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Psicologia Do
Título
Desenvolvimento
da disciplina
Humano
O Estudo Do
Desenvolvimento
Humano
Por que estudar diferentes influências?
Psicologia do desenvolvimento

Pensadores do final do Filósofos como Locke, A compreensão do Stanley Hall pioneirizou


século XIX e início do Hume, Rousseau e Kant desenvolvimento o estudo científico da
século XX começaram a influenciaram a evoluiu para incluir a adolescência, e o estudo
explorar questões de psicologia do visão de que ocorre ao do envelhecimento
desenvolvimento desenvolvimento com longo da vida, com como parte do
psicológico. ideias sobre natureza estágios como desenvolvimento é uma
inata e ambiente. adolescência e área mais recente.
envelhecimento.
Por que estudar diferentes influências?

Mudança quantitativa e qualitativa


 O estudo do desenvolvimento envolve observar mudanças quantitativas
e qualitativas, como a criança ganhando autonomia em seu
autocuidado.

 Diferenças no desenvolvimento entre povos, culturas e gêneros são


levadas em consideração, incluindo diferenças óbvias, como sexo, e
diferenças mais sutis, como humor e comportamento.

 O desenvolvimento é complexo e influenciado por muitos fatores,


tornando impossível uma resposta única para como ocorre em todas as
culturas e indivíduos.

 Três fatores que influenciam o desenvolvimento humano são


hereditariedade, maturação e meio ambiente.
Hereditariedade

Conceituação histórica

 Hereditariedade envolve a transmissão de genes e características dos


pais para seus filhos.

 O genótipo é o grupo de genes recebidos dos pais, que, combinados


com influências ambientais, forma o fenótipo, as características
observáveis.

 A fusão dos gametas paternos e maternos resulta no conjunto


cromossômico do novo ser.

 No passado, a hereditariedade nem sempre foi compreendida, e as


semelhanças e diferenças entre pais e filhos eram intrigantes.
Hereditariedade

Princípios básicos

Gregor Mendel é considerado o pai da genética devido aos


seus estudos pioneiros com ervilhas, que revelaram princípios
fundamentais da hereditariedade.

Gregor Mendel.
Hereditariedade

Princípios básicos
Com base em seus estudos, Mendel propôs duas leis (ASTRAUSKAS et al., 2009). São elas:

Lei da Segregação ou Lei da Segregação


Primeira Lei de Mendel Independente ou Segunda
Lei de Mendel
Cada característica é Os fatores que determinam
condicionada por um par de diferentes características
fatores que se separam na distribuem-se de forma
formação dos gametas. Os independente para os
fatores seriam, de fato, os gametas e se combinam ao
genes que temos acaso.
conhecimento hoje.
Maturação

Etimologia

A palavra "maturação" se refere a padrões de mudanças internamente determinados, como crescimento e


desenvolvimento, que ocorrem desde a concepção até a morte.

O desenvolvimento determinado pela maturação é um processo inato, geneticamente programado e não


muito influenciado pelo ambiente, embora a estimulação possa afetá-lo.

Um exemplo desse processo é o caso de Victor, um menino descoberto na França em 1797, que não sabia
andar, falar ou se expressar devido ao isolamento desde a infância.
Maturação

Completo desenvolvimento humano

 O desenvolvimento humano ocorre em estágios progressivos,


resultando em níveis ascendentes de maturação e mudanças
qualitativas que permitem ao organismo funcionar de maneira
mais elaborada.

 A maturação é essencial para marcos do desenvolvimento, como o


controle esfincteriano, mas também pode ser influenciada pela
cultura e pelo ambiente.

 Pessoas da mesma idade biológica podem apresentar diferenças


significativas em seu nível de maturação.
Maturação

Completo desenvolvimento humano

Baxter-Jones, Eisenmann e Sherar (2005) afirmam que o processo de maturação apresenta duas fases
distintas: o timing e o tempo.

Timing Tempo

A idade em que os eventos Já o tempo diz respeito ao índice e


maturacionais específicos à velocidade com que a maturação
acontecem (menarca, espermarca, avança e progride em direção ao
por exemplo) é o timing. estado maturacional adulto.
Ambiente

Influências ambientais

 O ambiente desempenha um papel fundamental no desenvolvimento,


influenciando o comportamento e os hábitos desde a infância.

 Diferentes fatores ambientais, como família, escola, comunidade e


cultura, afetam o desenvolvimento humano.

 Teóricos do desenvolvimento, como Piaget, Vygotsky e Freud,


enfatizam diferentes aspectos do ambiente na formação do indivíduo.

 A teoria do condicionamento de Skinner destaca a influência do


ambiente na educação e no comportamento. Frederic Skinner.
Ciência do desenvolvimento humano

Estudo científico

O desenvolvimento humano é impulsionado pela busca do entendimento e domínio


do mundo.

A ciência do desenvolvimento humano utiliza procedimentos formais e


sistemáticos para explorar, descrever e explicar os padrões comportamentais ao
longo da vida.

A Psicologia do desenvolvimento, como disciplina científica, surgiu no século XX e


inicialmente focou no estudo da infância.

A concepção da infância como uma fase crucial para o desenvolvimento só foi


reconhecida no final do século XVIII.
Ciência do desenvolvimento humano

Ciclo vital

 Até a década de 1960, o estudo das vidas humanas em contexto social


e histórico era raro.

 Hoje, o estudo do desenvolvimento humano abrange todas as fases do


ciclo vital, com desafios em cada uma.

 As teorias de desenvolvimento resultam de pesquisas usando


observação, estudos de casos e comparações, além de estudos
longitudinais e transversais.
Método de pesquisa
Planejamento

 O Projeto de Pesquisa é essencial, pois apresenta o planejamento da


pesquisa, incluindo questões de estudo, abordagem da realidade e
revisão de literatura.

 A escolha do método de pesquisa depende do objeto de estudo, com


consideração para procedimentos de coleta e análise de dados.

 O referencial teórico-filosófico desempenha um papel importante na


fundamentação da pesquisa, influenciando os conceitos e definições
utilizados.
Método de pesquisa

Construção do projeto

 Um pesquisador deve ter qualidades como curiosidade, criatividade,


ética e rigor metodológico.

 A pesquisa surge de dúvidas ou problemas e busca respostas usando o


método científico.

 A pesquisa avança no conhecimento, revela relações entre fenômenos,


desenvolve tecnologias e considera questões éticas, especialmente em
pesquisas com seres humanos.

 As resoluções nº 466/2012 e nº 510/2016 do Conselho Nacional de


Saúde estabelecem diretrizes éticas para pesquisas com seres
humanos, protegendo sua dignidade, liberdade e autonomia.
Tipos de pesquisa

Abordagem do problema: pesquisas quantitativa e qualitativa

 Pesquisa pode ser classificada de acordo com a abordagem do problema em


quantitativa ou qualitativa.

 A pesquisa quantitativa envolve números e estatísticas para obter dados


quantificáveis, enquanto a qualitativa se concentra em descrições, análises
subjetivas e interpretações.

 Ambas as abordagens têm méritos e podem ser combinadas em pesquisas quali-


quantitativas ou quanti-qualitativas, dependendo do objetivo da pesquisa e da
natureza do objeto de estudo.
Tipos de pesquisa

Objetivos da pesquisa: pesquisas exploratória, descritiva e explicativa

Pesquisa exploratória Pesquisa descritiva Pesquisa explicativa

Tem como objetivo procurar Tipo de estudo que pretende Tem o objetivo de identificar
padrões, hipóteses ou ideias. descrever os fatos e os fatores que determinam ou
fenômenos de uma realidade, que contribuem para
as características e ocorrência de fenômenos.
fenômenos.
Importância das teorias

Propósito científico

 O propósito da ciência é desenvolver teorias que expliquem


fenômenos naturais e complexos.

 Teorias, como a Epistemologia Genética de Piaget e as contribuições


de Winnicott em Psicologia do desenvolvimento, ajudam a
compreender como as crianças constroem conhecimento e lidam
com desafios emocionais.

 As teorias proporcionam uma estrutura sistemática para explicar


relações entre variáveis conhecidas.
Legados da ciência

Autores e achados científicos

Piaget: Desenvolveu a Skinner: Introduziu o Vygotsky: Destacou a relação


Epistemologia Genética, com comportamento operante, entre aprendizagem e
quatro estágios do com reforço positivo e desenvolvimento.
pensamento infantil. negativo.

Freud: Abordou a sexualidade Erikson: Teoria do Paul Baltes: Teoria life-span,


infantil e influência na desenvolvimento psicossocial, desenvolvimento ao longo da
personalidade. ciclo de vida. vida, ganhos e perdas.
Concepção, Período Pré­
natal E Perinatal
Fatores inatos e interação com o ambiente

O grupo familiar

 O desenvolvimento humano resulta da interação entre fatores inatos e


influências ambientais.

 Os grupos familiares desempenham um papel importante na coesão


social e na proteção dos membros.

 No início da vida, existem características comuns a todas as pessoas,


embora cada indivíduo seja único.

 O desenvolvimento humano segue padrões globais, mas também


incorpora variações individuais.
Fatores inatos e interação com o ambiente

Da concepção à fase embrionária

A concepção se traduz no ato de gerar uma nova vida, a partir da união de um espermatozoide com um
óvulo.
Fatores inatos e interação com o ambiente

Da concepção à fase embrionária

O desenvolvimento
O embrião fica
embrionário inicia-
O desenvolvimento A fecundação ocorre envolto em líquido
se após a
começa com uma quando um amniótico e recebe
fecundação e dura
relação sexual entre espermatozoide se nutrientes da mãe
até cerca de sete
homem e mulher. une a um óvulo através da corrente
semanas de
sanguínea.
gestação.
Fatores inatos e interação com o ambiente

Da concepção à fase embrionária

Durante a fase embrionária, o O embrião, com cerca de três a


desenvolvimento do bebê é cinco centímetros, já possui
rapidamente afetado por características humanas distintas,
substâncias nocivas, como álcool como cabeça, membros, olhos,
e drogas. nariz e sistema circulatório.

Por volta da oitava semana de


Nesse estágio, o sistema nervoso,
gestação, ele é reconhecido como
respiratório e alimentar se
feto, e os nutrientes da mãe são
desenvolvem rapidamente, tornando
repassados através do cordão
essencial o cuidado com a saúde e
umbilical, resultando em um
alimentação da mãe.
crescimento mais proporcional.
Desenvolvimento pré-natal

O feto e o período fetal

Período fetal: O feto passa por um refinamento de órgãos e


sistemas vitais durante a gestação.

Identificação do sexo: Aos 3 meses, os órgãos sexuais se tornam


visíveis, levando à curiosidade sobre o sexo do bebê.

Movimentos fetais: A partir da 4ª mês de gestação, a mãe


começa a sentir os primeiros movimentos do feto, relacionados
às habilidades de movimentação.

Desenvolvimento específico: O feto desenvolve cabelos, olhos,


glândulas sudoríparas e papilas gustativas, e começa a praticar a
respiração por volta do 6º mês de gestação.
Desenvolvimento pré-natal

Desenvolvimento no período fetal

Semana 27-28: O feto fecha


Semana 37-38: Mudança de
os olhos para dormir e os Semana 30-34: O bebê
posição para o parto, com
abre ao acordar, pesando ganha tecido adiposo, fica
mais de 2,5kg e quase 50cm.
mais de 1kg e medindo cerca mais corpulento (2kg, 40cm).
Pronto para nascer na 38ª
de 30cm. Nascimentos Seus pulmões amadurecem
semana, com organismo
prematuros podem ocorrer para respiração fora do
maduro (3,4kg, 50cm na 40ª
após a 28ª semana, mas não útero.
semana
são ideais.
Ambiente uterino e o ambiente sociocultural

Influências no período intrauterino

 Peso e comprimento do bebê variam com alimentação e tempo de


gestação.

 A cultura desempenha um papel crucial no desenvolvimento das


habilidades e na diferenciação, mesmo que todos passem pelo
mesmo processo de concepção e gestação.

 Estudos psicanalíticos investigam o desenvolvimento emocional do


feto no útero, com a ultrassonografia revelando que o ambiente
uterino é ativo, com ritmos, movimentos, e os bebês respondem às
emoções e ações da mãe.
Ambiente uterino e o ambiente sociocultural

Influências socioculturais

 O ambiente sociocultural pós-parto influencia o desenvolvimento do


bebê.

 Linguagem e representações simbólicas são transmitidas


culturalmente.

 Diferenças culturais refletem-se em celebrações e modos de vida.

 Bebês se adaptam a ambientes específicos após o nascimento.

 Interação entre fatores biológicos e culturais é dinâmica e contínua.


Experiência da mulher no trabalho de parto e tipos de
parto

Experiência da mulher no trabalho de parto

A relação entre mãe e bebê na O apego e investimento A experiência de trabalho de


gestação prepara para o parental influenciam os parto mudou ao longo dos
apego após o parto. vínculos afetivos. anos.

Antigamente, os partos eram Atualmente, a maioria das A experiência de parto é


mais comuns em casa com mulheres busca maternidades subjetiva e influenciada pela
parteiras. urbanas. percepção e estados da
mulher.
Experiência da mulher no trabalho de parto e tipos de parto

Tipos de parto

Parto normal

Parto Cesariana

Parto humanizado
Experiência da mulher no trabalho de parto e tipos de parto
Tipos de parto
No parto normal, muitas mulheres começam a sentir cólicas fortes que são chamadas de contrações. Nesse
caso, podemos encontrar as seguintes fases:

Primeira Fase
É quando ocorre o início das contrações.

Segunda fase
É marcada pela saída do líquido amniótico.
Experiência da mulher no trabalho de parto e tipos de parto
Tipos de parto

Terceira fase
Acontece a dilatação do colo do útero.

Quarta fase
É caracterizada pelo período expulsivo do feto.

E por fim, a quinta fase é quando ocorre a expulsão da placenta.


O pré-natal e o período perinatal

Importância do pré-natal

 O pré-natal acompanhado por um médico é crucial para identificar e


prevenir doenças que afetam o desenvolvimento do feto.

 Doenças como rubéola, diabetes, hipertensão e sífilis podem prejudicar


o feto se contraídas pela mãe durante a gravidez.

 A idade da mulher, pobreza e fatores emocionais também podem


afetar a gestação e o parto.

 A identificação precoce de problemas no pré-natal permite


intervenções para um desenvolvimento saudável da mãe e do bebê.
O pré-natal e o período perinatal

Método canguru

 O método canguru é um recurso utilizado para auxiliar bebês


prematuros.

 Nele, a mãe coloca o bebê sobre seu peito, promovendo a troca de


calor emocional e afetivo.

 Esse método fortalece o bebê emocionalmente e traz benefícios para


sua saúde.

 É uma alternativa de baixo custo que reduz o tempo de internação.


Desenvolvimento neuropsicomotor

Aquisição de habilidades

 Os seres humanos têm um longo período inicial de desenvolvimento.

 Isso permite a aquisição de habilidades sociais necessárias para o


convívio social.

 Os cuidados dos pais contribuem para a sobrevivência do bebê


humano.

 Essas características proporcionam uma vantagem para o


desenvolvimento do cérebro humano.
Desenvolvimento neuropsicomotor

Primeira infância

 O desenvolvimento neuropsicomotor nas crianças é progressivo e


influenciado por fatores biológicos e ambientais.

 Recém-nascidos têm limitações na visão, mas melhoram com o


tempo.

 As habilidades motoras, linguísticas e psicossociais evoluem ao longo


dos primeiros anos de vida.
Desenvolvimento neuropsicomotor

Primeira infância

Na área motora, podemos observar pequenas expressões comportamentais em bebês pequenos que vão
se tornando mais elaboradas à medida que a criança cresce. São elas:

Capacidade de se Capacidade de se deslocar Capacidade de caminhar


sustentar
Autonomia e linguagem nos primeiros dois anos

Desenvolvimento da autonomia

Estimulação física é
O desenvolvimento da
essencial, e brincadeiras
autonomia começa cedo, O progresso das habilidades
simples, como desenhar e
com crianças de dois anos pode variar de criança para
brincar com massinha, são
já sendo capazes de realizar criança.
importantes para o
algumas tarefas simples.
desenvolvimento.
Autonomia e linguagem nos primeiros dois anos

Desenvolvimento da linguagem

Todos os aspectos do
A estimulação da fala é crucial
desenvolvimento
para o desenvolvimento da
O ambiente em que a criança é neuropsicomotor estão
linguagem em crianças, que
criada determina qual idioma interligados, e a exposição
começam com balbucios e
ela aprenderá. precoce a estímulos é
palavras simples antes de
importante para a
formar frases.
aprendizagem.
Responsividade e interações afetivas

Construção dos vínculos

 Bebês são socialmente responsivos desde o nascimento e preferem


vozes e rostos humanos.

 A comunicação mãe-bebê evolui de toque para olhares e,


eventualmente, para a fala.

 Interações sociais são essenciais para a sobrevivência e


desenvolvimento humano, especialmente durante a infância.
Responsividade e interações afetivas

Parentalidade normal

A maioria dos pais possui habilidades naturais na interação com o bebê.

Compreender emocionalmente o bebê faz parte da parentalidade normal.

Interações pais-bebê afetam o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais da criança.

A comunicação entre pais e bebês se torna mais intensa e dialógica ao longo do tempo.

A parentalidade envolve uma via de mão dupla, onde o bebê fornece sinais e os pais/cuidadores respondem a eles de
forma sensível.
Aspectos Neurobiológicos

Plasticidade cerebral

 A plasticidade cerebral é a capacidade do cérebro humano de continuar a se


desenvolver após o nascimento.

 Isso permite um período de infância estendida, em que as crianças têm muito a


aprender.

 O nascimento com cérebros incompletamente desenvolvidos foi adaptativo


para a evolução humana, devido às mudanças na postura.

 Muitos processos diferentes no corpo trabalham juntos para permitir a


realização de ações cotidianas, como piscar os olhos ou mover a cabeça em
direção a um som.
Responsividade e interações afetivas

Características do cérebro

 O cérebro é capaz de realizar múltiplas ações simultaneamente,


coordenando funções como atravessar uma rua enquanto outras
funções do corpo continuam a operar.

 O sistema nervoso, órgãos sensoriais, músculos e glândulas trabalham


juntos para entender o ambiente e manter o corpo funcionando.

 A percepção do mundo pode variar de pessoa para pessoa com base


em crenças e valores individuais.

 Os neurônios são células que transmitem informações através de


sinapses, formando uma rede de conexões chamada de
neuroplasticidade.
Desenvolvimento neurológico e afetividade

Desenvolvimento cerebral

 O desenvolvimento cerebral de bebês é influenciado por


emoções e interações emocionais.

 O córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro ligada às emoções,


se desenvolve principalmente após o nascimento.

 As experiências do bebê são moduladas pelo ambiente e pelas


interações com outras pessoas.

 Expressões emocionais, como sorrisos e choros, são maneiras


pelas quais os bebês se comunicam e interagem com o
ambiente.
Prejuízos decorrentes de ambientes de privação

Ambiente e desenvolvimento cerebral

Ambientes ricos em estímulos positivos podem aumentar as sinapses nos neurônios, enquanto ambientes empobrecidos
podem ter efeitos negativos no desenvolvimento cerebral.

A experiência ambiental influencia a mielinização cerebral, especialmente em bebês, sendo crucial para o
desenvolvimento cerebral.

As interações dos bebês com os outros os ajudam a aprender a relacionar expressões e comportamentos com
sentimentos de prazer ou desprazer.

O ambiente exerce um impacto significativo no desenvolvimento cerebral e pode afetar profundamente a atividade
neural.
Prejuízos decorrentes de ambientes de privação

Danos causados

 Vínculos fracos na infância prejudicam o


desenvolvimento cerebral.

 A falta de relações interpessoais nos primeiros anos


afeta habilidades sociais e o corpo caloso.

 Parentalidade influencia as reações hormonais,


impactando o desenvolvimento cerebral.

 Ambientes com conflitos familiares e negligência


prejudicam o desenvolvimento emocional.

Ilustração do cérebro, indicando o corpo caloso.


Desenvolvimento Na
Infância
Conceito de infância

No passado, a infância era vista como uma versão em miniatura


da idade adulta, e as crianças não eram tratadas de forma
especial.

As classes sociais influenciaram a vida das crianças, com as mais


privilegiadas recebendo alguma educação e as menos
privilegiadas trabalhando desde cedo.

A ideia de infância como um período de desenvolvimento


especial surgiu no século XVII, separando crianças dos assuntos
dos adultos e introduzindo a educação graduada.

A revolução na compreensão do desenvolvimento infantil


ocorreu com a Psicologia, a Medicina e as neurociências,
permitindo o estudo organizado das características das crianças.
Conceito de crescimento e desenvolvimento
No passado, "crescimento" e "desenvolvimento" eram
considerados conceitos separados, com crescimento O crescimento é influenciado por fatores intrínsecos
referindo-se aos aspectos físicos e desenvolvimento aos (genéticos) e extrínsecos (ambientais, como saúde,
aspectos mentais. alimentação e cuidados gerais).

Hoje, esses termos são vistos como interconectados, A infância é dividida em três fases: primeira infância (0-
com crescimento abrangendo o aumento do tamanho 2/3 anos), segunda infância (2/3 anos até 6 anos) e
corporal e desenvolvimento envolvendo tanto aspectos terceira infância (6-11 anos), com ênfase na importância
físicos quanto mentais. dos primeiros anos para o desenvolvimento infantil.
Primeira infância

As crianças crescem mais


A primeira infância abrange o rapidamente durante o A genética e o ambiente
período de 0 a 3 anos, crucial primeiro ano, com um aumento desempenham papéis na
para o desenvolvimento de altura de cerca de 25cm a determinação do tipo corporal,
cerebral e a aquisição de 30cm. O crescimento continua, dentição e aquisição da
habilidades. mas em um ritmo mais lento linguagem durante essa fase.
dos 3 aos 11 anos.
Segunda infância

 Na segunda infância (3 a 6 anos), as crianças crescem, ficam mais


magras e desenvolvem habilidades motoras, como correr e pular.

 Elas preferem usar uma mão para atividades específicas, e os meninos


têm maior probabilidade de serem canhotos.

 O jogo do "faz-de-conta" é essencial para o desenvolvimento, ajudando


as crianças a explorar, aprender sobre gênero e desenvolver habilidades
sociais.

 Aquisição de linguagem é crucial, com as crianças expandindo seu


vocabulário e começando a explorar a leitura.
Terceira infância

 Na terceira infância (6 a 11 anos), as crianças desenvolvem um


pensamento mais objetivo e deixam de ser egocêntricas.

 Aquisição de conceitos como distância, tempo, classes, relações e


número ocorre nessa fase.

 A família continua a ser importante, mas a escola desempenha um


papel relevante no desenvolvimento da criança.

 O crescimento físico é mais lento do que na segunda infância, com


ganhos anuais de altura e peso. As habilidades motoras continuam a
ser aprimoradas, especialmente em jogos ativos, mais comuns entre os
meninos.
Pensadores sobre o desenvolvimento infantil

Friedrich Fröbel Lev Vygotsky Jean Piaget

Via as crianças como seres enfatizava a importância das identificou quatro períodos no
divinos e defendia atividades interações sociais no desenvolvimento infantil com
que respeitassem suas desenvolvimento infantil. base na evolução do
naturezas. pensamento.
Primeira infância

 Os bebês exploram o mundo através da sucção, visão, audição e


preensão.

 Começam a levantar a cabeça para alcançar objetos e param de chorar


quando acariciados.

 Demonstram interesse pelas consequências de seus atos, como jogar


objetos e agitar coisas para produzir sons.

 Desenvolvem a capacidade de estabelecer relações causais entre suas


ações e eventos no ambiente.
Segunda infância e cognição

 A curiosidade intelectual expande, e a função simbólica, linguagem e formação


de conceitos se desenvolvem.

 As crianças podem representar pessoas e objetos ausentes e imaginar


situações que não são imediatamente reais.

 A ação dos pais é crucial para apoiar a curiosidade intelectual da criança e


corrigir seus conceitos.

 O raciocínio das crianças nessa faixa etária é caracterizado por egocentrismo,


falta de conservação de quantidades e pensamento intuitivo. Essas
características começam a se tornar reversíveis por volta dos 6 anos.
Terceira infância e cognição

O pensamento e raciocínio da criança são caracterizados pelo uso de sistemas logicamente organizados.

A classificação é um aspecto importante, com a criança desenvolvendo a capacidade de entender


hierarquias de classes e realizar classificações com conceitos abstratos por volta dos 11 anos.

A seriação também se desenvolve, permitindo à criança ordenar elementos com base em grandezas
crescentes ou decrescentes, o que ajuda na compreensão de conceitos como passado, presente e futuro.
Marcos na infância

 UNICEF e OMS lançaram documento sobre desenvolvimento


infantil.

 Brasil publicou manuais de atenção à criança, incluindo


acompanhamento do crescimento.

 Manuais tinham fichas com marcos de desenvolvimento e


orientações para pais e cuidadores.
Marcos na infância

Criação do Cartão da Criança

 Foi criado no início do século XX para acompanhar o


desenvolvimento infantil.

 Destaca a importância do acompanhamento do crescimento e


desenvolvimento.

 Utiliza marcos tradicionais para avaliar o desenvolvimento.

 Recomenda escutar os pais, considerar a história clínica e realizar


exames para formar um quadro completo.

 Tem uma tabela de avaliação com 4 categorias: Maturativo,


Psicomotor, Social e Psíquico.
Marcos de desenvolvimento

Fatores de desenvolvimento

Segundo Amaral (2007), existem 6 fatores de desenvolvimento:

Hereditariedade Crescimento orgânico Amadurecimento


neurofisiológico

Meio ambiente Desnutrição infantil Doenças, estresse e


hormônios
Marcos de desenvolvimento

Marcos do desenvolvimento motor

 Envolve uma série de marcos que representam conquistas


motoras sequenciais.

 Esses marcos não são isolados, mas se desenvolvem


sistematicamente.

 Cada conquista prepara a criança para as próximas fases do


desenvolvimento motor.
Marcos do desenvolvimento do Cartão da Criança

Relação de marcos da primeira infância


1 a 2 meses
Neste período, o leite materno protege o bebê, que raramente adoece.

3 a 4 meses
O bebê fica mais ativo e já olha para quem o observa, consegue acompanhar o olhar respondendo
com sons.

5 a 6 meses
O bebê já consegue perceber uma interação social, sabe quando se dirigem a ele.

7 a 9 meses
O bebê mesmo sendo amamentado, tem vontade de experimentar outros alimentos.
Marcos do desenvolvimento do Cartão da Criança

Relação de marcos da segunda e terceira infâncias

2 a 3 anos

A criança gosta da ajuda que recebe para se vestir. Está ficando sabida:
dá nomes aos objetos, diz seu próprio nome e fala "meu".

3 a 4 anos

Gosta de brincar com outras crianças. Tem interesse em aprender sobre


tudo o que a cerca, inclusive contar e reconhecer as cores.
Marcos do desenvolvimento do Cartão da Criança

Relação de marcos da segunda e terceira infâncias

4 a 6 anos

A criança gosta de ouvir histórias, aprender canções, ver livros e folhear


revistas. Veste-se e toma banho sozinha.

7 anos

A criança está concluindo o seu processo de alfabetização e já consegue


manter o interesse por leituras com livros maiores e mais complexos.
Marcos do desenvolvimento do Cartão da Criança

Relação de marcos da segunda e terceira infâncias

8 anos

Nessa etapa do descobrimento, a criança já conhece seus interesses e


gostos pessoais e está pronta para ótimas e sólidas relações de amizade.

9 anos
Essa é a fase intermediária para a pré-adolescência. Pode ocorrer uma
mudança, menos vontade de brincadeiras lúdicas e mais interesse pelas
atividades mais “adultas”, como séries de TV, livros, celular, jogos,
relações sociais
Marcos sociais e emocionais da infância

Marco da aquisição da linguagem

 Começa por volta dos 14 meses de vida.

 A fala inicial não é uma versão imatura da fala adulta, mas tem
características distintas.

 Crianças simplificam a fala inicialmente, usando falas telegráficas para


se comunicar.

 À medida que crescem, as crianças aumentam seu vocabulário e a


complexidade de suas frases.
Marcos sociais e emocionais da infância

Marco da escola – o primeiro ano!

 O ingresso no primeiro ano escolar é um momento significativo


na vida da criança.

 Isso marca o início de sua jornada educacional e gera emoções


mistas de alegria e ansiedade.

 O boletim do primeiro ano oferece uma previsão valiosa do


desempenho futuro da criança na escola.

 É um marco crucial que prepara as bases para sua carreira


acadêmica.
Marcos sociais e emocionais da infância

Marco da idade escolar (terceira infância) e pré-adolescência

 Idade escolar (6-11 anos): Crescimento cognitivo, compreensão


emocional e influência do ambiente familiar e escolar.

 Interações com pares promovem habilidades sociais e identidade.

 Adolescência traz mudanças físicas, cognitivas e psicossociais,


preparando para a autonomia e vida produtiva.
Desenvolvimento Na
Adolescência
Conceitos básicos em puberdade e adolescência

Puberdade e adolescência

 Adolescência: Período biopsicossocial geralmente dos 10 aos 20 anos


(segundo a OMS).

 Puberdade: Mudanças corporais no início da adolescência.

 Não há necessariamente uma relação de causa e efeito entre


puberdade e adolescência.

 Adolescência é um período de mudanças comportamentais,


independentemente da puberdade.
Conceitos básicos em puberdade e adolescência

Mudanças físicas da puberdade

Adolescência para meninos Adolescência para meninas


A idade mediana dos meninos para Em média, as meninas começam a
a entrada na puberdade é 12 anos, apresentar as mudanças da
mas eles podem começar a puberdade dos 8 aos 10 anos.
apresentar mudanças entre 9 e 16
anos.
Conceitos básicos em puberdade e adolescência

Mudanças físicas da puberdade

Meninos Meninas
Os testículos aumentam, há Surgem mamas e pelos pubianos,
crescimento dos genitais com aumento dos ovários e
masculinos, massa muscular e produção de estrogênio.
pelos corporais, devido ao
aumento da produção de
testosterona.
Conceitos básicos em puberdade e adolescência

Os hormônios na puberdade

Características Femininas Características Masculinas


• Crescimento dos seios: 6-13 anos. • Crescimento dos testículos e escroto: 10-
• Crescimento dos pelos pubianos: 6-14 anos. 13,5 anos.
• Crescimento corporal: 9,5-14,5 anos. • Crescimento dos pelos pubianos: 12-16
• Menarca (primeira menstruação): 10-16,5 anos.
anos. • Crescimento corporal: 10,5-16 anos.
• Pelos axilares: Cerca de dois anos após o • Crescimento do pênis, próstata e vesículas
aparecimento de pelos pubianos. seminais: 11-14,5 anos.
• Aumento na produção das glândulas • Alteração na voz: Aproximadamente na
sebáceas e sudoríparas (pode causar acne). mesma época que o crescimento do pênis.
• Primeira ejaculação de sêmen.
Conceitos básicos em puberdade e adolescência

Adolescência e ritual de passagem

 Os ritos de passagem são práticas culturais que marcam a transição da infância para a idade
adulta, podendo incluir rituais religiosos, desafios físicos e marcações simbólicas no corpo.

 Um exemplo é o bar mitzvah e o bat mitzvah na cultura judaica, que celebram a chegada dos
13 anos e a responsabilidade religiosa.

 Na sociedade ocidental, marcos legais como o direito de dirigir, votar e casar são usados para
determinar a maioridade.

 Emancipação é o processo legal que permite que indivíduos menores de 18 anos adquiram
capacidade legal antes da idade adulta.
A adolescência ao longo dos séculos

Na Grécia Clássica, não havia adolescência; as crianças eram educadas em casa e


depois os meninos recebiam educação cívica e militar, enquanto as meninas se
preparavam para a maternidade.

Na Roma Antiga, aos 12 anos, tanto meninos quanto meninas passavam para a
vida adulta e casavam-se cedo.

Na Idade Média, não havia uma distinção clara de idade, com a adolescência
entre 14 e 21 anos.

A adolescência como conceito moderno surgiu nos séculos XIX e XX, com as
Ciências Sociais legitimando-a como fenômeno social.
A adolescência ao longo dos séculos

Adolescência no século XXI

 A adolescência no século XXI é influenciada pela tecnologia e


globalização.

 Há maior mistura entre adolescentes e adultos, com diálogo e


convivência mais amistosa.

 Em algumas classes sociais, a adolescência não é destacada devido ao


trabalho infantil.

 A sociedade contemporânea vê uma adolescência prolongada, com


jovens acumulando estudos, mas muitos ainda não têm independência
financeira.
Importância e fases da adolescência no desenvolvimento

Importância da adolescência

 A adolescência se tornou mais complexa devido ao alongamento


do tempo entre infância e idade adulta nas sociedades modernas.

 Alguns teóricos veem a adolescência como uma invenção social,


enquanto outros a consideram um estágio de desenvolvimento
do ego e das funções cognitivas.

 Durante a adolescência, os indivíduos enfrentam tarefas


importantes, como definir a identidade, escolher uma carreira e
desenvolver autonomia moral.

 As fases da adolescência envolvem mudanças significativas na


cognição e no julgamento.
Importância e fases da adolescência no desenvolvimento

Fases da adolescência

Baixa adolescência Adolescência Final do período


As fases do desenvolvimento cognitivo

Desenvolvimento cognitivo

Durante a adolescência, ocorrem mudanças físicas e de pensamento. Os


adolescentes são capazes de raciocinar de forma abstrata, fazer
julgamentos morais sofisticados e planejar o futuro de maneira mais
realista.
As fases do desenvolvimento cognitivo

A teoria de Piaget e as operações formais


 Piaget identificou quatro estágios de desenvolvimento cognitivo, com
o último sendo as operações formais, alcançado geralmente na
adolescência.

 Nas operações formais, os adolescentes podem elaborar pensamentos


abstratos, compreender conceitos complexos e raciocinar
hipoteticamente.

 A maturação cerebral e as oportunidades ambientais, como educação


e cultura, influenciam o desenvolvimento das operações formais.

 Os estudos microgenéticos confirmaram as análises de Piaget sobre as


diferenças entre operações concretas e formais, destacando a
importância da estimulação ambiental adequada.
As fases do desenvolvimento cognitivo

A teoria de Elkind e a imaturidade do adolescente

Encontrar defeitos nas figuras


Tendência a discutir Indecisão
de autoridade

Suposição de
Hipocrisia aparente Autoconsciência
invulnerabilidade
As fases do desenvolvimento cognitivo

A teoria de Kohlberg e o julgamento moral

Kohlberg propôs três níveis de desenvolvimento moral: pré-convencional, convencional e pós-convencional.

No nível pré-convencional, as pessoas seguem regras para evitar punições ou obter recompensas.

No nível convencional, seguem normas sociais e buscam agradar aos outros.

No nível pós-convencional, fazem julgamentos morais baseados em princípios de justiça.

O desenvolvimento moral não necessariamente acompanha o desenvolvimento cognitivo, sendo influenciado


por fatores emocionais e experiências de vida.
A escolha vocacional

Questões vocacionais e profissionais

 A escola desempenha um papel fundamental na vida dos adolescentes.

 Escolher uma carreira é uma decisão significativa que requer autoconhecimento e orientação.

 A orientação profissional deve envolver pais, professores e amigos.

 A escolha profissional afeta o desenvolvimento pessoal e a sociedade.


Vivências na adolescência

A estranheza da maioridade

 A adolescência é um estágio de oportunidades e riscos, marcando a


transição para a vida adulta.

 Fatores físicos e cognitivos, como a aparência e o desempenho


escolar, contribuem para a formação da identidade dos adolescentes.

 Os adolescentes estão no limiar de decisões importantes relacionadas


ao amor, carreira e participação na sociedade adulta.
Identidade e adolescência

Desenvolvimento psicossocial do adolescente: teorias

 Freud via o desenvolvimento da personalidade na adolescência como resultado de


experiências psicossexuais da infância.

 Piaget enfatizava a importância do desenvolvimento cognitivo e da autonomia nas


escolhas responsáveis dos adolescentes.

 Erikson, por sua vez, destacava o desenvolvimento do ego como um processo


vitalício, com crises de identidade a serem resolvidas em cada estágio de
maturação.

 Diferentes teorias oferecem perspectivas variadas sobre o desenvolvimento


psicossocial dos adolescentes.
Identidade e adolescência

A teoria psicossocial de Erikson

 Erikson descreve a adolescência como uma "moratória psicossocial",


um período de exploração da identidade com apoio da família.

 A crise de identidade é central em sua teoria, raramente resolvida na


adolescência e retornando na vida adulta.

 Formar identidade envolve organizar habilidades, interesses e valores, e


Erikson destaca três questões: ocupação, valores e identidade sexual.

 A fidelidade desempenha um papel-chave na resolução da crise de


identidade, ligada à lealdade a valores, ideologias e relacionamentos.
Identidade e adolescência

A teoria de Elkind

Elkind elaborou um conjunto de consequências derivadas do desenvolvimento cognitivo do adolescente


segundo Piaget (LOCATELLI, 2004):

Capacidade de lidar com a Capacidade de usar a Capacidade de construir


lógica combinatória introspecção ideias
Identidade e adolescência

A teoria de Elkind

 Identidade pode ser desenvolvida de duas formas: diferenciação e


integração (mais saudável) e substituição (menos saudável).

 Substituição cria uma "identidade de colcha de retalhos", levando a


fraca autoestima e vulnerabilidade ao estresse.

 Jovens com identidades fragmentadas podem enfrentar problemas


como abuso de drogas e comportamento violento.

 A influência dos pais e uma criação democrática podem ajudar os


adolescentes a desenvolver uma identidade mais sólida.
Os relacionamentos na adolescência

Relacionamentos na sociedade adulta: rebeldia, família e amigos

 Adolescência é uma época de maior convívio com amigos e menos com a família,
mas os valores dos adolescentes frequentemente se assemelham aos de seus pais.

 Embora a adolescência seja frequentemente associada à rebeldia, pesquisas


sugerem que menos de 20% dos adolescentes se encaixam nesse padrão.

 A ideia da rebeldia adolescente remonta à teoria de G. Stanley Hall, que acreditava


que a transformação física e as demandas da idade adulta causavam conflitos
intergeracionais.

 A maioria dos adolescentes não passa por uma rebelião extrema contra a sociedade
adulta.
Os relacionamentos na adolescência

Conflito familiar

 Tanto os adolescentes quanto os pais enfrentam tensões e


conflitos durante a transição para a independência.

 Os pais desejam que seus filhos se tornem independentes,


mas também querem protegê-los de comportamentos
imaturos.

 Estilos parentais de criação podem influenciar a dinâmica


familiar e os relacionamentos afetivos.

 A maioria dos conflitos familiares com adolescentes se


concentra em questões cotidianas
Os relacionamentos na adolescência

Amizades

 As amizades na adolescência são mais igualitárias e baseadas em


escolha e comprometimento.

 Elas são mais instáveis do que os relacionamentos familiares, mas o


tempo gasto com amigos é significativo durante a adolescência.

 A intimidade, lealdade e compartilhamento de confidências são


características das amizades adolescentes e refletem o
desenvolvimento cognitivo.

 A capacidade de intimidade está relacionada com a adaptação


psicológica e a competência social dos adolescentes.
Desenvolvimento psicossocial positivo

Perspectivas para a adolescência saudável

 A adolescência é um período de mudanças intensas em


busca de independência, identidade e relacionamentos
significativos.

 Para um desenvolvimento psicossocial saudável, é


importante ter um ambiente familiar de apoio, redes sociais
positivas e oportunidades para experimentar e explorar.

 A responsividade dos pais, incluindo apoio emocional e


comunicação, é essencial para promover a autonomia dos
adolescentes.
Etapas da adolescência

Adolescência e sua cronologia

As principais etapas da adolescência incluem a adolescência inicial (10-


14 anos), caracterizada pelo rápido crescimento e entrada na puberdade;
a adolescência média (14-17 anos), marcada pelo desenvolvimento
intelectual e valorização do grupo; e a adolescência tardia (17-20 anos),
quando as transformações anteriores se consolidam.

Alguns estudiosos estendem a adolescência até os 24 anos devido a


questões fisiológicas e socioculturais.
As características psicológicas da adolescência

 A adolescência é um período de conflitos e incertezas em que a


criança busca estabilizar sua maturidade e desenvolver uma
identidade adulta.

 Aberastury e Knobel identificaram a síndrome da adolescência


normal, que engloba comportamentos e mudanças típicas dessa
fase, entre 12 e 18 anos.

 Os adolescentes enfrentam três lutos: a perda do corpo infantil, da


identidade da infância e da figura protetora dos pais.

 A forma como cada adolescente elabora esses lutos pode


influenciar a intensidade dos conflitos e perturbações durante essa
fase.
As características psicológicas da adolescência

Características da síndrome da adolescência normal

Busca de si mesmo e da identidade

Tendência grupal

Necessidade de intelectualizar e fantasiar

Crises religiosas

Deslocamento temporal

Evolução sexual do autoerotismo à heterossexualidade


As características psicológicas da adolescência

Características da síndrome da adolescência normal

Atitude social reivindicatória

Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta

Separação progressiva dos pais

Constantes flutuações do humor


Desenvolvimento na
idade adulta e terceira
idade
Considerações sobre o desenvolvimento na vida adulta

Entendendo o desenvolvimento após a adolescência

 A transição para a vida adulta envolve expectativas de independência e


responsabilidade.

 Não há uma definição única do que significa ser adulto, e isso pode
variar de acordo com as circunstâncias e as mudanças sociais.

 A idade por si só não explica completamente o desenvolvimento


humano, pois as mudanças são influenciadas por diversos fatores.

 Existem diferentes divisões da vida adulta propostas por estudiosos,


incluindo jovem adulto, vida adulta intermediária e vida adulta tardia,
ou idade adulta, meia-idade e velhice, entre outras.
Considerações sobre o desenvolvimento na vida adulta

Entendendo o desenvolvimento após a adolescência

Conheça a seguir os termos que adotaremos para nossos estudos:

Jovem adulto Meia-idade Idoso


Encontra-se no início da vida Adultos que estão no período Faz parte da classificação da
adulta, com idade de 20 aos da vida adulta intermediária, vida adulta tardia, com 66
40 anos. cuja idade seria em torno dos anos em diante.
40 a 60 anos.
Mudanças físicas no jovem adulto

Auge físico do jovem adulto

 O auge físico do jovem adulto ocorre entre 25 e 30 anos, marcado por


boa saúde e energia.

 Mudanças físicas relacionadas ao envelhecimento variam entre órgãos


e indivíduos.

 Fatores comportamentais, como dieta e exercício, influenciam


significativamente a saúde na vida adulta.

 Saúde mental é geralmente boa, mas problemas como depressão e


abuso de álcool podem surgir, e relacionamentos sociais afetam a
saúde.
Mudanças físicas na meia-idade

Declínio físico na meia-idade?

 Na meia-idade, a maioria das pessoas permanece saudável e sem


restrições físicas significativas.

 Mudanças físicas incluem redução da acuidade visual e auditiva, perda


óssea, sintomas da menopausa nas mulheres e disfunção erétil nos
homens.

 A meia-idade traz um aumento no risco de doenças crônicas, como


câncer e doenças cardíacas, bem como maior suscetibilidade ao
estresse e problemas emocionais.

 O estresse pode afetar negativamente a saúde, enquanto emoções


positivas estão associadas a um melhor bem-estar.
Mudanças físicas no idoso

O que esperar fisicamente do idoso?

 O envelhecimento se reflete em mudanças físicas, como rugas e


cabelos brancos.

 Os sistemas corporais, como o urinário e o digestivo, sofrem alterações


que podem levar a incontinência urinária e problemas digestivos.

 As mudanças sexuais afetam a função sexual, mas não a impedem


totalmente.

 O sistema nervoso também sofre alterações, incluindo problemas de


memória e distúrbios do sono, com a demência, como a doença de
Alzheimer, sendo mais comum em idosos.
Mudanças cognitivas no jovem adulto

Alguns adultos jovens assumem


Na fase adulta, há uma ênfase responsabilidades em sistemas
Eles passam a usar o em solucionar problemas sociais ou movimentos sociais,
conhecimento para alcançar práticos relacionados às enfrentando relacionamentos
metas pessoais e profissionais. responsabilidades com a família complexos em múltiplos níveis
e o trabalho. e utilizando o conhecimento
para sustentá-los.
Mudanças cognitivas na meia-idade

Integração de lógica, intuição, Busca por educação adicional para


emoção e informações aprimorar habilidades e
conflitantes no pensamento. conhecimentos é comum.

Perda de memória é normal, mas


Teoria Triárquica da Inteligência
geralmente não é significativa.
identifica três aspectos da
Exercício regular é importante
inteligência: analítico, criativo e
para manter habilidades
prático.
cognitivas.
Mudanças cognitivas no idoso

 Variação ampla no funcionamento cognitivo entre os idosos.

 Eficiência na resolução de problemas práticos com


significado emocional.

 Memórias sensorial, semântica e de procedimento


permanecem robustas, mas memória de trabalho e
episódica podem declinar.

 Idosos podem demonstrar plasticidade cognitiva e se


beneficiar de treinamento.
Mudanças cognitivas no idoso

Estágios cognitivos no idoso (teoria de Schaie):

1. Estágio reorganizativo: Reorganização após a aposentadoria.


2. Estágio reintegrativo: Foco em atividades significativas na vida
adulta tardia.
3. Estágio de criação de herança: Preparação para a morte e legados
para os entes queridos.
Mudanças psicossociais no jovem adulto

 Período de experimentação e autonomia na vida adulta inicial.

 Busca por emprego estável e relacionamentos amorosos de longo prazo.

 Processo de recentralização: ocorre em três estágios e o poder, a


responsabilidade e tomada de decisão vão aos poucos sendo
transferidos da família de origem para o adulto jovem independente.
Mudanças psicossociais no jovem adulto

Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3


A pessoa ainda pertence à A pessoa pode estar de certa Perto dos 30 anos, esse
família de origem, porém forma ligada à família de período relaciona-se com a
espera-se que a autoconfiança origem, e depender dela independência dos pais (mas
e o autodirecionamento financeiramente, porém, não tem relacionamento próximo
comecem a aumentar. A sua sente que pertence mais a com eles), o compromisso
casa é ainda identificada ela. Envolvimentos ainda não com uma profissão, com um
como aquela em que vivem os definitivos, universidade, relacionamento afetivo, e
pais. trabalho e relacionamentos quem sabe até filhos.
íntimos são aspectos dessa
fase.
Mudanças psicossociais na meia-idade

 A meia-idade envolve mudanças e estabilidade no


desenvolvimento da personalidade.

 Não há uma crise normativa, mas sim uma transição psicológica


nessa fase.

 Relacionamentos influenciam a saúde mental e física, com


melhorias após os filhos saírem de casa.

 O apoio emocional dos amigos é importante, mesmo com menos


tempo para estar com eles.
Mudanças psicossociais no idoso

 Muitos idosos continuam trabalhando, mesmo após a


aposentadoria, seja em novas profissões ou como voluntários.

 A maioria das idosas prefere viver sozinhas, e o isolamento social é


um risco para a saúde mental e física dos idosos.

 Relacionamentos são importantes na velhice, mesmo que não se


vejam com frequência, e a interação social contribui para a saúde e
a satisfação do idoso.

 Casamentos que duram até a velhice tendem a ser relativamente


felizes, e há um aumento no número de idosos viúvos que se casam
novamente. Divórcios na velhice são raros.
Crises previstas na vida adulta

 O envelhecimento é um processo normal com mudanças e


vulnerabilidades.

 Eventos marcantes da vida, como casamento, divórcio, emprego e


aposentadoria, são considerados crises que afetam o desenvolvimento
humano.

 Fatores como valores, crenças e experiências de vida influenciam a


forma como as pessoas lidam com essas crises.

 A Teoria de Erik Erikson destaca oito estágios do desenvolvimento, cada


um com conflitos específicos que afetam a saúde mental e o
ajustamento ao longo da vida adulta.
Conflitos emergentes no jovem adulto

 O jovem adulto enfrenta o desafio de construir relacionamentos


íntimos e duradouros.

 Se não conseguem, podem se tornar isolados, mas também precisam


de algum tempo para reflexão.

 A resolução desses conflitos pode levar ao desenvolvimento de um


sentido ético e ao compromisso nos relacionamentos.

 Por volta dos 30 anos, os jovens adultos se concentram em provar


sua competência na sociedade e nas escolhas que fazem.
Conflitos emergentes na meia-idade

 Na meia-idade, os adultos precisam assumir compromissos


significativos com o futuro e as gerações futuras.

 A Teoria de Erikson destaca o conflito entre produtividade


(generatividade) e estagnação nesse estágio.

 A generatividade envolve contribuir para o bem-estar da sociedade e


das próximas gerações, indo além do contexto familiar.

 A busca por renovar o propósito de vida nesse estágio pode levar a uma
nova estabilidade e felicidade pessoal, especialmente se a pessoa
aceitar que ninguém a compreenderá perfeitamente.
Conflitos emergentes no idoso

Perda da posição social Pobreza Solidão

Aflição ou angústia Dependência Medos diversos

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