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Historia e Sistemas de Psicologia

Aula nº 1
Sumário: Surgimento da Psicologia

Porque que estudar a história de psicologia.

Conhecer o passado, melhor o presente e perspectivar o futuro

O estudo da história vem desde dos tempos remotos, a mais de 2.500 anos conforme
encontramos nos escritos de alguns textos filosóficos. As pesquisas sobre a natureza e
comportamento humano remontam desde o século V. a. C. Os filósofos gregos como:
Platão, Aristóteles, empenharam-se em investigar muitos dos problemas de interesse dos
psicólogos.

Por exemplo: A memória, aprendizagem, motivação, percepção, sensação,


linguagem, pensamento e o comportamento anormal.

Durante dois mil anos a Psicologia existiu amorfa e indiferenciada, pois estava fundida
à Filosofia. Por isso, vamos pontuar as transformações sofridas. Significado da alma,
através da própria evolução do pensamento da humanidade.

Contudo, essa definição muito controversa, pois o termo “alma” abre um leque imenso
de formas de compreensão. Uma vez que os homens nunca deixaram de discutir, a
respeito da natureza, da função e até da realidade da alma. Reflectir sobre a alma suscita
questões inquietantes, enigmáticas infinitas.

O filósofo matemático René Descartes uma das principais figuras da revolução, e


científica do século XVII, traçou uma distinção entre corpo e mente que se tornaria
essencial para o desenvolvimento da psicologia.

Descartes afirmava que todos os seres humanos tinham um a existência dual um corpo
que funciona como maquina e uma mente pensante e imaterial, ou alma. Pensadores da
psicologia que o sucederam, entre eles Johann Friedrich Herbart, ampliaram a analogia
com a máquina para incluir também o cérebro e passaram a descrever os processos
mentais como um cérebro máquina trabalhando.

A questão do grau de separação entre corpo e mente tornou -se tema de


debate .Cientistas perguntaram –se ate que ponto a mente e formada por factores físicos
e quanto e moldada pelo ambiente .o debate natureza versus criação turbinado pela
teoria evolucionista do naturalista britânico Charles Darwin e adoptado por Frances
Galton ,pôs em foco conceitos como livre-arbito ,personalidade, desenvolvimento e
aprendizagem.

Eram áreas que ainda não haviam sido estudadas a contento pela filosofia e estavam
então prontas para serem examinadas pelo método científico. Enquanto isso, com a

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descoberta da hipnose, a natureza misteriosa da mente popularizava-se, levando


cientistas sérios a considerar que a vida mental poderia conter mais elementos do que o
pensamento consciente. Esses cientistas começaram a analisar a natureza do
inconsciente e sua influência sobre nosso raciocínio e comportamento.

Em 1633 descarte escreveu seu primeiro trabalho filosóficos homine do homem, no qual
apresenta o dualismo entre mente e corpo a mente imaterial, ou alma afirma ele faz o
seu trabalho de pensar, instalada na glândula pineal do cérebro, enquanto o corpo e uma
máquina operada por espíritos animais, ou fluidos, que percorrem o sistema nervoso,
provocando os movimentos. Essa ideia havia sido popularizada por Galeno no século II,
que a vinculou a sua teoria dos humores, mas descartes foi o primeiro a descreve-la em
detalhes e a enfatizar a separação entre corpo e mente.

O mesmo explica que a glândula pineal e a sede do pensamento e portanto, deveria ser
morada da alma, uma vez não se pode separa-los. Isso era importante, dizia ele, porque
do contrário a alma não estaria conectada a nenhuma parte sólida do corpo, mas apenas
aos espíritos psíquicos.

Descartes imaginava mente e corpo interagindo por meio da percepção dos espíritos
animais que supostamente fluíam pelo corpo. A mente, ou alma, residente na glândula
pineal, no fundo do cérebro, era por vezes capaz de perceber o movimento dos espíritos,
fato que provocava uma sensação de consciência dessa forma, o corpo podia afectar o
corpo da mesma maneira, estimulando um fluxo maior de espíritos animais para uma
região específica do corpo, assim, provocando uma acção.

Descartes fez uma ilustração da glândula pineal, um órgão único do cérebro localizado
em posição ideal para unir em uma única impressão aquilo que se vê e ouve por dois
olhos e dos ouvidos

Nascimento da psicologia

A psicologia é uma ciência jovem surge a 200 anos atrás do séc. XIX a última terça
parte do século não existe data precisa quando a mesma adquiriu sua cidadania no ano
de 1879.

A mesma foi reconhecida, quando o cientista alemã Wilhem Wundt, montou o seu
primeiro laboratório de psicologia experimental na cidade de Lípsia na antiga Alemanha
do Leste.

Dessa forma, a primeira grande definição de Psicologia como estudo da alma durante
muito tempo.

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A psicologia e o seu lugar cronológico entre as de mais ciências

Os fenômenos mentais foram herdados tanto do pensamento filosófico e como das


investigações fisiológicas dos séculos XVII e XIX. Os filósofos do sec. XIX abriam
caminho para um estudo experimental do funcionamento da mente.

E os fisiologistas atacavam de forma independente os mesmos. Esses queriam


compreender os mecanismos físicos que estavam por de trás dos processos mentais.

A união dessas investigações produziu um campo novo que logo adquiriu identidade e
importância própria. Esse novo campo cresceu rapidamente, tornando-se uma das
disciplinas académicas de maior interesse actual.

A duzentos e cinquenta (250) anos antes da fundação do primeiro laboratório de


psicologia experimental em Lípsia. As descoberta continuaram, isto é no sec. XVI
Harvey descobre a circulação do sangue (1628).

Em suma alguns factos e outros semelhantes levaram muitos historiadores de ciências a


sustentar que: Este progresso teve o seu início em ciências mais afastadas do homem
(ex: física, astronomia etc).

E mais tarde dirigiu para as mais próximas dos seus problemas específicos (ciências
humanas, em geral e a psicologia em particular).  

Razões do desenvolvimento tardio


O carácter espiritual, sagrado, transcendental que a maioria das instituições humanas
atribuiu e atribuem ao ser humano.

A complexidade do ser humano e do seu comportamento.

Logo essa complexidade reconhecida pelos próprios psicólogos.

Exigiu que os mesmos aprofundam-se mais os métodos e instrumentos de observação.

E também tinham que adquirir maior e melhor perfeição antes de serem aplicado ao
homem.

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Raízes filosóficas da psicologia científica

A história da psicologia recebeu algumas influências que deram origem à


própria psicologia como: Positivismo, Materialismo e Empirismo. A psicologia
nascente teve como objeto de estudo à vida anímica. Os empiristas por sua
vez supunham por sua vez reconhecer que no homem a um corpo distinto da
alma.

A vida anímica fundamenta-se em elementos sensórios que se relacionam com


a percepção sensorial de cujas as combinações ou associações surge a nossa
vida anímica. A psicologia científica foi herdada de duas grandes áreas a
saber: filosofia e fisiologia.

Murphy em 1950 sugeriu a teoria do dualismo alma-corpo que se baseava em:


sonhos, e esse dualismo depois passou para a filosofia grega de (Platão,
Aristoteles) que foi um dos grandes tópicos da filosofia ocidental.

No séc XIX,foi feita à revelação da existência do corpo e alma. A história do


pensamento filosófico foi dada várias respostas a esta questão: Interacionismo,
Paralelismo, Monismo material, Monismo espiritual.

No interacionismo o corpo e alma actuam de forma separada, mas ao mesmo


tempo a actividade, de um influi ou pode influir no outro; Descartes
sustentavam que, esta interacção tem lugar através da glândula pineal (sistema
endócrino).

Monismo Material é o nosso corpo, que é uma realidade única e verdadeira.


Monismo Espiritual é a nossa mente ,que é uma realidade única.

O problema do corpo-alma outro hora era tratado desta forma hoje já não é
estudado desta forma. O problema da alma-corpo não é um problema
cientificamente solúvel. Porque alma ou mente por definição é imaterial ou não
é palpável. Logo escapam a observação directa condição sino-qua-non que a
ciência hoje exige dos seus objectos. Não são as células que dão a biologia do
ser vivo? Que há de estranho no homem, que em já no ano 310 a.c.
Aristóteles em Atenas e no ano 400 d.c. Santo Agostinho na África para tentar

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explicar à memória a partir de simples leis de associação das marcas que a


realidade deixa na nossa mente.

Raízes fisiológicas da Psicologia científica

Na história do conhecimento científico, as coisas não partem do zero. De onde


poderiam surgir os métodos experimentais e os instrumentos da observação
dos novos cientistas da mente, senão dos laboratórios de Fisiologia, sobretudo
da fisiologia sensorial?

Compreender-se-á perfeitamente a questão de se pensar que objecto da


fisiologia é o objecto da Psicologia têm fronteiras comuns e até por vezes se
sobrepõem. Esta afirmação é ainda mais valida se nos fixarmos no objecto da
fisiologia sensorial – que trata dos sentidos e do seu funcionamento.

Que teve um desenvolvimento incomparável no século XIX, e no objecto da


Psicologia filosófica dualista e associacionista que se interessa pela associação
dos conteúdos sensoriais da mente.

A neurofisiologia é também a outra parte da ciência que se encarrega no


estudo dos nervos e o seu funcionamento.

Fisiologia Cerebral é o foram feita algumas experiência em pombos por


Flourens extirpando algumas partes do cérebro para observar o impacto no
comportamento psicológico.

Fristsch e Hitzig também excitaram electricamentemente os mesmos cérebro e


observando igualmente o seu fluxo na conduta. Bele também descobre que o
SN tem nervos sensitivos e motores do corpo que não se movem por uma
vontade invisível, mas sim pelo cérebro através dos nervos motores.

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Associacionismo Inglês

O que há de específico no associacionismo inglês?

A maior especificidade do associacionismo é analisar o mundo da nossa


mente. As nossas ideias, conhecimentos, a nossa consciência intelectual, com
objectivo de descobrir os elementos últimos e modo como a partir desses
elementos surgem o nosso complexo mundo intectual. Os fenómenos
psicológicos são distintos dos fenómenos corpóreos ou fisiológicos.

Associacionismo Inglês é um doutrina da escola filosófica que dominou na


altura na Inglaterra do séc. XVII e em grande parte do séc XIX. Os principais
representantes da mesma são: D.Hartley,Th Brown James Mill, Stuart Mill ,
A.Baim e alguns filosos impiritas como Joh Lock e Hume.

As obras de Brown James, Baim etc… Marcou à todos interessados aos


problemas psicológicos durante a segunda metade do séc. XVIII e primeira
metade do séc. XIX sobretudo no mundo saxónio incluindo o Norte-Americano.
Também os homens de ciências alemães interessaram-se pelo mesmo
concretamente.

O fisiólogo dos sentidos e físico Hellmholtz e o pai da psicologia Wundt


autorizaram a entrada do mesmo no mundo alemão científico. Não se
esquecendo que a ciência psicológica no princípio não foi mais do que uma
aplicação dos métodos da ciência. Sobretudo da fisiologia a vida da mente
como concebiam os associacionistas. Helmhdtz analisou o funcionamento das
estruturas anatómicas do olho na visão das cores;

Ao falarmos da fisiologia sensorial não nos devemos esquecer que as bases


experimentais e as teorias da F.S. ficaram definitivamente assentes na
Alemanha durante a primeira metade do séc. XIX.

O criador dessa grande escola alemã de fisiologia foi John Muller famoso
porque formulou as leis das energias específicas dos nervos sensórias.“Cada
nervo reage sempre da sua forma característica qualquer que seja o estímulo
que o afecte”.

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Disciplina: História e Sistema de Psicologia

Aula nº 4

Sumário: A teoria da evolução e perspectivas da biológica em psicologia

Teoria que surge para dar apoio os limites inerentes à psicologia cultivada no
laboratório de Lípsia e nos outros construídos à sua imagem e semelhança.
Um dos principais limites à superar era o seu objecto de estudo e o seu campo
de estudo: A consciência e os seus conteúdos mentais.

Os psicólogos queriam compreender também a vida humana, como ela se


desenvolve no meio ambiente natural e social.

Era necessário também superar o seu método; a introspecção, isso por várias
razões: Só com a introspecção não seria possível garantir a objectividade e a
validade das suas descobertas; A introspecção é um método viciado pelo
subjectivismo; A psicologia precisava de uma nova perspectiva capaz de a
arrancar dos artifícios académicos daqueles laboratórios tão frios e afastados
da realidade da própria vida e dos seus processos; Uma perspectiva que
possibilitasse um estatuto verdadeiramente objectivo não só da consciência
mas também da totalidade da conduta humana; A investigação não tinha que
se limitar na Alemanha, mas também a Inglaterra e que pudesse permitir a sua
expansão por todo mundo…

TEORIA DA EVOLUÇÃO

A teoria da evolução esta ligada ao nome de Charlles Darwin. Importa dizer


que a teoria deste génio não surgiu do nada, as suas descobertas e teorias

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lhe foram facilitadas por uma longa tradição, vinda de longe. A mesma também
teve os seus antecedentes que deram corpo ou sustentação científica.

O primeiro foi o do grego Anaximandro, que afirmará para a vida surge da água
e vai evoluindo desde os peixes até aos mamíferos. Ou mesmo o romano
Lucrécio, que nos deixou uma panorâmica evolutiva do cosmo. O geólogo
inglês Charles Lyell, que na primeira metade do século XIX defendeu uma
espécie de evolucionismo geológico ou geologia histórica.

Ajudou assim de forma extraordinária à gestação duma visão evolutiva


segundo a qual terra teria existido desde tempos. Mas será na própria Biologia
que Darwin e Jean-Baptiste Lamarck, biólogos que viveram na segunda
metade do século XVII e inícios do século XIX.

O avô de Charles foi o primeiro a defender essa temática. Mas tivera afirmado
que: os animais de sangue quente tinham ou surgiram a partir de um
«filamento vivo». Dotado duma certa animalidade e cuja evolução explicava-
se em termos de hereditariedade e de adaptação ao meio ambiente.

O segundo, de origem francesa, recolheu algumas das crenças não cientistas


de Erasmus Darwin (avô) e depurou-as. A ideia Lamarckiana mais conhecida e
também mais polémica foi a da transmissão hereditária dos comportamentos
aprendidos pelos organismos ao longo das suas vidas.

É conveniente não reduzir ao terreno estritamente científico os antecedentes


históricos do darwinismo. Deve-se ter em conta uma série de circunstâncias
históricas e ideológicas que favoreceram em larga medida o seu aparecimento
e propagação. Referimo-nos, em concreto, às transformações industriais e
revolucionárias que a Europa conheceu em fins do século XVIII e princípios do
século XIX.

Ao estudo da natureza e à ideia de progresso divulgados pela corrente


romântica,a filosofia idealista alemã especialmente a de Hegel e Schelling,
muito impregnada aos princípios evolucionistas, embora essa evolução não
fosse compreendida em termos biológicos, mas sim a partir da ideia ou do
espírito. Assim, não é de surpreender que as teorias de Darwin se

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organizassem num sistema evolucionista e que o mesmo sistema fosse rápido


e favoravelmente aceite naquele ambiente.

CHARLES DARWIN

Nascido em 1809,Charles Darwin veio a morrer em 1882,viveu quase todo


século XIX, muito novo realizou uma série de viagens pelos Mares do Sul, que
foram de importância básica para a sua vida e para sua obra. A fauna e a flora
sem se esquecer dos fosseis (figuras encontradas nas pedras) da Patagónia,
Nova Zelândia, Açores, etc.

Proporcionaram-lhe uma abundante colecção de animais e de plantas cuja


análise pôde posteriormente levar a cabo na Inglaterra. Esta análise levou-lhe a
seguinte conclusão: a perfeita adaptação de todos aqueles seres vivos aos
seus respectivos ambientes naturais. O problema da seleção Darwin não
conseguia compreender como a natureza conseguia selecionar, os indivíduos e
espécies, dando a sua sobrevivência e propagação. E a mesma tolerava e até
favorece que outras fossem eliminadas apesar de terem uma constituição
orgânica muita semelhante dos outros.

Na medida que à profundava as suas investigações, veio parar-lhe às mãos


uma obra do famoso Thomas Malhus. É necessário recordar, segundo este
autor, o crescimento potencial da população animal e humana é maior do que a
capacidade da terra para lhes proporcionar alimento, daí concluía Malthus pela
necessidade de algum tipo de obstáculo que travasse aquele crescimento.
Darwin não tardou e apropriou-se dessas ideias.Com elas podem elaborar a
sua resposta ao problema da seleção. E conclui: Os indivíduos de uma espécie
variam efetivamente em algumas das suas características tanto os indivíduos
como as espécies têm de viver de forma competitiva, dado que os recursos
oferecidos pela natureza são. Em suma Darwin afirma que os indivíduos
melhor dotados para luta e pela vida conseguem sobreviver ao mesmo tempo
que conseguem transmitir aos seus descendentes as características que lhes
possibilitaram essa sobrevivência.

Depois desta conclusão ele ainda escreveu uma celebre frase em


reconhecimento do trabalho de « Malthus» sobre a população e, estando bem

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preparado para apreciar a luta pela existência que qualquer pessoa pode ver
se observar demoradamente os costumes de animais e plantas.

 Veio-me bruscamente a ideia de que nessas circunstancias as variações


favoráveis tenderiam a conservar-se e as desfavoráveis tenderiam a
conservar-se e as desfavoráveis a destruir-se. O resultado seria a
formação de novas espécies.

 Darwin evitou bem aplicar as suas teorias ao homem as conclusões a


que chegou quanto a este problema levaram-no a afirmar logicamente
que.

 O homem não é diferente dos restantes seres vivos, que em última


análise não é mais do que uma variedade entre os antropóides.

Ele ainda escreve mais «o homem descende de um quadrúpede peludo,


provalmente arbóreo nos seus costumes e habitante do velho mundo»
outrossim, o homem é um animal superior, com um cérebro
extraordinariamente desenvolvido. Surge então a seguinte questão; que
significado tem tudo isso para a Psicologia e para a sua história?Duma forma
sintetizada apresentaremos as ideias básicas do evolucionismo que se
repercutiram de modo imediato na psicologia:

As espécies vivas procedem da lenta transformação de outras que as


precederam; Os membros de cada espécie e as próprias espécies acabam por
se diferençar entre si por acumulação de características diferentes; Perante as
exigências do meio ambiente em mudança permanente; Só conseguem
sobreviver os indivíduos cujas características individuais lhes permitem melhor
adaptação.

Essas características anatómicas e fisiológicas transmitem-se à sua


descendência. Ao mesmo tempo que as dos indivíduos que perecem na luta
pela existência desaparecem juntamente com os seus portadores

SIGNIFICADO DA TEORIA DA EVOLUÇÃO PARA A PSICOLOGIA

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Embora Darwin tenha influenciado em geral toda a Psicologia nascente. Torna-


se necessário fazer uma advertência a influência de Darwin foi exercida por
toda psicologia americana. Este facto não é difícil de entender, a razão básica
está no próprio clima social em que se desenvolve a vida americana.

E isso compreende-se quando procuramos responder à seguinte pergunta: os


conceitos de adaptação, sobrevivência, lutam pela vida etc É verificar que,
a partir dele, praticamente é o abandono ao estudo dos conteúdos da
consciência e a introspeção. E passam para primeiro plano as ideias de
adaptação, ajuste, êxito, fracasso, hereditariedade,meio,etc.

Não deixará de se reconhecer que existem algumas diferenças entre o homem


e o animal. Interessarão unicamente enquanto possam ter uma função
adaptativa relativamente ao meio ambiente. Quer dizer, para a grande maioria
dos psicólogos pós – darwinianos. Tudo o que um organismo têm ou é – animal
ou humano, inteligência ou não, ideia ou afeto tem uma ideia fundamental é
adaptar o organismo ao meio ambiente.

Para sermos mais concretos podemos dizer que esta perspetiva proporciona
horizontes mais amplos. Que vão possibilitar importantes e novos campos de
investigação psicológica: A psicologia diferencial e o estudo dos traços
psíquicos. Que diferenciam um indivíduo ou grupo de indivíduos; Não se
esqueça que, segundo Darwin, o ponto de partida da selecção na luta pela vida
é o aparecimento de características individuais diferenciadoras; A controvérsia
hereditariedade-meio; A importância atribuída ao meio ambiente e às suas
exigências relativamente ao organismo conduz ao estudo da aprendizagem :

Aquisição dos hábitos e formas de conduta

Ao propor uma definição objectiva do instinto dos animais,Darwin constitui-se


em iniciador das modernas teorias do instintos básicos .Para entender a
importante problemática psicológica da motivação. Sem Darwin seria
dificilmente compreensível o auge da psicologia animal. Entendida como uma
psicologia animal fundamenta-se numa das ideias básicas do evolucionismo.

Entre o animal e o homem não existem diferenças de grau, há uma


continuidade entre os seus comportamentos. A partir de Darwin, a Psicologia

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passou a ser considerada como uma ciência biológica. Na realidade, a


Psicologia, Fechner, Wundt, Titchener etc. Acabava por ser mais uma ciência
relacionada com certos problemas filosóficos É verdade que aqueles
psicólogos conseguiram demonstrar que a experimentação e a medição eram
possíveis em Psicologia e não reduzia os conteúdos da consciência.

« O facto de a Psicologia poder ser ciência biológica relacionada com as


características dos homens e dos animais que eram essenciais para a
adaptação e para a sobrevivência deu uma direcção à investigação
psicológica.» ( Cofer e Appley.)

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