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Histrico da Psicologia
Um psiclogo clinico, plenamente treinado na prtica privada, tinha recebido um paciente para
tratamento por causa de um iminente colapso nervoso. O background do paciente revelava muitas
circunstancias interessantes e traumticas. Aps algumas poucas visitas, o paciente admitiu ter
cometido um assassinato, uma coisa que pesava demais em sua conscincia. O psiclogo escreveu ao
comit para ter um parecer, acentuando que nenhum princpio tico tratava exatamente do caso, o
mais prximo lidando com situaes nas quais o conhecimento e a inteno so reveladas, mas o ato
no tinha sido cometido. O psiclogo escreveu como se segue:
Encontrei a mim mesmo numa posio deveras desconfortvel de no saber se aceit-lo num
tratamento no teria o efeito de perdo para seu ato. possvel entender as presses internas e a
dinmica que o levaram a ter o comportamento que teve. Nem eu estou seguro quando ele diz que
devia tornar pblico o que fez e aguentar o castigo, por isso da minha responsabilidade encorajar tal
ao. Teoricamente, eu sei que poderia ajud-lo a clarificar seu prprio pensamento no sentido de que
ele tome o curso da ao que considere mais adequado. Todavia, como ele mesmo estabeleceu, no
somente ele est envolvido, pois o conhecimento pblico do seu ato teria que ser acatado por sua
mulher e filhas. De um ponto de vista psicoteraputico, no h dvida que este homem est num
intenso sofrimento psquico e, no obstante, qual curso decida seguir supondo que poderia justifica-lo
de um ponto de vista profissional para torn-lo mais confortvel. Mas ainda no acho possvel
encapsular completamente seu ato. No h nenhuma indicao de que ele seja suspeito do ato ou
que voltaria a pratic-lo novamente. Tenho medo que meus prprios valores ticos e conscincia social
estejam envolvidos e suponho que eu esteja me perguntando, neste caso, se eles deveriam existir.
Tenho a esperana de ter resumido a situao, claramente e o suficiente para que o comit possa
ajudar-me a determinar minhas responsabilidades ticas como psiclogo.
Opinio do Comit
O comit achou que o cliente poderia ser aceito na terapia sem perdoar
seu ato, mas que a deciso em tal caso ficaria com o psiclogo envolvido.
Tomando qualquer deciso, necessrio levar em conta as
responsabilidades em relao profisso e comunidade, bem como
reconhecer as consideraes legais.
tica profissional: fatos e possibilidades