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Texto 1 - Snnoker
No texto Snnoker, Millôr Fernandes faz com que inicialmente, de modo proposital, o leitor
pense que o texto emprega o recurso da substituição gramatical anafórica. Como no excerto
abaixo:
Certa vez eu jogava uma partida de sinuca e só havia a bola sete na mesa. De modo que mastiguei-a
lentamente, saboreando-lhe os bocados com prazer.
Mas, logo em seguida, percebe-se que Millôr Fernandes utiliza o recurso da substituição
gramatical catafórica, no qual é observado que ele primeiramente introduz o nome, que depois
é retomado pelo pronome.
Desse modo, o humor é provocado pelo jogo catáfora versus anáfora que o autor aplica
durante todo o texto.
Texto 2 – Crônica
No texto Crônica, de Eça de Queiroz, é observado que ele utiliza o recurso da substituição
gramatical anafórica substituindo os nomes dos partidos “o Partido Histórico, o Regenerador,
o Reformista e o Constituinte” pelos pronomes “eles” e “os”.
O autor demonstra uma crítica a respeito dos quatros partidos usando o recurso da
substituição lexical por expressões nominais definidas como “monárquico”, “constitucional”,
“católicos”, “centralizadores”, entre outros. No texto, Queiroz coloca essas expressões de
forma irônica para mostrar os princípios que os separam, mas acabam por mostrar as idéias
que os une.
O texto Infância Furtada da estudante Rafaelle Guedes demonstra ser dissertativo pela
predominância do recurso da expressão nominal definida composto por palavras, tais como:
“furto”, “miseráveis” e “exploração”.
Há também o uso da associação através da seleção lexical que a autora utiliza-se através de
palavras semanticamente próximas, como: “adultos precoces”, “infantil”, “crianças” e
“pueril”.
Fica claro que Guedes adere à reiteração como estratégia principal no seu texto, ela aponta os
problemas ligados à exploração do trabalho infantil, retomando esta idéia durante o seu texto,
além de utilizar a coesão pela relação de associação através de palavras do mesmo campo
semântico.
a) O Brasil tem problemas que se arrastam e não acabam mais, embora não pareça, há
soluções.
No segundo parágrafo, o autor, ao argumentar que “apesar das crenças populares, sabemos, e
muito bem, a nossa língua.” o conectivo “apesar” estabelece uma relação de oposição,
fazendo com que a idéia de que conhecemos a nossa língua seja mais forte que a idéia
anterior. No quarto parágrafo, o conectivo “ou seja” está como uma relação de explicação e
tem a finalidade de esclarecer o segmento “A resposta é que tenho esse conhecimento em um
sentido importante, ou seja, “sei andar”...”. Posteriormente em “Já meu conhecimento
explícito dessa habilidade é deficiente, pois sou incapaz de explicar o que acontece com o
meu corpo quando estou andando.”, o conectivo “pois” está exercendo uma relação se
conclusão porque finaliza a idéia de que não temos o conhecimento explícito sobre a
habilidade de andar. Ainda no quarto parágrafo, o conectivo, que exerce uma relação de
alternância, “ou” que está explícito no trecho a seguir: “... não conseguiria dar uma aula a
respeito ou colocar tudo no papel”. Alternando, assim, os períodos entre não conseguir dar
uma aula e colocá-la no papel.
No último parágrafo, Mário Perini, faz uso do conector “tão... quanto...” que exerce uma
relação de comparação, pois confronta dois elementos apresentando semelhanças entre a
maneira e a habilidade de andar: “... mas foi adquirido de maneira tão natural e espontânea
quanto a nossa habilidade de andar”. Por fim, no segmento: “São como pessoas que não
conhecem a anatomia e a fisiologia das pernas, mas que andam, dançam e pedalam sem
problemas.”, o conectivo “mas” está agindo como relação de oposição, fazendo com que o
segundo argumento seja mais forte que o primeiro, ou seja, embora não conheçamos a
anatomia das pernas, exercemos as nossas atividades motoras sem problemas.