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1. Quais foram os aspectos pessoais que embasaram a formação da ACP por Rogers?

2. O que é campo de experiência?


3. Como é definido Self? E self ideal?
4. Defina congruência e incongruência?
5. Como a ACP concebe a tendência à auto atualização?
6. Como os obstáculos ao crescimento são compreendidos pela ACP?

Respostas:

01 - Rogers nasceu em uma família que apresentava um notório fundamentalismo religioso. Ao entrar na faculdade, teve a
oportunidade de viajar para a conferência da Federação Mundial de Estudantes Cristãos em Pequim, onde pôde, de forma
significante, se desprender das crenças familiares e, a partir disso, formar um pensamento próprio acerca das coisas. Em
seu primeiro emprego em Rochester, trabalhou em um centro de orientação infantil. Não haviam procedimentos
específicos, tampouco supervisões nesse sentido. Foi daí, então, que Rogers progrediu em sua psicoterapia para o que
chamou mais tarde de Terapia Centrada no Cliente. Tempos depois, a Univerdade de Chigaco deu-lhe a oportunidade de
fazer um centro de aconselhamento com base em suas ideias propostas. Anos se passaram e, em 1941, Rogers publicou
a Terapia Centrada no Cliente, com todos os seus embasamentos teóricos e algumas pesquisas relacionadas, tornando-
se um marco revolucionário na psicologia.

02 - Configura-se como o nosso mundo privado, esse que é formado por percepções, sensações, eventos e demais
aspectos que são ou possam vir a ser acessíveis à consciência. Todos os elementos citados apresentam-se a partir da
visões que temos sobre a realidade. Mas essa, no entanto, não necessariamente pode ser a realidade objetiva, mas sim o
próprio mundo do indivíduo.

03 - Self é uma parte que abrange o campo da experiência. É o nosso autoconceito, isto é, a forma como nos vemos a
partir das experiências passadas, do nosso agora e das projeções futuras. Experenciamos coisas e essas acabam
interferindo na visão que temos de nós mesmos. Essa noção indica que o self é modificável, flexível. A teoria de Roggers
diz, portanto, que somos capazes de se desenvolver, mudar e crescer no nosso âmbito pessoal. Já o self ideal refere-se
aos conceitos que cada pessoa gostaria de ter, como ela ela gostaria de ser. Esse conceito também é flexível. Além disso,
é importante, nessa questão, aceitar o seu self, pois, a medida que o seu eu real se diferencia do seu eu idealizado, haverá
dificuldades e obstáculos.

04 - Congruência significa dizer que o que se expressa, o que ocorre no campo da experiência e o que se está percebido
são aspectos que agem de maneira semelhante. Logo, as atitudes do indivíduo estarão de acordo com o que ele está
sentindo. O meio externo e o interno estão em acordo. Já a incongruência atua contrariamente, podendo ser definida a
partir da diferença entre o que se expressa, o que ocorre no campo da experiência e o que se está percebendo. Ela é
prejudicial e pode se manifiestar como ansiedade, tensão e confusão interna.

05 - Concebe como um impulso capaz de desenvolver nossas pontencialidades biológicas. Logo, somos um processo
ativo impulsionado a se tornar uma pessoa completa, auto-atualizada.

06 - Para Rogers, os obstáculos configuram-se como normais no desenvolvimento infantil. Ainda crianças, os pequenos
tomam consciência do seu self e, após isso, desenvolve-se uma necessidade de ser aceito, amado, visto positivamente
pelos que estão ao seu redor. Seu comportamento passa a ser realizado com base no afeto e aprovação que venha a
receber, podendo, nessa questão, negar algum aspecto de si - tais como sentimentos - para ser bem visto pelos outros.
A este obstáculo damos o nome de Condições de valor. Essa situação gera uma incongruência que, se não trabalhada,
persiste até o amadurecimento da criança, tornando-se, assim, um adulto propenso a distorcer experiências, gerar mais
pontos incongruentes e defesas, além de pânico, ansiedade crônica, retraimento ou mesmo uma psicose.

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