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PSICOLOGIA COMO

CIÊNCIA
O QUE É PSICOLOGIA?
Senso comum

• Psicologia é pra louco;

• Lê a mente das pessoas;

• Fica analisando o comportamento;

• É fácil ser psicólogo, só escuta;

• Psicólogo só aconselha;

• Trás milagrosamente a cura para os


problemas das pessoas;
Psicologia e Senso Comum
• As pessoas tem um certo domínio sobre os conteúdos da Psicologia.

• O senso comum refere-se ao bom senso na prática.

• Psicologia refere-se ao estudo científico dos processos mentais e comportamento do


ser humano e suas relações;

• Quando se fala de senso comum, usamos as experiências anteriores;


Senso Comum e Psicologia
• Psicologia tem uma base teórica clara

• O senso comum não é científico, mas tem base na razão

• Psicologia é um campo de estudo científico

• O senso comum não tem uma base teórica;

• Em Psicologia chegamos a conclusões por meio de pesquisas ou experiências;


Filosofia
Os filósofos da antiguidade já indagavam sobre:

o sentido da vida;

 a natureza das ideias;

 a validade do conhecimento;

 a natureza da mente;

 etc.
Platão (séc. IV a.c.)
Foi um dos primeiros filósofos a levantar questões
sobre ...
Platão
• natureza da mente e das ideias;

• a origem e veracidade do conhecimento;

• a forma de chegar ao conhecimento verdadeiro.


Platão perguntava-se:

“O QUE” é a verdade
e
“COMO” chegar até ela.
Platão Concluiu:
• O nosso mundo é o das sensações e aparências (imperfeitas, mutáveis).

• Pode-se acessar o mundo das formas ideais (perfeitas, imutáveis) por meio da filosofia
e da matemática
Aristóteles(séc. IV a.C)
Discípulo de Platão
Aristóteles
• Usou a filosofia e a matemática para descobrir, por trás da aparência mutável das
coisas, aquilo que era imutável;

• Fez contribuições importantes para a Geometria, Física e Astronomia.


Filósofos na Idade Média
• As ideias de Platão e Aristóteles foram dogmatizadas pela Igreja Católica;

• O conhecimento ficou limitado pela cosmovisão religiosa;

• Galileu, Bruno, Copérnico, Kepler: questionamento das “verdades” religiosas.


Idade Média
• A Idade Média ficou marcada pelo desenvolvimento do feudalismo enquanto modo
de produção econômico e sistema de organização política e social.
Surgimento do Capitalismo
• Capitalismo: produção de mercadorias e necessidades;

• Conhecimento é independente da fé;

• Todos são consumidores em potencial;

• Noção de eu e a individualização;

• Século19: Capitalismo - industrialização - ciência deve dar explicações às questões


práticas
A Constituição da Psicologia
como Ciência no Séc. XIX
• Preocupação de encontrar no homem as mesmas leis que regem os fenômenos
naturais”;

• A Filosofia e da Fisiologia criaram terreno propício à nova ciência;

• A Psicologia surgiu como afiliada à Filosofia e assim permaneceu até a década de


1870, quando se tornou uma disciplina científica independente, na Alemanha e nos
Estados Unidos.
IMPORTANTES FATORES
CONVERGIRAM PARA O
SURGIMENTO DA PSICOLOGIA
NO SÉCULO 19
• Em 1879, Wilhelm Wundt abriu o primeiro laboratório experimental de Psicologia na
Universidade de Leipzig, na Alemanha, estabelecendo a Psicologia como uma
disciplina académica. Dentre seus importantes alunos, figuraram Emil Kraepelin, James
Cattell e Stanley Hall. Stanley Hall, por sua vez, abriu o primeiro laboratório
experimental de Psicologia nos EUA, na Universidade Johns Hopkins, em 1883. Em 1888,
James Cattell tornou-se o primeiro a receber o título de "Professor de Psicologia". Em
1887, Stanley Hall iniciou o American Journal of Psychology e, em 1892, fundou a
Associação Americana de Psicologia, a primeira de seu género no mundo, na qual
ele serviu como seu primeiro Presidente.
Escolas de Psicologia
• Funcionalismo -"o que os homens fazem" e "porque o fazem” - William James: o homem usa
a consciência para adaptar-se ao meio. Focalizava os atos e funções da mente, ao invés
de em seu conteúdo interno

• Estruturalismo - relaciona os estados da consciência com estruturas mentais. Abordagem


que focalizava os conteúdos da mente, em contraposição ao Funcionalismo; e o
surgimento da primeira Clínica Psicológica no mundo, criada por Lightner Wilmer, na
Universidade da Pennsylvania, voltando-se para a aplicação prática de seus dados
experimentais.

• Associacionismo - a aprendizagem se dá pela associação de idéias - Lei do Efeito: o


comportamento recompensado tende a se repetir
• PSICANÁLISE - termo primeiramente usado por Sigmund Freud em um artigo
académico, escola que afirmava que as pessoas são motivadas por impulsos e
conflitos inconscientes. Ou seja, a importância da afetividade e estudo do
inconsciente.

• BEHAVIORISMO – termo utilizado por Skinner na publicação do: "O Comportamento


dos Organismos", introduzindo o conceito de condicionamento operante, Teoria S-R,
voltada mais para o comportamento humano;

• GESTALT – termo usado por Kurt Koffk que se preocupa entender o homem em sua
totalidade, percepções de mundo em uma época onde os psicólogos passaram a
serem perseguidos por idealizarem uma vida fora dos meios de produção.
Não existe uma Psicologia, mas várias ciências
psicológicas em desenvolvimento
Abordagens na Psicologia
Psicanálise
Sigmund Freud (1856-1939):
 EU é dividido entre consciente e inconsciente.

 A sexualidade ocupa papel central no desenvolvimento psíquico.

 A dinâmica do inconsciente explica a psicopatologia: neuroses, psicoses etc.

 Baseia-se na introspecção e na interpretação da fala dos pacientes.

 Influências do racionalismo, do darwinismo e da psiquiatria.


Abordagens na Psicologia
Behaviorismo
John Watson (1878-1958) e B.F. Skinner (1904-1990):
 Comportamentos são aprendidos e controlados por meio de estímulos, recompensas

e punições.

 Influências do positivismo, empirismo e mecanicismo.

 Baseia-se na observação e mensuração de comportamentos.

 Rejeita o mentalismo, a introspecção, a consciência e o inconsciente.


Abordagens na Psicologia
Gestalt
Max Wertheimer (1880-1943), Kofka, Köhler e outros.
 Investiga as relações entre dinâmica perceptiva e pensamento.

 Percepções são influenciadas pela dinâmica interna fisiologia, memória,

pensamentos etc.

 Influências do idealismo e do mentalismo alemão.


Referência Bibliográfica
• BOCK, A. M. et al. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo:
Saraiva, 2001.

• Moraes, M. A Psicologia como reflexão sobre as práticas humanas: da adaptação à


errância. Estudos de Psicologia, 8(3), 2003, pp. 535-539 Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v8n3/19976.pdf

• Cambaúva, L.G. et al. Reflexões sobre o estudo da história da Psicologia. Estudos de


Psicologia, 3(2), 1998, pp.207-227 Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v3n2/a03v03n2.pdf

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