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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

A psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais. Ela


busca compreender como as pessoas pensam, sentem, se comportam e interagem com o
mundo ao seu redor. A palavra "psicologia" deriva do grego "psique", que significa mente, e
"logia", que significa estudo. A psicologia é uma disciplina que busca compreender os
aspectos intrincados da mente e do comportamento humano, contribuindo para a melhoria da
compreensão, tratamento e bem-estar das pessoas. A psicologia tem raízes na filosofia, com
pensadores antigos como Platão e Aristóteles explorando questões relacionadas à mente e ao
comportamento. Platão explorou a alma e a razão enquanto Aristóteles examinou a mente e as
emoções. Durante o renascimento, o interesse pela natureza humana e a mente cresceu,
culminando na Revolução Científica. O filósofo empirista John Locke no século XVII,
argumentou que a mente era uma "tábua rasa" na qual experiência escrevia. No século XVIII,
os filósofos do iluminismo, como Immanuel Kant, contribuíram para a discussão sobre a
cognição e a razão. A psicologia como disciplina científica começou no final do século XIX.
Wilhelm Wundt, na Alemanha, é frequentemente considerado fundador da psicologia
experimental estabelecendo o primeiro laboratório de psicologia em 1879. Ele enfatizou a
importância da observação objetiva e da introspecção. Duas das primeiras escolas de
pensamento em psicologia foram o estruturalismo, liderado por Edward Titchener, que se
concentrou na análise dos elementos da consciência, e o funcionalismo, liderado por William
James, que enfatizou a função e a adaptação do comportamento. O behaviorismo, liderado por
John B. Watson e B.F. Skinner dominou a psicologia no início do século XX. Eles se
concentraram no estudo do comportamento observável e na ideia de que o comportamento é
moldado por recompensas e punições. Nas décadas de 1950 e 1960, psicologia humanista,
com figuras como Abraham Marlon e Carl Rogers, enfatizou o potencial humano, a auto-
realização e a experiência subjetiva. Mais tarde, a psicologia cognitiva se desenvolveu,
concentrando-se no processamento mental na memória, no pensamento e na resolução de
problemas. Na antiguidade, a psicologia estava frequentemente ligada à medicina. Hipócrates,
considerado "pai da medicina", propôs uma teoria dos humores corporais que influenciou a
compreensão dos estados mentais. A psicologia antiga era, em grande parte, especulativa e
filosófica, enquanto a psicologia moderna é baseada em método científicos, pesquisas
empíricas e teorias contemporâneas.
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA NO BRASIL

As primeiras contribuições para o estudo da Psicologia, no Brasil, são oferecidas por médicos.
Em suas teses de doutoramento, nas teses de provimento de cátedra e nas teses de verificação
de títulos, incursionavam, estudantes e profissionais sobretudo no Rio de janeiro e Bahia nas
áreas da psicologia, (evidentemente, racional ou filosófica), trazendo aluno achados e
conclusões de interesse não só para o filósofo e historiador como para o homem de cultura.
No Rio de janeiro, os estudos da faculdade de medicina tendiam para a neuropsiquiatria a
psicofisiologia e a neurologia. Dentro dessas instâncias vírgulas se situava a maioria das
defendidas, entrando, não raro, a psicologia a ser analisada em suas relações com aqueles
campos de estudo e pesquisa. Pouco mais de uma década após o início das atividades de
Wundt e seus discípulos, no Rio de janeiro, começam a aparecer teses de doutoramento em
que a envergadura científica é bastante apreciável. Em 1890, José Estelita Tapajós defende a
tese: Psicofisologia da Percepção e das Representações. Veríssimo de Castro, disserta sobre:
As Emoções. O interesse elementarístico dos primórdios da Psicologia científica tem suas
ressonâncias características nessas teses. Em 1891, Odilon Goulart escreve o primeiro
trabalho, no Brasil, de Psicologia Clínica: Estudo Psicoclínico da Afasia. Já no campo da
memória, o primeiro trabalho brasileiro surge, em 1894 Alberto Seabra defende a tese: a A
Memória e a Personalidade. Em meados do nosso século, Ivan Petrovitch Pavlov iniciais tudo
que alcançam a vasta Gama dos reflexos condicionados, analisadores cerebrais, inibição
interna e neurose experimental, tanto do ponto de vista teórico quanto do estritamente
experimental, sempre referência direta psicologia. Sua influência, no campo científico, foi
definitiva, sustando inúmeras pesquisas, em todas as partes, e determinado nascimento de
escolas, também na área da psicologia. Henrique roxo distingue-se pela defesa do primeiro
trabalho de Psicologia Experimental: Duração dos Atos Psíquicos, em 1900, apresentando
uma posição extremamente atual, ao propor que a psiquiatria tenha por propedêutica a
Psicologia Científica. A faculdade de medicina da Bahia foi fundada pela carta Régia de 18 de
fevereiro de 1808, os estudos naquela casa, norteavam-se, de preferência para a aplicação
social da Psicologia, para a criminologia para psiquiatria forense e higiene mental. A parte da
primeira década de 1900 as teses, ensaios e atividades dos médicos, saídos das duas
faculdades, Rio e Bahia prosa e caráter científico mais precisa interes psicológico mais
definido pelo uso de métodos e técnicas de
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Psicologia de maior objetividade e confiabilidade. Começam a surgir os laboratórios de


psicologia, em hospitais, clínicas psiquiátricas. A apreciabilidade dos resultados da produção
e resultados psicológicos levam ao próprio governo, não raras vezes, a se interessar pela sua
criação. Há tese de Maurício Campos Medeiros, defendia, em 1907,0 no Rio de janeiro, prova
a tendência ao maior rigor científico: métodos em psicologia. A primeira história da
psicologia, no Brasil tem por título: a psicologia experimental no Brasil. Ao retornar da
Europa, onde estudar a com Georges Dumas, Maurício de Medeiros, conhecedor de
metodologia de pesquisa e técnicas projetivas, dedicava-se completamente a psicologia. Será
ele a propor, quatro décadas mais tarde, a universidade do Brasil a criação de cursos de
Psicologia normal, nas clínicas psiquiátricas. Por incumbência de Juliano Moreira Maurício
instalo laboratório de Psicologia experimental na Clínica psiquiátrica do hospício nacional e
será seu primeiro diretor. Dez anos depois, a liga brasileira propõe ao ministério da educação
e saúde a criação obrigatória de gabinete de Psicologia, junto às clínicas psiquiátricas. O
ministério de educação e saúde a vocacia, com a denominação de instituto de Psicologia, o
laboratório de psicologia do engenho de dentro, que funcionou de 1923 a 1932, e preparou
profissionais de diversas especialidades. Foi o primeiro centro brasileiro de pesquisa pura, em
psicologia equipamentos foram trazidos de Paris e Leipzig. O conhecido nome, na história da
psicologia do Brasil, o Waclaw Radecki, polonês, foi o primeiro diretor desse laboratório que,
em 1937, ser incorporado a universidade do Brasil. O nome de médico, entre tantos citados,
de mérito incontestável para a história da Psicologia, no Brasil, é o de Franco da Rocha.
Consideramo-lo um pioneiro em dois Campos de atividades afins: na psicologia, iniciando a
aplicação hospitalar de técnicas psicológicas e psiquiátricas; na psiquiatria, realizando o
trabalho de assistência à família do psicopata, hoje empregado, como absolutamente
necessário dos melhores centros, fora do país. O ano de 1940 finge de divisor de águas entre o
autoditatismo e a preparação específica. Mas, só a partir de 1950, no campo México, é que se
criaram as cadeiras de psicologia. Em 1890, a reforma Benjamin Constant introduziu noções
de psicologia para a disciplina de pedagogia, no currículo das escolas normais. Até 1910, a
psicologia era ensinada, juntamente com lógica, nos seminários, nos colégios e nos chamados
cursos das faculdades de direito que previam essa matéria, em seus vestibulares. Mais tarde,
faria o mesmo as faculdades de medicina. O projeto de lei sobre o ensino obrigatório de
Psicologia, nos cursos de medicina, só apareceria em 1954, apresentado pelo senador
Marcondes Filho.
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PSICOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA

O objetivo do profissional da Psicologia compreender e analisar as pessoas a fim de


solucionar problemas relacionados ao comportamento. O profissional atua no diagnóstico,
prevenção e tratamento de doenças mentais, de personalidade ou distúrbios emocionais, sendo
habilitada a atuar em diversos áreas tanto no âmbito privado quanto no contexto público. A
saúde pública emprega muitos profissionais de psicologia no Brasil distribuídos em
instituições de saúde mental, unidades básicas de saúde e hospitais desde a regulamentação da
área como profissão, psicologia tem conquistado e ampliado seu espaço na saúde pública,
principalmente após a instituição do sistema único de Saúde (SUS), que trouxe um novo olhar
sobre o conceito de saúde e doença. O que antes era visto como a ausência de doença física,
começou a considerar aspectos sociais culturais do paciente, com o SUS a psicologia ganhou
um novo campo de atuação. Apesar de a saúde pública abranger um percentual considerável
de profissionais da psicologia, são grandes dificuldades de atuação na área, principalmente
pela falta de conhecimento sobre o SUS e pelo uso limitado de técnicas, como consequência
de uma formação inadequada e falta de preparo profissional. A atuação se reduz a clínica
tradicional focada no indivíduo com tratamentos demorados, que não consideram o contexto
sociocultural em que o paciente vive ponto a psicologia tem uma história muito recente no
Brasil, passou a existir como profissão somente 1962. Os profissionais atuavam em
basicamente quatro áreas: Clínica, escolar, magistério e trabalho. Devido às pressões do
mercado de trabalho, os profissionais buscaram outros Campos de atuação, dentre eles, campo
da Saúde pública, gerando aumento de profissionais a partir do final da década de 70. Nesse
período, o campo de saúde pública se torna um grande polo de absorção de psicólogos com a
implantação do SUS as profissões de saúde se integraram a saúde pública nesse contexto, a
psicologia, praticamente atendia somente instituições ambulatórias e hospitalares de saúde
mental, ganha espaço nas unidades básicas de saúde, expandindo a atuação do psicólogo.
Esses acontecimentos fizeram com que a psicologia conquistasse um espaço na saúde pública.
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IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA

a Psicologia da Saúde é a aplicação dos conhecimentos e das técnicas psicológicas à saúde, às


doenças e aos cuidados de saúde, visando a promoção e manutenção da saúde e a prevenção
da doença. A finalidade principal da Psicologia da Saúde é compreender como é possível,
através de intervenções psicológicas, contribuir para a melhoria do bem-estar dos indivíduos
e das comunidades. Os psicólogos da saúde se direcionam para a compreensão da forma como
os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam a saúde e a doença. Podem estar
centrados na promoção da saúde e prevenção de doença, trabalhando com os fatores
psicológicos que fortalecem a saúde e que reduzem o risco de adoecer, podem disponibilizar
serviços clínicos a indivíduos saudáveis ou doentes em diferentes contextos e, podem ainda,
estar envolvidos em pesquisa e investigação, no ensino e formação. As funções dos
profissionais de Psicologia da Saúde estão se expandindo à medida que o campo amadurece.
A maioria dos psicólogos da saúde trabalham em hospitais, clínicas e departamentos
acadêmicos de faculdades e universidades onde eles podem fornecer ajuda direta e indireta
aos pacientes. Na atuação clínica, podem fornecer atendimento para pacientes com
dificuldades de ajustamento à condição de doente, como por exemplo, na redução de
sentimentos de depressão no paciente internado. Pode-se também ensinar aos pacientes
métodos psicológicos para ajudá-los a manejar ou gerir os problemas de saúde, como
aprender a controlar as condições de dor. A intervenção em Centros de Saúde e Hospitais
deve levar em consideração uma tripla dimensão de intervenção: os pacientes, seus familiares
e os profissionais de saúde.. Os campos de atuação clínica podem ser: prestação de cuidados
de saúde na atenção básica e de média complexidade, unidades de internação hospitalar (alta
complexidade), serviços de saúde mental, unidades de dor, oncologia, serviços de saúde
pública, serviços de saúde ocupacional, consultas de supressão do tabagismo, serviços de
reabilitação, entre outros. Na América do Norte, o profissional que deseja atuar em Psicologia
da Saúde tem dois caminhos de carreira possível: o psicólogo clínico da saúde e o psicólogo
profissional de saúde. O psicólogo clínico da saúde tem sido definido como alguém que
mescla psicologia clínica, com ênfase na avaliação e tratamento das pessoas em perigo, no
campo de conteúdo da psicologia da saúde. Para exercer a profissão de psicólogo clínico da
saúde, o profissional deve receber primeiro um treinamento como psicólogo clínico e,
posteriormente, adquirir uma especialização em psicologia da saúde, que envolve a
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compreensão das teorias e métodos da psicologia da saúde e sua aplicação ao ambiente de


saúde. Um psicólogo clínico da saúde treinado tende a trabalhar no campo da saúde física,
incluindo stress e controle da dor, reabilitação de pacientes com doenças crônicas (por
exemplo, câncer, Aids ou doenças cardiovasculares) ou no desenvolvimento de intervenções
para problemas como cirurgia invasiva. No Brasil, como os primeiros movimentos mais
consistentes da área de Psicologia da Saúde foram em hospitais, criou-se um modelo de
atuação muito difundido no país, a Psicologia Hospitalar, o termo tem sido usado para
designar o trabalho de psicólogos da saúde em hospitais. Algumas pesquisas têm identificado
o Brasil como um dos pioneiros mundiais na construção de uma nova especialidade em
Psicologia, a Psicologia Hospitalar, que agrega os conhecimentos da Ciência Psicologia para
aplicá-los às situações especiais que envolvem os processos doença-internação-tratamento
permeados por uma delicada e complexa relação determinada pela tríade enfermo-família-
equipe de saúde. Não se trata, portanto, de simplesmente se transpor o modelo clássico de
trabalho psicológico e psicoterápico desenvolvido no consultório para o hospital, mas do
desenvolvimento de teorias e técnicas específicas para a atenção às pessoas hospitalizadas,
que em sua grande maioria apresentam demandas psicológicas associadas ao processo
doença-internação-tratamento, tanto como processos determinantes quanto como reações que
podem agravar o quadro de base destes pacientes, e/ou impor sequelas dificultando ou
mesmo inviabilizando seu processo de recuperação
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REFERÊNCIAS

PEDRO, Mendes Junior . Introdução à Psicologia: O que é? História e principais


abordagens teóricas. Amazon: Kindle Unlimited, 2023. 39_112 p.

SOARES , Antonio Rodrigues . A Psicologia no Brasil. Scielo - Brasil, 2010. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pcp/a/ptsPLZhXfqLTzKmyj7b6pDp/?lang=pt. Acesso em: 06 mar.
2024.

DE MOURA, Lisiane Lima. Psicologia e a Saúde Pública. Rede Humaniza SUS, 2022.
Disponível em: https://redehumanizasus.net/psicologia-e-a-saude-publica/. Acesso em: 06
mar. 2024.

ALMEIDA, Raquel Ayres de; MALAGRIS, Lucia Emmanoel Novaes. A prática da psicologia
da saúde. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 14, n. 2, p. 183-202, dez. 2011
. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-0858201100020
0012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 06 mar. 2024.

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