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DA LÍNGUA
INGLESA
Julice Daijo
Revisão técnica:
Monica Stefani
Bacharela em Letras – habilitação português/inglês (UFRGS)
Mestra em Letras – Literaturas de língua
inglesa/literatura australiana (UFRGS)
Doutora em Letras – Literaturas de língua
inglesa/estudos de tradução (UFRGS)
ISBN 978-85-9502-110-5
1. Morfologia. 2. Língua inglesa. I. Título.
CDU 81’366
Introdução
Entre as subdivisões da morfologia, temos a inflexional e a derivacional.
A morfologia derivacional é o processo de formar novas palavras a partir
de palavras já existentes. Já a morfologia inflexional é o ramo da mor-
fologia que não cria novas palavras, mas adapta as existentes para que
elas operem eficientemente nas sentenças.
Neste texto, você vai estudar a morfologia inflexional, identificar as
categorias inflexionais e reconhecer as propriedades de inflexão e de
derivação.
Morfologia inflexional
A morfologia inflexional descreve e estuda os morfemas inflexionais, uma
subcategoria dos morfemas vinculados (ou presos). Os morfemas inflexionais
são sempre sufixos, isto é, morfemas adicionados ao final de suas raízes e
radicais, e sempre possuem uma função gramatical, ou seja, marcam tempo,
número, posse, comparativo e superlativo, por exemplo. Na língua inglesa,
apenas classes abertas de palavras podem levar um morfema inflexional,
como substantivos, verbos, advérbios e adjetivos.
Classes abertas de palavras são aquelas nas quais novas palavras podem ser acrescen-
tadas ao grupo. Por exemplo: a classe dos verbos e a classe dos substantivos estão
continuamente se expandindo. Temos novos verbos, como download, upload, reboot,
right-click, double-click, assim como novos substantivos, como Internet, URL, website,
newsgroup.
Fonte: The Survey of English Usage (1998).
em que (1) raiz → (2) raiz + morfema derivacional –er → (3) raiz + morfema
derivacional –er + morfema plural –s.
Categorias inflexionais
Na língua inglesa, ao contrário de vários outros idiomas, os morfemas infle-
xionais são bem limitados, principalmente se considerarmos o inglês con-
temporâneo em contraste ao inglês antigo (CELCE-MURCIA et al., 1996).
Podemos adaptar a tabela de Haspelmath (2002) e categorizar os morfemas
inflexionais em 8 categorias (sem contar as repetições):
Número
Tempo
Modo
Pessoa
Posse
Comparativo
Superlativo
Gênero
Adjetivos,
Substantivos e demonstrativos,
pronomes Verbos pronomes relativos
Para saber mais detalhes sobre cada propriedade de inflexão e derivação, leia Haspel-
math (2002), Capítulo 5.3.1 a 5.3.11.
Propriedade Exemplo
https://goo.gl/jf3Jac
Para ver mais exemplos de morfemas inflexionais, leia o texto “Meaning and examples
of inflectional morphemes” (NORDQUIST, 2017).
ARNOLD ZWICKY’S BLOG. God’s grammar cactus. [S.l.]: Arnold Zwicky’s Blog, 2014.
Disponível em: <https://arnoldzwicky.org/2014/02/07/gods-grammar-cactus/>. Acesso
em: 02 jul. 2017.
CELCE-MURCIA, M. et al. Teaching pronunciation: a reference for teachers of English and
speakers of other languages. [S.l.]: CUP, 1996.
JANDA, L. Inflectional morphology. [S.l.]: OUP, 2007.
HASPELMATH, M. Understanding morphology. [S.l.]: OUP, 2002.
NORDQUIST, R. Meaning and examples of inflectional morphemes. [S.l.]: ThoughtCo,
2017. Disponível em: <https://www.thoughtco.com/what-is-an-inflectional-mor-
pheme-1691064>. Acesso em: 02 jul. 2017.
THE SURVEY OF ENGLISH USAGE. An introduction to word classes. [S.l.]: The Survey
of English Usage, 1998. Disponível em: <http://www.ucl.ac.uk/internet-grammar/
wordclas/open.htm>. Acesso em: 02 jul. 2017.
YULE, G. The study of language. 3rd ed. [S.l.]: CUP, 2006.
Leituras recomendadas
BOOIJ, G. The grammar of words: an introduction to linguistic morphology. [S.l.]: OUP, 2005.
CARSTAIRS-MCCARTHY, A. An introduction to English morphology , Edinburgh: Edin-
burgh University Press, 2003.
DECAPUA, A. Grammar for teachers. 2nd ed. [S.l.]: Springer Texts in Education, 2017.