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É uma extensa entrevista sobre a história de vida da pessoa, um tipo de entrevista para se
investigar a história do examinando, ou seja, os aspectos relevantes para o entendimento
da queixa. A anamnese não é uma técnica exclusiva do psicólogo, na área de saúde, ela é
amplamente utilizada para o entendimento de fatores envolvidos no processo
saúde-doença.
Nem sempre a cronologia da história está clara, fazendo com que exponham suas ideias e
pensamentos de forma não organizada. O psicólogo pode auxiliar nessa etapa utilizando o
controle da história, por exemplo perguntar ‘’isso foi antes ou depois dela caminhar?’’ e etc.
O fato das informações serem filtradas pela percepção de quem é entrevistado, e por vezes,
sujeitas a falhas em virtude de resistência, esquecimento, distorções, omissões ou
manipulações intencionadas. Além disso, nem sempre o psicólogo está ciente de todas as
questões a serem tratadas, sendo necessário retomá-las nas sessões posteriores do
processo de psicodiagnóstico.
O psicólogo precisa ter habilidades para perguntar, escutar, prestar atenção no informante e
anotar o que ele diz. As respostas do entrevistado devem ser anotadas com exatidão e,
preferencialmente, nas palavras dele, a fim de se evitar interferências da interpretação do
psicólogo no registro. Anotar ao mesmo tempo em que se escuta pode ser desafiador,
podendo-se perder informações da observação e causar certo distanciamento do
informante. Confiar na memória e anotar tudo após a sessão pode ser arriscado, pois as
informações serão filtradas pela escuta do psicólogo, perdendo-se partes importantes da
fala do informante. Uma alternativa pouco utilizada é a gravação em áudio da entrevista de
anamnese. As principais vantagens dessa forma de registro são a fidedignidade dos dados
coletados, podendo-se rever a gravação e confirmar todos os detalhes quando se tem
dúvidas.
10) Quais questões mais gerais são sugeridas no texto para cada grupo etário para
evitar que a anamnese fique muito extensa?
Para que a anamnese não fique muito extensa, o psicólogo não precisa perguntar sobre
esses fatores um a um, mas pode fazer uma questão mais geral sobre se houve algum
problema em determinada área e explorar respostas positivas do informante.
Recomendamos a utilização de um roteiro básico, que deve permitir a inclusão ou a
redução de questões de acordo com as informações que vão sendo coletadas na entrevista.
Caso não haja instrumentos disponíveis, podemos utilizar técnicas ou tarefas com
o objetivo de entender melhor o paciente. Em tais situações, como não há um
padrão de aplicação e análise, é ainda mais indispensável um bom embasamento
teórico, que guiará a estratégia de avaliação. Ainda, há situações em que não há
instrumento algum, sendo o psicólogo o principal instrumento. Por isso, ter
habilidade em diversas técnicas de entrevista, conhecer recursos acessíveis para
as diferentes faixas etárias, ter habilidades interpessoais para o levantamento de
demandas junto a pessoas próximas essenciais ao entendimento do caso ou
mesmo profissionais envolvidos são condições para fazer uma boa avaliação.
De forma mais didática, podemos dizer que a escolha de instrumentos deve considerar os
seguintes passos: 1) o que quero avaliar?; 2) quais os instrumentos e técnicas disponíveis
que avaliam isso que quero saber considerando a idade do avaliando?; e 3) sei usar tais
instrumentos e técnicas?.