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Índice
Introdução...................................................................................................................................................2
Objectivo geral............................................................................................................................................3
Estudar o Historial do surgimento da psicologia..................................................................................3
Objectivos específicos.................................................................................................................................3
Descrever a história do surgimento da psicologia;...............................................................................3
Etimologia e conceito da Psicologia........................................................................................................4
Historial da psicologia.............................................................................................................................4
Evolução da Ciência Psicológica.............................................................................................................4
Fase filosófica......................................................................................................................................4
Fase pré-científica (psicologia empírica).............................................................................................5
Fase científica......................................................................................................................................5
O Pensamento Psicológico Antes e Depois do Século XVIII..................................................................5
Os primórdios da Psicologia Científica...............................................................................................5
A Psicologia no Império Romano............................................................................................................7
A Psicologia no Renascimento................................................................................................................8
Consequências para a Psicologia.............................................................................................................9
Psicologia do senso comum...................................................................................................................11
Psicologia científica...............................................................................................................................12
As Primeiras Abordagens Teóricas da Psicologia..................................................................................12
O Funcionalismo (Escola funcionalista)............................................................................................12
O Estruturalismo (Escola estruturalista)............................................................................................13
O Associacionismo............................................................................................................................13
Conclusão..................................................................................................................................................14
Referência bibliográfica............................................................................................................................15
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Introdução
O presente trabalho é de carácter científico e surge no contexto da cadeira de Psicologia Geral, e
tem como tema História da Psicologia. Abordar-se-ão aspectos relativos ao tema não de uma
forma geral.
O presente trabalho, pretende ser um instrumento de ensino, prático utilitário para melhor
compreensão dos factos de Historial da promoção de saúde e as políticas nacionais de saúde. O
tema aqui abordado contém informações complementares sobre o tema em questão de uma
forma resumida, que irá ajudar-nos a compreender os conteúdos e esclarecer as dúvidas sobre o
mesmo.
A Psicologia existe há muito tempo, desde a época grega, de onde vêm as palavras “psyché” que
quer dizer alma e “logo” que significa estudo. No decorrer do séc. XVII, Descartes, filósofo
francês, apresentou a ideia de dualismo na qual admite que o corpo e a alma sejam duas
entidades que interagem para formar o que chamamos de “experiência humana”. Foi a partir
deste momento que a Psicologia foi separada da filosofia.
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Objectivo geral
Estudar o Historial do surgimento da psicologia
Objectivos específicos
Descrever a história do surgimento da psicologia;
Descrever a Psicologia antes e depois do século XVIII;
Falar da psicologia do senso comum e da Psicologia científica;
0.2. Metodologia
Para alcançar os objectivos traçados neste trabalho recorreu-se ao método de observação
indirecta, o qual consistiu na consulta de diversas obras bibliográficas, artigos científicos e
correlacionou-se a informação que diz respeito ao tema em estudo, em seguida, usou-se o
método analítico que consistiu na análise de informação com respectiva compilação com base
nas obras que serão referenciadas no final do mesmo.
Recolhida e compilada a informação, o presente trabalho dentro da sua abordagem, apresenta
três fases: na primeira fase o historial do surgimento da psicologia, na segunda fase caracteriza a
psicologia antes e depois do século XVIII, na terceira fase, o trabalho explica a psicologia do
senso comum e a psicologia científica.
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Historial da psicologia
De acordo com Okumo (s/d):
A Psicologia existe há muito tempo, desde a época grega. No decorrer do séc. XVII,
Descartes, filósofo francês, apresentou a ideia de dualismo na qual admite que o corpo e a
alma sejam duas entidades que interagem para formar o que chamamos de “experiência
humana”. Foi a partir deste momento que a Psicologia foi separada da filosofia. Como
disciplina independente, a Psicologia começa a usar o método de inquérito científico para
investigar e encontrar conclusões sobre os seres humanos, sobretudo no que diz respeito
aos seus ideais e comportamentos. ( p.11)
Fase filosófica
É a fase relacionada com a Ética e a Filosofia. Compreendia o estudo da natureza dos reflexos da
mente e da alma. Era um saber especulativo, de carácter racional. Os filósofos explicavam os
fenómenos da natureza (formação de cosmos e origem do próprio Homem) de forma mitológica.
O saber psicológico estava envolto à vasta área do conhecimento filosófico, portanto,
classificado como especulativo, por não poder provar suas conclusões.
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Fase científica
Estudava os fenómenos e processos psíquicos, descrevia-os, explicava e estabelecia as relações
causa-efeito. Nesta fase a psicologia torna-se ciência autónoma: define o seu objecto de estudo,
métodos e técnicas próprias, leis e princípios que regem o estudo da psicologia, utiliza uma
linguagem rigorosa e determina os seus objectivos e finalidades.
Sócrates (496-399 a.C.): Com ele a Psicologia na antiguidade ganha consistência: segundo
Sócrates o que distingue o Homem do animal é a RAZÃO porque permite ao Homem de
sobrepor-se aos instintos, que seriam a base da irracionalidade, definindo a razão como essência
e peculiaridade do Homem, Sócrates abre um caminho que será explorado pela Psicologia: fruto
desta reflexão são por exemplo, as Teorias da consciência que de certa forma são resultado desta
sistematização na Filosofia. (Chicote, et al., 2007, p.18)
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Platão (427-347 a.C.): Discípulo de Sócrates, procurou definir um «lugar» para a razão no nosso
corpo (cabeça), onde se encontra a ALMA do Homem. A medula será o elemento de ligação da
alma com o corpo – este elemento era necessário porque Platão concebia a alma separa do corpo
(dualismo). Quando alguém morria a matéria (corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para
ocupar outro corpo (reincarnação). (Chicote, et al., 2007, p.18)
Hipócrates e a Teoria dos Humores (496-361 a.C.): Uma análise mais acurada das diferenças
individuais, estreitamente ligadas a uma reflexão mais sistemática na relação mente-corpo, foi
feita com Hipócrates de Cosmes. (Chicote, et al., 2007,p. 18)
Segundo Chicote, et al.,( 2007):
Hipócrates defende que existem 4 humores no corpo humano: o sangue, a fleuma, a bílis
amarela e a bílis preta. Segundo a prevalência de cada um destes elementos sobre o
outro a pessoa desenvolverá um certo temperamento que poderá ser respectivamente:
sanguíneo, fleumático, colérico e melancólico e também vários tipos de predisposições à
doença. O Homem é «são» quando estes humores estão «reciprocamente bem temperados
por propriedade e quantidade» e a mistura é completa. Contrariamente a isto o Homem é
doente quando existe excesso ou defeito destes elementos. (p.19)
Mais importantes ainda foram os seus estudos neurológicos. Numa das suas obras afirma
que o cérebro é o órgão mais potente do corpo e que os órgãos de sentido actuam em base
à sua capacidade de discernimento. Ainda nesta obra Hipócrates descreve os delírios e
alucinações e afirma a dependência de anomalias das faculdades intelectuais dos traumas
cranianos. Com estas afirmações, Hipócrates põe em relevo uma concepção que se
afirmou no pensamento grego, isto é, que o Homem é parte da natureza e pode ser
estudado com os métodos da ciência natural. Esta concepção encontrou a sua expressão
mais forte em Aristóteles. (Chicote, et al., 2007,p. 19)
Aristóteles (384-322 a.C): discípulo de Platão, foi um dos mais importantes pensadores
da história da Filosofia. Sua contribuição foi inovadora ao postular que alma e corpo não
podem ser dissociados. Para Aristóteles, a psyché seria o princípio activo da vida. Tudo
aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua psyché ou alma. Desta forma, os
vegetais, os animais e o homem teriam alma. Os vegetais teriam a alma vegetativa, que se
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define pela função de alimentação e reprodução. Os animais teriam essa alma e a alma
sensitiva, que tem a função de percepção e movimento. E o homem teria os dois níveis
anteriores e a alma racional, que tem a função pensante. Esse filósofo chegou a estudar as
diferenças entre a razão, a percepção e as sensações. (Bock, 1999)
Segundo Chicote, et al.,( 2007), 2300 anos antes do advento da Psicologia Científica, os gregos
já haviam formulado duas “Teorias”: Platónica – que postulava a imortalidade da alma e a
concebia separada do corpo, e a Aristotélica – que afirmava a mortalidade da alma e a sua
relação de pertencimento ao corpo.
São Tomás de Aquino (1225-1274) Vive num período que preanuncia a ruptura da
Igreja católica, o advento do protestantismo – época que prepara a transição para o
capitalismo, com a revolução francesa e a revolução industrial na Inglaterra. Perante esta
crise social e económica a Igreja devia encontrar novas justificações em relação ao
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conhecimento como a relação com Deus e o Homem. São Tomas de Aquino foi buscar
em Aristóteles a distinção entre essência e existência – como Aristóteles, ele considera
que o Homem, na sua essência, busca a perfeição através da sua existência mas
introduzindo o ponto de vista religioso, ao contrario de Aristóteles, afirma que somente
Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em termos de igualdade. Portanto, a
busca da perfeição do Homem seria a busca de Deus. S. Tomás encontra argumentos
racionais para justificar os dogmas da Igreja e continua garantindo para ela o monopólio
do estudo do psiquismo.( Chicote et al., 2007, p. 20)
A Psicologia no Renascimento
De acordo com Chicote et al., (2007):
Foi no período do Renascimento, aproximadamente entre os séculos XV e XVI
(anos 1400 e 1500) que, segundo alguns historiadores, os seres humanos
retomaram o prazer de pensar e produzir o conhecimento através das ideias. Neste
período as artes, de uma forma geral, tomaram um impulso significativo. Neste
período Michelangelo Buonarrote esculpiu a estátua de David e pintou o tecto da
Capela Sistina, na Itália; Thomas Morus escreveu A Utopia (utopia é um termo
que deriva do grego onde u =não + topos = lugar e quer dizer em nenhum lugar);
Tomaso Campanella escreveu A Cidade do Sol; Francis Bacon escreveu A Nova
Atlântica; Voltaire escreve Micrômegas, Nicholas Maquiavel escreve O Príncipe,
caracterizando um pensamento não descritivo da realidade, mas criador de uma
realidade ideal, do dever ser.(p.20)
Já no fim do período do Renascimento, René Descartes (1596-1659), um dos
filósofos que mais contribuiu para o avanço da ciência postula a separação entre a
mente (alma, espírito) e corpo, afirmando que o Homem possui uma substância
material e uma substância pensante e que o corpo, desprovido do espírito era
somente uma máquina – dualismo corpo e mente que torna possível o estudo do
corpo humano morto, o que era impensável nos séculos anteriores (o corpo era
considerado sagrado pela Igreja, por ser a sede da alma) e dessa forma possibilita
o avanço da anatomia e da fisiologia que inicia a contribuir muito para o
progresso da Psicologia.(idem).
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Método: para explorar a mente ou a consciência do indivíduo, Wundt, cria um método que
denomina introspeccionismo – o experimentador pergunta ao sujeito, especialmente treinado
para a auto-observação, os caminhos percorridos no seu interior por uma sensorial (a picada de
agulha por exemplo). (Chicote et al.,200, p.20)
Psicologia científica
Segundo Bock et al. (1999), o berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do final do século
XIX. Wundt, Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de Leipzig. Seguiram para
aquele país muitos estudiosos dessa nova ciência, como o inglês Edward B. Titchner e o
americano William James.
De acordo com Chicote (2007, p.22-23) seus status de ciência é obtido a medida que se “liberta”
da filosofia, que marcou a sua história até aqui e atrai novos estudiosos e pesquisadores, que sob
novos padrões de produção de conhecimento, passam a:
Definir seu objecto de estudo (comportamento, a vida psíquica, a consciência)
Delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento como a
Filosofia, Fisiologia
Formular métodos de estudo deste objecto
Formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimento na área.
A Psicologia científica nasce na Alemanha mas se desenvolve, cresce rapidamente nos Estados
Unidos como resultado de grande avanço económico colocado na vanguarda do sistema
capitalista. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em psicologia, as quais deram
origem inúmeras teorias que existem actualmente. Essas abordagens são O Funcionalismo (por
William James, 1842-1910); O Estruturalismo (por Edward Titchner, 1867-1927), O
Associacionismo (por Edward Thorndike, 1874-1949). (Chicote, 2007, p. 23)
O Associacionismo
Origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por processo de associação das
ideias mais simples às mais complexas. Assim para aprender algo complexo precisamos
de aprender as ideias simples associadas aquele conteúdo. Thorndike formula a “lei de
efeito” que seria de grande importância na psicologia comportamentalista. De acordo
com essa lei “todo o comportamento de um organismo vivente tende a se repetir, se nós o
recompensarmos (efeito) o organismo assim que repetir/emitir o comportamento. Por
outro lado o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado
(efeito) após a sua ocorrência. (exemplo: se apertarmos o botão da rádio formos Módulo
de Psicologia Geral 24 premiados pela música, em outras oportunidades apertaremos o
mesmo botão, bem como generalizaremos essa aprendizagem para outros aparelhos,
como leitores de discos, gravadores. (Chicote et al., 2007, p.23-24)
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Conclusão
Findo o trabalho, constatou-se que a Psicologia começou por ser um ramo da Filosofia, acabando
por se tornar uma disciplina científica autónoma no final do século XIX. As origens históricas da
Psicologia remontam a Grécia antiga.
O nascimento da psicologia, na 2ª metade do século XIX, foi acompanhado de um acalorado
debate acerca da viabilidade ou não da nova ciência. No século XVIII, Kant (1724-1804) já
negava a viabilidade de uma psicologia científica devido à impossibilidade de aplicar a
matemática aos fenómenos da vida interior. Mas quem forjou uma fundamentação elaborada e
sistemática contra as pretensões de cientificidade da psicologia foi Augusto Comte (1798-1857),
fundador do positivismo. No fundamental, a argumentação deste filósofo resume-se nisto: não há
lugar para uma ciência dos fenómenos psíquicos porque estes não são passíveis de um estudo
objectivo.
Só durante o século XIX surgiram os contributos definitivos para a distinção entre psicologia
científica e psicologia filosófica. Autores como Weber e Fechner aplicaram pela primeira vez
procedimentos experimentais para estudar a relação entre estímulos físicos (por exemplo, luzes
ou sons de diversas intensidades) e as sensações que os estímulos provocam nos sujeitos, criando
a Parafisica.
Em 1879, Wundt funda em Leipzig o primeiro laboratório de psicologia, onde desenvolve a
primeira abordagem sistemática em Psicologia, o Estruturalismo. Entretanto, desenvolvem-se
outras abordagens: o Gestaltismo de Wertheimer, o Behaviorismo de Watson, a Psicanálise de
Freud e o Funcionalismo de James. Todas estas correntes históricas contribuíram para o
desenvolvimento da psicologia moderna.
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Referência bibliográfica
Chicote, L. L., Abacar, M., Huó, S. (2007), Psicologia Geral. Módulos para Cursos de
Bacharelato Semi-Presencial Universidade Pedagógica - Nampula Departamento de Ciências
Pedagógicas.
Bock, B. M. A., Furtado, O., Teixeira, T. L. M.(1999).Psicologias. Uma introdução ao estudo
das Psicologias. 13ª ed. Editora: Saraiva. São Paulo.
Okumu, A. (s/d), Introdução a Psicologia Geral. Universidade Virtual Africana African Virtual
University