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(Organizadora)
EMOÇÕES NA PERSPECTIVA DO
PSICÓLOGO EM FORMAÇÃO
Editora CRV
Curitiba – Brasil
2023
Copyright © da Editora CRV Ltda.
Editor-chefe: Railson Moura
Diagramação e Capa: Designers da Editora CRV
Ilustração: Leonardo Guimarães Carneiro
Revisão: Bruna Teixeira Rabelo
E54
Bibliografia
ISBN Digital 978-65-251-5738-2
ISBN Físico 978-65-251-5737-5
DOI 10.24824/978652515737.5
2023
Foi feito o depósito legal conf. Lei nº 10.994 de 14/12/2004
Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização da Editora CRV
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Este livro passou por avaliação e aprovação às cegas de dois ou mais pareceristas ad hoc.
SUMÁRIO
PREFÁCIO����������������������������������������������������������������������������������������������������� 11
Marco Aurélio Mendes
INTRODUÇÃO����������������������������������������������������������������������������������������������� 13
PARTE I
EMOÇÕES NA TFE:
da desadaptação para a adaptação���������������������������������������������������������������� 29
Rafaela Lameira da Silva Carreiro
Ana Leticia Covre Odorizzi Marquezan
PARTE II
FOCALIZAÇÃO:
um relato de caso com ênfase clínica na terapia focada nas emoções���������� 43
Ana Clara Rodrigues Margarida
Breno Vasco Pereira Lima
Érika Fernanda Ferreira Santos
Mariana Dias Maranhão Aguiar
Ana Letícia Covre Odorizzi Marquezan
AUTOCOMPAIXÃO:
uma emoção dentro do contexto clínico���������������������������������������������������������� 77
Jenniffer Adrielly Linhares Fonseca
Ana Leticia Covre Odorizzi Marquezan
PARTE IV
despertar para a ação. Para afirmar sobre essa importância, o autor supraci-
tado elenca alguns tópicos os quais ele cita que a emoção monitora o estado
do relacionamento, avalia se as coisas estão no caminho certo e melhora o
aprendizado. As emoções são consideradas, então, como uma parte crucial
que envolve tudo o que é considerado relevante para nós.
Ouviu-se sobre emoções adaptativas, mas há também as emoções que
são consideradas como desadaptativas. Segundo Greenberg (2015), essas
emoções podem se tornar desadaptativas por vários motivos, desde situações
que possam evocar uma emoção inata a fatores temperamentais e orgânicos.
Cabe avaliar a intensidade e a frequência com que essas emoções se alteram.
Um outro aspecto a ser considerado é sobre como essas emoções se mani-
festam fisiologicamente. Greenberg (2015) trata, em seu livro, sobre o elo entre
a emoção e o corpo, isso significa que o corpo e as emoções estão conectados
de forma inseparável. O autor ainda traz o sistema límbico como exemplo de
como comandar boa parte das emoções, o que implica nos processos físicos,
acarretando assim alterações de padrões e influenciando na saúde física.
Goleman (2011, p.111) diz que: “A maior estimulação fisiológica pode
dever-se à tentativa constante dos circuitos neurais de manter sentimentos
positivos ou eliminar ou inibir os negativos”. Observações fisiológicas podem
auxiliar na “verificação de como diferentes tipos de emoção preparam o corpo
para diferentes tipos de resposta” (p.35). Um outro autor, Ekman (2011),
também afirma ligação entre corpo e emoção, afirmando que as emoções pro-
duzem modificações na parte do cérebro que nos mobiliza a lidar com o que
propagou a emoção, assim como mudanças no sistema nervoso autônomo, o
qual regula os batimentos cardíacos, a respiração e muitas outras alterações
corporais, preparando-nos para diversas ações. O autor ainda ressalta que as
emoções enviam sinais como mudanças nas expressões, da face, na voz e na
postura corporal, e elas simplesmente acontecem de maneira natural.
Por meio de Goleman (2011), entende-se que as manifestações fisioló-
gicas podem ser uma reação pré-programada em nosso cérebro para que haja
funcionamento adequado do nosso corpo e reação que assegure a sobrevivên-
cia. Entende-se também que há uma estreita relação entre razão e sentimento,
devido o cérebro pensante ter se desenvolvido mediante as emoções.
Inteligência emocional
“Regular significa poder ter emoção quando você as deseja e não tê-la
quando não o desejar. Ser capaz de adiar as respostas, saber o que são e refletir
sobre elas são habilidades essencialmente humanas” (Greenberg, 2015, p.17).
O mesmo autor afirma que o sujeito precisa ser apto para escolher expressar
ou suprimir uma emoção. Ao invés de suprimir, as pessoas precisam discernir
suas emoções em direção a ações construtivas ou transformá-las em benefícios
ou modificá-la em ações que sejam mais favoráveis e úteis para a solução de
problemas (Greenberg, 2015).
As pessoas devem ser movidas por suas emoções e estar aptas a acalmá-las
e fazer uma reflexão sobre elas. Devem escutar a si mesmas, conscientizando
simbolicamente as emoções corporais, ressignificando e colocando as ideias em
uma perspectiva de maneira amplificada, uma vez que as emoções são aspectos
construtivos importantes da inteligência emocional (Greenberg, 2015).
Motivar-se (automotivação)
Considerações finais
Considerou-se então, que as emoções possuem grandes relevâncias para a
vida dos seres humanos, sendo necessário que eles consigam compreendê-las
para que não existam empecilhos e que ocorra a vivência e o controle desses
sentimentos. Outro ponto que foi conceituado também foi sobre a interação
das emoções com o corpo humano e a influência que essa ligação possui na
saúde do indivíduo.
Perpassou-se então até chegar nas chaves da Inteligência Emocional, que
foi abordada pelos dois autores Leslie S. Greenberg e Daniel Goleman, os quais
trouxeram os componentes da inteligência emocional segundo as suas teorias.
O capítulo discorreu sobre cada uma das chaves, viabilizando uma
maior compreensão sobre o tema, na visão dos autores. Seguimos com a
leitura do próximo capítulo sobre as emoções, ampliando o panorama aqui
brevemente explanado.
EMOÇÕES NA TFE:
da desadaptação para a adaptação
Rafaela Lameira da Silva Carreiro5
Ana Leticia Covre Odorizzi Marquezan6
Essa emoção pode ter sido negada antes, por medo de sentir fraco ou não
ter ninguém para confortá-lo.
Tristeza adaptativa é saudável e sem culpa, definida por uma sensação
momentânea de mágoa, sentimento de fim ou perda. A tristeza é frequen-
temente uma das emoções mais duradouras, é um estado que geralmente
pode aparecer como um breve momento incorporado no complexo processo
contínuo da vida e é caracterizada por um tipo de sensação momentânea de
perda, mágoa ou sentimento tocado por um adeus ou um final. Pode-se sentir
a tristeza passageira da rendição ou tristeza de desistir de uma luta e aceitar
o inevitável (Greenberg, 2015).
Em outros momentos, a tristeza pode ser sentida profunda e totalmente,
as pessoas choram com a perda e compartilham sua tristeza ou decepção. Nor-
malmente a tristeza inclui choro, que possui, como função biológica comum,
avisar para si e para os outros que algo é angustiante. Isso motiva a pessoa que
chora e os outros a fazerem algo sobre a circunstância angustiante. Chorar é uma
ação saudável, ser capaz de chorar e expressar o que está sentindo por dentro
ajuda a promover a intimidade. No entanto, chorar excessivamente, a ponto de
alguém não conseguir se comunicar, pode ser prejudicial (Greenberg, 2015).
O medo e a ansiedade adaptativa primária têm a função de garantir a
sobrevivência dos indivíduos, essas emoções os mantêm informados sobre a
presença de perigo físico imediato e real, no caso do medo. Por outro lado,
na ansiedade, os indivíduos apresentam respostas a ameaças que ocorrem em
situações simbólicas, psicológicas e sociais, o medo é sentido na mente ao
imaginar determinada situação. São adaptativas por terem caráter transitório,
em terapia, os clientes devem reconhecer seus principais medos, ansiedades,
fraquezas e vulnerabilidades (Greenberg, 2015).
A raiva é uma das emoções mais poderosas e urgentes. Isso tem um
impacto profundo no relacionamento de uma pessoa com outras pessoas, bem
como no próprio funcionamento. Ela é uma emoção que sinaliza o indivíduo
de que seus sentimentos estão sendo invadidos, feridos, sentimento de direitos
violados, que os desejos ou necessidades não estão sendo atendidos ou seu
progresso em direção a uma meta está sendo frustrado (Greenberg, 2015).
A raiva primária adaptativa está relacionada a uma ofensa ou interferência
com os outros ou a si mesmo, e frequentemente as pessoas a sentem sem saber
o porquê. As pessoas não têm necessariamente pensamentos conscientes como
“você está me ofendendo”; eles simplesmente se sentem ofendidos. A raiva
pode ser ativada por pensamentos conscientes, mas, na maioria das vezes, a
raiva é evocada sem pensamento (Greenberg, 2015).
Ainda segundo o autor, a expressão típica da raiva raramente envolve
agressão, mas é direcionada para corrigir a situação ou impedir sua recorrência.
32
A raiva diz a uma pessoa que algo precisa mudar. Esse tipo de raiva fortalece-
dora é a que os clientes precisam ser ajudados a sentirem. As pessoas precisam
saber a fonte de sua raiva para conseguir mudanças. A raiva é evocada pela
interferência em algo que se deseja fazer. Uma ofensa ou interferência com
os entes queridos ou a si mesmo provoca raiva primária adaptativa.
Treinar as pessoas para lidarem com a raiva e outros sentimentos hostis
na vida diária requer atenção especial. É importante ajudar as pessoas a reco-
nhecerem que sentimentos de raiva podem ser saudáveis e fazer parte de ser
humano. Sentir raiva ou irritação é tão humano quanto sentir-se triste ou com
medo. É importante, no entanto, equilibrar a raiva com a gentileza. Ser gentil
não significa nunca ficar com raiva. Tornar-se cada vez mais gentil não leva
à supressão da raiva; ao contrário, ajudará a aceitar os sentimentos de raiva
como inegavelmente humanos (Greenberg, 2015).
A vergonha está relacionada ao senso de valor de uma pessoa; ela faz com
que a pessoa queira se esconder. É uma emoção adaptativa se for sentida em
resposta a violações de padrões e valores pessoais implícitos ou explícitos (ex.:
vergonha por se envolver em comportamentos desviantes; por uma perda de
controle em público; por ser um pai abusivo). A vergonha adaptativa ajuda as
pessoas a não se afastarem do grupo, pois protege simultaneamente a privacidade
e mantém a conexão com a comunidade. Ela também informa que alguém está
muito exposto e que outras pessoas não apoiaram ou não apoiarão suas ações,
que violou uma norma social muito básica ou que violou padrões ou valores
que são reconhecidos como profundamente importantes (Greenberg, 2015).
Assim, para identificar essas emoções adaptativas, o terapeuta faz uso de
exercícios que auxiliam essa assimilação. Primeiro, é preciso identificar uma
situação e com isso avaliar se se trata de uma emoção primária adaptativa em
que o cliente pôde experienciar sentimentos de tristeza, medo, raiva ou ver-
gonha. Em seguida, deve-se identificar o sentimento e assim compreendê-lo
no próprio corpo, destacando principalmente a maneira que o corpo reage e
expressa essa emoção, permitindo que o corpo fale (Greenberg, 2015).
Considerações finais
Este capítulo teve por objetivo abordar sobre as quatro emoções que mais
se apresentam nos indivíduos (tristeza, medo, raiva e vergonha), apontando
as técnicas usadas em terapia com base na visão de Leslie Greenberg (2015)
na Terapia Focada nas Emoções.
Nota-se que as emoções desempenham função importante em nossas
vidas, apresentando-se até mesmo como fator protetivo para evolução da espé-
cie. Propagar o conhecimento sobre as emoções torna-se crucial ao terapeuta,
pois aumenta a inteligência emocional dos clientes/pacientes e auxilia na
solução de problemas; propiciando um maior entendimento sobre si mesmo e
facilitando o gerenciamento de suas emoções e, consequentemente, mudanças
cognitivas e/ou comportamentais mais efetivas.
Como já mencionado neste Capítulo, a Terapia Focada nas Emoções
mostra-se eficaz justamente por ter seu foco na emoção, conduzindo o cliente/
paciente a vivenciá-las de forma adaptativa e saudável. Sabe-se que estudos
vêm sendo desenvolvidos para melhor evidência desta eficácia. Na parte II,
sequência deste livro, serão apresentados casos clínicos e os trabalhos reali-
zados com as emoções.
PARTE II
FOCALIZAÇÃO:
um relato de caso com ênfase clínica
na terapia focada nas emoções
Ana Clara Rodrigues Margarida7
Breno Vasco Pereira Lima8
Érika Fernanda Ferreira Santos9
Mariana Dias Maranhão Aguiar10
Ana Letícia Covre Odorizzi Marquezan11
continuação
SESSÃO OBJETIVO DA SESSÃO PROCEDIMENTO/TÉCNICA
6ª Sessão Tarefa de Experienciação. Do livro Clínica das Emoções
(Mendes; Greenberg, 2022).
7ª Sessão Após identificado o marcador, iniciou-se o Do livro Clínica das Emoções
felt sense. (Mendes; Greenberg, 2022).
Considerações finais
Considerações finais
continuação
SESSÃO OBJETIVO DA SESSÃO PROCEDIMENTO/TÉCNICA
11° Sessão Demandas da cliente Acompanhamento empático e escuta ativa.
Fortalecimento do Vínculo e estabelecimentos de Do livro Clínica das Emoções (Mendes;
um “Mantra”. Greenberg, 2022).
Intervalo nos ______________________________ ___________________________
atendimentos
12° Sessão Retorno e Restabelecimento do vínculo terapêutico. Exploração empática
Do livro Clínica das emoções (Mendes;
Greenberg, 2022).
13° Sessão Uso de Instrumento de Avaliação Psicológica não Teste do Desenho Casa, árvore, pessoa: HTP
padronizado. (Buck, 2009).
14° Sessão Compreender demandas emergentes do teste HTP. Questões exploratórias
Do Livro Clínica das Emoções (Mendes;
Greenberg, 2022).
15° Sessão Demandas da cliente. Acompanhamento empático por meio da escuta
ativa e Afirmação empática.
16° Sessão Tarefa de experiência, fortalecimento do vínculo e Do livro clínica das emoções (Mendes; Greenberg,
narração de uma experiência traumática. 2022)
Tarefa terapêutica: recontando um trauma.
Considerações finais
Partindo dessa perspectiva da TFE, este capítulo tem como objetivo reu-
nir evidências científicas, a fim de associá-las às práticas clínicas de acordo
com a experiência adquirida a partir do estágio realizado no Serviço Escola
de Psicologia (SEPSI), ofertado pelo curso de Psicologia da universidade
ULBRA Palmas como um projeto de extensão, sendo um espaço que dis-
ponibiliza práticas como acolhimento, psicoterapia individual e em grupo,
avaliação psicológica e neuropsicológica.
Para os relatos, selecionou-se três pacientes em que a psicóloga em
formação conduziu, analisou e discutiu os casos acerca da autocompaixão.
Logo, a autocompaixão é um olhar para o interior. O indivíduo é capaz de
se conectar com seus próprios sentimentos, aflorando uma automotivação
que buscará entender e se interessar por seu sofrimento (Neff; Mcgehee,
2010). Esta se rodeia ao ser gentil e sensível em relação a si mesmo diante
do momento de dificuldade, no qual essa caminhada está inteiramente ligada
ao reconhecimento da imperfeição humana e que o indivíduo estar suscetível
ao erro de tal forma que tais dificuldades fazem parte da sua vivência (Neff;
Kirkpatrick; Rude, 2007).
Ao se referir sobre a autocompaixão, nota-se muita semelhança à compai-
xão propriamente dita, havendo, no entanto, uma única diferença: enquanto a
compaixão está direcionada ao outro, a autocompaixão está direcionada para
o próprio sujeito. Ter esse sentimento de cuidado consigo não faz da pessoa
egoísta. Em vez disso, entende-se que os fracassos sofridos e as situações ina-
propriadas fazem parte do processo do ser humano e que TODOS, incluindo
a si mesmos, são dignos de sentimento (Goldstein; Kornfield, 1987).
À vista disso, a palavra compaixão é referida, no Ocidente, a outros,
no entanto, para o pensamento budista, é necessário sentir compaixão por
si mesmo e também por outros. Desse modo, a compaixão se remete a estar
aberto aos momentos ruins do outro, a ter paciência, bondade, entender sem
qualquer tipo de preconceito e reconhecer que todas as pessoas estão propensas
a cometer erros (Neff, 2003).
Nesse sentido, segundo Neff (2003), a autocompaixão está relacionada
à ação calorosa e de aceitação diante das dificuldades da vida e de si mesmo,
a qual se baseia em três componentes básicos:
Tais fronteiras citadas pela autora foram observadas nos relatos da Maré,
uma vez que ela tinha mais compaixão pelas pessoas ao seu redor do que por
si mesma “querendo abraçar o mundo com as pernas”, como ela sempre enfa-
tizava. Ainda, se julgando e se autocriticando excessivamente ao ponto de se
isolar da realidade, se sentindo culpada por não aceitar quem realmente era.
A outra cliente, também do sexo feminino, chamada de Cora, tem 24
anos. No início do atendimento, disse ter procurado ajuda por indicação da
EMOÇÕES NA PERSPECTIVA DO PSICÓLOGO EM FORMAÇÃO 81
Considerações finais
As quatros primeiras sessões com a cliente Zilá tiveram como foco inicial
o vínculo terapêutico, observando o estilo emocional da cliente, da forma
como compreendia as suas fragilidades através do método “História de vida”,
identificando, assim, a emoção mais latente da cliente. Após o acolhimento,
foi possível perceber como queixa inicial um sentimento de ideação suicida,
desânimo, ansiedade em relação ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),
ao desemprego, conflito na relação com o marido e o fato de não ter conhecido
o pai também foi algo verbalizado por ela durante as sessões iniciais. Zilá
esteve em psicoterapia há um ano pelo SEPSI, porém percebeu a necessidade
de procurar novamente acompanhamento psicológico.
Portanto, através do método mencionado, e, posteriormente, a experien-
ciação de Gendlin, Focusing, que é uma vivência muito sutil da experiência
vivida de forma corporal (Gonçalves, 2021), foi possível detectar na cliente
Zilá que a emoção mais latente é a tristeza primária desadaptativa, apresen-
tando falas como: “Depois que minha mãe morreu, eu me senti sozinha”, que
vem de encontro com o que a cliente verbaliza em algumas sessões, como
“não ter um pai faz muita diferença na vida”. Entretanto, essa tristeza é apenas
percebida pela psicóloga em formação, a cliente ainda não tem consciência
dessa emoção.
Entretanto, na narrativa da cliente e consequentemente em sua cons-
ciência, aparece o tempo todo o medo, com falas como: “Tenho medo de não
conseguir um emprego” ou “Tenho medo de ser reprovada no Trabalho de
Conclusão de Curso”, assim, na formulação do caso clínico, a classificação
desse medo foi de uma emoção secundária desadaptativa.
Na composição das emoções desadaptativas pontuada por Greenberg
(2015), destacando o medo desadaptativo, ele pode ser visto como o medo
traumático – que advém de uma situação de perigo e desencadeia a fuga da
pessoa, e o medo do abandono – que faz o sujeito ser atraído à fonte do medo.
Essas emoções desadaptativas são permeabilizadas no sujeito, retornando
sempre que “ativadas” por algum fator atual.
Outro meio importante de gerar ansiedade secundária, de acordo com
Greenberg (2015), é ter expectativas catastróficas sobre o futuro, sendo exata-
mente esse o caso da cliente Zilá. Os pensamentos das pessoas são os princi-
pais geradores da ansiedade ao imaginar que nunca conseguirão ou que serão
EMOÇÕES NA PERSPECTIVA DO PSICÓLOGO EM FORMAÇÃO 91
também podem demonstrar medo como um meio de tentar impedir que outra
pessoa fique zangada com elas, culpe-as ou indique subserviência, exatamente
o que foi percebido como uma tendência para ação feita por Ádria.
Sendo assim, os três clientes ainda continuam em atendimento/tratamento
para atingir o medo adaptativo/saudável que busca segurança e proteção.
Considerações finais
O presente relato teve como personagens centrais três clientes que foram
atendidos na clínica SEPSI, os quais serão representados por nomes fictícios
no quadro abaixo.
mais profunda, o que, por sua vez, facilita a identificação das emoções e dos
esquemas emocionais presentes.
O processo terapêutico permitiu que Estrela explorasse as raízes e os
padrões subjacentes à sua raiva instrumental, fornecendo-lhe uma maior
compreensão de como essa emoção afetava seus relacionamentos e sua pró-
pria saúde emocional. Através dessa conscientização, Estrela demonstrou
um desejo genuíno de aprender a regular sua raiva de maneira mais saudável
e construtiva. Essa mudança de perspectiva e interesse em compreender e
regular a raiva é um passo importante no caminho de desenvolver habilidades
de comunicação mais saudáveis, lidar com conflitos de forma construtiva e
cultivar relacionamentos mais gratificantes e significativos.
Considerações finais
Considerações finais
no decorrer das sessões foram suficientes para o processo de alta, haja vista
que ela não apresentou nenhuma outra demanda após tal processo e o reco-
nhecimento das mudanças e perspectivas era evidente.
Os objetivos com a Dolores foram parcialmente concluídos, e, embora
tenham sido utilizadas técnicas para reconhecimento das emoções, ainda é
importante e necessário o acompanhamento psicoterápico e a realização de
técnicas e exercícios que auxiliem no monitoramento dessa emoção, bus-
cando o reconhecimento das emoções e transformando-as em adaptativas,
contemplando, por fim, todas as etapas citadas por Greenberg (2010) para
uma conquista de inteligência emocional.
Quanto aos objetivos estabelecidos para Mara, foi perceptível a modifi-
cação das respostas emocionais que foram apresentadas como demandas ini-
ciais, embora ainda haja uma necessidade de acompanhamento, visto que, em
outros contextos, ela apresentava emoções desadaptativas, ainda que menores,
ocasionando sofrimento.
Por fim, é notório a aplicabilidade da TFE dentro do contexto clínico
e do viés da Tristeza e das suas subdivisões, possibilitando a cada cliente a
validação sobre a importância da emoção para si e para o outro, permitindo a
sua transformação e a satisfação das necessidades emocionais.
PARTE IV
ENTRE AS BORBULHAS DAS
EMOÇÕES, DOS SENTIMENTOS E DOS
AFETOS DURANTE A GRAVIDEZ E A
MATERNIDADE:
uma reflexão teórica a partir da
terapia focada nas emoções
Edmilson Andrade Reis30
Greice Olinger31
Larissa Rosa de Oliveira Izac32
Mirian Carla de Franca Martins33
Ana Leticia Covre Odorizzi Marquezan34
Para mais além, a gestação ainda precisa ser pensada pelos profissionais
de psicologia como uma situação que pode desenvolver crises, principalmente,
EMOÇÕES NA PERSPECTIVA DO PSICÓLOGO EM FORMAÇÃO 115
A mulher pode até então ter atuado como “filha” ou “mãe” do marido e,
quando espera o próprio filho, precisa ajustar-se à realidade de ser mãe
daquela criança. Essa nova definição de papéis pode trazer à tona anti-
gos conflitos de relacionamento: a mulher e o homem podem querer ser
melhores do que os próprios pais: ou se sentem incapazes de competir
com eles, ou encaram o bebê como um irmão mais novo, rivalizando
pelo afeto do pai ou da mãe.
Emoções: incluem os afetos, além das tendências para ação, atenção sele-
tiva e cognições, bem como as reações neuroquímicas que estão subja-
centes a todos esses fenômenos. O afeto: se relaciona com a noção de
Valência ou qualidade (positivo/negativo, agradável/desagradável) e de
ativação de intensidade. Já o sentimento: São decorrentes da percepção
daquilo que acontece conosco enquanto experienciamos afetos ou emo-
ções. As emoções guiam nossa atenção e memória e, ainda, as emoções
incluem as necessidades psicológicas que, uma vez satisfeitas, levam a
adaptabilidade, cumprindo, assim, o seu papel.
Porém, tais situações, muitas vezes, não são condizentes com a real
necessidade e desejos das mulheres, e isso pode ser observado quando, por
trás dessas romantizações e idealizações, existem mulheres vítimas de vio-
lências sexuais desde ou na infância, quando o próprio ato sexual conjugal é
sentido como violência ocasionada, quando mulheres que desejam carreiras
profissionais e a maternidade não é uma opção para elas, mulheres que não
tiveram a oportunidade de abraçar seus filhos em detrimento de abortos, e
não conseguiram lidar com o luto, mulheres que, por motivos pessoais, tive-
ram que aceitar casamentos forçados, a maternidade traz, para estas muitas
mulheres, emoções desadaptativas e interrupção do self, gerando esquemas
emocionais disfuncionais.
Contribuindo com o texto, Alice Monteiro e Laura Freire Andrade (2018,
p. 7) descrevem sobre os novos arranjos da maternidade no cenário moderno,
Considerações finais
os papéis e grupos sociais, não tendo uma função social bem definida, o que
gera o sentimento de inutilidade e insegurança.
No quarto encontro em grupo, foi abordado sobre “autoestima”, em que foi
feita uma dinâmica com os grupos para que falassem qualidades de si próprios
e trouxessem qualidades que admiram nas pessoas. O grupo A narrou que era
mais fácil elogiar os outros e fazer críticas a si mesmo, sendo difícil acreditar
em si, com emoções latentes de felicidade e tristeza. A escritora Neff (2020)
traz, em seu livro Autocompaixão, que os sujeitos que não têm autocompaixão,
apesar de fazerem duras críticas a si próprios, têm o cuidado constante na rela-
ção com as outras pessoas. A autocompaixão da autora supracitada reconhece a
condição humana imperfeita, compartilhada e frágil, porém é difícil reconhecer
a própria dor. Na cultura ocidental, o sujeito é ensinado a não reconhecer a
própria dor, em seguir lutando, a autora traz a importância de experienciar a
dor ao invés de simplesmente bloquear o acesso a ela com duras críticas.
Foi percebido através da fala dos alunos a importância de acrescentar a
temática “família”, com isso, foi realizado o quinto encontro em grupo com
os alunos sobre esse assunto. No grupo A, o sentimento de medo e vergonha
foi presente durante todos os relatos, além de narrativas de violência verbal,
sentimento de inutilidade, medo do abandono e usar uma máscara diante da
família. A emoção primária adaptativa do medo tem como objetivo a proteção
de manter o indivíduo a salvo, percebendo um contexto de perigo, fazendo parte
ter busca de apoio em terceiros nas tendências para ação provocadas pelo medo.
O autor Mendes (2022) retrata que Greenberg (2021) escreve em sua abordagem
Terapia Focada nas Emoções (TFE) sobre dois tipos de medo: o medo do perigo
e o medo relacionado a temas de separação, abandono e negligência.
O Bowlby (1990) traz que, quando não ocorre um apego seguro com
o cuidador na infância, o medo da negligência se relaciona com a presença
constante de insegurança e ausência de proteção, essa falta de apego seguro
amplia as tendências de ação provocadas pelo medo primário desadaptativo.
No sexto encontro em grupo, foi abordado sobre “morte”, as falas presentes
foram do sentimento de rejeição, ser tratado com inferioridade, abandono de
casa, se livrar da dor constante, ser livre, além das emoções latentes de raiva,
medo e exaustão. Na teoria do apego de Bowlby (1990), é descrito o apego
em 4 estilos: seguro, em que a figura do cuidador é segura e utilizada como
base para que a criança explore o ambiente, gerando o sentimento de que caso
precise de ajuda ela terá; resistente ambivalente, em que não há a exploração
do ambiente pela criança, em geral elas necessitam de contato constante, pois
suas figuras de apego costumam ser ansiosas ou superprotetoras; evitativo, no
qual a criança explora o ambiente de forma autônoma, porém como modo de
desistência em contar com a ajuda de outro; e, por fim, o estilo desorganizado,
132
Considerações finais
sendo experienciados apenas através das emoções, mas também por meio da
linguagem, das narrativas e dos processos reflexivos que emergem a partir
daquilo que é criado sobre o que é sentido (Mendes; Greenberg, 2022).
As emoções são complexas e adaptativas, tem-se com elas os esquemas
emocionais que são semelhantes à ativação de uma memória traumática, ou
seja, o histórico emocional do sujeito, a circunstância que a reação emocional
foi ativada, a forma como a emoção experienciada é manejada e a cultura
afetam se as emoções podem se tornar disfuncionais ou desadaptativas (Men-
des; Greenberg, 2022).
Cada emoção vivenciada nos prepara para uma ação imediata, visto que, ao
longo da evolução humana, foram experienciados diversos contextos que foram
se repetindo e construindo o repertório emocional que garantisse a sobrevivência
da espécie humana, pois ficou armazenado no sistema nervoso como tendências
inatas e automáticas do coração (Goleman, 1996). A conexão entre a emoção e
a ação imediata é clara em crianças, apenas nos adultos “civilizados” que elas
são camufladas, essa tendência do agir é moldada pela cultura em que se está
inserido e pelas experiências, pode-se ter a mente racional sendo a compreensão
de ter consciência, capacidade de reflexão e atenção; e a mente emocional como
o sistema mais impulsivo e até ilógico, essas duas maneiras de conhecimento
interagem mutuamente na construção da vida mental.
Com isso, este projeto tem como objetivo desenvolver nas crianças um
conhecimento quanto a suas emoções e estimulando a autonomia, criando
um local seguro para o grupo por meio de um vínculo entre terapeuta-grupo.
Além disso, objetiva-se oferecer um acolhimento e escuta ativa, sem julga-
mentos ou preconceitos, por meio do diálogo sobre as emoções, permitindo
a experienciação dessas emoções através do lúdico. Esse espaço possibilita o
processo de experiência e simbolização, onde Eugene Gendlin (2006) sugere
que tudo o que é existencial, psicológico ou emocional está em fluxo em nossa
existência, os indivíduos estão constantemente em relação, o que desperta
sensações, sentimentos, emoções, reações e percepções. A experiência é a
maneira como o sujeito processa e dá sentido às interações vividas.
Além disso, o ambiente de grupo proporciona uma rede de apoio entre as
crianças e com a psicóloga em formação, criando relações e um ambiente que
permite o suporte e manejo das emoções, compreendendo e vivenciando-as.
As relações e vínculos afetivos são fundamentais para a construção da rede
de apoio social e emocional, que é influenciada pela forma que o indivíduo
foi inserido no mundo social, dos recursos e habilidades disponíveis para lidar
com situações desafiadoras (Brito; Koller, 1999).
O campo em que o projeto está se desenvolvendo é a Escola Municipal
Antônio Gonçalves de Carvalho Filho, para crianças de 7 a 10 anos, sobre a
EMOÇÕES NA PERSPECTIVA DO PSICÓLOGO EM FORMAÇÃO 137
continuação
Encontro Atividade
9° O que deveríamos falar mais Manutenção de vínculo entre a classe em que as crianças farão
vezes? desenhos de características que admiram nos coleguinhas e como se
sentem em relação a elas, além de um desenho de como se sentiram
participando do grupo terapêutico, atividade inspirada do livro Educação
Emocional Positiva da autora Mirian Rodrigues (2017).
Fonte: próprias autoras (2022)
que todas as emoções têm a sua importância e atuam como forma de proteção
e de acordo com a situação que estão inseridas.
As emoções auxiliam e melhoram o aprendizado, aumentando a rapidez,
pois frisam com a marca de “não esquecer”. O ser humano aprende uma vez
que têm reações emocionais intensas de modo que seus cérebros guardam
essa experiência na memória emocional; observado também que os senti-
mentos negativos persistem e são lembrados assim como suas causas, pois
auxiliam na sobrevivência/proteção. Em virtude de após serem adquiridas,
aprendidas e arranjadas em um esquema emocional, tornam-se automáticas
(Greenberg, 2015).
Considerações finais
O corpo e as emoções
O câncer não afeta apenas o corpo, até mesmo porque esse corpo é com-
posto por estrutura física, psicológica e emocional que, juntamente, incidirão
na saúde mental dos pacientes e seu contexto social. Uma vez recebido o
diagnóstico e iniciado o tratamento, emoções como raiva, nojo, vergonha e
o medo do desconhecido, seguido da mutilação e dor física, podem desenca-
dear psicopatologias de viés emocional. Agora, definir se essas emoções são
primárias, secundárias, desadaptativas ou instrumentais requer do psicólogo
uma compreensão mais apurada sobre a Terapia Focada nas Emoções.
Cláudia Tavares dos Santos e Ricardo Werner Sebastiani (2011, p. 150-
151), ao escreverem sobre o acompanhamento psicológico da pessoa portadora
de doença crônica, afirmam que:
EMOÇÕES NA PERSPECTIVA DO PSICÓLOGO EM FORMAÇÃO 153
Considerações finais
BUCK LOUIS, G.; GRAY, L.; MARCUS, M.; OJEDA, S.; PESCOVITZ, O.;
WITCHEL, S.; EULING, S. Y. Environmental factors and puberty timing:
expert panel research needs. Pediatrics, 121, S192–S207. 2008.
RISO, Walter. Apaixone-se por si mesmo. 1. ed. São Paulo: Academia, 2012.
SMALL GROUP BEHAVIOR, Vol. 15. No. 2, May 1984 155-171 Copyright
1984 Sage Publications, Inc. Tradução: Prof. Ms. João Carlos Caselli Messias
C
Comportamento 13, 21, 48, 64, 70, 94, 96, 114, 124, 125, 127, 129, 130,
132, 140, 141, 151, 155
Conflitos 13, 43, 48, 60, 91, 99, 107, 115, 121, 127, 141, 142, 143, 149,
150, 151
Consciência 16, 17, 23, 24, 25, 27, 43, 51, 59, 60, 62, 78, 79, 84, 89, 90, 91,
94, 96, 97, 98, 105, 106, 133, 136, 142, 144
Construção 12, 13, 14, 46, 47, 53, 56, 57, 68, 69, 83, 88, 89, 93, 101, 117,
125, 130, 133, 136, 138, 145, 147, 148, 154
D
Doença 116, 120, 145, 148, 149, 150, 151, 153, 154, 166
E
Experienciação 15, 17, 45, 47, 49, 54, 59, 60, 63, 68, 70, 73, 77, 82, 83, 84,
90, 102, 103, 126, 127, 136, 137, 138, 139, 143, 155
Exploração 15, 43, 54, 59, 65, 69, 70, 72, 73, 84, 98, 131, 137
F
Feminino 80, 88, 89, 91, 95, 103, 104, 113, 118, 120
G
Gênero 56, 113, 115, 118, 120, 147, 162, 166
H
Habilidades 23, 25, 26, 27, 28, 79, 94, 99, 127, 135, 136
Homem 13, 44, 57, 71, 115, 147, 148
172
Humano 13, 21, 28, 32, 43, 57, 78, 79, 81, 87, 93, 101, 107, 112, 123, 125,
128, 130, 132, 139, 140, 141, 147, 158, 165, 166
I
Instrumentais 11, 15, 30, 37, 44, 54, 85, 86, 98, 113, 152, 153, 154
Inteligência emocional 15, 21, 23, 24, 25, 27, 28, 29, 38, 39, 86, 94, 99, 108,
161, 167
M
Maternidade 17, 111, 112, 113, 114, 117, 118, 119, 120, 121, 161, 163, 168
Medo 15, 16, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 36, 37, 39, 44, 49, 50, 51, 52, 55, 57,
58, 59, 60, 61, 64, 66, 70, 72, 82, 85, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 94, 95, 104, 112,
114, 115, 116, 120, 121, 131, 132, 133, 138, 139, 140, 142, 145, 146, 147,
148, 149, 151, 152, 153, 154, 155
Mulher 71, 112, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120
P
Pacientes 11, 12, 17, 29, 38, 39, 78, 94, 145, 146, 148, 149, 150, 151, 152,
153, 154, 164, 167
Prevenção 34, 105, 124, 158, 165
Q
Qualidade 18, 21, 36, 47, 49, 60, 85, 89, 115, 117, 124, 132, 135, 152,
153, 155
R
Reconhecer 25, 26, 27, 28, 31, 34, 52, 60, 65, 66, 78, 94, 96, 98, 106, 131,
137, 138
Reconhecimento 16, 17, 26, 29, 36, 43, 47, 58, 60, 62, 78, 79, 84, 99, 105,
106, 107, 108, 137, 139, 148
S
Segurança 34, 35, 47, 58, 82, 92, 106, 140, 152
Sentimento 16, 22, 25, 26, 27, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 55, 58, 67, 78, 86, 90,
94, 106, 114, 115, 118, 119, 129, 130, 131, 132, 133, 140, 141, 148, 151
Sobrevivência 21, 22, 30, 31, 53, 57, 77, 88, 93, 114, 136, 139, 140, 145,
146, 149, 150
EMOÇÕES NA PERSPECTIVA DO PSICÓLOGO EM FORMAÇÃO 173
Sofrimento 16, 33, 39, 47, 57, 62, 69, 78, 79, 83, 84, 86, 88, 89, 91, 92, 95,
103, 105, 106, 107, 108, 124, 141, 149, 150, 155
V
Valores 11, 13, 14, 32, 45, 87, 118, 126, 127, 135, 147, 151
Vergonha 15, 16, 29, 30, 32, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 53, 54, 55, 56, 57, 58,
59, 61, 64, 89, 112, 116, 120, 121, 131, 133, 140, 141, 143, 146, 152, 154,
155, 158
Vida 13, 15, 16, 17, 18, 21, 23, 25, 26, 27, 28, 31, 32, 33, 44, 45, 46, 47, 48,
51, 52, 53, 54, 55, 57, 58, 60, 61, 65, 68, 69, 70, 78, 80, 81, 83, 84, 85, 87,
88, 89, 90, 91, 94, 97, 101, 102, 103, 104, 105, 111, 112, 113, 114, 117, 118,
126, 127, 130, 132, 133, 135, 136, 138, 140, 141, 142, 143, 145, 146, 148,
150, 151, 152, 155, 159, 163, 164
Violência 34, 56, 59, 112, 116, 119, 130, 131, 141, 165
SOBRE OS AUTORES