Você está na página 1de 18

A Fenomenologia

 PROF:SUZY
SOUZA
 UNIBRASILIA
FENOMENOLOGIA EDMUND HUSSERL

 Mundo como fenômeno.
 A consciência como consciência de
algo plástico.
 Conhecimento como intencional.
 Consciência na contemporâneidade.
FENOMENOLOGIA
H usserl apresenta a sua
fenomenologia como um método de
investigação que tem o propósito de
apreender o fenômeno , is to é, a
aparição das coisas à consciência, de
uma maneira rigorosa.
FENOMENOLOGIA
O pensador alemão propõe a “análise
compreensiva” da consciência, uma
vez que todas as vivências (Erlebnis)
do mundo se dão na e pela
c o n s c i ê n c i a . D aí a tão c é l e b r e
def inição husserliana de consciência:
“toda consciência é consciência de
algo” (FRAGATA, 1959, p. 130). Essa
d e f in i ç ã o d e c o n s c i ê n c i a e s t á
vinculada, por seu turno, à noção de
intencionalidade.
FENOMENOLOGIA
P ara Husserl, “a palavra
intencionalidade signif ic a apenas a
característica geral da consciência de
ser consciência de alguma coisa”
 o. Podemos dizer que em Husserl o
cogito cartesiano ganha uma nova
roupagem onde a intencionalidade
(toda consciência é consciência de)
assume o lugar da certeza “clara e
distinta” de René Descartes.
FENOMENOLOGIA
 (...) Oprincípio de intencionalidade é que
a consciência é sempre ‘consciência de
alguma coisa’, que ela só é consciência
estando dirigida a um objeto (sentido de
intentio). Por sua vez, o objeto só pode
s e r d e f in i d o e m s u a r e l a ç ã o à
consciência, ele é sempre objeto-para-
um-sujeito. (...) Isto não quer dizer que o
objeto está contido na consciência como
que dentro de uma caixa, mas que só
tem seu sentido de objeto para uma
consciência (DARTIGUES, 2005, p. 212,
grifo do autor).
FENOMENOLOGIA
O conceito husserliano de
intencionalidade traz no seu seio as
noções de intenção, intuição e evidência
apodítica. Husserl chama de “intenção” o
conteúdo signif icativo de alguma coisa.
Temos a intenção de um objeto (um livro
so b re a me sa) q u an d o p o ssu imo s
apenas o signif ic ado intencional desse
livro (bem como da mesa). No entanto,
no momento dessa intenção não há
efetivamente a presença em carne e
osso do livro e da mesa.
FENOMENOLOGIA
 Esta “intenção” pode ser preenchida
pela presença do objeto, por exemplo,
se nos colocamos diante do prado;
neste caso temos uma “intuição”. A
intuição é portanto o preenchimento
d u m a i n te n ç ão. A ev i d ê n c i a é a
consciência da intuição.
FENOMENOLOGIA
N a esteira do conceito de
intencionalidade encontramos ainda a
noção de hylé. Para Husserl, a hylé
s e r i a a “ m a té r i a s u b j e ti v a ” q u e
compõe uma percepção qualquer. A
consciência de um objeto qualquer se
daria sobre “dados hiléticos” que
seriam “dados constituídos pelos
conteúdos sensíveis, que
compreendem, além das sensações
denominadas externas, também os
sentimentos, impulsos, etc.”
A REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA
(EPOCHÉ)
 Aodeter-se na análise da consciência,
Husserl irá propor seu método radical
para "vasculhar" o fenômeno, a saber, a
redução fenomenológica (epoché).
Tomando emprestado da f il osof ia
antiga o termo grego epoché, que os
antigos céticos traduziam por
“suspensão” do juízo a respeito das
coisas, Husserl o adota sob outra
perspectiva.
A REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA
(EPOCHÉ)
A epoché consiste numa suspensão
momentânea da “atitude natural”
(natürliche Einstellung) com a qual
nós nos relacionamos com as coisas
do mundo. Isso consiste em deixar
provisoriamente de lado todos os
preconceitos, teorias, def inições, etc.,
que nós utilizamos para conferir
sentido às coisas.
A REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA
(EPOCHÉ)
 Pode-se estabelecer aqui uma relação
de semelhança entre a epoché
husserliana e a dúvida metódica de
Descar tes . Enquanto a dúvida
hiperbólica conduziu Descar tes ao
po r to s egu r o do co gi to , i s to é, à
subjeti vi dade, a epoché ser vi u de
esteira para Husserl adentrar no âmago
das aparições das coisas à
consciência.
A REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA
(EPOCHÉ)
 Para Husserl, assim como para Descartes, o
Eu Penso é a primeira certeza a partir da qual
devem ser obtidas as outras certezas.

A subjetividade que o cogito inaugura já
estaria infestada de juízos a respeito do
mundo. Com a epoché Husserl pretende
superar esse obstáculo e captar o fenômeno
na sua originalidade, isto é, no âmbito da
própria consciência.  O método husserliano
da redução fenomenológica traz consigo
ainda outras noções que devem ser aqui
a presenta da s: o tra nscendente e o
transcendental.
A REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA
(EPOCHÉ)
O transcendente, segundo Husserl, é a
percepção cotidiana e habitual que
temos das coisas do mundo: esta
cadeira, esta árvore, este livro, etc. Por
s eu tu rn o, o tran s c en den tal "é a
percepção que a consciência tem de
si mesma" (ABBAGNANO, 2000, p.
973). Em ou tras pal av ras , "o
transcendente é o mundo exterior"
e n q u an to o tran s c e n d e n tal "é o
m u n d o i n te r i or " d a c on s c i ê n c i a
(HUSSERL, 2008, p. 18).
A VARIAÇÃO EIDÉTICA
O p r o c e s s o p e l o q u al p o d e m o s
chegar a essa consciência consiste
em imaginar, a propósito de um objeto
tomado por modelo, todas as
variações que ele é suscetível de
sofrer... este ‘invariante’ identif ic ado
a t r a v é s d a s d i f e r e n ç a s d e f in e
precisamente a essência dos objetos
dessa espécie... Foi esse processo
que Husserl chamou de variação
eidética (DARTIGUES, 2005, p. 25).
A VARIAÇÃO EIDÉTICA
 Na variação eidética Husserl estabelece uma
distinção entre o objeto percebido e o noema
: "o noema é distinto do próprio objeto, que é
a coisa; p. ex., o objeto da percepção da
á rvore é a á rvore, m a s o noem a dessa
percepção é o complexo dos predicados e
dos modos de ser dados pela experiência"
(ABBAGNANO, 2000, p. 724). A coisa que se
apresenta à minha consciência não tem a
sua exi st ênci a nega da . O que Husserl
defende é que a atual percepção que temos
de um objeto só se sustenta ante a
possibilidade dos diversos perf is   sob os
quais esse objeto pode ser apreendido: 
REFERÊNCIAS
 Referências bibliográficas ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia.
São Paulo: Martins Fontes, 2000. BAKDINI, M. Da G. Fenomenologia
e teoria literária. São Paulo: EDUSP, 1990. COX, G. Compreender
Sartre. Petrópolis: Vozes, 2005. DARTIGUES, A. O que é a
fenomenologia? São Paulo: Centauro, 2005. DEPRAZ, N.
Compreender Husserl. Petrópolis: Vozes, 2007. DESCARTES, R. Os
pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986. FRAGATA, J. A
fenomenologia de Husserl como fundamento da filosofia. Braga:
Livraria Cruz, 1959. ____________. Problemas da fenomenologia de
Husserl. Braga: Editorial Presença, 1962. HUSSERL, E. A crise da
humanidade europeia e a filosofia. Porto Alegre; EDIPUCRS, 2008.
LAPORTE, A.M.A.; VOLPE, N.V. Existencialismo: uma reflexão
antropológica e política a partir de Heidegger e Sartre. Curitiba: Juruá,
2009. LUIJPEN, W. Introdução à fenomenologia existencial. São
Paulo: EDUSP, 1973. MARTINS, J. Estudos sobre existencialismo,
fenomenologia e educação. São Paulo: Centauro, 2006. MERLEAU-
PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes,
1999. ROVIGHI, S.V. História da filosofia contemporânea – Do século
XIX à neoescolástica. São Paulo: Edições Loyola, 1999. SARTRE, J-P.
Esboço de uma teoria das emoções. Braga: Editorial Presença, 1972.
___________. O ser e o nada – Ensaio de ontologia fenomenológica.
Petrópolis: Vozes, 1997.
INFORMAÇÕES CURRICULARES
SUZY PEREIRA DE SOUZA
PSICOLOLOGA PELA
UNIBRASILIA
PEDAGOGA PELA UEG
ESPECIALISTA EM: EDUCAÇÃO,
ARTE E CULTURA/ UEG
PUBLICAÇÃO LIVRO: EDUCAÇÃO
DIÁLOGO AVANÇADOS E
CAMINHOS TRAÇADOS.
TCC EM: COODEPENDÊNCIA: UM
AMOR PATOLÓGICO.
NEUROPSICOLOGIA/FAVENI
PSICOLOGIA DO
DESENVOLVIMENTO,
APRENDIZAGEM E
EDUCACIONAL/FSG
EXTENSÃO EM:
PSICOPEDAGOGIA E
RESOLUÇÃO DE CONFLITO.

Você também pode gostar