na personalidade do indivíduo atendido, mas sim de
promover um suporte psicológico imediato, uma orientação focada,
especificamente, em aspectos egoicos do paciente, é denominado

A consulta psicológica.

41
3:
B orientação vocacional.

:0
10
1
C psicoterapia.

02
/2
07
D aconselhamento psicológico.

2/
-2
om
E psicoterapia breve.

l.c
ai
Comentário: A clínica do aconselhamento psicológico reconhece seu lugar e seu
gm
papel na clínica psicológica em geral, diferenciando-se das outras práticas
i@
ut

(psicoterapia, psicoterapia breve) inclusive em relação aos seus objetivos. Não é


na

função do aconselhamento promover uma mudança qualitativa da personalidade


ta
an

do indivíduo atendido. Uma das justificativas do aconselhamento psicológico é a


-s

possibilidade de ser um espaço para o primeiro contato de uma pessoa com um


5
-1

serviço psicológico, oferecendo um suporte psicológico imediato, uma orientação


13
.1

psicoeducativa caso haja uma demanda focal do indivíduo em atendimento e,


99

finalmente, possíveis opções de continuidade de uma atenção psicológica mais


.1
70

aprofundada, inclusive psicoterapia. (Barros e Holanda, 2007)


-7
a
an

Gabarito: D
Vi
rra

26. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: INSTITUTO
ze
Be

AOCP - 2019 - UFPB - Psicólogo


es

Um dos fenômenos descritos pela técnica psicanalítica acontece quando o


ar

terapeuta, durante a sessão, fica confuso, com uma hipertrofia ou atrofia de


So

seus desejos, com a memória atrapalhada e, por conseguinte, com um prejuízo


a
an

de sua capacidade perceptiva em função de ataques aos vínculos deferidos pelo


nt
Sa

inconsciente do paciente. Assinale a alternativa que corresponde a esse


fenômeno.

A Resistência.

B Contrarresistência.

C Transferência.

| 196
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

D Contratransferência.

E Reação terapêutica negativa.

Comentário: A contrarresistência ocorre em razão da influência do analisando,


podendo ser exemplificada com a maneira como o analista utiliza aquilo que Bion
chamou de “uma mente saturada” por “memória, desejo, e ânsia de compreensão”.
“Assim, pode acontecer que o analista durante a sessão fique confuso, com uma
hipertrofia ou atrofia de seus desejos, com sua memória atrapalhada e, por

41
3:
conseguinte, com um prejuízo de sua indispensável capacidade perceptiva, em

:0
10
razão dos ataques aos vínculos perceptivos (Bion, 1967) desferidos pelo

1
inconsciente do paciente, de tal sorte que ele pode ficar enredado no jogo

02
/2
resistencial deste último.” (ZIMERMAN, D. E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria,

07
técnica e clínica. Porto Alegre: Artmed, 2007.)

2/
-2
om
Gabarito: B

l.c
ai
gm
27. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: INSTITUTO
i@
AOCP - 2019 - UFPB - Psicólogo
ut

Assinale a alternativa que define o conceito de formação reativa.


na
ta
an

A Mecanismo de defesa que busca substituir, na consciência, um impulso ou


-s

sentimento ansiogênico pelo seu oposto.


5
-1
13
.1

B Mecanismo psíquico que faz o adulto ficar fixado em estágios iniciais do


99

desenvolvimento porque o passo seguinte desperta ansiedade.


.1
70
-7

C Mecanismo que faz a pessoa recuar para um estágio anterior do desenvolvimento


a
an

ao encontrar uma experiência traumática.


Vi
rra

D Mecanismo que atribui a ansiedade ao mundo externo em vez de aos impulsos


ze
Be

primitivos do indivíduo.
es
ar

E Mecanismo que expulsa uma ideia ou sentimento da consciência por uma


So

anticatexia.
a
an
nt
Sa

Comentário: A letra “E” se refere à repressão, a qual ocorre quando uma escolha de
objeto que provoca um alarme indevido é empurrada para fora da consciência por
uma anticatexia.
A letra “D” trata da projeção, na qual a fonte da ansiedade é atribuída ao
mundo externo, em vez de aos impulsos primitivos do indivíduo ou às ameaças da
consciência.
A letra “B” se refere ao mecanismo da fixação; já a letra “C” ao mecanismo
da regressão. Na regressão, uma pessoa que encontra experiências traumáticas
recua para um estágio anterior de desenvolvimento. O caminho da regressão,

| 197
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

normalmente, é determinado pelas fixações anteriores da pessoa. Isto é, as pessoas


tendem a regredir a um estágio no qual estiveram previamente fixadas.

Gabarito: A

28. Ano: 2017 Banca: INSTITUTO


AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2017 - EBSERH - Psicólogo

41
- Área Hospitalar (HUJB – UFCG)

3:
Durante um atendimento psicológico, uma paciente feminina, que se

:0
10
encontrava hospitalizada para tratamento de uma pneumonia, fez o seguinte

1
comentário: “Eu disse a minha filha que não deveria fazer caminhadas ao ar

02
/2
livre, mas ela insistia e dizia que eram recomendações médicas. Veja o que me

07
aconteceu! Seu eu tivesse ficado em casa como gostaria, não teria ficado

2/
-2
doente. Quando receber alta médica, não vou mais dar ouvidos a minha filha.”

om
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o mecanismo defensivo

l.c
descrito.

ai
gm
i@
A Negação.
ut
na
ta

B Deslocamento.
an
-s

C Racionalização.
5
-1
13
.1

D Resistência.
99
.1
70

E Intelectualização.
-7
a
an

Comentário: Deslocamento = acontece quando o indivíduo redireciona um


Vi

sentimento ou reação acerca de um objeto para outro, geralmente, menos


rra

ameaçador.
ze
Be
es

Gabarito: B
ar
So
a

29. Ano: 2016 Banca: INSTITUTO


an

AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2016 - EBSERH - Psicólogo


nt
Sa

- Área Hospitalar (CH-UFPA) Assinale a alternativa correta no que diz


respeito à técnica de tratamento psicológico conhecida como
Psicoterapia Breve (PB).

A Dentre as abordagens psicológicas, a PB não é utilizada em orientação


psicanalítica, já que a psicanálise padroniza um modelo de psicoterapia não
pautado em tempo determinado.

| 198
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

B A PB está, em termos técnicos, alicerçada em um tripé: foco, estratégias e


objetivos.

C A PB é uma técnica bastante utilizada em contexto de saúde e não possui boa


aceitação ao atendimento em consultórios particulares.

D Uma das propostas da PB é produzir mudanças na estrutura da personalidade.

E Em contexto hospitalar, a PB é aplicada pelo fato de o profissional entender que o

41
3:
paciente não possui recursos para se envolver em um processo psicoterápico

:0
prolongado, já que encontra-se em significativo sofrimento devido à hospitalização.

10
1
02
Comentário: Para Fiorini, a iniciativa pessoal do terapeuta, planejamento,

/2
07
focalização e flexibilidade são parâmetros da psicoterapia breve.

2/
-2
om
São características técnicas das abordagens de psicoterapia breve

l.c
psicodinâmica (PBP):

ai
gm
➢ terapeutas mais ativos, que estimulem o desenvolvimento da Aliança
i@
terapêutica e transferência positiva;
ut

➢ focalização em conflitos específicos ou temas definidos previamente no


na
ta

início da terapia;
an

➢ manutenção de foco de trabalho e objetivos definidos;


-s

➢ atenção dirigida para as experiências atuais do paciente, inclusive os


5
-1

sintomas;
13
.1

➢ ênfase na situação transferencial da dimensão do aqui e agora, que não


99

necessariamente é relacionada ao passado. (Lemgruber, 2009)


.1
70
-7

A psicoterapia breve é uma intervenção terapêutica com


a
an

tempo e objetivos limitados. Os objetivos são estabelecidos a partir da delimitação


Vi

de um foco, considerando-se que esses objetivos são


rra
ze

passíveis de serem atingidos através de determinadas estratégias clínicas. Assim, a


Be

PB está, em termos técnicos, alicerçada num tripé: foco, estratégias e objetivos.


es
ar
So

Gabarito: B
a
an

30. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Vitória/ES.


nt
Sa

Paciente feminina, 15 anos, há 2 Meses tem perdido peso considerável,


mas acredita que ainda está gorda e se recusa a comer. Relata medo intenso de
engordar. Nesse caso, a análise do comportamento leva em consideração, para
elaboração do diagnóstico,
A a utilização de parâmetro entre o normal e o patológico com base no
desvio de ideal, ou seja, como as características se encontram fora do padrão ideal
ou cultural, os sintomas descritos se relacionam transtorno alimentar.
B os aspectos filogenéticos, ontogenéticos e culturais, com ênfase na função
do comportamento na vida do indivíduo e contingências que mantém os sintomas.

| 199
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

C a relação existente entre o pensamento, o comportamento e a emoção, em


que uma criença central de desvalor poderia ser responsável pelos sintomas.
D A ansiedade e a distorção da imagem corporal como causas dos sintomas.

Comentário: A Análise do Comportamento compreende o comportamento


humano como sendo possibilitado por três processos históricos: a história da
espécie (filogenia), a história do indivíduo (ontogenia) e a história das práticas
coletivas (cultura).

41
No modelo causal de seleção por consequências proposto por Skinner, a

3:
ocorrência da ação pode ser explicada pelas relações de contingência

:0
10
(dependência) entre os eventos antecedentes, a própria ação e as consequências

1
que a sucedem. A configuração entre estes três termos especifica a probabilidade

02
/2
do sujeito agir de uma determinada forma, em um determinado contexto. (VALE,

07
Antonio Maia Olsen do; ELIAS, Liana Rosa. Transtornos alimentares: uma

2/
-2
perspectiva analítico-comportamental. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo,

om
2011)

l.c
ai
gm
Gabarito: B i@
ut

31. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Vitória/ES.


na
ta

Um paciente relata que está sentindo taquicardia, palpitações, falta de


an

ar, desconforto e que os sintomas começaram assim que ele entrou no


-s

carro. Ele estava indo trabalhar, tinha um projeto importante para


5
-1
13

entregar, mas travou no caminho e sentiu que teria um colapso. Para


.1

psicologia analítico-comportamental, os sintomas apresentados nesse


99
.1

caso clínico são decorrentes de:


70

A desamparo aprendido.
-7

B pareamento de um estímulo originalmente neutro com um


a
an

incondicionado.
Vi

C recuperação espontânea de medo.


rra
ze

D extinção de respostas operantes.


Be
es

Comentário: Nesse caso, o estímulo originalmente neutro (entrar no carro),


ar
So

pareado com o estímulo incondicionado, acaba provocando a resposta de


a

taquicardia, palpitações, falta de ar, desconforto.


an
nt

Não há extinção de respostas, pois não há a remoção de reforços positivos.


Sa

Também não se trata de desamparo aprendido, no qual o indivíduo acaba


não emitindo uma resposta de fuga, mesmo que ela seja possível.

Aprofundando um pouco... ao pé da letra, o estímulo incondicionado não


está descrito no enunciado. O carro aparece como estímulo neutro que, pareado
com estímulos do contexto de trabalho, pode passar a eliciar as respostas de
ansiedade, antes ocorridas somente no contexto de trabalho. Contudo, os
estímulos do contexto do trabalho não são incondicionados, já que o sujeito não
nasce com medo desses estímulos. As respostas de ansiedade no ambiente

| 200
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

profissional também são aprendidas, ou seja, condicionadas. O gabarito seria mais


coerente se fosse “pareamento de um estímulo originalmente neutro com um
condicionado”.

Caro, concurseiro... resolver questão de prova, muitas vezes, é isto: escolher


a alternativa mais coerente. Fica uma dica aqui: não brigue com a banca na hora que
está fazendo a prova (pode pedir depois seu recurso, mas só depois). Saiba a
matéria, mas saiba também resolver questões! E como se faz isso? Praticando!

41
3:
Gabarito: B

:0
10
1
32. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Polícia Civil/ES.

02
Sobre aprendizagem e desenvolvimento para a teoria behavioristas

/2
07
radical, assinale a alternativa correta:

2/
-2
A) aprendizagem é produto do meio. Todo comportamento aprendido é

om
também um conjunto de respostas a estímulos do ambiente, o que torna a pessoa

l.c
passiva as suas contingências.

ai
gm
B) essa teoria desconsidera a criatividade, os dons e os aspectos mentais,
i@
pois não consegue explicá-los.
ut

C) o desenvolvimento humano está pautado no modelo de seleção pelas


na
ta

consequências.
an

D) quando o ambiente muda, é necessário que o indivíduo escolha mudar


-s

também para poder se adaptar.


5
-1

E) O modelo de determinismo psíquico é adotado como causa dos


13
.1

comportamentos e da aprendizagem dos indivíduos.


99
.1
70

Comentário: No modelo causal de seleção por consequências proposto por Skinner,


-7

a ocorrência da ação pode ser explicada pelas relações de contingência


a
an

(dependência) entre os eventos antecedentes, a própria ação e as consequências


Vi

que a sucedem.
rra
ze

A teoria comportamental se baseia nas teorias e nos princípios da


Be

aprendizagem para explicar o surgimento, a manutenção e a eliminação dos


es

sintomas.
ar
So

Gabarito: C
a
an
nt
Sa

33. Instituto AOCP/SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA /


CEREMAPS PROCESSO SELETIVO UNIFICADO PARA RESIDÊNCIA EM ÁREA
PROFISSIONAL DA SAÚDE/2019.
Sobre Psicoterapia Breve, de base psicanalítica, assinale a
alternativa INCORRETA.
(A) O investimento terapêutico é a nível de Ego, onde se estabelece o
trabalho terapêutico mais focal.

| 201
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

(B) Com objetivos claros e limitados, propõe-se a alcançar e modificar o Id


com base no repertório defensivo do indivíduo, assim como ampliar a consciência
de possibilidades e de entraves em si.
(C) Não pode ser considerada uma psicoterapia superficial, pois as
transformações são importantes quando expressas em substituição de mecanismos
de defesas inflexíveis por comportamentos mais saudáveis.
(D) O trabalho interpretativo é cauteloso, evita-se associação livre como
recurso terapêutico e interpretações prematuras de conflitos infantis, a fim de evitar

41
neurose transferencial e regressão.

3:
(E) Propõe-se a modificar os sintomas apresentados pelo indivíduo, aliviá-

:0
10
los ou mesmo suprimi-los por meio da eleição de conflitos a serem trabalhados,

1
diferente da Psicanálise.

02
/2
07
Comentário: A questão pede a alternativa incorreta. Os objetivos são

2/
-2
definidos na Terapia Breve Psicodinâmica, mas a proposta não é de modificação do

om
ID.

l.c
Características técnicas das abordagens de psicoterapia breve psicodinâmica

ai
gm
(PBP): terapeutas mais ativos, que estimulem o desenvolvimento da Aliança
i@
terapêutica e transferência positiva; focalização em conflitos específicos ou temas
ut
na

definidos previamente no início da terapia; manutenção de foco de trabalho e


ta

objetivos definidos; atenção dirigida para as experiências atuais do paciente,


an
-s

inclusive os sintomas; ênfase na situação transferencial da dimensão do aqui e


5

agora, que não necessariamente é relacionada ao passado. (Lemgruber, 2009)


-1
13
.1

Gabarito: B
99
.1
70

34. Ano: 2019 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aero


-7

náutica - 2019 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia


a
an

Zimerman (2006) dividiu a psicanálise didaticamente em escolas psicanalíticas.


Vi
rra

Sobre esse assunto, preencha corretamente as lacunas do texto.


ze
Be

Os autores da Escola ___________________ fundamentaram seus estudos nos


es

últimos trabalhos de Freud, particularmente a partir da formulação da estrutura


ar
So

tripartida da mente – id, ego e superego – e também se alicerçaram nos trabalhos


a

de Anna Freud referentes às funções do ego.


an
nt
Sa

A Escola ___________________ tem como principais autores, entre outros, Ronald


Fairbairn e Melanie Klein.

O destaque ao valor positivo da destrutividade, desde que haja a sobrevivência do


objeto simultaneamente amado e atacado, é um aspecto destacado pela Escola
___________________. A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto
é

A da Psicologia do Self / Inglesa de Psicanálise / de Bion

| 202
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

B Francesa de Psicanálise / das Relações Objetais / da Psicologia do Self

C das Relações Objetais / Francesa de Psicanálise / da Psicologia do Ego

D da Psicologia do Ego / dos Teóricos das Relações Objetais / de Winnicottt

Comentário: “Como muitos outros psicanalistas europeus perseguidos pelo


nazismo na época da Segunda Guerra Mundial, também o austríaco Heinz Hartman
migrou para os Estados Unidos, onde, juntamente com Kris, Loewenstein,

41
3:
Rappaport e Erikson, fundou a corrente psicanalítica denominada “Psicologia do

:0
Ego”. Esses autores fundamentaram-se nos últimos trabalhos de Freud,

10
1
particularmente a partir da formulação da estrutura tripartida da mente – id, ego e

02
superego – e também se alicerçaram nos trabalhos de A. Freud referentes às funções

/2
07
do ego.”

2/
-2
om
Os méritos de uma mudança de enfoque da psicanálise mais voltada para as

l.c
relações objetais internalizadas deve ser compartidas entre Ronald Fairbairn,

ai
gm
psicanalista escocês pertencente à Sociedade Britânica, e M. Klein.
i@
ut

Aspectos de técnica analítica que aparecem na obra de Winnicott:


na
ta

“1) Quando as falhas ambientais precoces são repetitivas, há um


an

congelamento da situação de fracasso, de modo que a instituição do setting


-s

analítico possibilita uma regressão útil e representa uma possibilidade


5
-1

daquele fracasso ser reexperimentado com o analista e vir a ser


13
.1

descongelado.
99

2) A admissão pelo analista quanto à possibilidade de que ele


.1
70

desenvolva um ódio na contratransferência (título de um artigo de 1947)


-7

representa ser um importante instrumento técnico, (...)


a
an

3) A importância de que o analista saiba discriminar a distinção que


Vi

existe entre aquilo que o paciente manifesta como sendo “necessidades do


rra
ze

id” e as “necessidades do seu ego”.


Be

4) Da mesma forma como acontece nos primórdios do


es

desenvolvimento emocional de uma criança, também nos analisandos há


ar
So

um período de hesitação, que não deve ser confundida com o clássico


a

conceito de “resistência”.
an
nt

5) O uso do analista como objeto transicional e o modo de como o


Sa

paciente possa utilizá-lo como tal, empresta uma outra dimensão à


transferência e à interpretação.
6) A concepção de que, de forma análoga ao que se passa entre a mãe
e a criança, também entre o analista e o analisando, cada um está sendo
“criado” e “descoberto” pelo outro, o que, parece-me, evidencia
nitidamente o enfoque de uma psicanálise vincular, tal como também
transparece no “jogo do rabisco” (squiggle).
7) O destaque ao valor positivo da destrutividade, desde que haja a
sobrevivência do objeto simultaneamente amado e atacado.

| 203
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

8) A noção de que a não satisfação de uma necessidade pode


provocar, não o ódio, mas sim uma decepção, uma reprodução do fracasso
ambiental de onde se derivou uma interferência na capacidade para desejar,
a qual deve ser resgatada na reexperimentação emocional com o analista.
9) A sua convicção de que com pacientes bastante regressivos vale
mais o “manejo” do analista do que as suas interpretações.
10) Toda pessoa apresenta algum grau e tipo de dependência, e cabe
ao analista ajudar o paciente a transitar pelas três fases que caracterizam o

41
processo de dependência: a absoluta, a relativa e aquela que vai rumo

3:
à independência.” (Zimerman, 2007)

:0
10
1
Gabarito: D

02
/2
07
35. Ano: 2019 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica -

2/
-2
2019 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

om
A capacidade do paciente de estabelecer uma relação de trabalho com o

l.c
terapeuta, em oposição às reações transferenciais regressivas e à resistência, é

ai
gm
chamada de i@
ut

A vínculo terapêutico.
na
ta
an

B aliança terapêutica.
-s
5
-1

C contratransferência.
13
.1
99

D transferência positiva.
.1
70
-7

Comentário: A aliança terapêutica está ligada à capacidade de o paciente de


a
an

estabelecer uma relação de trabalho com o terapeuta, em oposição às reações


Vi

transferenciais regressivas e à resistência.


rra

Existem elementos da terapia que contribuem para a aliança terapêutica.


ze
Be

Diante do trabalho interpretativo do terapeuta, o ego do paciente se divide, sendo


es

que uma parte se alinha ao terapeuta na luta contra a outra parte (a que contém as
ar

forças do instinto e da repressão e que, portanto, se opõe ao progresso do


So

tratamento).
a
an

Greenson (1981) definir a aliança terapêutica como a parte racional e


nt
Sa

intencional dos sentimentos do paciente para com o terapeuta. Para ele, a origem
da aliança terapêutica está na motivação do paciente para superar sua doença e sua
sensação de desamparo.
- 3 elementos essenciais da Aliança: desenvolvimento de vínculo pessoal
composto por sentimentos positivos recíprocos; acordo sobre os objetivos do
tratamento; acordo sobre as tarefas que cabem ao terapeuta e ao paciente no
processo psicoterápico. (Cordioli, 2019)

Gabarito: B

| 204
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

36. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica -


2017 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia
Avalie as afirmações sobre algumas técnicas que podem ser utilizadas durante
terapia Cognitivo Comportamental para tratamento do Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade.

I. Treinamento de pais.

41
II. Orientação de professores.

3:
:0
10
III. Planejamento e cronogramas.

1
02
/2
IV. Técnicas não diretivas.

07
2/
-2
Nesse contexto, as técnicas que podem ser utilizadas são apenas

om
l.c
A IV.

ai
gm
i@
B I e II.
ut
na
ta

C III e IV.
an
-s

D I, II e III.
5
-1
13
.1

Comentário: As técnicas utilizadas pela TCC, nesses casos, são diretivas,


99

diferentemente do que coloca a opção IV. “Os portadores de TDAH tendem a divagar
.1
70

e a mudar de assunto, necessitando de uma atitude mais diretiva do terapeuta, que


-7

o auxilia a manter o foco no que está sendo discutido e a priorizar as evidências que
a
an

questionam suas crenças disfuncionais.” (Rangé, 2011)


Vi
rra

A Abordagem cognitivo-comportamental no TDAH envolve: Automanejo;


ze
Be

Treino de auto-instrução; Treino em resolução de problemas; Treino em


es

Habilidades Sociais; Reestruturação do Sistema de crenças; Estratégias para


ar
So

estimulação da atenção; Orientação aos familiares; Orientação aos professores;


a

grupos. (Rangé, 2011)


an
nt
Sa

Ainda para Rangé (2011), “estão recomendados o uso de listas, lembretes,


despertadores de mesa ou pulso, cadernos de notas, sistemas de arquivamento,
cronogramas com uso de calendários e sistemas de organização pessoal por meio
de computador. Os controles externos podem favorecer uma maior organização e
um maior sentimento de controle sobre as situações, aumentando a
autoconfiança.”

Gabarito: D

| 205
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

37. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: SEJUDH - MT Prova: IBADE - 2017 -
SEJUDH - MT - Psicólogo
A Gestalt constitui uma das principais correntes teóricas da psicologia e surgiu
como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada
pelas tendências da Psicologia científica do século XIX, postulando a
necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. Sobre a Gestalt
é correto afirmar:

A Uma das premissas da Gestalt é que a maneira como se distribuem os elementos

41
3:
que compõem os comportamentos não apresentam equilíbrio, simetria,

:0
10
estabilidade e simplicidade fazendo com que nossa percepção não siga a tendência

1
da boa-forma.

02
/2
07
B A Gestalt questiona um princípio implícito na teoria behaviorista — que há relação

2/
-2
de causa e efeito entre o estímulo e a resposta — porque, para os gestaltistas, entre

om
o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de

l.c
percepção.

ai
gm
i@
C Dentro de sua preocupação com a objetividade, a Gestalt estuda o
ut

comportamento procurando isolar o estímulo que correspondería à resposta


na
ta

esperada e desprezando os conteúdos de “consciência”, pela impossibilidade de


an

controlar cientificamente essas variáveis.


-s
5
-1

D As “estruturas da personalidade” referem-se àquelas características estáveis da


13
.1

personalidade que na Gestalt são subdivididas em traços ou disposições; tipos


99

psicológicos e sistemas de pensamento e cognição.


.1
70
-7

E A Gestalt tem como fundamento a autopercepção, ou seja, o ser humano está


a
an

empenhado a construir (cognitivamente) uma autoimagem sem a qual não pode


Vi

perceber o mundo que o cerca.


rra
ze
Be

Comentário: “A Gestalt, que tem seu berço na Europa, surge como uma negação da
es

fragmentação das ações e processos humanos, realizada pelas tendências da


ar

Psicologia científica do século 19, postulando a necessidade de se compreender o


So

homem como uma totalidade.”


a
an
nt
Sa

“A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais dessa


teoria. Os experimentos com a percepção levaram os teóricos da Gestalt ao
questionamento de um princípio implícito na teoria behaviorista — que há relação
de causa e efeito entre o estímulo e a resposta — porque, para os gestaltistas, entre
o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de
percepção. O que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes para
a compreensão do comportamento humano.” O fenômeno da percepção “é
norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos pontos que
compõem uma figura (objeto).”

| 206
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A tendência da nossa percepção é a de buscar a boa forma. Isso permitirá a


relação figura-fundo. Quanto mais clara estiver a forma (boa-forma), mais clara será
a separação entre a figura e o fundo. (Bock, Furtado e Teixeira; 2001)

Gabarito: B

38. Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: SEDUC-RO Prova: IBADE - 2016 -
SEDUC-RO - Analista Educacional - Psicólogo
A premissa básica da Psicologia da Gestalt é que a natureza humana é

41
3:
organizada em partes ou todos, formando um todo significativo. Com base

:0
10
nisso, pode-se afirmar:

1
02
A a escola deve recusar o caráter integrativo do conhecimento, pois desta forma o

/2
07
conhecimento do ambiente e do mundo chegará ao aluno com maior rapidez.

2/
-2
om
B o ensino escolar normal não deve menosprezar o aspecto integrativo de todo

l.c
conhecimento e de todas as matérias a serem interligadas, que acabam divididas

ai
gm
visando fins didáticos. i@
ut

C esta teoria acredita que o ser humano é uma cabeça a ser treinada, em que a
na

psiquê e os sentimentos que vivem em um corpo atrapalham o processo de


ta
an

aprendizagem.
-s
5
-1

D a Gestalt promove o aprendizado somente cognitivo, especialmente se reduzido


13
.1

ao processo mnemônico.
99
.1
70

E as emoções não devem ser trabalhadas, permitindo ao aluno efetivamente


-7

alcançar uma aprendizagem integrada aos conteúdos curriculares.


a
an
Vi

Comentário: A Gestalt critica a fragmentação das ações e processos humanos,


rra

postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade.


ze
Be

(Bock, Furtado e Teixeira; 2001)


es
ar

Um importante princípio da abordagem gestáltica é o de que uma análise


So

das partes não pode proporcionar uma compreensão do todo, isso porque o todo é
a
an

definido pelas interações e interdependências das partes. Assim, as partes de uma


nt
Sa

gestalt não mantêm sua identidade quando estão separadas de sua função e lugar
no todo.

Gabarito: B

39. Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: SEDUC-RO Prova: IBADE - 2016 -
SEDUC-RO - Analista Educacional - Psicólogo
Sobre a relação terapêutica na abordagem fenomenológico-existencial é
possível afirmar:

| 207
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A é mediada pela divisão cartesiana sujeito-objeto, se dedicando somente à


essência do homem como consciência interior separada do mundo.

B encaixa as pessoas na teoria, ao invés de voltar-se para uma descrição


fenomenológica da existência singular.

C jamais se reduz a um encontro técnico entre especialista e cliente, mas deve ser
vista como um modo específico de encontro existencial.

41
3:
D é baseada em interpretações apriorísticas e em explicações causais sobre a

:0
realidade vivencial do paciente, através da interpretação egoica.

10
1
02
E promove transformações remetendo o indivíduo a si, estimulando-o a reconhecer

/2
07
sua impessoalidade, enquadrando o paciente em padrões morais.

2/
-2
om
Comentário: Para Perls, o encontro do terapeuta com o cliente constitui, acima de

l.c
tudo, um encontro existencial entre duas pessoas. (Fadiman e Frager)

ai
Gabarito: C gm
i@
ut
na

40. Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: SEDUC-RO Prova: IBADE - 2016 -
ta
an

SEDUC-RO - Analista Educacional - Psicólogo


-s

A psicoterapia de base fenomenológico-existencial tem como preocupação


5
-1

central:
13
.1
99

A tornar consciente os conteúdos inconscientes recalcados.


.1
70
-7

B o comportamento e as conexões estímulo-resposta herdadas e chamadas


a

reflexos.
an
Vi
rra

C a aprendizagem ocorre a partir da construção de novas conexões estímulo-


ze

resposta através do condicionamento clássico.


Be
es
ar

D a compreensão da existência concreta do homem, saindo de concepções teóricas


So

que são muitas vezes abstratas e distantes da realidade do paciente.


a
an
nt

E a compreensão dos processos psicológicos envolvidos na percepção em sua


Sa

relação com conhecimento científico na psiquiatria.

Comentário: O existencialismo prioriza a existência concreta do homem, saindo de


concepções teóricas que são muitas vezes abstratas e distantes da realidade do
paciente. “A Psicoterapia Existencial funda-se no “cuidado”, enquanto “ser-no-
mundo-com-o-outro”, e não em interpretações apriorísticas ou explicações causais
sobre a realidade vivencial do paciente. Se há alguma interpretação, ela deve ser
fruto da elaboração temática de uma existência que se explicita enquanto projeto.
O psicoterapeuta remete o indivíduo a si, estimulando-o a reconhecer sua

| 208
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

impessoalidade e a questionar-se no sentido de encontrar suas próprias respostas


para as questões que a vida lhe apresenta. O objetivo da psicoterapia não é
enquadrar o paciente em padrões morais ou em modelos teóricos, mas buscar
compreender as possibilidades singulares de existir de cada um, tal como ele as
experimenta em suas relações com as pessoas e coisas que lhe vêm ao encontro no
mundo.” (Lessa e Novaes de Sá, 2006)

Gabarito: D

41
3:
41. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica -

:0
10
2017 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia

1
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo sobre as relações

02
/2
terapêuticas.

07
2/
-2
( ) A influência da relação terapêutica no sucesso da psicoterapia apenas

om
recentemente passou a ser tema de pesquisas e não se constitui em um consenso.

l.c
ai
gm
( ) As técnicas utilizadas ao longo do processo psicoterápico e a relação terapêutica
i@
não mantêm influência direta entre si.
ut
na
ta

( ) Independentemente da abordagem teórica do psicólogo, a qualidade da aliança


an

terapêutica é preditiva dos resultados.


-s
5
-1
13

( ) O estilo defensivo do terapeuta na interação com o paciente pode influenciar não


.1

apenas a relação estabelecida entre ambos, mas também comprometer a


99
.1

autoestima desse último.


70
-7

De acordo com as afirmações, qual é a sequência correta?


a
an
Vi

A (V); (V); (F); (F).


rra
ze
Be

B (F); (F); (V); (V).


es
ar
So

C (V); (F); (F); (V).


a
an

D (F); (V); (V); (F).


nt
Sa

Comentário: Foi Greenson, na década de 1960, quem introduziu o termo “aliança de


trabalho”, focando o aspecto colaborativo da aliança.

A aliança terapêutica é preditiva de resultados no processo de psicoterapia,


independentemente da abordagem teórica do psicólogo.

As técnicas utilizadas ao longo do processo psicoterápico e a relação


terapêutica mantêm influência direta entre si.

| 209
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Gabarito: B

42. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica -


2017 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia
Avalie as afirmações abaixo sobre as técnicas psicanalíticas.

I. Primeira fase: catarse de Breuer, visava recordar e ab-reagir.

II. Segunda fase: abandono da hipnose, uso das associações livres.

41
3:
:0
10
III. Terceira fase: o analista abandona o esforço de focar um momento ou problema

1
específicos.

02
/2
07
IV. As técnicas psicanalíticas não sofreram alterações ao longo da sua história.

2/
-2
om
Está correto apenas o que se afirma em

l.c
ai
gm
A III. i@
ut

B IV.
na
ta
an

C II e III.
-s
5
-1

D I, II e III.
13
.1
99

Comentário: No texto “Recordar, repetir e elaborar”, Freud mostra alterações pelas


.1
70

quais passou a técnica psicanalítica. Freud aponta a primeira fase como a catarse
-7

de Breuer. Nessa fase, focalizava-se diretamente o momento em que o sintoma se


a
an

formava. Havia um esforço para reproduzir os processos mentais envolvidos na


Vi

situação, com a finalidade de levá-los a uma descarga, mediante a atividade


rra

psíquica consciente. Recordar e ab-reagir, com auxílio da hipnose, Era o que se


ze
Be

buscava.
es
ar

Em seguida, quando a hipnose foi abandonada, a tarefa se transformou em


So

descobrir, por meio das associações livres do paciente, o que ele deixava de
a
an

recordar. A resistência deveria ser contornada pelo trabalho da interpretação e por


nt
Sa

dar a conhecer os resultados desta interpretação ao paciente. O elemento de ab-


reação retrocedeu para segundo plano.

Por fim, desenvolveu-se a técnica na qual o analista abandona a tentativa de


colocar em foco um momento ou problemas específicos. Contentando-se em
estudar tudo o que se acha presente, de momento, na superfície da mente do
paciente. A interpretação era empregada, principalmente, para identificar as
resistências que apareciam, e torná-las consciente ao paciente.

| 210
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Gabarito: D

43. Ano: 2017 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica -


2017 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia
Analise a afirmação a seguir.

“A abordagem cognitiva não pode ser aplicada em psicoterapia com crianças.”

Essa declaração é

41
3:
:0
10
A correta, pois há uma imaturidade afetiva que justifica a não possibilidade de

1
psicoterapia cognitiva com crianças.

02
/2
07
B correta, pois a criança não conseguiria acompanhar a complexidade das tarefas

2/
-2
demandadas na psicoterapia cognitiva.

om
l.c
C falsa, pois é possível adequar a psicoterapia cognitiva à criança, ao invés dos

ai
gm
pensamentos automáticos, por exemplo, o ponto de partida pode ser o
i@
comportamento.
ut
na
ta

D parcialmente falsa, pois, apesar de as crianças não poderem participar


an

diretamente da psicoterapia cognitiva, seus pais e professores podem ser treinados


-s

para realizar intervenções com os filhos/estudantes.


5
-1
13
.1

Comentário: “ao se trabalhar com crianças, é fundamental ter sempre em mente seu
99

nível de desenvolvimento cognitivo. A capacidade de entendimento do modelo


.1
70

cognitivo, bem como o emprego das técnicas de reestruturação cognitiva, varia


-7

conforme o nível do desenvolvimento da criança. Portanto, as técnicas


a
an

comportamentais são mais usadas em crianças menores, que ainda não adquiriram
Vi

ferramentas cognitivas, como, por exemplo, a capacidade de abstração.” (Rangé,


rra

2008)
ze
Be
es

Gabarito: C
ar
So

44. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica -


a
an

2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia)


nt
Sa

Na abordagem de psicoterapia denominada Terapia Centrada na Pessoa, o


homem é visto como sendo intrinsecamente motivado para um processo
construtivo. É esta motivação, uma espécie de sabedoria do organismo, que o
leva a sobreviver, a manter a sua organização, a curar-se, se for necessário, e a
evoluir na direção de uma progressiva complexidade e autonomia.
Considerando essa perspectiva de homem da Terapia Centrada na Pessoa,
associe as colunas relacionando os construtos às suas definições.

(1) Organismo

| 211
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TTP e Personalidade

(2) Campo fenomenal

(3) Subcepção

(4) Self

( ) construto organizado e consistente, composto por percepções das características


do ‘eu’ e pelas percepções dos relacionamentos do ‘eu’ com os outros. Está
disponível à consciência, é fluida e mutante, um processo, mas em qualquer

41
3:
momento dado é uma entidade específica e não necessariamente consciente.

:0
10
1
( ) é o foco de toda a experiência, a qual inclui tudo o que está acontecendo dentro

02
/2
do organismo em qualquer momento dado e que está potencialmente disponível

07
para a consciência.

2/
-2
om
( ) poder do organismo para discriminar e reagir a uma experiência não simbolizada.

l.c
ai
gm
( ) estrutura de referência do indivíduo, que só pode ser conhecida pelo próprio
i@
indivíduo ou pela inferência empática. Consiste em sua realidade subjetiva,
ut
na

constituída por experiências conscientes (simbolizadas) e inconscientes (não


ta

simbolizadas).
an
-s
5

A sequência correta é
-1
13
.1

A1-3-4-2
99
.1
70

B4-3-2-1
-7
a
an

C4-1-3-2
Vi
rra
ze

D1-4-2–3
Be
es

Comentário: Self = construto organizado e consistente, composto por percepções


ar
So

das características do ‘eu’ e pelas percepções dos relacionamentos do ‘eu’ com os


a

outros. Está disponível à consciência, é fluida e mutante, um processo, mas em


an

qualquer momento dado é uma entidade específica e não necessariamente


nt
Sa

consciente.

Organismo = é o foco de toda a experiência, a qual inclui tudo o que está


acontecendo dentro do organismo em qualquer momento dado e que está
potencialmente disponível para a consciência.

Subcepção =poder do organismo para discriminar e reagir a uma experiência


não simbolizada.

| 212
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Campo fenomenal = estrutura de referência do indivíduo, que só pode ser


conhecida pelo próprio indivíduo ou pela inferência empática. Consiste em sua
realidade subjetiva, constituída por experiências conscientes (simbolizadas) e
inconscientes (não simbolizadas).

Gabarito: C

45. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos -


SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP - Psicólogo – GP

41
3:
De acordo com o modelo cognitivo, as pessoas desenvolvem determinadas

:0
10
crenças sobre si mesmas e sobre o mundo, a partir do que aprendem na

1
infância. As crenças centrais ou nucleares

02
/2
07
A são constantes e fáceis de modificar, pois são facilmente acessíveis por meio do

2/
-2
trabalho terapêutico.

om
l.c
B funcionam como verdades absolutas, rígidas e generalizadas, que têm impacto

ai
gm
importante sobre as emoções e o pensamento. i@
ut

C surgem espontaneamente na mente das pessoas e têm caráter funcional na


na

manifestação afetiva.
ta
an
-s

D asseguram a adaptação apropriada das pessoas ao ambiente no qual estão


5
-1

inseridas e às pessoas com quem convivem.


13
.1
99

E são resultantes das distorções cognitivas que atingem uma pessoa durante o seu
.1
70

processo de desenvolvimento.
-7
a
an

Comentário:
Vi

- Pensamentos automáticos = pensamentos breves e involuntários que surgem de


rra

forma inesperada. São “avaliações espontâneas, geralmente não muito


ze
Be

conscientes, que podem ser mais ou menos correspondentes com a realidade”;


es

- Crenças intermediárias ou condicionais = são pressupostos subjacentes;


ar

São atitudes, regras ou suposições frequentemente expressas na forma de


So

“se...então…”. Exemplo: “Se fizer o que os outros querem, então as pessoas


a
an

gostarão de mim e serei feliz”


nt
Sa

- Crenças centrais ou nucleares = crenças “muito arraigadas,


precoces, supergeneralizadas e absolutistas em relação a si, aos outros e ao
mundo”. Representa o nível mais profundo do processamento cognitivo e são
desenvolvidas a partir da infância. São consideradas verdades absolutas.
(Cordioli, Grevet; 2019)

Crenças nucleares, quando desenvolvidas a partir de experiências


favoráveis, permitem o surgimento de conceitos positivos de si, como “sou

| 213
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

competente”; caso contrário, surgem crenças negativas, como “sou inadequado”.


(Cordioli, Grevet; 2019)
As crenças centrais não são resultantes das distorções cognitivas, mas
crenças disfuncionais podem ser mantidas ao longo da vida pelas distorções
cognitivas; exemplo de distorções: pensamento dicotômico, inferência arbitrária,
leitura mental e catastrofização. (Cordioli, Grevet; 2019)

41
Gabarito: B

3:
:0
10
46. (Ano: 2018 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica

1
- 2018 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) De acordo com Bock,

02
/2
Furtado e Teixeira (2008, p. 46) “Sigmund Freud (1856-1939) foi um

07
médico vienense que alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida

2/
-2
psíquica”. Foram instrumentos e técnicas utilizadas por Freud ao longo

om
de sua vida profissional.

l.c
ai
gm
I. Hipnose i@
II. Catarse
ut
na

III. Reforçamento
ta

IV. Livre associação


an
-s
5

Está correto apenas o que se afirma em


-1
13

a) IV.
.1

b) I e II.
99
.1

c) I, II e IV.
70

d) I, II e III.
-7
a
an

Comentário: Método catártico = “tratamento que possibilita a liberação de afetos e


Vi
rra

emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na


ze

ocasião da vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à


Be

eliminação dos sintomas.


es

“Freud, em sua Autobiografia, afirma que desde o início de sua prática


ar
So

médica usara a hipnose, não só com objetivos de sugestão, mas também para obter
a

a história da origem dos sintomas. Posteriormente, passou a utilizar o método


an
nt

catártico e, “aos poucos, foi modificando a técnica de Breuer: abandonou a hipnose,


Sa

porque nem todos os pacientes se prestavam a ser hipnotizados; desenvolveu a


técnica de ‘concentração’, na qual a rememoração sistemática era feita por meio da
conversação normal; e por fim, acatando a sugestão (de uma jovem) anônima,
abandonou as perguntas ‘— e com elas a direção da sessão — para se confiar por
completo à fala desordenada do paciente”.”
Livre associação: regra fundamental da psicanálise; o sujeito é orientado
pelo analista a falar tudo que vier a sua mente, de forma livre e sem censuras, ainda
que possa parecer vergonhoso ou sem sentido. (Bock, Furtado e Teixeira)

| 214
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TTP e Personalidade

Gabarito: C

47. (Ano: 2018 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


- 2018 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Sobre a relação de
Sigmund Freud e Carl Jung, informe (V) para verdadeiro e (F) para falso.

( ) Freud iniciou seus estudos sobre psicanálise antes de Jung.


( ) Inicialmente, Freud achou que Jung era o seu principal discípulo.

41
( ) Após a desavença ocorrida entre eles, Jung criou a Teoria Psicossocial do

3:
desenvolvimento humano.

:0
10
( ) Depois de dez anos sem se comunicarem, eles se reconciliaram e continuaram a

1
parceria profissional.

02
/2
07
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

2/
-2
a) (V); (V); (F); (F).

om
b) (F); (V); (V); (V).

l.c
c) (V); (F); (V); (V).

ai
gm
d) (F); (F); (F); (F). i@
ut
na

-Comentário: Freud (1856-1939)/Jung (1875 - 1961). Carl Jung foi endossado por
ta

Freud como seu “príncipe herdeiro”, mas eles acabaram se separando. Jung
an
-s

discordava da ênfase de Freud na sexualidade como um motivo, e propôs que os


5

determinantes inconscientes do comportamento tinham uma origem ancestral e


-1
13

não-pessoal.
.1

Embora as causas da ruptura desse relacionamento sejam complexas, envolvendo


99
.1

incompatibilidades pessoais e intelectuais, “uma razão importante foi Jung ter


70

rejeitado o pansexualismo de Freud: “A razão imediata foi que Freud... identificou


-7

seu método com sua teoria sexual, o que considerei inadmissível” (comunicação
a
an

pessoal de Jung, 1954). Jung então partiu para criar sua própria teoria da
Vi
rra

psicanálise e seu próprio método de psicoterapia, que se tornou conhecido como


ze

psicologia analítica.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


Be
es

Gabarito: A
ar
So
a

48. (Ano: 2018 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


an
nt

- 2018 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Sobre o tratamento


Sa

psicoterápico do estado de estresse pós-traumático, analise as


alternativas abaixo.

I. A psicoterapia em grupo não é recomendada.


II. A psicoterapia de família pode oferecer suporte direto aos membros da família e
ao paciente.
III. Na fase aguda, pode seguir o modelo de intervenção em crise com suporte,
orientação e desenvolvimento de instrumentos para lidar com o evento traumático.

| 215
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

IV. Na fase crônica, a psicoterapia visa a deixar o paciente falar livremente,


deixando-o rememorar o evento traumático e, quando possível, começar a
trabalhar a reconstrução do futuro.

Está correto apenas o que se afirma em


a) I e IV.
b) II e III.
c) I, III e IV.

41
d) II, III e IV.

3:
:0
10
Comentário: Psicoterapia no tratamento do transtorno de estresse pós-traumático:

1
“Na fase aguda, pode seguir o modelo de intervenção em crise com suporte,

02
/2
orientação e desenvolvimento de instrumentos para lidar com o evento traumático.

07
Na fase crônica, a psicoterapia visa a deixar o paciente falar livremente,

2/
-2
deixando-o rememorar o evento traumático e, quando possível, começar a

om
trabalhar a reconstrução do futuro.

l.c
A psicoterapia de grupo também pode ser eficaz na elaboração do trauma,

ai
gm
especialmente na fase crônica. i@
A psicoterapia de família pode oferecer suporte direto aos membros da
ut
na

família e ao paciente;” (Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana


ta

da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos


an
-s

para os serviços de saúde /Ministério da Saúde do Brasil, Organização Pan-


5

Americana da Saúde no Brasil; organizado por Elizabeth Costa Dias; colaboradores


-1
13

Idelberto Muniz Almeida et al. – Brasília: Ministério da Saúde do Brasil, 2001.)


.1
99
.1

Gabarito: D
70
-7

49. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


a
an

- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A psicoterapia breve de


Vi
rra

orientação psicodinâmica pode ser apontada como uma abordagem


ze

eficaz do profissional clínico em diferentes contextos de atenção à


Be

saúde, isto é, primário, secundário e terciário; público ou privado, seja


es

na modalidade individual ou em grupo. Sobre as técnicas e


ar
So

características dessa abordagem em psicoterapia verifica-se:


a
an
nt

I. Profissionais com perfis mais ativos e que propiciam o desenvolvimento da aliança


Sa

terapêutica com transferência positiva na dimensão do tempo presente.


II. Emprego da estratégia de focalização em conflitos ou tema específicos
delineados de forma prévia ao tratamento.
III. O princípio universal da Psicoterapia Breve Psicodinâmica fundamenta-se na
triangulação do conflito e da pessoa com vistas a identificar e intervir nas defesas,
impulsos e afetos, mediando as relações da pessoa com indivíduos e situações do
passado e do presente.

| 216
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TTP e Personalidade

IV. O caráter focal dessa modalidade terapêutica possibilita o uso de


questionamentos socráticos e decálogo das distorções emocionais, o que
caracteriza a flexibilidade e a busca de satisfação do paciente ao seu contexto por
meio de desenvolvimento de estratégias de enfrentamento de eventos estressores.

Após análise das sentenças, estão corretas apenas as afirmativas


a) I e II.
b) I, II e III.

41
c) I, II e IV.

3:
d) II, III e IV.

:0
10
1
Comentário: Características técnicas das abordagens de psicoterapia breve

02
/2
psicodinâmica (PBP):

07
➢ terapeutas mais ativos, que estimulem o desenvolvimento da Aliança

2/
-2
terapêutica e transferência positiva;

om
➢ focalização em conflitos específicos ou temas definidos previamente no

l.c
início da terapia;

ai
gm
➢ manutenção de foco de trabalho e objetivos definidos; i@
➢ atenção dirigida para as experiências atuais do paciente, inclusive os
ut
na

sintomas;
ta

➢ ênfase na situação transferencial da dimensão do aqui e agora, que não


an
-s

necessariamente é relacionada ao passado. (Lemgruber, 2009)


5
-1
13

O modelo de McCullough é utilizado como base para a compreensão dos


.1

comportamentos e dificuldades dos pacientes.


99
.1

• No TRIÂNGULO DO CONFLITO há 3 polos:


70

➢ o Polo dos impulsos/sentimentos;


-7

➢ o Polo das defesas; e


a
an

➢ o polo da ansiedade.
Vi
rra

• Já o TRIÂNGULO DA PESSOA mostra como os padrões de respostas não


ze

adaptativas, originados em relações passadas, podem estar sendo revividos na


Be

relação do paciente com o terapeuta ou nas suas relações interpessoais do


es

cotidiano.
ar
So
a
an

Há um equívoco na alternativa IV, ao citar o decálogo das distorções emocionais


nt

em detrimento das cognitivas.


Sa

Gabarito: B

50. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Leia o fragmento de texto
acerca de uma situação em saúde.
“Paciente do sexo feminino, casada, mãe de três filhos, com 60 anos e
problemas cardíacos. Possui histórico de infarto recente, com menos de duas
semanas. Atualmente encontra-se internada em uma instituição hospitalar que

| 217
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

trata de pacientes com doenças cardiovasculares pelo Sistema Único de Saúde


(SUS).” Nesse contexto de atuação hospitalar, o psicólogo pode orientar sua
prática por meio da abordagem psicanalítica, o que vai exigir um trabalho com
uso dos postulados teóricos adaptados a tal contexto. Isso é observado
somente em conceitos como o de

a) self, o principal objeto de intervenção desse profissional.


b) conceitualização narrativa, uma das principais técnicas do trabalho analista.

41
c) contrapartida da associação livre, a qual consiste no emprego da atenção

3:
flutuante.

:0
10
d) vínculo terapêutico ativo entre paciente e psicanalista, que pode ser traduzido no

1
construto rapport.

02
/2
07
Comentário: Livre associação: regra fundamental da psicanálise; o sujeito é

2/
-2
orientado pelo analista a falar tudo que vier a sua mente, de forma livre e sem

om
censuras, ainda que possa parecer vergonhoso ou sem sentido.

l.c
Para Freud, o terapeuta deve manter uma atenção uniformemente

ai
gm
flutuante, isso consiste em não dirigir o reparo para algo específico e em manter a
i@
mesma atenção uniformemente suspensa, em face de tudo o que escuta do
ut
na

analisando.
ta
an
-s

Gabarito: C
5
-1
13

51. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


.1

- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Rogers propõe uma teoria


99
.1

de personalidade, cujos conceitos centrais fundamentam-se em


70

significados pessoais. Esses conceitos abrangem relações interpessoais,


-7

percepção de si e dos demais indivíduos, acolhimento e


a
an

incondicionalidade, dentre outros. É possível afirmar, pois, que a teoria


Vi
rra

proposta por Rogers é, também, um conjunto de métodos e técnicas


ze

utilizadas por um profissional treinado, traduzindo-se em um modelo de


Be

psicoterapia cuja finalidade é promover a tendência a realização


es

inerente ao organismo humano. Para a referida finalidade, são


ar
So

necessárias três condições por parte do psicoterapeuta, as quais são


a
an
nt

a) capacidade de escuta desenvolvida, empatia condicional e assertividade.


Sa

b) assertividade, capacidade de provocar associações livres e comunicação


indutiva.
c) autenticidade e congruência, consideração positiva incondicional e compreensão
empática do cliente.
d) capacidade de leitura do não verbal, empatia condicional e compreensão dos
símbolos inconscientes.

| 218
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comentário: Rogers propôs como condições necessárias e suficientes para que uma
mudança construtiva de personalidade ocorra: autenticidade ou congruência,
compreensão empática e Consideração Positiva Incondicional.

- Congruência = é o retorno para si, a concentração em si; é a aceitação de si.


- Consideração Positiva Incondicional = implica em distanciamento de si, em
concentração no cliente; trata-se de acolher o outro; a Consideração Positiva
Incondicional é a aceitação do outro.

41
- Empatia é um processo dinâmico e consiste na capacidade de penetrar no

3:
universo do outro, sendo sensível à mobilidade e significação das suas vivências.

:0
10
1
Gabarito: C

02
/2
07
52. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica

2/
-2
- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Enquanto especialista em

om
psicologia clínica, o psicólogo pode oferecer muito para o trabalho

l.c
interdisciplinar em diversas áreas, sobretudo na saúde mental, quando

ai
gm
se trata de transtornos por uso e abuso de substâncias psicoativas como
i@
o álcool, com suas respectivas comorbidades psiquiátricas. Cordioli
ut
na

(2008) salienta que, para este quadro, uma sugestão de tratamento


ta

eficaz seria o Modelo de Tratamento Integrado. Acerca desse modelo de


an
-s

tratamento, assinale a opção correta.


5
-1
13

a) Tem por escopo o desenvolvimento de programas de tratamento para


.1

transtornos por uso de substâncias, embora se restrinja ao contexto hospitalar.


99
.1

b) Objetiva o delineamento de programas de tratamentos pautados em estratégias


70

como a de gerenciamento de caso, independente da adesão e manutenção do


-7

indivíduo no programa.
a
an

c) Tem a finalidade de promover intervenções para pacientes com ou sem


Vi
rra

comorbidades, pautadas em estratégias motivacionais direcionadas somente


ze

àqueles que reconhecem a necessidade do tratamento.


Be

d) Visa a promoção de intervenções integradas por parte de profissionais ou grupo


es

de profissionais de um mesmo contexto em grupo multidisciplinar, dirigidas às


ar
So

patologias psiquiátricas e ao transtorno por uso de substâncias.


a
an
nt

Comentário: As comorbidades psiquiátricas são muito prevalentes em usuários de


Sa

álcool. Os transtornos de ansiedade e os de humor são os quadros mais prevalentes.


De acordo com Cordioli (2008), o Modelo de Tratamento Integrado para os
transtornos por uso de álcool e comorbidades visa a promoção de intervenções
integradas por parte de profissionais ou grupo de profissionais de um mesmo
contexto em grupo multidisciplinar, dirigidas às patologias psiquiátricas e ao
transtorno por uso de substâncias.
Exemplos de outros preceitos do Modelo de Tratamento Integrado: costuma
ser realizado, preferencialmente, no contexto ambulatorial (Errada “A”); os
programas destinados aos pacientes que apresentam comorbidade devem

| 219
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

abranger intervenções motivacionais, destinadas àqueles sujeitos que ainda não


reconhecem a necessidade de tratamento, ou não desejam se tratar. (Errada “C”)
O delineamento dos programas de tratamento depende da adesão e
manutenção do indivíduo no programa. (Errada “B”)

Gabarito: D

53. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica

41
- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) O psicodrama proposto

3:
por J. L. Moreno parte de uma perspectiva de ser humano pautada nas

:0
10
relações interpessoais e sociais, o que evidencia um homem

1
espontâneo, criativo e sensível, que traz consigo fatores favoráveis a seu

02
/2
desenvolvimento, embora possa vir a ser acompanhado por condições

07
sociais e ambientalmente perturbadoras e constrangedoras, levando ao

2/
-2
indivíduo desencontrar-se de si mesmo. O psicodrama visa, portanto,

om
oferecer alternativas às referidas condições e manter a espontaneidade,

l.c
a criatividade e a sensibilidade do homem.

ai
gm
Leia as sentenças acerca do psicodrama, informe se as afirmativas abaixo são
i@
verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta
ut
na

a sequência correta.
ta
an
-s

( ) A proposta fundamental do psicodrama é oferecer adequação e ajustamento do


5

homem a si mesmo.
-1
13

( ) Trata-se de uma psicoterapia cuja proposta é evidenciar a melhor forma de o


.1

paciente expressar seus verdadeiros sentimentos e emoções por meio da


99
.1

representação de personagens em uma atmosfera teatral.


70

( ) A criatividade consiste na capacidade de agir de modo adequado diante de


-7

situações novas, criando respostas inéditas, renovadoras ou transformadoras de


a
an

situações preestabelecidas.
Vi
rra

( ) Trata-se de um modelo de psicoterapia, na qual um dos objetivos é descobrir,


ze

aprimorar e utilizar os meios que facilitam o predomínio das relações télicas sobre
Be

as relações transferenciais.
es
ar
So

a ) V -V -F -F
a

b) F - F - V - F
an
nt

c) V - V - F - V
Sa

d) F - F - V - V

Comentário: O psicodrama foi proposto por J. L. Moreno e parte de uma


perspectiva de ser humano pautada nas relações interpessoais e sociais, o que
evidencia um homem espontâneo, criativo e sensível. Assim, o psicodrama visa
manter a espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade do homem.
A proposta fundamental do psicodrama é oferecer adequação e ajustamento
do homem a si mesmo. Nesse sentido, ser espontâneo significa estar presente às
situações, configuradas pelas relações afetivas e sociais.

| 220
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Espontaneidade = consiste na capacidade de agir de modo adequado diante


de situações novas, criando respostas inéditas, renovadoras ou transformadoras de
situações preestabelecidas. (Ou seja, esse conceito é de espontaneidade, não de
criatividade, por isso, a terceira sentença está falsa)
A possibilidade de modificar uma dada situação ou de estabelecer uma nova
situação está ligada à criação: produzir, a partir de algo que já é dado, alguma coisa
nova. A criatividade é indissociável da espontaneidade. A espontaneidade permite

41
ao potencial criativo atualizar-se e manifestar-se.

3:
:0
10
Psicoterapia de Grupo é descobrir, aprimorar e utilizar os meios que facilitem

1
o predomínio de relações télicas sobre relações transferenciais. “À medida que as

02
/2
distorções diminuem e que a comunicação flui, criam-se condições para a

07
recuperação da criatividade e da espontaneidade. Pessoas capazes de relações

2/
-2
télicas estão em condições favoráveis para viver relacionamentos marcantes e

om
transformadores. E, além disso, estão disponíveis para viver a experiência

l.c
privilegiada, do momento de plena compreensão mútua. (...)O encontro é a

ai
gm
experiência essencial da relação télica.” (GONÇALVES, C.S.; WOLFF, J.R.; ALMEIDA,
i@
W.C. Lições de psicodrama: introdução ao pensamento de J.L.Moreno. 5.ed. São
ut
na

Paulo: Ágora, 1998)


ta
an
-s

Gabarito: C
5
-1
13

54. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


.1

- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Leia o fragmento de texto


99
.1

de Freud em “O Ego e o ld”.


70

‘“Estar ‘consciente’ é, em primeiro lugar, um termo puramente


-7

descritivo, que repousa na percepção do caráter mais imediato e certo.


a
an

A experiência demonstra que um elemento psíquico (uma ideia, por


Vi
rra

exemplo) não é, via de regra, consciente por um período de tempo


ze

prolongado. Pelo contrário, um estado de consciência é,


Be

caracteristicamente, muito transitório; uma ideia que é consciente


es

agora não o é mais um momento depois, embora assim possa tornar-se


ar
So

novamente, em certas condições que são facilmente ocasionadas. No


a

intervalo, a ideia foi... Não sabemos o quê. Podemos dizer que esteve
an
nt

latente, e, por isso, queremos dizer que era capaz de tomar-se


Sa

consciente a qualquer momento. Ora, se dissermos que era


inconsciente, estaremos também dando uma descrição correta dela.
Aqui Inconsciente’ coincide com ‘latente e capaz de tornar-se
consciente’. (...) O estado em que as ideias existiam antes de se tornarem
conscientes é chamado por nós de repressão, e asseveramos que a força
que instituiu a repressão e a mantém é percebida como resistência
durante o trabalho de análise. Obtemos, assim, o nosso conceito de
inconsciente a partir da teoria da repressão. O reprimido é, para nós, o
protótipo do inconsciente. Percebemos, contudo, que temos dois tipos

| 221
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

de inconsciente: um que é latente, mas capaz de tomar-se consciente, e


outro que é reprimido e não é, em si próprio e sem mais trabalho, capaz
de tornar-se consciente (...). Fazendo uma generalização rápida,
poderíamos conjecturar que a essência de uma regressão da libido (da
fase genital para a anal-sádica, por exemplo) reside numa desfusão de
instintos, tal como, inversamente, o avanço de uma fase anterior para a
genital definitiva estaria condicionado a um acréscimo de componentes
eróticos. Surge também a questão de saber se a ambivalência comum,

41
que com tanta frequência é inusitadamente forte na disposição

3:
constitucional à neurose, não deveria ser encarada como produto de

:0
10
uma desfusão; a ambivalência, contudo, é um fenômeno tão

1
fundamental que ela mais provavelmente representa uma fusão

02
/2
instintual que não se completou. (...) Ora, o caso em que alguém

07
primeiramente ama e depois odeia a mesma pessoa (ou o inverso),

2/
-2
porque essa pessoa lhe deu motivo para fazê-lo, obviamente nada tem a

om
ver com o nosso problema. Tampouco o tem o outro caso, em que

l.c
sentimentos de amor que ainda não se tornaram manifestos, expressam-

ai
gm
se, inicialmente, por hostilidade e tendências agressivas; e pode ser que
i@
aqui o componente destrutivo da catexia do objeto se tenha apressado
ut
na

em ir à frente e somente mais tarde se lhe juntou o erótico. Mas sabemos


ta

de diversos casos na psicologia das neuroses em que é mais plausível


an
-s

supor que uma transformação se efetua. Na paranoia persecutória, o


5

paciente desvia um vínculo homossexual excessivamente forte que o


-1
13

liga a uma pessoa em especial; em resultado, esta pessoa a quem muito


.1

amava, se torna um perseguidor, contra quem o paciente dirige uma


99
.1

agressividade frequentemente perigosa. Aqui, temos o direito de


70

interpolar uma fase prévia, que transformou o amor em ódio.”.


-7
a
an

Considerando o fragmento do texto, é possível levantar hipóteses acerca da neurose


Vi
rra

e da psicose para Freud. Tendo isso em vista, assinale a opção correta.


ze
Be

a) A neurose desencadeia um conflito entre realidade e o id; enquanto a psicose, por


es

meio da regressão às fases libidinais mais satisfatórias, visa evitar que a realidade
ar
So

se fragmente.
a

b) A exigência pulsional desprazerosa não é reprimida pelo ego e, assim, é


an
nt

desencadeado um conflito neurótico; enquanto a psicose restabelece o vínculo com


Sa

a realidade às expensas do id.


c) A neurose, enquanto conflito psíquico, consiste na tentativa de se limitar e a evitar
a realidade; a psicose, por sua vez, desmente a realidade e a reconstrói diferente do
modo como se apresentou anteriormente.
d) A expressão de mecanismos de defesa específicos culmina em um conflito
neurótico que reconstrói a realidade; enquanto que a psicose busca na realidade
elementos capazes de justificar as pulsões subjacentes do id.

| 222
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comentário: Para Freud, a psicose é uma perturbação primária da relação libidinal


com a realidade, em que há uma recusa à realidade. Essa recusa leva à retirada de
todos os investimentos da libido no objeto e fragmentando sua representação. A
maioria dos sintomas manifestos, particularmente a construção delirante, são
tentativas de reestruturação da realidade de forma diferente da que ela se
apresenta.
Já a neurose limita-se a evitar a realidade, uma vez que o neurótico
reconhece a natureza irracional de seu estado clínico. Dessa forma, neuróticos e

41
psicóticos lidam de forma diferente com a realidade. O neurótico evita a realidade;

3:
já o psicótico constrói para si mesmo a realidade imaginária do delírio, que é

:0
10
tomada como uma realidade verdadeira.

1
02
/2
Gabarito: C

07
2/
-2
om
55. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica

l.c
- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A terapia cognitiva

ai
gm
proposta por Aron Beck na década de 1960 tem como objetivo, “ensinar
i@
o paciente a reconhecer as cognições negativas e sua conexão com o
ut
na

afeto e comportamento; examinar as evidencias contra e a favor à tais


ta

pensamentos e substituí-los por interpretações mais orientadas para a


an
-s

realidade”. Esse objetivo foi desenvolvido a partir da constatação, em


5

estudos científicos, que a perspectiva negativista de pacientes


-1
13

deprimidos possuía acerca de si mesmos, do mundo e do futuro,


.1

portanto distorcida, desencadeava o quadro depressivo em que se


99
.1

encontravam. Posteriormente a esses achados, esse modelo


70

psicoterápico foi estendido a outras modalidades de transtornos


-7

psicológicos tais como ansiedade, alimentares, de personalidade,


a
an

dentre outros.
Vi
rra

Julgue as sentenças que salientam distorções ou cognições negativas, informe


ze

se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale


Be

a alternativa que apresenta a sequência correta.


es
ar
So

( ) A catastrofização ou adivinhação consiste em predizer o futuro negativamente,


a

sem levar em consideração outros resultados mais prováveis.


an
nt

( ) O filtro mental ou abstração seletiva consiste em chegar a uma conclusão


Sa

negativa abrangente que extrapola a situação em questão.


( ) A hipergeneralização ou supergeneralização consiste em prestar atenção num
pequeno detalhe, ao invés de ver o quadro por inteiro.
( ) O pensamento polarizado, tudo ou nada, preto e branco ou dicotômico, envolve
a percepção de uma situação de forma dicotômica, em apenas duas categorias, ao
invés de um continum.

a) V -F -F -V
b) F - V - F - V

| 223
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

c) V - V - F - F
d) F - V - V – F

Comentário: Filtro mental ou abstração seletiva = distorção cognitiva em que um


indivíduo foca ou concentra toda a atenção em um pequeno e único detalhe, em
detrimento da percepção e verificação de todo o quadro de uma situação ou
experiência.
Hipergeneralização ou supergeneralização = consiste em chegar a uma

41
conclusão negativa abrangente que extrapola a situação em questão. Ou seja,

3:
tendência a ver um único evento negativo como parte de um padrão interminável.

:0
10
Por exemplo, " se eu sentir medo aqui, vou sentir sempre de novo" ou "tudo sempre

1
dá errado para mim" (depois de bater com o carro).

02
/2
07
Gabarito: A

2/
-2
om
56. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica

l.c
- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A relação terapêutica e os

ai
gm
processos de mudança nas psicoterapias humanistas têm por objetivo
i@
restabelecer o acordo perdido entre a experiência total da pessoa e a
ut
na

experiência consciente do self, propiciando ao cliente um


ta

amadurecimento e um desenvolvimento normais, por meio da empatia,


an
-s

da incondicionalidade e da congruência. A respeito da empatia, marque


5

a opção correta.
-1
13
.1

a) Refere-se à consistência interna, proporcionada pelo estado de integração


99
.1

psicológica com o terapeuta no espaço da relação.


70

b) Embora não permita a tomada de consciência dos sentimentos que ainda não são
-7

claros, respeita o ritmo das descobertas do cliente.


a
an

c) É um processo dinâmico que consiste na capacidade de penetrar no universo do


Vi
rra

outro, sendo sensível à mobilidade e significação das suas vivências.


ze

d) É um processo de genuína aceitação do outro que se mantém constante


Be

independentemente daquilo que o cliente revela sobre si, com reconhecimento do


es

seu direito à diferença e à autonomia.


ar
So
a

Comentário: A empatia é um processo dinâmico e consiste na capacidade de


an
nt

penetrar no universo do outro, sendo sensível à mobilidade e significação das suas


Sa

vivências. Permite ao sujeito tomar consciência de sentimentos que ainda não são
claros, mas respeitando o ritmo das suas descobertas próprias e mantendo uma
abertura a tudo o que de novo possa surgir.

Gabarito: C

57. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) Considerada uma das
grandes forças em psicoterapias, a terapia comportamental

| 224
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TTP e Personalidade

fundamenta-se nos princípios de aprendizagem para explicação do


aparecimento, manutenção e eliminação dos sintomas. Entre os
princípios destacam-se o condicionamento clássico, o operante e a
aprendizagem social e a habituação, os quais evidenciavam a ênfase no
comportamento observável, embora entre os principais representantes
já existisse indicativos da atribuição de importância a outras variáveis,
tais como as crenças de autoeficácia, além da conduta observável. A
respeito das técnicas da terapia comportamental, é correto afirmar que

41
3:
a) somente são aplicadas depois de o contexto terapêutico ter se tornado um evento

:0
10
agradável e contingente ao comportamento de busca por tratamento.

1
b) são aplicadas gradamente por meio de um procedimento que visa remover os

02
/2
eventos ou situações percebidas como desagradáveis como forma de manter a

07
motivação para tratamento.

2/
-2
c) somente são aplicadas após um procedimento criterioso de identificação e

om
avaliação dos sintomas, na forma de um tratamento que é entendido como um novo

l.c
processo de aprendizagem.

ai
gm
d) são aplicadas paulatinamente por meio de um procedimento denominado
i@
prática programada, por meio do qual o paciente é exposto, na modalidade
ut
na

individual ou em grupo, à situação que ele tenha apresentado como queixa.


ta
an
-s

Comentário: A terapia comportamental pauta-se nos princípios de aprendizagem


5

para explicar o aparecimento, manutenção e eliminação dos sintomas. Entre os


-1
13

princípios destacam-se o condicionamento clássico, o operante, a aprendizagem


.1

social, e a habituação, os quais evidenciavam a ênfase no comportamento


99
.1

observável, embora haja indicativos da atribuição de importância a outras variáveis,


70

tais como as crenças de autoeficácia, além da conduta observável. Essas


-7

características permitem ressaltar que o conjunto de técnicas dessa modalidade


a
an

psicoterápica tem sido empregado somente após um procedimento criterioso de


Vi
rra

identificação e avaliação dos sintomas, na forma de um tratamento que é entendido


ze

como um novo processo de aprendizagem. (Cordiolli, 2008).


Be
es

Gabarito: C
ar
So
a

58. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


an
nt

- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) De acordo com Cordioli


Sa

(2008, p. 125) o processo psicoterápico traz em seu início “uma das fases
mais delicadas do tratamento”, a qual é decisiva para que o paciente se
mantenha ou não em tratamento. Para que esse início seja consolidado,
é importante que sejam vencidas as resistências do paciente, a
inexistência ou baixa motivação e os empecilhos que possam vir a
dificultar a adesão aos procedimentos propostos. Além disso, é mister
salientar que o curso da psicoterapia dependerá de diferentes
dimensões, tais como diagnóstico, condições pessoais e aptidão do
paciente para dar sequência aos procedimentos exigidos pelo modelo

| 225
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

terapêutico adotado; bem como as condições do terapeuta, a


experiência, a competência e os aspectos de sua personalidade tais
como: comunicação, capacidade de empatia, calor humano,
cordialidade, dentre outros. Nesse sentido, a condição sine qua non para
o início do processo psicoterápico em quaisquer abordagens de
psicoterapia é

a) o estabelecimento de uma aliança terapêutica mínima.

41
b) a realização do psicodiagnóstico para o delineamento do processo de

3:
tratamento.

:0
10
c) o esclarecimento de que o processo consiste em uso de procedimentos que

1
exigem colaboração mútua e ativa.

02
/2
d) a realização do contrato terapêutico, um acordo entre paciente e terapeuta por

07
meio do qual se define psicoterapia.

2/
-2
om
Comentário: De acordo com Cordioli (2008), condição para o início do processo

l.c
psicoterápico, em quaisquer abordagens de psicoterapia, é a realização do contrato

ai
gm
terapêutico, um acordo entre paciente e terapeuta, que irá permitir e assegurar o
i@
estabelecimento de uma aliança terapêutica suficientemente forte.
ut
na

Contrato terapêutico: parte integrante de todas as terapias. É um acordo


ta

entre paciente e terapeuta e em que se definem: o que é terapia; quais seus


an
-s

objetivos; em que lugar e com que frequência ocorrerão as sessões; os papéis dos
5

participantes; dentre outros aspectos. O contrato terapêutico deve ser estabelecido


-1
13

de forma explícita no início do tratamento, mas seguirá as características


.1

específicas, de acordo com as diferentes modalidades de terapia indicadas.


99
.1

(Cordioli, 2008)
70
-7

Gabarito: D
a
an
Vi
rra

59. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


ze

- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A psicoterapia pode ser


Be

entendida como um procedimento que se estende para além dos limites


es

da sessão, mediante um profissional devidamente qualificado. Isso


ar
So

significa que fora das sessões o paciente deve assumir uma atitude de
a

auto-observação permanente em relação aos seus sintomas, condutas,


an
nt

inibições, pensamentos, emoções ou sentimentos diversos. Nesse


Sa

sentido, um dos primeiros objetivos da psicoterapia consiste em fazer


com que o paciente adote a postura de auto-observação numa
perspectiva tanto interna, quanto externa a si mesmo. Em relação a
todas as atitudes necessárias para o desenvolvimento do hábito da auto-
observação no processo psicoterápico, assinale a opção correta.

a) Atenção às atitudes, condutas e ao material expresso direta ou indiretamente


pelo paciente, com seus respectivos prejuízos e emoções provocados.

| 226
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TTP e Personalidade

b) Identificação de atitudes e condutas pessoais estranhas ou contraditórias,


repetitivas, contrárias às convicções e desejos; ou que trazem algum tipo de
prejuízos por meio da busca de seus significados.
c) Identificação e registro mental de todo o material expresso pelo paciente de
modo direto ou indireto, com vistas a enumerá-lo e elencá-lo junto do cliente para
exploração do conteúdo nas sessões seguintes, deixando autônomo para outros
contextos.
d) Atenção por meio de identificação e registro mental de sentimentos e emoções

41
provocados por circunstâncias ou pessoas e que também desencadeiam ou se

3:
associam a pensamentos, fantasias ou lembranças; bem como condutas e sonhos

:0
10
estranhos entre as sessões.

1
02
/2
Comentário: São exemplos de atitudes para o desenvolvimento do hábito da auto-

07
observação: “Ficar atento aos sentimentos e emoções mais intensas e

2/
-2
desagradáveis, inclusive os que ocorrem durante as sessões e voltados para a

om
pessoa do terapeuta; Identificar as circunstâncias ou as pessoas que as provocam;

l.c
Identificar pensamentos, fantasias ou lembranças associadas; Registrar os sonhos

ai
gm
ocorridos nos intervalos das sessões; Observar atitudes e comportamentos pessoais
i@
que pareçam estranhos ou contraditórios (...); Identificar as situações atuais ou
ut
na

passadas que desencadeiam tais atitudes ou sentimentos; Fazer uma espécie de


ta

registro mental de todo esse material, para explorá-lo junto com o terapeuta nas
an
-s

próximas sessões.” (Cordioli, 2008).


5
-1
13

Gabarito: D
.1
99
.1

60. (Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica


70

- 2015 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia) A psicoterapia com idosos


-7

requer a atenção de profissionais psicólogos clínicos tanto quanto a


a
an

clínica com crianças e adolescentes. Inicialmente, o profissional deve


Vi
rra

estar atento aos temas e variáveis evidenciadas com o processo de


ze

envelhecimento, tais como as perdas, o luto, a diminuição das


Be

capacidades cognitivas e da autoestima, por exemplo. Além disso,


es

segundo Cordioli (2008), indivíduos idosos demonstram significativas


ar
So

diferenças individuais tendo em vista fatores econômicos, físicos e


a

sociais. Em conformidade com o exposto e independente da abordagem


an
nt

de psicoterapia adotada com indivíduos idosos, é correto afirmar que


Sa

a) a psicoterapia deve orientar-se pela identificação das causas de perdas de


autoestima durante o curso do envelhecimento, posto que esta dimensão é a
principal responsável por quadros de depressão e até mesmo tentativas de suicídio
dos idosos.
b) os objetivos da psicoterapia devem ser realistas, operativos e abarcarem desde a
apreciação dos recursos dos idosos, até o alívio de sintomas, a adaptação e a
aceitação das alterações de vida, por meio do desenvolvimento da habilidade de
falar sobre si mesmo e seus problemas.

| 227
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

c) a psicoterapia deve pautar-se na identificação do processo de simplificação das


experiências estabelecido pelo idoso, decorrente da diminuição das expressões
afetivas e da expressão de diversos papéis, que podem e representam tanto o
mundo interno, quanto externo do indivíduo.
d) os objetivos da psicoterapia devem ser norteados a partir do estabelecimento de
vínculo terapêutico, já que a evidência das limitações físicas do idoso funciona
como mediadora do processo, evitando que o terapeuta se veja autossuficiente e o
idoso reconheça suas limitações e habilidades.

41
3:
Comentário: Para Cordioli (2008), independente da abordagem de psicoterapia

:0
10
adotada com sujeitos idosos, os objetivos da psicoterapia devem ser realistas,

1
operativos e abarcarem a apreciação dos recursos dos idosos, assim como o alívio

02
/2
de sintomas, a adaptação e a aceitação das alterações de vida, por meio do

07
desenvolvimento da habilidade de falar sobre si mesmo e seus problemas.

2/
-2
om
Gabarito: B

l.c
ai
gm
61. (Prefeitura de Fortaleza - CE - 2018 – Imparh) Leia com atenção.
i@
ut
na

_____________, aplicando o método fenomenológico, estuda os fenômenos tais


ta

como aparecem na consciência, antes de qualquer reflexão e conhecimento ou de


an
-s

qualquer tentativa de análise.


5
-1
13

______________, pioneiro na formulação de um projeto de psicologia como ciência


.1

independente.
99
.1
70

______________, estuda o desenvolvimento das funções cognitivas e da


-7

moralidade do indivíduo.
a
an
Vi
rra

______________, interessa-se em estudar os processos, operações e atos psíquicos


ze

como formas de interação adaptativa.


Be
es

______________, defende a posição denominada paralelismo psicofísico, em que


ar
So

os atos mentais ocorrem juntamente com processos psicofisiológicos.


a
an
nt

A sequência correta para preencher os espaços em branco é:


Sa

A Gestalt, Wundt, Piaget, Psicologia funcionalista e Titchener.

B Wundt, Titchener, Psicologia funcionalista, Gestalt e Piaget.

C Wundt, Gestalt, Piaget, Psicologia funcionalista e Titchener.

D Gestalt, Psicologia funcionalista, Piaget, Titchener e Wundt.

| 228
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TTP e Personalidade

Comentário: Getalt: o que o indivíduo percebe e como percebe são dados


importantes para a compreensão do comportamento humano.” O fenômeno da
percepção “é norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos
pontos que compõem uma figura (objeto).” (Bock, Furtado e Teixeira)

(Wundt) Criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia, na


Alemanha. Fundador da Psicologia como disciplina acadêmica formal.

(Piaget) Piaget trata de importantes aspectos em sua obra, como: inteligência,

41
3:
afetividade, moral e educação.

:0
10
1
(Psicologia funcionalista) O funcionalismo nasceu nos Estados Unidos e seu

02
principal expoente foi William James. Os funcionalistas definiram a psicologia como

/2
07
uma ciência biológica, interessada em estudar os processos, as operações e os atos

2/
-2
psíquicos (mentais) como forma de interação adaptativa. Seu objeto de estudo era

om
a consciência.

l.c
ai
gm
(Titchener) Titchener foi o fundador do estruturalismo. Ele descartou a ênfase de
i@
Wundt na percepção e se concentrou nos elementos que compõem a estrutura da
ut

consciência. Para ele, a tarefa fundamental da Psicologia era descobrir a natureza


na
ta

das experiências conscientes elementares, ou seja, analisar a consciência em suas


an

partes separadas.
-s
5
-1

Referência: Psicologia em debate [recurso eletrônico] / Lisiane Machado de


13
.1

OliveiraMenegotto, Marianne Montenegro Stolzmann Mendes Ribeiro organização.


99

– Dados eletrônicos. – Novo Hamburgo: Feevale, 2015.


.1
70
-7

Gabarito: A
a
an
Vi

62. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG A técnica dos


rra

grupos operativos começou a ser sistematizada pelo médico psiquiatra


ze
Be

Pichon-Rivière, que observou a influência do grupo familiar em seus


es

pacientes. Acerca dessa modalidade de grupo, assinale a alternativa


ar

correta.
So
a
an

A Os grupos operativos são técnicas grupais centradas no indivíduo, sendo


nt
Sa

também chamados de grupos de terapia.

B Grupos operativos são técnicas grupais centradas no grupo, focando a


análise da própria dinâmica deste.

C O grupo operativo não se centra no grupo enquanto totalidade, mas na


relação que os integrantes mantêm com a tarefa.

| 229
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TTP e Personalidade

D O vínculo fundamental dos grupos operativos é a relação entre um grupo


e os membros de sua família.

E A técnica busca trabalhar apenas os aspectos manifestos do grupo.

Comentário: O grupo operativo não se centra nos indivíduos, nem no grupo


enquanto totalidade, mas na relação que os integrantes mantêm com a tarefa.
(artigo - FABRIS, F. A noção de tarefa, pré-tarefa e trabalho na teoria de E. Pichon-
Rivière. 2014)

41
3:
:0
Gabarito: C

10
1
02
63. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG A família é um

/2
07
todo articulado no qual existem relações de gênero e geração que

2/
-2
implicam hierarquia e poder. Com base no exposto, assinale a

om
alternativa correta em relação ao atendimento a esse grupo.

l.c
ai
A As práticas de intervenção devem considerar como família aqueles
gm
i@
indivíduos que possuem relações de consanguinidade e que vivem juntos,
ut

pois a consanguinidade se sobrepõe à afinidade.


na
ta
an

B O trabalho deve ser programado levando-se em conta que as relações de


-s

gênero são assimétricas dentro da família.


5
-1
13

C As práticas devem ser planejadas levando-se em conta apenas as relações


.1
99

familiares em si.
.1
70
-7

D A organização dos serviços, como reuniões ou atividades, deve ocorrer em


a
an

função das necessidades das organizações, e a família deve se adequar ao


Vi

que lhe é oferecido, demonstrando comprometimento.


rra
ze

E Nos dias atuais, a condição de autonomia da mulher já está consolidada e


Be

esse fato deve ser considerado nas práticas de intervenção.


es
ar
So

Comentário: O conceito de família está para além de um modelo único baseado na


a
an

família nuclear. Assim, a família é o grupo de pessoas que se acham unidas por laços
nt

consanguíneos, afetivos e/ou de solidariedade. (ERRADA A)


Sa

Com a terapia familiar, a família vira o foco para a compreensão do surgimento e da


manutenção da psicopatologia. Assim, volta-se à atenção para o contexto familiar
no qual determinado problema individual ocorre. O terapeuta de família volta sua
atenção para: - A estrutura familiar: como a família se constitui, se organiza e se
mantém; - Os processos familiares: como a família se adapta e evolui ao longo do
tempo. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019) (ERRADA C)

| 230
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TTP e Personalidade

A família não é meramente passiva, devendo se adequar a tudo que lhe é oferecido;
a autonomia da mulher não está totalmente consolidada. (ERRADAS D e E)

Gabarito: B

64. FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017 - UFVJM-MG - Psicólogo -


Assinale a alternativa correta sobre os fatores terapêuticos presentes na
psicoterapia de grupo para YALOM (2006).

41
3:
A Instilação de esperança – crucial em qualquer psicoterapia não apenas para

:0
manter o paciente em processo terapêutico, mas também para que outros

10
1
fatores terapêuticos, como a fé, possam ser eficazes.

02
/2
07
B Universalidade – nessa categoria inclui-se a instrução didática sobre saúde

2/
-2
mental, doenças mentais e a psicodinâmica geral fornecida pelos terapeutas,

om
assim como o aconselhamento, as sugestões ou a orientação direta do

l.c
terapeuta ou outros membros do grupo.

ai
gm
i@
C Compartilhamento de informações – fator terapêutico que opera em todos os
ut

grupos de terapia, embora a natureza das habilidades ensinadas e o grau em que


na

o processo é explicito variem muito, de acordo com o tipo de terapia de grupo.


ta
an
-s

D Desenvolvimento de técnicas de socialização – na terapia de grupo,


5
-1

principalmente nos primeiros estágios, a invalidação dos sentimentos de


13
.1

singularidade de um paciente é uma poderosa fonte de alívio. Após ouvir outros


99

integrantes relatarem preocupações semelhantes às suas, os pacientes revelam


.1
70

sentir-se mais em contato com o mundo.


-7
a
an

Comentário: A letra “B” se refere ao compartilhamento de informações. A letra “C”


Vi

se refere ao desenvolvimento de técnicas de socialização. A letra “D” se refere à


rra

Universalidade.
ze
Be
es

“A instilação e a manutenção da esperança são cruciais em qualquer


ar

psicoterapia. A esperança não apenas é necessária para manter o paciente em


So

terapia para que outros fatores terapêuticos possam ter efeito, como a fé em um
a
an

modo de tratamento pode em si já ser terapeuticamente efetiva. Diversos estudos


nt
Sa

demonstraram que uma expectativa elevada de ajuda antes de começar a terapia


está significativamente correlacionada com um resultado positivo.” (YALOM, I.D.;
LESZCZ, M., 2006)

Por fim, vale lembrar os 11 fatores terapêuticos, nas terapias de grupo:

1-instilação de esperança
2-universalidade
3-compartilhamento de informações

| 231
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TTP e Personalidade

4- altruísmo
5-recapitulação corretiva do grupo familiar primário
6- desenvolvimento de técnicas de socialização
7- comportamento imitativo
8- aprendizagem interpessoal
9- coesão grupal
10-catarse
11-fatores existenciais.

41
3:
Gabarito: A

:0
10
1
65. COPEVE-UFAL - 2019 - UFAL - Analise as proposições abaixo:

02
/2
07
I. Irving Yalom propõe um conjunto de 13 fatores terapêuticos na terapia de grupo

2/
-2
om
II. Foi durante a Segunda Guerra Mundial que o tratamento psicoterapêutico em

l.c
grupo teve um grande desenvolvimento

ai
gm
i@
III. A técnica utilizada na psicoterapia de grupo é muito restrita e depende
ut

do setting, dos objetivos, da duração e da orientação teórica que é seguida


na
ta
an

Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões):


-s
5
-1

A II
13
.1
99

B I, II e III
.1
70
-7

C I e II
a
an
Vi

D III
rra
ze
Be

E II e III
es
ar

Comentário: A proposta são de 11 fatores terapêuticos, nas terapias de grupo:


So
a
an

1-instilação de esperança
nt
Sa

2-universalidade
3-compartilhamento de informações
4- altruísmo
5-recapitulação corretiva do grupo familiar primário
6- desenvolvimento de técnicas de socialização
7- comportamento imitativo
8- aprendizagem interpessoal
9- coesão grupal
10-catarse

| 232
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11-fatores existenciais. (ERRADA I)

A terapia de grupo foi introduzida na década de 1940. Foi durante a Segunda


Guerra Mundial que o tratamento psicoterapêutico em grupo teve um grande
desenvolvimento. Nesse contexto, o enorme número de pacientes psiquiátricos do
exército, somado com a escassez de psicoterapeutas treinados, tornaram a terapia
individual impraticável e catalisaram a busca por modos de tratamento mais
econômicos. Assim, a terapia em grupo permitia que os psicoterapeutas atingissem

41
muitas pessoas. (CORRETA II)

3:
:0
10
A técnica utilizada na psicoterapia de grupo NÃO é restrita. Assim, a multiplicidade

1
de formas é tão evidente que faz mais sentido falar de “terapiaS de grupo” do que

02
/2
“terapia de grupo”. Os cenários clínicos, bem como as abordagens técnicas

07
(cognitivo comportamental, psicoeducacional, interpessoal, gestalt, de apoio

2/
-2
expressivo, psicanalítica, dinâmica-interacional, psicodrama ...) são variadas;

om
(YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006) (ERRADA III)

l.c
ai
gm
Gabarito: A i@
ut

66. OBJETIVA - 2019 - Prefeitura de Pinto Bandeira - RS - De acordo


na
ta

com CORDIOLI, sobre os fatores terapêuticos na terapia de grupo,


an

analisar os itens abaixo:


-s
5
-1
13

I. Recapitulação destrutiva.
.1

II. Compartilhamento de informações.


99
.1

III. Universalidade do problema.


70

IV. Socialização.
-7
a
an

Estão CORRETOS:
Vi
rra
ze

A Somente os itens I e II.


Be
es

B Somente os itens I e III.


ar
So

C Somente os itens I, III e IV.


a
an
nt
Sa

D Somente os itens II, III e IV.

Comentário: 11 fatores terapêuticos, nas terapias de grupo:

1-instilação de esperança
2-universalidade
3-compartilhamento de informações
4- altruísmo
5-recapitulação CORRETIVA do grupo familiar primário

| 233
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6- desenvolvimento de técnicas de socialização


7- comportamento imitativo
8- aprendizagem interpessoal
9- coesão grupal
10-catarse
11-fatores existenciais. (YALOM, I.D.; LESZCZ, M., 2006)

Gabarito: D

41
3:
67. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - Uma mãe pode se

:0
10
mostrar indisponível para amamentar o seu bebê de três meses de idade

1
simplesmente porque está muito ocupada com os cuidados dedicados ao

02
/2
seu filho mais velho e, mesmo assim, pode ser vivenciada pelo seu bebê

07
como uma figura hostil, rejeitadora e indiferente. Segundo a perspectiva

2/
-2
da teoria das relações objetais, essa vivência é possível porque

om
A) o mundo representacional do bebê dessa idade já é capaz de separar

l.c
claramente o mundo interno do mundo externo.

ai
gm
B) a internalização das relações objetais ainda não é possível, em função da
i@
intensa coesão do ego do bebê nessa fase do desenvolvimento.
ut
na

C) o protótipo de uma relação amorosa só pode se constituir para um bebê


ta

depois do seu primeiro ano de vida.


an
-s

D)os impulsos de um bebê nessa fase são prioritariamente dirigidos à


5

descarga das tensões provocadas pelas necessidades fisiológicas.


-1
13

E) o objeto que foi internalizado pelo bebê não está necessariamente


.1

correlacionado com o objeto real externo.


99
.1
70

Comentário:
-7
a

Relembrando:
an

- POSIÇÃO ESQUIZOPARANOIDE: posição desenvolvida durante os primeiros


Vi
rra

3 a 4 meses de vida; inclui os sentimentos paranoides de ser perseguido;


ze

Percepção que o ego tem do mundo externo é subjetiva e fantástica, em vez de


Be

objetiva e real; Seio bom e seio mal são separados; ego dividido.
es
ar

- POSIÇÃO DEPRESSIVA: Em torno dos 5 ou 6 meses, o bebê começa a ver os


So

objetos externos como um todo e a entender que o bom e o mau podem existir
a
an

na mesma pessoa; bebê experimenta culpa por seus impulsos destrutivos


nt

anteriores em relação à mãe. (Referência: livro - FEIST, Jess; FEIST, Gregory J.;
Sa

ROBERTS, Tomi-Ann. Teorias da personalidade. AMGH Editora, 2015.)

Um bebê com 3 meses de idade ainda não é capaz de separar claramente o


mundo interno do mundo externo. (ERRADA A)
Para lidar com o seio que nutre e o seio frustrante, os bebês dissociam esses
objetos em bons e maus, assim como dissociam o próprio ego. (ERRADA B)

| 234
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As teorias das relações objetais assumem que a relação mãe-filho durante os


primeiros meses de vida é o momento mais crítico para o desenvolvimento da
personalidade. (ERRADA C)
“A teoria das relações objetais coloca menos ênfase nos impulsos
fundamentados biologicamente e mais importância nos padrões consistentes
das relações interpessoais.” (ERRADA D)
“Os sentimentos persecutórios são considerados paranoides; ou seja, eles
não estão fundamentados em algum perigo real ou imediato do mundo

41
externo.”

3:
Os bebês introjetam as representações psíquicas “em sua própria

:0
10
estrutura psíquica e, então, projetam tais representações no objeto externo, isto

1
é, outra pessoa. Tais imagens internas não constituem representações precisas

02
/2
da outra pessoa, mas são permanecentes das experiências interpessoais

07
iniciais.” (CORRETA E)

2/
-2
(Referência: livro - FEIST, Jess; FEIST, Gregory J.; ROBERTS, Tomi-

om
Ann. Teorias da personalidade-8. AMGH Editora, 2015)

l.c
ai
gm
Gabarito: E i@
ut
na

68. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - Durante uma sessão


ta

de psicoterapia individual, de orientação centrada na pessoa, um rapaz


an
-s

contou ao terapeuta que tentou convidar uma pessoa, por quem ele está
5

muito interessado, para ir a um evento com ele. Ela disse que gostaria
-1
13

muito de ir, mas justificou que não conseguiria chegar ao local a tempo.
.1

Após o relato do rapaz, o terapeuta faz a seguinte intervenção: “Você


99
.1

percebeu que ligou para convidá-la quando não dava mais tempo de ela
70

comparecer ao evento?”. A intervenção do terapeuta teve como objetivo


-7
a
an

A) confrontar a atitude passiva do rapaz diante da oportunidade de realizar seu


Vi
rra

desejo.
ze
Be

B) interpretar o padrão típico de relacionamento que o rapaz estabelece com o


es

outro.
ar
So
a

C)validar a tentativa do rapaz de se aproximar de uma pessoa pela qual tem


an
nt

interesse.
Sa

D)estimular que o rapaz desenvolva uma nova maneira de perceber sua


experiência.

E)questionar mais dados a respeito da atitude do rapaz no relato trazido para a


sessão.

| 235
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TTP e Personalidade

Comentário: Campo da experiência: Inclui eventos, percepções, sensações e


impactos dos quais a pessoa não toma consciência, mas poderia tomar se
focalizasse sua atenção nesses pontos. (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)
Na ACP é importante explorar a experiência de uma nova maneira,
percebendo em dada experiência novos significados e objetivos.

Gabarito: D

41
69. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - Um psicólogo que

3:
atua na área da saúde está realizando um grupo operativo com o

:0
10
propósito de promover a qualidade de vida de pacientes com doenças

1
degenerativas. A principal atividade do coordenador do grupo, nesse

02
/2
caso, é a de

07
A) interpretar os fatores inconscientes que impedem a evolução exitosa do grupo.

2/
-2
B) estabelecer a comunicação apropriada entre os diversos níveis da dinâmica

om
grupal.

l.c
C)manter o foco dos pacientes nas atividades que foram definidas como tarefa do

ai
gm
grupo. i@
D)determinar o clima de trabalho que deve predominar entre os membros do grupo.
ut
na

E) impedir a atuação das ansiedades básicas que surgirem na dinâmica grupal.


ta
an
-s

Comentário: Nome central quando o assunto são os grupos operativos é o de Pichon


5

Rivière. Os grupos operativos buscam OPERAR em uma determinada tarefa. A tarefa


-1
13

é uma atividade que se dirige de certas necessidades a certos objetivos específicos.


.1

A atividade do coordenador dos grupos operativos deve ficar centralizada na tarefa.


99
.1

A atividade do coordenador dos grupos operativos deve ficar centralizada na


70

tarefa. Intervenções de ordem interpretativa cabem SOMENTE quando os fatores


-7

inconscientes inter-relacionais venham ameaçar a evolução exitosa do grupo.


a
an

(ZIMERMAN, David E. Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre:


Vi
rra

Artmed, 2000.)
ze

A comunicação é fundamental na interação grupal. Constitui basicamente o


Be

intercâmbio de informações entre integrantes do grupo. Pode ocorrer de diversas


es

formas.
ar
So

Tele = clima em que se desenvolve o grupo. Está relacionado à empatia entre


a

os participantes do grupo, que pode ser positiva ou negativa. É o clima que se


an
nt

desenvolve no grupo causando sentimento de atração ou rejeição às tarefas e


Sa

aceitação ou rejeição que os integrantes têm em relação aos demais. (Referência:


texto - DA SILVA, Carina Guerini; STEPANSKI, Isabel Marcia Rocha; DE ALMEIDA, Júlio
César Magalhães. Processo grupal à luz dos vetores de Píchon-Rivière: um estudo de
caso com adolescentes)

Gabarito: C

70. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - É fato conhecido que


diferentes pessoas, de diferentes culturas, partilham certos mitos e

| 236
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TTP e Personalidade

imagens como, por exemplo, a figura da mãe associada a um símbolo da


criação. Esse fato exemplifica
A) a concepção de empatia apresentada por Carl Rogers.
B) o conceito de registro no imaginário proposto por Jacques Lacan.
C) a ideia de reverie enunciada por Wilfred Bion.
D) o inconsciente coletivo formulado por Carl Gustav Jung.
E) o mecanismo de identificação projetiva preconizado por Melanie Klein.

41
Comentário: - Empatia = capacidade de penetrar no universo do outro, sendo

3:
sensível à mobilidade e significação das suas vivências.

:0
10
- Três categorias fundamentais na psicanálise lacaniana: Real, Imaginário e

1
Simbólico. Imaginário: campo das identificações, da alienação.

02
/2
- Reverie = 'sonho’; segundo Zimerman (1995), designa uma condição pela

07
qual a mãe é capaz de captar o que se passa com seu filho muito mais através de

2/
-2
um estado de sonho e intuição do que propriamente através dos órgãos do

om
sentido. (artigo: FOCHESATTO, Waleska Pessato Farenzena. Reflexões sobre a

l.c
"teoria do pensar", de Bion. Estud. psicanal., Belo Horizonte, 2013)

ai
gm
- INCONSCIENTE COLETIVO: o inconsciente coletivo é como o ar, que é o
i@
mesmo em todo lugar e respirado por todos, mas não pertence a ninguém. Os
ut
na

conteúdos do inconsciente coletivo (os arquétipos) são condições ou modelos


ta

prévios da formação psíquica em geral. Assim, esses conteúdos do inconsciente


an
-s

coletivo - os arquétipos - são universais. (Fadiman e Frager). Figuras arquetípicas


5

incluem a criança divina, o velho sábio e a mãe primordial.


-1
13

- Identificação projetiva: um dos mecanismos de defesa psíquicos. Na


.1

identificação projetiva, “os bebês dissociam partes inaceitáveis de si mesmos,


99
.1

as projetam em outro objeto e, finalmente, as introjetam de volta


70

de forma alterada ou distorcida. Ao incorporarem o objeto de volta, os bebês


-7

acreditam que se tornaram como aquele objeto; isto é, eles se identificam com
a
an

aquele objeto.” (Livro - FEIST, Jess; FEIST, Gregory J.; ROBERTS, Tomi-
Vi
rra

Ann. Teorias da personalidade. AMGH Editora, 2015.)


ze
Be

Gabarito: D
es
ar
So

71. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos – SP - Uma família procura


a

um terapeuta familiar, queixando-se do comportamento dos filhos


an
nt

adolescentes. Segundo os princípios que orientam o atendimento


Sa

familiar na abordagem sistêmica, o foco do terapeuta deve se voltar


para a
A) compreensão dos fatores que originaram as desavenças e os conflitos na
interação familiar.
B) identificação do elemento no grupo familiar que alimenta a patologia ou o
sofrimento do grupo.
C) busca de novas alternativas para o funcionamento e para mudanças na
dinâmica familiar.

| 237
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TTP e Personalidade

D)investigação dos conteúdos trazidos pelos integrantes da família para explicar


o conflito.
E) definição dos comportamentos funcionais e disfuncionais exibidos por cada
membro da família.

Comentário: A família costuma entender os problemas como determinados por


acontecimentos do passado. Por outro lado, o foco NÃO é no acontecimento
isolado do passado, mas nas transações que estão acontecendo no presente e

41
nos padrões de interação e funcionamento. (ERRADA A)

3:
Comumente, as famílias concedem os problemas como localizados em

:0
10
apenas um membro da família (o paciente identificado). Com isso, a família

1
espera que o terapeuta trate apenas o paciente identificado, alterando o

02
/2
mínimo possível a família. Diferentemente disso, terapeutas familiares

07
entendem os sintomas do paciente identificado “como uma expressão dos

2/
-2
padrões disfuncionais que afetam toda a família.” Dessa forma, uma abordagem

om
estrutural amplia o problema para todo o sistema familiar. (Nichols & Schwartz

l.c
- livro: “Terapia familiar, conceitos e métodos”) (ERRADA B)

ai
gm
A Terapia familiar tem por objetivo mudar a organização da família. Ela não
i@
busca apenas mudar o paciente no contexto individual; diferente disso, ela visa
ut
na

provocar mudanças em toda a família. (Livro - NICHOLS, Michael P.; SCHWARTZ,


ta

Richard C. Terapia Familiar-: Conceitos e Métodos. Artmed Editora, 2009.)


an
-s

(CORRETA C)
5

Foco nas interações; Mais importantes do que os conteúdos são os padrões


-1
13

de interação e funcionamento, buscando-se novas alternativas de


.1

funcionamento e mudança. (artigo – Rosset.Terapia de Família Relacional


99
.1

Sistêmica; Revista Brasileira de Terapia Familiar; 2008) (ERRADA D)


70

O terapeuta de família volta sua atenção para:


-7

- A estrutura familiar: como a família se constitui, se organiza e se mantém;


a
an

- Os processos familiares: como a família se adapta e evolui ao longo do


Vi
rra

tempo. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019) (ERRADA E)


ze
Be

Gabarito: C
es
ar
So

72. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Pessoas que estão


a

passando por uma séria crise em suas vidas, como a perda de um ente
an
nt

querido, ou que foram afetadas por alguma catástrofe,


Sa

A) devem ser encaminhadas, durante a emergência da crise, para uma


psicoterapia individual de ênfase expressiva.

B) dificilmente aceitam participar, logo após a ocorrência do evento traumático,


de um atendimento psicológico que lhes assegure acolhimento.

C) raramente se beneficiam, em função da situação emocional em que se


encontram, de uma psicoterapia individual que adote uma ênfase expressiva

| 238
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TTP e Personalidade

D) devem ser atendidas, exclusivamente, por meio de uma psicoterapia


realizada em grupos heterogêneos e psicoeducativos.

E) rejeitam, sistematicamente, qualquer modalidade de atendimento


psicológico, seja em grupos de apoio ou individual.

Comentário:
-PSICOTERAPIA EXPRESSIVA = É voltada para análise das defesas e à

41
exploração da transferência; voltadas para o insight, pressupõem elaboração e

3:
mesmo uma reestruturação da personalidade. Baseada em princípios técnicos

:0
10
da psicanálise; também chamada de dinâmica, exploratória, entre outros

1
termos.

02
/2
-PSICOTERAPIA DE APOIO: mais orientada à supressão do conflito

07
inconsciente e ao reforço das defesas; NÃO é uma forma mais simples de

2/
-2
Psicoterapia; terapeuta mais ativo. Muitas formas de psicoterapia de apoio são

om
guiadas pela compreensão psicanalítica nas etapas do processo. (GABBARD,

l.c
Glen O.. Psiquiatria Psicodinâmica na Prática Clínica)

ai
gm
Em Cordioli (2008), a psicoterapia de apoio é muito utilizada em momentos
i@
de crise e descompensação temporária, tendo como objetivo restaurar ou
ut
na

reforça as defesas e integrar capacidades que foram prejudicadas. O terapeuta


ta

oferece apoio, auxílio e esclarecimento para a solução do problema.


an
-s
5

“Os indivíduos que estão em meio a uma séria crise em suas vidas, como um
-1
13

divórcio ou a morte do cônjuge ou de um filho, ou que foram afetados por uma


.1

catástrofe, como uma enchente ou um tornado, raramente se adequam às


99
.1

abordagens expressivas ou exploratórias pelo fato de que seu ego pode estar
70

sobrecarregado pelo trauma recente. Depois de iniciado um processo de apoio,


-7

contudo, esses pacientes, às vezes, podem mudar para uma orientação


a
an

expressiva.” (GABBARD, Glen O.. Psiquiatria Psicodinâmica na Prática Clínica)


Vi
rra
ze

Gabarito: C
Be
es

73. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Durante uma sessão


ar
So

de psicoterapia, um rapaz comentou com seu terapeuta que esteve nas


a

cataratas do Iguaçu. Relatou que, no momento em que se deparou com


an
nt

as quedas d’água, refletiu sobre o significado profundo da natureza, o


Sa

que ele traduziu como uma experiência carregada de mistério. De


acordo com a abordagem analítica, esse relato do paciente identifica
que

A) sua função psicológica fundamental é a intuição.


B) sua sombra invadiu seus pensamentos conscientes.
C) sua persona se identificou com o seu ego.
D) sua anima apreendeu a natureza do elemento masculino.
E) seu ego perdeu o senso de identidade e continuidade

| 239
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comentário: Jung identificou quatro funções psicológicas fundamentais:


pensamento, sentimento, sensação e intuição.
Intuição: Percepção por meio de processos inconscientes e de conteúdos
subliminares. A pessoa intuitiva vai além de fatos, sentimentos e ideias, indo em
busca da essência da realidade.
Exemplo: uma pessoa está parada na beira do Grand Canyon do rio
Colorado. “Se prevalecer a função intuitiva, o espectador tenderá a ver o Grand

41
Canyon como um mistério da natureza que possui um significado profundo, que

3:
é parcialmente revelado ou sentido como uma experiência mística.” (Hall,

:0
10
Lindzey e Campbell, 2000) (CORRETA A)

1
Sombra = representa o lado animal da natureza humana, é o centro do

02
/2
inconsciente pessoal, o núcleo do material que foi reprimido da consciência.

07
Ainda assim, a sombra é parte integral da natureza humana e nunca pode ser

2/
-2
simplesmente eliminada.

om
Ego = a mente consciente; é responsável pelos nossos sentimentos de

l.c
identidade e de continuidade; está no centro da consciência. / Persona= forma

ai
gm
pela qual as pessoas se apresentam ao mundo; uma máscara adotada pela
i@
pessoa em contrapartida às demandas das convenções sociais. / Quando o ego
ut
na

se identifica com a persona, o sujeito se torna mais consciente do papel que está
ta

desempenhando do que de seus sentimentos genuínos (“inflação da persona”).


an
-s

Assim, a pessoa se aliena de si mesma, tornando-se um reflexo da sociedade, ao


5

invés de um ser humano autônomo. (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


-1
13

O arquétipo feminino no homem é chamado de anima, e o arquétipo


.1

masculino na mulher é chamado de animus. “O homem apreende a natureza da


99
.1

mulher por meio de sua anima, e a mulher apreende a natureza do homem por
70

meio de seu animus.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)


-7

Ego = a mente consciente; é responsável pelos nossos sentimentos de


a
an

identidade e de continuidade; está no centro da consciência.


Vi
rra
ze

Gabarito: A
Be
es

74. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Não é fato frequente


ar
So

que uma família procure por atendimento psicológico


a

espontaneamente, mas sim encaminhado por outro profissional,


an
nt

instituição ou escola, uma vez que, frequentemente, o grupo familiar


Sa

entende que os seus problemas são causados exclusivamente por um de


seus membros, considerado o membro adoecido do grupo. Por esse
motivo, a conduta de um terapeuta familiar, já durante as primeiras
entrevistas com a família, é a de
A)deixar claras as dificuldades psicológicas e limitações de todos os membros
do grupo familiar, e não somente do paciente identificado como doente
B)progressivamente esclarecer o grupo familiar sobre como as dificuldades do
membro do grupo apontado como problema afetam toda a família.

| 240
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

C)evitar qualquer referência à situação dos outros membros do grupo familiar,


aceitando sua versão de que só existe um membro adoecido no grupo.
D)interpretar, já nos primeiros momentos do atendimento, a dificuldade
inserida no grupo familiar diante da cisão estabelecida entre doentes e sãos.
E)estimular o relato do grupo sobre a conduta do familiar apontado como
doente, para favorecer a aliança terapêutica com os outros membros da família.

Comentário: Com a terapia familiar, a família vira o foco para a compreensão do

41
surgimento e da manutenção da psicopatologia. Assim, volta-se à atenção para o

3:
contexto familiar no qual determinado problema individual ocorre.

:0
10
O terapeuta de família volta sua atenção para:- A estrutura familiar: como a família

1
se constitui, se organiza e se mantém; - Os processos familiares: como a família se

02
/2
adapta e evolui ao longo do tempo. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli,

07
Grevet; 2019)

2/
-2
Para Nichols & Schwartz (livro: “Terapia familiar, conceitos e métodos”),

om
comumente, as famílias concedem os problemas como localizados em apenas um

l.c
membro da família (o paciente identificado). Por outro lado, terapeutas familiares

ai
gm
entendem os sintomas do paciente identificado “como uma expressão dos padrões
i@
disfuncionais que afetam toda a família.” Dessa forma, uma abordagem estrutural
ut
na

amplia o problema para todo o sistema familiar.


ta

A terapia familiar dá ênfase às consequências do problema para os demais


an
-s

sujeitos e para a maneira como cada membro da família influencia e é influenciado


5

pelos demais membros da família. O contexto familiar pode reforçar problemas


-1
13

psicopatológicos individuais ou, por outro lado, ter um papel importante em sua
.1

solução. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)


99
.1

Nichols & Schwartz discorrem sobre as avaliações preliminares = feitas nas


70

interações iniciais com a família. Sendo que, nas sessões posteriores, tais
-7

formulações são aperfeiçoadas e revisadas. Assim, é fundamental desenvolver


a
an

hipóteses estruturais relativamente cedo no processo de terapia familiar.


Vi
rra
ze

Gabarito: B
Be
es

75. VUNESP - 2019 – UFABC - A técnica de grupo operativo,


ar
So

introduzida por Pichon Rivière, tem como objetivo levar o grupo a


a

operar em uma determinada tarefa, e pode ser utilizada para o trabalho


an
nt

em instituições. Os grupos operativos institucionais têm como


Sa

finalidade promover a
A)integração entre diferentes escalões e ideologias, especialmente no que diz
respeito às dificuldades de comunicação.
B) saúde da comunidade, por meio da formulação de estratégias coletivas para o
cuidado com a população.
C)escuta e a organização das diferentes opiniões em uma equipe, para aumentar a
motivação e estimular a criatividade.
D)ressignificação de experiências emocionais traumáticas, por meio da
dramatização de situações cotidianas no trabalho.

| 241
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

E) cooperação entre os integrantes de um grupo, para aumentar a sua capacidade


produtiva e sua adaptação ao ritmo do trabalho.

Comentário: Os grupos operativos buscam “operar em uma determinada tarefa”.


Tais grupos cobrem os seguintes quatro campos:
1. Grupos de ensino-aprendizagem: ideologia fundamental: “o essencial é
aprender a aprender”;
2. Institucionais: esses grupos estão, crescentemente, sendo utilizados em

41
sindicatos, escolas, empresas, instituições, quartéis, entre outros; finalidade:

3:
“promover uma integração entre os diferentes escalões e ideologias, especialmente

:0
10
no que diz respeito ao dificílimo problema da comunicação.”;

1
3. Comunitários: “voltados para a promoção da saúde mental de

02
/2
comunidades, como pode ser exemplificado com grupos de crianças ou

07
adolescentes normais, gestantes, pais e filhos, líderes da comunidade, entre

2/
-2
outros.”

om
4. Terapêuticos: “visam fundamentalmente a uma melhoria de alguma

l.c
situação de patologia dos indivíduos, quer seja estritamente no plano da saúde

ai
gm
orgânica, quer na do psiquismo, ou em ambos ao mesmo tempo.” i@
(ZIMERMAN, 2007)
ut
na
ta

Gabarito: A
an
-s
5

76. VUNESP - 2019 – UFABC - Segundo a perspectiva de Carl Rogers,


-1
13

uma mulher espancada continua o seu relacionamento com seu


.1

companheiro agressor porque


99
.1

A) o fato de ser espancada a ajuda a lidar com os aspectos agressivos que ela não
70

consegue integrar à sua personalidade.


-7

B) ela constituiu sua identidade em uma sociedade patriarcal e machista, que


a
an

naturaliza a violência masculina contra a mulher.


Vi
rra

C) a falta de cuidados de uma mãe suficientemente boa, nos primeiros anos de vida,
ze

impediu o seu amadurecimento.


Be

D) ela reproduz, em relacionamentos amorosos, o padrão de comportamento


es

observado em seu ambiente familiar.


ar
So

E) se ela reconhece a inadequação de seu relacionamento, ela coloca em risco sua


a

única via para receber consideração positiva


an
nt
Sa

Comentário: “Considerem a mulher espancada que continua em um


relacionamento claramente patológico. Por que ela não termina o casamento? (...)
ela continua porque reconhecer a depravação do relacionamento poria em risco sua
única via existente de receber consideração positiva. Ironicamente, ela pode negar
seus sentimentos e distorcer o comportamento e os motivos do marido a fim de
preservar seu único canal para receber atenção. Ao contrário, os indivíduos que
experienciam a consideração positiva incondicional (...) Devido à ausência de
conflito ou incongruência, não precisam depender de defesas. Rogers caracterizou

| 242
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

essas pessoas sadias como funcionando plenamente.” (Hall, Lindzey e Campbell,


2000; livro “Teorias da Personalidade”)

Gabarito: E

77. VUNESP - 2019 – UFABC - A psicoterapia breve de orientação


psicodinâmica, embora permita certa flexibilidade no atendimento ao
sofrimento psíquico, tem indicações e contraindicações. Em geral, é

41
possível indicar uma psicoterapia breve para os casos de

3:
A) síndromes orgânicas.

:0
10
B) dependência química.

1
C) crises adaptativas.

02
/2
D) risco de suicídio.

07
E) sintomas obsessivos

2/
-2
om
Comentário: A PBP tem indicação para situações de crise, sendo que a motivação

l.c
do paciente para a mudança serve como um critério fundamental na indicação

ai
gm
desse tipo de tratamento. Fatores de exclusão para PBP: transtornos orgânicos;
i@
dependência química, falta de motivação; entre outros.
ut
na

Indicações: problemas interpessoais e/ou conflitos emocionais; transtornos


ta

de ansiedade, de depressão e de adaptação/ajustamento. (Cordioli; livro:


an
-s

Psicoterapias, abordagens atuais)


5
-1
13

Gabarito: C
.1
99
.1

78. VUNESP - 2019 – UFABC - A teoria da aprendizagem social de


70

Albert Bandura explica o comportamento humano como


-7

A)a consequência do encadeamento de uma série de estímulos complexos, que


a
an

somados, explicam a conduta inteligente.


Vi
rra

B)fruto de uma interação recíproca e contínua entre determinantes cognitivos,


ze

comportamentais e ambientais.
Be

C)o produto das variáveis presentes no campo que se configura no momento da


es

manifestação desse comportamento.


ar
So

D)uma condição que a pessoa atinge depois de ter se adaptado aos sucessos e
a

fracassos de sua existência.


an
nt

E)a resultante das experiências primitivas que uma pessoa teve com as suas figuras
Sa

paterna e materna.

Comentário: Aprendizagem social (Bandura) – para ele, boa parte do


comportamento humano é adquirida por imitação (o indivíduo muda seu
comportamento após observar, ver ou ler sobre o comportamento de outro
indivíduo.)
“A teoria da aprendizagem social explica o comportamento humano em
termos de uma interação recíproca contínua entre determinantes cognitivos,
comportamentais e ambientais. (...) Essa concepção do funcionamento humano,

| 243
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

então, não lança as pessoas ao papel de objetos impotentes controlados por forças
ambientais, nem ao papel de agentes livres que podem-se tornar o que quiserem. A
pessoa e o seu ambiente são determinantes recíprocos um do outro.” (Bandura)

Gabarito: B

79. VUNESP - 2019 – UFABC - Para ensinar uma criança a andar de


bicicleta, considerada uma atividade complexa, um adulto pode

41
começar reforçando um comportamento que é um primeiro passo em

3:
direção ao comportamento final e, então, reforçar, gradualmente,

:0
10
comportamentos que se aproximam cada vez mais do comportamento

1
final desejado. O procedimento apresentado ilustra

02
/2
A) a aprendizagem vicária.

07
B) a dessensibilização sistemática

2/
-2
C) o condicionamento clássico

om
D) o reforço intermitente.

l.c
E) a técnica de modelagem.

ai
gm
i@
Comentário: Aprendizagem vicária = O comportamento pode ser adquirido pela
ut
na

simples observação de outros indivíduos.


ta

Dessensibilização sistemática = ex. ensina-se o relaxamento, que é uma


an
-s

resposta incompatível com a ansiedade. O relaxamento é pareado com a


5

imaginação das situações fóbicas levantadas passo a passo, iniciando-se com a


-1
13

menos intensa e avançando na hierarquia.


.1

Condicionamento clássico = estímulos neutros (uma sineta) repetitivamente


99
.1

pareados com o estímulo incondicionado (comida) acabam provocando a


70

mesma resposta obtida pelo estímulo incondicionado.


-7

Reforço intermitente = diferente do contínuo; nem todas as respostas de


a
an

uma determinada classe de respostas são seguidas de reforço


Vi
rra

Técnica de modelagem = processo de reforçamento diferencial de


ze

aproximações sucessivas das respostas desejadas.


Be
es

Gabarito: E
ar
So
a

80. VUNESP - 2019 - IPREMM - SP - Um psicólogo que utiliza a


an
nt

abordagem da terapia cognitivo-comportamental (TCC) atendeu um


Sa

paciente com um transtorno de estresse pós-traumático. Durante uma


sessão, o terapeuta favoreceu o entendimento do paciente sobre como
a interpretação que ele deu ao evento traumático que o atingiu
influenciou intensamente sua manifestação emocional e os
comportamentos que ele adotou desde então. Essa técnica para o
manejo da ansiedade, característica da TCC, é denominada

A reestruturação cognitiva.

| 244
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

B exposição.

C racionalização.

D dessensibilização sistemática.

E modelagem.

Comentário: O objetivo final da terapia cognitiva busca ensinar o paciente a ser

41
capaz de reconstruir sua cognição, avaliar o que sustenta, ou não, suas crenças

3:
:0
nucleares negativas e o quanto essas crenças são verdadeiras, ou não.

10
Assim, o exercício final da terapia cognitiva é capacitar o paciente para que ele

1
02
possa aprender a fazer reestruturações cognitivas e conseguir estabelecer

/2
07
estratégias que perpetuem essa habilidade de maneira duradoura. (Pereira, Rangé;

2/
-2
in Rangé; 2011)

om
l.c
Exposição = consiste em colocar a pessoa em contato direto com a situação ou com

ai
gm
o evento gerador de ansiedade. Assim, a cada exposição, o paciente vai se
i@
habituando e, ao longo das exposições, a ansiedade vai diminuindo.
ut
na
ta

Dessensibilização sistemática = constrói-se uma hierarquia de situações fóbicas,


an

com o primeiro passo eliciando pouca ansiedade, e o último desencadeando medo


-s

de intensidade maior. Ensina-se, então, ao paciente o relaxamento, que é uma


5
-1

resposta incompatível com a ansiedade. O relaxamento é pareado com a


13
.1

imaginação das situações fóbicas levantadas passo a passo, iniciando-se com a


99

menos intensa e avançando na hierarquia. Gradualmente, chega-se à situação de


.1
70

maior medo, que é, assim, substituída pelo relaxamento.


-7
a
an

Modelagem: processo de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas das


Vi

respostas desejadas. Por exemplo, para ensinar uma criança a andar de bicicleta,
rra
ze

um adulto pode começar reforçando um comportamento que é um primeiro passo


Be

em direção ao comportamento final e, então, reforçar, gradualmente,


es

comportamentos que se aproximam cada vez mais do comportamento final


ar
So

desejado.
a
an

Gabarito: A
nt
Sa

81. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Um dos


objetivos da psicoterapia de apoio é

A) diminuir as defesas adaptativas do paciente.


B) afastar o paciente de situações estressoras.
C) descobrir as causas das dificuldades do paciente.
D) interpretar as transferências para corrigir as distorções do paciente.

| 245
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comentário: Defesas, quando adaptativas, são mantidas e fortalecidas.


Usualmente, não são feitas interpretações transferenciais. (Cordioli, 2008)

Controle ativo como intervenção: restabelecimento do controle em situações


emergenciais e afastamento de situações estressantes.

PSICOTERAPIA DE APOIO: mais orientada ao reforço das defesas; NÃO é uma forma
mais simples de Psicoterapia; terapeuta mais ativo. (GABBARD, Glen O.. Psiquiatria

41
Psicodinâmica na Prática Clínica)

3:
Em Cordioli (2008), a psicoterapia de apoio é muito utilizada em momentos

:0
10
de crise e descompensação temporária, tendo como objetivo restaurar ou reforça

1
as defesas e integrar capacidades que foram prejudicadas. O terapeuta oferece

02
/2
apoio, auxílio e esclarecimento para a solução do problema.

07
2/
-2
Gabarito: B

om
l.c
ai
gm
82. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - A
i@
avaliação da personalidade é importante para a definição da
ut

psicoterapia mais indicada, e se faz basicamente por meio da obtenção


na
ta

da história do paciente. Personalidade diz respeito às características


an

mais estáveis e previsíveis de um indivíduo e, do ponto de vista


-s
5

estrutural, uma das suas divisões é


-1
13
.1

A) o temperamento, que envolve conceitos racionais sobre si e sobre as relações.


99
.1

B) o caráter, constituído pelo senso de autoconsciência e inteligência.


70

C) o temperamento, que inclui as emoções básicas.


-7

D) o caráter, isto é, respostas comportamentais condicionadas a estímulos físicos.


a
an
Vi

Comentário: a letra “a” se refere à caráter; a letra “b” se refere à mente; a letra “d”
rra
ze

se refere à temperamento.
Be
es

PERSONALIDADE = Pelo viés estrutural, a personalidade pode ser dividida


ar
So

em: temperamento, caráter e mente (psique).


a
an

- Temperamento = Inclui as emoções básicas. Designa o conjunto de


nt
Sa

respostas comportamentais condicionadas a estímulos físicos. Esses estímulos


desencadeiam emoções básicas, como medo ou raiva.

- Caráter = envolve conceitos racionais sobre si e sobre os padrões de


relacionamento interpessoal.

- Mente: formada pelo senso de autoconsciência e inteligência.

| 246
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

(Referência: Cordioli, A. V.; Gomes, F. A. O diagnóstico do paciente e a escolha da


psicoterapia. In CORDIOLI, A. V. Psicoterapias: Abordagens atuais. Porto Alegre:
Artmed, 2008)

Gabarito: C

83. COMPERVE - Residência em Psicologia UFRN 2019-2020 - Jovem


estudante de jornalismo de 25 anos relata que ocupa muito do seu tempo
tomando banho e lavando as mãos. Declara que tomava dois banhos por

41
3:
dia com duração de quase 2 horas cada um e que, atualmente, tem

:0
10
tentado reduzir esse tempo por gastar muita água.

1
O paciente diz que gasta em média de 8 a 10 sabonetes por mês,

02
/2
porque precisa cobrir todo o corpo com espuma, repetindo a ação três

07
vezes, pois, só assim, sente-se limpo. Ao longo do dia, caso alguém aperte

2/
-2
sua mão, precisa lavá-las imediatamente para evitar que micróbios de rua

om
o contaminem. Seus familiares queixam-se da dificuldade que ele tem de

l.c
cumprir horários. O jovem não reconhece que haja excessos nesses seus

ai
gm
hábitos, alegando que se trata apenas de cuidados com a higiene. Refere
i@
que não consegue parar de pensar sobre sentir-se sujo.
ut

O relato de caso acima indica que o paciente apresenta sintomas que


na
ta

fecham o diagnóstico em Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Tendo


an

como base esse quadro clínico, considere as afirmativas abaixo.


-s

I.O TOC se caracteriza por ideias, fantasias e imagens obsessivas e por atos,
5
-1
13

rituais ou comportamentos compulsivos. Para o diagnóstico, é necessária a


.1

presença de obsessões, compulsões ou ambos.


99
.1

II.A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é um tratamento de primeira linha


70

para os sintomas obsessivos-compulsivos. Entre suas técnicas, são utilizados


-7

exercícios de Exposição e Prevenção de Respostas (EPR) que se fundamentam no


a
an

alívio obtido pelo paciente ao entrar em contato com objetos ou situações que
Vi

desencadeiam suas obsessões.


rra
ze

III. A maioria dos familiares de pacientes com TOC auxilia ou participa dos rituais
Be

desses pacientes. Esse comportamento é chamado de Acomodação Familiar e


es

oferece grande ajuda ao tratamento, visto que alivia os sintomas do TOC.


ar
So

IV. Nos quadros compulsivos, predominam comportamentos e rituais repetitivos


a

bem como atos mentais, geralmente em resposta a uma ideia obsessiva.


an
nt
Sa

Em relação ao TOC, estão corretas


A) I e III. B) I e IV. C) II e IV. D) II e III.

Comentário: A exposição e a prevenção de respostas suprimem a função de


provocar alívio da ansiedade e de impedir o seu aparecimento. Função essa que é
exercida pelos rituais e pelas evitações. A exposição e Prevenção de Respostas
(EPR) provoca um súbito aumento da ansiedade, seguido por seu desaparecimento
espontâneo.

| 247
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A acomodação familiar é prejudicial ao paciente e a seu tratamento, pois reforça os


sintomas obsessivos-compulsivos. (Referência: livro - CORDIOLI, Aristides
Volpato. TOC: Manual de terapia cognitivo-comportamental para o transtorno
obsessivo-compulsivo. Artmed Editora, 2014.)

Gabarito: B

84. CESPE - 2019 - TJ-AM - Foi solicitada aos psicólogos de determinado


órgão público atenção especial às dificuldades de relacionamentos

41
3:
apresentadas pelas equipes de trabalho constituídas de servidores do órgão, já

:0
10
que foram detectados prejuízos nos resultados dos trabalhos dessas equipes.

1
Para atender à solicitação e para lidar com o problema, o órgão implementou

02
/2
grupo terapêutico.

07
2/
-2
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o próximo item, a

om
respeito de terapias de grupo.

l.c
ai
gm
i@
Um grupo de base analítica poderia ser implantado na instituição, dado
ut

que o fenômeno da transferência pode ocorrer não só de cada participante em


na
ta

direção ao grupo terapêutico como também entre os participantes do grupo.


an
-s

Comentário: No campo grupal, as manifestações transferenciais são mais


5
-1

complexas que no campo individual, surgindo as chamadas transferências


13
.1

cruzadas. Assim, há a possibilidade de instalação de 4 tipos e níveis de transferência


99

nos grupos:
.1
70
-7

- de cada indivíduo para com seus pares;


a
an

- de cada um em relação à figura do terapeuta;


Vi

- de cada um para o grupo como totalidade;


rra

e do todo grupal em relação ao terapeuta. (Zimerman, 1999)


ze

-
Be
es

Gabarito: Certo
ar
So

85. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Jung identificou quatro funções psicológicas


a
an

fundamentais (pensamento, sentimento, sensação e intuição), sendo que


nt
Sa

ninguém desenvolve igualmente bem todas as quatro funções. Cada pessoa te

A) falsamente dominante e uma função auxiliar potentemente desenvolvida.


B) levemente dominante e uma função auxiliar integralmente desenvolvida.
C) raramente dominante e uma função auxiliar fragilmente desenvolvida.
D) tenuamente dominante e uma função auxiliar totalmente desenvolvida.
E) fortemente dominante e uma função auxiliar parcialmente desenvolvida.

| 248
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Comentário: - PENSAMENTOS E SENTIMENTOS: maneiras alternativas de elaborar


julgamentos e tomar decisões.

Pensamento: relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de


critérios lógicos e objetivos.

Sentimento: tomar decisões de acordo com julgamentos de valores


próprios, como bom ou mal e certo ou errado.

41
3:
Tipos sentimentais são orientados para o aspecto emocional da experiência. Assim,

:0
preferem emoções fortes e intensas (ainda que negativas) a experiências mornas.

10
1
02
- SENSAÇÃO E INTUIÇÃO: formas de apreender informações.

/2
07
2/
Sensação: enfoque na experiência direta na percepção de detalhes de fatos

-2
om
concretos. Ou seja, o que uma pessoa pode ver, tocar e cheirar.

l.c
ai
Intuição: forma de processar informações em termos de experiência
passada, objetivos futuros e processos inconscientes. gm
i@
ut
na

Cada pessoa tem uma função fortemente dominante e uma função auxiliar
ta
an

parcialmente desenvolvida. (Fadiman e Frager; livro “Teorias da Personalidade”)


-s
5
-1

Gabarito: E
13
.1
99

86. FCC - 2019 - METRÔ-SP - A abordagem freudiana apontou algumas


.1

"recomendações", habitualmente conhecidas como regras mínimas


70
-7

para a prática da psicanálise, como alicerces básicos que sustentam o


a

setting. Entre estas regras técnicas, está a


an
Vi

E) atenção flutuante.
rra

F) associação de ideias orientada.


ze

G) não abstinência.
Be

H) neutralidade negada.
es
ar

B) amor ao inconsciente.
So
a
an

Comentário: Zimmermann (1999) classicamente, definiu que as regras mínimas


nt

para um processo psicanalítico são 4:


Sa

- a regra fundamental (a livre associação de ideias);

- a abstinência;

- a neutralidade; e

-a atenção flutuante.

| 249
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Zimmermann (1999) acrescenta ainda uma quinta regra: a do amor à


verdade. E, ainda, uma sexta regra: a preservação do setting.

ATENÇÃO FLUTUANTE = consiste em não dirigir a atenção para algo específico e em


manter a mesma atenção uniformemente suspensa, em face de tudo o que escuta
do analisando.

41
3:
LIVRE ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS: regra fundamental da psicanálise; o sujeito é

:0
orientado pelo analista a falar tudo que vier a sua mente, de forma livre e sem

10
1
censuras.

02
/2
07
ABSTINÊNCIA = Alude à necessidade de o psicanalista abster-se de qualquer tipo de

2/
-2
atividade que não seja a de interpretar, portanto ela inclui a proibição de qualquer

om
tipo de gratificação externa, sexual ou social, ao mesmo tempo em que o terapeuta

l.c
deveria preservar ao máximo o seu anonimato para o paciente.

ai
gm
i@
NEUTRALIDADE = O terapeuta é neutro na medida em que evita fazer julgamentos
ut

sobre os pensamentos, desejos e sentimentos do paciente. Refere-se ao cuidado em


na

não se envolver, demasiadamente, de forma afetiva com o analisando.


ta
an
-s

“AMOR À VERDADE” = necessidade de que o psicanalista seja uma pessoa


5
-1

verdadeira. (Zimerman,1999)
13
.1
99

Gabarito: A
.1
70
-7

87. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Dentre as principais e específicas técnicas


a
an

utilizadas no tratamento de fobias e pânico na visão cognitiva, está a


Vi

exploração de alternativas para interpretar o conteúdo catastrófico dos


rra

pensamentos automáticos do paciente com outros entendimentos


ze
Be

possíveis, que não os essencialmente negativos. De conteúdo


es

geralmente distorcido, catastrófico, negativo e autorreferente, os


ar

pensamentos automáticos correspondem a pensamentos breves e


So

involuntários que surgem de modo


a
an
nt
Sa

A) violento.
B) previsível.
C) inesperado.
D) intermitente.
E) gradativo.

Comentário: - Pensamentos automáticos = pensamentos breves e involuntários


que surgem de forma inesperada. São “avaliações espontâneas, geralmente não
muito conscientes, que podem ser mais ou menos correspondentes com a

| 250
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

realidade”; Muitas vezes a pessoa não consegue perceber os pensamentos


automáticos, tendo apenas conhecimento da emoção que se segue.
(“Psicoterapias: abordagens atuais”, Cordioli)

Gabarito: C

88. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Cláudio foi convidado a trabalhar em


Setor de transplantados de um Hospital em que eram oferecidas 6
sessões de psicoterapia breve a indivíduos que passariam por cirurgia,

41
3:
no período pré-cirúrgico. Em sua experiência como psicanalista,

:0
10
voltava-se à exploração do inconsciente e à resolução de conflitos

1
básicos e seus derivados, em busca de reestruturação da personalidade

02
/2
de seu paciente, em atendimentos de duração prolongada e

07
indeterminada. No hospital, porém, para atuar com psicoterapia breve

2/
-2
de orientação psicanalítica, voltou-se a fins terapêuticos

om
l.c
A) limitados à superação de sintomas e problemas atuais, e ao fortalecimento e

ai
gm
ativação das funções egoicas. i@
ut

B) focalizados no desenvolvimento e análise da neurose de transferência,


na
ta

intensificando a análise da resistência.


an
-s

C) relacionados a insights mais afetivos que cognitivos, de focalização variada


5
-1

dependendo dos conteúdos apresentados.


13
.1
99

D) sem planejamento prefixado, respeitando o princípio do uso da associação livre


.1
70

como técnica psicanalítica.


-7
a
an

E) que buscavam elaboração de conflitos relacionados a conflitos básicos e não


Vi

derivados.
rra
ze
Be

Comentário: Psicoterapia Breve = tempo e objetivos limitados; atenção dirigida


es

para as experiências atuais do paciente; investimento terapêutico a nível do ego.


ar
So

A neurose de transferência não deve ser estimulada. Há manutenção de foco de


a
an

trabalho e objetivos definidos. É necessário planejar o tratamento e estabelecer o


nt
Sa

foco central que será seguido. Na Psicoterapia Breve, as metas são reduzidas.

Gabarito: A

89. FCC - 2019 - METRÔ-SP - Na Terapia Cognitiva de abuso de


substâncias, a principal meta é minar as crenças relacionadas às
substâncias psicoativas e substituí-las por crenças de controle, pois
reduzem a probabilidade do uso. A maioria dos pacientes, de modo

| 251
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

ambivalente, quer e não quer parar o uso de substâncias, ou seja, tem


crenças de controle que

A) incentivam significativamente o uso.


B) acompanham as crenças relacionadas à adição.
C) abalam o sistema global de reatribuição.
D) indicam forte tendência a reincidir.
E) contradizem as crenças relacionadas ao uso.

41
3:
Comentário: Os adictos lidam com situações mistas, em que coexistem crenças

:0
10
adictivas e de controle.

1
02
- Crenças adictivas = facilitam o comportamento adictivo; giram em torno da

/2
07
busca de prazer e/ou de alívio do desconforto.

2/
-2
om
- Crenças de controle = diminuem a possibilidade do comportamento ou do

l.c
uso e abuso de substâncias. (“Psicoterapias: abordagens atuais”, Cordioli)

ai
gm
i@
Técnicas de reatribuição (exemplo de técnica cognitiva): utilizadas quando a pessoa
ut

apresenta um padrão de auto-atribuição de responsabilidades não realistas em


na

relação a vários resultados negativos. O terapeuta ajuda o paciente a identificar


ta
an

outros fatores que contribuem para o resultado final.


-s
5
-1

Gabarito: E
13
.1
99

90. FCC - 2018 – ALESE (Assembleia Legislativa de Sergipe) - A terapia


.1
70

familiar sistêmica com o paciente e sua família enfatiza a importância


-7
a
an

A)do paciente ser colocado numa posição de “observador-participante”, enquanto


Vi

os demais conversam com o terapeuta para focar na questão-problema.


rra

B)da presença de um terapeuta expert que conduza o diálogo durante as sessões


ze
Be

terapêuticas, de modo a escolher para a família a direção a seguir.


es

C)do contexto para a compreensão dos problemas do ser humano, que estão em
ar

inter-relação uns com os outros.


So
a
an

D)de se conhecer as histórias individuais e identificar quem melhor pode auxiliar o


nt
Sa

paciente a acolher e tratar os seus sintomas.

E)do paciente ser respeitado em sua dor, mas também acolher as técnicas
terapêuticas, submetendo-se a elas sem resistência.

Comentário: A família é compreendida como um sistema em relação, que deve ser


visto em seu contexto (um sistema em relação com outros sistemas); em sua
complexidade (com interações múltiplas e diversas); em sua instabilidade

| 252
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

(articulações e mudanças em constante andamento) e em sua intersubjetividade


(realidades múltiplas decorrentes de interações).

A TF presta-se ao enfrentamento terapêutico de determinados problemas


interacionais (queixas entre membros da família ou entre o casal) ou problemas
ligados a momentos de transição da vida familiar.

Interesse pela participação da família na construção dos conflitos e do sofrimento


decorrente desses conflitos. A TF traz para análise o campo de interseção dos

41
3:
indivíduos em família, e desta com o ambiente sociocomunitário que a circunda,

:0
10
enfocando sistemas, subsistemas e sistemas mais amplos em conexão. (Artigo:

1
COSTA, Liana Fortunato. A perspectiva sistêmica para a Clínica da Família. Psic.:

02
/2
Teor. e Pesq., Brasília, 2010)

07
2/
-2
Gabarito: C

om
l.c
91. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019-2020) É típico da Psicoterapia

ai
gm
Breve de orientação concentrar a tarefa terapêutica em determinado
i@
sintoma, problema ou setor da psicopatologia do paciente. A qual
ut

conceito essa característica se refere?


na
ta

A) Foco.
an

B) Fins terapêuticos.
-s

C) Ponto de urgência.
5
-1

D) Situação problema.
13
.1
99

Comentário: Características técnicas das abordagens de psicoterapia breve


.1
70

psicodinâmica (PBP):
-7

- terapeutas mais ativos, que estimulem o desenvolvimento da Aliança


a
an

terapêutica e transferência positiva;


Vi

- focalização em conflitos específicos ou temas definidos previamente no


rra
ze

início da terapia;
Be

- manutenção de foco de trabalho e objetivos definidos;


es

- atenção dirigida para as experiências atuais do paciente, inclusive os


ar
So

sintomas;
a

- ênfase na situação transferencial da dimensão do aqui e agora, que não


an

necessariamente é relacionada ao passado. (Lemgruber, 2009)


nt
Sa

Focalizar = adotar uma postura semelhante à de um fotógrafo que


procura ressaltar um objeto ou uma pessoa, em relação a um fundo.

Gabarito: A

92. (PSU Residência Multi CEARÁ 2019-2020) Ao participar de um


grupo para diabéticos num equipamento de saúde, um paciente pode se
dar conta de que outras pessoas já alcançaram um bom resultado em
seus tratamentos e assim desenvolver um senso de otimismo sobre seu

| 253
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

próprio progresso e potencial para melhorar. A qual fator terapêutico


grupal, descrito por Irving Yalom, essa experiência se refere?

A) Universalidade.
B) Instilação da esperança.
C) Comportamento imitativo.
D) Desenvolvimento de técnicas de socialização.

41
3:
Comentário: Universalidade. = “estamos todos no mesmo barco”; perceber outras

:0
10
pessoas com o mesmo problema diminui o isolamento, a vergonha e o estigma

1
associado a muitos transtornos mentais. Promove-se alívio quando o paciente

02
/2
percebe que não é o único com problemas.

07
2/
-2
Instilação da esperança. = notar a melhora de outras pessoas que tem os mesmos

om
problemas faz com que os sujeitos acreditem que também são capazes de vencer

l.c
suas próprias dificuldades.

ai
gm
i@
Comportamento imitativo. = Os membros do grupo aprendem observando os
ut

outros a lidarem com seus problemas. Os pacientes podem modelar-se a partir de


na
ta

aspectos dos outros membros do grupo, bem como do terapeuta.


an
-s

Desenvolvimento de técnicas de socialização. = ligado ao desenvolvimento de


5
-1

habilidades sociais em decorrência do próprio convívio em grupo.


13
.1
99

Gabarito: B
.1
70
-7

93. (PREFEITURA DO RECIFE - SECRETARIA DE SAÚDE - Instituto


a
an

AOCP – 2020) Sobre o modelo estrutural ou segunda tópica de Freud a


Vi

respeito dos fenômenos psíquicos, relacione as colunas e assinale a


rra

alternativa com a sequência correta.


ze
Be

1. Ego ou Eu.
es

2. Id ou Isso.
ar

3. Superego ou Supereu.
So

( ) Do ponto de vista econômico, surge como um fator de ligação dos


a
an

processos psíquicos mas, em operações defensivas, a energia pulsional


nt
Sa

é contaminada pelos processos primários que podem assumir aspecto


compulsivo, repetitivo e desreal.
( ) Definido como herdeiro do complexo de édipo, constitui-se pela
interiorização das exigências e das interdições parentais.
( ) Constitui o polo pulsional da personalidade e é inconsciente.
(A) 3 – 2 – 1.
(B) 2 – 3 – 1.
(C) 1 – 2 – 3.

| 254
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

(D) 1 – 3 – 2.
(E) 2 – 1 – 3.

Comentário: “Do ponto de vista tópico, o ego está n um a relação de dependência


tanto para com as reivindicações do id, com o para com os imperativos do superego
e exigências da realidade. Embora se situe como mediador, encarregado dos
interesses da totalidade da pessoa, a sua autonomia é apenas relativa.Do ponto de
vista dinâmico, o ego representa eminentemente, no conflito neurótico, o polo
defensivo da personalidade; põe em jogo uma série de mecanismos de defesa, estes

41
3:
motivados pela percepção de um afeto desagradável (sinal de angústia). Do ponto

:0
10
de vista econômico, o ego surge com o um fator de ligação dos processos psíquicos;

1
mas, nas operações defensivas, as tentativas de ligação da energia pulsional são

02
/2
contaminadas pelas características que especificam o processo primário: assumem

07
um aspecto compulsivo, repetitivo e desreal.” (PONTALIS, Jean-Baptiste;

2/
-2
LAPLANCHE, Jean. Vocabulário da psicanálise. São Paulo: MartinsFontes)

om
l.c
Papel de juiz ou sensor relativamente ao ego. Funções do superego: consciência

ai
gm
moral, auto-observação, formação de ideais. Definido como herdeiro do complexo
i@
de édipo, constitui-se por interiorização das exigências e das interdições parentais.
ut

Formação do superego é correlativa do declínio do complexo de édipo: a criança,


na
ta

renunciando à satisfação de seus desejos edipianos marcados de interdição,


an

transforma seu investimento nos pais em identificação com os pais, interioriza a


-s

interdição.
5
-1
13
.1

“Constitui o polo pulsional da personalidade. Os seus conteúdos, expressão


99

psíquica das pulsões, são inconscientes, por um lado hereditários e inatos e, por
.1
70

outro, recalcados e adquiridos.” Do ponto de vista econômico, é o reservatório


-7

inicial da energia psíquica. (PONTALIS, Jean-Baptiste; LAPLANCHE, Jean.


a
an

Vocabulário da psicanálise. São Paulo: MartinsFontes)


Vi
rra

Gabarito: D
ze
Be
es

94. (PREFEITURA DO RECIFE - SECRETARIA DE SAÚDE - Instituto AOCP


ar

– 2020) Em relação aos grupos psicoterápicos, informe se é verdadeiro


So
a

(V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a


an

sequência correta.
nt
Sa

( ) Na abordagem psicodramática, postulada por Moreno, tem seis


elementos essenciais: cenário, protagonista, diretor, ego auxiliar,
público e cena a ser apresentada.
( ) Embora sejam muitas, as correntes psicanalíticas possuem em comum
três princípios básicos: a presença de resistências, da transferência e da
interpretação.
( ) Quando baseados na abordagem rogeriana, visam, de forma diretiva,
a reeducação de concepções conscientes, treinamento de novas

| 255
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

habilidades comportamentais e uma modificação no estilo de viver por


meio de tarefas de casa.

(A) V – F – V.
(B) V – V – F.
(C) V – F – F.
(D) F – V – F.
(E) F – V – V.

41
3:
:0
10
Comentário: Criado por J. Moreno, na década 30, o psicodrama tem como eixo

1
fundamental os seguintes seis elementos: cenário, protagonista, diretor, ego

02
/2
auxiliar, público e a cena a ser apresentada. (ZIMERMAN, David E. Fundamentos

07
básicos das grupoterapias. Artmed Editora)

2/
-2
om
Os grupos psicoterápicos podem ser subdivididos em quatro linhas de utilização da

l.c
dinâmica grupal:

ai
gm
i@
1. A corrente psicodramática.
ut
na

2. Teoria sistêmica: partem do princípio de que os grupos funcionam como


ta
an

um sistema, onde cada pessoa influencia e é influenciada pelas demais. Ex. terapia
-s

de família e a terapia com casais.


5
-1
13
.1

3. Cognitivo-comportamental: visa a três objetivos principais:


99

uma reeducação - em nível consciente - das concepções errôneas do paciente;


.1
70

um treinamento de habilidades comportamentais e uma modificação no estilo de


-7

viver.
a
an
Vi

4. Corrente psicanalítica: embora sejam muitas as correntes teórico-


rra

técnicas, dentro da própria psicanálise, não é menos verdade que todas elas
ze
Be

convergem para os três princípios básicos que Freud formulou como constituindo o
es

cerne da psicanálise: a presença das resistências, da transferência e da


ar

interpretação. (ZIMERMAN, David. A importância dos grupos na saúde, cultura e


So

diversidade. Vínculo, São Paulo, v. 4, n. 4, p. 1-16, dez. 2007)


a
an
nt
Sa

Gabarito: B

95. (PREFEITURA DO RECIFE - SECRETARIA DE SAÚDE - Instituto


AOCP – 2020) Sobre a clínica psicanalítica das neuroses e das psicoses,
relacione as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta.
1. Clínica psicanalítica na neurose obsessiva.
2. Clínica psicanalítica na neurose histérica.
3. Clínica psicanalítica na psicose.

| 256
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

( ) O psicoterapeuta deve observar os mecanismos do recalque e no aflorar


do conflito edipiano, que se desenrola, principalmente, nos registros
libidinais fálico e oral. Podem apresentar sintomas de conversão ou fóbicos,
mas, em algumas estruturas, esses também podem estar ausentes.
( ) O psicoterapeuta tem de penetrar nas regressões que governam as
relações objetais por tendências sádico-anais (ambivalência e obstinação),
incluindo a relação transferencial. Nesses casos, o psicoterapeuta pode

41
representar tanto o superego do paciente quanto o sedutor agente do id, que

3:
também é temido e contra o qual o paciente luta.

:0
10
( ) De modo geral, o psicoterapeuta entende que há um processo

1
deteriorativo das funções do ego, em que há um prejuízo do contato com a

02
/2
realidade. Nessas organizações, há uma regressão a etapas primitivas em

07
que o indivíduo não discrimina o que é dele e o que é do outro. Em termos

2/
-2
clínicos, podem aparecer sensações de estranhamento, despersonalização e

om
alucinações sensoriais, por exemplo.

l.c
ai
gm
(A) 3 – 2 – 1. (B) 2 – 3 – 1. (C) 1 – 2 – 3. (D) 1 – 3 – 2. (E) 2 – 1 – 3
i@
ut

Comentário: As duas formas sintomáticas mais bem identificadas na histeria


na
ta

são: histeria de conversão, em que o conflito psíquico é simbolizado em sintomas


an

corporais, como anestesias e paralisias histéricas; e a histeria de angústia, em que a


-s
5

angústia é fixada de forma mais ou menos estável neste ou naquele objeto exterior
-1
13

(fobias).
.1
99
.1

A psicanálise se refere há uma mesma estrutura histérica em relação a


70

quadros clínicos variados, mesmo na ausência de sintomas fóbicos e conversões


-7

patentes.
a
an
Vi

“Pretende-se encontrar a especificidade da histeria na predominância de um


rra
ze

certo tipo de identificação e de certos mecanismos (particularmente o recalque,


Be

muitas vezes manifesto), e no aflorar do conflito edipiano que se desenrola


es

principalmente nos registros libidinais fálico e oral.” (PONTALIS, Jean-Baptiste;


ar
So

LAPLANCHE, Jean. Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Martins Fontes)


a
an

“As psicoses implicam um processo deteriorativo das funções do ego, a tal ponto
nt
Sa

que haja, em graus variáveis, algum sério prejuízo do contato com a realidade.”

“Nas organizações psicóticas, há uma detenção ou uma regressão a


primitivas etapas e, por isso, o indivíduo não discrimina as diferenças entre ele e o
outro; o que é de dentro e o de fora; as partes, do todo.”

“Em termos clínicos, as primitivas representações ligadas ao ego corporal


traduzem-se no paciente psicótico por meio de sensações de “estranheza” e
“despersonalização”, assim como por vivências de desintegração corporal, de

| 257
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

alucinações sensoriais, de crônicos sintomas hipocondríacos e de somatizações.”


(ZIMERMAN, David E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, Técnica, Clínica–Uma
Abordagem Didática: Artmed)

Gabarito: E

96. (PREFEITURA DO RECIFE - SECRETARIA DE SAÚDE - Instituto AOCP


– 2020) Em relação às técnicas em psicoterapia breve de orientação
psicanalítica, assinale a alternativa correta.

41
3:
:0
10
(A) Deve-se trabalhar com os conflitos infantis inconscientes mais arcaicos,

1
estimulando a regressão do paciente, sem necessidade de estímulo de

02
/2
funções egóicas.

07
(B) Têm objetivo de desenvolver a neurose de transferência na relação entre

2/
-2
paciente e psicoterapeuta.

om
(C) Faz-se necessária a elaboração de todas as resistências apresentadas,

l.c
sejam elas advindas do id, do ego ou do superego.

ai
gm
(D) Têm objetivos e tempos limitados, com insights e elaboração facilitados
i@
e estimulados por papel ativo do psicoterapeuta.
ut

(E) Por se utilizar de uma focalização, isto é, por priorizar a problemática de


na
ta

urgência, as relações de dependência são favorecidas durante o processo.


an
-s

Comentário: Seus fins terapêuticos são limitados à superação de sintomas e


5
-1

problemas atuais, e ao fortalecimento e ativação das funções egóicas; O


13
.1

investimento terapêutico é a nível de Ego, onde se estabelece o trabalho


99

terapêutico mais focal.


.1
70
-7

Evita-se associação livre como recurso terapêutico e interpretações


a
an

prematuras de conflitos infantis, a fim de evitar neurose transferencial e regressão.


Vi
rra

Focalização em conflitos específicos ou temas definidos previamente no


ze
Be

início da terapia.
es
ar

As relações de dependência NÃO são favorecidas.


So
a
an

Gabarito: D
nt
Sa

97. PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/RS - Instituto AOCP 2020 -


Considerando a intervenção com famílias, com base na concepção de
família como sistema, assinale a alternativa correta.

A A família é considerada um sistema fechado, com regras de comportamentos


e de funções específicas. Para intervir, é necessário conhecer as normas que
regulam as relações.

| 258
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

B A família é um sistema autorregulador, em que as regras são modificadas ao


longo do tempo, a fim de buscarem instabilidade, sempre em um processo de
tentativa e erro.

C O terapeuta cria um contexto conversacional a fim de encontrar, com os


membros, um consenso do que seja o problema, para que a família possa se
reorganizar da melhor maneira possível.

D A abordagem sistêmica se concentra em como os processos intrapsíquicos

41
3:
podem interferir nas interações entre os membros.

:0
10
1
E Qualquer tipo de tensão, seja originada no interior ou no exterior da família,

02
exigirá desta uma constante adaptação para manter o sistema e o crescimento

/2
07
de seus membros.

2/
-2
om
Comentário: Andolfi (1996), considera a família "como um sistema aberto

l.c
constituído por muitas unidades ligadas no conjunto por regras de

ai
gm
comportamentos e por funções dinâmicas, em constante interação entre elas e em
i@
intercâmbio com o exterior”. “A família é um sistema aberto, interagindo com
ut

outros sistemas de forma dialética, ou seja, modifica e é modificada pelo contexto


na
ta

social, buscando, sempre, um equilíbrio dinâmico” (Andolfi. 1984)


an
-s

“A família é considerada um sistema autorregulador ativo, em que as regras são


5
-1

modificadas ao longo do tempo, a fim de encontrar novo equilíbrio. São


13
.1

consideradas regras a forma empregada pela família para atingir um estado de


99

estabilidade, a fim de alcançar a definição de uma relação, num processo dinâmico


.1
70

de tentativa e erro”
-7
a
an

“o terapeuta NÃO procura um consenso do que seja o problema, mas facilita a


Vi

elaboração de formas diferentes de se ver o problema, procurando construir um


rra

novo significado paro ele.”


ze
Be
es

“deixam-se de observar os comportamentos como simples derivantes de processos


ar

intrapsíquicos, para observá-los como derivantes de processos interpsíquicos,


So

intersubjetivos, construídos na relação com outros sujeitos. Assim, a abordagem


a
an

sistêmica se concentra, sobretudo, na compreensão dos acontecimentos e pessoas,


nt
Sa

ou seja, nas interações entre eles.”

“Qualquer tipo de tensão, seja ela originada no interior ou exterior da família, exigirá
desta uma constante adaptação para manter o sistema e o crescimento de seus
membros” (Crepaldi, M.A. & Moré, C. L. O. O. (2002) Atendimento Psicológico a
famílias na clínica e na comunidade: questões ético-metodológicas. Temas em
Psicologia da SBP, 10 (3), 201-209)

Gabarito: E

| 259
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

98. PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/RS - Instituto AOCP 2020 -


Procedimento para intervenção pressupõe uma tarefa explícita (a qual pode
estar relacionada à aprendizagem, diagnóstico ou tratamento) e uma tarefa
implícita (como cada integrante vivencia o grupo), com movimentos de
estruturação, desestruturação e reestruturação do grupo durante o processo,
representado pelo cone invertido. A técnica descrita corresponde

A ao grupo operativo.

41
3:
B à pesquisa-intervenção.

:0
10
1
C à terapia em grupo psicanalítica.

02
/2
07
D à pesquisa-ação.

2/
-2
om
E ao método dialógico pautado na linguagem e na cultura.

l.c
ai
Comentário: Técnica do grupo operativo - > pressupõe a tarefa explícita
gm
(aprendizagem, diagnóstico ou tratamento), a tarefa implícita (o modo como
i@
ut

cada integrante vivencia o grupo) e o enquadre que são os elementos fixos (o


na

tempo, a duração, a frequência, a função do coordenador e do observador).


ta
an
-s

O autor (Pichon-Rivière) utiliza uma representação para mostrar o


5
-1

movimento de estruturação, desestruturação e reestruturação de um grupo,


13

que é o cone invertido.


.1
99
.1
70

(BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos-operativos à luz de


-7

Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicol inf., São Paulo , v. 14, n. 14, p. 160-
a
an

169, out. 2010)


Vi
rra

Gabarito: A
ze
Be

99. PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/RS - Instituto AOCP – 2020 - Não há


es
ar

consenso na literatura científica sobre aconselhamento psicológico e


So

psicoterapia, mas aproximações e comparações desses campos de saber.


a
an

Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as que estão


nt

relacionadas ao aconselhamento.
Sa

I. Tempo de intervenção mais breve.


II. Atende casos mais complexos e profundos. Psicoterapia mais profunda
III. Mais voltado a situações contextuais e situacionais.
IV. Foca a ação e está mais relacionado à prevenção do que ao tratamento
em si.
V. O mais importante é a resolução de problemas.

| 260
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

A Apenas I, II, III e IV.


B Apenas II, III e V.
C Apenas I, III, IV e V.
D Apenas II, III e IV.
E Apenas II, IV e V.

Comentário: Diferenças entre aconselhamento psicológico e psicoterapia:


tempo da intervenção, sendo o aconselhamento mais breve; complexidade

41
do caso e intensidade do atendimento, sendo a psicoterapia mais profunda;

3:
demanda apresentada, sendo o aconselhamento mais voltado para

:0
10
situações contextuais e situacionais; intervenções em aconselhamento

1
focam a ação, mais do que a reflexão, e são mais centradas na prevenção do

02
/2
que no tratamento; o aconselhamento é mais focado na resolução de

07
problemas.

2/
-2
(SCORSOLINI-COMIN, Fabio. Aconselhamento psicológico e

om
psicoterapia: aproximações e distanciamentos. Contextos Clínic, São

l.c
Leopoldo , v. 7, n. 1, p. 02-14, jun. 2014)

ai
gm
i@
Gabarito: C
ut
na
ta

100. PC/ES - Instituto AOCP – 2019 - No ciclo de vida familiar, a família


an
-s

com filhos adolescentes apresenta como processo emocional básico de


5

transição
-1
13

(A) aumentar a flexibilidade das fronteiras familiares para incluir a independência


.1

dos filhos e a fragilidade dos avós.


99
.1

(B) a aceitação de novos membros no sistema familiar.


70

(C) desenvolver a responsabilidade emocional e financeira por si mesmo.


-7

(D) aceitar várias saídas e entradas no sistema familiar.


a
an

(E) o comprometimento com um novo sistema familiar


Vi
rra
ze

Comentário: Momentos do ciclo de vida familiar:


Be

1 – Saindo de casa (jovens solteiros), o que requer a aceitação de


es

responsabilidades emocionais e financeiras;


ar
So

2 – A união de famílias no casamento (o casal), quando há o


a

comprometimento com um novo sistema;


an
nt

3 – Famílias com filhos pequenos, em que o princípio-chave é o de aceitar


Sa

novos membros no sistema;


4 – Famílias com filhos adolescentes, cujo principal papel é o de aumentar a
flexibilidade das fronteiras familiares para incluir a independência dos filhos
e a fragilidade dos avós;
5 – Lançando os filhos e seguindo em frente, que implica aceitar várias saídas
e entradas no sistema familiar;
6 – Famílias no estágio tardio da vida, caracterizado pela mudança dos
papéis geracionais. (Carter B, McGoldrick M. As mudanças no ciclo de vida

| 261
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

familiar: uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas;
2001.)

Gabarito: A

101. PC/ES - Instituto AOCP – O ciclo de vida de um indivíduo acontece dentro


do ciclo de vida familiar, que é o contexto primário do desenvolvimento
humano, e suas intersecções constituirão a trama da vida familiar. Sobre o ciclo

41
de vida familiar, assinale a alternativa correta.

3:
(A) A família é como um sistema movendo-se através do tempo, de forma linear e

:0
10
com interferências mútuas.

1
(B) A saúde mental de um indivíduo está diretamente relacionada ao seu grau de

02
/2
equiparação familiar.

07
(C) Ao longo do ciclo da vida, ocorrem os estressores horizontais, correspondentes

2/
-2
a padrões, atitudes e condutas transmitidas de geração em geração.

om
(D) Na adolescência, há um movimento centrípeto, em que as fronteiras externas à

l.c
família são afrouxadas, permitindo uma maior troca com o ambiente externo,

ai
gm
aumentando a distância em relação i@ à família
de origem.
ut
na

(E) As fases dos membros familiares ocorrem concomitantemente, com


ta

sobreposição de etapas, o que pode causar impactos significativos para a


an
-s

transição de uma fase para outra.


5
-1
13

Comentário: A família é como um sistema movendo-se através do tempo, de


.1

forma NÃO linear.


99
.1

“o impacto que a doença mental provoca na família está diretamente


70

relacionado à posição que o portador de sofrimento psíquico ocupa na


-7

estrutura familiar. Quando o filho é o portador de transtorno mental, a


a
an

família é afetada em uma dimensão diferente e bem menor do que quando


Vi
rra

o pai ou a mãe adoecem” (SANTIN, Gisele; KLAFKE, Teresinha Eduardes. A


ze

família e o cuidado em saúde mental. Barbaroi, Santa Cruz do Sul , n. 34, p.


Be

146-160, jun. 2011)


es

Há momentos de aproximação, e momentos de afastamento em


ar
So

relação à família. Centrífugo = períodos de afastamento; ex. filho saindo de


a

casa / Centrípeto = períodos de aproximação em relação à família de origem;


an
nt

ex. chegada de um bebê.


Sa

Na adolescência, há um movimento centrífugo.


Estressores verticais = padrões de relacionamento e funcionamento
que são transmitidos para as gerações seguintes de uma família. Exemplo:
padrões, mitos, segredos e legados familiares.
Estressores horizontais = passagens de uma fase do ciclo de vida para
outra. Inclui também eventos imprevisíveis, como morte prematura,
enfermidade crônica.
A família é composta por diversos membros, em diferentes fases do
seu desenvolvimento individual, e as fases não são vividas de forma isolada.

| 262
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Há sobreposição de etapas, causando impactos significativos para a


transição de uma fase para outra.
(CESAR, Claudia Cacau Furia. A vida das famílias e suas fases:
desafios, mudanças e ajustes.)
(Carter B, McGoldrick M. As mudanças no ciclo de vida familiar: uma
estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas; 2001)

Gabarito: E

41
3:
102. PC/ES - Instituto AOCP – A estrutura familiar é constituída como

:0
10
um conjunto de funções organizadas a partir da interação de seus

1
membros. Sobre o sistema familiar, assinale a

02
/2
alternativa correta.

07
(A) No sistema familiar, há uma tendência ao equilíbrio homeostático, em

2/
-2
que as relações ocorrem de maneira a permanecerem como estão.

om
(B) Quando um sintoma de um integrante da família muda, e este é o “bode

l.c
expiatório” da família, consequentemente todos os demais membros

ai
gm
mudam. i@
(C) Os processos de mudança ocorrem voluntariamente, pois a família
ut
na

entende a necessidade de mudança das relações para auxiliar no


ta

desaparecimento dos sintomas conjuntos.


an
-s

(D) Ao se trabalhar com a família como um sistema, o todo será trabalhado


5

conjuntamente, não sendo necessário o encaminhamento de um membro


-1
13

particular a um atendimento individualizado.


.1

(E) A finalidade da situação terapêutica é a formação da família ideal,


99
.1

facilitando as relações e comunicação efetiva a esse objetivo


70
-7

Comentário: “Para desaparecer o sintoma não basta o membro sintomático mudar


a
an

— sua mudança só se efetivará se toda uma série de outras mudanças (nem sempre
Vi
rra

desejadas) ocorrerem dentro do sistema familiar. Essas mudanças não são


ze

desejadas porque implicam mudanças nos vários subsistemas da família — casal,


Be

pais, grupo fraterno, avós — e o sistema familiar apresenta uma tendência a um


es

equilíbrio homeostático, onde tudo é feito para que as coisas permaneçam como
ar
So

estão”. Exemplo: “muitas vezes o sintoma da criança (medo, p. ex.) pode


a

desaparecer, se o casal mudar a forma de se relacionar entre si (buscando uma


an
nt

aproximação, p. ex.). Como nem sempre o casal está disposto a isso, o sintoma do
Sa

filho cumpre a função de ao mesmo tempo manter os pais unidos na preocupação


com ele, e afastados de uma relação mais próxima entre si. Certamente esse
processo NÃO ocorre de forma voluntária, por parte dos pais e do filho, mas acaba
se cristalizando numa forma de relacionamento que resiste à tentativa de
mudanças.” (GOMES, Heloisa Szymanski Ribeiro. Terapia de
família. Psicol. cienc. prof. , Brasília, v. 6, n. 2, pág. 29-32,1986.)
Para Nichols & Schwartz (livro: “Terapia familiar, conceitos e
métodos”), comumente, as famílias concedem os problemas como
localizados em apenas um membro da família (o paciente identificado). Com

| 263
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

isso, a família espera que o terapeuta trate apenas o paciente


identificado, alterando o mínimo possível a família. Por outro lado,
terapeutas familiares entendem os sintomas do paciente identificado
“como uma expressão dos padrões disfuncionais que afetam toda a família.”
“Quando a família passa a experimentar novos modos de se
relacionar, os sintomas tendem a desaparecer. Este trabalho NÃO exclui a
possibilidade de encaminhamento de um membro particular para um
trabalho individualizado, quando se constata que é necessário um

41
aprofundamento, bem como uma mudança ao nível do indivíduo.” GOMES,

3:
Heloisa Szymanski Ribeiro. Terapia de família. Psicol. cienc. prof. , Brasília,

:0
10
v. 6, n. 2, pág. 29-32,1986.

1
“o sintoma de um dos membros da família vem acompanhado de

02
/2
disfunções em outras áreas de relações e envolem outros membros da

07
família. Tendo isto em mente, na situação terapêutica trabalha-se com a

2/
-2
FAMÍLIA REAL, presente, na busca de desvendar aspectos relacionais que

om
estão emperrando uma comunicação efetiva e o desenvolvimento saudável

l.c
de seus membros.” GOMES, Heloisa Szymanski Ribeiro. Terapia de

ai
gm
família. Psicol. cienc. prof. , Brasília, v. 6, n. 2, pág. 29-32,1986.
i@
ut
na

Gabarito: A
ta
an
-s

103. ENARE – EBSERH – 2020-2021 – Instituto AOCP - A corrente psicanalítica


5

que privilegia o papel do ambiente na constituição da subjetividade e destaca


-1
13

as figuras do trauma, da regressão à dependência e do jogo no manejo clínico é


.1

a
99
.1
70

(A) Psicanálise Freudiana.


-7

(B) Psicanálise Junguiana.


a
an

(C) Psicanálise Reichiana.


Vi
rra

(D) Psicanálise Winnicottiana.


ze

(E) Psicanálise Lacaniana.


Be
es

Comentário: - Jogo dos rabiscos = Geralmente, realizado na entrevista inicial com


ar
So

crianças, como forma básica de estabelecer uma comunicação mais livre.O jogo
a

começava com um rabisco feito pelo terapêuta sobre um pedaço de papel em


an
nt

branco. A criança era estimulada, a partir desse rabisco inicial, a fazer o seu. Seguia-
Sa

se novo traço do terapeuta e assim sucessivamente. (ZIMERMAN, D. Vocabulário


Contemporâneo de Psicanálise. 2011.)

- Três fases que caracterizam o processo de dependência: a absoluta, a


relativa e aquela que vai rumo à independência.

- Para Winnicott, o trauma é a ruptura na continuidade do ser, provocada por


falhas do ambiente.

| 264
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TTP e Personalidade

Gabarito: D

104. CESPE – 2020 – TJ PA - Com relação a técnicas cognitivas de intervenção


em psicologia, assinale a opção correta.

A) Para dependentes de nicotina com problemas pulmonares e respiratórios, o uso


da terapia cognitiva é inadequado, por evidenciar cognições que podem aumentar

41
3:
a fissura pelo cigarro.

:0
10
1
B) O distanciamento consiste em treinar o paciente a reconhecer seu potencial para

02
/2
conviver com condições avaliadas como catastróficas.

07
2/
-2
C) A preocupação entre pessoas ansiosas deve ser investigada em termos de

om
frequência e duração, mas o conteúdo da preocupação não deve ser discutido, pois

l.c
isso poderia estimular sua recorrência.

ai
gm
i@
D) Reatribuição consiste em uma técnica de treinar o paciente para atribuir tarefas
ut

a terceiros.
na
ta
an

E) A identificação de pensamentos automáticos é relevante para auxiliar no


-s

reconhecimento de padrões de pensamentos adaptativos ou disfuncionais que


5
-1
13

podem subsidiar comportamentos.


.1
99
.1

Comentário: Apesar de todos os modelos de psicoterapia apresentarem evidências


70

de eficácia no tratamento de transtornos por uso de substâncias, “as TCCs são as


-7

que se mostram mais aplicáveis no contexto clínico e com maior adesão”. (Diemen,
a
an

et al. In Cordioli, Grevet; 2019)


Vi
rra
ze

Distanciamento: reavaliação das crenças e critérios de julgamento,


Be

tornando-os explícitos e testando sua validade;


es

Descatastrofização: treinar o paciente para considerar que a maioria dos


ar
So

eventos, em princípio catastróficos, podem ser tolerados e são temporários.


a

(RANGÉ, B. Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a


an
nt

psiquiatria, 2001)
Sa

O conteúdo da preocupação deve ser discutido.

Reatribuição = utilizadas quando a pessoa apresenta um padrão de auto


atribuição de responsabilidades não realistas em relação a vários resultados
negativos. O terapeuta ajuda o paciente a identificar outros fatores que contribuem
para o resultado final. (Rangé, Sousa. In Cordioli; 2008)

| 265
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

Paciente é treinado a identificar e registrar seus pensamentos automáticos


e crenças subjacentes para, posteriormente, utilizar intervenções para corrigi-los
mediante o exame de evidências. (Cordioli, et al. In Cordioli, Grevet; 2019)

Gabarito: E

105. CESPE – 2020 – TJ PA - No que se refere à terapia de aceitação e


compromisso (ACT, sigla em inglês), técnica de terceira geração na clínica

41
comportamental considerada uma das técnicas mais utilizadas e bem-

3:
sucedidas atualmente, assinale a opção correta.

:0
10
1
A Essa técnica desconsidera o contexto em que o comportamento ocorre, dando

02
/2
ênfase apenas às emoções decorrentes da experiência descrita.

07
B A ACT tem como objetivo principal a mudança de comportamentos e de cognições

2/
-2
inadequadas.

om
C Sob o enfoque da ACT, esquiva experiencial é a principal técnica para obter alívio

l.c
do sofrimento.

ai
gm
D A defusão cognitiva favorece o entendimento claro e objetivo de eventos
i@
privados, como os pensamentos, de modo que o paciente possa entender e separar
ut
na

esses eventos daquilo que é realmente fato.


ta

E Conceitualmente, a ACT é equivalente à exposição e prevenção de resposta, e as


an
-s

duas abordagens utilizam as mesmas práticas.


5
-1
13

Comentário: Terapia de aceitação e compromisso = sujeito é convidado a olhar para


.1

o cenário atual, percebendo o que os pensamentos informam e, por outro lado, o


99
.1

que é percebido. Dessa forma, é convidado a promover desfusão cognitiva, ou seja,


70

a separação entre pensamento e percepção externa. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti.


-7

In Cordioli, Grevet; 2019)


a
an
Vi

Terapia de aceitação e compromisso é classificada como uma terapia


rra
ze

contextual. (ERRADA A)
Be
es

O objetivo é a mudança NÃO a partir da avaliação da validade, da frequência, ou do


ar
So

conteúdo de comportamentos e cognições disfuncionais. O interesse do terapeuta


a

contextual é explorar a perspectiva do paciente sobre os contextos associados a


an
nt

determinado pensamento. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In Cordioli, Grevet; 2019)


Sa

(ERRADA B)

Objetivo da ACT é que a pessoa desenvolva MENOS EVITAÇÃO EXPERIENCIAL e,


consequentemente, maior flexibilidade. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In Cordioli,
Grevet; 2019) (ERRADA C)

Desfusão cognitiva: pensamentos não são sinônimos da realidade externa. Em


alguns casos, inclusive, distanciam-se da realidade e estão mais ligados a memórias
e relações de outros momentos da vida, carregando essas emoções passadas para

| 266
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TTP e Personalidade

o momento presente. (Costa, Tatton-Ramos, Pizutti. In Cordioli, Grevet; 2019)


(CORRETA D)

ACT é um tipo de terapia contextual comportamental; exposição e prevenção de


resposta são técnicas comportamentais. (ERRADA E)

Gabarito: D

41
106. CESPE – 2020 – MPE CE - Acerca da atuação dos profissionais da

3:
psicologia no âmbito familiar, julgue o item a seguir.

:0
10
Os profissionais da área de psicologia devem considerar a família como

1
um “sistema aglutinado”, que confere certa pseudoautonomia a seus

02
/2
membros.

07
2/
-2
Comentário: Família = sistema vivo em evolução; sendo que o todo é mais do que a

om
soma de suas partes. O terapeuta de família volta sua atenção para a estrutura e os

l.c
processos familiares. (Cordioli, Alves, Valdivia, Rocha; in Cordioli, Grevet; 2019)

ai
gm
i@
Disfunções da Identidade familiar:
ut
na

- FAMÍLIA AGLUTINADA = desenvolve um sistema voltado para si mesmo, no


ta

qual as identidades pessoais acham-se fusionadas, as pautas de inclusão são


an
-s

exacerbadas, e a autonomia é desencorajada.


5

- FAMÍLIA DISPERSA = apresenta-se como um sistema de escassa coesão,


-1
13

com exacerbação das pautas de exclusão e com o desenvolvimento de uma pseudo-


.1

autonomia por parte de seus membros pela negação da interdependência pessoal.


99
.1

(Referência: livro - Manual de terapia familiar / Luiz Carlos Osorio e Maria Elizabeth
70

Pascual do Valle (org). Porto Alegre : Artmed, 2009)


-7
a
an

Gabarito: Errado
Vi
rra
ze

107. CESPE – 2020 – MPE CE - Acerca da atuação dos profissionais da


Be

psicologia no âmbito familiar, julgue o item a seguir.


es

As cisões intrageracionais geralmente estão relacionadas a conflitos


ar
So

entre irmãos (disputa por herança) ou por subsistemas familiares dentro de


a

uma mesma geração.


an
nt
Sa

Comentário: CISÕES INTRAGERACIONAIS= situações de conflitos entre irmãos (ex.


disputas por heranças) ou subsistemas dentro de uma mesma geração (ex. irmãos
que, após formarem, casais rompem seu relacionamento por desavenças ou
incompatibilidades entre cunhados ou concunhados).
CISÕES INTERGERACIONAIS = decorrentes de conflitos entre diferentes
gerações, sendo mais frequentes as cisões entre duas gerações sucessivas – pais
e filhos – em função de escolhas afetivas ou profissionais por parte deles,
contrariando a vontade daqueles ou desacordos no exercício de atividades

| 267
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TTP e Personalidade

compartilhadas. (Referência: livro - Manual de terapia familiar / Luiz Carlos Osorio e


Maria Elizabeth Pascual do Valle (org). Porto Alegre : Artmed, 2009)

Gabarito: Certo

108. CESPE – 2020 – MPE CE - Com relação à grupoterapia, julgue o próximo


item.
Situação hipotética: Marcos, paciente de um grupoterapia, é muito

41
calado e dificilmente expressa suas ideias ou opiniões durante as

3:
sessões. Assertiva: Nessa situação, a conduta mais adequada ao caso será

:0
10
encaminhar Marcos para uma terapia individual, porque, além de não ter perfil

1
para terapia grupal, ele pode intimidar os demais participantes do grupo.

02
/2
07
Comentário: A conduta mais adequada ao caso NÃO será encaminhar Marcos para

2/
-2
uma terapia individual.

om
Em Zimerman (1993) se discorre sobre o “paciente silencioso”. Para ele, é

l.c
necessário discriminar entre as distintas causas e formas de atitude silenciosa. Há o

ai
gm
risco de que esse tipo de paciente caia no “esquecimento” dos demais e, assim,
i@
fique marginalizado. Uma recomendação nesses casos é que o grupoterapeuta, sem
ut
na

forçar ou coagir a participação verbal do paciente silencioso, deve, no entanto,


ta

incluí-lo no contexto das interpretações. (ZIMERMAN, David E. Fundamentos


an
-s

básicos das grupoterapias. 1993)


5

Em Yalom (2007) o silêncio nunca é silencioso. Ele é um comportamento e


-1
13

tem significado. A tarefa terapêutica envolve explorar o significado desse


.1

comportamento. O terapeuta deve incluir o paciente silencioso periodicamente,


99
.1

comentando o seu comportamento não-verbal. (Yalom, Irvin D. Psicoterapia de


70

grupo : teoria e prática– Porto Alegre : Artmed, 2007)


-7
a
an

Gabarito: Errado
Vi
rra
ze

109. FGV – Prefeitura de Salvador 2019 - Uma mãe, com quadro de


Be

psicose, deu à luz uma menina, a quem deu seu próprio nome. A relação
es

especular é marcada pela similitude dos nomes e também por


ar
So

manifestações ligadas ao olhar. Ela não pode olhar para sua filha; por
a

isso, usa, o tempo todo, óculos de sol, inclusive na penumbra do quarto.


an
nt

Ela começa a desenvolver um delírio de vigilância, proveniente desse


Sa

bebê que carrega exatamente seu nome. Para ela, a troca de olhares com
o bebê significaria a morte de um dos dois. Vemos aqui, claramente, o
lugar de objeto que a criança ocupa para essa mãe. A partir da
psicanálise, Lacan aponta para duas formas de articulação do sintoma
infantil. No caso acima, percebemos que a criança se torna objeto do
Outro materno, saturando a falta em que se apoia o seu desejo.

Com efeito, a criança realiza a presença do objeto

| 268
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A transicional.
B esquizo-paranoide.
C fálico.
D mais-de-gozar.
E significante.

Comentário: A criança pode ocupar predominantemente:

41
- O lugar de falo = o desejo da mãe não se encerra em seu filho. Graças à inscrição

3:
fálica a questão feminina não se fecha em torno da criança. A mãe, cujo desejo é

:0
10
insaciável, encontra em seu filho o substituto fálico, portanto causal, para o seu

1
desejo. Mas, mesmo assim, seu desejo continua sendo insaciável.

02
/2
07
- O de objeto condensador de gozo = metáfora paterna falha, ou seja, não consegue

2/
-2
metaforizar o desejo da mãe – e, por consequência, o lugar que a criança ocupa

om
neste desejo –, fica um furo sem ser simbolizado, fica um furo real no simbólico.

l.c
A mãe, enquanto sujeito, está em (dis)junção com seu filho-objeto. Objeto

ai
gm
que, neste caso, se apresenta, predominantemente, em sua face mais-de-gozar.
i@
A criança não é um substituto, mas sim o objeto da mãe, objeto condensador
ut
na

de gozo, para ser mais específico. (Referência: Castro, Silveira; O sintoma da criança:
ta

produção compósita de desejo e de gozo; Opção Lacaniana)


an
-s
5

Gabarito: D
-1
13
.1

110. FGV – 2018 – MPE AL - O psicodrama, conjunto de técnicas que


99
.1

objetiva expressar e desenvolver uma existência autêntica, espontânea


70

e criativa, foi criado por


-7

A Edward Titchener.
a
an

B Rollo May.
Vi
rra

C Jacob Moreno.
ze

D Abraham Maslow.
Be

E Carl Rogers.
es
ar
So

Comentário: O psicodrama foi proposto por J. L. Moreno e parte de uma


a

perspectiva de ser humano pautada nas relações interpessoais e sociais, o que


an
nt

evidencia um homem espontâneo, criativo e sensível. Assim, o psicodrama visa


Sa

manter a espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade do homem.


O drama no psicodrama refere-se ao aspecto da flexibilidade de papel e à
ideia de que podemos retrabalhar nossas vidas como se elas fossem situações
dramáticas e nós fossemos autores teatrais.

Gabarito: C

| 269
Professora Gabi Becalli
TTP e Personalidade

111. FGV – 2018 – PREFEITURA DE NITERÓI - O conhecido experimento


“João Bobo”, de Albert Bandura, utilizou a teoria social do aprendizado
para entender melhor:
A o medo;
B o amor;
C a agressividade;
D a resiliência;
E a colaboração entre pares.

41
3:
Comentário: “Em uma série de estudos extremamente (...) Bandura (1965, 1973;

:0
10
Bandura, Ross & Ross, 1961, 1963a,b) demonstrou como as crianças aprendem

1
comportamentos agressivos pela observação. Em um estudo, crianças de três a

02
/2
cinco anos de idade assistiram ao filme de um adulto apresentando

07
comportamentos agressivos como dar socos em um grande boneco joão-bobo de

2/
-2
inflar e batendo nele com uma marreta. O ator também fazia comentários (p. ex.,

om
“Pum, bem no nariz” e “Belo soco”) para garantir que os comportamentos sendo

l.c
modelados eram novos. Algumas crianças observaram o adulto sendo punido pela

ai
gm
agressão, outras o viram sendo recompensado, e, em uma terceira condição, o
i@
modelo não sofreu nenhuma consequência. As crianças foram então observadas
ut
na

quando tiveram a oportunidade de interagir com o joão-bobo. As que tinham visto


ta

o adulto ser recompensado por com- portamentos agressivos apresentaram os


an
-s

comporta- mentos mais agressivos, e as que tinham visto o adulto ser punido foram
5

as menos agressivas. Tanto os meninos quanto as meninas mostraram esse efeito,


-1
13

mas as meninas em geral foram menos agressivas. Essa pesquisa demonstra que o
.1

comportamento agressivo pode ser adquirido por meio de modelagem.” (S. H. C.,
99
.1

Gardner L., & B. C. J. (2000). Teorias da Personalidade.)


70
-7

Gabarito: C
a
an
Vi
rra

112. FGV – AL RO – 2018 - A Gestalt é um campo teórico que ofereceu


ze

inestimáveis contribuições ao estudo da percepção e da inteligência.


Be

Segundo os autores clássicos, a solução de impasses ocorre por meio da


es

reestruturação perceptiva. Sendo assim, ocorre um fenômeno no qual a


ar
So

apreensão global da situação-problema é seguida pelo ajuste dos


a

fatores relevantes em relação ao todo


an
nt
Sa

Esse fenômeno é chamado de

A figura e fundo.
B simetria.
C proximidade.
D insight.
E associacionismo.
Comentário: “Insight é uma formação de padrão do campo perceptivo, de uma
maneira tal que as realidades significativas ficam aparentes; é uma formação de

| 270
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TTP e Personalidade

uma gestalt na qual os fatores relevantes se encaixam em relação ao todo. Na


Gestalt terapia, insight e a compreensão nítida da estrutura da situação em estudo.”
(Yontef, G. M. (1998). Processo, diálogo e awareness: ensaios em Gestalt-terapia.
Summus Editorial)

Gabarito: D

113. FGV – MPE – AL – 2018 - Assinale a opção que apresenta alguns dos

41
principais conceitos da psicologia analítica de Carl Gustav Jung.

3:
A Ego, superego e inconsciente coletivo.

:0
10
B Arquétipo, complexo e inconsciente coletivo.

1
C Anima, complexo de Édipo e anáclise.

02
/2
D Pulsão, animus e libido narcísica.

07
E Arquétipo, id e ideal de ego.

2/
-2
om
Comentário: “A personalidade total, ou a psique, conforme chamada por Jung,

l.c
consiste em vários sistemas diferenciados, mas interatuantes. Os principais são o

ai
gm
ego, o inconsciente pessoal e seus complexos, e o inconsciente coletivo e seus
i@
arquétipos, a anima e o animus, e a sombra.” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)
ut
na
ta

INCONSCIENTE COLETIVO: inclui materiais psíquicos que não provêm da


an
-s

experiência pessoal. De acordo com Jung, o inconsciente coletivo é como o ar, que
5

é o mesmo em todo lugar e respirado por todos, mas não pertence a ninguém. Os
-1
13

conteúdos do inconsciente coletivo (os arquétipos) são condições ou modelos


.1

prévios da formação psíquica em geral. (Fadiman e Frager)


99
.1
70

COMPLEXO: é um grupo organizado ou uma constelação de sentimentos,


-7

pensamentos, percepções e memórias que existem no inconsciente pessoal.


a
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Vi
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ARQUÉTIPOS: são formas que têm conteúdo próprio que servem para organizar ou
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canalizar o material psicológico. Também são denominados imagens primordiais e


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correspondem, frequentemente, a temas mitológicos que reaparecem em contos e


es

lendas populares de épocas e culturas diferentes. Figuras arquetípicas incluem a


ar
So

criança divina, o velho sábio e a mãe primordial. (Hall, Lindzey e Campbell, 2000)
a
an
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Gabarito: B
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Bons estudos, pessoal!


Professora Gabi Becalli.

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