Você está na página 1de 21

Conceitos e

técnicas da
Abordagem
Centrada na Pessoa
• O terapeuta provê uma atmosfera de compreensão e
aceitação, onde o cliente pode expressar-se
abertamente.
• A tarefa do terapeuta não é curar , mas prover
aceitação, compreensão e observações ocasionais.
• Para Rogers, um bom terapeuta deve possuir a
habilidade para comunicar esta compreensão ao cliente.
• O cliente precisa saber que o terapeuta é autêntico,
preocupa-se, ouve e o compreende de fato.
Rogers, C. (1985). Tornar-se pessoa

Psicologia Rogeriana
Self

• O Self não é uma entidade estável, imutável,


entretanto, observado num dado momento, parece
ser estável.
• Isto se dá porque congelamos uma seção da
experiência a fim de observá-la.
• Rogers empregou dois termos, o self ideal e o self
real, porém esses termos são originários da teoria
psicanalítica.
• Self ideal seria aquilo que você gostaria de ser,
como você se imagina ser,
• já o self real é quem você realmente é, e é onde
contém a tendência para a realização.

(ROGERS, 2001)
Noção de ‘Eu’
• A noção de ‘eu’ é um conceito importante para se
compreender o desenvolvimento do homem como
pessoa.
• O ‘eu’ é o mediador entre as emoções e a
consciência;
• O ‘eu’ busca ajustar-se ao meio da melhor
maneira possível;
• O ‘eu’ busca um equilíbrio pessoal global;
• Só se agregam ao ‘eu’ as experiências boas e
positivas;
• O ‘eu’ sofre mudanças constantes, quando a pessoa
vivencia novas aprendizagens e experiências,
favorecendo sua maturidade psíquica.
Autorrealização

• Carl Rogers acreditava que todos os seres humanos são motivados


fundamentalmente por um processo voltado para o crescimento, que
ele denominava tendência para a realização, utilizada como estimulo
na teoria proposta por Rogers.
• Todas as experiências por que anseia o homem para sua
autorrealização têm como centro o eu.
• Toda motivação de autorrealização é motivação para que o eu se
realize.
• Embora essa ânsia pela auto realização seja inata, pode ser
incentivada ou reprimida por experiências da infância e por
aprendizagem.

Rogers, C. (1985). Tornar-se pessoa


• Rogers define congruência como o grau de
exatidão entre a experiência da comunicação e a
Congruência tomada de consciência. Ela se relaciona às
discrepâncias entre experienciar e tomar
consciência.
• Um alto grau de congruência significa que uma
interação entre;
• Comunicação (o que se está expressando);
• A experiência (o que está ocorrendo em nosso
campo);
• A tomada de consciência (o que se está
percebendo);
• A partir dessa relação, nossas observações e as
de um observador externo seriam consistentes.
• Incongruência: O corre quando há diferenças
entre a tomada de consciência, a experiência e a
comunicação desta.
(ROGERS , COELHO e JOSÉ, 1993)
• O Aconselhamento/psicoterapia consiste
numa relação estruturada e permissiva
que propicia ao indivíduo um certo grau
Características de autocompreensão, resultando em
novas atividades mais positivas;
básicas • O orientador age como catalisador através
propostas por de uma atitude de profundo respeito,
Rogers aceitação e confiança na capacidade de
autocompreensão e autodeterminação do
orientando;
Existem três aspectos importantes a se considerar sobre a
postura do orientador: compreensão, aceitação e
capacidade de comunicação;

As duas primeiras características correspondem a


sentimentos que o orientador deve sentir genuinamente
para que seja possível transmiti-los ao orientando;

A capacidade de aceitar os outros não é um traço que pode


ser adquirido em cursos ou mesmo na prática clínica;
Aceitação

• Envolve duas coisas:


1. Reconhecimento das diferenças individuais;
2. Rejeição dos termos de comparação entre seres humanos, reconhecendo
cada um como um todo único;
• É muito importante que o orientador se sinta realmente interessado no
orientando, pois esse sentimento irá aparecer para o orientando durante a
entrevista;
• A aceitação não consiste na aprovação de um ou outro traço, mas na
aceitação como um todo;
Compreensão

Trata-se de compreender com clareza aquilo que o cliente está tentando


expressar;

Compreensão diz de um processo de compartilhamento das vivências expressas


pelo orientando;

Não é suficiente que apenas se conheça os fatos da vida do cliente, mas sim que
se compreenda como ele reagiu a estes fatos e quais atitudes resultaram disto;

É preciso adotar o centro de referências do orientando: exige alta capacidade de


empatia
Como comunicamos a compreensão que
adquirimos de nosso clientes?

Fazendo reflexões de conteúdo emocional ao invés do conteúdo fatual;

“estou muito preocupada com a química. Tenho que me sair bem neste curso já
que desejo fazer medicina. No entanto, não tenho conseguido. Estudo mais e
mais ao longo do dia e quanto mais leio mais confusa fico.”

Interpretação fatual: “química é a matéria que você tem mais dificuldade”

Interpretação emocional: “isto a perturba, saber que todo o seu futuro


depende de uma coisa que você não consegue fazer”
Princípios básicos com respeito a atuação

Deve desenvolver com o


orientando uma relação
Aceitar o orientando como
que revele calor afetivo,
ele é, aceitando sua
simpatia e cordialidade a
personalidade total;
fim de estabelecer imediato
rapport;

Estabelece um clima
Compreensão e expressão
permissivo, a fim de que o
das vivências do cliente,
orientando possa expressar
permitindo a reflexão sobre
livremente suas vivências
elas;
emocionais;
Profundo respeito e confiança nas possibilidades
do orientando resolver seus problemas, desde que
este tenhas possibilidades para isso;

Responsabilidades de decisão pertencem ao


cliente;

Não pretende dirigir as ações ou a conversa do


orientando de nenhuma maneira;
Reações do sujeito às
atitudes do orientador

• Maior expressão dos sentimentos e emoções;


• Autocompreensão;
• Aceitação de suas deficiências;
• Reconhecimento dos seus aspectos positivos;
• Insight;
• Atitudes e ações positivas;
• Maturação emocional, independência;
A Primeira Fase: enfatiza a qualidade
da relação do aconselhamento e
baseia-se fundamentalmente no
trabalho de Carl Rogers

A Segunda Fase: o aconselhamento


concentra-se em ajudar o cliente a
As fases adquirir compreensões mais
profundas do próprio eu

A Terceira Fase: o planejamento da


ação
Características dos
conselheiros/psicoterapeutas
Gostam de si mesmos,
Transmitem interesse e
respeitam-se, e não
Hábeis em levar à respeito pelas pessoas
usam as pessoas para
extroversão que estão procurando
satisfazer suas próprias
ajuda
necessidades

Têm conhecimentos Procuram compreender


específicos em alguma o comportamento das
São capazes de pensar
área que será de pessoas a quem tentam
em termos de sistemas
especial valor para a ajudar, sem impor
pessoa julgamentos de valor

Identificam padrões de
São contemporâneos e
comportamento
têm uma visão global
contraproducentes e
dos acontecimentos
procuram substituí-los
humanos
por mais gratificantes
Comportamento livre e responsável

• O aconselhamento/psicoterapeuta pode também aumentar a


capacidade individual para lidar com situações da vida.
• Certas condições ambientais em nossas vidas são adversas e difíceis
de mudar.
Objetivos processuais no aconselhamento

Descoberta inicial
• Prestar atenção
• 1. Empatia — compreender a experiência do outro como se fosse a própria, sem
jamais esquecer a condição “como se”.
• 2. Coerência ou autenticidade — ser como você parece, sempre coerente, digno
de confiança no relacionamento.
• 3. Consideração positiva — interessar-se por seu cliente.
• 4. Incondicionalidade — não estabelecer condições para seu interesse (como:
“Eu o aprovarei, se você fizer o que eu quero”).
• 5. Concreção — usar linguagem clara para descrever a situação de vida do
cliente. Aqui, a tarefa do conselheiro é separar declarações ambíguas e ajudar o
cliente a encontrar descrições que retratem exatamente o que está acontecendo
em sua vida.
Começa a confrontar o cliente com observações sobre seus objetivos e
comportamento.

O cliente é livre para aceitar, rejeitar ou modificar as impressões, e, nesse


processo, chega a novas visões refinadas e aperfeiçoadas de si mesmo.

Imediação é outra qualidade do comportamento do conselheiro que se


torna importante na segunda fase do aconselhamento.

Exploração em profundidade
Tomada de decisão e ação

Fazer com que o cliente tenha consciência de


que fez tudo o que era possível ou desejável
em determinada situação.

Identificar possíveis cursos alternativos de ação


(ou decisões) que o cliente poderá escolher e
julgar em termos da probabilidade dos
resultados.
Resumo
  FASE 1 FASE 2 FASE 3
Personagem Cliente Conselheiro Cliente Conselheiro Cliente Conselheiro
Ações assumir o risco de desenvolver tomar contato mais ajudar o cliente a aprendidos na ajudar o cliente
revelar informação confiança, profundo com temas desenvolver novas segunda fase, e a sintetizar
a uma pessoa estabelecer o e problemas compreensões, formular cursos informação, a
relativamente ambiente do apresentados na combinando alternativos de formular
estranha; envolve aconselhamento primeira fase; empatia em alto ação. Os cursos alternativas e a
um esforço para como um lugar e envolve classificar os grau, imediação, específicos de encorajar a
tomar contato com tempo de trabalho, objetivos resultantes confrontação, ação deverão escolha sem
construtos e estar atento para do aconselhamento interpretação, ser testados e controlar ou
emoções pessoais compreender os e desenvolver novas dramatização e alguns serão impor-se ao
relacionados a temas e problemas descobertas e outras postos em cliente.
seus problemas e significativos que insights, a eles intervenções prática. Já que a
preocupações. necessitarão de relacionados, sobre estruturadas. ação
exploração mais o próprio eu e sobre geralmente
profunda na segunda os outros. envolve fazer
fase, e tomar contato algo novo, o
inicial com temas trabalho
projetados na fala do também inclui
cliente assumir o
controle da
ansiedade
relacionada à
novidade.

Você também pode gostar