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RESUMO P2 - TEORIAS DA PERSONALIDADE – 12/06

JUNG
 Em seu livro “TIPOS PSICOLÓGICOS”, JUNG, analisa os padrões de personalidade, a
partir duas “atitudes” opostas, conhecidas como: EXTROVERSÃO E INTROVERSÃO.

 INTROVERSÃO – característica da pessoa voltada para si mesma, que absorve


informações externas, mas não as repassa com facilidade, pensa muito antes de qualquer
ação. ( preferência por menos ambientes estimulantes ) O INTROVERTIDO
se sente mais confortável com seus próprios pensamentos e sentimentos.

 EXTROVERSÃO – descreve as pessoas que gostam de interagir e geralmente são


sociáveis, e comunicam bem seus conhecimentos e sentimentos, porém tendem a ter
ansiedade em função da necessidade de comunicação. ( preferência por + ambientes
estimulantes ) O EXTROVERTIDO se sente muito bem quando lida com outras
pessoas.

 JUNG concluiu que a INTROVERSÃO E EXTROVERSÃO são tendências presentes em


nossa personalidade, obedecendo a um critério de preponderação, no sentido de que o
introvertido possui a extroversão em alguma proporção e o contrário também. Se uma
pessoa tem 50% de introversão e 50% de extroversão, ou níveis próximos a estes,
podemos dizer que ela tem AMBIVERSÃO.

FUNÇÃO PSÍQUICA OU FUNÇÃO PSICOLÓGICA: TEMPERAMENTO + MODULAÇÃO

 É uma atividade da psiquê que apresenta uma consistência interna, sendo uma
atribuição congênita, que estabelece habilidades, aptidões e tendências no
relacionamento do indivíduo com o mundo e consigo mesmo. O modo preferencial de
uma pessoa reagir ao mundo deve-se dentre outras razões:

 À herança genética
 Às influências familiares
 Às experiências que o indivíduo tem ao longo da vida

 NATURE (genética e fatores hereditários) / NURTURE (ambiente, criação e


experiências)

 JUNG identificou que as funções psíquicas (sensação, pensamentos, sentimento e


intuição) junto com a introversão e extroversão, representam os tipos psicológicos,
apresentando duas maneiras opostas de percebermos as coisas: SENSAÇÃO E
INTUIÇÃO. E outras duas que usamos no julgamento dos fatos: PENSAMENTO E
SENTIMENTO.

 JUNG formulou quatro funções da psique: Pensamento e Sentimento – funções da


razão ( envolvem julgar e avaliar experiências ) / Intuição e Sensação – funções da não
razão ( constatam experiências mas não avaliam )

1. Função Pensamento – cálculo e reflexão orientam a tomada de decisão. Função


racional. Predominam critérios impessoais com a razão e a reflexão apontando o
que é melhor.

2. Função Sentimento – quem usa o sentimento julga o valor intrínseco das coisas,
tendem a valorizar os sentimentos em suas avaliações e preocupa-se com a harmonia
do ambiente. Predominam os próprios valores posicionados acima de qualquer
lógica ou razão.

3. Função Sensação – avaliam as coisas subjetivamente. É a função dos sentidos por


trazer informações ( percepções ) através dos órgãos dos sentidos. Costumam ser
práticas e realistas, preocupando-se mais em manter as coisas funcionando do que
em criar novos caminhos.

4. Função Intuição – pressentimento produzindo conhecimento e orientando decisões.


A intuição é o oposto da função sensação, porque na intuição a percepção se dá
através do inconsciente e a apreensão geralmente acontece por “pressentimentos”,
“palpites” ou “inspirações”. Tendem a ver o todo e não as partes, tendo dificuldade na
percepção dos detalhes.

 Nas quatro funções psicológicas fundamentais aqui estudadas, cada uma delas pode
operar através do indivíduo introvertido como do extrovertido. Normalmente uma dessas
características é mais dominante e é chamada de “função superior”. As demais funções
são mantidas no inconsciente, menos notáveis e desenvolvidas.

 JUNG E FREUD – concepções diferentes sobre as forças que influenciam a personalidade,


foi uma diferença básica entre os dois:

 Freud via as pessoas como vítimas dos eventos da infância;


 Jung entendia que somos moldados por nossas metas e aspirações, embora soframos
influências do passado mas o comportamento humano não é determinado só pelas
primeiras experiências de vida, já que sofre mudanças reais nos anos subsequentes.
 Jung acrescentou ao inconsciente a dimensão das experiências herdadas dos
ancestrais ( inconsciente coletivo ).
 Jung usava o termo psique para referir-se à mente, que é formada por consciente,
inconsciente pessoal e inconsciente coletivo;
 No centro da mente consciente consta o ego, que se assemelha à nossa concepção de
nós mesmos. A consciência é a via de contato com a realidade, permitindo que nos
adaptemos aos nossos ambientes.
 Conceituou individuação como um processo de desenvolvimento da totalidade, e
portanto, de movimento em direção a uma maior liberdade.

 PSICOLOGIA ANALÍTICA – Jung fundou a Psicologia Analítica ( para se diferenciar da


Psicanálise ) , que além de explorar a importância da pisque individual, também explora
em iguais proporções o consciente e o inconsciente valorizando as experiências simbólicas
coletivas, e não se fixando apenas nas individuais. Popularizou termos da psicologia como
arquétipo e inconsciente coletivo.

 O INCONSCIENTE COLETIVO:

 Jung reconhecia que as pessoas são influenciadas por um inconsciente coletivo.


 Segundo Jung, o inconsciente coletivo não se deve sua existência a experiências
pessoais e não se desenvolve individualmente, pois é constituído por um
conjunto de sentimentos e crenças compartilhados por toda a humanidade.
 O inconsciente coletivo é um reservatório de imagens latentes, chamadas de
arquétipos ou imagens primordiais, que herdamos dos nossos ancestrais.
 OS ARQUÉTIPOS:

 Um arquétipo é simplesmente um protótipo universalmente compreendido.


 Um exemplo de arquétipo é a imagem de mãe, a mãe prototípica de onde se
origina tudo o que se espera ao encontrar mães individuais. A reverência à figura
da mãe, arquétipo transmitido de geração em geração.
 O medo de cobras pode ser transmitido através do inconsciente coletivo criando
uma predisposição para que a pessoa tema as cobras. O fogo é outro exemplo.

 INDIVIDUAÇÃO:

 Individuação é o processo pelo qual a consciência de um indivíduo se


individualiza e se diferencia das outras.
 E como resultado, a pessoa se descobre uma unidade autônoma, indivisível, uma
totalidade.
 O processo de individuação é o conceito central da Psicologia Junguiana.
 A individuação busca estimular a pessoa a despertar o melhor de si tirando-a do
isolamento e estimulando-a encontrar o seu ser mais autêntico, empreendendo
uma convivência coletiva maior e mais saudável.
 O principal foco da individuação é o conhecimento de si mesmo.
 Para que a individuação aconteça é fundamental que o Ego participe
ativamente do processo. Para Jung, o Ego consiste na organização da
consciência compondo percepções conscientes, recordações, pensamentos e
sentimentos.
 Segundo Jung o ser humano só poderá individuar-se na medida em que o Ego for
permitindo que as experiências recebida se tornem parte da consciência, ou seja,
a mudança proporcionada pela individuação somente se concretiza se o Ego ( ou
seja, você ), permite.
 O processo terapêutico é de fato o processo de individuação.
 A consciência e a individuação caminham juntas no desenvolvimento da
personalidade e no início do processo de individuação.

 O CONCEITO DE COMPLEXO EM JUNG:

 ASSOCIAÇÃO DE PALAVRAS – nesta experiência, Jung apresentava uma lista de


palavras, uma por vez, e o paciente tinha que responder com a primeira palavra que
lhe viesse à mente. Caso hesitasse antes de responder, isso indicava que a palavra
revelava o que Jung chamou de “complexo” na pessoa – um termo que a partir de
então se tornou universal.

 PERSONA: MÁSCARA

 Jung assinalou que a psique pessoa e a psique coletiva não se separam, mostrando
que nenhuma pessoa é única e separada. Todo ser humano é um ser social, de modo
que a psique é simultaneamente, individual e social.
 Por meio da persona ( representação de um papel ), mostramos nossas características
ideias ( nem sempre reais ), mas que desejamos que o mundo conheça. É o papel que
representamos na sociedade.
 Jung se refere à persona como máscara explicando que assim como ela representa
nosso jeito de nos mostrarmos com nossos estilos e papéis, também pode produzir
dissimulações acerca da nossa verdadeira natureza, forjando uma face social que
apresentamos ao mundo.
 A persona não é só fingimento e dissimulação. Ela também auxilia no adequado
cumprimento dos nossos papéis na sociedade.

 ANIMA E ANIMUS – são dois arquétipos contrassexuais, cruciais para a individuação e


para o progresso em direção ao self na psicologia de Jung. O processo de individuação
implica na busca do autoconhecimento revelado pela união de opostos ( anima e animus ).
Anima e animus possuem papel importante nas relações amorosas, onde as pessoas,
inconscientes desses arquétipos, são levadas a projetá-los no sexo oposto.

 ANIMUS – refere-se ao lado masculino da mulher e à imagem arquetípica de um


homem na psique de uma mulher. O desenvolvimento do animus em um mulher, se
relaciona como homens.

 ANIMA – refere-se ao lado feminino do homem. O desenvolvimento da anima no


homem espelha o modo como ele se relaciona com mulheres. A imagem arquetípica
de mulher na psique de um homem, influencia suas ideias, atitudes e emoções.

 TEORIA DO YIN E YANG – é o princípio da filosofia chinesa, são energias opostas e


complementares. Yin significa escuridão e yang a claridade.

 O CONCEITO JUNGUIANO DE LUZ E SOMBRA – geralmente as pessoas gostam de revelar


suas qualidades positivas e esconder seus defeitos, colocando sob uma luz radiante seus
aspectos pessoais admirados pelos outros e negando características pessoais tidas como
negativas. Aspectos “luz” da personalidade seriam, portanto, os considerados positivos e
os aspectos “sombra” os negativos. Sombra seria uma parte inconsciente ou obscura da
personalidade que contém características e fraquezas que a autoestima não permitirá
que se reconheça em si próprio. Por inúmeras vezes Jung enfatizou que o ego está para a
sombra como a luz para a penumbra. É a sombra que nos faz humanos. Se uma
incompletude é conhecida e reconhecida, sempre se tem a oportunidade de corrigi-la, mas
se ela for reprimida e isolada, jamais será trabalhada.

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