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Sumário

1. História.....................................................................................................................1
2. Gestalt..................................................................................................................... 4
3. Princípio Fundamental.............................................................................................4
4. Percepção................................................................................................................5
5. A Psicanálise........................................................................................................... 5
Conclusão....................................................................................................................6
Bibliografia................................................................................................................... 6
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CIÊNCIAS PSICOLÓGICAS

1. HISTÓRIA

Uma mesma condição une a humanidade de "ontem" (origens), e a atual.


Essa condição se refere ao fato que desde o início dos tempos, o gênero humano
obedecera a critérios psicológicos e sociológicos, mesmo que esses fatores não
fossem perceptíveis, ou seja, a ciência propriamente dita ainda não havia surgido. O
que havia nesta época era um conhecimento do cotidiano, classificado como senso
comum. Muito do senso comum usado na Antigüidade permanece até hoje presente
em nossos atos e pensamentos.

O senso comum é superficialmente explicado se considerarmos


particularmente os mitos (a Idade Média sustentou-se com esses mitos) e a
educação, entendendo-a como resultado de um determinado mecanismo de ensino
em que "os mais velhos ensinam aos mais jovens os segredos da sobrevivência e as
formas possíveis de entender o mundo em que vivemos". A Filosofia surge quando
alguns gregos começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas. As
respostas demonstravam que a verdade do mundo e dos humanos não era algo
secreto e misterioso, que precisasse ser revelado por divindades a alguns
escolhidos. Com o uso correto da razão, podia-se explicar a verdade. Como
meditação organizada, a Filosofia inicia-se no mundo ocidental, na Grécia dos
séculos VII-VI a.C., e nesta época, ocupava-se do transcendental, ou seja, das
coisas inteligíveis (alcançadas pelo esforço de inteligência), mas não das sensíveis.

Com o passar do tempo, a Filosofia amplia seus conceitos e passa a procurar


a compreensão crítica do mundo, emocional e racionalmente. Com essa ampliação
e variação do conhecimento, é que a Filosofia começa a introduzir no pensamento
humano, através de críticas que são feitas a respeito do homem, a diversificação do
conhecimento. Surgem as ciências particulares.

Os filósofos acreditavam na alma como um outro mundo, algo transcendental.


O corpo era o elemento de transição do mundo para o mundo da alma e que, com a
morte do corpo, a alma se reintegraria ao mesmo.

Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão, considerava que o homem era


resultado de corpo e alma. O corpo, certa quantidade de matéria, e a alma, que é a
forma que molda o corpo, fazem parte de um corpo vivo.

A Idade Média teve seu início aproximadamente junto com o surgimento do


Cristianismo. A Igreja passou a ditar toda e qualquer manifestação e encarar os
estudos anteriores de modo a monopolizar e manipular o conhecimento. Tudo o que
se pensava, pensava-se à luz da Igreja. Todo o conhecimento até então produzido
era direcionado para confirmar dogmas religiosos. Logo, se Platão anteriormente
havia estabelecido que a alma era imortal e separada do corpo - essa cisão não era
definitiva, a alma se reintegraria depois da morte do corpo -, então Santo Agostinho,
que viveu entre os anos de 354 e 430, trouxe esse conceito à luz cristã.
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O mundo estava em um período de transição e revolução no conhecimento e


no pensamento humano, a Igreja teve que se adaptar à nova realidade. Foi São
Tomás de Aquino (1225-1274), que deu continuidade às idéias de Aristóteles,
procurando assim manter a todo custo o monopólio e manipulação do conhecimento
pela Igreja. A idéia era a que como o homem procura a perfeição, o homem procura
a Deus. Somente Deus é perfeito e reúne a essência e existência em termos de
igualdade.

A Filosofia foi "desmontando" idéias e construindo outras tantas. A Filosofia


que estudava tudo e se preocupava com tudo, dá lugar e oportunidade, com suas
descobertas, para outros ramos do conhecimento se manifestarem. A humanidade
descobrira que ainda havia muito que se pensar sobre a natureza do ser humano.
Surge a ciência, o conhecimento científico.

A ciência procura compreender o mundo para melhor explorá-lo, e utilizá-lo


para maior conforto dos seres humanos. O saber divide-se e origina várias outras
ciências: a Biologia, Medicina, Química, História - que passa a registrar tudo o que
ocorre, sem ética e sem controle, de acordo com o poder da época -, enfim, ganham
seus próprios métodos para determinar leis.

Aconteceram inúmeras e profundas transformações sociais no mundo pelas


quais a humanidade teve que se adaptar; a crise do Sistema Feudal se aprofundou,
as descobertas marítimas "alargaram" o mundo, surgiram o Humanismo e sua
expressão, o Renascimento. Essas transformações sociais tornaram o terreno fértil e
perfeito para a futura instauração e expansão do capitalismo. A valorização do
homem ficou óbvia, ele passaria a produzir mais e melhor, fato que causaria uma
certa inquietação no ser humano.

Foi justamente no século XVII, que Galileu, estudando os movimentos dos


elementos, deu início à Física. Com experimentos físicos ele completou e confirmou
os estudos anteriores de Copérnico, que postulava o heliocentrismo afirmando que o
sol era o centro do universo. O ser humano sentiu um "baque" quando percebeu que
o universo não girava em torno da Terra, muito menos em torno do homem. O
geocentrismo foi detonado e o antropocentrismo perdeu força, mas algumas
correntes ainda classificavam o homem como sendo infinitamente superior a tudo e
por isso se fisicamente as coisas não giravam em torno dele, pelo menos sua
capacidade de raciocínio era nata. Pensava-se que o homem já havia "nascido
inteligente".

As ciências avançam cada vez mais. Mas é com o francês, René Descartes,
que a humanidade conheceu uma de suas mais significativas expressões. Ele
lançou as bases de toda ciência moderna, afirmando a existência do ser humano
pelo seu ato de pensar - "penso (cogito) logo existo" - e criou a dúvida metódica.
Algo é bom ou ruim, doce ou salgado, falso ou verdadeiro; enfim, procura na
classificação das coisas livrar-se de possíveis erros perante o pensamento.

Descarte postulava também o dualismo corpo x alma, que baseava-se no


corpo como algo quantificável, enquanto a alma era considerada a parte pensante,
sendo o conhecimento do corpo essencial para o controle e para a ampliação de sua
utilização como força de trabalho.
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Com o dualismo cartesiano, o pensamento aristotélico é desmistificado e


chegou-se a conclusão de que alma e corpo podem ser estudados separadamente.
O saber é fica mais diversificado e as ciências enchem o mundo de "novidades".
Para acabar de uma vez por todas com a idéia de homem, centro do universo, a
ciência "explicou" a origem do próprio homem através da teoria da evolução
humana. Foi Darwin que em 1858 pôs fim ao antropocentrismo.

Apesar de muitos experimentos anteriores já estarem servindo de substrato, é


em 1860 que a Psicologia passou a ser observada mais atentamente pelos
estudiosos. Foi possível com a Lei de Fechner-Weber mensurar um fenômeno
psicológico, logo, estudá-la cientificamente. Whilhelm Wundt criou o 1º laboratório de
Psicologia quando montou um método chamando-o de introspeccionismo, em que
estudava o caminho de estímulos sensoriais no ser humano. Ele já havia
desenvolvido a concepção de paralelismo psicofísico, onde retratava que aos
fenômenos mentais correspondiam fenômenos orgânicos.

A partir de então surgem várias correntes psicológicas a serem estudadas


como o estruturalismo, o funcionalismo e o associalismo, mais tarde dando origem
as três tendências mais importantes para o século XX: o Behavorismo, a Gestalt e a
Psicanálise.

Os pensadores, do final do século XIX ao início do século XX, achavam que a


Psicologia tomaria o lugar da Filosofia. Na opinião deles, o psiquismo seria suficiente
para explicar as causas das formas de conhecimento e as demonstrações, sem
necessidades de indagações filosóficas.

De um modo geral podemos aceitar como origem da psicologia social


orientada para a pesquisa, a teoria behaviorista de Watson. O behaviorismo
intensificou o conhecimento como um todo, graças à sua metodologia de laboratório.
O comportamento é o foco de seu campo de estudo. Essa corrente psicológica
entende que o comportamento pode ser observável, mensurável e passível de
controle e reprodução, e o comportamento humano é fruto de um condicionamento
do meio, influindo definitivamente em seu processo decisório.

Para o behaviorismo não existe consciência que direcione o comportamento.


O homem é fruto do condicionamento do meio, como já dito no parágrafo acima, e
sua inteligência é conseqüência da evolução humana, ou seja, pela teoria de Darwin
o homem teve necessidades de aprender a pensar, foi uma "imposição" do meio. Os
nossos "primos" evolutivos atuais, orangotangos e chimpanzés, demoraram muito
mais tempo para descer das árvores; a espécie que deu origem ao Homo sapiens
desceu muito mais cedo. O ambiente seleciona o indivíduo mais adaptado. Da
necessidade dessa adaptação surge a inteligência.

Em relação ao behaviorismo, podemos dizer que é a ciência do


comportamento, influenciada pelo ambiente. Conseguimos com certeza, explicar
através de suas teorias muitas das situações que nos rodeiam. A mecânica do
comportamento é influenciada diretamente pelo binômio estímulo-resposta (E-R).
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Pode ser um comportamento reflexo, quando não é voluntário e o ambiente é


que impõe o resultado; um comportamento respondente, em que um estímulo neutro
é pareado com outro estímulo que impõe um estado de resposta, evocando a
mesma anterior (E-R); e condicionamento operante, que é voluntário, o organismo
age de determinada forma, interferindo no meio e causando um determinado efeito,
invertendo o binômio para resposta-estímulo (R-E).

Agimos sobre o meio em função das conseqüências que nossa ação cria
sobre ele (lei do efeito). Disso advém um reforço positivo ou negativo; uma punição,
por estímulo aversivo; ou ainda uma extinção do comportamento, descondicionando
a resposta. Baseado nestes estudos ainda há o conceito de generalização e
discriminação, que nos dão ainda uma série de exemplos cotidianos em que
aplicamos o behaviorismo, mas existem alguns casos "mal explicados".

2. GESTALT

A psicologia de Gestalt originou-se como uma reação à psicologia do século


XIX, o elementarismo associacionista do Empirismo Inglês de Locke, Berkeley e
Hume.

O dado simples indivisível o irredutível a todo e qualquer novo esforço de


analise, era a sensação. Caberia ao psicólogo inventariar todos os tipos de
sensações, descreve-los, medir suas propriedades e, a partir dai, explicar como se
organizariam esses complexos e sensações que formariam os fenômenos
psicológicos. Sobre esse problema, a hipótese mais aceita era a de que a
associação se estabelece por contigüidade dos elementos (sensações) e se reforça
pela repetição. Desse modo qualquer coisa poderia se associar com qualquer outra,
produzindo os mais variados complexos de sensações.

3. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL

3.1. Lei da boa forma ou princípio da pregnância

É a mais geral e expressa tendência que cada estrutura possui de se


organizar psicologicamente segundo uma forma tão completa e perfeita quanto às
condições do momento o permitam.

Essa lei abrange algumas variações especificas: a lei da boa continuidade


(tendência dos elementos de acompanharem outros); lei da simetria (agrupamentos
simetricamente organizados são mais perceptíveis); lei do fechamento ou clausura
(tendência de formas Imperfeitas de alcançar maior grau da regularidade ou
estabilidade); lei do destino comum (exprime a preferência do agrupamento de
elementos que se movem numa direção comum).
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3.2. Principio da proximidade

Os estímulos em maior proximidade, em condições iguais, terão maior


tendência a serem agrupados.

3.3. Principio da semelhança

Os estímulos semelhantes tenderão a se agruparem.

4. PERCEPÇÃO

Ficou demonstrado pela psicologia da forma que só pode haver percepção de


alguma coisa se houver diferenças de intensidade entre diferentes partes do campo.
Só haverá percepção quando houver uma figura e um fundo, isto e, algo que se
destaque organicamente de um conjunto inorgânico.

Dentro do estudo de percepção a psicologia se interessou por dois termos:

 A percepção do espaço - inclui todos os aspectos geométricos das coisas.

 A percepção do movimento - expressão de mesmo fenômeno que


percepção do movimento aparente.

O processo de estruturação, e a solução do problema nada mais serão do


que encontrar a estrutura que possua a melhor forma, a mais estável. resistente a
mudança.

Essa estruturação da situação - que cada um sente quando resolve um


problema com um "ahhh...! - se caracteriza por uma apreensão súbita, repentina, do
significado da situação que defronta e foi denominado insight, palavra inglesa
divulgada em virtude da dificuldade do se obter uma tradição adequada.

Os dicionários sugerem para insight as seguintes traduções:" penetração ",


discernimento, perspicácia. Nenhuma convém, tecnicamente; mas o termo em inglês
comporta a criação medogica da introversão".

5. A PSICANÁLISE

A influência de Freud tem sido notável, não só na Medicina, mas também na


Educação e em outros setores da atividade humana. A sua teoria tem uma
importância vital no trabalho psicopedagógico, uma vez que a afetividade não pode
ser dissociada da personalidade. Uma explicação interessante do desenvolvimento
humano foi apresentada por Freud, onde ele afirmou que o comportamento humano
é orientado pelo impulso sexual, que ele chamou de libido, palavra latina, feminina,
que significa prazer.
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Em seu livro Três ensaios sobre a sexualidade, Freud descreveram a


seqüência típica das manifestações do impulso sexual, distinguido cinco fases: oral,
anal, fálica de latência e genital. A transição de uma fase para outra é muito gradual
e sua duração varia de um indivíduo para outro.

A finalidade da terapia psicanalítica, de acordo com Freud, era descobrir as


necessidades reprimidas para se poder julgar racionalmente a aceitação ou repúdio
do impulso.

No esforço de compreender melhor seus pacientes, Freud iniciou um difícil


processo de auto-análise para o qual não possuía nenhum caminho traçado e
nenhum predecessor.

Valeu-se apenas da introspecção e da anotação de seus sonhos. Foi o


primeiro a desenvolver uma exposição sistemática do inconsciente, que marcou o
início da psicanálise, termo este por ele usado pela primeira vez em 1896.

CONCLUSÃO

As ciências sempre foram e são, processos indagatórios, logo não são finitas
em torno dos próprios eixos. Quando uma ciência prova algo, ela pode e deve ser
questionado a fim de minimizar o máximo possíveis erro teórico e talvez até mudá-
los a ponto de torná-los ineficazes ou inativos.

Descartes contribuiu imensamente para a classificação das coisas no tempo e


no espaço, mas a principal contribuição foi ter arrancado da Igreja a função de
moldar o conhecimento a seu modo, através de dogmas; dogmas estes que não
passavam, em sua maioria, de posições políticas. O ser humano passou a ter mais
liberdade para exercer seu pensamento. Percebe-se desde a época de Descartes
que era muito importante para a raça humana aprender a produzir mais, e melhor. É
o capitalismo que vinha chegando. A revolução industrial "explodiu" no século XVIII,
mas na verdade ela havia sido germinada há muito tempo pelo ser humano.

BIBLIOGRAFIA

Peter Gay- Sigmund Freud : A Brief Life - Biographical Introduction to Sigmund


Freud's
WATSON, John Broadus. O comportamentismo. in HERRNSTEIN, R. J. e BORING,
E. G. Textos básicos de história da psicologia. São Paulo: Herder e EDUSP, 1971. p.
626-636.
DAVIS, K. e J.W.N.. Comportamento Humano no Trabalho : Uma Abordagem
Psicológica. São Paulo: Pioneira, 1992.
GARLAND, Ron. Administração e Gerenciamento para a Nova Saraiva, 199~
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Objetiva, 1995.
KEATING, Kathleen, A Terapia do Abraço. São Paulo: Pensamento, I, 7.
MONTEIRO Regina F. Jogos Dramáticos. São Paulo: McGraw-Hill.

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