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A PSICOLOGIA HUMANISTA

FENOMENOLOGIA

Profa. Sandra Maia


sandra.maia@italo.edu.br
Psicologia Humanista
Fenomenológica - Edmund Husserl

(1859 - 1938) 
Psicologia Humanista - Fenomenologia

A relação entre Psicologia e Fenomenologia foi um tema relevante na obra do


filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938), considerado o fundador da
Fenomenologia e um dos pensadores expoentes do século XIX. Tornando
possível a fundação de uma nova corrente, a designada Psicologia
Fenomenológica. 
Psicologia Humanista - Fenomenologia

Origem da Palavra Fenomenologia Origina-se do grego, composta por


duas partes:

FENÔMENO: Aquilo que se mostra, que aparece a nós. Aparece a nós


primeiramente pelos sentidos.

LOGIA: Capacidade de Refletir, um discurso esclarecedor


Psicologia Humanista – Fenomenologia
Definição

A palavra fenomenologia foi empregada por alguns pensadores ao longo


da história da filosofia, e pode ser aqui definida nos seguintes termos:

“descrição daquilo que aparece ou ciência que tem como objetivo ou


projeto essa descrição” Como se pode deduzir do próprio vocábulo, a
fenomenologia está relacionada diretamente ao conceito
de fenômeno  o qual pode ser definido como “aquilo que aparece ou se
manifesta”
(ABBAGNANO, 2000, p. 437).
Psicologia Humanista
Forma Radical de Pensar

 Husserl apresenta a sua fenomenologia como um método de


investigação que tem o propósito de apreender o fenômeno ,
isto é, a aparição das coisas à consciência, de uma
maneira rigorosa.

“Como um método de pesquisa, a fenomenologia é uma forma


radical de pensar”

(MARTINS, 2006, p. 18).


Psicologia Humanista
Consciência

Como as coisas do mundo se apresentam à


consciência, o filósofo alemão pretende perscrutar
(examinar minuciosamente) essa aparição no sentido
de captar a sua essência (aquilo que o objeto é em si
mesmo), isto é, “ir ao encontro das coisas em si
mesmas”
(HUSSERL, 2008, p. 17). 
Psicologia Humanista
Interpretação

O ser humano está constantemente interpretando as coisas, ao


seu redor, dando sentido a cada coisa.

Essa dinâmica de dar sentido as coisas não é “pura”, são


interpretações a partir de outras pré existentes, e que sempre
fazem sentido dentro de uma cultura.
Psicologia Humanista
Consciência dá sentido às coisas

Para Husserl, o mundo só pode ser compreendido


a partir da forma como se manifesta, ou seja,
como aparece para a consciência humana. Não há
um mundo em si e nem uma consciência em si. A
consciência é responsável por dar sentido às
coisas.
Psicologia Humanista
Consciência

• Daí a tão célebre definição husserliana de consciência: “toda consciência


é consciência de algo” (FRAGATA, 1959, p. 130).
• Essa definição de consciência está vinculada, por seu turno, à noção
de intencionalidade.
• A intencionalidade seria a marca fundamental da consciência, uma vez
que a consciência está o tempo todo voltada para fora de si.
Psicologia Humanista
Intencionalidade

• A análise dos fenômenos no âmbito da consciência no intuito de se


tentar apreender as coisas em si mesmas, isto é, como elas são.
• Para Husserl a intencionalidade assume o lugar da certeza “clara e
distinta” de René Descartes.
• Seu método procura ater-se sobretudo ao modo mesmo como a
consciência se dá, sem recorrer a "muletas" conceituais que venham a
"explicar" a subjetividade.
Psicologia Humanista

OBJETO

CONSCIÊNCIA

INVESTIGAÇÃO

ESSÊNCIA

INTERPRETAÇÃO

INTENCIONALIDADE
Psicologia Humanista Fenomenológica
Epoché

Tomando emprestado da filosofia antiga o termo grego


epoché, que os antigos céticos traduziam por
“suspensão” do juízo a respeito das coisas, Husserl o
adota sob outra perspectiva.

A epoché husserliana consiste em pôr "entre parênteses"


o mundo quando da apreensão do fenômeno. 
Psicologia Humanista Fenomenológica
Epoché

A epoché consiste numa suspensão momentânea da


“atitude natural” com a qual nós nos relacionamos com as
coisas do mundo. Isso consiste em deixar provisoriamente
de lado todos os preconceitos, teorias, definições, etc., que
nós utilizamos para conferir sentido às coisas.

(MARTINS, 2006, p. 16). 


Psicologia Humanista Fenomenológica
Epoché

Tal suspensão da nossa atitude natural  diante do mundo tem como escopo
apreender na consciência as coisas no sentido de captá-las como elas são
em si mesmas: "a fenomenologia procura enfocar o fenômeno, entendido
como o que se manifesta em seus modos de aparecer, olhando-o em sua
totalidade, de maneira direta, sem a intervenção de conceitos prévios que o
definam e sem basear-se em um quadro teórico prévio que enquadre as
explicações sobre o visto"

(MARTINS, 2006, p. 16). 


A fenomenologia de Husserl parece ser uma
tentativa de perscrutar o fenômeno em sua
“pureza”, isto é, em sua “originalidade”. A proposta
husserliana de se evitar a “atitude natural” na
apreensão e análise do fenômeno denota no filósofo
alemão sua insistente busca pelo

rigor metodológico . 
O Nascimento da Psicologia Humanista
O Nascimento da Psicologia Humanista

A Psicologia Humanista, conforme historiado por DeCarvalho (1990), surgiu


no final da década de 50 e início dos anos 60 como uma reação ao
panorama da Psicologia norte-americana, dominado, na leitura dos
psicólogos humanistas, por duas grandes forças: o Behaviorismo e a
Psicanálise clássica.
A Terceira Força

Foi sobretudo graças ao trabalho de dois homens, Abraham Maslow


e Anthony Sutich (surati), que o Movimento Humanista pode ser
articulado, organizado e institucionalmente fundado como a Terceira
Força da Psicologia.
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Influência Abraham Maslow

(1908 – 1970)
Influência de Maslow – Pirâmide de Maslow

O criador da teoria foi Abraham Maslow (1908 – 1970), professor de


psicologia fundador da disciplina de Psicologia Humanista. Ele
apresentou a Pirâmide de Maslow em 1943, em um artigo chamado
“Uma teoria da motivação humana”.
Influência de Maslow – Pirâmide de Maslow

Conhecida por Pirâmide de Maslow ou Teoria das necessidades


humanas, o modelo sugere que nós, seres humanos, somos
motivados em satisfazer cinco necessidades básicas:

1.Fisiológicas,

2.De segurança,

3.Social,

4.Autoestima,

5.Realizações pessoais.
Influência de Maslow – Pirâmide de Maslow

•A teoria recebe o nome de “pirâmide” porque é este o formato no


qual as necessidades humanas estão dispostas.
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Influência de Maslow

No início da década de 50, Maslow era um promissor psicólogo


experimental e professor de Psicologia na Universidade de Brandeis,
mas seus interesses pouco ortodoxos e pouco afinados à forte
predominância do Behaviorismo no ambiente acadêmico de então,
apenas confrontado pela influência da Psicanálise nos meios clínicos,
tendiam a levá-lo ao isolamento profissional e intelectual.
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Influência de Maslow – Publicação de Artigos

Era-lhe inclusive difícil arranjar veículo adequado para


publicar seus artigos, que não encontravam ressonância na
linha editorial e teórica adotada pela maior parte das
revistas técnicas de Psicologia.
Influência de Maslow - Rede Eupsiquiana
Saúde Psicológica

o Como forma de contornar o problema, em meados dos anos 50


organizou uma lista de nomes e endereços de psicólogos e grupos
envolvidos em visões menos ortodoxas e mais afinados com suas
próprias idéias, para com eles manter intercâmbio de artigos e
discussões, na forma de uma rede de correspondência, a que
chamou Rede Eupsiquiana, ressaltando no título o interesse pelo
tema da saúde psicológica, negligenciado, segundo Maslow, pela
Psicanálise e pelo Behaviorismo.
Influência de Maslow - Anthony Sutich

Anthony Sutich, psicólogo que conhecera Maslow no final dos anos


40 e que nos anos 50 tornara-se ativo participante da rede e intenso
colaborador na discussão das novas ideias, veio a ter fundamental
papel na oficialização do novo movimento.
Revista Própria

 De suas discussões com Maslow nasceu a percepção de que já era


a hora, ao final dos anos 50, de fundarem uma revista própria,
sendo que Sutich foi encarregado de encabeçar o
empreendimento. Portador de paralisia decorrente de artrite
progressiva, Sutich dedicou-se intensamente à tarefa de
articulação e organização, passando horas ao telefone contatando
interessados e colaboradores.
Revista - Ser e Tornar-se

 Após considerável deliberação sobre o nome da nova revista -


foram sugeridos Ser e Tornar-se, Crescimento Psicológico,
Desenvolvimento da Personalidade, Terceira Força, Psicologia do
Self, Existência, e Orto-Psicologia - foi adotado o título Revista de
Psicologia Humanista, sugerido por S. Cohen, e que desde então
passou a designar o movimento, oficialmente lançado com o
primeiro número da revista, em 1961.
Associação Americana de Psicologia
Humanista - 1963

•O sucesso da revista acabou levando à organização da Associação


Americana de Psicologia Humanista, fundada em 1963,
consolidando-se o movimento de forma definitiva em 1964 quando,
em uma conferência realizada na cidade de Old Saybrook
(Connecticut, EUA) compareceram em

aberta adesão grandes nomes inspiradores

do movimento, inclusive Carl Rogers.


Associação Americana de Psicologia
Humanista - 1963

Com sua rápida e sólida difusão a


Psicologia Humanista se mostra
hoje uma Força firmemente
estabelecida e respeitada no
panorama da Psicologia mundial,
generalizadamente reconhecida nos campos teórico, acadêmico e de
aplicação.
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Influência Carl Ransom Rogers 

1902-1987
A PSICOLOGIA HUMANISTA
Abordagem Centrada na Pessoa (ACP).

• É considerado o primeiro psicólogo americano a gravar sessões


psicoterapêuticas com as devidas permissões e é o fundador da
Abordagem Centrada na Pessoa (ACP).

• Por meio dessas sessões gravadas está exposto publicamente o


seu modo de fazer psicoterapia e ser psicoterapeuta.
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Modo Sumarizado

• Ele costumava responder aos clientes, de modo sumarizado, usando as


mesmas palavras ou com palavras similares às que o próprio cliente
acabara dizer, como meio de se conectar ao cliente. 
• Assim, ele procurava verificar se estava compreendendo o cliente.
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Segurança na Relação com o Psicoterapeuta

• Ele facilitava para o cliente o livre fluir de sentimentos, pensamentos,


lembranças, elaborações e expressões, pois, notadamente, o cliente
sentia sensível segurança na relação com o psicoterapeuta, na medida
em que nada de diferente do que o cliente tinha dito ou expressado era
trazido na relação. 
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Cliente Ouvia de Modo Empático e Respeitoso

• E, quando acrescentava, era algo deduzido ou sentido por ele a partir do


que foi expresso verbalmente ou não pelo o cliente. 
• O que ocorria era que, quando o cliente ouvia quase exatamente o que
acabara de dizer, e de modo empático e respeitoso, ele se sentia
compreendido, respeitado e, às vezes, até amado.
• A expressão facial do doutor Rogers procurava indicar ao cliente que
seus sentimentos eram semelhantes aos do cliente. 
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Novos Achados como Explicações

• O cliente, ao escutar de volta o que ele próprio acabara de dizer, refletia


sobre o que tinha dito de forma mais profunda e, assim, muitas vezes,
ele encontrava novos achados como explicações, desdobramentos e
fatos esquecidos ou ainda não conectados.
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Carl Rogers não indicava aos clientes o que fazer

• Carl Rogers não indicava aos clientes o que fazer ou como fazer,
ele preferia priorizar a melhor identificação dos sentimentos dos
clientes frente ao discurso desenvolvido, de modo que eles
pudessem ajustar ou sintonizar os sentimentos com os discursos.
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Carl Rogers não indicava aos clientes o que fazer

Rogers considerava que uma das principais causas de


problemas psicológicos é o distanciamento entre as
emoções e racionalidades correspondentes.
A PSICOLOGIA HUMANISTA –
Movimento Congregador de Diversas Tendências

 A Psicologia Humanista não se identifica ou inicia com o


pensamento de um determinado autor ou escola.
 Tratando-se de um movimento congregador de diversas
tendências, unidas pela oposição ao Behaviorismo e Psicanálise,
assim como pela convergência em torno de algumas propostas
comuns, adesões e influências podem ser apontadas, destacando-
se as que se seguem:
Principais Influências –
TEORIAS NEO-PSICANALÍTICAS

 A crítica que a Psicologia Humanista faz à Psicanálise, centra-se


sobretudo na visão pessimista, determinista e psicopatologizante,
que atribui à teoria de Freud, assim como na impessoalidade da
técnica transferencial.
Principais Influências –
GESTALTISTAS E HOLISTAS

 A Psicologia Humanista retoma em grande parte as propostas da


Psicologia da Forma alemã, em especial a visão holista e
organísmica do ser humano e seu envolvimento ambiental.
 Trazida aos Estados Unidos pelos seus criadores Wertheimer,
Koffka e Köhler, e outros psicólogos imigrantes, fugitivos das
conturbações políticas européias, a influência da Psicologia da
Gestalt está presente em praticamente todos os psicólogos
humanistas.
Principais Influências –
GESTALTISTAS E HOLISTAS

 Sua principal característica é compreender a pessoa no seu todo,


ou seja, baseia-se no fato de que há muitas coisas e fatores
envolvidos em uma mesma pessoa/situação.
 Tudo está interligado e converge, tanto os sentimentos,
pensamentos, saúde e comportamento.
Principais Influências –
GESTALTISTAS E HOLISTAS

 A psicologia humanista busca uma resposta diferente aos


problemas encontrados, oferecendo uma solução voltada para a
área da saúde.
 Além disso, tem uma abordagem que exalta o bem-estar mental e
busca os atributos positivos da vida.
Principais Influências –
GESTALTISTAS E HOLISTAS

 A psicologia humanista busca entender o indivíduo por um olhar


global, compreendendo todos os aspectos que fazem parte e são
importantes aos seres humanos.
 Todo indivíduo é um ser único, responsável por sua existência e
que deve se tornar consciente dos recursos que possui dentro de
si. Só assim poderá se desenvolver e alcançar a autorrealização e
seu potencial.
Principais Características - Potencial Humano

Em primeiro lugar, a Psicologia Humanista destaca-se como a


corrente que, afastando-se do tradicional enfoque clínico de
privilegiar o estudo das psicopatologias, passa
a enfatizar a saúde, o bem estar, e o
potencial humano de crescimento e
autorealização.
Principais Características –
Maslow e a Psicologia da Saúde

 Já em seu livro Introdução à Psicologia do Ser, de 1957, Maslow (s. d.)


aponta para a necessidade do desenvolvimento de uma Psicologia da
Saúde, criticando as teorias, como a Psicanálise, que generalizam suas
conclusões sobre o ser humano a partir de dados obtidos quase que
exclusivamente no estudo de indivíduos mentalmente perturbados,
resultando consequentemente em um retrato pessimista e desabonador
da natureza humana.
Principais Características –
Maslow e a Personalidade auto atualizadoras

₼ Maslow, ao contrário, se propõe o estudo dos melhores exemplares da


espécie, por ele chamados personalidades auto-atualizadoras, dando
início à tradição humanista de abordar a Psicologia a partir do prisma da
saúde e do crescimento psicológico.
Principais Características - Eupsicologia

₪ Tão forte é essa tendência que forneceu o termo Eupsicologia, cunhado


nas primeiras tentativas de articulação e caracterização do movimento.
₪ Também, em sua proposta de enfatizar o desenvolvimento das melhores
capacidades e potencialidades do ser humano, a Psicologia Humanista é
muitas vezes identificada como o Movimento do Potencial Humano.
Principais Características - Pleno e Saudável

Ω Ao invés de empenhar-se em exaustivas descrições e teorizações sobre


os mecanismos das enfermidades psíquicas, reservando à saúde a
definição negativa de ausência de doença, é mais típico da Psicologia
Humanista buscar definir as características do pleno e saudável
exercício da condição humana, em distanciamento do qual as patologias
podem então ser entendidas
Principais Características - Capacidades e
Potencialidades

₾ Outra importante orientação temática geral da Psicologia Humanista diz


respeito ao privilegiar das capacidades e potencialidades características
e exclusivas da espécie humana.
Principais Características - Capacidades e
Potencialidades

Criticam os humanistas, sobretudo ao Behaviorismo, a tendência a


generalizar conclusões obtidas a partir de experimentos realizados quase
que exclusivamente em pesquisa animal; assim como a forte tendência da
psicologia experimental a, mesmo quando dedicada a trabalhos com
pessoas, centrar-se em aspectos fisiológicos, ou muito parcializados,
perdendo de vista a própria dimensão psicológica característica do ser
humano, que deveria em princípio ser o enfoque prioritário de uma ciência
dedicada ao estudo da mente e da psiquê.
Principais Características - A volta ao humano

A volta ao humano como objeto de estudo é uma das bandeiras do


Movimento, importante a ponto de fornecer-lhe o título designativo.
Qualidades e capacidades humanas por excelência, tais como:

1. Valores 5. Criatividade
2. Identidade 6. Coragem
3. Vontade 7. Responsabilidade
4. Liberdade 8. Auto realização
Principais Características

“Podemos escolher recuar em direção à segurança ou avançar em


direção ao crescimento. A opção pelo crescimento tem que ser feita
repetidas vezes. E o medo tem que ser superado a cada momento.”

Abraham Maslow
Principais Características –
A visão integradora do ser humano

Opõem-se os humanistas à concepção psicanalítica do homem como


um animal lúbrico (libidinoso) e feroz, movido por necessidades
instintivas de prazer e agressão, ao qual só a custa de muitas
restrições e sublimações da natureza animalesca básica se pode, na
melhor das hipóteses, trazer algum verniz de racional sociabilidade,
mas não sem um inevitável ônus de frustração, infelicidade e Mal-
Estar da Civilização
Principais Características –
A visão integradora do ser humano

Recusam-se também a conceber o ser humano como uma espécie de


máquina, robô ou marionete, cuja natureza passiva e amorfa é
absolutamente moldada, manipulada e controlada pela estimulação e
condicionamento ambiental , a quem na melhor das hipóteses se poderá
oferecer a escolha (ela própria condicionada).
Principais Características –
A visão integradora do ser humano

 Negando-se a aceitar que o homem seja assim reduzido por tão


pessimistas e desalentadoras visões, a Psicologia Humanista se afirma
em um compromisso com uma visão otimista e engrandecedora, na qual
que as melhores qualidades e potenciais positivos manifestados pelos
homens sejam valorizados como a própria essência da natureza humana.
Principais Características –
A visão integradora do ser humano

 Algumas tendências das abordagens humanistas, da visão de homem


que elas propõem:

 Enxergando o homem como um todo complexo e organicamente


integrado, cujas qualidades únicas vêm de sua configuração total,
rejeitam os humanistas as concepções elementaristas e fragmentadoras
da psiquê.
Principais Características –
A visão integradora do ser humano

 O homem marcado pela necessidade intrínseca a todo organismo vivo,


de atualizar seu potencial e se tornar a totalidade mais complexa,
organizada e autônoma que for capaz.
 A necessidade de auto-realização fornece, em diversas versões, a
teoria básica de motivação da maioria das psicologias humanistas.
Principais Características –
A visão integradora do ser humano

As teorias humanistas propõem que o comportamento do ser humano não


pode ser adequadamente entendido a partir de referências exclusivas a
influências determinantes externas à sua consciência e aos significados
atuais que imprime ao mundo, sejam essas influências provenientes do
ambiente, do passado, ou do inconsciente.
A visão integradora do ser humano

O homem como um ser em busca e construção de si


mesmo, cuja natureza continuamente se desvela e exprime
no realizar de suas possibilidades e na atualização de seu
potencial, compreendem os humanistas que só se é pessoa,
só se é realmente humano, no autêntico, livre e integrado
ato de se desenvolver.
A visão integradora do ser humano

₳ Mesmo que as escolas existenciais, dada sua ênfase na liberdade e sua


compreensão do ser humano como criatura cuja natureza consiste em
criar sua própria natureza (Sartre), rejeitem a consideração de
tendências biológicas determinantes.
A visão integradora do ser humano

Esta é a compreensão que os humanistas, em geral, tem do homem como


implicado e configurado - mas não determinado - em seu ambiente, seja
este físico, fenomenológico-experiencial, relacional, ou sócio-histórico-
cultural.
A visão integradora do ser humano

Para os existencialistas, sendo o homem livre e auto-orientado pelos


propósitos e sentidos que dá à própria existência, não pode eximir-se de
se responsabilizar plenamente pelo que é, apesar da inevitável angústia
que esse assumir-se evoca, pois qualquer outra atitude seria auto-
engano, má fé, inautenticidade no existir.
CONSULTAS COMPLEMENTARES

•ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

•Artigo: Boainain Jr - A psicologia Humanista

•Artigo: Ênio Brito Pinto - Professor Titular do Instituto de Gestalt de São Paulo/IGT-SP – São Paulo, SP, Brasil

•BARBIERI, J. B. P. Relação entre Psicologia e Fenomenologia a partir da obra “Psicologia e Fenomenologia”


(1917) de Edmund Husserl. 2011. 73 p. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação
Filosofia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2011.

•GOMES, O. K. L. A Clínica Psicológica e o Exercício da Liberdade. Rio de Janeiro, 2016. 48 p. Monografia


[Graduação em Psicologia] – Faculdade de Ciências Médicas e Paramédicas Fluminense.

•https://pt.slideshare.net/FelipedeLucca/a-presena-das-categorias-de-imanncia-e-transcendncia

• DISSERTAÇÃO DE MESTRADO -
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/115/o/Polyelton_de_Oliveira_Lima.pdf?1490733493

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