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Grupo de Letras - UNIP (4º

semestre)
AMANDA RA: C22FEG-5, MARTA RA: C27CEE7 e RODRIGO RA: C17854-3
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APS - Prof. Hélcius

APS - TEMA 1: O ESTUDO DA SINTAXE

A IMPORTÂNCIA DA SINTAXE

Sintaxe em grego sýntaxis significa ordem, combinação, relação. A sintaxe é a


parte da gramática que estuda os padrões estruturais dos enunciados e suas
semelhanças correlacionada dos termos nas frases e das frases no discurso.

A sintaxe se preocupa com todas as semelhanças que ocorrem entre as


unidades linguísticas no eixo sintagmático (linha horizontal imaginária).

A língua é formada por elementos de morfemas lexicais e gramaticais e pelos


elementos de regras e leis adequadas que possa atualizar as palavras na elaboração
de uma mensagem.

São as leis sintáticas que permitem autorizar ou não certas construções,


aceitando-as, como pertencentes à Língua Portuguesa ou como não pertencentes. Se
as sequências (extensões e transformações) são permitidas na língua são
consideradas frases, se as sequências não forem permitidas não serão frases dessa
língua.

As leis sintáticas de uma língua tem a função de guardar a inteligibilidade da


superfície linguística de um texto e são recursos gerador e regulador das unidades que
constroem suas frases.
A sintaxe é o início da construção e manutenção da identidade da língua, é
importante alcançar e assegurar a própria habilidade de se comunicar através dos
textos.

O CAMPO DA SINTAXE

Abrange todas as relações que ocorrem no eixo sintático (eixo horizontal) tanto
na formação de sintagmas como na de orações.

Desta forma para analisar essas relações se faz necessário a distinção do que
seja uma frase e uma oração.

Estruturalmente a frase pode conter uma palavra ou mais, ter ou não um verbo
(Que calor!/Como?/Hoje vai chover!). Está concebida como um enunciado que satisfaz
seu sentido atrelado a elementos da situação ou extralinguísticos. Na oralidade é
descrita pela entoação podendo estar junto de um gesto e/ou expressões faciais
(Corra!).

A oração caracteriza-se em sua construção pela presença de um núcleo verbal


que em grande parte se acopla a um sujeito e predicado. Além da obrigatoriedade de
ter um verbo a oração diferencia-se de uma frase por ter sentido completo em seu
enunciado sem a necessidade da situação ou elementos extralinguísticos (Os alunos
atentos estudam as lições todos os dias antes do jantar). Um outro aspecto é que
toda oração pode ser frase mas nem toda frase pode ser oração.

Por último temos o período que é formado por oração. Se classifica em simples
quando possui apenas uma oração e composto quando possui mais de uma oração.
Sua localização é estabelecida em seu início com letra maiúscula e finalizada com
algum tipo de pontuação final (Eu vou porque sou um ótimo bailarino.).

A ESTRUTURA SINTAGMÁTICA DO PORTUGUÊS

Tipos de sintagmas

O Sintagma é a combinação de uma ou mais unidades linguísticas que forma


uma oração ou frase, sendo assim, forma uma unidade complexa com uma função na
língua. O Sintagma sempre é constituído por um núcleo, ele pode ser um substantivo,
adjetivo, advérbio, preposição ou verbo.

Sintagma Nominal

É a unidade na oração em que o núcleo é um substantivo, e está relacionado


por determinantes e/ou por modificadores nominais. Os determinantes são os artigos,
pronomes possessivos, pronomes demonstrativos, quantificadores, entre outros. Os
modificadores são os adjetivos que tem papel de modificar o substantivo.

Exemplo:

O meu amigo velho.

O = PRÉ - DETERMINANTE

meu = DETERMINANTE

amigo = NÚCLEO (SUBSTANTIVO)

velho = MODIFICADOR

[ O meu amigo] = Sintagma Nominal

Sintagma Adjetival

É a unidade na oração em que o núcleo é um adjetivo, e está relacionado por


outros elementos, como advérbio intensificador, modificadores adjetivais ou sintagma
preposicional. O intensificador é representado pelo advérbio, como muito.

Exemplo:

O carro é muito velho.

O = DETERMINANTE

carro = NÚCLEO (SUBSTANTIVO)

é = VERBO

muito = INTENSIFICADOR

velho = ADJETIVO
[ O carro] = Sintagma Nominal

[ muito velho] = Sintagma adjetival

Sintagma Preposicional

É a unidade na oração em que o núcleo é uma preposição, relaciona-se com


um substantivo, adjetivo ou verbo.

Exemplo:

Eu vou para França.

Eu = NÚCLEO

vou = VERBO

para = PREPOSIÇÃO

França = SUBSTANTIVO

[Eu] = Sintagma Nominal

[para França] = Sintagma Preposicional

[França] = Sintagma Nominal

Sintagma Adverbial

É a unidade na oração em que o núcleo é o advérbio, geralmente aparece


sozinho ou acompanhado por um intensificador ou por um modificador.

Exemplo:

A chuva cai cedo.

A = DETERMINANTE

chuva = NÚCLEO

cai = VERBO

cedo = ADVÉRBIO (tempo)


[A chuva] = Sintagma Nominal

[cedo] = Sintagma Adverbial

Sintagma Verbal

É a unidade na oração em que o núcleo é o verbo ou locução verbal.

Exemplo:

As crianças adormeceram.

As = DETERMINANTE

crianças = NÚCLEO

adormeceram= VERBO

[As crianças] = Sintagma Nominal

[adormeceram] = Sintagma Verbal

COMO TRABALHAR SINTAXE EM SALA DE AULA

O objetivo da aula é transmitir o conteúdo para os alunos sobre os temas


abordados nos tópicos anteriores e depois trabalhar em sala de aula uma atividade
para que haja desenvolvimento e melhor aprendizado sobre a matéria, interação
social, criatividade e trabalho em grupo.

Passar para os alunos um vídeo explicativo e dinâmico sobre a matéria. Após o


professor irá aprofundar um pouco mais sobre os temas abordados do vídeo e passar
exemplos, tirar dúvidas para melhor compreensão.

O professor passará algumas indicações de livros, artigos, blogs, sites


interativos, entre outros para os alunos terem mais oportunidades de absorção e ter
contato direto e indireto com a matéria.

Em seguida proporcionará uma atividade em sala de aula em que os alunos


terão que formar grupos de 4(quatro) alunos. Cada grupo deve escrever um texto que
pode ser uma letra de música, prosa, poema, o que quiserem, de no máximo 10
linhas, sobre um tema que o professor irá citar. Após cada grupo ter desenvolvido seu
texto, terão que aplicar a matéria aprendida no texto, onde deve identificar uma frase,
oração, substantivo, adjetivo, advérbio, preposição, verbo, artigo, pronome. Além de
aprender um pouco mais sobre a matéria, irá desenvolver em grupo um texto usando a
criatividade, irá interagir com os colegas e tirar dúvidas.

APS – TEMA 2: ANÁLISE SINTÁTICA DE PERÍODO SIMPLES

· A função do Sujeito

Para identificar o sujeito em uma oração vai depender da interpretação, ele


pode ser quem faz ação, informa sobre o assunto que é falado, há relação entre o
sujeito e predicado na oração (ao qual o predicativo se refere). Para definir o
predicativo é tudo menos o sujeito, e para definir o sujeito é aquilo que o predicativo se
refere.

Exemplos:

(1) O vaso se quebrou.

Sujeito = o vaso (o sujeito não fez a ação, portanto depende da interpretação)

(2) O João apanhou do Marcelo.

Sujeito = O João (não fez a ação)

Em Português, obedecemos um determinado padrão ao construir uma oração,


que é chamado de padrão sintático de construção. Geralmente ele é composto por
sujeito (S), verbo (V) e complemento (C). Quando S é preenchido por um sujeito,
receberá um tipo de sintagma (morfossintaticamente é definida por natureza
substantiva, ou seja, por um sintagma nominal). V e C representará um determinado
verbo que poderá ou não ser acompanhado por um complemento. Há casos em que S
não é usado e a oração irá apenas constituir predicativo.

Exemplos:

(1) Muitas crianças atrapalham os pais. (S+V+C).

(2) Choram na escola. (V + C).

(3) Choveu. (V).


Em toda oração podemos localizar o sujeito por um método, se uma parte da
oração (não pode ser preposição) puder ser substituída por um pronome reto ele(s),
ela(s), será o sujeito. Para isso deve-se seguir alguns passos:

1. Transformar a sentença em uma pergunta, preservando sua ordem;

2. A resposta deve ser afirmativa, substituindo o sintagma por um pronome do caso reto.

Exemplos:

Oração: O João amava a Regina.

Pergunta: O João amava a Regina?

Resposta: Sim, ele amava.

Conclusão: Ele = O João

Sujeito: O João

Há várias possibilidades de localizar um sujeito dentro de uma oração, ele pode


ser sujeito simples, composto, oculto, indeterminado, inexistente.

a) Sujeito Simples

Nesse caso sempre haverá a troca de um sintagma nominal por um pronome


reto.

Exemplo:

Floriram no vaso as flores violetas e laranjas.(?)

Sim, elas floriram no vaso.

Sujeito simples: as flores violetas e laranjas

b) Sujeito Composto

Nesse caso há dois ou mais sintagmas nominais e são trocados por apenas um
pronome reto.

Exemplo:
Os pais e os filhos devem conversar com frequência. (?)

Sim, eles devem conversar com frequência.

Sujeito composto: os pais e os filhos

c) Sujeito Oculto

Nesse caso não se troca o sintagma nominal por um pronome reto, deve-se
adicionar para ligar ao verbo. Esse sujeito não apresenta interação com pronome da
terceira pessoa do singular e do plural.

Exemplo:

Compramos leite ontem. (?)

Sim, nós compramos leite ontem.

Sujeito oculto: Nós (substitui algo que não foi dito)

d) Sujeito Indeterminado

Nesse caso, o verbo aparece na oração em 3º pessoa do plural ou 3º pessoa


do singular mais o pronome se. Quando o sujeito é indeterminado, e é colocado em
prática o método para identificar o sujeito na oração, a resposta será o pronome reto
da 3º pessoa no singular ou plural: ele(s), ela(s), você(s).

Exemplo:

Falaram muita bobeira ontem. (?)

Sim, (eles) falaram ontem.

Sujeito indeterminado: Eles

e) Sujeito Inexistente
São consideradas as orações sem sujeito, ou seja, quando a posição S não
aparece, fica vazia na estrutura S+V+C. O verbo na frase é impessoal e aparece na 3º
pessoa do singular. Não são substituídos por pronome reto para identificar o sujeito.

Exemplo:

Hoje fez muito calor em São Paulo. (?)

Sim, hoje fez muito calor em São Paulo.

· Função do Objeto Direto e Objeto Indireto

São palavras que compõe uma oração dando sentido ao verbo transitivo.

O objeto direto na oração pode ser substituído por um pronome oblíquo (o, a,
os, as; no, na, nos, nas; lo, la, los, las) e podemos fazer perguntas/respostas:

Exemplo:

O rapaz perdeu a caneta na escola. (?)

Sim, o rapaz perdeu-a na escola.

As costureiras consertaram minhas roupas. (?)

Sim, as costureiras consertaram-nas.

Já vão matar aqueles insetos perigosos. (?)

Sim, já vão mata-los.

Objeto Indireto obrigatoriamente pede uma preposição por ter uma carga
semântica insuficiente no próprio verbo. As preposições costumeiras ao objeto indireto
são: (em, para, de, com, por). E suas combinações e contrações possíveis: (no, neste,
à, ao, do, dessa, pelo, pelas, etc.).

Exemplo:

Respondi ao mestre que o seguiria. (= Respondi-lhe que o seguiria.)

Dei instruções às novas funcionárias. (= Dei-lhes instruções.)

Vou repassar o dinheiro a ele. (= Vou repassar-lhe o dinheiro.)


· Predicativo do Sujeito

É o complemento obrigatório de verbos de ligação e como complemento


acidental, quando acompanha outros tipos de verbos, ou seja, quando acompanha um
verbo significativo.

Todo verbo de ligação na condição de não significativo, ou para assim ser


considerado, deve necessariamente ser acompanhando por um predicativo do sujeito.
Será considerado como coadjuvante de sentido quando o predicativo do sujeito
acontecer em construções de verbo transitivo ou intransitivo.

Exemplos:

As crianças pareciam cansadas. (S+VL+PS)

As crianças sorriam assustadas. (S+VL+PS)

A menina, oferecia, sorridente, flores à mãe. (S+VTDI+OD+OI)

· Predicativo do Objeto

Une a palavra ao núcleo substantivo de um sujeito, agrega uma informação de


natureza adjetiva ao núcleo do substantivo de um objeto direto.

Um pequeno grupo de determinados verbos tem uma predicação que exige um


PO e são chamados de transobjetivos: Chamar, nomear, eleger, proclamar, designar,
considerar, declarar, achar, julgar, adotar, tornar, encontrar, coroar e sangrar.

Por meio de pergunta e resposta é possível localizar um predicativo do objeto


na oração.

Exemplo:

O povo elegeu o dentista deputado. (?)

Sim, o povo elegeu-o deputado.

Encontraram a menina muito cansada. (?)

Sim, encontraram-na muito cansada.

· Adjunto Adverbial
Palavra que acompanha um verbo, atribuindo-lhe uma determinada
circunstância, como (tempo, modo, lugar, intensidade), articula-se junto ao verbo da
oração. São chamados de circunstanciais os verbos que indicam tempo e lugar.

Exemplo:

Cheguei à casa de Pedro exausto. (de lugar)

Amanhã jantaremos cedo. (tempo)

· Adjunto Adnominal

São considerados como termos acessórios na oração. Não são autônomos


pois não possuem “vida própria” a exemplo de outros como S, OD, OI, PS, PO, AP e
Adjunto Adverbial. Formam sintagmas internos a outros sintagmas.

Desta forma são dependentes e estarão sempre vinculados a um núcleo


substantivo presente em qualquer outro tipo de sintagma, nominal ou preposicionado.
Portanto uma oração pode conter tantos A.ADN de acordo com a quantidade de
substantivos integrantes de seus termos sintáticos principais ou autônomos. Na
morfologia são constituídos por determinantes e/ou modificadores.

Exemplos:

(1) Dois pobres garotos pediam um pedaço de pão duro à boa senhora.

S VTDI OD OI

Núcleo do sujeito: garotos

A.ADN de garotos = dois, pobres

Núcleo do OD: pedaço

A.ADN de pedaço = um, de pão duro

Substantivo do OI: senhora

A.ADN de senhora = a, boa

Salientando que no OI: à (a+a) boa senhora, a preposição a não é analisada


sintaticamente, somente o determinante a (artigo definido) assim como o modificador
adjetivo boa.
(2) A criança sorridente brincava na calçada?

(3) A criança brincava, sorridente, na calçada?

Os exemplos 2 e 3 demonstram a diferença entre um Adjunto Adnominal e um


Predicativo do Sujeito. O A.ADN está sempre intrinsicamente conectado a um
substantivo, por isso tem uma conotação adjetiva e não tem autonomia. Um
Predicativo tanto do Sujeito ou do Objeto tem sua atribuição ao sujeito ou objeto de
forma acidental ou eventual e tem autonomia própria. Sendo assim em (2) sorridente é
um Adjunto Adnominal e em (3) sorridente é um Predicativo do Sujeito.

· Complemento Nominal

Está formado por um sintagma interno a outro, é representado por um sintagma


preposicionado, é um termo sintático obrigatório e serve para completar o sentido de
um substantivo (em geral abstrato), adjetivo ou advérbio.

Exemplos:

(1) Alheio à algazarra dos alunos, o professor sorria sem parar.

CN que complementa um adjetivo (alheio).

(2) Sua vida é necessária aos filhos.

CN que complementa um adjetivo (necessária).

(3) Estamos todos ansiosos pelas férias.

CN que complementa um adjetivo (ansiosos).

(4) Sentia-se temerosa de tudo.

CN que complementa um adjetivo (temerosa).

(5) Sentou-se perto de mim.

CN que complementa um advérbio (perto).

(6) Parecia distante de tudo.

CN que complementa um adjetivo (distante).

(7) Decidiram-se favoravelmente à sua absolvição.

CN que complementa um advérbio (favoravelmente).


(8) Relativamente ao processo, acho que podemos esperar.

CN que complementa um advérbio (relativamente).

A identificação de um CN dificulta-se quando este relaciona-se com um


substantivo pois pode-se confundir com um Adjunto Adnominal.

Pode-se pensar que sua importância é de caráter mais semântico do que


sintático devido a ênfase presente em seu valor.

Exemplo:

(9) A descoberta da penicilina se deu no século XIX.

Semanticamente o CN, da penicilina, é indispensável nesta oração. Porém


sintaticamente o Adjunto Adverbial, no século XIX, tem uma maior relevância.

Outra forma de reconhecer um CN é a sua conexão com um substantivo


geralmente de aspecto abstrato sendo frequentemente uma nominalização de verbo
transitivo.

Exemplos:

(10) A volta do herói (=o herói voltou).

(11) A salvação do cãozinho (= o cãozinho salvou-se).

(12) A execução da pena pelo juiz (= o juiz executou a pena).

O CN tem também um valor passivo pois a ação cai sobre ele. Quando se há
um valor de agente se trata de um Adjunto Adnominal.

(13) O medo dos cientistas é de que se alastre.

A.ADN

(14) O medo do Ebola tomou o país.

CN

O CN igualmente ocorre na derivação de um predicativo:

(15) A certeza de sua volta (=sua volta é certa).

(16) A imprudência do motorista (= o motorista é imprudente).


TRANSITIVIDADE DO VERBO: INTRANSITIVO, TRANSITIVOS DIRETOS,
TRANSITIVOS INDIRETOS E VERBO DE LIGAÇÃO

Intransitivo

Quando o verbo tiver uma carga semântica alta e não precisar de um


complemento obrigatório, a oração será considerada completa, ou seja, o verbo será
intransitivo.

Exemplo:

A luz brilhava.

Todos sabem que a luz é brilhante, e essa informação já é semanticamente completa.

Transitivo

Os verbos transitivos têm carga semântica parcialmente completa, uma parcela


pertence ao verbo e a outra é completada por um ou mais complemento obrigatório.

Quando o verbo pedir apenas um complemento obrigatório, não precisará de


preposição na oração, pois ele estará diretamente completado, recebe então o nome
de Transitivo Direto e o seu complemento Objeto Direto.

Exemplo:

Ele não vê filme de ação.

VTD: vê

Objeto Direto: filmes de ação

Quando o verbo pedir complemento obrigatório acompanhado de preposição,


receberá o nome de Transitivo Indireto e o seu complemente de Objeto Indireto.

Exemplo:

Preciso de ajuda.

VTI: preciso

Objeto Indireto: de ajuda


Verbo de ligação

São considerados vazios de sentido. Sua função é interligar uma oração a


outra, ou seja, são meros relatores. O seu sentido não é completo, mesmo que esteja
acompanhado de um sujeito. Ele pode ser: ser, estar, parecer, permanecer, ficar,
tornar-se.

Exemplo:

(1) Nós estamos estudando.

Na oração o verbo de ligação "estamos" é vazio semanticamente.

(2) O carro de Roberto é bonito.

Verbo de ligação: é

COMO TRABALHAR ANÁLISE SINTÁTICA DE PERÍODO SIMPLES EM SALA DE


AULA.

Trabalharemos com os alunos em sala de aula, em que a matéria teórica será


passado por slides. Depois distribuiremos material didático impresso para cada aluno.
Nesse conteúdo obteremos uma pequena explicação de período simples, exemplos e
exercícios. Cada aluno terá que desenvolver em casa os exercícios, mas antes disso o
professor passará na lousa exemplos para sanar as dúvidas de todos os alunos.

Na aula seguinte os alunos terão que trazer os exercícios feitos em casa


prontos. Cada aluno ficará responsável por uma oração e irão explicar para a sala
como realizou o exercício. É uma forma de o aluno desempenhar seu papel estudantil,
aprender melhor a matéria, desenvolver habilidade de falar na frente de uma sala, e
caso tenha errado, aprender com os erros de uma forma construtiva.

APS – TEMA 3: ANÁLISE SINTÁTICA DE PERÍODO COMPOSTO

Oração Subordinada
É oração subordinada quando um termo atua como determinante de outro
termo, isto não significa apenas tornar uma oração sintaticamente dependente da
outra, mas identificar qual das orações contém a ideia principal, lembrando que estará
com o sentido incompleto ou semi-completo, necessitando de aditivos sintáticos para
que a oração tenha seu sentido completo.

Exemplo:

Pedi-lhe que esquecesse tudo, que me perdoasse, que eu era um doido, mas que a
minha insânia provinha dela e com ela acabaria. (Machado de Assis).

Oração Coordenada

É oração coordenada quando elas pressupõem um paralelismo de funções e


valores sintáticos idênticos entre elas. Não havendo necessidade de dar ênfase a
determinada ideia ou a um conjunto de ideias em um período composto, nem do
sentido de uma oração exigir o de outra oração.

Exemplos:

(1) Nos sábados armavam-se barracas, fervilhavam matutos, (...) Os dados


chocalhavam, as pedras estalavam nos tabuleiros de gamão.

(2) Meu pai desprezou o conselho do caboclo e o resultado foi uma praga de
abóboras.

Orações Subordinadas Substantivas

As orações subordinadas são aquelas que possuem uma relação de


dependência sintática assim como semântica.

As orações subordinadas substantivas correspondem a um sintagma nominal


tendo uma natureza morfológica substantiva.

Exemplo:

(1) É pouco provável que os pássaros feridos sobrevivam.


(2) É pouco provável a sobrevivência dos pássaros feridos.

Percebemos que em (1) a oração subordinada destacada equivale a um


sintagma nominal. Em (2) transformamos a oração subordinada anterior em um
período simples evidenciando o seu núcleo “sobrevivência” de natureza morfológica
substantiva.

Para classificarmos a oração subordinada utiliza-se o sistema prático de


análise sintática:

(3) É pouco provável a sobrevivência dos pássaros feridos?

(4) Sim, ela é pouco provável.

Evidenciamos assim que o sintagma nominal da oração original funciona

sintaticamente como sujeito recebendo o nome de subordinada substantiva subjetiva.


E assim pode-se saber as demais modalidades das orações subordinadas
substantivas.

Um outro método e prático para encontrar o tipo de oração substantiva de um


período consiste em substituir a oração subordinada substantiva pelo pronome isso e
então analisar a sua função sintática:

(5) A criança não percebeu que a babá sumira. (=A criança não percebeu isso.) Isso é
um objeto direto, portanto temos uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

As orações subordinadas substantivas são introduzidas pelas conjunções


integrantes que (quando o verbo indica certeza) e se (quando o verbo indica
incerteza):

(6) Vi que ele estava deprimido.

(7) Não vi se ele estava deprimido.

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas correspondem a um sintagma adjetival


tendo portanto uma natureza morfológica adjetiva. Lembrando que em um período
simples este sintagma será sempre um modificador do núcleo de um sintagma nominal
e portanto pode ser um predicativo (se for autônomo) ou adjunto adnominal (quando é
interno ou seja dependente de um núcleo substantivo).
Exemplo:

(1) A candidata, muito nervosa, resolvia uma prova complexa.

Neste período simples “muito nervosa” por ser um sintagma independente


corresponde a um predicativo do sujeito e o sintagma “complexa” por ser um
modificador interno se trata de um adjunto adnominal.

Da mesma forma ocorre em uma oração subordinada adjetiva onde podemos


classifica-las em explicativas, quando estão separadas por vírgula indicando um
estado ou característica acidental e restritivas quando estão intrinsicamente
conectadas ao núcleo.

(2) A diretora da empresa desativou as filiais, que eram improdutivas.

(3) A diretora da empresa desativou as filiais que eram improdutivas.

Em (2) temos uma oração subordinada adjetiva explicativa, que está separada
por vírgula representando o estado de todas as filiais estarem improdutivas. Já em (3)
temos uma oração subordinada adjetiva restritiva, não está separada por vírgula
portanto representa somente as filiais improdutivas.

Estas orações subordinadas sempre são introduzidas por um pronome relativo


(que, qual, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta,
quantos, quantas, onde) que realizam uma função sintática já que se relacionam com
um termo antecedente:

(4) Perdi o livro que havia chegado pelo correio.

Percebemos que o relativo que em (4) substitui o livro da oração anterior.

Orações Subordinadas Adverbiais

As orações subordinadas adverbiais equivalem a um sintagma adverbial tendo


portanto uma natureza morfológica adverbial. Designam uma circunstância que pode
ser de tempo, modo, hipótese, condição, causa, fim, etc. Portanto encerram uma ideia,
uma condição particular e/ou acidental que acompanha um fato.

O começo do período composto pode ser através da oração principal ou da


oração adverbial. A escolha dependerá da relevância que queremos colocar no
período:

(1) Quando anoitece (oração adverbial temporal) os pássaros cantam


(2) Onde estão seus ninhos (oração adverbial temporal) os pássaros cantam

(3) Porque estão alegres (oração adverbial temporal) os pássaros cantam

(4) Embora estejam cansados (oração adverbial temporal) os pássaros cantam

(5) Os pássaros cantam como se fossem tenores (oração adverbial


comparativa) para se distraírem (oração adverbial final).

(6) Os pássaros não cantam sem que estejam alegres (oração adverbial modal).

ATIVIDADE EM SALA DE AULA

O professor responsável irá passar a matéria para os alunos, introduzindo com


o material didático do livro de português e depois passará exemplos na lousa ou por
slides. Em seguida tirará dúvidas dos alunos.

Para treinar o conhecimento adquirido, o professor irá passar uma atividade em


sala de aula. Os alunos formarão grupos de 3 (três) para desenvolver o exercício. Eles
terão que criar orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais. Depois
terão que apresentar para a sala, por slides, as frases que criaram e quais foram os
métodos que seguiram da gramática para chegarem nas ideias que tiveram.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SAUTCHUCK, I. “A importância da Sintaxe”. Prática de Morfossintaxe. São Paulo:


Manole, 2010. Cap. 3.

SAUTCHUCK, I. “Estudos dos termos da oração (período simples)”. Prática de


Morfossintaxe. São Paulo: Manole, 2010. Cap. 4.

SAUTCHUCK, I. “Estudo Sintático do período composto”. Prática de Morfossintaxe.


São Paulo: Manole, 2010. Cap. 6.
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