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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS


PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
Aula 5

Na aula de hoje, darei continuidade ao estudo sobre a sintaxe da


oração e do período, agora com o foco voltado para a relação existente
entre as orações. Será preciso lançar mão de conceitos sobre o que é uma
oração e o que é um período. Lembra-se de que na aula anterior iniciei
minhas explicações esclarecendo o que é uma oração e o que é um período?
Se você ainda tem dúvidas de reconhecê-los, deve reler a aula 4. Se
precisar, utilize também outros recursos didáticos (livros, apostilas, resumos
etc.).
Tenho notado que muitos alunos sentem dificuldades de
responder às questões de provas sobre orações porque não compreendem
seus valores semânticos, muita vezes explicitados logo pela conjunção
introdutória, e suas corretas nomenclaturas. Mas devo dizer que sou contra
aquele tipo de “decoreba” a que normalmente nos sujeitamos durante os
tempos escolares. É possível, por exemplo, que uma conjunção tipicamente
adversativa introduza uma oração de valor semântico aditivo, e vice-versa –
o que mudará, obviamente, a classificação da conjunção e, por
consequência, da própria oração.
Admito, porém, que há significativa importância nos estudos
“cartezianos” das orações. Alguns professores tornam esse assunto mais
difícil de ser compreendido porque partem do princípio de que seus alunos já
vão para a sala de aula sabendo classificar cada oração, reconhecendo suas
características e valores semânticos. Não pretendo incorrer em equívoco
semelhante, por isso iniciarei explicando cada uma delas separada e
detalhadamente.
De início, você deve observar que as orações surgem
organizadas em períodos. Um período pode ser classificado em simples ou
composto. Será simples quando contiver apenas uma oração (um verbo ou
uma locução verbal), caso em que a oração será dita oração absoluta.

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Vive-se um momento social delicado.


Os alunos continuam estudando.

Será composto quando nele houver mais de uma oração, caso


em que as orações estarão articuladas em uma relação de igualdade
(coordenação) ou dependência (subordinação) sintáticas.

Eu vou à escola; você, à praia.

A primeira observação a ser feita sobre o exemplo acima é que o


verbo da segunda oração – “você, à praia” – foi substituído pela vírgula, já
que esta é uma das funções desse sinal de pontuação. A segunda, perceba,
é que as orações se equivalem sintaticamente, o que caracteriza a
coordenação entre elas. Note que na palavra “coordenação” existe o
elemento “co-”, que traduz a ideia de igualdade, nivelamento. Em outras
palavras, não há o exercício de uma função sintática (sujeito, objeto,
adjunto adnominal, adjunto adverbial etc.) por qualquer das orações do
período.

É necessário que vocês estudem.

A respeito da frase anterior, podemos dividi-la em duas orações:


“É necessário” e “que vocês estudem”. Você já deve ter percebido que a
primeira oração é constituída por um verbo de ligação (“é”) e por um termo
(“necessário”) que confere um atributo ao sujeito desse verbo. Mas onde
está o sujeito dele? Se você percebeu que o sujeito é a segunda oração
(“que vocês estudem”) está de parabéns! Caso contrário, sugiro que coloque
a frase na ordem direta:

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Que vocês estudem é necessário.

Ficou melhor? Não?! Tente usar um velho e bom artifício:


substitua a oração “Que vocês estudem” pelo pronome ISSO, assim:

Isso é necessário.

Notou agora a função sintática de sujeito sendo exercida pela


oração “Que vocês estudem”? Pois é, quando uma oração desempenha
alguma função sintática na outra, dizemos que a relação entre elas é de
subordinação. Note que no vocábulo “subordinação” existe o prefixo
“sub-”, tradutor da noção de posição abaixo, dependência.
Às vezes, em um mesmo período, as orações que o compõem
articulam-se de forma coordenada e, também, subordinada.

Eu disse que trabalho e estudo.

As duas últimas orações (“que trabalho e estudo”)


subordinam-se sintaticamente à primeira (“Eu disse”), complementando o
significado do verbo “disse” (o que?), exercendo a função sintática de objeto
direto (isso). Não obstante, entre si mesmas, as duas últimas orações
estabelecem uma relação sintática coordenada. A terceira oração soma-se
à segunda para, juntas, indicarem o que foi dito. Logo, o período é misto,
ou seja, composto por subordinação e coordenação ao mesmo tempo.

1. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010)

(...) São numerosas oportunidades perdidas que se multiplicarão, se a


economia brasileira continuar com seu impulso de crescimento – e a
qualidade da educação continuar baixa.(...)

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A respeito da composição do período acima, analise as afirmativas a


seguir:

I. Há uma oração principal.


II. Há duas orações subordinadas adverbiais.
III. O período é composto por coordenação e subordinação.

Assinale:

(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas


(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas
(D) se nenhuma alternativa estiver correta
(E) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

Gabarito – E
Comentário – Sugiro que você sublinhe ou circule os verbos, pois eles
representam a quantidade de orações: “São”, “multiplicarão”, “continuar” e
“continuar” (ele se repete mesmo). Temos, portanto, quatro orações, assim
constituídas:
1 – “São numerosas oportunidades perdidas”
2 – “que se multiplicarão”
3 – “se a economia brasileira continuar com seu impulso de
crescimento”
4 – “e a qualidade da educação continuar baixa.”
Agora temos que analisar a relação existente entre elas. A
primeira oração é principal em relação à segunda. Esta é subordinada
(adjetiva) à primeria porque funciona como adjunto adnominal restritivo (o
“que” é pronome relativo e substitui a expressão “numerosas oportunidades
perdidas”). Mas a segunda oração é tamém princiapal em relação à terceira
e à quarta. Repare que estas exprimem as condições para que as numerosas
oportunidades perdidas se multipliquem. Sendo assim, a terceira e a quarta

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oração equivalem-se a adjuntos adverbiais condicionais e são verdadeiras


orações subordinadas adverbiais. Finalmente, a relação entre as duas
últimas orações é de coordenação; ambas são independentes
sintaticamente falando. Note que as ideias expressas por elas se somam e
não dependem uma da outra (a conjunção coordenativa “e” ajuda a
evidenciar essa relação).
Conclui-se, então, que existem duas orações principais,
duas orações subordinadas adverbiais e que o período é composto por
subordinaçaõ e coordenação (período misto).

2. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010)

(...) Da mesma forma, diarreias epidêmicas, parasitoses intestinais e


outras enfermidades transmissíveis por meio da água contaminada têm
sua incidência aumentada, tanto por causa das dificuldades de
saneamento nas secas, quanto por contaminação com esgotos, lixo e
dejetos de animais durante as enchentes.(...)

O período acima

(A) é composto por coordenação.


(B) é composto por subordinação.
(C) é composto por coordenação e subordinação.
(D) é simples.
(E) apresenta orações reduzidas.

Gabarito – D
Comentário – Esta questão é bem mais simples, não é mesmo? Porém é
possível que alguém se impressione por causa do tamanho do enunciado.
Saiba que tamanho não é documento! Conte quantos verbos ou locuções
verbais aparecem no período. E aí? Só um: “têm”, conjugado na terceira

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pessoa do plural do presente do indicativo! Então só existe uma oração, que


é chamada de absoluta, e o período é simples.

Bem, já que falamos na relação coordenada entre orações,


precisamos agora estudar as classificações e os valores semânticos de cada
uma delas. Além disso, devemos notar se essa articulação coordenada se dá
por meio de um conectivo ou não. Sendo a resposta afirmativa, teremos
uma coordenação sindética (o vocábulo síndeto significa conjunção) entre
orações. Caso a resposta seja negativa, estaremos de uma coordenação
assindética (sem conjunção). Averiguemos!

ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS E SINDÉTICAS


As orações coordenadas que se ligam uma às outras sem
conjunção são chamadas assindéticas. Diferentemente, as orações
coordenadas sindéticas são conectadas por uma conjunção que recebe
nome semelhante ao da oração.

Lá estava, lá fiquei. (coordenada assindética, sem conjunção)


Sentou e olhou ao redor. (coordenada sindética, com conjunção)
Estudou, mas não passou. (coordenada sindética, com
conjunção)

ATENÇÃO! 1 – Costuma-se chamar coordenada inicial a primeira oração


de um período composto por coordenação.
2 – O mesmo período pode ser composto por orações
coordenadas assindéticas e sindéticas.
“Vi, vim e venci.” (a segunda oração – “vim” – coordena-se à
primeira sem conjunção; a terceira – “e venci” – articula-se por meio da
conjunção “e”).

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• CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

a) Aditivas – indicam fatos sequenciais, dando a ideia de soma, de


acrescentamento ao que já foi dito.

Ela falava, e eu ouvia.


Nossas crianças não fumam nem bebem.
Ele não só passou no concurso, mas também tirou o primeiro
lugar. (esta é uma estrutura aditiva enfática)

b) Adversativas – exprimem fatos com valores semânticos de


oposição, ressalva, adversidade em relação ao que se declarou
antes; a ideia é de contraste.

Apressou-se, contudo não chegou a tempo.

Principais conjunções e locuções: mas, porém, todavia, entretanto, no


entanto, não obstante, contudo.

3. (FGV/SSP-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO/2008)

(...) No entanto, o tema central do encontro - o desmatamento de uma


região que perde um Rio de Janeiro por mês de floresta – foi o que
menos parece ter mobilizado os participantes (...).

O conectivo “no entanto” pode ser substituído, mantendo-se o sentido


original, por:

(A) ainda que.


(B) entretanto.

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(C) portanto.
(D) visto que.
(E) pois.

Gabarito – B
Comentário – A utilização do conectivo no entanto evidencia o valor
adversativo do segmento textual. Esse mesmo valor pode ser preservado
por meio da conjunção entretanto.
As outras conjunções traduzem sentidos diferentes. Veja:
– ainda que: concessivo;
– portanto: conclusivo;
– visto que: causal;
– pois: explicação, conclusão e causa

4. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DE RENDAS/2010)

(...) Em qualquer lugar (mesmo que seja um ônibus, por exemplo),


sempre há alguém falando sobre a crise na saúde, a crise na educação
e, inclusive, a crise ética na política brasileira.
Contudo, é preciso notar também que, muitas vezes, enquanto
cidadãos, nós mesmos raramente decidimos fazer alguma coisa pela
transformação da realidade (...)

A conjunção Contudo conecta:

(A) a oração subordinada aditiva à oração principal: sempre há alguém


falando.
(B) os parágrafos um e dois, introduzindo valor de consequência entre os
fatos.
(C) os parágrafos um e dois, apresentando uma conclusão acerca do que se
disse.

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(D) a oração subordinada subjetiva à principal: é preciso notar.


(E) os parágrafos um e dois, informando contraste entre as ideias expostas.

Gabarito – E
Comentário – O exercício comprava a minha explicação. Quando era de se
esperar um engajamento dos cidadãos para mudar a realidade, veio a
constatação de que isso raramente acontece. Portanto a ideia introduzida
pelo conectivo “Contudo” contraria a anterior.
Algumas observações são importantes:
– não existe oração subordinada aditiva (letra A);
– a conjunção contudo jamais introduz uma consequência
(letra B) ou uma conclusão (letra C);
– essa conjunção integra o rol das conjunções
coordenativas, por isso não pode introduzir oração subordinada (letra D).

5. (FGV/BADESC/ANALISTA DE RISCO DE CRÉDITO/2010) A natureza do


Estado é naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é
inadequada à realidade individual.

A respeito do uso do vocábulo porém no fragmento acima, é correto


afirmar que se trata de uma conjunção:

(A) subordinativa que estabelece conexão entre a oração principal e a


adverbial concessiva.
(B) integrante que estabelece conexão entre períodos coordenados com
valor de consequência.
(C) coordenativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo
oração de valor adversativo.
(D) integrante que estabelece conexão entre a oração principal e a oração
objetiva direta.

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(E) coordenativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo


oração com valor explicativo.

Gabarito – C
Comentário – Esta questão é parecida com a anterior. A conjunção “porém”
articula orações coordenadas; o sentido da segunda se opõe ao da primeira.

c) Alternativas – exprimem fatos que se alternam ou se excluem


mutuamente.

Ora respondia, ora ficava mudo.


Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

ATENÇÃO! Embora a conjunção apareça na oração coordenada inicial, ela


não é classificada como sindética alternativa.
Principais conjunções: ou... ou...; ora... ora...; já... já...; quer... quer...;
seja... seja...

d) Conclusivas – expressam uma conclusão lógica que é obtida a


partir dos fatos expressos na oração anterior.

Ele estuda; passará, pois.

ATENÇÃO! A conjunção pois tem valor semântico conclusivo quando


aparece após o verbo da oração em que surge. Antes dele, porém, ela
integra oração de cunho explicativo.
Principais conjunções e locuções: logo, pois, portanto, por
conseguinte, por isso, de modo que, em vista disso.

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e) Explicativa – expressam a justificativa de uma ordem,


suposição, sugestão etc.

Fique calmo, pois ele já vem.


Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.

ATENÇÃO! Não devemos confundir explicação com causa, isto é, orações


coordenadas sindéticas explicativas com orações subordinadas
adverbiais causais. Uma explicação é sempre posterior ao fato que a
gerou; uma causa é sempre anterior à consequência gerada. Além disso, as
orações explicativas normalmente aparecem após frases imperativas ou
optativas.
Principais conjunções: que, porque, porquanto, pois (antes do
verbo da oração explicativa).

6. (FGV/SENADO FEDERAL/POLÍCIA LEGISLATIVA/2008) “...a inflação


funcionou como uma crueldade superveniente, pois os títulos não
tinham correção monetária.”

A palavra grifada no trecho acima pode ser substituída sem provocar


perda de sentido por:

(A) porquanto
(B) portanto
(C) não obstante
(D) conquanto
(E) consoante

Gabarito – A

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Comentário – Se você prestou atenção no rol de conjunções, acertou


tranquilamente esta fácil questão. Registre-se que os demais conectivos
exprimem:
– portanto: conclusão;
– não obstante: adversidade;
– conquanto: concessão;
– consoante: conformidade.

7. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009)

(...) A sociedade não tem lado de fora. O que está fora da sociedade
seria desumano, pois ela nada mais é que a relação entre os
humanos.(...)

A respeito do uso do vocábulo pois no fragmento acima, pode-se


afirmar que se trata de:

(A) uma conjunção subordinativa que estabelece conexão entre as orações


introduzindo valor de explicação.
(B) uma preposição que estabelece conexão entre períodos coordenativos
introduzindo valor de consequência.
(C) uma conjunção coordenativa que estabelece conexão entre as orações
introduzindo valor de alternância.
(D) um pronome relativo que introduz a oração relativa explicativa,
retomando a expressão sociedade.
(E) uma conjunção coordenativa que estabelece conexão entre as orações
introduzindo valor de explicação.

Gabarito – E
Comentário – Não existe conjunção subordinativa explicativa (letra A); isso
é uma pegadinha do examinador para ver se você conhece a correta

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classificação das orações. O vocábulo pois não se apresenta como


preposição (letra B) nem como conjunção alternativa (letra C). Classificá-la
como pronome relativo é outro absurdo.
Enfim, note que ela surgiu antes do verbo da oração da qual
é parte integrante: “pois ela nada mais é que a relação entre os humanos”.

OBSERVAÇÕES – 1 – “Não se deve classificar uma oração considerando


apenas a conjunção que a introduz.

Pediu-lhe a filha em casamento, e logo se arrependeu.

Apesar da conjunção ‘e’ ser normalmente aditiva,


percebe-se que a segunda oração é coordenada sindética adversativa; pois,
nesse contexto, a conjunção ‘e’ apresenta valor de contraste, de oposição.”
(João Domingues Maia)
2 – “Para a Nomenclatura Gramatical Brasileira, no
entanto, vale a forma. A conjunção ‘e’ é aditiva e fim. (...) felizmente, essa
visão limitada já está fora de moda. A classificação leva em conta o sentido
efetivo.” (Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto)
3 – “Há orações coordenadas assindéticas que possuem
claramente valor de sindéticas, porque apresentam um conectivo
subentendido.

Fiz o possível para previnir-lhes o perigo; ninguém me ouviu.


Fale baixo: não sou surdo.

A terceira oração do primeiro período (‘ninguém me ouviu’) e a segunda do


segundo período (‘não sou surdo’), apesar de formalmente assindéticas, já
que não apresentam conjunção, têm sentidos bem marcados: a primeira

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tem valor semântico adversativo (equivale a ‘mas ninguém me ouviu’); a


segunda, explicativo (equivale a ‘pois não sou surdo’).
Por isso convém insistir em que você se preocupe mais
com o uso efetivo das estruturas linguísticas do que com discussões às
vezes intermináveis sobre questões de mera nomenclatura.” (Ulisses Infante
e Pasquale Cipro Neto, com adaptçaões)

Antes de passar adiante e tratar das orações subordinadas,


quero exemplificar o que foi dito anteriormente com um exercício.

8. Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de


adição que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos
deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.

(A) Tem olhos, e não vê.


Tem boca, e não fala.
(B) — Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana.
(C) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder!
(D) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável.

Gabarito – D
Comentário – Na alternativa A, as orações coordenadas introduzidas pela
conjunção “e” possuem claro valor semântico adversativo. Em B, a oração
“mas apenas por uma semana” expressa a condição para que o fato
mencionado anteriormente seja levado a efeito. A terceira alternativa
apresenta oração coordenada que traduz a consequência imediata da
realização do fato mencionado antes. Finalmente, é na última alternativa em
que encontramos oração coordenada (“mas principalmente responsável”)
com a mesma relação de sentido aditivo existente também na oração “mas
livrai-nos do mal”, no comando da questão.

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Como você pode perceber, não devemos nos limitar à análise


fria e tradicional das conjunções durante o processo de classificação das
orações. É fundamental, antes, perceber a relação semântica existente entre
elas. Mas é bom trazer na mente os sentidos mais frequentes de alguns
conectivos.

CONECTIVOS COORDENATIVOS

e, nem, mas, também, mas ainda, como também, bem


adição
como, além disso, além do mais, ademais etc.

e, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao


adversidade passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não
obstante, apesar disso, em todo caso etc.

alternância ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer

logo, portanto, por conseguinte, pois (após verbo), por


conclusão
isso

explicação que, porque, porquanto, pois (antes de verbo)

9. (FGV/CAERN/ADMINISTRADOR/2010) Ademais, como o mundo é obra


de um arquiteto universal (não exatamente o Deus judaico-cristão, mas
uma divindade criadora mesmo assim), desvendar os segredos do
mundo equivale a desvendar a "mente de Deus".

O termo destacado no trecho acima pode ser substituído, sem prejuízo


de sentido, por

(A) Além do mais


(B) Entretanto
(C) Conquanto
(D) Portanto

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(E) Consequentemente

Gabarito – A
Comentário – De acordo com o quadro acima, há correspondência entre os
conectivos aditivos ademais e além do mais. Os outros comunicam as
seguintes ideias:
– entretanto: oposição, ressalva, adversidade;
– conquanto: concessão;
– portanto, conclusão
– consequentemente: consequência.

10. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) (...) Mas, simultaneamente a


essa premência de curto prazo, espera-se que a cadeia de ensino no
país, da pré-escola à universidade, acelere ou implante programas que
possibilitem um substancial salto de qualidade.(...)

Assinale a alternativa que NÃO pode substituir o termo grifado no


período acima, sob pena de alteração de sentido.

(A) Não obstante


(B) Entretanto
(C) Porquanto
(D) Contudo
(E) No entanto

Gabarito – C
Comentário – O conectivo “Mas” imprime ao segmento o sentido de
adversidade. Entre as conjunções relacionadas nas alternativas, somente
porquanto não é capaz de comunicar a mesma ideia. Porquanto pode
exprimir causa ou explicação.

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A partir de agora, trataremos das orações subordinadas, que


podem exercer funções típicas de substantivos, advérbios e adjetivos.
Antes de estudarmos suas características e valores semânticos, apresentarei
um quadro-resumo delas.

Orações Subordinadas

Substantivas Adverbiais Adjetivas

1 – Subjetiva 1 – Causal 1 – Explicativa


2 – Predicativa 2 – Consecutiva 2 – Restritiva
3 – Objetiva Direta 3 – Condicional
4 – Objetiva Indireta 4 – Concessiva
5 – Completiva Nominal 5 – Comparativa
6 - Apositiva 6 – Conformativa
7 – Temporal
8 – Proporcional
9 – Final

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


São aquelas que desempenham funções típicas de substantivos
no período simples. Elas podem surgir em duas formas:

1. desenvolvidas Î ligam-se à oração principal por meio das


conjunções subordinativas integrantes que e se, ou ainda por meio de
um pronome ou advérbio interrogativo.

É importante que estudemos com afinco. (conjunção integrante)


Perguntamos se voltará hoje. (conjunção integrante)

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Ele quer saber que horas são. (pronome interrogativo)


Ele indagou quando será a prova. (advérbio interrogativo)

2. reduzidas Î apresentam verbo no infinitivo e podem ser introduzidas


por preposição.

É importante estudar com afinco.


Pensou em omitir o fato, mas se arrependeu.

11. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –


ADMINISTRAÇÃO/2008) “Aqueles com aptidão a ajudá-los, se não
estimulados por cenários competitivos, estarão fadados a não encontrar
motivação para o exercício de suas funções.”

A respeito do período acima, analise os itens a seguir:

I. O período é composto por quatro orações.


II. Há três orações reduzidas.
III. Há uma oração coordenada.

Assinale:

(A) se todos os itens estiverem corretos.


(B) se somente o item II estiver correto.
(C) se somente o item III estiver correto.
(D) se somente o item I estiver correto.
(E) se nenhum item estiver correto.

Gabarito – D
Comentário – Item I: certo. Para saber a quantidade de orações é preciso
contar quantos verbos e locuções verbais existem no período. São eles:
ajudar (em “ajudá-los”), ser (em “se não [forem] estimulados”) – note que

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ele foi ocultado, mas pode ser facilmente entendido no contexto –, estar
(“estarão fadados” e encontrar (em “encontrar motivação”).
Item II: errado. De fato, apenas dois verbos estão na forma
nominal: “ajudar” e “encontrar” (infinitivo), os outros estão flexionados no
futuro do subjuntivo (“se não [forem]estimulados”) e no futuro do presente
do indicativo (“estarão”).
Item III: errado. Não há oração coordenada no período.

• Subjetiva (equivale-se ao sujeito da oração principal)

É fundamental a sua opinião sobre o assunto.


É fundamental que você opine sobre o assunto.
É fundamental você opinar sobre o assunto.

O primeiro exemplo constitui-se de período simples. Nele há


apenas uma oração (um só verbo), cujo sujeito é a expressão a sua
opinião sobre o assunto. Colocando-se a frase na ordem direta, é mais
fácil perceber isso: A sua opinião sobre o assunto é fundamental.
Nos dois últimos exemplos, há períodos compostos, pois a
expressão inicial foi transformada em duas orações: uma na forma
desenvolvida (com a conjunção integrante que); outra na forma reduzida
(verbo opinar no infinitivo).

ATENÇÃO! Quando ocorre oração subordinada substantiva subjetiva, o


verbo da oração principal sempre fica na terceira pessoa do singular.

Estruturas típicas da oração principal nesse caso são:

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1. verbo de ligação + predicativo Î é bom...; é conveniente...; é


claro...; está comprovado...; parece certo ...; fica evidente... etc.

É preciso que se adotem providências eficazes..


Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam..

2. verbo na voz passiva sintética ou analítica Î sabe-se...; soube-se...;


comenta-se...; dir-se-ia...; foi anunciando...; foi dito... etc.

Sabe-se que a prova está próxima.


Foi dito que a prova será adiada.

3. verbos como cumprir, convir, acontecer, importar, ocorrer, suceder,


parecer, constar, urgir etc. conjugados na terceira pessoa do singular.

Convém estarmos aqui.


Urge que tomemos uma decisão.

• Objetiva Direta

Complementa o valor semântico do verbo transitivo direto da


oração principal, articulando-se com ela sem o intermédio de preposição
obrigatória.
Ressalte-se que, nas frases interrogativas indiretas, as orações
subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pelas
conjunções subordinativas integrantes se ou que e, ainda, por
pronomes ou advérbios interrogativos.
Tome cuidado porque as bancas examinadoras podem
perguntar, por exemplo, se “as palavras em destaque nos trechos abaixo

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possuem a mesma classificação gramatical” e sublinhar, maliciosamente,


dois vocábulos introdutores de orações subordinadas substantivas objetivas
diretas. Partindo da ideia comum de que elas são iniciadas por conjunções
integrantes, é possível que algum candidato mais afoito diga “sim”, sem se
dar conta de que pode estar diante de uma conjunção integrante e um
pronome interrogativo.

Todos sabemos que ele aceitará o convite.


como as coisas funcionam aqui.
onde fica a farmácia.
quanto custa o remédio.
quando acabam as aulas.
qual é a matéria da prova.

ATENÇÃO! Com os verbos deixar, mandar fazer (causativos), ver, sentir e


ouvir (sensitivos), ocorre um tipo especial de oração subordinada
substantiva objetiva direta:

Ouvi-os bater.
Deixe-me entrar.

As orações em destaque são reduzidas de infinitivo. E o mais


interessante é que os pronomes oblíquos átonos os e me são os sujeitos dos
verbos no infinitivo. Na Língua Portuguesa, esse é o único caso em que tais
pronomes desempenham tal função sintática.

12. (FGV/CODESP/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/2010) Em 1994, foi criado o


Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho
(National Economic Development and Labour Council – NEDLAC), cujo
principal objetivo consistia em promover a integração entre governo,

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empresários e trabalhadores, tornando as decisões econômicas mais


abrangentes para promover as metas do crescimento econômico e da
igualdade social.

Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O período é composto por quatro orações.


II. Há duas ocorrências de predicativo do objeto.
III. Há um caso de oração subordinada substantiva objetiva direta.

Assinale

(a) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas


(b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas
(c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas
(d) se nenhuma afirmativa estiver correta
(e) se todas as afirmativas estiverem corretas

Gabarito – D
Comentário – Item I: errado. É melhor prestar atenção na quantidade de
verbos e locuções verbais: “foi criado” (locução), “consistia”, “promover”,
“tornando”, “promover”. Verifica-se, assim, que existem cinco orações, duas
desenvolvidas e três reduzidas.
Item II: errado. Só existe uma ocorrência de predicativo do
objeto, a qual se encontra na oração “tornando as decisões econômicas mais
abrangentes”. O verbo tornar é transobjetivo, isto é, seu sentido requer,
além de um complemento-objeto, uma qualificação para esse complemento
(= predicativo do objeto). Na citada oração, o objeto direto é o termo “as
decisões econômicas” e o termo “abrangentes” é o predicativo dele.
Item III: errado. O que existe e recebe designação parecida
com a que foi usada pelo examinador é oração subordinada substantiva
objetiva indireta. A oração “em promover a integração entre governo,

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empresários e trabalhadores” complementa o sentido do verbo transitivo


indireto consistir (quem consiste consiste em algo).

• Objetiva Indireta

Completa o sentido de um verbo transitivo indireto da oração


principal. Normalmente vem introduzida por preposição, mas esta pode ser
omitida.

Lembro-me de que fizemos muitas visitas. (Mário Donato)


Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. (Clarice
Lispector)

• Completiva Nominal

Liga-se a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) da


oração principal completando seu significado. É introduzida por preposição
(como todo complemento nominal). Aqui, o emprego da preposição não é
facultativo. A omissão dela implica erro de regência e revela falta de coesão.

Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar.


substantivo

A nova metodologia é útil para diminuir a margem de erro.


adjetivo

Está perto de fazermos a prova.


advérbio

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• Predicativa

Funciona como um predicativo do sujeito da oração principal;


seu valor semântico caracteriza, especifica, determina o sujeito dela. É de se
notar também a presença de um verbo de ligação na oração principal.

Nosso desejo era encontrares o teu caminho.


O triste é que não era uma planta qualquer.

13. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –


ADMINISTRAÇÃO/2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser
um processo de observação cristalina para assumir um discurso de
políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase
nada retratam as necessidades de populações distintas.”.

A oração grifada no trecho acima classifica-se como:

(A) subordinada substantiva predicativa.


(B) subordinada adjetiva restritiva.
(C) subordinada substantiva subjetiva.
(D) subordinada substantiva objetiva direta.
(E) subordinada adjetiva explicativa.

Gabarito – A
Comentário – Observe que o verbo de ligação “é” relaciona o sujeito “o
fato” à sua respectiva característica: “que transparência deixou de ser um
processo de observação cristalina”. Se você preferir, substitua a oração
predicativa pelo pronome isso: Mas o fato é isso. Ficou melhor?

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• Apositiva

Atua como aposto de um termo da oração principal e é marcada


pela pontuação (vírgula, dois pontos). Seu significado amplia, explica,
desenvolve, resume o conteúdo da oração principal.

O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se


rapidamente.
Só resta uma alternativa: encontrar o culpado.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

‰ Características

I. Têm valor semântico de advérbio (causa, tempo, condição,


finalidadde etc.) e exercem função de adjunto adverbial em relação à oração
principal;

II. Desenvolvidas: possuem verbo no modo indicativo ou subjuntivo


e são introduzidas por conjunção;

III. Reduzidas: possuem verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio,


particípio).

‰ Classificações

I. Causal: expressa a causa do que se diz na oração principal.

Como não haviam combinado, uns cantavam em inglês e outros em


português. (Clarice Lispector)

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14. (FGV/SENADO FEDERAL/POLÍCIA LEGISLATIVA/2008) “Em julho de


1898, temendo por sua saúde, escreveu um testamento, deixando para
Carolina, sua esposa, entre outros bens, 7.000 contos em títulos da
dívida pública do empréstimo nacional de 1895.”

No período acima, a oração destacada tem valor:

(A) condicional.
(B) concessivo.
(C) causal.
(D) consecutivo.
(E) conformativo.

Gabarito – C
Comentário – O que motivou o marido a escrever um testamento? O temor
por sua saúde, ideia que foi apresentada sob a forma de oração reduzida,
com verbo no gerúndio.

II. Consecutiva: apresenta a consequência do que se diz na oração


principal.

Fiquei tão alegre com esta idéia que ainda agora me treme a pena
na mão. (Machado de Assis)

III. Condicional: estabelece uma condição para que o fato expresso na


oração principal se realize.

Eu cantarei, se as Musas me ajudarem, a verdadeira história de


Elpenor. (Augusto Meyer)

IV. Concessiva: expressa um fato que deveria impedir o


acontecimento do que se declara na oração principal.

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(...) descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala.


(Graciliano Ramos)

15. (FGV/PREFEITURA DE CAMPINAS/VICE-DIRETOR/2008) “...ainda que a


escola e a universidade estejam perdendo progressivamente seu
monopólio de criação e transmissão do conhecimento, os sistemas de
ensino públicos podem ao menos dar-se por nova missão a de orientar
os percursos individuais no saber e contribuir para o reconhecimento do
conjunto de know-how das pessoas, inclusive os saberes não-
acadêmicos.”

O termo grifado no trecho acima não pode ser substituído por:

(A) embora.
(B) não obstante.
(C) conquanto.
(D) porquanto.
(E) mesmo que.

Gabarito – D
Comentário – A locução introduz segmento textual com valor semântico
concessivo, de ressalva, que deveria obstruir ou mesmo impedir a realização
do fato declarado posteriormente. A mesma ideia de concessão pode ser
também introduzida pelas conjunções e locuções: embora, não obstante,
conquanto e mesmo que.
A conjunção porquanto figura em enunciados de valor
semântico de causal ou de explicação.

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V. Comparativa: indica o segundo elemento de uma comparação.

Ele saiu da vida como quem sai de uma festa. (Cassiano Ricardo)

Atenção! Muitas vezes, o verbo da oração subordinada adverbial


comparativa está oculto.

As ideias marinhavam-lhe no cérebro, como em hora de


temporal (...). (Machado de Assis)

Além disso, a oração à qual se subordina a oração comparativa


pode apresentar expressões como: mais, menos, pior, tal, tanto.

VI. Conformativa: a ideia expressa nela está de acordo com a que é


dita na oração principal.

Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando um pelo


outro. (Mário Donato)

VII. Proporcional: expressa um fato que se realiza proporcionalmente


ao que se diz na oração principal.

Quanto mais uma civilização é artista, mais ela se afasta da


natureza. (Graça Aranha)

VIII. Final: indica a finalidade do que se diz na oração principal.

O fuzil foi passado de mão em mão, para que todos aprendessem


os quatro movimentos.

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16. (FGV/FNDE/TÉCNICO/2007)

(...) Sua marca será o poder que uma parcela cada vez maior da
humanidade terá para se livrar da condição de mero consumidor e
tornar-se, também, produtor de bens simbólicos. (...)

É correto afirmar que a oração para se livrar da condição de mero


consumidor aponta circunstância de:

(A) proporcionalidade.
(B) finalidade.
(C) causa.
(D) consequência.
(E) condição.

Gabarito – B
Comentário – A oração representa a finalidade do poder que uma parcela
cada vez maior da humanidade terá. Repare que não existe conjunção
introduzindo-a e que seu verbo está na forma nominal conhecida como
infinitivo.

IX. Temporal: expressa o tempo em que ocorre o que se diz na oração


principal.
Quando o semáforo abriu, ele tentou arrancar na bicicleta (...).
(Lourenço Diaféria)

Observe que as três orações subordinadas abaixo apresentam


estruturas diferentes das anteriores. Nelas não há verbos desenvolvidos
(conjugados no modo indicativo ou subjuntivo) nem conjunções. Agora, os
verbos assumem uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo e
particípio).

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Ao abrir o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (infinitivo)


Aberto o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (particípio)
Abrindo o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (gerúndio)

Uma vez estudadas as características e os valores semânticos


das orações subordinadas adverbiais, convém agora apontar as principais
conjunções que fazem a articulação entre elas e sua principal.

Porque; como; que; pois; porquanto; visto que; dado


Causais
que; já que; uma vez que; na medida em que; etc.
Consecutivas Que, de forma que, de maneira que, de modo que etc.
Que; (do) que; quanto; como; assim como; bem como;
Comparativas
etc.
Ainda que; embora; mesmo que; posto que; por mais
Concessivas que; se bem que; por pouco que; nem que; conquanto
etc.
Se; caso; sem que; contanto que; salvo se; desde que;
Condicionais
a menos que; a não ser que; que; etc.
Conformativas Conforme; como; segundo; consoante; etc.
Finais Para que; a fim de que; que; etc.
À medida que; à proporção que; ao passo que; quanto
Proporcionais mais... mais; quanto menos... menos; quanto maior...
maior; etc.
Quando; enquanto; antes que; depois que; desde que;
Tempo logo que; assim que; até que; que; apenas; mal;
sempre que; tanto que; etc.

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17. (FGV/TCM-PA/AUDITOR/2008) “Como foi a primeira perda desde o


lançamento de suas ações na Bolsa, em 1994, o resultado teve efeito
de um terremoto financeiro, nos já violentamente traumatizados EUA.”

Assinale a alternativa em que o termo indicado não poderia substituir o


termo destacado no trecho acima sob pena de provocar alteração
gramatical e semântica.

(A) Já que
(B) Uma vez que
(C) Por que
(D) Dado que
(E) Visto que

Gabarito – C
Comentário – A conjunção destacada possui valor semântico causal (ela
integra segmento que traduz a razão ou o motivo do efeito do resultado).
Volte à primeira linha da tabela acima e observe que lá estão todas as
conjunções relacionadas pelo examinador. O detalhe fica por conta da
expressão Por que, escrita separadamente. Sendo conjunção causal, a
escrita correta não permite separação: Porque. Do jeito que foi apresentada
na letra C, a expressão é pronome interrogativo, muda o segmento textual
para uma indagação direta e exige o emprego do ponto de interrogação.

Dizem que se conselho fosse bom ninguém daria, mesmo assim


eu arrisco um: não confunda as locuções conjuntivas à medida que e na
medida em que. A primeira introduz oração subordinada tradutora de valor
semântico de proporcionalidade; a segunda inicia oração subordinada que
expressa a causa de um fato. Já vi muito candidato bom “derrapar” por falta
de atenção a esse detalhe.

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18. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –


ADMINISTRAÇÃO/2008) “Isso tem sua lógica, na medida em que essas
sociedades se preocupam também com os custos, mas se acostumaram
a lidar com dados sobre os quais quase nada é debatido por parte de
nossos mandatários da esfera política.”

Assinale a alternativa que poderia substituir a estrutura grifada, sem


incorrer em alteração semântica.

(A) à proporção que


(B) já que
(C) à medida que
(D) conforme
(E) ao ponto em que

Gabarito – B
Comentário – Gostou do primeiro conselho? Repare que, traiçoeiramente, o
examinador relacionou nas alternativas as locuções conjuntivas
proporcionais à proporção que e à medida que?
A locução conjuntiva na medida em que é bem
característica de circunstância adverbial de causa, assim como a locução já
que.
Conforme exprime circunstância de conformidade; e ao
ponto em que pode traduzir consequência: “As universidades públicas
federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para
pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ.”

Quer outro conselho? Não confunda oração subordinada


adverbial causal com oração coordenada sindética explicativa! Em
alguns momentos, elas podem apresentar semelhanças que dificultam a
análise correta. Por exemplo, ambas admitem as conjunções pois, que,

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porque, porquanto. Porém, um pouco de atenção para os aspectos que


vou assinalar pode ser de grande utilidade:

[Ele pegou a doença] [porque [Não ande descalço,] [porque


andava descalço.] você vai pegar uma doença.]
1. Há uma relação de causa 1. Não há relação de causa e
e consequência entre as duas orações. consequência: apenas é dado o
motivo para que não se ande
descalço.
2. A conjunção que introduz 2. Pode-se eliminar a conjunção
a oração causal não pode ser coordenativa explicativa: Não ande
eliminada. descalço, você vai pegar uma
doença.
3. A oração adverbial pode 3. Não se pode transformar a
ser transformada em oração reduzida oração coordenada em oração
de infinitivo: Ele pegou a doença reduzida.
por andar descalço.
4. O verbo da oração 4. A oração anterior à explicativa
principal não expressa dúvida ou geralmente possui verbo no
hipótese. imperativo ou tem caráter hipotético.
De outro modo, poderíamos dizer: Ele
deve ter andado descalço, pois
pegou uma doença.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


As orações subordinadas adjetivas podem equivaler-se,
semanticamente, a adjetivos, ou seja, caracterizar um substantivo,
atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Sintaticamente, podem

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exercer a função de adjunto adnominal de um termo da oração principal.


Observem:

Deve-se investir em soluções definitivas.


Deve-se investir em soluções que resolvam definitivamente os
problemas.

Comparando os dois exemplos acima, é fácil perceber que, no


segundo, a oração “que resolvam definitivamente os problemas”
discrimina o substantivo “soluções” e restringe o seu alcance semântico.
Além disso, exerce função idêntica à do adjetivo “definitivas” no primeiro
exemplo: ambas as expressões são adjuntos adnominais do substantivo
“soluções”, que é núcleo do objeto indireto.

• ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS

Na relação que estabelecem com o termo a que se referem, as


orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras distintas:
restringindo e individualizando esse termo ou simplesmente explicando,
realçando, amplificando uma informação sobre ele.

O jovem que estuda passa.


Oraç. Subord. Adj. Restritivas
O homem que luta vence.

O homem, que é mortal, almeja a vida eterna.


Oraç. Subord.
Cristo, que é filho de Deus, morreu por nós. Adj. Explicativas

No primeiro caso, as orações adjetivas equiparam-se a


verdadeiros adjetivos restritivos (aqueles cujos valores semânticos não

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constituem um atributo inerente a todo e qualquer ser de mesma natureza):


nem todo jovem passa (apenas o que estuda); nem todo homem vence
(somente o que luta). Elas funcionam como adjuntos adnominais e não
podem ser separadas do substantivo por vírgulas.
No segundo caso, as orações adjetivas têm valor semântico
explicativo, pois expressam uma característica intrínseca, essencial ao termo
a que se referem: todo homem é mortal; Cristo é filho de Deus. Por não
influenciarem o significado do termo a que se referem, podem ser retiradas
da frase ou ficarem separadas do substantivo pela pontuação sem implicar
alteração semântica. Sendo assim, elas se assemelham a um aposto
explicativo.
Note que as conexões entre as orações subordinadas adjetivas
apresentadas até aqui e suas orações principais são feitas pelo pronome
relativo que. Esse pronome, além de conectar (ou relacionar – daí o nome
relativo) os dois tipos de orações, também desempenha uma função
sintática na oração subordinada que introduz. No desempenho dessa função,
o pronome relativo ocupa o papel que seria exercido pelo termo que ele
substitui (o antecedente).

Deve-se investir em soluções. Essas soluções devem resolver


sujeito
definitivamente os problemas.

Deve-se investir em soluções [que resolvam definitivamente os


sujeito
problemas.]

Quando as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por


um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo
(forma finita), elas são chamadas de desenvolvidas. E quando não são
introduzidas por um pronome relativo (podem ser introduzidas por

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preposição) e apresentam verbo numa das formas nominais (infinitivo,


gerúndio e particípio), elas são chamadas de reduzidas.

Essas são as ideias tão valorizadas por ele.


Via-se um cartaz comunicando a falência.
Nosso argumento foi o primeiro a cair.

19. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Observe atentamente o


trecho a seguir:

(...) A reflexão jurídica sobre o assunto, contudo, não se tem mostrado


tão farta quanto aquela encontrada na economia. Isso se deve, talvez, à
associação feita ao tema dos efeitos na utilização de recursos entre
gerações especificamente na década de 70, quando o movimento
ambientalista passou a formular um discurso jurídico mais sólido,
angariando adeptos das mais variadas formações, em diversas partes
do planeta (...)

Analise sua estrutura sintática e avalie as afirmativas a seguir:

I. O primeiro período é composto por três orações.


II. No segundo período encontram-se orações reduzidas de particípio e de
gerúndio.
III. No segundo período ocorrem dois casos de oração coordenada.
IV. A oração “quando o movimento ambientalista passou a formular um
discurso jurídico mais sólido” classifica-se como subordinada adjetiva.

Assinale:

(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.


(B) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

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(D) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.


(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Gabarito – D
Comentário – Item I: certo. Eis o primeiro período, encerrado pelo ponto:
“A reflexão jurídica sobre o assunto, contudo, não se tem mostrado tão farta
quanto aquela encontrada na economia.” Observe bem: a primeira oração
se constitui em torno da locução verbal “se tem mostrado”, que é tempo
composto do verbo mostrar; a segunda oração é subordinada adverbial
comparativa e foi apresentada com o verbo oculto, como de costume:
“quanto aquela... (se tem mostrado)”; finalmente, a terceira oração é
subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio: “encontrada na
economia” (= que se encontra na economia).
Item II: item certo. A oração (subordinada adjetiva)
reduzida de particípio é a seguinte: “feita ao tema dos efeitos na utilização
de recursos entre gerações especificamente na década de 70”, que restringe
o significado do substantivo “associação”. A oração reduzida de gerúndio é:
“angariando adeptos das mais variadas formações, em diversas partes do
planeta”.
Item III: errado. Não se verifica nenhuma oração
coordenada no segundo período.
Item IV: certo. Se você respondeu com base apenas na
classificação tradicional da conjunção quando (conjunção subordinativa
adverbial temporal), deve ter errado. A oração “quando o movimento
ambientalista passou a formular um discurso jurídico mais sólido” constitui
uma explicação, um esclarecimento a respeito da “década de 70”, que foi
representada semanticamente pelo vocábulo “quando”, um
pronome-advérbio relativo. Veja a transformação: na década de 70

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(quando) o movimento ambientalista passou a formular um discurso jurídico


mais sólido.
Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
- como (= pelo qual): Não me parece correto o modo como
você agiu semana passada.
- quando (= em que, nas indicações de tempo): Bons eram
os tempos quando podíamos jogar videogame. Sinto saudades da época em
que (quando) morávamos no exterior.
- onde (= em que, nas indicações de lugar): A casa onde eu
morava foi assaltada.

20. (FGV/SSP-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL/2008) “Conduzo tua lisa


mão / Por uma escada espiral / E no alto da torre exibo-te o varal /
Onde balança ao léu minh’alma”

Tomando o trecho acima como um período composto, há:

(A) três orações, sendo duas subordinadas.


(B) três orações, sendo uma subordinada.
(C) quatro orações, sendo duas coordenadas.
(D) quatro orações, sendo uma coordenada.
(E) duas orações, sendo uma coordenada.

Gabarito – B
Comentário – O período possui três orações e é misto, composto por
subordinação e coordenação ao mesmo tempo.
Entre as orações “Conduzo tua lisa mão / Por uma escada
espiral / E no alto da torre exibo-te o varal”, existe uma relação coordenada;
a segunda é aditiva.

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Entre as orações “E no alto da torre exibo-te o varal / Onde


balança ao léu minh’alma”, a relação é de subordinação; a primeira é a
principal e a segunda é sua subordinada adjetiva restritiva. Note que não há
pontuação separando-a da anterior e o pronome relativo “Onde” substitui o
antecedente “varal”.

Por hoje é só, prezado aluno. Sugiro que intensifique os estudos.


Não esmoreça por causa dessa ou daquela disciplina. Sempre haverá
dificuldades a serem superadas em qualquer área de nossas vidas,
principalmente quando estivermos diante de grandes conquistas. Meu
conselho é que você esteja realmente decidido a se tornar servidor do
Senado Federal e, por isso mesmo, faça o que for preciso. O que muda a
nossa história é o que decidimos e fazemos, e não o que pensamos e
falamos. Se você quer mesmo trabalhar no Senado, vá em frente!
Bons estudos e que Deus o(a) abençoe!

Professor Albert Iglésia

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010)

(...) São numerosas oportunidades perdidas que se multiplicarão, se a


economia brasileira continuar com seu impulso de crescimento – e a
qualidade da educação continuar baixa.(...)

A respeito da composição do período acima, analise as afirmativas a


seguir:

I. Há uma oração principal.


II. Há duas orações subordinadas adverbiais.
III. O período é composto por coordenação e subordinação.

Assinale:

(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas


(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas
(D) se nenhuma alternativa estiver correta
(E) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

2. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010)

(...) Da mesma forma, diarreias epidêmicas, parasitoses intestinais e


outras enfermidades transmissíveis por meio da água contaminada têm
sua incidência aumentada, tanto por causa das dificuldades de
saneamento nas secas, quanto por contaminação com esgotos, lixo e
dejetos de animais durante as enchentes.(...)

O período acima

(A) é composto por coordenação.

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(B) é composto por subordinação.


(C) é composto por coordenação e subordinação.
(D) é simples.
(E) apresenta orações reduzidas.

3. (FGV/SSP-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO/2008)

(...) No entanto, o tema central do encontro - o desmatamento de uma


região que perde um Rio de Janeiro por mês de floresta – foi o que
menos parece ter mobilizado os participantes (...).

O conectivo “no entanto” pode ser substituído, mantendo-se o sentido


original, por:

(A) ainda que.


(B) entretanto.
(C) portanto.
(D) visto que.
(E) pois.

4. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DE RENDAS/2010)

(...) Em qualquer lugar (mesmo que seja um ônibus, por exemplo),


sempre há alguém falando sobre a crise na saúde, a crise na educação
e, inclusive, a crise ética na política brasileira.
Contudo, é preciso notar também que, muitas vezes, enquanto
cidadãos, nós mesmos raramente decidimos fazer alguma coisa pela
transformação da realidade (...)

A conjunção Contudo conecta:

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(A) a oração subordinada aditiva à oração principal: sempre há alguém


falando.
(B) os parágrafos um e dois, introduzindo valor de consequência entre os
fatos.
(C) os parágrafos um e dois, apresentando uma conclusão acerca do que se
disse.
(D) a oração subordinada subjetiva à principal: é preciso notar.
(E) os parágrafos um e dois, informando contraste entre as ideias expostas.

5. (FGV/BADESC/ANALISTA DE RISCO DE CRÉDITO/2010) A natureza do


Estado é naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é
inadequada à realidade individual.

A respeito do uso do vocábulo porém no fragmento acima, é correto


afirmar que se trata de uma conjunção:

(A) subordinativa que estabelece conexão entre a oração principal e a


adverbial concessiva.
(B) integrante que estabelece conexão entre períodos coordenados com
valor de consequência.
(C) coordenativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo
oração de valor adversativo.
(D) integrante que estabelece conexão entre a oração principal e a oração
objetiva direta.
(E) coordenativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo
oração com valor explicativo.

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6. (FGV/SENADO FEDERAL/POLÍCIA LEGISLATIVA/2008) “...a inflação


funcionou como uma crueldade superveniente, pois os títulos não
tinham correção monetária.”

A palavra grifada no trecho acima pode ser substituída sem provocar


perda de sentido por:

(A) porquanto
(B) portanto
(C) não obstante
(D) conquanto
(E) consoante

7. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009)

(...) A sociedade não tem lado de fora. O que está fora da sociedade
seria desumano, pois ela nada mais é que a relação entre os
humanos.(...)

A respeito do uso do vocábulo pois no fragmento acima, pode-se


afirmar que se trata de:

(A) uma conjunção subordinativa que estabelece conexão entre as orações


introduzindo valor de explicação.
(B) uma preposição que estabelece conexão entre períodos coordenativos
introduzindo valor de consequência.
(C) uma conjunção coordenativa que estabelece conexão entre as orações
introduzindo valor de alternância.
(D) um pronome relativo que introduz a oração relativa explicativa,
retomando a expressão sociedade.
(E) uma conjunção coordenativa que estabelece conexão entre as orações
introduzindo valor de explicação.

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8. Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de


adição que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos
deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.

(A) Tem olhos, e não vê.


Tem boca, e não fala.
(B) — Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana.
(C) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder!
(D) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável.

9. (FGV/CAERN/ADMINISTRADOR/2010) Ademais, como o mundo é obra


de um arquiteto universal (não exatamente o Deus judaico-cristão, mas
uma divindade criadora mesmo assim), desvendar os segredos do
mundo equivale a desvendar a "mente de Deus".

O termo destacado no trecho acima pode ser substituído, sem prejuízo


de sentido, por

(A) Além do mais


(B) Entretanto
(C) Conquanto
(D) Portanto
(E) Consequentemente

10. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) (...) Mas, simultaneamente a


essa premência de curto prazo, espera-se que a cadeia de ensino no
país, da pré-escola à universidade, acelere ou implante programas que
possibilitem um substancial salto de qualidade.(...)

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Assinale a alternativa que NÃO pode substituir o termo grifado no


período acima, sob pena de alteração de sentido.

(A) Não obstante


(B) Entretanto
(C) Porquanto
(D) Contudo
(E) No entanto

11. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –


ADMINISTRAÇÃO/2008) “Aqueles com aptidão a ajudá-los, se não
estimulados por cenários competitivos, estarão fadados a não encontrar
motivação para o exercício de suas funções.”

A respeito do período acima, analise os itens a seguir:

I. O período é composto por quatro orações.


II. Há três orações reduzidas.
III. Há uma oração coordenada.

Assinale:

(A) se todos os itens estiverem corretos.


(B) se somente o item II estiver correto.
(C) se somente o item III estiver correto.
(D) se somente o item I estiver correto.
(E) se nenhum item estiver correto.

12. (FGV/CODESP/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/2010) Em 1994, foi criado o


Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho
(National Economic Development and Labour Council – NEDLAC), cujo

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principal objetivo consistia em promover a integração entre governo,


empresários e trabalhadores, tornando as decisões econômicas mais
abrangentes para promover as metas do crescimento econômico e da
igualdade social.

Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O período é composto por quatro orações.


II. Há duas ocorrências de predicativo do objeto.
III. Há um caso de oração subordinada substantiva objetiva direta.

Assinale

(a) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas


(b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas
(c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas
(d) se nenhuma afirmativa estiver correta
(e) se todas as afirmativas estiverem corretas

13. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –


ADMINISTRAÇÃO/2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser
um processo de observação cristalina para assumir um discurso de
políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase
nada retratam as necessidades de populações distintas.”.

A oração grifada no trecho acima classifica-se como:

(A) subordinada substantiva predicativa.


(B) subordinada adjetiva restritiva.
(C) subordinada substantiva subjetiva.
(D) subordinada substantiva objetiva direta.
(E) subordinada adjetiva explicativa.

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14. (FGV/SENADO FEDERAL/POLÍCIA LEGISLATIVA/2008) “Em julho de


1898, temendo por sua saúde, escreveu um testamento, deixando para
Carolina, sua esposa, entre outros bens, 7.000 contos em títulos da
dívida pública do empréstimo nacional de 1895.”

No período acima, a oração destacada tem valor:

(A) condicional.
(B) concessivo.
(C) causal.
(D) consecutivo.
(E) conformativo.

15. (FGV/PREFEITURA DE CAMPINAS/VICE-DIRETOR/2008) “...ainda que a


escola e a universidade estejam perdendo progressivamente seu
monopólio de criação e transmissão do conhecimento, os sistemas de
ensino públicos podem ao menos dar-se por nova missão a de orientar
os percursos individuais no saber e contribuir para o reconhecimento do
conjunto de know-how das pessoas, inclusive os saberes não-
acadêmicos.”

O termo grifado no trecho acima não pode ser substituído por:

(A) embora.
(B) não obstante.
(C) conquanto.
(D) porquanto.
(E) mesmo que.

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16. (FGV/FNDE/TÉCNICO/2007)

(...) Sua marca será o poder que uma parcela cada vez maior da
humanidade terá para se livrar da condição de mero consumidor e
tornar-se, também, produtor de bens simbólicos. (...)

É correto afirmar que a oração para se livrar da condição de mero


consumidor aponta circunstância de:

(A) proporcionalidade.
(B) finalidade.
(C) causa.
(D) consequência.
(E) condição.

17. (FGV/TCM-PA/AUDITOR/2008) “Como foi a primeira perda desde o


lançamento de suas ações na Bolsa, em 1994, o resultado teve efeito
de um terremoto financeiro, nos já violentamente traumatizados EUA.”

Assinale a alternativa em que o termo indicado não poderia substituir o


termo destacado no trecho acima sob pena de provocar alteração
gramatical e semântica.

(A) Já que
(B) Uma vez que
(C) Por que
(D) Dado que
(E) Visto que

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18. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO –


ADMINISTRAÇÃO/2008) “Isso tem sua lógica, na medida em que essas
sociedades se preocupam também com os custos, mas se acostumaram
a lidar com dados sobre os quais quase nada é debatido por parte de
nossos mandatários da esfera política.”

Assinale a alternativa que poderia substituir a estrutura grifada, sem


incorrer em alteração semântica.

(A) à proporção que


(B) já que
(C) à medida que
(D) conforme
(E) ao ponto em que

19. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Observe atentamente o


trecho a seguir:

(...) A reflexão jurídica sobre o assunto, contudo, não se tem mostrado


tão farta quanto aquela encontrada na economia. Isso se deve, talvez, à
associação feita ao tema dos efeitos na utilização de recursos entre
gerações especificamente na década de 70, quando o movimento
ambientalista passou a formular um discurso jurídico mais sólido,
angariando adeptos das mais variadas formações, em diversas partes
do planeta (...)

Analise sua estrutura sintática e avalie as afirmativas a seguir:

I. O primeiro período é composto por três orações.


II. No segundo período encontram-se orações reduzidas de particípio e de
gerúndio.
III. No segundo período ocorrem dois casos de oração coordenada.

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IV. A oração “quando o movimento ambientalista passou a formular um


discurso jurídico mais sólido” classifica-se como subordinada adjetiva.

Assinale:

(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.


(B) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

20. (FGV/SSP-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL/2008) “Conduzo tua lisa


mão / Por uma escada espiral / E no alto da torre exibo-te o varal /
Onde balança ao léu minh’alma”

Tomando o trecho acima como um período composto, há:

(A) três orações, sendo duas subordinadas.


(B) três orações, sendo uma subordinada.
(C) quatro orações, sendo duas coordenadas.
(D) quatro orações, sendo uma coordenada.
(E) duas orações, sendo uma coordenada.

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GABARITO

1. E
2. D
3. B
4. E
5. C
6. A
7. E
8. D
9. A
10. C
11. D
12. D
13. A
14. C
15. D
16. B
17. C
18. B
19. D
20. B

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