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Luena, 2022
Capítulo 1- Psicologia como Ciência.
Objectivos de aprendizagem
A humanidade desde sempre teve uma serie de questões sobre o mundo que a
cerca, fazendo várias questões como:
A Grécia, como se sabe, foi o berço da civilização ocidental. Foi na Grécia que teve
início o estudo da Filosofia e que depois, dominou todo o Ocidente. Os primeiros
filósofos conhecidos surgiram por volta dos séculos IV, V, VI a.C., nas colônias
gregas da Ásia Menor, num período denominado Cosmológico
Quando alguém morria, a matéria (o corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre
para ocupar outro corpo.
Santo Agostinho, inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre alma e corpo.
Para ele, a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma
manifestação divina no homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga o
homem a Deus. E, sendo a alma também a sede do pensamento, a Igreja passa a
se preocupar também com sua compreensão.
Desta concepção sobre o homem decorre que existem duas áreas de estudo: a
parte material, o corpo, a quem se deveria dedicar a ciência e a parte imaterial a
alma ou mente, domínio da Filosofia.
A origem da Psicologia, ainda ligada aos estudos da Filosofia, pode ser localizada
no quinto e quarto séculos A.C., principalmente com as ideias de filósofos gregos
como Sócrates, Platão e Aristóteles, que levantaram hipóteses e ideias sobre o
funcionamento da alma ou mente humana.
A palavra Psicologia tem sua origem em duas palavras gregas: psyché (alma ou
espírito) e logos (estudo, razão, discurso), significando originalmente o estudo da
alma. Daí, psyché + logos = Psicologia estudo da alma
Origem da Psicologia científica
Wilhelme Wundt (1832 – 1920) influenciado pelo ponto de vista dos filósofos
empiristas como John Locke que comparou a mente como uma tábua rasa e pelo
desenvolvimento da Fisiologia e Psicofísica de René Descartes, Gustav T. Fechner,
desenvolve a concepção do paralelismo psicofísico, segundo a qual aos fenómenos
mentais correspondem fenómenos orgânicos. Por exemplo, uma estimulação física,
como uma picada de agulha na pele de um indivíduo, teria uma correspondência na
mente deste indivíduo.
Associacionismo
Estruturalismo
Criado por Wundt e desenvolvido por Edward B. Titchner (1867-1927) com objectivo
de estudar e compreender a consciência humana. Titchner irá estudá-la em seus
aspectos estruturais, isto é, os estados elementares da consciência como estruturas
do sistema nervoso central.
Funcionalismo
Behaviorismo ou comportamentalismo
Estímulo de natureza externa: podemos citar a contracção das pupilas quando uma
luz forte incide sobre os olhos, a salivação provocada por uma gota de limão
colocada na ponta da língua, o arrepio da pele quando um ar frio nos atinge, as
famosas “lágrimas de cebola” picada de uma agulha etc.
Comportamentalismo e educação
Watson considerava que o ser humano e o animal, para além dos reflexos inatos,
têm reflexos aprendidos. O comportamento humano seria o resultado da soma dos
reflexos inatos e condicionados. A personalidade seria o produto da acumulação dos
condicionamentos sofridos pelo indivíduo ao longo do tempo.
Para ele a primeira infância tem grande importância na vida do ser humano, porque
é o período da vida que se organiza as primeiras aprendizagens, isto é, os primeiros
condicionamentos. Por isso, muitos distúrbios comportamentais dos adultos têm
origem dos hábitos interiorizados quando criança. Por esta razão, Watson vai
interessar-se pelas questões da educação. Diante disso surge a sua frase:
O lema da Gestalt é: o todo é mais do que a soma das partes. Usaram os testes
projectivos como método.
Uma melodia por exemplo é ouvida como uma totalidade, como um conjunto, e,
quando a escutamos não temos consciência das notas que a compõem.
Psicanálise
Humanismo
O conceito de Psicologia
Comportamento: qualquer acto, acção, que o organismo faz que podemos observar
e registar. Exemplos: sorrir, falar, pestanejar, comportamento social, suar etc. A
expressão comportamento e os processos mentais na definição da psicologia devem
ser compreendidos como tendo muitos significados: ela abrange não apenas o que
as pessoas fazem, mas também seus pensamentos, emoções, percepções,
processos de raciocínio, lembranças e mesmo actividades biológicas que mantêm o
funcionamento corporal.
Objectivos
Função da Psique
Os seres humanos possuem quatro funções psíquicas, sendo duas estão na esfera
da racionalidade (pensamento e sentimento), e outras duas se encontram na
irracionalidade (sensação e intuição)
Psicologia jurídica: estuda a estrutura das Normas Jurídicas enquanto estímulos dos
vectores das condutas humanas
Biologia: ciência que estuda os seres vivos, os fenómenos vitais e as suas leis;
como o objecto de estudo da Biologia são os seres vivos, então, eles fornecem os
reflexos psíquicos que constitui a matéria - prima da Psicologia no estudo do
Comportamento humano.
Medicina: esta trata sobre a saúde do organismo do homem. E esta é a base para
que haja um equilíbrio psíquico tendo em conta a configuração interna e externa do
organismo.
Objectivos de aprendizagem
Observação
Observação naturalista;
Observação laboratorial
Estudos de casos;
Questionário
Método correlacional
Método dos testes psicológicos;
Método experimental
Entrevista
Levantamento;
Observação
Observação naturalista
Observação laboratorial
Questionário
Método correlacional
Este método tem como objectivo determinar uma relação entre duas ou mais
variável e esta relação pode ser negativa ou positiva ou ainda inexistente. Quando
um investigador observa que os pais com mais livros em casa, têm filhos com
melhor rendimento escolar, que as crianças que ficam mais tempo na televisão são
mais violentas e agressivas.
Método experimental
Objectivos de aprendizagem
Por exemplo: o tacto ou a pele recebe o estímulo (receptor) e envia esta informação
para os nervos sensoriais e estes por sua vez levam a informação para a medula
espinal onde ela recebe e processa a resposta, (processador) esta resposta
processada é enviada aos nervos motores para os músculos e estes contraem-se
retirando-a da fonte de calor. (efectores)
Protencéfalo:Tálamo,Hipotálamo
Sistema Nervoso Sistema límbico, Amígdala, Cérebro
Possui apenas uma única estrutura o Sistema Reticular Activante (SRA) é o centro
que controla a nossa capacidade de vigília e o sono, capacidade de atenção e
distração. Uma lesão nesta área provoca um estado de coma permanente.
Uma lesão nesta área, a pessoa não pode aprender algo novo ou formar uma nova
memória, provoca a amnésia anterógrada, a qual a pessoa não consegue memorizar
ou gravar nomes das pessoas que conhece mas, sempre poderá lembrar-se dos
acontecimentos anteriores formados antes da lesão. Enquanto, os acontecimentos
posteriores, isto é, depois da lesão são varridos da memória.
O córtex cerebral – é a parte mais externa que cobre toda a parte do cérebro,
dando-o um aspecto rugoso com os seus sulcos ou fissuras. É o centro de controlo
motor, de recepção e processamento de mensagens sensoriais, sendo igualmente
constituídas pelas áreas responsáveis por processos mentais superiores como: as
nossas capacidades de raciocinar, recordar, imaginar, falar, resolver problemas,
planear acções, coordenar movimentos, e ter percepção do meio. Sem ele não
seriamos capazes de realizarmos as funções mentais superiores que nos distingue
dos outros animais. O córtex cerebral está dividido em quatro lobos (frontal,
temporal, parietal e occipital).
Sistema nervoso periférico (SNP)
O sistema nervoso periférico é constituído por nervos cranianos 12 pares que ligam
as diversas partes da cabeça (olho nariz, língua) e nervos raquidianos 31pares que
nascem ao longo da espinal medula. Tem a função de receber e captar os estímulos
do meio externo e encaminhá-los para o sistema nervoso central, onde se fará o
processamento da informação e a recepção das respostas para cada estímulo.
Sistema Nervoso Simpático: sistema que excita e prepara o corpo para responder a
situações de tensão e de emergência do nosso organismo, activando – o para
enfrentar problemas e ameaças aumentando o batimento cardíaco.
Conceituar o desenvolvimento
Descrever os factores do desenvolvimento intelectual
Caracterizar as concepções acerca do desenvolvimento cognitivo, psicossexual,
e psicossocial.
Conceito de desenvolvimento
Desenvolvimento
Conjunto das mudanças contínuas que ocorrem no ser humano ao nível físico e
psicológico desde o nascimento até a morte.
Hereditariedade: Cada criança ao nascer herda de seus pais uma carga genética
que estabelece o seu potencial de desenvolvimento. Estas potencialidades poderão
ou não se desenvolver de acordo com os estímulos advindos do meio ambiente
Concepção do desenvolvimento
Adaptação
Acomodação
Para que haja adaptação, é necessário que estes dois processos estejam em
equilíbrio dinâmico, o que é conseguido através do mecanismo de equilibração – é
o processo de regulação entre a assimilação e a acomodação.
Estádios de desenvolvimento cognitivo segundo Jean Piaget
Neste período, a boca é a principal zona de prazer. É pela boca que a criança entra
em contacto o mundo, é por esta razão que a criança pequena tende a levar tudo o
que pega a boca. O seio da mãe é a fonte de grande satisfação que lhe permite
estabelecer uma relação afectiva de proximidade com a mãe. A qualidade da
relação afectiva entre o bebé e a mãe irá reflectir-se na sua personalidade em
adulto. Se pessoa enquanto bebé, foi desmamada, demasiado cedo, ou muito tarde,
desenvolverá uma fixação neste estádio oral e posteriormente, na sua vida, terá
necessidade de actividades que consistem, simbólica e realmente, em obter
gratificação oral (fumar, beber; roer as unhas…).
Devido á grande dependência que temos de alguém neste estádio, podemos como
adultos apresentar características como a crueldade, humor sarcástico, má-língua,
grande capacidade de argumentação, entre outras características.
Este estádio é marcado pela relação que o bebé estabelece com a mãe. Assim,
durante este período, o relacionamento com a mãe é da maior importância. Se a
mãe alimenta bem o filho, se o aconchega e acarinha, brinca e fala ternamente com
ele, o bebé desenvolve o sentimento de que o ambiente é agradável e seguro,
criando uma atitude básica de confiança e face ao mundo.
Vertente negativa: sentimento de culpabilização pelo que faz e pelo que pensa.
Nesta fase, o jovem adulto, com uma identidade já construída, está preparado para
estabelecer relações de amizade, de afecto com os outros. Geralmente procura uma
relação de intimidade com outra pessoa que pode envolver um relacionamento
sexual. Se não o consegue pode distanciar-se dos outros e isolar-se.
Vertente positiva: desenvolvimento das relações de intimidade (relações amorosas e
de amizade)
Nesta idade vive o conflito que se pode traduzir nas seguintes questões: será que
faço alguma coisa que tenha realmente valor? Será que sou bom profissional? Serei
um bom pai ou mãe? Há uma grande vontade de tornar o mundo melhor, de
transmitir aos mais jovens valores e propostas num processo de um compromisso
social.
Aqui o valor moral das acções não está nas conformidades às normas e padrões
morais e sociais vigentes; está vinculado aos princípios éticos universais, tais como
o direito à vida, à liberdade e à justiça. Portanto, as normas sociais são entendidas
na sua relatividade, cuja finalidade é garantir que estes princípios sejam respeitados.
Caso isto não aconteça, as leis devem ser transformadas e até desobedecidas.
Objectivos de aprendizagem
Temos a salientar que um simples contacto físico não é suficiente para que haja
interacção social. Por exemplo se alguém se senta ao lado de outra pessoa num
autocarro, mas ambos não conversam, neste caso não há uma interacção social
mas, sim um contacto social.
1. Primária
2. Secundária
3. Terceária
1 - Socialização primária:
2 - Socialização secundária
Que é aquela decorre desde um momento mais tardio da infância até na idade
adulta. Nesta fase, outros agentes de socialização assumem algumas das
responsabilidades que pertencia à família. As escolas, os grupos de pares,
instituições, os meios de comunicação e eventualmente o local de trabalho tornam-
se forças de socialização de um indivíduo.
3 - Socialização terciária
ocorre na velhice. Pela própria fase de vida, o indivíduo pode sofrer crises pessoais,
haja vista que o mundo social do idoso muitas vezes se torna restrito (deixa de
pertencer a alguns grupos sociais) e monótono. Nessa fase, o indivíduo pode sofrer
uma dessocialização, em decorrência das alterações que ocorrem, em relação a
critérios e valores. E, concomitantemente, o indivíduo, nesta fase, começa um novo
processo de aprendizagem social para as possíveis adaptações a nova fase da vida,
o que implica em uma ressocialização.
Como ser social, o Homem possui, por exemplo, o instinto e desenvolve o hábito de
viver em sociedade, isto é, na relação com os outros homens. E é na sociedade que
o Homem se enquadra, onde existem os estatutos sociais, ou seja, as camadas
sociais que o enquadram e definem o seu “status” social. Na sociedade o homem
rege -se por normas de conduta social que representam a moral social. Esta prevê
tudo o que o homem é admitido e obrigado a fazer e aquilo que lhe não é permitido e
não deve fazer. Esta prevê as formas de conduta que o Homem deve ter em relação
com os outros homens. Portanto, o Homem vive em comunidade.
Relatividade cultural
Cada sociedade possui uma cultura própria e forma juízos de valores sobres os
modos de vida, os sistemas de valores, as regras, as crenças religiosas, as políticas
económicas e sociais dos outros grupos. A relatividade cultural defende que cada
cultura deverá ser olhada dentro dos seus próprios padrões, mesmo quando esses
padrões pareçam invulgares. Por exemplo; chorar é um acto que envolve uma
componente biológica e uma componente psicológica – choro porque estou triste,
choro de raiva, de dor, de emoção, de alegria. Mas, a forma de como se chora,
quando e porque se chora varia nas diferentes culturas.
A aculturação:
Percepção social
Chama-se percepção social ao processo pelo qual formamos impressões a respeito
de uma outra pessoa ou grupos de pessoas. Isto é, todos nós temos a tendência de
fazer julgamentos bastantes complexos a respeito de outros, com base em bem
poucas informações.
Grupo social
Grupo social: um grupo pode ser definido como uma unidade social ou estrutura
composta por vários indivíduos que cooperam entre si partilham objectivos e
interesses comuns e desempenham funções ou papéis distintos.
Tipos de grupos
Liderança
Assim, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma
tarefa ou actividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de
pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência. Para os gestores actuais,
são necessárias não só as competências do chefe, mas principalmente as do líder.
Estilos de liderança
Segundo Kurt Lewin, na sua investigação desenvolvida nos EUA, em 1939, sobre a
atmosfera de liderança, existem essencialmente três estilos de liderança
caracterizados como o líder se relaciona com o grupo:
1. Líder autoritário
É o estilo em que o líder toma decisões sem consultar o grupo. É um tipo de líder
gerador de conflitos, de atitudes agressivas e de várias frustrações, o grau de
insatisfação do grupo é elevado pois, não há espaço de iniciativa pessoal.
2. Líder permissivo ou Laissez-Faire:
3. Líder democrático
Segundo Solomon Asch, a interacção grupal diz respeito a influência mútua dos
comportamentos e expressões linguísticas próprias que ganham dimensão no grupo
e que muitas vezes o distinguem de outros. Se um grupo é composto de duas
pessoas, estabelece-se uma relação em que se desenvolvem interacções pessoais
onde predominam a cooperação. O aumento do número de elementos do grupo
implica um aumento considerável no número de interacções.
O estatuto
É a posição que um indivíduo ocupa numa das dimensões do sistema social, como a
profissão, o nível de instrução, o sexo ou a idade. Define, portanto, a identidade
social.
Por exemplo: Ser médico é uma posição que um indivíduo ocupa na sociedade que
determina direitos e obrigações, nomeadamente em relação aos pacientes. Mas, se
o médico executa mal o seu papel cometendo faltas profissionais, o estatuto pode
ser-lhe retirado.
Adquiridos ou atribuídos:
Estatutos adquiridos: posição adquirida pelo individuo por opção própria. São
aqueles que dependem do esforço pessoal para a sua obtenção, através das suas
habilidades, conhecimentos e capacidades pessoais (Meritocracia). Por exemplo; o
professor, médico, a escolaridade, a profissão, o modo de vida…
Estatutos atribuídos: posição imposta ao individuo independentemente da sua
vontade. são aqueles que independentemente da sua capacidade para obtenção,
este recebe o cargo logo à sua nascença. Por exemplo; o género, a etnia, a
ascendência, o sexo, os herdeiros de monarquias.
O papel social
Por exemplo; uma universitária assume o papel de aluna na sala de aula, ao chegar
em casa passa a desempenhar o papel de mãe e ao chegar ao escritório onde
trabalha passa a desempenhar o papel de secretária-executiva.
Um jovem que trabalha todos os dias à noite numa discoteca, provavelmente, não
conseguirá responder às exigências do seu papel do aluno, na manhã seguinte.
Atitudes
Atitudes e comportamentos
Mudança de atitudes
A modificação das atitudes depende basicamente de novas informações relativas ao
objecto. Mas a forma como o individuo reage a essas informações varia em função
das atitudes em causa: é mais fácil mudar-se a atitude relativamente a um objecto
sobre o qual se tem um sentimento fraco ou sobre o qual se tem pouca informação.
Medida das atitudes: as atitudes são mensuradas através de escalas de atitudes que
constituem uma das técnicas que constituem para medir a qualidade, o grau de
intensidade e a direcção das atitudes. Baseiam-se no pressuposto de que se podem
medir através das opiniões.
Uma das escalas mais utilizada foi desenvolvida por Lickert. É uma técnica de papel
e lápis em que se pede ao inquirido que analise o que pensa sobre um determinado
objecto, manifestando a intensidade do seu acordo ou desacordo. Propõe-se uma
frase, relativamente à qual o inquirido regista a sua opinião.
Por exemplo:
Preconceito
Discriminar alguém consiste em impedir essa pessoa de exercer seus direitos como
ser humano, negando a ela acesso a coisas e situações.