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PSICOLINGUÍSTICA

Nadia Studzinski Estima de Castro


A relação da psicolinguística
com outras áreas
de conhecimento
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Identificar a relação entre a linguística e a psicolinguística.


 Descrever a relação entre a psicologia e a psicolinguística.
 Apontar as contribuições da ciência da computação para a
psicolinguística.

Introdução
Neste capítulo, você vai reconhecer o conceito de linguística e como essa
disciplina se aproxima da psicologia. Você vai estudar sobre as inter-relações
entre as duas áreas do conhecimento e ver de que forma a psicolinguística
se tornou uma disciplina. Além disso, você vai ampliar o seu conhecimento
sobre as contribuições da ciência da computação para a psicolinguística.

A linguística e a psicolinguística
Para entender a relação entre a linguística e a psicolinguística, você deve ter
em mente o que é a linguística. Só então será possível compreender a relação
entre as duas disciplinas. Afinal, é parte do conhecimento da linguística que
passa a ser investigada e teorizada pela psicolinguística. Para Fiorin (2013),
a linguística é uma disciplina que trata do mistério e da epifania da palavra.
Ou seja, a linguística não se ocupa apenas da norma culta e não opera com o
certo e o errado, pois ela tem um objetivo maior.
A linguística é uma área que trata de cinco objetos teóricos: a língua,
a competência, a variação, a mudança e o uso (FIORIN, 2013). Ela mostra
como cada um desses objetos se volta para um aspecto da linguagem humana,
2 A relação da psicolinguística com outras áreas de conhecimento

evidencia uma concepção diversa de língua e trabalha com categorias distintas


(FIORIN, 2013). Para Fiorin (2013), apesar das diferenças entre esses objetos
teóricos, eles se fundam em uma epistemologia que opera com estabilidade,
isto é, no trabalho com conceitos como língua, competência, norma, elementos
discretos, diferenças, identidade, falante nativo, comunidade de fala, etc.
Com o avanço da globalização, de acordo com Fiorin (2013), são postos em
questão os constructos teóricos. Propõe-se uma epistemologia fundada na insta-
bilidade, na mistura linguística, nas práticas de linguagem, na heterogeneidade,
nas trocas, etc. Assim, a finalidade da linguística é descrever e explicar a língua.

A linguagem, de acordo com Fiorin (2013), é a capacidade específica da espécie humana


de se comunicar por meio de signos. Como ferramenta cultural, a linguagem ocupa
um lugar especial nas relações humanas, pois responde a uma necessidade natural da
espécie: a comunicação. A realização da linguagem passa por aprendizado e é influen-
ciada, sobretudo, pelo domínio cultural, ou seja, pelo contexto em que os sujeitos estão
inseridos (FIORIN, 2013). A linguagem, portanto, pode se manifestar por diferentes meios.
Por exemplo: por meio dos sons, no caso da linguagem verbal; por meio de imagens,
como na pintura; por meio de gestos, como nas línguas de sinais utilizadas pelos surdos.

As palavras são responsáveis por formar um sistema independente das coisas


nomeadas por elas, o que quer dizer que cada língua pode ordenar o mundo de
maneira diferente e exprimir modos de ver a realidade distintos. Dessa forma,
não existe uma homologia entre ordem da língua e ordem do mundo (FIORIN,
2013). O desafio da linguística, assim, é explicar a complexidade da língua.
A psicolinguística pode ser definida como o estudo das relações entre
linguagem e mente. Como disciplina autônoma, ela analisa todo processo rela-
cionado com a comunicação humana em que se constata o uso das linguagens
oral, escrita, gestual, etc. Esse campo também investiga e busca entender os
fatores que afetam o processo de decodificação. Ou seja, busca entender as
estruturas psicológicas que estão envolvidas no processo de comunicação e
que capacitam as pessoas para o entendimento das expressões, das palavras,
das orações, dos gestos, dos sinais, dos textos, dos desenhos, etc.
Portanto, a psicolinguística apropria-se dos saberes da linguística sobre a
linguagem e a sua capacidade de ser uma atividade simbólica para teorizar a
respeito da dinâmica dessa atividade na mente. Compreendida enquanto atividade
A relação da psicolinguística com outras áreas de conhecimento 3

simbólica, a linguagem envolve palavras que criam conceitos, e estes ordenam a


realidade observada — variando de pessoa para pessoa, de cultura para cultura e
conforme a passagem do tempo e as modificações do contexto histórico e social.
Para Borin (2010), a comunicação humana é um fluxo contínuo entre per-
cepção, compreensão e produção. Assim, a diversidade da linguagem faz com
que esse fluxo seja processado várias vezes e de diferentes formas. Dependendo
da modalidade, visual ou auditiva, e do estímulo externo, as etapas sensoriais
em percepção serão diferentes. Da mesma forma, existe variação na produção
da linguagem, pois é possível falar, gesticular ou escrever.
O foco da psicolinguística está em compreender o funcionamento da lingua-
gem e a sua relação com a mente humana. A aquisição e o desenvolvimento da
linguagem oral/escrita e da leitura (BORIN, 2010) são temáticas investigadas
pela disciplina. De acordo com Balieiro Jr. (apud MUSSALIM; BENTES,
2003, p. 182–183), há uma predominância das seguintes questões:

a relação entre linguagem e cérebro, incluindo os fundamentos biológicos da


linguagem, sua neurofisiologia e os prejuízos do processamento causados por
lesão cerebral; as relações entre linguagem e pensamento, como um produto
do sistema cerebral; os sistemas de processamento mental da linguagem,
incluindo os subsistemas linguísticos como a fonética, a sintaxe, a semânti-
ca, o léxico etc., e os subsistemas psíquicos como a percepção, a memória,
o conhecimento do mundo etc.; o processamento de unidades amplas da
linguagem, como o texto e o discurso; e a aprendizagem de outras atividades
ou sistemas linguísticos como a leitura e a escrita.

Portanto, na inter-relação com outras disciplinas, a psicolinguística busca


entender a associação entre a linguagem e o funcionamento da mente humana.
A seguir, você vai estudar a relação entre as duas disciplinas e ver como uma
complementa a outra na construção do conhecimento sobre mente e linguagem.
De acordo com Balieiro Jr. (apud MUSSALIM; BENTES, 2003), entender a
evolução da psicolinguística é situá-la em relação a outros campos, principal-
mente à psicologia e à linguística, com as quais guarda evidentes elos de filiação.
A psicolinguística se relaciona com a linguística devido à busca por uma
teoria que vincule a mente e a linguagem. Também está em jogo a percepção
no complexo de produção linguística e a leitura do mundo. Estudos vão sendo
construídos para compreender a função principal da linguagem: comunicar.
Mas, no entendimento da linguística — apropriado pela psicolinguística —,
comunicar não pode ser entendido como um processo de transmissão de
informações, pois as pessoas se comunicam até mesmo quando não dizem
nada. O silêncio, muitas vezes, comunica muito mais do que um conjunto de
4 A relação da psicolinguística com outras áreas de conhecimento

palavras postas no mundo. Além disso, a psicolinguística também interpreta


o ato de comunicar como não sendo unilateral, e sim um jogo em que um
parceiro da comunicação age sobre o outro (FIORIN, 2013).
A comunicação, portanto, na inter-relação das duas áreas do saber —
linguística e psicolinguística —, é, antes de qualquer coisa, relacionamento,
interação, troca, movimento, etc. Por isso, a linguagem é um meio de ação
recíproca, é um modo de interagir com os outros, um lugar de confrontação,
de acordos e de negociações (FIORIN, 2013). Nesse contexto, a psicologia
emerge para contribuir com os entendimentos propostos pela psicolinguística.

A psicologia e a psicolinguística
De acordo com Balieiro Jr. (apud MUSSALIM; BENTES, 2003), W. Wundt,
um dos fundadores da psicologia, em seu laboratório de Leipzig, no século
XIX, começou a sustentar e demonstrar que a linguagem poderia ser expli-
cada, ao menos em parte, à base de princípios psicológicos. Wundt encontrou,
então, a linguística preparada para observar o funcionamento da linguagem.
Tal observação envolvia sobretudo princípios culturais e estéticos, em uma
abordagem “científica” mais moderna da linguagem.
Assim, muitos jovens linguistas, em especial os históricos, aderiram com
entusiasmo às propostas de Wundt, principalmente pelo rigor científico que
elas ofereciam. Por algum tempo, o também emergente campo da linguística
refletiu diretamente interesses da psicologia em entender o comportamento
e a influência do contexto na performance linguística dos indivíduos. Ori-
ginalmente, o campo dos estudos desenvolvidos com a colaboração entre
linguística e psicologia foi denominado “psicologia da linguagem”. O tema
central era a relação entre o pensamento (ou comportamento) e a lingua-
gem. O objetivo desses estudos era teorizar sobre elementos comuns às
duas disciplinas: língua, linguagem, influência do contexto, competência,
performance, etc.
De acordo com Balieiro Jr. (apud MUSSALIM; BENTES, 2003), havia,
nos primórdios da psicolinguística, dois movimentos opostos: um que
caminhava da psicologia para a linguística e outro que caminhava da
linguística para a psicologia. Assim, na psicologia, os estudos buscavam
estabelecer relações entre a organização do sistema linguístico e a orga-
nização do pensamento — isso por meio do recurso à teoria e à pesquisa
linguística. Para Balieiro Jr. (apud MUSSALIM; BENTES, 2003, p. 173),
os psicólogos queriam utilizar o entendimento sobre o funcionamento da
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linguagem para compreender como funcionava a “mente” humana. Eles


partiam da hipótese de que a mente se estruturava de forma análoga à
linguagem ou mesmo por meio dela.

O mundo cinematográfico, em muitas situações, observa o real e produz verdadeiras obras


de arte a partir dele. Entre elas está o filme O Garoto Selvagem, de 1970, estrelado e dirigido
por François Truffaut. O filme relata a história de um menino de 11 ou 12 anos que nunca
teve contato com a civilização e que é encontrado por caçadores. Apelidado de Selvagem
de Aveyron, o menino é levado para Paris para ser educado. Assista ao filme na íntegra
e aproveite a experiência para observar o processo de desenvolvimento da linguagem.

O movimento da psicologia para a linguística — e a consequente confi-


guração da psicolinguística —, no entanto, apresentava duas concepções:

[...] uma, oriunda da tradição europeia, essencialmente mentalista, que buscava


explorar o pensamento por meio do estudo da linguagem; e outra, oriunda da
tradição norte-americana, essencialmente comportamentalista, que buscava
entender o comportamento linguístico, reduzindo-o a uma série de meca-
nismos de estímulo-resposta (BALIEIRO JR. apud MUSSALIM; BENTES,
2003, p. 173).

As duas concepções são postas à prova com a devastação causada pela


Primeira Guerra Mundial e a consequente desorganização da vida intelectual
na Europa. Por outro lado, as ciências nos Estados Unidos permanecem
em crescimento. Logo, a corrente mentalista se enfraquece e o compor-
tamentalismo norte-americano se fortalece. Mas a colaboração entre as
áreas diminui pela dificuldade de se aplicarem análises psicológicas a fatos
contemporâneos para se entender o funcionamento da linguagem a partir
de uma perspectiva histórica.
A colaboração perde força até o surgimento da linguística estruturalista.
Com os estudos de Saussure, que apresentou a orientação descritiva sincrônica,
a colaboração entre a psicologia e a linguística foi novamente possível, dessa vez
com bases epistemológicas mais consistentes. Mesmo com certo esforço para
manter a autonomia da linguística em relação à psicologia e “despsicologizar” a
linguagem (BALIEIRO JR. apud MUSSALIM; BENTES, 2003, p. 174), havia
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um recurso implícito relacionado com mecanismos psicológicos na explicação


dos dinamismos linguísticos.
Mais adiante, com a teoria da informação, elaborada logo após a Segunda
Guerra, tem-se um enquadramento epistemológico mais consistente para os
estudos psicolinguísticos. Shannon e Weaver (1949) definiram que uma unidade
de comunicação é formada por: fonte, transmissor/codificador, canal, receptor/
decodificador e destinação (BALIEIRO JR. apud MUSSALIM; BENTES,
2003). Com o consequente aumento do acervo de descobertas, pesquisas e
teorias, surgiu a necessidade de coordenar esforços entre os cientistas que
trabalhavam em problemas comuns. A psicolinguística ganha força e se con-
solida como disciplina autônoma, mas inter-relacionada com a psicologia e
com a linguística. Surgem, nesse período, pesquisas oriundas da psicologia e
orientadas para a linguística, bem como pesquisas oriundas da linguística e
orientadas para a psicologia.

Nos links a seguir, confira pesquisas produzidas no campo da psicolinguística.


 “Linguística, psicologia e neurociência: a união inescapável dessas três disciplinas”,
de Thiago Oliveira da Motta Sampaio, Aniela Improta França e Marcus Antonio
Rezende Maia:

https://qrgo.page.link/sY9fX

 “Pesquisa exploratória da violência psicológica por meio da linguagem”, de Adelma


Pimentel:

https://qrgo.page.link/hdbBv

A ciência da computação e a psicolinguística


No estado atual do campo da psicolinguística, os problemas que preocupam
os pesquisadores incluem:
A relação da psicolinguística com outras áreas de conhecimento 7

 as diferenças de percepção e compreensão entre a fala e a escrita;


 o papel do contexto no processamento da fala;
 os processos de obtenção dos vários tipos de conhecimento;
 os níveis de representação do discurso na memória;
 a construção dos modelos mentais do conteúdo textual;
 o processamento do discurso;
 a aquisição da linguagem e das línguas particulares por crianças e adultos;
 a aquisição da leitura;
 a produção da fala nos mais diferentes níveis de sua geração;
 os problemas neuropsicológicos da linguagem (GODOY; SENNA, 2011).

Observe a Figura 1, a seguir.

Figura 1. Relações da ciência da informação.


Fonte: Adaptada de Lima (2003).

Para Lima (2003), a ciência da computação e a ciência da informação apre-


sentam na base de sua relação a aplicação de computadores e da computação
para a movimentação da informação de forma ampla (seja para seu registro,
seja para trocas mais dinâmicas estabelecidas por redes). Desse modo, a ciência
da informação tem como objetivo trabalhar com o tratamento e a transmissão
do conhecimento produzido, com responsabilidade em relação ao papel social
da informação. A ciência da informação, englobando a ciência da compu-
8 A relação da psicolinguística com outras áreas de conhecimento

tação, se dedica a investigar, também, as propriedades e o comportamento


da informação. Ela contribui com a psicolinguística para o entendimento
da organização, do armazenamento, da recuperação e da disseminação da
informação. Assim, estabelece uma relação de proximidade com a linguística,
no sentido de observar e descrever processos.
Pela necessidade de organização das informações, buscou-se construir uma
base teórica, empírica e prática para abranger a ciência da informação. Para
Lima (2003), são exemplos desse avanço a evolução de sistemas, técnicas e
máquinas para a recuperação da informação. Outro exemplo são os estudos
teóricos e experimentais sobre a natureza da informação, a estrutura do co-
nhecimento e seus registros, os usuários da informação, o comportamento
humano diante da informação e a sua utilização, a interação homem–compu-
tador, etc. Como você pode perceber, esse campo de investigação apresenta
temáticas comuns e contribuições para a psicolinguística, pois também busca
entender o comportamento humano diante da informação, sobretudo frente
às tecnologias da informação.
Assim, a ciência da computação trata dos algoritmos que transformam a
informação. Já a ciência da informação observa a natureza dessa informação
e a sua forma de comunicação no uso feito pelos seres humanos. Com a proxi-
midade de análise dos fenômenos, as áreas se complementam e concordam que
existem questões emergentes que necessitam de atenção conjunta para serem
teorizadas de forma produtiva. Para as duas áreas do saber, há entendimentos
necessários da “[...] informação enquanto fenômeno e da comunicação enquanto
processo” (LIMA, 2003, p. 79).
Tanto a ciência da computação quanto a ciência da informação buscam o
esclarecimento sobre a difusão da inovação, a interação do humano com as
novas tecnologias da informação, o comportamento na busca pela informação,
a teoria dos sistemas e a sociedade da informação. A própria inteligência
artificial, como área de saber, se inter-relaciona com a psicolinguística, como
uma ciência também cognitiva que busca a origem, o desenvolvimento e os
componentes do conhecimento.
Dessa forma, a ciência da computação se desenvolveu nas últimas décadas
e se tornou um campo multidisciplinar do conhecimento. De acordo com Lima
(2003), a ciência da computação busca na filosofia, na neurofisiologia, na
linguística e na psicologia explicações para o uso do computador como uma
ferramenta capaz de observar os segredos da mente. Incluem-se aí, portanto,
os processos de aquisição e desenvolvimento da linguagem. Observe a Figura
2, a seguir, que ilustra a relação entre as áreas.
A relação da psicolinguística com outras áreas de conhecimento 9

Figura 2. O hexágono cognitivo e os seus campos constituintes. As linhas


contínuas representam fortes vínculos interdisciplinares, enquanto as linhas
tracejadas representam fracos vínculos interdisciplinares.
Fonte: Gardner (1996 apud LIMA, 2003, documento on-line).

Lima (2003) destaca que a ciência da computação evoluiu a partir de três


aspectos (observe a inter-relação com a psicolinguística):

 desenvolvimento da psicologia do processamento da informação, na qual


a meta era especificar o processamento interno envolvido na percepção,
na linguagem, na memória e no pensamento;
 invenção dos computadores e tentativas de projetar programas que
pudessem fazer tarefas que as pessoas fazem;
 desenvolvimento da teoria da gramática generativa e outras derivações
da linguística.

Conforme os estudos desenvolvidos, as áreas se aproximaram e contri-


buíram para o avanço do saber sobre quais seriam os paradigmas possíveis
da cognição. Dessa forma, buscava-se um entendimento sobre a mente e as
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ideias, com a formulação de conceitos e conhecimentos relacionados. Nesse


contexto, considerou-se que o processo cognitivo envolve atividades mentais
como o pensamento, a imaginação, a recordação, a solução de problemas, a
percepção, o julgamento, a aprendizagem da linguagem, entre outras. Tais
atividades ocorrem diferentemente em cada indivíduo, dependendo do grau
de habilidade de cada um (LIMA, 2003).
A ciência da computação, por fim, entende que a informação está associada
ao contexto e à forma como cada indivíduo percebe e interpreta o mundo. Ela
contribui, portanto, com a psicolinguística, que também busca esse entendi-
mento. Para as duas disciplinas, o estágio cognitivo implica contexto, que,
por sua vez, é organizado pelo sistema conceitual da informação. Mantêm-se
as singularidades de cada área, mas com a possibilidade de inter-relação para
formulações teóricas que respondam a perguntas comuns sobre o processo de
desenvolvimento e aquisição da linguagem e a sua operação na mente humana.

BORIN, M. A. Psicolinguística. Santa Maria: UFSM, 2010. Disponível em: https://repositorio.


ufsm.br/bitstream/handle/1/16439/Curso_Let-Portug-Lit_Psicolingu%C3%ADstica.
pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 8 nov. 2019.
FIORIN, J. L. (org.). Linguística? Que é isso? São Paulo: Contexto 2013.
GODOY, E.; SENNA, L. A. G. Psicolinguística e letramento. São Paulo: Ibpex, 2011.
LIMA, G. A. B. Interfaces entre a ciência da informação e a ciência cognitiva. Ciência
da Informação, v. 32, n. 1, jan./abr. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0100-19652003000100008&lng=en&nrm=iso. Acesso
em: 8 nov. 2019.
MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. Introdução à linguística. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
SHANNON, C. E.; WEAVER, W. The Mathematical Theory of ommunication.  Urbana:
University of Illinois Press, 1949.    
A relação da psicolinguística com outras áreas de conhecimento 11

Leituras recomendadas
PIMENTEL, A. Pesquisa exploratória da violência psicológica por meio da linguagem.
Filologia e Linguística Portuguesa, v. 15, n. 1, jan./jun. 2013. Disponível em: http://www.
revistas.usp.br/flp/article/view/76190. Acesso em: 8 nov. 2019.
SAMPAIO, T. O. M.; FRANÇA, A. I.; MAIA, M. A. R. Linguística, psicologia e neurociência:
a união inescapável dessas três disciplinas. Revista LinguíStica, v. 11, n. 1, jun. 2015.
Disponível em: http://www.letras.ufrj.br/poslinguistica/revistalinguistica/wp-content/
uploads/2015/08/revista-linguistica-v11-n1-artigo13.pdf. Acesso em: 8 nov. 2019.

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