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Índice
A alma ou espírito era concebida como a parte imaterial do ser humano e abarcaria
o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a
sensação e a percepção.
Sócrates (469-399 a.C.) fez os primeiros passos para a Psicologia na Antiguidade
ganhando consistência. Sua principal preocupação era com o limite que separa o
homem dos animais. Desta forma, postulava que a principal característica humana
era a razão.
Platão (427-347 a.C.), procurou definir um “lugar” para a razão no nosso próprio
corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem.
A medula seria, portanto, o elemento de ligação da alma com o corpo. Este elemento
de ligação era necessário porque Platão concebia a alma separada do corpo. Quando
alguém morria, a matéria (o corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar
outro corpo.
Aristóteles (384-322 a.C), a psyché seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que
cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua psyché ou alma. Desta forma, os
vegetais, os animais e o homem teriam alma.
Os vegetais teriam a alma vegetativa, que se define pela função de alimentação e
reprodução. Os animais teriam essa alma e a alma sensitiva, que tem a função de
percepção e movimento. E o homem teria os dois níveis anteriores e a alma racional,
que tem a função pensante.
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A psicologia no renascimento
No século XVIII, com o Iluminismo, emergem novas concepções de conhecimento,
que tiveram impacto sobre o entendimento dos fenômenos psicológicos.
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O Iluminismo teve início por meio de um movimento cultural europeu do século XVII
e XVIII que buscava gerar mudanças políticas, econômicas e sociais na sociedade da
época. Para isso, os iluministas acreditavam na disseminação do conhecimento,
como forma de enaltecer a razão em detrimento do pensamento religioso.
O pensamento iluminista foi importante para o desenvolvimento da ciência e
do humanismo – que pregava a centralidade e racionalidade humana.
Esse período iluminista também dificultou o surgimento da psicologia enquanto
ciência, com os chamados vetos Comteano e Kantiano Augusto Comte, ele dizia que
só poderia ser objeto da ciência aquilo que for evidente, que não depender de uma
opinião ou de um ponto de vista.
Immanuel Kante dizia que o sujeito da experiência, aquele que está pensando, não
consegue compreender o sujeito transcendental, aquele que conduz o pensamento.
200 anos após a morte de São Tomás de Aquino, iniciou o período da Renascença.
Neste período, René Descartes (1596-1659), um dos filósofos que mais contribuiu
para o avanço da ciência, postula a separação entre mente (alma, espírito) e corpo,
afirmando que o homem possui uma substância material e uma substância
pensante, e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma máquina.
Esse dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo humano morto, o que
era impensável nos séculos anteriores (o corpo era considerado sagrado pela Igreja,
por ser a sede da alma), e dessa forma possibilita o avanço da Anatomia e da
Fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da própria Psicologia.
A partir do dualismo e avanço do estudo da anatomia e fisiologia humana, surge a
Psicofisiologia, ciência que busca descrever o funcionamento das engrenagem que
articulam corpo e mente.
Wilhelm Wundt (1832-1926) é considerado o pai da psicofisiologia por ter iniciado e
criado o primeiro laboratório de experimentos em psicofisiologia na Alemanha.
A psicofisiologia, inova ao utilizar o método experimental, que mais tarde acaba
sendo fundamental para o surgimento da psicologia cientifica.
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A Psicologia e o Misticismo
A Psicologia, como área da Ciência, vem se desenvolvendo na história desde 1875,
quando Wilhelm Wundt (1832-1926) criou o primeiro Laboratório de Experimentos
em Psicofisiologia, em Leipzig, na Alemanha.
Esse marco histórico significou o desligamento das ideias psicológicas de idéias
abstratas e espiritualistas, que defendiam a existência de uma alma nos homens, a
qual seria a sede da vida psíquica.
A partir daí, a história da Psicologia é de fortalecimento de seu vínculo com os
princípios e métodos científicos.
A ideia de um homem autônomo, capaz de se responsabilizar pelo seu próprio
desenvolvimento e pela sua vida, também vai se fortalecendo a partir desse
momento
Dentro do campo da psicologia há diversos outros denominados “subcampos” (ou
ramos da psicologia), dentre os quais podemos citar: psicologia infantil, psicologia
social, psicologia criminal, entre outras.
E ainda dentro da psicologia temos a chamada “psicologia científica.
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O funcionalismo
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O estruturalismo
O Estruturalismo está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno que o
Funcionalismo: a consciência.
Diferentemente de James, Titchner irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto
é, os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso
central.
O associacionismo
O principal representante do Associacionismo é Edward L. Thorndike, e sua
importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem
na Psicologia.
O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por
um processo de associação das ideias — das mais simples às mais complexas. Assim,
para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as
ideias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo.
Psicologia do senso comum X Psicologia como ciência
A psicologia usada no cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia
do senso comum. O senso comum é um conhecimento herdado, tradicional não é
científico nem filosófico.
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A caracterização da psicologia
Psicanálise, que nasce com Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera
para a Psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto
de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da
razão.
Enquanto área de conhecimento, a psicologia está relacionada com os diferentes
fatores de natureza política, social, cultural e científica, pois para compreender o ser
humano é necessário conhecer o meio em que ele está inserido, sua problemática,
valores, tradições e história. Não devemos esquecer o fato de que o ser humano está
em permanente movimento.
Psicologia do desenvolvimento
Esta área de conhecimento estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os
seus aspectos: físico motor, intelectual, afetivo-emocional e social — desde o
nascimento até idade adulta, isto é, a idade em que todos estes aspectos atingem o
seu mais completo grau de maturidade e estabilidade.
Jean Piaget produziu uma das mais importantes teorias sobre o desenvolvimento
humano.
O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade, mas, para
efeito de estudo, tem sido abordado a partir de quatro aspectos básicos:
Aspecto social: é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que
envolvem outras pessoas. Por exemplo, em um grupo de crianças, no parque, é
possível observar algumas que espontaneamente buscam outras para brincar, e
algumas que permanecem sozinhas.
Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo
consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas essas
fases ou períodos, nessa seqüência, porém o início e o término de cada uma delas
dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais,
sociais. Portanto, a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma
rígida.
Psicologia do desenvolvimento
Afetividade
São nossos afetos que dão à especial conduta de cada um e as nossas vidas. Eles se
expressam nos desejos, sonhos, fantasias, expectativas, nas palavras, nos gestos, no
que fazemos e pensamos. É o que nos faz viver.
Os afetos
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As emoções
Durante muito tempo, acreditou-se no coração como o lugar da emoção, talvez pelo
fato de, ao manifestar-se, vir freqüentemente acompanhada de fortes batimentos
cardíacos. Por isso, até hoje desenhamos corações para dizer que estamos
apaixonados.
As emoções são muitas: surpresa, raiva, nojo, medo, vergonha, tristeza, desprezo,
alegria, paixão, atração física — ora são mais difusas, ora mais conscientes; às vezes
encobertas, às vezes não. As emoções, estão ligadas diretamente à vida afetiva, aos
afetos básicos de amor e ódio, entre outros.
Os sentimentos
Identidade
Identidade e crise
São várias as teorias que versam sobre personalidade tanto quanto as controvérsias,
temas de discussões presentes em toda história da filosofia, psicologia, sociologia,
antropologia e medicina geral, que vão sendo internalizados em seu psiquismo para
formar a personalidade. Uma das escolas de grande destaque no estudo da
personalidade, foi a psicanálise de S. Freud, que sustenta que os processos do
inconsciente dirigem grande parte do comportamento das pessoas.
Ambientais: São aqueles que também exercem uma grande influência porque dizem
respeito à cultura, hábitos familiares, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral
e ética, etc. São experiências vividas pela criança que irão lhe dar suporte e
contribuir para a formação de sua personalidade.
Caráter
Assistência e humanização
Hoje, mais que nunca, o humanismo está orientado para o respeito aos direitos
humanos e sua efetivação para todas as pessoas, sem exclusão de qualquer uma.
Acolhimento
Características do Acolhimento:
• Identificar Riscos;
• Humanizar a Assistência;
• Abordagem Integral;
Há duas correntes na área da saúde que se deve conhecer para responder esta
questão: a primeira que trata o doente como um paciente passivo e vê a doença
como um fator único que pode ser retirada com medicamentos e procedimentos e
a segunda corrente que percebe que além de apresentar sintomas da doença, o
paciente possui problemas sociais, econômicos, pessoais, psicológicos que se
influenciam e que contribui para o surgimento de novas doenças.
Humanização
A Humanização e o Cuidado de Enfermagem
Desenvolvimento pessoal
Habilidade pessoal
Habilidade interpessoal
Nesse aspecto, o enfermeiro não pode fugir da comunicação, pois ele já comunica
algo com sua presença. O enfermeiro precisa saber que é um elemento nuclear da
equipe de saúde, na qual o paciente se apoia na busca de informação, suporte
emocional, satisfação de suas necessidades básicas, tais como: segurança, higiene,
conforto, etc.
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Comunicação
1. Emissor
2. Codificação
3. Mensagem
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4. Canal
5. Decodificação
6. Receptor
7. Feedback
3. Receptor é o indivíduo que recebe por meio dos seus sentidos, a mensagem
do emissor.
Tipos de comunicação
Comunicação verbal
A comunicação não verbal é o tipo de comunicação que ocorre por meio de códigos,
gestos, sinais, expressões faciais e corporais e de imagens. A linguagem do corpo é,
sem dúvida, uma parte importante da comunicação, complementando a linguagem
falada.
O trabalho de equipe
Tipos de equipe
Equipes multidisciplinares:
Equipes Interdisciplinares:
A abordagem em equipe deve ser comum a toda a assistência à saúde. Isso porque o
principal aspecto positivo da atuação em equipe interdisciplinar é a possibilidade de
colaboração de várias especialidades que denotam conhecimentos e qualificações
distintas. Assim, a integração da equipe de saúde é imprescindível para que o
atendimento e o cuidado alcancem a amplitude do ser humano, transcendendo a
noção de conceito de saúde.
Equipes Transdisciplinares:
Formação de equipes
Para entendermos a formação de uma equipe, é preciso lembrar que, assim como
existem as necessidades do indivíduo existem as necessidades da equipe.
Inclusão – Cada membro procura seu lugar, com tentativas para encontrar e
estabelecer os limites de sua participação no grupo.
Administração de conflitos
A principal diferença ente os dois conceitos é a possibilidade de administração de
um (conflito) e a impossibilidade de administração do outro (confronto). Na
administração de conflitos a comunicação tem papel fundamental. É preciso que
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Tipos de equipe
Psicossomática
Tratamento
O diagnóstico de uma doença psicossomática deve ser feito por um psiquiatra, mas
um clínico geral ou outro especialista podem apontar esta possibilidade, porque
excluem a presença de outras doenças através do exame físico e de laboratório. As
presenças dos principais sintomas ajudam a identificar o problema, coração
acelerado, tremores, boca seca, sensação de falta de ar e de nó na garganta, e
podem ser mais ou menos intensos de acordo com piora ou melhora do estado
emocional de cada pessoa.
Pessoas acometidas por perturbações ou distúrbios somáticos, algumas vezes, não
apresentam uma causalidade registrada em exames laboratoriais ou de
neuroimagem, fato este que sugere que a pessoa não estaria afetada na dimensão
puramente biológica, mas também numa dimensão psicológica, o que aponta para
a interação entre a dimensão psíquica e o aparelho somático.
O termo “psicossomática” foi utilizado pela primeira vez em 1818 por Heinroth, um
psiquiatra alemão, em seus estudos sobre insônia e as influências das paixões na
tuberculose, destacando a possibilidade de uma influência dos fatores psicológicos
nas patologias.
Estresse
O estresse pode ser físico, emocional ou misto. O estresse misto é o mais comum,
pois o estresse físico (associado a eventos como cirurgias, traumatismos,
hemorragias e lesões em geral) compromete também o emocional já que a dor induz
a estados emocionais bastante intensos. O estresse emocional resulta de
acontecimentos que afetam o indivíduo psiquicamente ou emocionalmente, sem
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que haja relação primária com lesões orgânicas. O estresse misto se estabelece
quando uma lesão física é acompanhada de comprometimento psíquico (emocional)
ou vice-versa.
É possível esse diagnóstico na presença de uma outra condição médica. Para tal, os
sintomas - pensamentos, sentimentos e comportamentos - associados a essa
condição deverão ser excessivos.
Hipocondria
Conhecida como uma preocupação exagerada da pessoa com seu estado de saúde,
a hipocondria é conhecida desde o século 4 a.C. Os primeiros estudos sobre esse
transtorno foram realizados por Hipócrates, o pai da Medicina, que o associou à
melancolia. A maioria das pessoas que sofre de hipocondria apresenta tendência a
depressão e ansiedade.
A caracterização da hipocondria como uma doença foi feita por Galeno, nos sécs. I e
II d.C.. Para ele, doenças da alma eram “lesões da inteligência provocadas por uma
afecção primitiva do cérebro ou por simpatia de um outro órgão” [1]. O que, na
atualidade, se entende por doença mental era vista como uma disfunção orgânica
proveniente das paixões e do desequilíbrio dos humores.
O hipocondríaco acredita que possui pelo menos uma doença física grave,
progressiva e com sintomas determinados, ainda que exames laboratoriais e
consultas com vários médicos assegurem que nada exista.
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O mecanismo do adoecimento
Desde a Grécia antiga ao início século XX, a sociedade científica considerava que a
mente tivesse efeito sobre as doenças, e nas condutas, era comum aplicar esse
conceito ao tratar das enfermidades. Com o advento da antibioticoterapia,
descobriu-se que uma droga pode eliminar os patógenos do organismo. Ou seja, a
procura pela eliminação de doenças pela indústria farmacêutica passou a ser
prioridade e o fato de que o organismo pode oferecer meios para se proteger ou
então influenciar no desenvolvimento das doenças passou a ser ignorado.
✓ Necessidade de oxigenação;
✓ Necessidade de percepção sensorial;
✓ Necessidade de nutrição;
✓ Necessidade de eliminação;
✓ Necessidade de circulação;
✓ Necessidade de locomoção;
✓ Entre outros.
Adoecer
O processo de adoecimento, da possibilidade da morte coloca o indivíduo na
situação inicial de sua vida, que é o desamparo.
Quando o profissional não está preparado para enfrentar essas situações, além de
estar, constantemente, instável, emocionalmente, suas ações podem causar danos
e desconforto ao paciente, praticando, inclusive, a distanásia.
“Realmente parece que você não está bem, quer conversar com a respeito? ”
Enfermeiros devem estar atentos à escuta ativa e à partilha como intervenção dos
cuidados a pacientes com diagnóstico de angústia espiritual.
A assistência de enfermagem é permeada por alta tecnologia, mas não podemos nos
esquecer do principal objetivo, que é o ser humano e, consequentemente, sua
família.
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Fases do luto
Até o século XIX, os cuidados paliativos eram o único cuidado prestado ao doente.
Para muitas doenças, não havia a cura; o nascimento e a morte aconteciam nos
domicílios, e as pessoas tinham explicações para o sofrimento.
Alguns dos cuidados que a enfermagem oferece ao paciente mediante a uma doença
incurável:
Percepções do enfermeiro
Sobre a morte de crianças é encarada como uma inversão da ordem natural da vida.
Enfermeiros, que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, sofrem o
processo do luto.
✓ Comunicação efetiva.
✓ Controle dos sintomas.
✓ Implementação de medidas para alívio e/ou atenuar sofrimento.
✓ Oferecer apoio à família, durante todo o processo.
Medicina preventiva
Medicina curativa
Medicina paliativa
Exemplos:
Mecanismos de defesa
Cuidados paliativos
Cuidados paliativos exigem esforços ainda maiores de uma equipe de saúde, pois é
preciso ampliar a visão e olhar o entorno que abrange familiares, acompanhantes e
demais profissionais envolvidos.
Cuidar de pessoas em fim de vida foi uma prática corrente ao longo da evolução do
mundo, muito antes da existência do “cuidado paliativo”.
doentes oncológicos em fase final de vida, com o objetivo de lhes oferecer uma
morte mais digna.
Primeira fase: Morte não provável: Condição clínica na qual a equipe de saúde
percebe uma maior possibilidade para a recuperação do que para o desfecho da
morte.
Segunda fase: Morte prevista para meses ou poucos anos: Condição clínica na qual
a equipe de saúde percebe uma falta de respostas ou uma resposta insuficiente aos
recursos utilizados, com uma crescente tendência ao desfecho morte ou
irreversibilidade de alguns sintomas que manifestam maior desequilíbrio orgânico.
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Terceira fase - Morte prevista para dias ou meses: Condição clínica na qual a equipe
de saúde reconhece a irreversibilidade da doença e a morte iminente, aceitando o
desfecho para morte. O cuidado paliativo passa a ser exclusivo, e todas as medidas
introduzidas buscam a melhor qualidade de vida possível e o conforto do paciente e
de seus familiares. A ênfase assistencial está focada no oferecimento e na
manutenção do conjunto de cuidados para conforto físico e psicoemocional do
binômio pessoa doente/família.
Alteração do sono/vigília: suas causas são várias, como a dor não ou mal controlada;
os quadros de depressão ou ansiedade; a inatividade e/ou cochiladas diurnas; os
efeitos colaterais dos fármacos e o abuso de álcool e cafeína. O “terror noturno”,
isto é, o medo da noite é relatado pelos pacientes e observado pelos familiares e
equipes de saúde. Os pacientes referem receio de dormirem e não acordarem e/ou
de passarem mal e não serem socorridos, pois acreditam que os cuidadores,
profissionais ou não, estarão menos atentos neste período.
Dor: A dor é uma das razões mais comuns da busca por cuidados médicos, e quando
não controlada, é responsável pelo aumento de complicações pós-operatórias, pós-
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Enfermagem e sociedade
Dessa forma, pode-se dizer que houve uma flexibilização do papel da enfermagem,
passando a ser um ser crítico, consciente, capaz de refletir sobre os limites de sua
ação e de intervir em prol do cliente de acordo com os recursos existentes. Para isso,
espera-se que ele seja uma pessoa critica, atenta as transformações do mundo
moderno, já que conhecer a realidade em que está inserido é quesito fundamental
para que sua intervenção possa ser realmente eficaz.
Como essas razões, a sociedade mais dotada de recursos financeiros culturais era
bastante preconceituosa em relação ao trabalho feminino fora do lar,
principalmente em relação aos ambientes hospitalares onde a convivência com o
sexo masculino se fazia de modo mais frequente, e os horários noturnos tinham que
ser cumpridos. Isto era motivo suficiente para delimitar a clientela e dar uma
imagem deturpada do profissional. A situação profissiográfica descrita pode assim
ser classificada como de caráter transicional ou preparatório para as características
da profissão em termos atuais.
A ideia de que o bom enfermeiro é aquele que com os anos de profissão passa a ser
‘frio em suas ações, a profissão para ser reconhecida deva perder sua humanidade,
esquecendo o sofrimento do outro é perversa. Essa atitude se dá quando esses
agentes do cuidar não se permitem fazer contato com suas sensações, seus
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b. a humanização do atendimento;
seus membros, bem como à influência sobre a doença, obriga este profissional a
considerar a assistência centrada na família como parte integrante da prática de
enfermagem.
O ser cuidador precisa saber ouvir, estar presente e ter empatia com o outro ser.
Desta forma, ambos se fortalecerão e poderão encontrar a solução para o problema
de saúde. Isto remete a um significado de humanização da assistência de
enfermagem, com interação entre os cuidadores/familiares. É importante abordar a
necessidade de humanização do cuidado de enfermagem a pacientes e a atenção ao
seu familiar.