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Desenvolver habilidades de identificação e interpretação de elos coesivos como uma das ferramentas
para compreensão de textos em língua inglesa.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
3. Identificar relações de coesão lexical – aquelas estabelecidas por intermédio do uso da repetição ou
do uso de termos superordenados ou gerais.
Introdução
Olá! Como vai? Antes de começarmos, gostaria de saber se você aproveitou bem das Aulas anteriores. O
que vimos mesmo?
A primeira Aula teve como objetivo o autoconhecimento, isto é, enfatizamos a importância de como o
conhecimento de mundo e de língua que você já tem pode lhe ajudar a interpretar textos.
Recapitulando a segunda aula… Isso mesmo! Vimos como nosso conhecimento sobre textos em geral
pode nos ajudar a entender textos em inglês.
Na terceira aula, entramos em contato com estratégias que você pode usar para atender ao seu objetivo
ao ler um texto em particular.
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Muito bem, agora, dando sequência ao nosso percurso, nesta Aula, você entrará em contato com mais
uma ferramenta que lhe ajudará a interpretar textos.
Essa ferramenta é justamente a compreensão dos elementos que tornam um punhado de frases soltas
em um texto. A unidade, ou a coesão, que existe entre os elementos do texto é que vai nos ajudar nesse
momento a construir sentido a partir de um texto escrito em uma língua que não conhecemos muito bem
ainda. Então, a Aula 4 te levará a perceber melhor o que é de fato um texto e, para isso, você entrará em
contato com:
1) o uso de pronomes e a função de elos que exercem para manter o texto coeso, provendo-lhe de
unidade.
3) a repetição da mesma ideia por intermédio de diferentes itens lexicais, estabelecendo, assim, elos
coesivos.
Para você ter uma ideia, vamos ver um exemplo concreto do que quero dizer com elos em um texto.
Repare no texto de Muniz (2006, p. 11) que se segue:
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Figura 4.1: Leitura – uso de pronomes como elos coesivos.
Esse fragmento é um texto coeso. Podemos dizer isso porque, além da coerência das ideias nele
contidas, notamos uma série de palavras que fazem uma costura, uma amarração no texto, dando-lhe
unidade ou “textura”. Vamos ver?
Vamos ler o texto novamente e circular todas as expressões usadas para se referir a Santo Agostinho?
Na sentença 1, temos a primeira referência a santo Agostinho. Já na segunda sentença o autor usa a
expressão “o autor das Confissões” para se referir a santo Agostinho, ligando, assim, uma sentença a
outra. Logo nas linhas 6-7, o autor usa a expressão “o próprio Agostinho” para se referir novamente a ele.
Na linha 8, o pronome pessoal “ele” aparece, se referindo também a santo Agostinho. Veja como ficou o
texto após a marcação:
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Figura 4.2: Leitura – Santo Agostinho e suas referências.
Mas, será que isso é tudo? Repare que, na linha 10, o sujeito do verbo “continua” não aparece. Mas você
pode identificá-lo, não? Claro, o sujeito é, ainda, santo Agostinho, só que ele está elíptico. Portanto, aí,
embora não tenhamos o pronome “ele” e nem o nome do autor da frase, podemos ligar essa sentença ao
texto anterior. Repare na Figura 4.3, e veja como o texto fica todo amarrado, todo “costurado” por essas
palavras que funcionam como elos de uma corrente que mantém o texto todo coeso. Não é a toa que
chamamos essas palavras de elos coesivos, que, juntos, formam uma corrente coesiva.
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Figura 4.3: Articulação entre os elos coesivos.
Esse texto fala do tempo segundo Santo Agostinho. Esses dois elementos, ideias centrais do texto,
amarram todo o texto.
Agora, vamos marcar todas as ocorrências de o tempo no texto. Quantas vezes essa ideia apareceu no
texto? Eu contei 14. Vamos ver? A expressão “o tempo” aparece na segunda linha e se repete na
terceira, oitava, décima-primeira e décima-segunda linhas. Mas o autor também se refere ao tempo
quando usa os pronomes oblíquos o (ou –lo), nas linhas 3, 5 (2 vezes), 8 e 9. O pronome possessivo
dele também se refere ao tempo nas linhas 9 e 10, assim como o pronome pessoal ele, nas linhas 11 e
12.
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Figura 4.4: A palavra tempo e suas referências.
Se formos ligar todos esses elos coesivos que localizamos até agora teremos um texto todo costurado.
Observe a Figura 4.5:
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Figura 4.5: Articulação de todos elos coesivos “costurando” o texto.
Mas, na verdade, se esmiuçarmos o texto ainda mais, verificaremos que ele é bem mais costurado do
que isso; ou seja, podemos identificar outros elos coesivos nesse breve parágrafo. Por exemplo, a ideia
de reflexão e pergunta que permeia todo o texto também o torna coeso. Outro exemplo é o emprego de
conjunções, um tipo de coesão que não veremos nessa aula. Nesse texto encontramos a expressãojá
que na linha 6 que liga um fato a sua causa e as conjunções adversativas no entanto(linha 10) e mas
(linha 11), ambas usadas para marcar uma oposição entre dois fatos ou situações, unindo-os por
intermédio dessa relação.
Então, vimos que os elos coesivos são palavras, ou estruturas sintáticas, que funcionam como
nós que prendem os fios de uma redede sentido (ou significado), conduzindo-nos
generosamente ao longo do processo de interpretação de um texto. Repare como o texto
marcado da Figura 4.5 se assemelha a uma rede, representada na Figura 4.6.
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Bem, agora que você tem uma noção do objetivo de nossa quarta aula, vamos começar a considerar
cada um dos pequenos nós dessa rede de sentido em maior detalhe. Veremos que eles são de vários
tipos, mas todos dependem de conhecimento linguístico para sua compreensão. Ou seja, para que
identifiquemos os elos coesivos e compreendamos a relação que existe entre os elementos que unem,
precisamos de algum conhecimento sobre a língua inglesa. E é nesse sentido que caminharemos agora –
estudaremos algumas estruturas sintáticas e alguns léxicos responsáveis pela criação desses elos de
sentido no texto. Vamos começar?
Vamos começar entendendo o que é Referência. Em todas as línguas há elementos que têm a
propriedade de dependerem de um outro elemento para que sejam interpretados. Ou seja, eles se
REFEREM a outros itens e são semanticamente dependentes deles. Por exemplo, se eu disser pra você:
“Ele chegou. Olha lá”, você certamente vai se perguntar “ele quem?” “lá aonde?” Você vai querer saber a
quem ele e a onde lá se referem, certo?Em uma situação comum eu poderia dizer que estou esperando
meu irmão. Dali a pouco aponto para uma direção e digo “Ele chegou. Olha lá”. Nesse contexto, você vai
buscar o significado de ele no meu discurso (texto) anterior e vai chegar à conclusão de que ele é o
irmão que mencionei antes. Você também vai olhar para a direção para a qual meu dedo aponta e ver o
que quero dizer com lá. Assim, vemos que os termos aos quais elementos do tipo ele e láse referem
podem estar no texto ou fora dele. Aqui vamos tratar apenas de algumas relações de Referência dentro
do texto e vamos começar pelos Pronomes.
Você sabe o que é um pronome? Se você é um aprendiz auditivo, a etimologia da palavra vai lhe ajudar a
compreender. De origem latina a palavra “pronome” pode ser decomposta da seguinte forma:
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PRO
“em
lugar
de”
NOME
Pronome
Assim como em português, em inglês existem vários tipos de pronomes – pronomes pessoais,
possessivos, reflexivos, demonstrativos, interrogativos, relativos e indefinidos.Vamos nos concentrar nos
pessoais. Para simplificar nosso estudo, trataremos também dos adjetivos possessivos – que qualificam o
substantivo que os seguem, mas se referem a um elemento mencionado anteriormente.
Vamos começar, mas, para me ajudar, vou chamar uma amiga, que vai se apresentar:
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Call
me
Sam.
Muito bem, Samantha disse: “Call me Sam”, mas poderia ter dito também:
• “I am Samantha”, ou
• “My name is Samantha”.
Nós a compreenderíamos do mesmo modo. Só que em “I am Samantha”, ela usa o pronome pessoal do
caso reto – com função de sujeito, já que I é o sujeito da frase “Eu sou Samantha”.
Em “Call me Sam”, ela usa o pronome pessoal no caso oblíquo – com função de objeto, já que o sujeito
subentendido seria You (Você):“Me chame de Sam”.
Ao dizer “My name is Samantha”, ela estaria usando o adjetivo possessivo My. Dizemos que é um
adjetivo porque, como qualquer outro adjetivo em inglês, ele precede o nome, modificando-o. Embora o
adjetivo possessivo não seja um pronome, ele também faz referência a um nome e é importante que
identifiquemos esse nome ao qual ele se refere no processo de leitura.
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I am Samantha / Eu sou Samantha
Sujeito
Sujeito
Myname is Samantha
Nome/substantivo
Adjetivo Possessivo
O pronome eu em inglês é sempre grafado com letra maiúscula, mesmo que esteja no meio da frase.
Veja, por exemplo, o título da canção de Bruno Mars “When I was your man” – o pronome I não inicia o
título, mas é grafado com i maiúsculo.
Se você quiser cantar com Bruno Mars ou apenas aprender a letra, pode visitar
http://www.youtube.com/watch?v=jJT0Suanqhg
Divirta-se!
O que precisamos saber no processo de interpretação textual é qual nome (substantivo) o pronome está
substituindo, a quem ele se refere. Mas, para podermos chegar lá, temos de saber se o pronome se
refere a um ou a mais nomes, se esse(s) nome(s) é/são masculino(s) ou feminino(s). Para simplificar,
veja a Tabela 4.1 com os pronomes e adjetivos possessivos em inglês.
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Tabela 4.1: Pronomes e adjetivos possessivos em inglês
Como você pode ver na Tabela 4.1, o sistema pronominal em inglês é bem mais simples do que em
português. Uma das diferenças mais marcantes fica por conta do gênero neutro, usado para seres
inanimados ou seres animados cujo sexo ignoramos (ex.: nos referimos a um computador ou a um
pássaro usando o pronome it). Outro ponto diferente é que quando usamos they podemos estar falando
de, por exemplo, dois homens, duas mulheres, de um homem e uma mulher ou até mesmo de dois
pássaros ou dois laptops!
Deu pra entender? Bem, só pra confirmar, vamos usar o exemplo da Samantha novamente. A respeito de
Sam, se nos perguntassem, poderíamos dizer:
• “She is Samantha”, ou
• “Her name is Samantha, but I call her Sam.”
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• “That is her dog.”
Ou então, supondo que estejamos falando sobre Sam e um cão da raça pug entre latindo pela sala,
podemos dizer:
• “That dog is hers.” (= That dog is her dog – hers substitui her dog).
Em português, podemos usar o possessivo seu(s) ou sua(s) para nos referirmos tanto à segunda pessoa
quanto à terceira. Por exemplo, podemos dizer:
“Oi, Samantha, tudo bem? E o seu cachorro? Ele está por aqui?” (seu – segunda pessoa),
ou
Ou seja, nosso idioma nos permite usar a mesma forma seu, sua, seus, suas para a segunda pessoa
(aquele(s) com quem eu falo) e para a terceira pessoa (aquele(s) de quem eu falo). Isso não é possível
em inglês. Na língua inglesa, usamos your apenas para nos referirmos à segunda pessoa – aquele com
quem eu falo. Para nos referirmos a terceiros, usamos his, herou its.
Assim, a sentença exemplo que usamos em português - “Essa é Samantha. Seu animal de estimação é
um pug” – em inglês seria: “That is Samantha. Her pet is a pug.”, pois estamos falando dela. Agora,
quando você falar com ela, aí sim, poderá usar your. Por exemplo:
Bem, agora eu vou passar a bola pra você para que possa identificar a referência coesiva em uso. Vamos
trabalhar com um pequeno texto, que, tenho certeza, você vai tirar de letra.
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Atividade 1
Atende ao objetivo 1
Leia um trecho de uma narrativa construída por uma criança, fornecido por Celce-Murcia e Olshtain
(2000, p.126)
Resposta comentada:
a) Você deve ter circulado os itens its, they e it. Essas são as ocorrências de referência coesiva no
texto.
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Its é um adjetivo possessivo, pois antecede o substantivo que modifica. Está no singular e é do gênero
neutro. They é um pronome pessoal do caso reto, pois tem a função de sujeito na oração. Ele está no
plural, ou seja, se refere a mais de uma entidade. It é um pronome pessoal oblíquo, pois exerce a função
de objeto na frase. Está no singular e é de gênero neutro. Na Tabela 4.1, esses elos podem ser
identificados:
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Its se refere a the frog. Its jar = the frog’s jar (o pote do sapo); ou seja o sapo saiu de seu pote. They
se refere a the boy and the dog. It se refere novamente a the frog – eles não conseguiram achá-lo (o
menino e o cão não conseguiram achar o sapo).
They it
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Para ter mais explicações sobre os pronomes em inglês, assista ao vídeo no link:
https://www.youtube.com/watch?v=bdjs0ZgC8cc
Muito bem, agora que já vimos como os pronomes agem como elos em um texto, veremos uma palavra
que pertence a outra classe gramatical, mas que também tem essa função. É o artigo definido the.
Artigos funcionam como marcadores de informação velha e nova em certos contextos. Em inglês temos
um único artigo definido, que serve para o masculino, feminino, neutro, singular ou plural. É o artigo the,
usado para marcar substantivos como específicos.
Para modificar elementos que ainda não foram especificados, usamos o artigo a e sua variante an para
substantivos no singular. A variante an é usada antes de palavras que são iniciadas por som de vogal,
como por exemplo as palavras apple ou hour.
Let’s go to a pub.
Faço um convite para ir a um pub cuja especificação ainda definiremos. Podemos escolher um dentre
vários.
Se olharmos o texto utilizado na Atividade 1 novamente, veremos que na primeira sentença do texto
temos a ocorrência do artigo a três vezes – a primeira modificando o substantivo boy, a segunda
modificando o substantivo dog e a terceira modificando o substantivo frog. O artigo indefinido a surge
para modificar a primeira menção desses elementos no texto.
Nas sentenças subsequentes, esses elementos – frog, boy, dog e frog novamente – não são mais
modificados pelo artigo indefinido a, mas pelo artigo definido the. Ou seja, na primeira menção, na qual
os elementos são apresentados e ainda estão indefinidos, usamos o artigo indefinido. Na segunda
menção, o leitor/ouvinte já sabe do que se trata, pois os elementos já foram apresentados no texto,
sendo, então, modificados pelo artigo definido. Marcando os elos coesivos estabelecidos pelos artigos na
história do menino, o cachorro e o sapo, teremos uma imagem como a representada a seguir:
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Para saber mais sobre os artigos em inglês, seu uso e sua pronúncia, assista ao vídeo em:
https://www.youtube.com/watch?v=PTpnC376IRQ. Você vai gostar. É bem explicadinho e vai ajudá-lo/a a
compreender melhor essas palavras tão úteis.
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Atividade 2
Atende ao objetivo 2
Resposta Comentada
Para praticar a habilidade de compreensão oral e, ao mesmo tempo, rever explicações sobre os artigos
em inglês, visite:
https://www.youtube.com/watch?v=seg9jEcWIo4
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4. Relações de Coesão Lexical
Como você já deve ter notado, grande parte dos elos coesivos são simplesmente a repetição de
elementos do texto. É isso mesmo – a repetição ajuda a gente a perceber que estamos falando de um
mesmo assunto, auxiliando nosso processo de compreensão.
Mas o texto não fica chato se a gente ficar repetindo, repetindo, repetindo o tempo todo?
Depende, há vários meios de a gente repetir uma mesma ideia. Vamos ver?
Há, no entanto, uma outra maneira de reiterar uma ideia. Podemos fazer uso de sinônimos ou termos
mais gerais para repetirmos uma ideia sem que pareça que estamos nos repetindo. A esse tipo de
Reiteração, damos o nome de Relexicalização.
Mesma Palavra
Reiteração Pronominalização
Palavra diferente
Relexicalização
Podemos reiterar uma ideia usando uma mesma palavra, um pronome ou um outro elemento lexical com
o mesmo sentido.
A Relexicalização é a coesão estabelecida pela estrutura do léxico. Ela envolve a repetição de um item
lexical em um extremo de uma escala (representada na Figura 4.9) até o uso de um termo geral no
outro extremo dessa escala. Entre os dois extremos estão o uso de sinônimos e termos
superordenados (o nome para a classe a qual o referente pertence).
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Repetição
do
mesmo
item
Termo
Sinônimo
superordenado
Termo
geral
lexical
Então se estivermos falando de um menino, podemos nos referir a ele repetindo a palavra menino,
usando o sinônimo garoto, o termo superordendo criança ou um termo geral, que geralmente traz algum
juízo de valor.
Repetição
do
mesmo
item
Termo
Sinônimo
superordenado
Termo
geral
lexical
Pode
conter
juízo
de
valor.
Calma, calma, foi usado o termo geral bobão não porque os meninos são considerados bobos. Nada
disso, esse termo geral é usado por causa do exemplo que veremos agora no diálogo:
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A: Tem um menino subindo na árvore.
B: O menino vai cair se não tomar cuidado.
Fonte: http://www.freeimages.com/photo/734644
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The
boy
is
going
to
fall
if
he
does
not
take
care.
Repetition
The
lad
is
going
to
fall
if
he
does
not
take
care.
Synonym
The
child
is
going
to
fall
if
he
does
not
take
care.
Superordinate
Word
The
little
devil
is
going
to
fall
if
he
does
not
take
care.
General
Word
A Tabela 4.2 lista alguns termos gerais que podem ser usados em substituição a diferentes tipos de
referente. Esses termos estão disponíveis para o usuário da língua, sendo que alguns deles diferem em
grau de generalidade. Por exemplo, os termos person e people são mais gerais que os demais, assim
como child é mais geral do que boy ou girl.
Supondo que você aconselhe alguém a não revelar uma notícia. Você pode dizer:
Então a “coisa” a fazer é ficar de boca fechada, certo? Ou seja, uma ação é uma “coisa” a fazer.
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Keep your mouth shut. That’s the best move.
Figura 4.13: Termo geral para uma ação.
Fonte:
https://www.flickr.com/photos/shyald/3194950746/
Autor: Cristian V.
Mais um exemplo?
Imaginando que você goste muito de um lugar, vamos supor, Salvador. Você pode dizer:
Fonte:http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Elevador_Lacerda_-‐
_Bahia.jpg
Compreendeu? Você não precisa repetir o nome do lugar. Basta substituí-lo pelo termo geral the place.
Outro exemplo: Você está criticando seu amigo Henry. Ele acha que vai enriquecer, mas não sabe
porque ele pensa assim – ou seja, você não sabe de onde ele tirou essa ideia. Você pode dizer:
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Henry thinks he’ll get rich. I don’t know what gave him that idea.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f9/Money_Cash.jpg
Nesse caso, that idea se refere ao fato de ele achar que irá enriquecer.
Atividade 3
Atende ao Objetivo 3
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AEast_Coker_elm%2C_2.jpg
Resposta comentada:
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Você deve ter optado pela sequência 3, 2 e 1. Ou seja, o termo mais específico é a repetição da palavra
elm no sintagma that elm.
Em segundo lugar de especificidade teríamos o uso do termo superordenado tree no sintagama that tree.
Por último, temos a expressão that old thing, para se referir ao carvalho, sendo thing o termo geral, que
juntamente com o adjetivo old que o precede, expressam juízo de valor.
Conclusão
Esta aula teve como objetivo ajudá-lo/a a desenvolver habilidades de identificação e interpretação dos
elos coesivos em um texto em língua inglesa como uma das ferramentas que auxiliam sua compreensão.
Procuramos mostrar que o reconhecimento do papel dessas palavras e expressões na organização da
estrutura textual é fundamental para a interpretação dos textos. Vimos aqui dois tipos de elos coesivos –
a referência, na qual os elos são estabelecidos por intermédio da utilização dos pronomes e do artigo
definido, e a coesão lexical, aquela estabelecida pela relexicalização do referente. Esse tipo de recurso,
também utilizado em português, nos permite identificar a unidade semântica de um texto e, por
conseguinte, interpretá-lo adequadamente.
As atividades propostas tiveram como objetivo possibilitar maior entendimento do conteúdo da aula,
possibilitando o conhecimento e a utilização de mais uma estratégia de leitura.
Atividade Final
Leia o texto que narra o momento em que o então Presidente dos Estados Unidos George W. Bush
recebeu a notícia de que as Torres Gêmeas, na cidade de Nova Iorque, haviam sido atacadas.
Antes de começar a leitura é importante esclarecer que, em inglês americano, ao contrário do português,
datas são representadas primeiro pelo mês e depois pelo dia. Então, o dia 11 de setembro (11/9) em
inglês americano é representado por 9/11 e é referido como nine-eleven ou como September, the ninth.
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Fonte: Kids with Bush on 9/11 saw change sweep over him. Disponível em:
<http://dailycaller.com/2011/09/07/kids-with-bush-on-911-saw-change-sweep-over-him/>. Acesso em 04
dez. 2014.
No título do excerto temos os elementos KIDS, BUSH, 9/11 e CHANGE. Tente, usando diferentes cores
ou marcações, identificar todas as referências feitas a esses quatro elementos ao longo do texto e
complete a tabela.
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Resposta Comentada
Ao ler o texto você deve ter reparado que o elemento KIDS aparece 10 vezes no trecho. Com relação à
referência, vemos que o pronome pessoal they é usado 5 vezes e o pronome pessoal us é usado na
transcrição da fala de um dos jovens também para se referir a eles quando crianças. O pronome oblíquo
them e ainda o adjetivo possessivo their também aparecem para remeter ao elemento KIDS ao longo do
texto. O artigo definido the também contribui para a textura do trecho, modificando os elementos lexicais
coesivos children e students, em uma relação de sinonímia.
they (5 vezes) President George W the US had been attacked pressed on with the
Bush reading
them his it
he (3 vezes)
Assim, podemos marcar os elos coesivos estabelecidos a partir do sintagma KIDS no texto como
representado a seguir.
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Fonte: Kids with Bush on 9/11 saw change sweep over him. Disponível em:
<http://dailycaller.com/2011/09/07/kids-with-bush-on-911-saw-change-sweep-over-him/>. Acesso em 04
dez.2014.
Para o elemento BUSH, também aparece a pronominalização estabelecendo uma série de elos coesivos:
O pronome oblíquo him é usado duas vezes, o adjetivo possessivo his aparece uma vez e o pronome
pessoal reto he é usado 3 vezes para se referir a Bush. O artigo definido the aparece qualificando o
termo elemento lexical coesivo president, que juntamente com a expressão President George W Bushe
o sobrenome Bush usado duas vezes compõe a rede semântica relacionada a esse elemento, como se
pode ver a seguir.
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Fonte: Kids with Bush on 9/11 saw change sweep over him. Disponível em:
<http://dailycaller.com/2011/09/07/kids-with-bush-on-911-saw-change-sweep-over-him/>. Acesso em 04
dez.2014.
Há várias referências no excerto para o elemento 9/11. Há apenas uma ocorrência de pronominalização,
com o uso de it. Todos os demais elos coesivos são estabelecidos por intermédio da coesão lexical, com
os itens modern America darkest moment,the US had been attacked,devastating news,something
was going on ethat moment referindo-se ao ataque das Torres Gêmeas, conhecido como 11 de
Setembro, ou 9/11 (nine-eleven).
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Fonte: Kids with Bush on 9/11 saw change sweep over him. Disponível em:
<http://dailycaller.com/2011/09/07/kids-with-bush-on-911-saw-change-sweep-over-him/>. Acesso em 04
dez.2014.
É importante ter atenção ao artigo definido “the” que aparece em “the US had been attacked”, pois ele
não estabelece elo coesivo. O nome de alguns países, especialmente daqueles que têm com parte de
sua denominação o termo United ou Union, são precedidos pelo artigo definido.
Para o elemento CHANGE, somente itens lexicais são utilizados para criar a coesão. Temos os
sintagmas verbais suddenly changed, relativo ao rosto de Bush, pressed on with reading, looking
differently e o sintagma nominal blank stare todos se referem a mudanças ocorridas com Bush
percebidas pelas crianças.
Fonte: Kids with Bush on 9/11 saw change sweep over him. Disponível em:
<http://dailycaller.com/2011/09/07/kids-with-bush-on-911-saw-change-sweep-over-him/>. Acesso em 04
dez.2014.
Com todas as marcações, temos um texto todo “costurado” pelos elos coesivos. Na verdade, as relações
coesivas são tantas que mal se pode ler o texto, como se pode ver a seguir:
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Fonte: Kids with Bush on 9/11 saw change sweep over him. Disponível em:
<http://dailycaller.com/2011/09/07/kids-with-bush-on-911-saw-change-sweep-over-him/>. Acesso em 04
dez.2014.
RESUMO
Na aula4, vimos alguns dos recursos utilizados para se manter a unidade de um texto. A Referência é
uma relação coesiva exercida por pronomes e pelo artigo definido.
Estudamos os pronomes pessoais dos casos reto (I, you, he, she, it, we, they) e oblíquo (me, you, him,
her, it, us, them)assim como pronomes (mine, yours, his, hers, its, ours, theirs) e adjetivos possessivos
(my, your, his, her, its, our, their).
Vimos também como o artigo definido em inglês, com sua forma única– the –, marca um item lexical
como informação dada.
Em seguida, vimos a Coesão Lexical, aquela que é estabelecida por intermédio do uso de elementos
lexicais que reiteram um elemento, por intermédio da simples repetição, sinonímia ou uso de um termo
geral (Ex.: a lad, the boy, the child, the fool), tornando o texto semanticamente unificado.
Finalizamos com uma atividade que visa a integrar todos os tipos de elos coesivos estudados na Aula.
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Na próxima aula, você verá como o conhecimento sobre textos que você já tem poderá lhe ajudar a
interpretar textos em inglês. Aguarde!
Referências Bibliográficas
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Language, 15, 71-91, 1993.
MOURA FILHO, Augusto César Luitgards. Pessoal e intransferível: a relevância dos estilos de
aprendizagem nas aulas de línguas estrangeiras. Rev. bras. linguist. apl. [online]. 2013, vol.13, n.1, pp.
313-344. Epub Jan 24, 2013.
MUNIZ, Fernando. As palavras, as coisas. In: PERES, Deila C., OLIVEIRA, Celia R., SOUZA, Eliane L.
HEFFNER, Gisele, AFFONSO, Lucia R. (org.). 1o Seminário sobre leitura e Escrita. A Redação no
Vestibular da UFF. PROAC/ COSEAC / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, Niterói-RJ, 2006.
Kids with Bush on 9/11 saw change sweep over him. Disponível em:
<http://dailycaller.com/2011/09/07/kids-with-bush-on-911-saw-change-sweep-over-him/>. Acesso em 04
dez.2014.
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