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Todos nós já estudamos a gramática da língua portuguesa nas escolas, logo sabemos que uma

gramática é dividida em várias partes: fonética, morfologia, sintaxe, etc.

A divisão foi feita para nos ajudar a compreender como funcionam as palvras na oração:
sozinhas ou em relação às outras.

Porém tal divisão, às vezes, confunde os alunos, principalmente quando o assunto é


morfologia e sintaxe. Muitos confundem as duas partes e acabam por misturá-las em uma
análise.

A morfologia é a parte da gramática que considera a palavra em si (sozinha), já a sintaxe


estuda a palavra em relação às outras que se acham na mesma oração.

Em resumo, uma palavra exerce na oração duas funções: a morfológica que é a que a palavra
exerce quanto à classe a que pertence (substantivo, adjetivo, pronome, etc) e a sintática, que
vem a ser a que a palavra exerce em relação a outros termos da oração. Nesse caso, a palavra
poderá desempenhar vários papéis (sujeito, objeto, etc).

EXEMPLO:

"Maria comprou um carro".

Se analisarmos a palavra "Maria" no sentido morfológico, temos um substantivo próprio, já


na sintaxe "Maria" é sujeito simples da oração.

ANÁLISE MORFOLÓGICA
Maria: substantivo próprio
comprou: verbo
um: artigo
carro: substantivo comum

ANÁLISE SINTÁTICA
Maria: sujeito
comprou: núcleo do predicado verbal (comprou um carro)
um: adjunto adnominal
carro: núcleo do objeto direto (um carro)

Não é difícil, basta o aluno prestar atenção e saber qual tipo de análise o professor está
pedindo (a morfológica ou a sintática). Porém, às vezes, as duas são pedidas na chamada
análise morfo-sintática.

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Em se tratando de ambos os temas, indiscutivelmente revelam sua extrema
importância. Estando, portanto, aptos a integrarem os nossos conhecimentos, uma
vez que se relacionam a duas partes relevantes da gramática – à morfologia e à
sintaxe.

A análise sintática caracteriza-se como uma particularidade inerente aos


postulados gramaticais cuja finalidade se atém ao estudo das palavras de acordo
com a função que elas desempenham em meio a um determinado contexto
linguístico. E para que possamos identificar tal função, torna-se necessário
conhecermos acerca de todos os elementos sintáticos, representados por: sujeito,
predicado, complemento nominal e verbal, adjunto adnominal, vocativo, aposto,
agente da passiva, entre outros.

Com vistas a colocarmos em prática a presente assertiva, analisemos o exemplo


em evidência:

Acreditamos sempre em dias melhores.


Analisando-a de acordo com a função sintática, temos:

sujeito oculto (nós) – revelado pela desinência de número retratada pelo verbo
revelar: - mos.

predicado verbal (revelado por meio de uma ação expressa pelo sujeito) –
acreditamos sempre em dias melhores.

adjunto adverbial de tempo - sempre

objeto indireto – em dias melhores (complemento do verbo acreditar)

predicativo do objeto – melhores (confere uma característica ao objeto direto)

Já a análise morfológica relaciona-se ao estudo das palavras de acordo com a


classe gramatical a que elas pertencem. E por assim dizer, a ênfase agora se volta
para os substantivos, adjetivos, advérbios, pronomes, preposições, numerais,
conjunções, interjeições, advérbios e verbos.

Vejamos um exemplo no qual constataremos todos estes pressupostos:

Alguns candidatos desistiram de fazer as provas.

alguns – pronome indefinido

candidatos – substantivo comum


desistiram – verbo desistir, conjugado na terceira pessoa do plural do pretérito
perfeito (modo indicativo).

de – preposição

fazer – verbo fazer, conjugado no infinitivo (pertencente à segunda conjugação –


ER).

as – artigo definido

provas – substantivo comum.

Antes de iniciarmos nossos estudos sobre esses dois temas é importante


conhecermos o conceito de Morfologia e Sintaxe.

A Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com


a classe gramatical a que ela pertence. Quando nos referimos às classes
gramaticais, logo sabemos que se refere àquelas dez, que são: substantivos,
artigos, pronomes, verbos, adjetivos, conjunções, interjeições, preposições,
advérbios e numerais.

A Sintaxe é a parte que estuda a função que as palavras desempenham


dentro da oração.
Agora, referimo-nos a sujeito, adjunto adverbial, objeto direto e indireto,
complemento nominal, aposto, vocativo, predicado, entre outros.
Para melhor entendermos o que foi dito, tomemos como exemplo as
seguintes orações:

A manhã está ensolarada


Agora faremos a análise morfológica de todos os seus termos:

A - artigo
Manhã - substantivo
Está - verbo (estar)
Ensolarada - adjetivo
Quanto à análise sintática, temos:

A manhã - Sujeito simples


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Está ensolarada - predicado nominal, pois o verbo proposto denota estado,
logo é um verbo de ligação.
Ensolarada - predicativo do sujeito, pois revela uma característica
(qualidade) sobre o mesmo.

Marcos e Paulo gostam de estudar todos os dias.

Morfologicamente temos:

Marcos - substantivo próprio


Paulo - substantivo próprio
Gostam- verbo (gostar)
De - preposição
Estudar - verbo no infinitivo (forma original)
Todos- pronome indefinido
Os- artigo definido
Dias- substantivo simples

E sintaticamente:

Marcos e Paulo - sujeito composto (dois núcleos)


Gostam de estudar todos os dias- predicado verbal
De estudar - objeto indireto (complementa o sentido do verbo)
Todos os dias - adjunto adverbial de tempo

Podemos perceber que quando se trata da análise morfológica, os termos


da oração são analisados passo a passo, já na análise sintática, eles são
analisados de acordo com a posição desempenhada.

Por Vânia Duarte


Graduada em Letras

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