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I Introdução

Caro leitor, nesta conferência você encontrará as diretrizes fundamentais


para o trabalho espiritual do despertar da consciência. A Transformação e a
Transmutação da energia e dos nossos estados são absolutamente necessárias
neste trabalho, porque serão os degraus da escada que nos levam ao nosso
Ser. Esta conferência abrange o que comemos, como respiramos, o que
observamos, e inclusive, como usamos nossa sexualidade. Vamos, então, em
direção à conquista do Ser.

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A A Energia e a Matéria
A criação divina inicia-se, de maneira perpetua, partindo do Absoluto, onde
vive o Ser; e o Raio da Criação “desce” e cristaliza-se por etapas até as mais
minúsculas e menos desenvolvidas partes do Universo.
O Raio da Criação deve descer até o abismo, conhecido também, em
diferentes culturas, como Avitchi, Tartarus, Gehenna ou Inferno, ou seja, o reino
submerso mineral. No alto deste raio de criação, há a matéria mais sutil, e no fim
do raio, que compreende desde a matéria física até o abismo, existe a matéria
mais grosseira, tosca e densa. Isso explica as matérias diferentes que pertencem
a cada estágio da Criação. À medida que o poder criativo divino desce, a matéria
em cada nível da criação torna-se mais densa. No nível mais alto, no Absoluto,
a matéria é mais sutil e, portanto, com mais energia e mais luz. Existe matérias
que pertencem ao nível do Absoluto, matérias que pertencem ao nível da
Galáxia Estelar, ao nível do Sol, ao nível da Terra e ao nível do abismo. Isto é, em
outras palavras, por um lado Deus está presente em toda a sua criação e, por
outro lado, à medida que a Criação vai descendo dos mundos celestiais até os
mundos infernais, a matéria vai se tornando mais densa, mais pesada, com uma
luz mais opaca, até atingir a escuridão absoluta do Avitchi.
Uma vez que entende-se que o Universo é uma escola descendente da
Criação, que distancia-se cada vez mais do Absoluto e, à medida que se distancia,
torna-se mais fria e densa. Agora, o caro leitor entenderá o que significa o
trabalho espiritual. Assim, entendemos que a Matéria do Sol incandescente
é mais fina, ou sutil, que a materialidade das cadeiras e mesas na Terra e que,
além disso, uma matéria tão densa quanto a cadeira não poderia existir no Sol.
Se nos damos conta, agora, que o ato da criação compreende uma série de
condensações sucessivas, não estaremos longe da verdade. Visto sob essa ótica,
como uma escala descendente que vem do Absoluto, o Universo é uma série de
energias e matérias. A luz é o componente que completa a tríade da composição
universal na Criação, já que tudo no Universo é composto por energia, matéria
e luz (que é o mesmo que consciência); este é um Conhecimento gnóstico cuja
origem perde-se na noite dos séculos e que o cientista Albert Einstein formulou
em seu tão conhecido: E = mc². E (energia), M (matéria), C² (Luz).
Nesse sistema, os diferentes tipos ou estados de matéria-energia são
chamados de “hidrogênios”. O universo é, definitivamente, uma série de
hidrogênios ou matérias que começam do alto e descem para o mais profundo
do abismo. Hidrogênios, ou matérias-energia, aumentam de densidade à
medida que descendem, ou seja, tornam-se mais grosseiros.
Os hidrogênios graduam-se, então, segundo uma escala descendente.
Isso deve-se ao fato de que, no homem, por exemplo, estão ou podem estar

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presentes certos hidrogênios, mas, obviamente não em todos os homens. O
homem não possui dentro de si todas as matérias ou energias que compõem
o universo, mas sim, possui uma série de hidrogênios, o quais nomearemos a
seguir.
O Universo, em ordem descendente, apresenta-se como um universo de
energias de diferentes qualidades e densidades, as quais estão presentes nos
diferentes níveis do Raio da Criação.
Os quatro primeiros hidrogênios são: 6, 12, 24 e 48. Esses hidrogênios são
psíquicos, ou seja, as energias são psicológicas. Estas são, por exemplo, as
energias com as quais os cinco centros da máquina humana trabalham.
O quinto hidrogênio é o 96, e corresponde ao magnetismo animal. O sexto
hidrogênio é o 192, e corresponde ao ar. Depois, vêm o 384, água. Depois, segue
o hidrogênio 768, correspondente ao alimento.
Todos esses hidrogênios encontram-se no homem e, por tais matérias
existirem dentro dele, o homem representa um pequeno universo, um Cosmos
em si mesmo. É necessário ressaltar que, em um determinado momento, esses
hidrogênios passam a ser visíveis, enquanto que os hidrogênios psíquicos são
invisíveis.
Vamos agora, aplicar esses hidrogênios ao homem, considerando-o como
uma fábrica de três andares. Três alimentos entram no homem, que em termos
de hidrogênios seriam: Hidrogênio 48 (impressões psíquicas), Hidrogênio 192
(ar) e Hidrogênio 768 (alimento).
O homem é alimentado pelo Universo a partir de três pontos e, certamente,
esses hidrogênios são digeridos, determinando assim um tipo de estado da
matéria e de energia. A digestão é transformação. O corpo humano, até certo
ponto, transforma hidrogênios inferiores em hidrogênios superiores por uma
lei natural. Por exemplo, o hidrogênio 768, correspondente ao alimento, ou
o hidrogênio 192, correspondente ao ar, serão transformados pelo corpo,
através de um processo de sublimação, para que assim tenha, como resultado,
um alimento superior, uma energia superior. Agora, quando estávamos nos
referindo a transformação das impressões psíquicas - que entram através dos
cinco sentidos - correspondentes ao hidrogênio 48, ou até mesmo, as mais
sutis, até hidrogênio 6, o corpo não trabalha esses hidrogênios por si mesmo,
exceto quantidades muito pequenas, sendo o hidrogênio 48 mais importante
do que outros dois.
Ponhamos um exemplo claro. Quanto pode durar um homem sem se
alimentar? Podemos dizer, uns 10 dias. Quanto pode um homem viver sem
respirar? Digamos, um minuto. Porém, quanto tempo pode viver um homem
sem receber impressões da realidade pelos seus cinco sentidos: audição,
paladar, tato, olfato ou visão? Nem sequer uma fração de tempo.
Imediatamente percebemos que, a medida em que o hidrogênio seja
mais útil, será mais vital e mais importante para a existência humana. Estas
energias sutis, no entanto, não são digeridas a menos que isso se dê de maneira

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consciente. Dessa forma, são digeridas e fixadas no corpo e, portanto, podem
produzir novas energias, novos estados, novas forças.
O Mundo e o Universo em geral consistem em vibrações e matéria. Energia
é igual a massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado (fórmula de
Einstein). A massa transforma-se em energia e a energia transforma-se em
massa. A matéria encontra-se em estado vibrante.

O O Raio da Criação e a Ordem de Mundos


O Raio da Criação está constituído por sete tipos de mundos que vão, em
ordem descendente, do Absoluto ao Abismo. Esses mundos são:

1º - Protocosmos. O Sagrado Absoluto.


2º - Ayocosmos. Está formado por todos os milhões de sóis e planetas.
3º - Macrocosmos. Está formado pela nossa galáxia, pela grande Via Láctea
e todos seus sistemas solares.
4º - Deuterocosmos. Nosso sistema solar. Nosso Sol.
5º - Mesocosmos. Corresponde ao planeta Terra.
6º - Microcosmos. Corresponde ao homem.
7º - Tritocosmos. É o mundo do inferno.

Cada átomo da primeira ordem de mundos, apenas contém, dentro de si


mesmo, um átomo do Absoluto e, por isso, a primeira ordem de mundos é
espiritual cem por cento. Cada átomo do Ayocosmos contém três átomos do
Absoluto e, por isso, tem um pouco mais de materialidade, embora ainda seja
muito espiritual. Cada átomo do Macrocosmos contém, dentro de si mesmo,
seis átomos do Absoluto e, é claro que a materialidade é ainda maior.
Cada átomo da quarta ordem dos mundos contém, dentro de si mesmo,
12 partículas, quer dizer, 12 átomos do Absoluto, portanto é lógico dizer que a
quarta ordem de Mundos tem maior densidade que as três ordens precedentes.
Cada átomo da quinta ordem dos mundos tem, dentro si mesmo, 24 átomos do
Absoluto e, portanto, a densidade é ainda maior, etc.
Nós, seres humanos, existimos neste rincão afastado e escuro do Universo,
que pertence a uma sexta Ordem dos Mundos. Cada átomo do nosso mundo
contém, dentro de si mesmo, 48 átomos do Absoluto. A densidade do nosso
mundo é horrível, e tudo o que alcança-se com suprema facilidade nos mundos
6, 12 e 3, aqui, somente consegue-se com muitos esforços e sacrifícios. E, abaixo
de nós, está o Tritocosmos, onde a densidade é espantosamente terrível.
Como podemos observar, o trabalho espiritual propõe-se a realizar uma
sublimação de nossos hidrogênios para podermos subir, cada vez mais, na
escada do Raio da Criação. Nosso trabalho agora é voltarmos para casa, para
o Absoluto, com nosso Pai, nosso Ser Interno. Por isso, precisamos conhecer

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como transformar e transmutar a matéria, a energia e os hidrogênios em nós,
para elevar nosso estado.

T Transformação e Transmutação
Transformação é a ação e o efeito de modificar a forma de uma pessoa
ou coisa. Converter uma coisa em outra. Por exemplo, modificar hábitos, ou
costumes, em uma pessoa. Transformar hábitos prejudiciais em favoráveis, ou
saudáveis.
Transmutação é a ação e o efeito de sublimar determinada matéria, de um
estado inferior, para um superior. Também pode ser entendido como sublimar
algo grosseiro em algo sublime. Por exemplo, o mistério da Última Ceia de Jesus,
é um ato de transmutação: converter pão e vinho em alimentos espirituais.
Os alquimistas da Idade Média falavam da transformação do chumbo em
ouro, enunciando o mistério da alquimia, no entanto, nem sempre referiam-
se ao aspecto metálico, meramente físico. Normalmente queriam indicar com
isso, a transformação do chumbo da personalidade no ouro do espírito. Nos
Evangelhos, a ideia do homem terreno comparável a uma semente capaz de
germinar ou crescer, tem o mesmo significado que a ideia de renascer: um
homem que nasce de novo, no segundo nascimento, em um nível espiritual. É
óbvio que se o grão não morre a planta não nasce.
É por isso que esse conhecimento é tão importante, porque a ideia de que
um homem com defeitos possa transformar-se em um homem perfeito (sem
defeitos) é absolutamente possível. Da mesma forma, a ideia da transmutação
de um homem terreno em um homem celestial.

T Transformação do que comemos,


respiramos e pensamos
O conhecimento gnóstico define o homem como uma fábrica de três
andares que, normalmente, absorvem os três alimentos mencionados acima:
comidas, ar e impressões psíquicas, através do estômago, dos pulmões e do
cérebro, respectivamente.
A comida que comemos passa por transformações sucessivas. O processo
da vida, em si e por si só, é transformação. Cada criatura do universo vive,
transformando uma substância em outra. O vegetal, por exemplo, transforma
o ar, a água e os sais da terra em novas substâncias vitais, em elementos vitais
para nós, por exemplo: frutas, vegetais etc. Quando comemos um alimento
necessário para a nossa existência, o mesmo é transformado estágio a estágio.
Quem executa, dentro de nós, esse processo de transformação das substâncias?
O Centro Instintivo. A digestão, em si, é transformação. Comida no estômago,

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isto é, na parte inferior da fábrica de três andares do nosso organismo humano,
sofre transformações. Se algo entrar sem passar pelo estômago, o organismo
não poderia assimilar seus princípios vitamínicos, nem as suas proteínas. Isso
seria, simplesmente, uma indigestão.
Assim, ao refletirmos sobre essa questão, chegamos a entender a
necessidade de sofrer uma transformação. Claro que os alimentos físicos são
transformados, mas há algo que nos convida a refletir, e isso é a transformação
adequada das impressões. Para o propósito da natureza, propriamente dito,
não há necessidade alguma de que o homem adormecido transforme as
impressões que recebe, porém, seria magnífico transformá-las.
A vida entra em nós, ao nosso organismo, na forma de meras impressões.
Não poderíamos realmente transformar a nossa vida, se não transformarmos as
impressões que chegam à nossa mente. Estas, naturalmente, entram à mente
pela janela dos cinco sentidos. Se não tivéssemos os sentidos, por exemplo,
olhos para ver, ouvidos para escutar, ou papilas gustativas em nossa boca para
degustar os alimentos: existiria para nós isso que se chama Corpo Físico? Claro
que não. A vida chega até nós na forma de impressões e, é aí, que existe a
possibilidade de trabalhar sobre nós mesmos no trabalho consciente.
A vida, como emanação divina, está depositada em tudo e todos, pronta
para germinar e colaborar com a natureza nos múltiplos processos de evolução.
Está cientificamente comprovado que os elementos que consideramos
mortos, como, por exemplo, a matéria ou corpos, sejam humanos, animais ou
vegetais, são organismos que, após a morte, passam por uma decomposição
e desintegração, liberando a energia que existia neles para o funcionamento
desse organismo. A natureza é tão generosa que não deixa espaços na Terra
sem que sejam cobertos por algum tipo de vida ou organismo, satisfazendo
assim, a necessidade da “epiderme” do nosso planeta.

T TRANSMUTAÇÃO
Estudaremos o elemento fundamental que serve para a cristalização da
Grande Obra, que nada mais é do que realizar a obra de nosso Ser, que em
primeira instância, é chegar até Ele. Nós nos referimos ao Hidrogênio SI-12, o
qual é o resultado das diferentes modificações das energias que o organismo
o humano recebe e transforma. Este Hidrogênio SI-12, pode ser chamado
Cimento Aglutinante, porque deriva da palavra sêmen.
O cimento é usado em todas as construções. O sêmen masculino e feminino
representa a pedra angular dessa construção, que não é outra, senão a do
Templo Interior (o Templo de Salomão), de modo que nosso Pai, nosso Ser,
entre nele. Aglutinante, porque assim como, na massa de cimento, unem-se
muitas partículas de areia e pedra, também, na energia sexual, unem-se a luz e
a força, para formar valores espirituais, corpos solares, e outras criações.

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Agora, cada alimento tem uma energia especial que conferirá um estado
mais denso ou mais sublime ao Cimento Aglutinante e, essa energia, é conhecida
como shakti. Shakti vai ser o catalisador para que nossos esforços produzam
os resultados esperados, que não são outros senão a aniquilação de nossos
agregados psicológicos e o segundo nascimento.
Existem três tipos de alimentos de acordo com Shakti:

1º - Sátwicos.
2º - Rayásicos.
3º - Tamásicos.

Esses três grupos são encontrados na grande variedade de alimentos físicos


que existem para que possamos nutrir o corpo e, é claro, produzir a energia
necessária que vamos usar na Grande Obra.
Os alimentos Sátwicos são as frutas, os produtos integrais como o arroz, o
trigo, a cevada, e todos aqueles que não foram separados de sua parte solar, e
que não foram submetidos nem a processamentos e nem a produtos químicos.
Os Rayásicos são prejudiciais à saúde e ao trabalho espiritual, porque tratam-
se de alimentos muito salgados, muito doces, muito picantes, os refrigerantes,
excesso de carne, etc.
E os Tamásicos, que são: enlatados, a carne de porco, as farinhas refinadas,
o açúcar refinado e os alimentos processados ou transgênicos, que não servem
para produzir a energia necessária para a morte psicológica e para o segundo
nascimento.

O Os Três Fatores da Revolução da Consciência


na Transformação de Energia
A transmutação é fundamental para o nosso trabalho, mas é cada um de
nós que precisamos complementar esse trabalho duro com ordem e disciplina,
permitindo ao corpo e à energia cumprir suas funções.
O Ego não se transforma e deve morrer para que os valores espirituais
nasçam em nós.
Essa personalidade que todos nós temos deve passar por uma morte,
por uma transformação, já que ela está composta por e condicionada aos
milhares de Eus que temos. À medida em que o Ego morre, a personalidade vai
transformando-se em uma superior, mais consonante com a Essência, com a
consciência e com o Ser.
A transmutação permite-nos usar sabiamente a energia sexual através da
ciência da alquimia para produzir em nosso corpo físico e em nossos corpos
internos uma revalorização, regeneração e solarização, transformando esses
corpos em veículos autênticos do Ser, de Deus.

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Um dos métodos mais eficazes de transmutação é trabalhar com os três
fatores, que, como sabemos, são: sacrificar-nos pela humanidade, morrer e
nascer. Este trabalho, levando-o a nossa vida cotidiana, a todo o momento,
nos permitirá, por um lado, transformar nossa personalidade, prestar serviço
e caridade aos mais necessitados, e assim, nos impulsionará no trabalho
espiritual, eliminar radicalmente nossos defeitos (transmutando o erro em
virtude) e, portanto, isso vai promover o nascimento espiritual, ou seja, deixar
de ser homem terrestre e tornar-se homem celeste, um homem que encarnou
o Ser.

E Elaboração do Hidrogênio SI-12


O Hidrogênio Si-12 é produzido no corpo humano em correspondência
com as notas musicais. Vejamos:

• DÓ - quando o alimento está na boca.


• RÉ - quando chega à garganta.
• MI - quando chega à altura dos pulmões.
• FÁ - quando chega ao estômago, baço e fígado.
• SOL - quando chega ao plexo solar.
• LÁ - quando chega ao cólon, ao pâncreas.
• SI - quando está pronto o Hidrogênio SI-12, o qual pode ser elevado a
uma oitava musical superior.

Após a nota do SI, vem o DÓ (novamente), que corresponde à outra escala


musical, em uma oitava superior. Este salto ao DÓ, faz-se através do trabalho
sexual superior, onde os desejos animais são transmutados em Vontade, pelo
estudante gnóstico. Interromper o desejo sexual e a ejaculação é a maneira
como o Hidrogênio SI-12 passa para uma segunda oitava superior, e assim
por diante. Como vimos, no sêmen encontra-se o Cimento Aglutinante para
cristalizar a Grande Obra, já que nele está contida toda a energia criadora do
humano, tanto no homem, quanto na mulher. No aspecto físico, essa criação
cristaliza-se em uma nova vida, mas essa energia pode ser usada para cristalizar
a transmutação de nosso próprio chumbo no ouro dos deuses, no Sol do nosso
microcosmo. Portanto, não em vão, os sábios alquimistas gnósticos esconderam
o símbolo do Ouro (da alquimia) e do Sol (da astrologia) no mesmo símbolo:
Portanto, o homem que consegue transmutar o chumbo em ouro (ou seja, a
pedra filosofal) é transformado em um homem solar.

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P Pranayama Egípcio
Em seguida, apresentaremos uma prática extremamente simples para que
possamos continuar trabalhando na transmutação de nossa energia.

1. Sente-se em uma cadeira com o rosto voltado ao oriente.


2. O peito, pescoço e cabeça devem estar em linha vertical. Não deve-se
curvar o corpo para os lados, nem para frente nem para trás. As palmas
das mãos devem repousar sobre as pernas, naturalmente.
3. Os olhos devem estar fechados para não distrair-se com coisas que ao
redor.
4. A mente deve estar quieta e calma.
5. Pode-se fazer uma oração ao Ser Interno, que ajudará no trabalho que
será realizado.
6. Quando estiver totalmente relaxado, cubrir a narina direita com o dedo
polegar vocalizando mentalmente o Mantra TOM, enquanto respira ou
inala o ar bem lentamente pela narina esquerda.
7. Agora feche a narina esquerda com o dedo indicador. Reter a respiração
com ambas as narinas fechadas. Pronunciar mentalmente o Mantra SA.
8. Exalar pela narina direita, vocalizando mentalmente o Mantra HAM. A
narina esquerda permanece fechada.
9. Manter a narina esquerda fechada com o dedo indicador. Inspirar
através da narina direita, mantralizando o Mantra TOM, mentalmente.
10. Prender a respiração, vocalizando o Mantra RA. As duas narinas deverão
estar fechadas.
11. Exalar bem lentamente pela narina esquerda, vocalizando mentalmente
o Mantra HAM.
12. Isso constitui um pranayama completo. Deve-se fazer sete pranayamas
seguidos ao amanhecer, e também ao anoitecer.
13. Então, levantar da nossa cadeira e ajoelhae-se no chão. Colocar as
palmas das mãos no solo. Inclinar-se para frente, prostrado no chão,
com a cabeça voltada para o oriente, apoiar nossa testa nas costas das
mãos, ao estilo egípcio.
14. Vocalizar o poderoso Mantra RA dos egípcios. Esse mantra é vocalizado
prolongando o som das duas letras, assim: “RRRRRRRAAAAAAAAA”.
Vocalizar sete vezes seguidas para a transmutação de energias
criadoras.

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E Epílogo
Como vimos neste estudo, o trabalho de despertar a consciência deve
ter uma disciplina e uma ordem rigorosa para que tudo o que façamos em
nossas vidas diárias sirva para o nosso progresso espiritual: o que comemos,
respiramos e as impressões que recebemos do ambiente. Podemos, até mesmo,
potencializar esse trabalho com visitas frequentes à natureza, ouvir dez ou
quinze minutos de música clássica diariamente, meditar e vocalizar todos os
dias. Dessa maneira, provocamos em nós não apenas estados superiores,
mas também impressões mais sutis que nos ajudarão no trabalho. Portanto,
devemos ser muito consistentes com a meta estabelecida e muito seletivos no
que vemos, escutamos e onde vamos.

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Ciclo de Conferências

Primeira Câmara
As lições da Primeira Câmara vão nesta ordem e desenvolvimento:

01. O que é Gnosis


02. Personalidade, Essência e Ego
03. O Despertar da Consciência
04. O Eu Psicológico
05. Luz, Calor e Som
06. A Máquina Humana
07. O Mundo das Relações
08. O Caminho e a Vida
09. O Nível do Ser
10. O Decálogo
11. Educação Fundamental
12. A Árvore Genealógica das Religiões
13. Evolução, Involução e Revolução.
14. O Raio da Morte
15. Reencarnação, Retorno e Recorrência.
16. A Balança da Justiça
17. Os Quatro Caminhos
18. Diagrama Interno do Homem
19. A Transformação da Energia
20. Os Elementais.
21. Os Quatro Estados de Consciência
22. A Iniciação

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