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O estudo do self na Psicologia da

Personalidade
Professora: Adriana Romão
HEINZ KOHUT(Psicologia do Self)
Considera que a relação com a mãe é chave para o
entendimento do desenvolvimento futuro do indivíduo.
É a partir dessa relação que o self se desenvolve, ou
seja, o universo psicológico do indivíduo evolui de
uma imagem vaga e indiferenciada para uma
identidade clara e precisa.
Segundo ele, é a capacidade humana de se relacionar
com os outros que está no núcleo da personalidade.
Necessidades Físicas X Necessidades Psicológicas
Interação Empática
SELF
Para Winnicott, o self não é o ego, mas sim a pessoa que é "eu", que possui
uma totalidade baseada no funcionamento do processo de maturação. Ao
mesmo tempo, o self é constituído por várias partes. Estas partes unem-se
desde uma direção interior para uma exterior no curso do funcionamento do
processo de desenvolvimento e maturação, ajudado pelo meio ambiente que
apoia e facilita.
Nesse sentido, pode-se afirmar que o self é um termo descritivo, enquanto
o ego é um termo teórico (Winnicott, 1964/1994a, p. 371). Por termo teórico
pode-se entender que o ego é um conceito, um nome dado a um conjunto de
experiências que o indivíduo agrupa numa unidade pessoal; enquanto que
ao self corresponde a experiência da unidade empírica do indivíduo na sua
relação com o mundo: "Para mim o self que não é o ego é a pessoa que é eu,
que é apenas eu, que possui uma totalidade baseada no processo de
maturação" (Winnicott, 1971/1994c, p. 210). 
HEINZ KOHUT(Psicologia do Self)
O SELF é o universo psicológico do indivíduo. Ele
unifica e dá consistência ás experiências da pessoa no
mundo, permanecendo relativamente estável ao longo
do tempo. Formata as maneiras como as crianças se
relacionam com os pais e com as outras pessoas que
lhe são significativas.
Os bebês são naturalmente narcisistas, autocentrados,
buscando ser admirados e o próprio bem-estar.
O self do bebê cristaliza-se em tornos de suas
necessidades: necessidade de exibição X imagem
idealizada dos pais.
HEINZ KOHUT(Psicologia do Self)
A questão-chave durante esse processo não é a satisfação pulsional, mas a presença
ou a ausência de relacionamentos empáticos e amorosos. A exposição a objetos do
self deficientes produz crianças com um self não-coeso, vazio ou danificado. Kohut
descreveu quatro instâncias prototípicas desses fracassos:
1. O Self Subestimulado caracteriza uma pessoa entorpecida e vazia que pode buscar
sensações e abusar de substâncias.
2. O Self Fragmentado é inseguro, frágil e com auto-estima baixa. Esse tipo de self se
desenvolve quando os objetos do self infligem humilhações e feridas narcísicas à
criança.
3. O Self Superestimulado desenvolve fantasias irrealistas de grandeza em
consequência de objetos do self que foram excessivamente indulgentes em seu
espelhamento. Essa pessoas evitam situações em que poderiam ser o centro das
atenções.
4. O Self Sobrecarregado percebem o mundo como um lugar hostil e perigoso. Essa
atitude reflete objetos do self que fracassam em seu papel idealizável de modelar
força e calma.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DE
CARL ROGERS
CARL ROGERS(1902-1987)
Psicólogo norte-americano, é precursor da psicologia
humanista.
Doutor em Psicologia
Em 1940 Rogers aceitou um convite para ser Professor e em
1945, como professor da Universidade de Chicago ele
elaborou seu método de psicoterapia centrada no cliente,
formulou uma teoria da personalidade e realizou pesquisa
sobre psicoterapia.
A psicologia humanista se opõe ao que considera como um
triste pessimismo e desespero inerentes a visão psicanalista
do ser humano, por um lado, e à concepção de robô do ser
humano retratada no comportamentalismo, por outro.
CARL ROGERS(1902-1987)
A psicologia humanista acredita que a pessoa, qualquer pessoa,
contém dentro de si o potencial para um desenvolvimento sadio e
criativo. O fracasso em realizar esse potencial se deve às
influências coercitivas e distorcedoras do treinamento parental,
da educação e de outras pressões sociais. Mas os efeitos
prejudiciais podem ser superados se o indivíduo estiver disposto a
aceitar a responsabilidade a sua própria vida.
Para Rogers, a personalidade é um contínuo estado de fluxo, em
contínua mutação. Assim, uma personalidade saudável é aquela
que pode confiar em sua própria experiência e aceitar o fato de
que as outras pessoas são diferentes. Existe uma tendência inata
para a autorrealização, porém os sujeitos estão sob influência do
ambiente social.
Abordagem Centrada na Pessoa(ACP)
Essa terapia é chamada de não-diretiva ou centrada no cliente.
“... Significa que o terapeuta foi capaz de estabelecer um
relacionamento intensamente pessoal e subjetivo com o
cliente, relacionando-se não como um cientista com um objeto
de estudo, não como um médico, esperando diagnosticar e
curar, mas como uma pessoa com outra pessoa.”
“significa que o terapeuta é capaz de soltar-se ao entender o
cliente; que nenhuma barreira interna o impede de sentir como
é ser este cliente em cada momento do relacionamento; e que
ele consegue transmitir parte de seu entendimento empático ao
cliente.
Abordagem Centrada na Pessoa(ACP)
Para Rogers, Self é o autoconceito que a pessoa tem de si
mesma, que é baseada em experiências passadas,
estímulos presentes e expectativas futuras. Self é o
contínuo processo de reconhecimento.
O desafio essencial para o ser humano é “ser aquele self
que verdadeiramente se é”.
“a natureza básica do ser humano, quando funcionando
livremente, é construtiva e confiável.
“impossível para mim negar a realidade e a importância
da escolha humana. Para mim não é uma ilusão que o
homem é em certo grau o arquiteto de si mesmo”.
A ESTRUTURA DA
PERSONALIDADE
Embora Rogers não parecesse enfatizar os constructos estruturais, preferindo
dedicar sua atenção à mudança e ao desenvolvimento da personalidade, dois
constructos podem ser a base de toda sua teoria.
1. O Organismos: o organismo, psicologicamente concebido, é o foco de toda a
experiência disponível para a consciência. Essa totalidade de experiência
constitui o campo fenomenal(percepções conscientes-pensar e refletir
objetivamente X percepções inconscientes-realidade subjetiva).
2. Self: “pessoalmente falando, eu comecei meu trabalho com a noção
estabelecida de que o self era um termo vago, ambíguo e cientificamente sem
significado, que fora excluído do vocabulário do psicólogo.
Consequentemente, eu custei a reconhecer que, quando os clientes tem a
oportunidade de expressar seu problemas e sua atitudes em seus próprios
termos, sem qualquer interpretação, eles tendem a falar em termos do self...
Parecia claro... Que o self era um elemento importante na experiência do
cliente, e que em um sentido curioso sua meta era se tornar esse self
real”(1959,p.200-201)
O self é o conceito que temos sobre nós mesmos. Ele é
formado apenas por percepções e experiências
conscientes ou que podem se tornar conscientes.
Rogers defende que somos capazes de ter total
consciência de nosso autoconceito se nos
determinarmos a investigá-lo.
A DINÂMICA DA
PERSONALIDADE
Segundo Rogers, “o organismo tem uma tendência e uma
busca básica, realizar, manter e melhorar o organismo que
experiência”.
“por um lado, existe uma única força motivadora, o impulso
auto-realizador; por outro, existe uma única meta de vida,
auto-realizar-se ou ser uma pessoa completa.
O modelo de Rogers baseia-se na suposição de que os
organismos têm um motivo fundamental para melhorar.
Existe um movimento para frente na vida de todas as pessoas;
essa tendência a prosseguir é a única força na qual o terapeuta
pode realmente confiar para conseguir melhoras no cliente.
TENDÊNCIA DO SER HUMANO
Autorrealização: desenvolver nossas potencialidades de maneira plena,
é a nossa tendência fundamental como seres humanos. Temos
capacidades de nos adaptarmos, nos desenvolvermos e assim nos
tornamos quem somos. Evolução.
Congruência: é definida como o grau de exatidão entre a experiência da
comunicação e a tomada de consciência. Tentar manter harmonia entre
as percepções que fazem parte do que acreditamos, da nossa maneira.
Procuramos manter um comportamento que seja condizente com o que
acreditamos, com nosso autoconceito. Buscamos a autorrealização,
porém procuramos preservar também a integridade do self, por isso
evitamos situações que são conflitantes. (timidez X ansiedade)
Necessidade de aceitação: com o crescimento, fazer parte da
coletividade, o desenvolvimento das relações interpessoais pode ser mais
importante que seus próprios sentimentos
O SELF PARA ROGERS
Eu organísmico(eu real): nos acompanha desde o nascimento, nos
orientando ao desenvolvimento e a realização, a fazermos as escolhas certas
na vida. O meio social deve contribuir para o seu desenvolvimento. É o que
realmente somos, mas muitas vezes nos distanciamos dele devido as
influências sociais.
Autoconceito(eu percebido): é como somos percebidos pelos outros. Se
desenvolve pela interação com os outros e é moldado pelos valores,
opiniões e crenças da pessoas a nossa volta. Quando essa autoimagem está
em sintonia com o nosso eu organísmico nós nos orientamos para o nosso
crescimento e realização. Mas se a ideia que os outros nos passaram são
limitadoras do nosso potencial, o autoconceito distancia-se do eu
organísmico e nós deixamos de procurar o nosso desenvolvimento e
passamos a querer atender as expectativas dos outros, gerando assim
conflitos em nós mesmos.
Eu Ideal: a pessoa que gostaríamos de ser.
Na Terapia Centrada no Cliente, a pessoa se encontra em
uma situação não ameaçadora porque o terapeuta aceita
tudo o que ele fala. Isso encoraja o cliente a explorar
seus sentimentos inconscientes e trazê-los a consciência.
O paciente explora seus sentimentos não-simbolizados
que ameaçam sua segurança. Na segurança do ambiente
terapêutico, os sentimentos até então ameaçadores
podem agora ser assimilados à auto-estrutura. Podendo
exigir uma drástica reorganização do autoconceito do
cliente, para que fique de acordo com a realidade da
experiência organísmica.
TERAPIA CENTRADA NO CLIENTE
CONGRUÊNCIA: o terapeuta deve ser autêntico, expressar-
se abertamente. Ele é mais útil quando é transparente. Os
sentimentos que são relevantes a terapia devem ser expostos.
Compaixão, interesse pela história, a vontade de
compreendê-las
ACEITAÇÃO INCONDICIONAL: Aceitar o cliente
exatamente como ele é, deixando-o a vontade para relatar
suas queixas, para expressar seus sentimentos sem medo de
ser julgado. Valorizar e aceitar a pessoa do jeito que ela é, e
não de acordo com os nossos olhos, com o que eu acredito.
EMPATIA: Viver temporariamente a vida do outro, se
colocar no lugar dele.
O TERAPEUTA TENDO CONGRUÊNCIA,
ACEITAÇÃO INCONDICIONAL E EMPATIA
O CLIENTE RESULTAD
ADQUIRE OS

MAIOR CONFIANÇA EM SI MAIS AUTÊNTICO

RECONHECER SENTIMENTOS IMAGEM MAIS CLARA DE SI


E EMOÇÕES MESMO

AVALIAR-SE VISÃO DE MUNDO


INDEPENDENDENTEMENTE MAISREALISTA

POUCA OU NENHUMA
RECONECTANDO-SE COM O EU
NECESSIDADE DE DISTORCER
REAL
OU NEGAR
Obrigada!

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