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Tópicos de
Atuação Profissional
Prof. Osvaldo Rocha
Tópicos de Atuação Profissional: Competências e Objetivos Específicos
Para lembrar:
A Psicologia era vinculada à Filosofia, ou seja, a tentativa de explicar certos fenômenos
psicológicos se dava a partir das reflexões filosóficas.
No século XIX já havia pesquisas realizadas por fisiologistas que procuravam relacionar
impulsos neurais e sua relação com as sensações (Helmhotz e Fechner, psicofísica).
Em meados do século XIX, os métodos das ciências naturais começaram a ser utilizados
para o estudo de fenômenos mentais.
O surgimento da Psicologia como ciência autônoma se dá quando ela elege um objeto
de estudo e passa a utilizar os métodos das ciências naturais para a produção
de conhecimento científico.
Objeto de estudo: consciência.
Método: introspecção.
Objetivos: analisar os processos conscientes utilizando os seus
elementos básicos; descobrir como esses elementos eram
sintetizados e organizados e determinar as leis que regiam
essa organização.
A questão epistemológica fundamental da Psicologia como Ciência
O nascimento da Psicologia como disciplina autônoma e como ciência ocorreu na Europa, mais
precisamente em Leipzig, na Alemanha. Constitui marco de sua origem a criação do primeiro
laboratório de Psicologia Experimental, por iniciativa de Wilhelm Wundt, em 1879.
Nesse laboratório, Wundt procurou isolar e quantificar algumas variáveis, com o objetivo de
realizar uma aferição precisa das respostas de sujeitos a estímulos sensoriais.
Para tanto, utilizava-se da introspecção, que para ele:
“[...] permitia fornecer todos os dados básicos necessários para o estudo dos problemas de
interesse da Psicologia, assim como a percepção externa proporcionava os dados para as ciências
como astronomia e química” (SCHULTZ e SCHULTZ, 2007, p. 85).
Para o procedimento:
Sujeitos eram treinados;
Ter condições para repetição;
Ter condições para manipular estímulos;
Registro dos dados por aparelhos.
Fonte: https://psicoeduca.com.br/images/psicoartigo/experiencias-laboratorio-leipzig.jpg
A questão epistemológica fundamental da Psicologia como Ciência
Temas de interesse:
no nível individual: sensação, percepção, atenção, sentimento, reação e associação (funções
mentais simples);
no nível coletivo: memória, linguagem, valores, costumes, religião, moral (que envolviam
processos mentais superiores), porém esses últimos, por sofrerem a influência de aspectos
culturais, não poderiam ser estudados pelo método experimental.
A diversidade de temas de interesse de Wundt fez com que ele criasse “duas psicologias”.
A psicologia experimental: com foco nos métodos das
ciências naturais e estudo dos processos mentais simples.
A psicologia cultural: com foco nos métodos utilizados na
sociologia e antropologia.
A partir de Wundt, a Psicologia passa a se desenvolver em
outros países, principalmente EUA, surgindo outros
movimentos produzindo conhecimento na área.
A questão epistemológica fundamental da Psicologia como Ciência
A Teoria da Gestalt afirma que não se pode ter conhecimento do todo através das partes,
e sim compreensão da totalidade para que haja a percepção das partes.
Seus principais representantes foram: Max Wertheimer, Kurt Kofka, Wolfgang Köhler
e Kurt Lewin.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Resposta
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
A psicologia e suas diferentes perspectivas teóricas
A Psicanálise criada por Sigmund Freud foca o inconsciente como seu objeto de investigação
para explicar diferentes aspectos das condutas humanas.
Apresentou o aparelho psíquico como sendo dividido em: consciente, pré-consciente e
inconsciente – 1ª tópica.
Posteriormente introduziu a 2ª tópica: sendo o aparelho psíquico constituído por três instâncias:
Id: instância inconsciente e fonte das pulsões, que opera segundo o princípio do prazer.
Ego: instância mediadora, cuja função é tentar garantir o “equilíbrio” das forças que atuam no
aparelho psíquico.
Superego, instância em parte consciente e em parte
inconsciente, que atua a serviço das leis, normas e regras
morais internalizadas. Entre as três instâncias há uma tensão
permanente: o ego age continuamente na tentativa de
“controle” e na conciliação das exigências do id e do superego.
A psicologia e suas diferentes perspectivas teóricas
Jean Piaget desenvolveu o que chamou de Psicologia Genética, que se refere à busca das
origens e dos processos de formação do pensamento e do conhecimento.
O fundamento básico de sua concepção do funcionamento intelectual e do desenvolvimento
cognitivo é o de que as relações entre o organismo e o meio são relações de troca, pelas
quais o organismo adapta-se ao meio e, ao mesmo tempo, o assimila, de acordo com suas
estruturas, num processo de equilibrações sucessivas.
A relação do indivíduo com o meio na aquisição do conhecimento foi o foco do seu trabalho
experimental, o que ficou conhecido como método clínico. Observava e interagia com as
crianças para identificar as formas como se relacionavam com os objetos e elaboravam
o pensamento.
Sensório-motor (0 a 2): movimentos reflexos e motores;
Pré-operatória (2 a 7): pensamento simbólico e comunicação;
Operações concretas (7 a 11-2): desenvolvimento
de conceitos;
Operações formais (12+): pensamento abstrato.
A psicologia e suas diferentes perspectivas teóricas
A Psicologia Sócio-Histórica tem como seu principal representante o russo Lev Vygotsky, que
procurou investigar a dimensão sócio-histórica do psiquismo.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Resposta
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Referências
ANTUNES, M. A. M. A Psicologia no Brasil: um ensaio sobre suas contradições. Psicol. cienc. prof.
[online]. 2012, vol. 32, n. spe, p. 44-65.
BOCK, A. M. et al. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva,
2003.
FIGUEIREDO, L. C. M, SANTI, P. L. R. Psicologia: uma (nova) introdução. São Paulo: Educ, 2000.
MASSIMI, M. História da Psicologia brasileira: da época colonial até 1934. São Paulo: EPU, 1990.
MANCEBO, D. Formação em Psicologia: gênese e primeiros desenvolvimentos. Mnemosine, v. 1,
p. 53-72, 2004.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Thomson Learning,
tradução da 8ª edição, 2007.
ATÉ A PRÓXIMA!