Morfologia

LÍNGUA PORTUGUESA
Morfologia
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MORFOLOGIA
Nos blocos anteriores, o professor explicou a parte de ortografia, que envolve acentua-
ção gráfica, emprego das letras e uso do hífen. Agora, tem início o estudo da morfologia.
Primeiramente, é importante destacar que a morfologia é um tema que está ligado
a uma série de outros assuntos dentro do estudo da língua portuguesa, tais como a sin-
taxe (período simples/composto).
Assim, o professor destaca que ao quebrar a sequência de aulas que virão de agora
em diante, a compreensão dos conteúdos pode ficar prejudicada.
A morfologia pode ser compreendida como sendo o estudo da forma das palavras.
Isso significa que as palavras são separadas conforme suas características, como seme-
lhanças e diferenças. Assim foram formadas as classes de palavras, que não são univer-
sais e nem sempre foram sim.
O estudo das classes de palavras começa na Grécia e só existiam duas classes: nomes
e verbos. Em seguida, perceberam que existiam palavras que se diferenciavam dentro
desses grupos de nomes e verbos.
5m
Hoje, a língua portuguesa é dotada de 10 classes de palavras, mas nem sempre
foi assim.
Essas 10 classes morfológicas são:
1. Substantivo
2. Artigo
3. Adjetivo
4. Numeral
5. Pronome
6. Verbo
7. Adverbio
8. Preposição
9. Conjunção
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Morfologia
10. Interjeição
A partir dessa divisão, quatro subgrupos foram criados:
• Grupo dos nomes

• Grupo dos verbos
• Grupo dos conectores
• Grupo das emoções
O grupo dos nomes abarca cinco classes gramaticais:
• Substantivo
• Artigo
• Adjetivo
• Numeral
• Pronome
Dentro desse grupo, o substantivo é o mais importante, pois dá nome aos seres.
Assim, as demais classes dentro do grupo dos nomes possuem relação de grande intimi-
dade com o substantivo.
Dentro do grupo dos verbos estão os verbos e os advérbios. O grupo dos conectores
abarca as preposições e as conjunções. Já o grupo das emoções envolve as interjeições,
sendo um dos tópicos menos cobrados em prova.
Interjeição
É uma classe gramatical que tem relação com sentimentos, sensações, espanto, sur-
presa, cumprimento, saudação e muito mais.
A grande marca da interjeição na língua portuguesa é a presença da exclamação (!).
10m
Exemplos: ah... hum... bom dia... alô... boa sorte... boa tarde...
Obs.: �as interjeições estão presentes na língua portuguesa em uma série de situações
em que está envolvida alguma emoção. Por exemplo, em um susto, o ah produzido
é uma interjeição. Assim como no susto, vários outros sons na linguagem falada
são interjeições. Por se tratar de um assunto de baixa complexidade, as bancas
costumam cobrá-lo com menos frequência em provas.
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Morfologia
Observações importantes:
São classes gramaticais fechadas na língua portuguesa: artigo, pronome, preposição
e conjunção.
Em todas as línguas do mundo existem palavras que pertencem a um inventário
aberto da língua e outras que pertencem a um inventário fechado da língua.
Existem classes de palavras que admitem, a qualquer tempo, o surgimento de novas
palavras. Ex.: ChatGPT é um nome, logo, é um substantivo, contudo, não é possível criar
o artigo para se referir a essa nova palavra.
Esse grupo de classes gramaticais que praticamente não mudam no dia a dia da
língua são as chamadas classes gramaticais fechadas.
15m
O artigo é um exemplo de classe gramatical fechada, pois são apenas: o, a, os, as, um,
uns, uma e umas. Não há como inserir novos artigos.
Os pronomes também estão em classe gramatical fechada: eu, tu, ele, ela, nós, vós,
eles, elas, me, te, o, a, lhe, se etc.
A preposição também é uma classe fechada da língua portuguesa, bem como as conjunções.
Aqui, o desejável é decorar as palavras dentro das classes dos artigos, pronomes,
preposições e conjunções. Dessa forma, na hora de resolver uma questão envolvendo
essas classes, fica mais fácil acertar a pergunta da banca.
Todavia, dentre essas classes, a conjunção é considerada a mais importantes e, por-
tanto, é necessário decorá-las. Isso porque esse é um assunto recorrente em provas e a
chance de perder uma questão é alta para quem não as tem de cabeça.
Mas como decorar as conjunções?
20m
O professor orienta acessar o site: https://profeliasantana.com.br/
Procure a área downloads para encontrar arquivos com as conjunções e as clas-
ses fechadas.
Nesse mesmo link, está disponível o acesso a um podcast sobre a tabela de conjun-
ções, com exemplos musicais e muitos outros tópicos que ajudarão a decorar essas con-
junções com mais facilidade.
Por fim, cabe lembrar que existem classes gramaticais que possuem a capacidade de
serem transformadas em locuções. Essas classes são: adjetivos, verbos, advérbios, pre-
posições e conjunções.
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Morfologia
A morfologia é um tema que não é muito recorrente em provas, porém há vários

outros temas que dependem desse conhecimento. Por isso, o professor começará, a
partir do próximo bloco, a trazê-los em sequência.
25m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Elias Santana.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
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Morfologia II
MORFOLOGIA II
No esquema abaixo estão as cinco classes gramaticais que aparecem no grupo dos
nomes. O artigo, o adjetivo, o pronome e o numeral se ligam, se subordinam ao substantivo.
O substantivo é a classe gramatical que funciona como nome, que nomeia os seres.
Há substantivos simples (uma só palavra), compostos (mais de uma palavra), próprios
(nomes de pessoas, lugares, instituições), comuns (os que não designam seres espe-
cíficos), concretos, abstratos, primitivos (o que é o primeiro de todos), derivados (se
formam a partir do primitivo) e coletivos.
O artigo serve para determinar o substantivo. O pronome serve para acompanhar
ou substituir o substantivo. O adjetivo serve para caracterizar o substantivo. O numeral
serve para quantificar o substantivo.
5m
O substantivo é o ponto de origem dessas outras classes gramaticais.
Exemplo: o substantivo “quadro”. É um substantivo feminino ou masculino? É um
substantivo singular ou plural? É um substantivo masculino e singular e é possível dedu-
zir isso por conta das palavras que o acompanham.
Exemplo: o substantivo “mesa”. É um substantivo feminino e singular e é possível
deduzir isso por conta das palavras que o acompanham.
10m
O substantivo possui flexão nominal que ocorre em gênero (masculino/feminino) e
número (singular/plural). O artigo, adjetivo, numeral e pronome devem respeitar a flexão,
que é a concordância nominal.
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Morfologia II
Ex. 1: A garota determinada.

“Garota” é o substantivo feminino e singular. O “a” antes de “garota” determina que
é um substantivo, sendo um artigo. “Determinada” é uma característica de “garota”, e,
portanto, é um adjetivo.
Se “garota” estivesse no plural “garotas”, o artigo e o adjetivo se flexionariam junto
(As garotas determinadas). Essa é a concordância nominal.
15m
Se “garota” estivesse no masculino “garotos”, o artigo e o adjetivo se flexionariam
junto (Os garotos determinados).
Se “garotos” estivesse no singular “garoto”, o artigo e o adjetivo se flexionariam junto
(O garoto determinado).
Alterando o grau da palavra “garota” para “garotinha”, o artigo e o adjetivo conti-
nuam sendo o mesmo (A garotinha determinada). O grau não participa da estrutura-
ção do grupo dos nomes.
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Apesar de muito usado, “o alface” está incorreto. Gramaticalmente, a palavra “alface”
é feminina e singular. Menos de 10% das palavras da língua portuguesa possuem ligação
de gênero e sexo. A convenção mostra se uma palavra é feminina ou masculina.
A palavra “tênis” é masculina e a ocorrência do artigo que estabelece se está no plural
ou singular (o tênis/os tênis).
A palavra “óculos” está sempre no plural (os óculos).
Amar é um verbo, mas se for colocado o artigo antes de amar ele é transformado em
substantivo (o amar).
O “se” pode ser pronome ou conjunção, mas com o artigo antes vira um substantivo (o ser).
25m
Há quatro tipos de adjetivos: adjetivos que são características, adjetivos que dão
qualidades, adjetivos que manifestam estados e adjetivos que revelam relações. Ex.:
teto preto; teto bonito; céu nublado; teto chinês.
O pronome que acompanha o nome é chamado de pronome adjetivo. O pronome que
substitui o nome é chamado de pronome substantivo.
O pronome adjetivo aparece antes do nome, lembrando o artigo. Na gramática da
língua portuguesa, artigos e pronomes adjetivos são chamados de determinantes.
Exemplo: Essa casa. “Essa” é o pronome demonstrativo que acompanha o substan-
tivo “casa”.
Exemplo: Mariana chegou atrasada. Ela chegou atrasada. O pronome “ela” foi colo-
cado no lugar do substantivo “Mariana”.
Há dois tipos de numerais: numeral adjetivo (acompanha o substantivo) e numeral
substantivo (é o substantivo).
Exemplo: Dois rapazes chegaram. “Dois” acompanha o substantivo “rapazes”.
Exemplo: O dois é meu número da sorte. O “dois” é o próprio substantivo.
30m
Ex. 2: Qualquer fato real.
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O substantivo é “fato”. “Real” é um adjetivo. “Qualquer” se refere à palavra “fato”,

sendo um pronome indefinido adjetivo.
O plural dessa frase é: Quaisquer fatos reais. “Qualquer” tem plural interno.
Ex. 3: As minhas sete melhores músicas.
O artigo sempre aparece antes do substantivo, mas nem sempre o artigo aparece
imediatamente antes do substantivo.
O substantivo é “músicas”. O artigo é “as”. O adjetivo é “melhores”. O numeral é “sete”.
O pronome possessivo adjetivo é “minhas”.
35m
Ex. 4: Os nefastos perigos radioativos.
O substantivo é “perigos”. Os adjetivos são “nefastos” e “radioativos”. O artigo é “os”.
Ex. 5: Esses novos desafios governamentais.
O substantivo é “desafios”. Os adjetivos são “novos” e “governamentais”. O pronome
demonstrativo adjetivo é “esses”.
Ex. 6: Cada vida negra.
O substantivo é “vida”. O adjetivo é “negras”. O pronome indefinido adjetivo é “cada”.
Ex. 7 : Muitas crianças órfãs.
O substantivo é “crianças”. Os adjetivos são “muitas” e “órfãs”. “Muitas” é o pronome
indefinido adjetivo.
Exemplo: As órfãs foram resgatadas. Nessa frase, “órfã” é o substantivo e “as” é
o artigo.
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Ex. 8: Os outros acordos mundiais.
O substantivo é “acordos”. O adjetivo é “mundiais”. O pronome indefinido adjetivo é
“outros”. O artigo é “os”.
Ex. 9: As minhas primeiras alunas estrangeiras.
O substantivo é “alunas”. O adjetivo é “estrangeiras”. O numeral é “primeiras”. O pro-
nome possessivo adjetivo é “minhas”. O artigo é “as”.
Exemplo: As estrangeiras são sempre educadas. Nessa frase, “estrangeiras” é substantivo.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Elias Santana.
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.
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Morfologia III
MORFOLOGIA III
Há dez classes gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo,

advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Entre as classes gramaticais, existem subníveis. O primeiro subnível é o do grupo dos
nomes. Dentro do grupo dos nomes, temos como palavra principal o substantivo. Asso-
ciado ao substantivo, temos o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.
O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome possuem uma ligação muito íntima com
o substantivo:
• Artigo: palavra que serve para determinar o substantivo.

• Pronome: palavra que serve para acompanhar ou substituir o substantivo.
• Numeral: palavra que serve para quantificar o substantivo.
• Adjetivo: palavra que serve para caracterizar o substantivo.
A ligação dessas classes com o substantivo é denunciada fortemente pela

flexão nominal.
Um substantivo possui flexão em gênero e em número. Essas flexões geram nas pala-
vras subordinadas ao substantivo (artigo, adjetivo, numeral e pronome) uma obrigação
de flexão, ou melhor, uma concordância nominal.
Grupo dos verbos
O verbo é a palavra mais importante da língua portuguesa. Tudo o que analisamos
em língua portuguesa parte do verbo. Isso não significa que uma análise gramatical só
exista com o verbo, mas, quando se trata de organização textual, temos a necessidade
de passar pelo verbo, de olhar para o verbo, de pensar no verbo.
Na escola, você aprendeu que o verbo é uma palavra que indica ação, estado ou fenô-
meno da natureza. Essa definição faz com que o verbo seja entendido apenas sob o ponto
de vista daquilo que ele significa.
5m
Ou seja, o verbo pode significar uma ação, um estado ou um fenômeno da natureza.
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Essa classificação é muito genérica, mas é valiosa para o estudo da sintaxe, que
separa os verbos de ação, de estado, de fenômenos da natureza. “Correr” é um verbo
de ação, “permanecer” é um verbo de estado e “amanhecer” é um verbo de fenômeno
da natureza.
Essa definição de verbo está relacionada à perspectiva semântica. A semântica
significa sentido. Quando fazemos uma análise de sentidos, de significados e de coisas
dentro do texto, estamos diante de uma análise semântica.
Ortografia: diz respeito à grafia correta das palavras.

Morfologia: diz respeito às dez classes gramaticais.
De acordo com uma definição Saussuriana (de Saussure, o pai da linguística), quando
tratamos de uma área, como a morfologia, por exemplo, é preciso buscar as definições e
justificativas dentro da morfologia.
A morfologia do verbo é a flexão verbal. A flexão verbal tem relação com a conjuga-
ção do verbo. Exemplo: o presente do indicativo do verbo cantar é: eu canto; tu cantas;
ele canta; nós cantamos, vós cantais, eles cantam. Note que o verbo sofreu mudanças
em sua forma na medida em que foi conjugado, ou seja, sofreu flexões.
É graças a essa característica de conjugação dos verbos que, desde pequenos, con-
seguimos identificá-los. Ao pensar na palavra “imprimir”, por exemplo, você conseguiria
conjugá-la. Contudo, se alguém lhe pedisse para conjugar a palavra “janela”, você poderia
até inventar, sob o ponto de vista de um neologismo (criação de vocábulos por uma nova
perspectiva linguística), mas perceberia a estranheza.
Os substantivos flexionam em gênero e número. Já os verbos, flexionam em modo,
tempo, número e pessoa.
10m
Todas as provas de concurso público cobram o reconhecimento das dez classes gra-
maticais. Entretanto, menos da metade das bancas cobram conjugação verbal.
A flexão verbal faz parte da perspectiva morfológica.
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Na perspectiva sintática, o verbo funciona como o organizador da oração. Na língua

portuguesa, quando temos uma sentença organizada, ela é chamada de frase. Quando
a frase possui um verbo, ela é chamada de oração. O verbo é responsável por indicar o
sujeito e o complemento de uma oração.
É por meio da perspectiva sintática que temos a ideia da concordância verbal, da
regência verbal e da ligação verbal.
Ordem de análise
Há uma ordem de análise na classificação morfológica de uma sentença:
1. Verbo.
2. Substantivo.
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3. Palavras subordinadas ao substantivo: artigos, adjetivos, numerais e pronomes.
4. O resto.
Advérbio
O advérbio também está no grupo dos nomes e é uma palavra utilizada para indicar circunstâncias.
Temos advérbios de tempo, de modo, de lugar, de causa, de intensidade, de finali-
dade, de conformidade, de meio, de instrumento, de preço etc.
No entanto, todas as gramáticas da língua portuguesa são categóricas em afirmar
que a lista de advérbios apresentada pela própria gramática não abrange todas as cir-
cunstâncias que a língua é capaz de expressar.
Inclusive, para alguns advérbios nem é possível, de fato, dar uma classificação per-
feita, mas é possível perceber que oferecem uma circunstância.
O advérbio oferece uma circunstância que é aplicada ao verbo, como o próprio nome
sugere: Ad (próximo/junto) + vérbio (verbo).
20m
O advérbio é a classe gramatical que é considerada o “lixo” de qualquer língua, pois em
todas as classificações de gramáticas contemporâneas há palavras que sempre sobram
e que são “jogadas” dentro dos advérbios.
Isso significa que, por excelência, o advérbio se refere ao verbo, mas existe um resto
de palavras que acabam sendo classificado como advérbios.
Por esse motivo, além do verbo, o advérbio também pode oferecer uma informação
ao adjetivo e a outros advérbios.
O advérbio é uma classe de palavras invariável, ou seja, não apresenta flexão.
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Obs.: O que diferencia um adjetivo de um advérbio é o fato de que o adjetivo flexiona

e o advérbio não.
Exemplos
• Exemplo 1: Sabrina Sato fez um importante anúncio recentemente.
Começamos a análise pelo verbo:

Verbo: fez
Em seguida, identificamos os substantivos:
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Substantivo 1: Sabrina Sato: substantivo próprio. “Sato” não é um adjetivo, pois faz
parte de um nome próprio.
Substantivo 2: anúncio: substantivo masculino e singular.
Palavras que fazem referência ao substantivo anúncio:
Artigo: um
Adjetivo: importante
Obs.: Se a palavra “anúncio” fosse substituída por “anúncios”, o artigo e o adjetivo

também concordariam com o substantivo: uns importantes anúncios.
O adjetivo “importante” não possui flexão de gênero, uma vez que não existe “impor-
tanta”. No exemplo 1, como a referência de “importante” é “anúncio” (substantivo mas-
culino), dizemos que a palavra “importante” é masculina.
Se no lugar de “anúncio” tivéssemos a palavra “oferta”, a palavra “importante”
seria feminina.
Agora repare na palavra “recentemente”. Se substituíssemos “anúncio” por “oferta”,
a oração ficaria da seguinte forma:
Sabrina Sato fez uma importante oferta recentemente.
Note que a palavra “recentemente” não mudou.
Se colocássemos o substantivo no plural, teríamos:
Sabrina Sato fez uns importantes anúncios recentemente.
A palavra “recentemente” também não mudaria. Isso significa que “recentemente”
não está associado a “anúncio”.
Da mesma forma, se trocássemos “Sabrina Sato” por “João Vicente de Castro”, a
palavra “recentemente” permaneceria inalterada:
João Vicente de Castro fez um importante anúncio recentemente.
No exemplo 1, quando ocorreu a ação de fazer um importante anúncio? Recente-
mente.Portanto, a palavra “recentemente” oferece uma informação a respeito do verbo.
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Morfologia III
Como não possui flexão (é invariável) e oferece uma informação sobre o verbo, o
termo “recentemente” é classificado como advérbio de tempo.
Obs.: O sufixo “mente” é formador de advérbios.
Exemplo: simples + mente = simplesmente (advérbio).
Não tente decorar as classificações dos advérbios, procure entendê-las.
• Exemplo 2: A atleta corria muito apressada.

Verbo: corria
Em seguida, identificamos os substantivos:
Substantivo: atleta: substantivo feminino e singular.
Artigo: a – feminino singular.
Adjetivo: apressada. Concorda com o substantivo. Flexiona.
35m
Se mudássemos a oração para: “O atleta corria muito apressado” ou “As atletas cor-
riam muito apressadas”, o termo “muito” não sofreria qualquer variação. Como visto
anteriormente, quando não há flexão, trata-se de um advérbio.
A palavra “muito” está modificando o entendimento do termo “apressada”.
Muito: advérbio de intensidade.
• Exemplo 3: Elas moram muito longe.

Verbo: moram
No lugar de “elas”, poderíamos ter: “As meninas moram muito longe”, “As atletas
moram muito longe” ou “As crianças moram muito longe”.
A palavra “elas” está substituindo um substantivo, ou seja, é um pronome substantivo.
Se a sentença fosse colocada no singular: “Ela mora muito longe”, somente o verbo
mudaria sua flexão.
Onde elas moram? Longe.
Longe: advérbio de lugar.
Muito: modifica o advérbio “muito”. É um advérbio de intensidade.
40m
• Exemplo 4: Atentamente, ela estudou todo o conteúdo.
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Morfologia III
Verbo: estudou
Substantivo: conteúdo
Artigo: o
A palavra “todo” modifica “conteúdo”. Flexiona de acordo com o substantivo. Ex.:

Atentamente, ela estudou toda a matéria.
Pronome adjetivo indefinido: todo. É indefinido, pois não explicita qual é o conteúdo.
Pronome substantivo:ela
Advérbio de modo:atentamente. Modifica o verbo estudar. Ela está estudando de
modo atento.
• Exemplo 5: Nós praticamos atividades físicas bastante difíceis.
Verbo: praticamos
Substantivo: atividades
Adjetivo 1: físicas
Adjetivo 2: difíceis
Pronome substantivo: nós
A palavra “bastante” foi utilizada para oferecer uma circunstância de intensidade ao
adjetivo “difíceis”.
Advérbio de intensidade: bastante.
Apesar de causar estranheza, o advérbio bastante funciona como o “muito” no exem-
plo abaixo:
45m
Nós praticamos atividades físicas muito difíceis.
• Exemplo 6: Vimos novas estrelas cadentes hoje.
Verbo: vimos
Substantivo: estrelas
Adjetivo 1: novas
Adjetivo 2: cadentes
Quando vimos estrelas cadentes? Hoje.
O termo “hoje” faz referência ao verbo. Logo, é um advérbio de tempo.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Elias Santana.A presente degravação tem como objetivo
auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomen-
damos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.
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MORFOLOGIA IV
MORFOLOGIA IV
Preposição
• Classe gramatical utilizada para ligar palavras.

• Veja:
PALAVRA1 PREPOSIÇÃO PALAVRA 2

– A preposição liga duas palavras de forma que a palavra 2 ofereça uma informação
sobre a palavra 1.
• Preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante,
por, sem, sob, sobre, trás.
Conjunção
• Classe gramatical utilizada para ligar orações ou elementos de mesma função sintática.
• Atenção: preposição e conjunção – classes gramaticais fechadas.
5m
– Dica: é preciso decorar todas as classes gramaticais fechadas, em especial as
conjunções.
Ex4: O copo com água.
• “copo” – substantivo.
• “água” – substantivo.
• “O” – artigo.
• Cuidado: o termo “água” não é adjetivo de copo. Porém, é um termo que oferece
uma informação sobre o substantivo que o antecede. E, para fazer isso, é usada uma
preposição que liga as duas palavras.
• “com” – preposição.
Ex5: O amor de Deus aos homens.

10m
• “amor” – substantivo.
• “Deus” – substantivo.
• “homens” – substantivo.
• Note que não faria sentido escrever apenas “O amor Deus homens”. É preciso aplicar
termos que liguem essas palavras.
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MORFOLOGIA IV
• Aqui, há o sentido de quem oferece o amor e quem recebe o amor.

• E, para expressar esse sentido, é preciso aplicar as preposições para conectar
as palavras.
• “de” – preposição.
– “amor de Deus” – “Deus” oferece uma informação sobre a palavra “amor”.
• “aos” = “a” (proposição) + “os” (artigo).

– “aos homens” – “homens” também oferece uma informação sobre a palavra “amor”.
Obs.: Possibilidade de fusões:
• A + OS = AOS (Preposição + Artigo).

• DE + A = DA (Preposição + Artigo).
• EM + A = NA (Preposição + Artigo).
• POR + A = PELA (Preposição + Artigo).
• A + A = À (Preposição + Artigo).
Ocorrem com algumas preposições + artigos ou algumas preposições + pronomes.

15m
Ex6: Os bebês só comem e dormem.
• “comem” – verbo.
• “dormem” – verbo.
• “bebês” – substantivo.
• “Os” – artigo.
• “só” – advérbio.
– Forma de restringir o verbo – eles “só” comem e dormem, não fazem mais nada.
• “e” – conjunção.
– Lembre-se: uma sentença organizada em palavras é uma frase. E uma frase com
verbo é uma oração. E cada verbo representa uma oração.
– Neste caso, temos:
– “comem” – oração 1.
– “dormem” – oração 2.
– E o “e” é usado para conectar essas orações – neste caso, uma conjunção aditiva.
– aqui, o segundo termo não oferece uma informação sobre o primeiro termo ou
vice-versa.
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MORFOLOGIA IV
Ex7: Jovens e adultos enfrentam diariamente o mercado de trabalho
• “enfrentam” – verbo.
• “Jovens” – substantivo.
– Cuidado: aqui, “jovens” não é adjetivo, pois não há um substantivo que ele está
qualificando. Ele foi empregado como substantivo nessa oração.
• “adultos” – substantivo.
• “mercado” – substantivo.
• “trabalho” – substantivo.
• “o” – artigo.
• “de” – preposição.
– Não é qualquer mercado, é um mercado de trabalho – segundo termo oferecendo
uma informação sobre o primeiro.
• “diariamente” – advérbio de tempo.

– Modifica o verbo – se enfrentam quando? Diariamente.
• “e” – conjunção.
– Está ligando “jovens” e “adultos”.
– Um termo não oferece nenhuma informação sobre o outro.
20m
– Note que os jovens enfrentam diariamente e os adultos também enfrentam dia-
riamente – ou seja, os dois termos possuem a mesma função em relação ao verbo
“enfrentar”.
– E conjunções também servem para ligar elementos de mesma função sintática.
– Neste caso, “jovens” é núcleo do sujeito e “adultos” também é núcleo do sujeito.
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MORFOLOGIA IV
Locuções
• Locução → quando há 2 ou mais palavras = 1 classe morfológica.

• Locução adjetiva: 2 ou mais palavras que correspondem a 1 adjetivo.
• Locução adverbial: 2 ou mais palavras que correspondem a 1 advérbio.
• Locução conjuntiva: 2 ou mais palavras que correspondem a 1 conjunção.
• Locução prepositiva: 2 ou mais palavras que correspondem a 1 preposição.
• Locução verbal: 2 ou mais verbos juntos que desempenham a função de
apenas 1 verbo.
Obs.: Perífrase.
• Lembre-se da paráfrase – quando se faz a reescrita de um texto.

• E existem 2 tipos de paráfrase:
25m
– Paráfrase que faz com que o texto fique menor → resumo.
– Paráfrase que faz com que o texto fique maior → perífrase.
• Então, perífrase = paráfrase de aumento.

• De tal maneira, as locuções também podem ser chamadas de perífrases.
• Cuidado: nem sempre as locuções terão um correspondente (ou seja, a opção de
usar uma palavra só).
• A função da locução é ampliar a comunicação sem criar novos vocábulos.
Ex1: Os maiores bancos da Europa.
• “bancos” – substantivo.
• “Europa” – substantivo.
• “da” = “de” (preposição) + “a” (artigo).
• “maiores” – adjetivo que está caracterizando “bancos”.
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MORFOLOGIA IV
• “Os” – artigo.
• Note que “Europa” é um substantivo que está oferecendo uma informação ao termo
“bancos”. E os termos estão conectados por meio de uma preposição.
– Então, “da Europa” funciona como uma característica do substantivo “bancos”.
– Trata-se de uma locução adjetiva.
– Neste caso, a locução possui um correspondente, pois é possível trocá-la por
“europeus” – “os maiores bancos europeus”.
30m
Ex2: As Asas do Mestre.
• “Asas” – substantivo.
• “Mestre” – substantivo.
• “As” – artigo.
• “do” – de (preposição) + o (artigo).
• “do Mestre” – caracteriza o substantivo “Asas” – locução adjetiva.
– E, neste caso, não há um correspondente. Afinal, não seria cabível escrever “as
Asas Mestradas”
Ex3: Ela trabalha no MPU.
• “trabalha” – verbo.
• “Ela” – pronome substantivo.
• “MPU” – substantivo próprio.
• “no” – em (preposição) + o (artigo).
• “no MPU” – local onde a ação de trabalhar ocorre – serve como advérbio de lugar –
locução adverbial de lugar.
Ex4: Ela trabalha atrás do MPU.
• Note que apenas mudou “no MPU” para “atrás do MPU” e continua sendo uma locu-
ção adverbial de lugar.
• Mas atenção: aqui, temos “atrás do” = atrás de + o → ou seja, ocorreu a troca da
preposição por mais duas palavras. Portanto, isso também é uma locução – uma
locução prepositiva.
• Perceba que é uma locução dentro de outra locução.
35m
– “atrás do MPU” – locução adverbial de lugar.
– “atrás de + o” – locução prepositiva que está dentro da locução adverbial.
LÍNGUA PORTUGUESA
MORFOLOGIA IV
Ex5: O aluno continua os estudos, embora trabalhe em um bom lugar.
• “continua” – verbo.
• “trabalhe” – verbo.
• “aluno” – substantivo.
• “estudos” – substantivo.
• “os” – artigo.
• “lugar” – substantivo.
• “bom” – adjetivo.
• “um” – artigo.
• “em” – preposição.
• “em um bom lugar” – locução adverbial de lugar.
• “embora” – conjunção.
– Está conectando duas orações.
– É uma conjunção concessiva.
Ex6: O aluno continua os estudos, ainda que trabalhe em um bom lugar.
• Mesma frase que a anterior com apenas uma mudança: no lugar de “embora”, usou-
-se “ainda que”.
• Ou seja, ocorreu a troca de 1 palavra por mais de uma palavra, sendo que possui a
mesma função gramatical → neste caso, uma locução conjuntiva concessiva.
Ex7: Vamos passear na minha vida.

Ex8: As mulheres estão lutando por igualdade de direitos.
Ex9: O carro foi encontrado embaixo do viaduto.
• Exemplos de locuções verbais.

• Dois verbos funcionando como um só.
– “Vamos passear” – ideia principal de “passear”.
– “estão lutando” – ideia principal de “lutar”.
– “foi encontrado” – ideia principal de “encontrar”.
• Na locução verbal, sempre haverá dois ou mais verbos.

– “Vamos passear” = ir + passear.
– “estão lutando” = estar + lutar.
– “foi encontrado” = ser + encontrar.
40m
LÍNGUA PORTUGUESA
MORFOLOGIA IV
• Primeiro verbo → auxiliar.

• Segundo verbo → principal.
– Sempre vai se manifestar em uma forma nominal do verbo – infinitivo, particí-
pio ou gerúndio.
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Elias Santana.
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

Morfologia

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LÍNGUA PORTUGUESA

A partir dessa divisão, quatro subgrupos foram criados:

• Grupo dos nomes

O grupo dos nomes abarca cinco classes gramaticais:

A morfologia é um tema que não é muito recorrente em provas, porém há vários

Ex. 1: A garota determinada.

O substantivo é “fato”. “Real” é um adjetivo. “Qualquer” se refere à palavra “fato”,

Há dez classes gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo,

• Artigo: palavra que serve para determinar o substantivo.

A ligação dessas classes com o substantivo é denunciada fortemente pela

Ortografia: diz respeito à grafia correta das palavras.

A flexão verbal faz parte da perspectiva morfológica.

Na perspectiva sintática, o verbo funciona como o organizador da oração. Na língua

3. Palavras subordinadas ao substantivo: artigos, adjetivos, numerais e pronomes.

Obs.: O que diferencia um adjetivo de um advérbio é o fato de que o adjetivo flexiona

• Exemplo 1: Sabrina Sato fez um importante anúncio recentemente.

Começamos a análise pelo verbo:

Obs.: Se a palavra “anúncio” fosse substituída por “anúncios”, o artigo e o adjetivo

Obs.: O sufixo “mente” é formador de advérbios.

Exemplo: simples + mente = simplesmente (advérbio).

Não tente decorar as classificações dos advérbios, procure entendê-las.

• Exemplo 2: A atleta corria muito apressada.

Começamos a análise pelo verbo:

• Exemplo 3: Elas moram muito longe.

Começamos a análise pelo verbo:

• Exemplo 4: Atentamente, ela estudou todo o conteúdo.

A palavra “todo” modifica “conteúdo”. Flexiona de acordo com o substantivo. Ex.:

• Exemplo 5: Nós praticamos atividades físicas bastante difíceis.

• Exemplo 6: Vimos novas estrelas cadentes hoje.

• Classe gramatical utilizada para ligar palavras.

PALAVRA1 PREPOSIÇÃO PALAVRA 2

Ex4: O copo com água.

Ex5: O amor de Deus aos homens.

• Aqui, há o sentido de quem oferece o amor e quem recebe o amor.

• “aos” = “a” (proposição) + “os” (artigo).

Obs.: Possibilidade de fusões:

• A + OS = AOS (Preposição + Artigo).

Ocorrem com algumas preposições + artigos ou algumas preposições + pronomes.

Ex7: Jovens e adultos enfrentam diariamente o mercado de trabalho

• “diariamente” – advérbio de tempo.

• Locução → quando há 2 ou mais palavras = 1 classe morfológica.

• Lembre-se da paráfrase – quando se faz a reescrita de um texto.

• Então, perífrase = paráfrase de aumento.

Ex1: Os maiores bancos da Europa.

Ex2: As Asas do Mestre.

Ex3: Ela trabalha no MPU.

Ex4: Ela trabalha atrás do MPU.

Ex5: O aluno continua os estudos, embora trabalhe em um bom lugar.

Ex6: O aluno continua os estudos, ainda que trabalhe em um bom lugar.

Ex7: Vamos passear na minha vida.

• Exemplos de locuções verbais.

• Na locução verbal, sempre haverá dois ou mais verbos.

• Primeiro verbo → auxiliar.

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