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Orações Completivas
Código: 708191440
3º Ano
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Índice
0. Introdução......................................................................................................................... 1
0.3. Metodologia...............................................................................................................1
2. Orações relativas............................................................................................................... 6
3. Conclusão........................................................................................................................10
4. Bibliografia..................................................................................................................... 11
0. Introdução
0.1.Objectivo Geral
Compreender a complixibilidade das orações completivas e as suas ramificações
0.2.Objectivos Específicos
Descrever as orações subordinadas substantivas completivas
Identificar e caracterizar as completivas não finitas.
Caracterizar as orações relativas
0.3.Metodologia
1
0.4.Estrutura do trabalho
O presente trabalho tem um capítulo o mesmo contendo 12 páginas divididas entre elementos
pré-textuais, elementos textuais e pós-textuais. É nos elementos textuais onde encontra-se todo o
desenvolvimento do trabalho devidamente organizado.
Mateus et al. (2003, p.597) consideram que as completivas finitas são unidades (ou termos)
constituintes da oração matriz (frase superior) e confirmam isso por meio de testes de
constituência, como a substituição por pronome demonstrativo (pronominalização), como em (1-
2a-b), e por um item de polaridade afirmativa ou negativa, como em (1-2a-b) – método que
distingue o complementador introdutor (que constitui o núcleo sintáctico da completiva finita) e
a completiva.
O elemento que introduz a maioria das frases completivas finitas é o complimentador que. As
completivas finitas seleccionadas por verbos de inquirição e por verbos dubitativos e
intrinsecamente negativos têm como elemento introdutor o complementador se, como se pode
observar nos exemplos (4):
2
b. Não sei [Fsub se o João vem à festa].
Completivas finitas seleccionadas por alguns verbos declarativos podem ser introduzidas
pelos complementadores que ou se (cf. (5a, b)); neste ultimo caso têm uns interpretação
semelhante à de interrogativas indirectas totais:
3
4. a. Os pais disseram aos miúdos [para vir(em) para casa cedo].
b. Os jornalistas pediram ao chefe de redacção [para mandar um repórter ao Médio
Oriente].
A forma para que introduz as completivas não finitas com esta subclasse de verbos tem o
estatuto de complementador e não de uma verdadeira preposição, um vez que, nas completivas
finais correspondentes, para não pode co-ocorrer com o complementador que (veja-se a
agramaticalidade de (5)); por esta razão, tais completivas têm a relação gramatical de objecto
directo e não uma relação gramatical obliqua, como mostra o contraste entre (6) e (7):
5. a. Os pais disseram aos miúdos [para que viessem para casa cedo]
b. Os jornalistas pediram ao chefe de redacção [para que mandasse um repórter ao Médio
Oriente].
6. a. Os pais disseram-no aos miúdos.
(no = para vir(em) para casa cedo)
b. Os jornalistas pediram-no ao chefe de redacção
(no = para mandar um repórter ao Médio Oriente)
7. a. Os pais pediram aos miúdos para isso.
(isso = vir (em) para casa cedo)
b. Os jornalistas pediram ao chefe de redacção para isso.
(isso = mandar um repórter ao Médio Oriente) (Ibid., p.622)
Pelo contrario, as formas que precedem completivas não finitas como as ilustradas em (8) são
preposições e não complementadores, uma vez que, nas completivas finitas correspondentes,
precedem obrigatoriamente o complementador que (veja-se (9)), e as completivas que se lhes
seguem são retomadas anaforicamente por demonstrativos como isso precedidos da respectiva
preposição (cf. (10)):
8. a. A indecisão contribui para [aumentar as dificuldades de gestão].
b. A situação convida a [não fazer nada].
c. O problema resultou de [a secção de contabilidade ter enviado o NIB errado].
d. A tarefa consiste em [determinar a derivada das três funções].
e. Aquele professor esforça-se por [se manter actualizado].
9. a. A indecisão contribuiu para [que as dificuldades de gestão aumentem].
b. A situação convida a [que os funcionários não façam nada].
4
c. O problema resultou de [que a secção de contabilidade enviou o NIB errado].
d. A tarefa consiste em [que os alunos determinem a derivada das três funções].
e. Aquele professor esforça-se por [que todos os seus alunos aprendam].
10. a. A indecisão contribui para isso.
(isso = aumentar as dificuldades de gestão)
b. A situação convida a isso.
(isso = não fazer nada)
c. O problema resultou disso.
(isso = a secção de contabilidade ter enviado o NIB errado)
d. A tarefa consiste nisso.
(isso = determinar a derivada das três funções)
e. Aquele professor esforça-se por isso.
(isso = manter-se actualizado)
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o Um verbo com traço casual acusativo, em completivas verbais com a relação
gramatical de objecto directo (cf.(14));
11. a. [Os miúdos terem chegado cedo a casa] surpreendeu-nos.
b. É incrível [ainda não nos terem comunicado a decisão].
c. É um perigo [viveres perto de linhas de alta tensão].
12. a. O problema reside um [não sabermos quantas variáveis devemos controlar].
b. Os alunos estão receosos de [terem uma má classificação no exame].
c. Agrada-me a ideia de [passarmos ferias juntos].
13. a. O João pensa [devermos nós dar-lhe a noticia em primeira mão].
c. O Júri criticou [os candidatos não terem referido a sua participação em projecto de
investigação].
Contudo, nem em todos os contextos em que uma completiva não finita é acessível a Caso
pode ocorrer infinitivo, como os exemplos (11) mostram.
2. Orações relativas
As orações adjectivas, denominadas de acordo com a terminologia actual como relativas, são
orações subordinadas tradicionalmente introduzidas pelos seguintes constituintes relativos: os
pronomes relativos: que, o que, quem, o qual, cujo, quanto. (Brito & Duarte, 2003) Na oração
subordinante substituem um modificador de uma expressão nominal antecedente, como mostra o
seguinte esquema que têm o antecedente explícito:
F+
SN SV
D N + pr.relativo F- V + Pr
A notícia que me disseste agradou-me
Sujeito + oração relativa + predicado
As orações relativas com antecedente nominal explícito são de dois tipos: restritivas
(determinativas) e explicativas (apositivas ou não restritivas).
6
2.1.Orações relativas restritivas e relativas apositivas
2.1.1. Orações relativas restritivas
A oração relativa restritiva “serve para restringir o domínio de objectos a que se aplica a
propriedade veiculada pela expressão predicativa” (Peres & Móia, 1995, p.276). Segundo Smits
(1998, p.407) orações relativas restritivas ou determinativas contribuem para a construção do
valor referencial da expressão nominal, restringindo o domínio dos possíveis referentes só àquele
que condiz com as propriedades na frase relativa, como mostra o seguinte exemplo:
Dentro deste tipo de orações encontram-se as que são introduzidas pela locução pronominal
relativa o que. Estas frases são relativamente independentes e podem ser separadas no texto.
7
A peça teatral de ontem começou tarde, o que desagradou ao público.
A relativa substantiva sem antecedente cumpre uma função sintáctica em relação ao verbo da
oração superior: na frase em 2., a oração cumpre a função de complemento directo.
1
Exemplos retirados de Brito & Duarte 2003, p.67.
8
Quem desdenha quer comprar - a relativa desempenha a função de sujeito.
Ele não é quem parece - a relativa desempenha a função de predicativo do sujeito.
Não dás valor a quem merece- a relativa desempenha a função de complemento indirecto.
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3. Conclusão
É importante termos em conta que as orações completivas podem ser finitas ou não finitas. É
de referir que, como se pode constatar, as orações completivas podem ser selecionadas por
verbos (ex.: afirmar, alegar, assegurar, prometer, propor, sugerir, pedir, perguntar, detestar,
gostar, lamentar, ...), por adjetivos (ex.: possível, ...), ou por nomes (ex.: verdade, ...).
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4. Bibliografia
Brito, Ana Maria & Inês Duarte (2003) Orações Relativas e Construções Aparentadas. In: Maria
H. M. et all. Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho.
Brucart, J. M. (1999) La estructura del sintagma nominal: las oraciones de relativo. In: Ignácio
B. & Violeta D. (org.) Gramática Descriptiva de la Lengua Española. Madrid: Espasa
Calpe.
Guéron, Jacqueline (1980) On the syntax and semantics of PP extraposition. Linguistic Inquiry.
Mateus, M.H.M. et al. (2003). Gramática da língua portuguesa. (5ª ed.) Lisboa: Caminho,
Smits, Rik (1988) The relative and cleft constructions of the Germanic and Romance languages.
Dordrecht: Katholieke Universiteit Brabant.
Peres, J; Móia, T. (1995). Áreas Críticas da Língua Portuguesa. Portugal: Lisboa, Caminho
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