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Resenha Critica do vídeo - “Psicologia 5: Husserl – Fenomenologia”, disponível

pelo link: https://youtu.be/CZcl0Hbvns8 .

A Fenomenologia de Husserl

Husserl apresenta a fenomenologia como ferramenta de investigação


que possibilita aprender o fenômeno, ou seja, a aparição das coisas a
consciência. Como método de investigação, fenomenologia é uma forma
radical de pensar. Husserl pretende com esse método captar a essência na
percepção do sentido, estudando seu significado. Com isso, Husserl traz um
novo método de investigação que causa grandes influencias no mundo
acadêmico até os dias de hoje.

O rigor que Husserl enfatiza para seu método fenomenológico, vem do


propósito de dispensar da filosofia, todo o propósito de rigor metodológico
dispensado as ciências. Husserl inclusive, criticava métodos psicológicos,
como os empregados pela psicologia experimental, por exemplo. Para ele, o
empirismo não fornecia o rigor necessário para a investigação filosófica,
enquanto a filosofia fenomenológica abre espaço para áreas ocultas dessa
região. Nesse sentido, Husserl estabelece a analise compreensiva da
consciência, porque todas as vivencias do mundo acontece através da
consciência. Essa consciência, por fim, está vinculada a noção de
intencionalidade.

Segundo Husserl, a palavra intencionalidade significa a característica


geral da consciência, partindo do pressuposto que toda consciência é
consciência de algo.

O princípio de intencionalidade é que a consciência é


sempre ‘consciência de alguma coisa’, que ela só é
consciência estando dirigida a um objeto (sentido de intentio).
Por sua vez, o objeto só pode ser definido em sua relação à
consciência, ele é sempre objeto-para-um-sujeito.
(DARTIGUES, 2005).
O conceito de intencionalidade de Husserl compreende o significado de das
noções de intenção, intuição e evidencia apoditica, sendo intenção o conteúdo
significativo de alguma coisa.

Ao estabelecer a analise da consciência, Husserl propõe seu método para


investigar o fenômeno; a Redução Fenomenológica, que consiste numa suspensão
momentânea, colocando em parênteses a atitude natural, com os quais nós nos
relacionamos com as coisas do mundo. Isso se define por deixar de lado todos os
preconceitos, teorias definições, etc. Tal método pretende captar a as coisas como
são, em si mesmas de maneira direta, sem nenhuma intervenção, mantendo o
fenômeno em sua pureza.

Segundo Husserl, os objetos do mundo devem ser submetidos por meio de


diversas perspectivas possíveis, com o objetivo de aprender a essência desse mesmo
objeto. O que se mantem inalterado no objeto, dentre todas as variações observáveis,
é sua essência.

O processo pelo qual podemos chegar a essa consciência


consiste em imaginar, a propósito de um objeto tomado por
modelo, todas as variações que ele é suscetível de sofrer...
este ‘invariante’ identificado através das diferenças define
precisamente a essência dos objetos dessa espécie... Foi esse
processo que Husserl chamou de variação eidética
(DARTIGUES, 2005, p. 25).

A Fenomenologia de Husserl é um marco referencial no pensamento filosófico. O


Rigor metodológico que ele imprime em sua filosofia, demonstra a seriedade na qual o
filosofo pautou suas investigações. A título de conclusão dessa resenha, queremos
citar sobretudo, o método com que Husserl mergulha no fenômeno em si mesmo para
extrair, perdendo a aderência do mundo real, a essência do fenômeno, o que
caracteriza sua fenomenologia. No entanto, reduzir a propriedade dos fenômenos ao
nível do consciente, parece não tornar a analise menos problemática. Uma vez que a
matéria subjetiva não é a consciência, mas sim seu suporte, sem o qual a própria
subjetividade não teria significado.

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