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Penso que o tema-título poderia ir na seguinte direção:

A NOÇÃO DE CONSCIÊNCIA EM HUSSERL:


UM DIÁLOGO ENTRE A FILOSOFIA DA MENTE, A ONTOLOGIA SARTREANA E A
FENOMENOLOGIA HUSSERLIANA

O estudo da consciência humana tem sido um tema central na filosofia desde a


Antiguidade, e sua complexidade continua a desafiar filósofos e cientistas até hoje. A
filosofia da mente, a ontologia e a fenomenologia são áreas do conhecimento que se
dedicam a analisar diferentes aspectos do fenômeno da consciência. Com base nessa
interdisciplinaridade, esta pesquisa tem como objetivo investigar a noção de consciência
em Husserl, abordando sua relevância e articulações com a filosofia da mente, a ontologia
e a fenomenologia.
Edmund Husserl, considerado o fundador da fenomenologia, busca entender a
estrutura da experiência consciente e a essência das coisas através da análise das
experiências vividas. O conceito de intencionalidade, central na filosofia de Husserl,
sugere que a consciência é sempre direcionada a um objeto, estabelecendo uma relação
entre o sujeito e o mundo (HUSSERL, 2006).
O seu estudo poderia explorar o diálogo entre a fenomenologia de Husserl e a
filosofia da mente, investigando como as ideias de Husserl sobre a consciência podem
contribuir para a compreensão do problema mente-corpo e a natureza da experiência
subjetiva (CHALMERS, 1995). Além disso, você poderia analisar a relação entre a
consciência em Husserl e a ontologia sartreana, com o intuito de compreender o estatuto
ontológico da consciência e seu papel na constituição da realidade.
O seu estudo se justificaria pela relevância das ideias de Husserl para a
compreensão do fenômeno da consciência e pela necessidade de promover um diálogo
entre diferentes abordagens filosóficas para aprofundar a investigação sobre esse tema.
Ao aprofundar a investigação sobre a consciência em Husserl e sua interação com
a filosofia da mente, a ontologia e a fenomenologia, o seu estudo poderia contribuir para
uma melhor compreensão do fenômeno da consciência humana e de suas implicações
em outras áreas da filosofia. O diálogo entre as ideias de Husserl e as abordagens
contemporâneas na filosofia da mente e ontologia poderiam fornecer novas perspectivas
e insights para o estudo da experiência consciente, enriquecendo o debate filosófico e
estimulando novas investigações interdisciplinares.
Se eu estivesse te orientando neste artigo, eu recomendaria a seguinte estrutura
para o tema que sugeri, a partir de leituras e anotações de aulas de filosofia da
mente que fiz nestes últimos anos:

1 INTRODUÇÃO

Apresentação do tema e justificativa do estudo


Objetivos da pesquisa
Metodologia
Breve descrição da estrutura do artigo

2 A NOÇÃO DE CONSCIÊNCIA EM HUSSERL

A noção de consciência em Husserl pode ser compreendida a partir do contexto


histórico e filosófico em que o filósofo estava inserido, bem como por meio de conceitos
centrais como a intencionalidade e a fenomenologia como método de investigação da
consciência.

CONTEXTO HISTÓRICO E FILOSÓFICO

Contexto histórico e filosófico: Edmund Husserl (1859-1938) é considerado o


fundador da fenomenologia, uma corrente filosófica que surgiu no início do século XX
como resposta a questões levantadas pelo positivismo, empirismo e idealismo. A
fenomenologia de Husserl foi influenciada por Franz Brentano, especialmente em relação
à noção de intencionalidade.

CONCEITO DE INTENCIONALIDADE E SUA RELAÇÃO COM A CONSCIÊNCIA

Intencionalidade, conforme introduzida por Brentano e desenvolvida por Husserl, é


a capacidade da consciência de se referir a algo. Para Husserl, a consciência é sempre
intencional, ou seja, é sempre consciência de algo. A intencionalidade é a estrutura
essencial da consciência, e a análise dessa estrutura permite uma melhor compreensão
do fenômeno da consciência.
A FENOMENOLOGIA COMO MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Husserl propôs a fenomenologia como um método filosófico rigoroso que busca


descrever e analisar a consciência a partir da perspectiva da primeira pessoa, ou seja, a
partir da experiência subjetiva. A fenomenologia visa "colocar entre parênteses" as
pressuposições teóricas e culturais para alcançar uma descrição pura e imparcial da
experiência consciente. A "redução fenomenológica" é o processo pelo qual Husserl
busca alcançar esse objetivo, suspendendo o julgamento sobre a realidade externa e
focando na experiência imediata (HUSSERL, 2006).

3 A CONSCIÊNCIA EM HUSSERL E A FILOSOFIA DA MENTE

A consciência em Husserl e a filosofia da mente estão intrinsecamente


relacionadas, uma vez que a fenomenologia de Husserl busca descrever e compreender a
consciência em seus aspectos mais fundamentais. Nesse contexto, é relevante abordar o
problema mente-corpo, a experiência subjetiva, o papel da intencionalidade e as possíveis
contribuições de Husserl para a filosofia da mente contemporânea.

O PROBLEMA MENTE-CORPO E A EXPERIÊNCIA SUBJETIVA

O problema mente-corpo refere-se à questão de como a mente e o corpo


interagem e se relacionam. A fenomenologia de Husserl oferece uma perspectiva única
sobre esse problema, pois se concentra na descrição da experiência subjetiva e na
estrutura da consciência, independentemente das questões relacionadas ao corpo físico.

O PAPEL DA INTENCIONALIDADE NA COMPREENSÃO DO FENÔMENO DA


CONSCIÊNCIA

A noção de intencionalidade, conforme desenvolvida por Husserl, é fundamental


para a compreensão da consciência e do problema mente-corpo. Ao afirmar que a
consciência é sempre intencional, isto é, dirigida a algo, Husserl enfatiza a relação
intrínseca entre a experiência consciente e o mundo. Essa abordagem pode contribuir
para o debate sobre o problema mente-corpo, destacando a importância da experiência
subjetiva e suas relações com o mundo.
POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DE HUSSERL PARA A FILOSOFIA DA MENTE
CONTEMPORÂNEA

A fenomenologia de Husserl tem várias implicações e possíveis contribuições para


a filosofia da mente contemporânea. Suas análises detalhadas da consciência e da
intencionalidade podem enriquecer as discussões sobre a natureza da mente e suas
relações com o corpo e o mundo. Além disso, o método fenomenológico de Husserl pode
servir como uma ponte entre a filosofia da mente e as ciências cognitivas, inspirando
abordagens interdisciplinares, como a neurofenomenologia.

4 A CONSCIÊNCIA EM HUSSERL E A ONTOLOGIA SARTREANA

A consciência em Husserl e sua relação com a ontologia sartreana é um tópico


significativo, uma vez que a fenomenologia de Husserl aborda questões fundamentais
sobre a natureza da consciência e sua relação com a realidade. Nesse contexto, é
relevante considerar o estatuto ontológico da consciência, a relação entre consciência e
realidade, e as implicações da fenomenologia husserliana para a ontologia
contemporânea.

O ESTATUTO ONTOLÓGICO DA CONSCIÊNCIA

Tanto Husserl quanto Sartre atribuem um estatuto ontológico específico à


consciência. Husserl considera a consciência como uma estrutura intencional que se
relaciona com o mundo, enquanto Sartre, em sua ontologia existencial, concebe a
consciência como "ser-para-si", caracterizada pela liberdade e pela transcendência em
relação ao "ser-em-si"

A RELAÇÃO ENTRE CONSCIÊNCIA E REALIDADE

Na fenomenologia husserliana, a consciência se relaciona com a realidade através


da intencionalidade, ou seja, a consciência é sempre consciência de algo. Sartre, por sua
vez, também reconhece a importância da intencionalidade e a influência de Husserl em
seu pensamento, mas adota uma abordagem mais existencialista, enfatizando a liberdade
da consciência e sua capacidade de negar e transcender a realidade
IMPLICAÇÕES DA FENOMENOLOGIA HUSSERLIANA PARA A ONTOLOGIA
SARTREANA

A fenomenologia de Husserl influenciou diretamente o pensamento de Sartre,


especialmente no que diz respeito à intencionalidade e à compreensão da consciência. A
análise fenomenológica da consciência em Husserl fornece uma base importante para a
ontologia sartriana, que, por sua vez, amplia e desenvolve as ideias husserlianas ao
enfatizar a liberdade, a transcendência e a responsabilidade da consciência.

5 DIÁLOGO ENTRE A FENOMENOLOGIA DE HUSSERL, A FILOSOFIA DA MENTE E


A ONTOLOGIA SARTREANA

O diálogo entre a fenomenologia de Husserl, a filosofia da mente e a ontologia


sartreana proporciona uma oportunidade de explorar pontos de convergência e
divergência entre as abordagens, bem como desafios e possíveis caminhos para uma
integração interdisciplinar. Além disso, esse diálogo pode trazer contribuições
significativas para o estudo da consciência e para a filosofia em geral.

PONTOS DE CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA ENTRE AS ABORDAGENS

A fenomenologia de Husserl e a ontologia sartreana compartilham uma


preocupação com a experiência subjetiva e a relação entre consciência e realidade.
Ambos abordam a intencionalidade e a constituição da realidade pelo sujeito, mas
divergem em aspectos fundamentais. Enquanto Husserl enfatiza a estrutura intencional da
consciência e sua relação com o mundo, Sartre explora a natureza da existência humana,
a liberdade e a responsabilidade. Na filosofia da mente, a ênfase está na relação entre
mente e corpo, bem como nos processos mentais e suas bases neurais, o que pode se
distanciar das preocupações fenomenológicas e ontológicas de Husserl e Sartre.

DESAFIOS E POSSÍVEIS CAMINHOS PARA UMA INTEGRAÇÃO INTERDISCIPLINAR

Integrar as abordagens de Husserl, Sartre e a filosofia da mente pode ser um


desafio, uma vez que cada uma possui pressupostos e metodologias distintas. No
entanto, é possível estabelecer um diálogo produtivo entre essas perspectivas, buscando
complementaridades e inspirações mútuas. Por exemplo, a fenomenologia husserliana e
a ontologia sartreana podem contribuir com insights sobre a natureza da consciência e a
experiência subjetiva, enquanto a filosofia da mente pode oferecer uma perspectiva mais
naturalista e científica

CONTRIBUIÇÕES DO DIÁLOGO PARA O ESTUDO DA CONSCIÊNCIA E PARA A


FILOSOFIA EM GERAL

O diálogo entre a fenomenologia de Husserl, a filosofia da mente e a ontologia


sartreana pode enriquecer o estudo da consciência e ampliar o horizonte da investigação
filosófica. Essa interação pode inspirar abordagens interdisciplinares e integrativas que
combinem as perspectivas fenomenológicas, ontológicas e científicas para desenvolver
uma compreensão mais completa da consciência e de sua relação com a realidade.

6 CONCLUSÃO

SÍNTESE DOS PRINCIPAIS ARGUMENTOS E DESCOBERTAS

RELEVÂNCIA E IMPLICAÇÕES DA PESQUISA

SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

Ao seguir essa estrutura, você poderá desenvolver um artigo coeso e bem


organizado que aborde o tema sugerido de maneira aprofundada e interdisciplinar,
explorando o diálogo entre a fenomenologia de Husserl, a filosofia da mente e a
ontologia na investigação do fenômeno da consciência.
SUGESTÕES DE LEITURAS:

CHALMERS, D. J. Facing up to the problem of consciousness. Journal of


Consciousness Studies, v. 2, n. 3, p. 200-219, 1995. Disponível em:
https://consc.net/papers/facing.pdf. Acesso em: 01 maio 2023.

HEIDEGGER, M. Ser e tempo. Tradução de Márcia de Sá Cavalcante. Petrópolis: Vozes,


2015.

HUSSERL, E. A ideia da fenomenologia. Tradução de Antônio M. Magalhães. Lisboa:


Edições 70, 2010.

HUSSERL, E. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia


fenomenológica. Livro I: Introdução geral à fenomenologia pura. Tradução de Márcio
Suzuki. São Paulo: Ideias & Letras, 2006.

HUSSERL, E. Meditações cartesianas. São Paulo: Edipro, 2019.

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. Tradução de Carlos Alberto


Ribeiro de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

SANTOS, B. S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de
saberes. In: SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. (Org.). Epistemologias do Sul. São
Paulo: Cortez, 2010. p. 23-72. Disponível em:
https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Epistemologias%20do
%20Sul.pdf. Acesso em: 01 maio 2023.

SARTRE, J. P. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. Tradução de Paulo


Perdigão. São Paulo: Vozes, 2015.

SOKOLOWSKI, R. Introdução à fenomenologia. São Paulo: Loyola, 2004.

VARELA, F. J.; SHEAR, J. First-person methodologies: What, why, how? Journal of


Consciousness Studies, v. 6, n. 2-3, p. 1-14, 1999.

VER TAMBÉM:

https://plato.stanford.edu/entries/phenomenology/

Mente_e_Consciencia_Ensaios_de_Filosofia.pdf

consciencia_filosofia_da_mente.pdf

17616-Texto do artigo-74217-1-10-20180803.pdf

a_fenomenologia_sartreana.pdf

artigo_-_vs_-_o_desejo-de-ser_e_os_impasses_da_ontologia_de_sartre.pdf

9_carinenascimento.pdf
a_consciencia_na_fenomenologia_husserliana.pdf

v12n3a08.pdf

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