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FACULDADE IMPACTO DE PORANGATU

PSICOLOGIA

KATHELLEN EMILLIANA RIBEIRO DE OLIVEIRA

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

PORANGATU
2024
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

A psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e os processos


mentais. Ela busca compreender como as pessoas pensam, sentem, se comportam
e interagem com o mundo ao seu redor. A palavra "psicologia" deriva do grego
"psique", que significa mente, e "logia", que significa estudo. A psicologia é uma
disciplina que busca compreender os aspectos intrincados da mente e do
comportamento humano, contribuindo para a melhoria da compreensão, tratamento
e bem-estar das pessoas. A psicologia tem raízes na filosofia, com pensadores
antigos como Platão e Aristóteles explorando questões relacionadas à mente e ao
comportamento. Platão explorou a alma e a razão enquanto Aristóteles examinou a
mente e as emoções. Durante o renascimento, o interesse pela natureza humana e
a mente cresceu, culminando na Revolução Científica. O filósofo empirista John
Locke no século XVII, argumentou que a mente era uma "tábua rasa" na qual
experiência escrevia. No século XVIII, os filósofos do iluminismo, como Immanuel
Kant, contribuíram para a discussão sobre a cognição e a razão. A psicologia como
disciplina científica começou no final do século XIX. Wilhelm Wundt, na Alemanha, é
frequentemente considerado fundador da psicologia experimental estabelecendo o
primeiro laboratório de psicologia em 1879. Ele enfatizou a importância da
observação objetiva e da introspecção. Duas das primeiras escolas de pensamento
em psicologia foram o estruturalismo, liderado por Edward Titchener, que se
concentrou na análise dos elementos da consciência, e o funcionalismo, liderado por
William James, que enfatizou a função e a adaptação do comportamento. O
behaviorismo, liderado por John B. Watson e B.F. Skinner dominou a psicologia no
início do século XX. Eles se concentraram no estudo do comportamento observável
e na ideia de que o comportamento é moldado por recompensas e punições. Nas
décadas de 1950 e 1960, psicologia humanista, com figuras como Abraham Marlon e
Carl Rogers, enfatizou o potencial humano, a auto-realização e a experiência
subjetiva. Mais tarde, a psicologia cognitiva se desenvolveu, concentrando-se no
processamento mental na memória, no pensamento e na resolução de problemas.
Na antiguidade, a psicologia estava frequentemente ligada à medicina. Hipócrates,
considerado "pai da medicina", propôs uma teoria dos humores corporais que
influenciou a compreensão dos estados mentais. A psicologia antiga era, em grande
parte, especulativa e filosófica, enquanto a psicologia moderna é baseada em
método científicos, pesquisas empíricas e teorias contemporâneas.
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA NO BRASIL

As primeiras contribuições para o estudo da Psicologia, no Brasil, são oferecidas por


médicos. Em suas teses de doutoramento, nas teses de provimento de cátedra e nas
teses de verificação de títulos, incursionavam, estudantes e profissionais sobretudo
no Rio de janeiro e Bahia nas áreas da psicologia, (evidentemente, racional ou
filosófica), trazendo aluno achados e conclusões de interesse não só para o filósofo
e historiador como para o homem de cultura. No Rio de janeiro, os estudos da
faculdade de medicina tendiam para a neuropsiquiatria a psicofisiologia e a
neurologia. Dentro dessas instâncias vírgulas se situava a maioria das defendidas,
entrando, não raro, a psicologia a ser analisada em suas relações com aqueles
campos de estudo e pesquisa. Pouco mais de uma década após o início das
atividades de Wundt e seus discípulos, no Rio de janeiro, começam a aparecer teses
de doutoramento em que a envergadura científica é bastante apreciável. Em 1890,
José Estelita Tapajós defende a tese: Psicofisologia da Percepção e das
Representações. Veríssimo de Castro, disserta sobre: As Emoções. O interesse
elementarístico dos primórdios da Psicologia científica tem suas ressonâncias
características nessas teses. Em 1891, Odilon Goulart escreve o primeiro trabalho,
no Brasil, de Psicologia Clínica: Estudo Psicoclínico da Afasia. Já no campo da
memória, o primeiro trabalho brasileiro surge, em 1894 Alberto Seabra defende a
tese: a A Memória e a Personalidade. Em meados do nosso século, Ivan Petrovitch
Pavlov iniciais tudo que alcançam a vasta Gama dos reflexos condicionados,
analisadores cerebrais, inibição interna e neurose experimental, tanto do ponto de
vista teórico quanto do estritamente experimental, sempre referência direta
psicologia. Sua influência, no campo científico, foi definitiva, sustando inúmeras
pesquisas, em todas as partes, e determinado nascimento de escolas, também na
área da psicologia. Henrique roxo distingue-se pela defesa do primeiro trabalho de
Psicologia Experimental: Duração dos Atos Psíquicos, em 1900, apresentando uma
posição extremamente atual, ao propor que a psiquiatria tenha por propedêutica a
Psicologia Científica. A faculdade de medicina da Bahia foi fundada pela carta Régia
de 18 de fevereiro de 1808, os estudos naquela casa, norteavam-se, de preferência
para a aplicação social da Psicologia, para a criminologia para psiquiatria forense e
higiene mental. A parte da primeira década de 1900 as teses, ensaios e atividades
dos médicos, saídos das duas faculdades, Rio e Bahia prosa e caráter científico
mais precisa interes psicológico mais definido pelo uso de métodos e técnicas de
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Psicologia de maior objetividade e confiabilidade. Começam a surgir os laboratórios


de psicologia, em hospitais, clínicas psiquiátricas. A apreciabilidade dos resultados
da produção e resultados psicológicos levam ao próprio governo, não raras vezes, a
se interessar pela sua criação. Há tese de Maurício Campos Medeiros, defendia, em
1907,0 no Rio de janeiro, prova a tendência ao maior rigor científico: métodos em
psicologia. A primeira história da psicologia, no Brasil tem por título: a psicologia
experimental no Brasil. Ao retornar da Europa, onde estudar a com Georges Dumas,
Maurício de Medeiros, conhecedor de metodologia de pesquisa e técnicas projetivas,
dedicava-se completamente a psicologia. Será ele a propor, quatro décadas mais
tarde, a universidade do Brasil a criação de cursos de Psicologia normal, nas clínicas
psiquiátricas. Por incumbência de Juliano Moreira Maurício instalo laboratório de
Psicologia experimental na Clínica psiquiátrica do hospício nacional e será seu
primeiro diretor. Dez anos depois, a liga brasileira propõe ao ministério da educação
e saúde a criação obrigatória de gabinete de Psicologia, junto às clínicas
psiquiátricas. O ministério de educação e saúde a vocacia, com a denominação de
instituto de Psicologia, o laboratório de psicologia do engenho de dentro, que
funcionou de 1923 a 1932, e preparou profissionais de diversas especialidades. Foi o
primeiro centro brasileiro de pesquisa pura, em psicologia equipamentos foram
trazidos de Paris e Leipzig. O conhecido nome, na história da psicologia do Brasil, o
Waclaw Radecki, polonês, foi o primeiro diretor desse laboratório que, em 1937, ser
incorporado a universidade do Brasil. O nome de médico, entre tantos citados, de
mérito incontestável para a história da Psicologia, no Brasil, é o de Franco da Rocha.
Consideramo-lo um pioneiro em dois Campos de atividades afins: na psicologia,
iniciando a aplicação hospitalar de técnicas psicológicas e psiquiátricas; na
psiquiatria, realizando o trabalho de assistência à família do psicopata, hoje
empregado, como absolutamente necessário dos melhores centros, fora do país. O
ano de 1940 finge de divisor de águas entre o autoditatismo e a preparação
específica. Mas, só a partir de 1950, no campo México, é que se criaram as cadeiras
de psicologia. Em 1890, a reforma Benjamin Constant introduziu noções de
psicologia para a disciplina de pedagogia, no currículo das escolas normais. Até
1910, a psicologia era ensinada, juntamente com lógica, nos seminários, nos
colégios e nos chamados cursos das faculdades de direito que previam essa
matéria, em seus vestibulares. Mais tarde, faria o mesmo as faculdades de medicina.
O projeto de lei sobre o ensino obrigatório de Psicologia, nos cursos de medicina, só
apareceria em 1954, apresentado pelo senador Marcondes Filho.
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PSICOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA

O objetivo do profissional da Psicologia compreender e analisar as pessoas a fim de


solucionar problemas relacionados ao comportamento. O profissional atua no
diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças mentais, de personalidade ou
distúrbios emocionais, sendo habilitada a atuar em diversos áreas tanto no âmbito
privado quanto no contexto público. A saúde pública emprega muitos profissionais de
psicologia no Brasil distribuídos em instituições de saúde mental, unidades básicas
de saúde e hospitais desde a regulamentação da área como profissão, psicologia
tem conquistado e ampliado seu espaço na saúde pública, principalmente após a
instituição do sistema único de Saúde (SUS), que trouxe um novo olhar sobre o
conceito de saúde e doença. O que antes era visto como a ausência de doença
física, começou a considerar aspectos sociais culturais do paciente, com o SUS a
psicologia ganhou um novo campo de atuação. Apesar de a saúde pública abranger
um percentual considerável de profissionais da psicologia, são grandes dificuldades
de atuação na área, principalmente pela falta de conhecimento sobre o SUS e pelo
uso limitado de técnicas, como consequência de uma formação inadequada e falta
de preparo profissional. A atuação se reduz a clínica tradicional focada no indivíduo
com tratamentos demorados, que não consideram o contexto sociocultural em que o
paciente vive ponto a psicologia tem uma história muito recente no Brasil, passou a
existir como profissão somente 1962. Os profissionais atuavam em basicamente
quatro áreas: Clínica, escolar, magistério e trabalho. Devido às pressões do mercado
de trabalho, os profissionais buscaram outros Campos de atuação, dentre eles,
campo da Saúde pública, gerando aumento de profissionais a partir do final da
década de 70. Nesse período, o campo de saúde pública se torna um grande polo de
absorção de psicólogos com a implantação do SUS as profissões de saúde se
integraram a saúde pública nesse contexto, a psicologia, praticamente atendia
somente instituições ambulatórias e hospitalares de saúde mental, ganha espaço
nas unidades básicas de saúde, expandindo a atuação do psicólogo. Esses
acontecimentos fizeram com que a psicologia conquistasse um espaço na saúde
pública.
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IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA

a Psicologia da Saúde é a aplicação dos conhecimentos e das técnicas psicológicas


à saúde, às doenças e aos cuidados de saúde, visando a promoção e manutenção
da saúde e a prevenção da doença. A finalidade principal da Psicologia da Saúde é
compreender como é possível, através de intervenções psicológicas, contribuir para
a melhoria do bem-estar dos indivíduos e das comunidades. Os psicólogos da saúde
se direcionam para a compreensão da forma como os fatores biológicos,
comportamentais e sociais influenciam a saúde e a doença. Podem estar centrados
na promoção da saúde e prevenção de doença, trabalhando com os fatores
psicológicos que fortalecem a saúde e que reduzem o risco de adoecer, podem
disponibilizar serviços clínicos a indivíduos saudáveis ou doentes em diferentes
contextos e, podem ainda, estar envolvidos em pesquisa e investigação, no ensino e
formação. As funções dos profissionais de Psicologia da Saúde estão se expandindo
à medida que o campo amadurece. A maioria dos psicólogos da saúde trabalham
em hospitais, clínicas e departamentos acadêmicos de faculdades e universidades
onde eles podem fornecer ajuda direta e indireta aos pacientes. Na atuação clínica,
podem fornecer atendimento para pacientes com dificuldades de ajustamento à
condição de doente, como por exemplo, na redução de sentimentos de depressão no
paciente internado. Pode-se também ensinar aos pacientes métodos psicológicos
para ajudá-los a manejar ou gerir os problemas de saúde, como aprender a controlar
as condições de dor. A intervenção em Centros de Saúde e Hospitais deve levar em
consideração uma tripla dimensão de intervenção: os pacientes, seus familiares e os
profissionais de saúde.. Os campos de atuação clínica podem ser: prestação de
cuidados de saúde na atenção básica e de média complexidade, unidades de
internação hospitalar (alta complexidade), serviços de saúde mental, unidades de
dor, oncologia, serviços de saúde pública, serviços de saúde ocupacional, consultas
de supressão do tabagismo, serviços de reabilitação, entre outros. Na América do
Norte, o profissional que deseja atuar em Psicologia da Saúde tem dois caminhos de
carreira possível: o psicólogo clínico da saúde e o psicólogo profissional de saúde. O
psicólogo clínico da saúde tem sido definido como alguém que mescla psicologia
clínica, com ênfase na avaliação e tratamento das pessoas em perigo, no campo de
conteúdo da psicologia da saúde. Para exercer a profissão de psicólogo clínico da
saúde, o profissional deve receber primeiro um treinamento como psicólogo clínico e,
posteriormente, adquirir uma especialização em psicologia da saúde, que envolve a
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compreensão das teorias e métodos da psicologia da saúde e sua aplicação ao


ambiente de saúde. Um psicólogo clínico da saúde treinado tende a trabalhar no
campo da saúde física, incluindo stress e controle da dor, reabilitação de pacientes
com doenças crônicas (por exemplo, câncer, Aids ou doenças cardiovasculares) ou
no desenvolvimento de intervenções para problemas como cirurgia invasiva. No
Brasil, como os primeiros movimentos mais consistentes da área de Psicologia da
Saúde foram em hospitais, criou-se um modelo de atuação muito difundido no país,
a Psicologia Hospitalar, o termo tem sido usado para designar o trabalho de
psicólogos da saúde em hospitais. Algumas pesquisas têm identificado o Brasil como
um dos pioneiros mundiais na construção de uma nova especialidade em Psicologia,
a Psicologia Hospitalar, que agrega os conhecimentos da Ciência Psicologia para
aplicá-los às situações especiais que envolvem os processos
doença-internação-tratamento permeados por uma delicada e complexa relação
determinada pela tríade enfermo-família-equipe de saúde. Não se trata, portanto, de
simplesmente se transpor o modelo clássico de trabalho psicológico e psicoterápico
desenvolvido no consultório para o hospital, mas do desenvolvimento de teorias e
técnicas específicas para a atenção às pessoas hospitalizadas, que em sua grande
maioria apresentam demandas psicológicas associadas ao processo
doença-internação-tratamento, tanto como processos determinantes quanto como
reações que podem agravar o quadro de base destes pacientes, e/ou impor
sequelas dificultando ou mesmo inviabilizando seu processo de recuperação
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REFERÊNCIAS

PEDRO, Mendes Junior . Introdução à Psicologia: O que é? História e principais


abordagens teóricas. Amazon: Kindle Unlimited, 2023. 39_112 p.

SOARES , Antonio Rodrigues . A Psicologia no Brasil. Scielo - Brasil, 2010.


Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/ptsPLZhXfqLTzKmyj7b6pDp/?lang=pt.
Acesso em: 06 mar. 2024.

DE MOURA, Lisiane Lima. Psicologia e a Saúde Pública. Rede Humaniza SUS,


2022. Disponível em: https://redehumanizasus.net/psicologia-e-a-saude-publica/.
Acesso em: 06 mar. 2024.

ALMEIDA, Raquel Ayres de; MALAGRIS, Lucia Emmanoel Novaes. A prática da


psicologia da saúde. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 14, n. 2, p. 183-202, dez. 2011
. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-0858201100020
0012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 06 mar. 2024.

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