O documento discute os conceitos-chave da psicologia humanista, incluindo: 1) A psicologia humanista surgiu como uma "terceira força" em oposição ao behaviorismo e psicanálise; 2) O humanismo via o ser humano como bom e capaz de autorrealização, em contraste com visões reducionistas; 3) O humanismo ganhou importância durante a Segunda Guerra Mundial ao defender os direitos humanos.
O documento discute os conceitos-chave da psicologia humanista, incluindo: 1) A psicologia humanista surgiu como uma "terceira força" em oposição ao behaviorismo e psicanálise; 2) O humanismo via o ser humano como bom e capaz de autorrealização, em contraste com visões reducionistas; 3) O humanismo ganhou importância durante a Segunda Guerra Mundial ao defender os direitos humanos.
O documento discute os conceitos-chave da psicologia humanista, incluindo: 1) A psicologia humanista surgiu como uma "terceira força" em oposição ao behaviorismo e psicanálise; 2) O humanismo via o ser humano como bom e capaz de autorrealização, em contraste com visões reducionistas; 3) O humanismo ganhou importância durante a Segunda Guerra Mundial ao defender os direitos humanos.
1. A psicologia humanista conhecida como “terceira força” surge de qual
movimento? Por ser chamada de “terceira força”, se contrapunha a quais outras abordagens? A psicologia humanista é conhecida como a terceira força da psicologia pois ela se distancia da psicanálise e o behaviorismo por sua recusa ao reducionismo e o determinismo das dessas abordagens. Para o humanismo, um setting terapêutico mais preocupado com o encaixe em conceitos prévios do que com a compreensão das experiências ali elucidadas limitam a atuação do terapeuta. 2. Qual a visão de homem proposta pelo Humanismo que se opunha as correntes anteriores? Como se caracteriza o conceito holístico proposto pela psicologia humanista? Para o humanista, o homem é um ser bom e saudável, porém esse estado pode ser mudado conforme a experiência com a sociedade o modifica, fazendo com que esse estado possa ser modificado e ele se distancie do que é. Contudo, o ser humano também é uma pessoa ativa e capaz de se desenvolver, em busca de sua autorrealização. O conceito holístico proposto pela psicologia humanista nasce a partir do momento que a abordagem compreende que a primeira e a segunda força apenas olham para partes do indivíduo e ignoram outras, como Freud baseou sua teoria na observação constante de pessoas psicóticas e neuróticas e se opõe ao behaviorismo ao afirmar que a consciência e o comportamento são também apenas parte da realidade, e não sua totalidade. Daí, vem a proposta da psicologia humanista por um modelo terapêutico menos incisivo e mais aceitável à subjetividade do cliente. 3. A psicologia Humanista tem seu ápice na década de 40 com o advento da segunda guerra mundial. Comente os motivos e qual foi o evento de valorização do humanismo neste período. No meio de uma crise humanitária onde uma série de grupos de pessoas tinham seus direitos básicos desrespeitados e eram isoladas em campos de concentração para morrerem sufocadas pelo nazismo e o fascismo, o humanismo emerge como corrente filosófica para reforçar que todos os humanos tenham acessos à direitos básicos, que não devem ser desrespeitados sob nenhuma circunstância, uma vez que a truculância de governos de direita radical contra não somente opositores, como pessoas comuns que não se envolviam nas problemáticas em questão, chocou e mudou para sempre a história da humanidade. A violência dirigida de humano para humano fez com que o humanismo elevasse a outro nível sua atuação como corrente filosófica e assim deu base para a Declaração Mundial dos Direitos Humanos, que vem como um recurso para não somente combater como evitar que esse tipo de genocídio aconteça novamente. 4. Qual a relação do Humanismo com a Fenomenologia? Quais as premissas que fazer a congruência entre as duas teorias? O humanismo é um termo guarda-chuva que compreende várias áreas de conhecimento e vertentes terapêuticas dentro de si, uma delas é a Fenomenologia. A congruência de ambas as teorias se dá, entre outros, pelo foco nas experiências trazidas pelo indivíduo da forma que ele o traz, sem encaixá-las em conceitos prévios, toda sua realidade deve ser compreendia através do referencial que ele traz para que assim haja caminho para sua jornada até a autocompreensão. 5. Comente sobre como Carl Rogers inicia seus trabalhos e comente sua teoria da ACP. Carl Rogers inicia seus trabalhos nos anos 40 com a Abordagem Centrada na Pessoa, a ACP através da observação das sessões terapêuticas com seus clientes, onde ele percebeu que as pessoas podem mudar seus comportamentos indesejáveis para comportamentos desejáveis desde que encontrasse aceitação no terapeuta, assim sendo, essa abordagem visa criar um setting terapêutico que empodere e dê independência ao cliente no processo de se autorrealizar, onde a principal característica do terapeuta é ser uma testemunha qualificada dos esforços do cliente em se aproximar de ser quem ele realmente é, com toda a subjetividade e ambiguidade que ser o que se é envolve. 6. Rogers chama as disposições do terapeuta de “atitudes”. Comente as 3 atitudes que o terapeuta deve ter perante seu cliente no processo de psicoterapia. As três atitudes que o terapeuta deve ter durante o processo de psicoterapia são: Acolhimento, compreensão e, eventualmente, dizer uma palavra que faça pensar. Acolhimento: O acolhimento está atrelado à simpatia, é preciso que o terapeuta seja receptivo ao material que o cliente o oferece e a confiança que se cria entre cliente e terapeuta, é necessária a absorção do conteúdo trazido no setting terapêutico sem julgamento de valor e com empatia máxima ante a situação de quem está fazendo a terapia, para que ele tenha a liberdade de compartilhamento, uma vez que é a partir desse ambiente acolhedor e compreensivo que a terapia começa a ser feita em primeiro lugar. Compreensão: A compreensão entra na relação terapêutica como a observação do material trazido de forma atenta por parte do terapeuta, fazendo com que o terapeuta possa contextualizar o material trazido pelo cliente e interpretar não só o que é dito puramente, mas sim o que ele quer dizer; o material que se encontra nas entrelinhas, subentendido dentro da imensa subjetividade inerente a todo humano. Além disso, é necessário entender que a compreensão implica em uma fuga da escuta cotidiana em que tentamos encaixar o outro dentro de nossas próprias suposições. Durante o processo, devemos trabalhar com o foco apenas no cliente, no que é trago por ele, deixando nossas percepções teóricas de lado em prol de uma escuta e compreensão ativa onde a preocupação não está no interrogatório em nome da aquisição de informações, e sim na compreensão sobre o âmago do interlocutor. Eventualmente, falar uma palavra que faça pensar: A palavra que faz pensar, quando bem usada, é bem-vinda ao processo terapêutico. Para tal, ela precisa estar fundamentada no acolhimento e na compreensão, ou só irá atrapalhar. Essa palavra é importante pois é através dela que a relação deixa de ser impessoal, é quando a pessoa que é acompanhada consegue perceber que o psicólogo se deixa tocar pelas suas experiências e, assim, um valor maior é posto sobre elas criando oportunidades de se aproximar esses acontecimentos, sendo através dessa aproximação menos técnica- instrumental e mais pessoal que ocorre o facilitamento do processo terapêutico para a pessoa. Contudo, é necessário enfasar que essa palavra acolhedora nem sempre é necessária, ao dar acolhimento e compreensão, o trabalho já deve estar feito, uma vez que ambos permitem o desbloqueio do processo autônomo da pessoa em direção ao encontro consigo mesmo, por isso ela é boa “eventualmente”, em situações pontuais onde é necessária uma palavra mais instigadora da compreensão em um nível mais profundo. 7. Como a ACP pode ser trabalhada com crianças? Na ACP com crianças, as atitudes são as mesmas, o que muda é a linguagem. Não é possível sustentar um diálogo puramente verbal com uma criança, uma vez que sua forma de se expressar plenamente se encontra no lúdico, na brincadeira. Por isso, a ACP pode ser trabalhada com a criança através da imersão no mundo interno subjetivo da criança em função da extração do seu conteúdo por lá. É preciso entrar de cabeça no universo interno dela para que haja o acolhimento e a compreensão e assim seja desencadeado o processo de autodescobrimento. 8. Na abordagem GESTALT, o psicoterapeuta pode incorrer em alguns equívocos. Comente como podem ser estes equívocos e porque são assim denominados.? Alguns dos equívocos básicos que podem ocorrer na Gestalt é o entendimento de que, por ser autossuficiente, o ser humano é um ser independente que não precisa dos outros. Na verdade, esse tipo de erro resulta em um grande solipsismo que reduz a awareness do cliente. O segundo é ignorar o papel da teoria holística na Gestalt, dispensando as preocupações do cliente sobre indivíduos que são também seres ativos dentro de sua existência, na verdade, essas preocupações também fazem parte de totalidade e de suas motivações, por isso devem ser abordadas. 9. Qual a relação entre empatia e compaixão com a GESTALT? A empatia e a compaixão, quando aplicadas de forma sincera ao invés de instrumental, podem ser extremamente poderosas dentro do setting terapêutico, uma vez que ela promove no cliente um novo olhar através da sua condição humana em comum com a do terapeuta, sendo assim o despertar dessa empatia entre pares se estenderá para outras pessoas que se relacionam com o cliente e a awareness do seu papel dentro dessas relações é criada, podendo ele assim distinguir quais relações são saudáveis ou abusivas. 10. Defina awareness e como um dos pressupostos da GESTALT. A awareness é o processo do indivíduo ampliar a consciência de si no mundo e assim, o indivíduo tem a oportunidade de organizar-se de forma significativa para si.