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Índice
0.0Introdução.....................................................................................................................2

1.0Objectivos.....................................................................................................................3

1.1Objectivos Gerais.........................................................................................................3

1.2Objectivos Específicos.................................................................................................3

1.3Metodologia..................................................................................................................3

2.0Amendoim....................................................................................................................4

2.1Doenças causadas por fungos no solo..........................................................................4

2.3Murcha de Sclerotium..................................................................................................4

2.4Doenças da parte aérea.................................................................................................5

2.5Manchas preta e castanha (cercosporioses)..................................................................5

2.6Verrugose.....................................................................................................................6

2.7Ferrugem.......................................................................................................................7

2.8Mancha barrenta...........................................................................................................7

3.0Classificação das espécies fúngicas associadas as sementes armazenadas..................8

3.1Prevenção da contaminação do amendoim por aflotoxinas.......................................11

3.2Prevenção da contaminação por aflotoxinas no amendoim durante a etapa de


produção..........................................................................................................................11

3.3Prevenção da contaminação do amendoim por aflotoxinas durante a ccolheita........11

3.4Prevenção da contaminação do amendoim por aflotoxinas durante a secagem.........12

3.5Armazenamento..........................................................................................................12

3.6Secagem......................................................................................................................12

3.7Resfriamento...............................................................................................................12

3.8Prevenção da contaminação por aflotoxinas durante o armazenamento....................13

4.0Constatações...............................................................................................................14

5.0Referencias bibliográficas..........................................................................................15
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0.0Introdução

O amendoim e considerado um grão amplamente utilizado na alimentação humana


devido as suas características nutricionais, apesar de seus benefícios a saúde, os grãos
de amendoim podem ser frequentemente contaminados com toxinas produzidas por
fungos.

Em sementes de amendoim, são frequentemente detectado fungos, que possuem


destaque por provocarem mudanças de qualidades dos alimentos, essas mudanças são
causadas por toxinas produzidas pelos fungos, que são substâncias metabólicas,
liberadas ou não pelo fungo em substrato. As sementes de amendoim desempenham
papel importante para a sobrevivência de patôgenos e por sua vez são vulneráveis a
invasão fúngica.
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1.0Objectivos

1.1Objectivos Gerais
 Estudar os patógenos no amendoim

1.2Objectivos Específicos
 Mencionar os patógenos no amendoim;
 classificar as espécies fúngicas associadas ao amendoim;
 Mencionar as medidas de prevenção da contaminação do amendoim por fungos.

1.3Metodologia
Para a realização deste trabalho de pesquisa tem como base o uso do método
bibliográfico, onde se deu enfâse ao levantamento de referências pesquisadas e
publicadas por meios electrónicos e físicos, como livros e artigos científicos.

A pesquisa bibliográfica é caracterizada pela análise de diversas posições a cerca de um


tema, ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto (Fonseca, 2002)
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2.0Amendoim
O amendoim, Arachis hypogea, é uma leguminosa com processo especial e frutificação,
em que a flor aérea após ser fecundada, produz fruto sob o solo, é considerado um grão
amplamente utilizado na alimentação humana devido as suas características
nutricionais. Apesar de seus benefícios a saúde, os grãos podem ser frequentemente
contaminados com toxinas produzidas por algumas espécies de fungos.

2.1Doenças causadas por fungos no solo


A podridão do colo, causada por Aspeigillus niger, é típico do solo, vivendo
normalmente como saprófita, podendo causar doenças como a podridão do colo do
amendoim, principalmente em solos com baixa matéria orgânica, pode afectar desde o
estágio de plântulas até plantas de amendoim em qualquer estagio de desenvolvimento,
mais é mais comum nas primeiras. Logo após o plantio, o fungo pode infectar as
sementes, que apodrecem rapidamente, tornando-se moles e cobertas por uma densa
massa escura, constituída pelos conidióforos e conídios do fungo. As plântulas
infectadas apresentam lesões na região do hipocótilo, ao nível do solo (Moraes, 2006)

Fonte: Moraes (2006)

2.3Murcha de Sclerotium
Na planta infectada pelo fungo é observada uma podridão escura desde a região do colo
até as raízes, que pode se propagar para os ginóforos e vagens. Como resultado dessas
lesões, toda a parte aérea murcha, ocorrendo, por fim, a morte da planta S. rolfsii
produz grandes quantidades de ácido oxálico, uma fitotoxina capaz de causar a morte
das células da superfície da planta, antes da colonização propriamente pelo fungo, que
por isso se apresenta como um parasita necrotrófico (Moraes, 2006)
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Fonte: Moraes (2006)

A ocorrência da murcha de Sclerotium é favorecida pelo acúmulo de matéria orgânica


resultante da desfolha natural ou causada por doenças foliares durante o ciclo, por
plantas com a parte aérea bem desenvolvida, criando um microclima favorável ao
desenvolvimento do patógeno junto à base das plantas, pela ampla gama de hospedeiros
do S. rolfsii e sobrevivência dos escleródios no solo por 3-4 anos (Moraes, 2006)

As condições climáticas quentes (20-30 oC) e úmidas favorecem a severidade da doença


nas plantas. Em períodos secos os danos são maiores em "pegs" e vagens. O fungo tem
uma alta demanda de oxigênio, assim em solos pesados este factor limita a germinação
dos escleródios, ficando a doença restrita à superfície do solo. Em solos leves, o fungo
pode agir mais profundamente, causando severa podridão de vagens. Outro factor
importante é o baixo nível de tolerância à murcha do Sclerotium (Moraes, 2006)

2.4Doenças da parte aérea


As doenças da parte aérea, pela sua localização ou pela eficiência dos produtos
químicos, têm seu controle facilitado quando comparadas com as doenças causadas por
fungos de solo. Entretanto, a importância dessas doenças não deve ser subestimada,
pois, quando a incidência se dá no início da cultura e não são tomadas medidas de
controle, causam desfolha e seca prematura das plantas, afetando sensivelmente a
produção. As doenças mais comumente encontradas são: mancha preta, mancha
castanha, verrugose, ferrugem e mancha barrenta (Moraes, 2006)

2.5Manchas preta e castanha (cercosporioses)


Os sintomas da mancha preta, na superfície das folhas, caracterizam-se por lesões de
coloração castanho-escura na face superior, arredondadas, de diâmetros variáveis, às
vezes circundadas por um pequeno halo amarelado. As frutificações do fungo se
concentram na página inferior das folhas, como pequenos pontos escuros distribuídos
circularmente nos centros das lesões, que apresentam coloração escura a preta,
característica que a diferencia da mancha castanha em cultivares suscetíveis. Nas
hastes,as manchas tomam forma mais alongada (Moraes, 2006)
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Fonte: Moraes (2006)

A mancha castanha se caracteriza por manchas necróticas circulares a irregulares, tendo,


entretanto, coloração mais clara, halo amarelado mais nítido e diâmetro maior, que a
mancha preta. As frutificações do fungo se concentram na superfície superior das folhas
(Moraes, 2006)

Fonte: Moraes (2006)

2.6Verrugose
As plantas com verrugose apresentam por toda parte aérea, grande número de pequenas
manchas de cor pardo-clara, arredondadas ou irregulares, com centro deprimido e
bordos salientes, que são visíveis nas duas faces da folha. Essas manchas localizam-se
geralmente em cima ou ao lado das nervuras das folhas, as quais apresentam
deformações e distorções típicas. As hastes e pecíolos severamente afetados
apresentam-se com aspecto sinuoso e retorcido, devido à paralisação no crescimento do
tecido infectado, prejudicando o crescimento das plantas (Moraes, 2006)

Fonte: Moraes (2006)

A doença pode ocorrer sob condições húmidas ou secas, porém para a esporulação do
fungo, condições de alta humidade são requeridas. Condições específicas para esta
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doença ainda não foram bem determinadas, entretanto sabe-se que os respingos da
chuva são importantes para a disseminação do fungo (Moraes, 2006)

2.7Ferrugem
O fungo causador da ferrugem, Puccinia arachidis, é um parasita obrigatório de ciclo
incompleto, pois o estágio uredial, que constitui a repetição das ferrugens, é o
predominante e responsável pela disseminação do fungo (Moraes, 2006,p.5)

A ferrugem aparece inicialmente como pequenos pontos amarelados visíveis na


superfície dos folíolos, que caracterizam o início da formação de pústulas.
Posteriormente, com a ruptura da cutícula e exposição das massas de esporos na face
inferior dos folíolos, as pústulas passam a apresentar a coloração característica marrom-
avermelhada, com 0,3 a 1 mm de diâmetro, que dá o aspecto pulverulento e ferruginoso
às folhas severamente infectadas (Moraes, 2006,p.5)

Fonte: Moares (2006)

2.8Mancha barrenta
(Moraes, 2006) esta doença é causada por Phoma arachidicola. Na fase inicial da
doença, são frequentemente observadas manchas escuras semelhantes a uma "teia", de
formas e tamanhos pouco definidos, visíveis somente na página superior das folhas.
Com a evolução da doença, essas lesões crescem e coalescem, abrangendo grande área
dos folíolos, sendo então visíveis também na superfície inferior das folhas, com os
tecidos necrosados não se mostrando totalmente coincidentes com a face superior; na
fase mais avançada da doença as folhas parecem ter sido salpicadas de barro (p.5)
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Fonte: Moraes (2006)

A mancha barrenta é mais severa sob temperaturas mais amenas (15-21 0C) e sob
períodos prolongados de molhamento das folhas, sendo mais comum em culturas
irrigadas, que sob chuva normal, embora períodos chuvosos bem distribuídos com
menor evaporação favoreçam a doença. A produção de conídios do fungo é maior a 20
oC e de pseudotécios entre 15 e 20 oC (não ocorrendo acima de 25 oC) ( Moraes,
2006,p. 6)

Os fatores que favorecem o desenvolvimento das manchas castanha e preta são: alta
umidade relativa do ar (acima de 90-95%), temperaturas iguais ou superiores a 19oC,
chuvas periódicas (maiores que 2,5 mm) durante o ciclo da cultura e o molhamento das
folhas devido à alta umidade (proporcionado pelo orvalho ou pelas chuvas periódicas).
A produção local de esporos é a principal fonte inicial de inóculo, visto que a
disseminação ocorre só a pequenas distâncias, por isso, os plantios sucessivos de
amendoim na mesma área (falta de rotação de culturas), a não eliminação de restos
culturais ou de plantas voluntárias de amendoim e o plantio de cultivares susceptíveis
são factores favoráveis para estas doenças (Moraes, 2006,p.6)

De acordo com (Santos, 2013) A contaminação de sementes pode ocorrer


sistemicamente através da planta mãe ou por meio do pericarpo e tegumento. O
amendoim pode ser contaminado por microrganismos, principalmente fungos, tanto no
solo, como durante a colheita ou em operações pós colheita no armazenamento (p.6)

3.0Classificação das espécies fúngicas associadas as sementes armazenadas


Segundo (Marcos Filho, 2005 cit. em Santos,2013)

As espécies fúngicas associadas as sementes armazenadas podem ser classificadas


em dois grupos:

 Fungos do campo: infectam as sementes durante a sua formação e maturação, e


usualmente permanecem quiescentes ou podem perder a viabilidade no ambiente de
armazenamento. Esses fungos requerem para o seu crescimento, humidade relativa
em torno de 90–95% condição considerada incompatível a conservação de sementes
ortodoxas, dentre os fungos de campo veiculados pelas sementes de amendoim,
pode-se citar Macrophomina phaseolina e Sclerotium rolfsii
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 Fungos de armazenamento: ocorrem nas sementes após estas serem colhidas e


armazenadas. Esses fungos são adaptados a ambientes com baixa humidade
relativa, embora se desenvolvam mais rapidamente em ambientes com humidade
relativa do ar superior a 80% e em sementes com teor de água acima de 14%,
alguns desses fungos estão relacionados a deterioração das sementes, como os
géneros Aspergillus, Penicillium e Rhizopus (p.7)

Penicillium sp. Aspergillus flavus Rhizopus sp

Fonte: Moraes, 2006

De acordo com (Lima, 208), dentre os microrganismos que causam doenças, os fungos
são considerados os principais me associação as sementes e grãos, esta associação e
capaz de afectar a qualidade fisiológica das sementes, na forma de redução de
germinação e vigor, além de diminuir o teor de carboidratos e outros compostos que
indicam a qualidade dos grãos utilizados na produção de alimentos. Os fungos de
armazenamento são importantes agentes na deterioração de sementes com destaque para
as espécies de Aspergilus e Penicillium (p.13)

(Lima, 2018) refere que :

A deterioração de sementes começa ainda no campo de produção, no momento da


colheita o amendoim geralmente apresenta cerca de 40% de humidade, com teores
acima de 22% de humidade a actividade metabólica da vagem oferece resistência a
penetração do fungo, sendo risco de contaminação reduzido. Com a interacção de
reduzir a humidade das sementes, após o arranque as plantas são enleiradas e
submetidas a secagem no campo até atingirem a humidade media de 10%, já que abaixo
de 11% não há humidade suficiente para o desenvolvimento do fungo. Pra que ocorra o
processo da deterioração e necessário que haja uma interação entre alguns factores
abióticos, além de outros da natureza diversa (p.15)

Os fungos possuem um destaque por provocarem mudanças na qualidade dos alimentos,


tais mudanças são causadas por toxinas produzidas pelos fungos, que são substâncias
metabólicas, liberadas ou não, em substratos. Uma das substâncias encontradas em
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grãos de amendoim e a micotoxina, principalmente a chamada aflatoxina, um


metabólico secundário produzido por fungos do género Aspergilus, sendo considerada
tóxica para o Homem e os animais.

A contaminação do amendoim por micotoxinas e decorrente de falhas no controle de


humidade e temperatura em todas as fases e etapas da cadeia produtiva, propiciando
condições favoráveis pra o desenvolvimento dos fungos toxigenicos (principalmente
Aspergillus flavus e A.parasiticus), sendo o controle dificultado por condições
climáticas e pela própria natureza do amendoim, tornando esta cultura altamente
susceptível a contaminação de bolores produtores de aflotoxinas (Suassuna et al.2005,
p.1)

(Lima,2018) As micotoxinas são metabólicos secundários tóxicos, de baixo peso


molecular, produzidos por fungos filamentosos, especialmente dos géneros Aspergilus,
Penicillium e FusariumI. A produção de micotoxinas depende de vários factores como a
temperatura e humidade do ambiente, susceptibilidade do substrato a colonização do
fungo produtor, actividade de água do substrato, factores biológicos como capacidade
genética do fungo em produzir toxinas e quantidade de esporos viáveis (p.16)

A contaminação ocasionada por micotoxinas, em geral, não pode ser visualizada a olho
nu, sendo assim os produtos uma vez contaminados seguem para comercialização, com
a presença de compostos capazes de provocar enfermidades e muitas vezes levar a
morte.

Os fungos causadores de aflotoxinas podem surgir devido a deficiência hídricas antes da


colheita, no qual o estresse torna mais susceptível a contaminação dos grãos, pois afecta
seu metabolismo alterando a capacidade de defesas, causando contaminações. Além
disso, o baixo teor de humidade pode ser considerado um factor de redução do
metabolismo, tornando as plantas mais susceptíveis a colonização de fungos
toxigenicos. Enquanto no armazenamento a produção desses metabolitos secundários e
favorecida pelo alto teor de humidade dos grãos. As aflotoxinas encontradas
naturalmente são:AFB1, AFB2, AFG1 e AFG2, sendo que a AFB1 e classificada como
a mais tóxica. Elas podem causar diversos problemas a saúde humana, dentre eles
câncer e distúrbios no sistema imunológico causando reacções alérgicas devido ao seu
potencial tóxico, carcinogenico e mutagenico, a contaminação com aflotoxinas no
campo e muito difícil de controlar por ser influenciada primariamente por condições
climáticas (Silva &Martins, 2014)
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3.1Prevenção da contaminação do amendoim por aflotoxinas


Quando ocorrem períodos de estiagem antes da colheita, no período que compreende as
ultimas 4 a 6 semanas antes do final do ciclo, há grande risco de contaminação por
aflotoxinas em níveis muitos elevados. Desta forma o cultivo de amendoim em áreas
irrigadas com irrigação suplementar tem se constituído uma das recomendações de
maior efeito na prevenção da contaminação pré-colheita por aflotoxinas. A suspensão
da irrigação pode ser feita de 3 a 5 dias antes da colheita, evitando a exposição
excessiva do plantio ao défice hídrico. Danos nas vagens, causadas devido a alta
incidência de doenças, perfurações feitas por insectos ou pelo manuseio na colheita e
despencamento pode ocasionar a contaminação no amendoim antes mesmo da colheita
(Gondim et al., 2008, p.13)

3.2Prevenção da contaminação por aflotoxinas no amendoim durante a etapa de


produção
 Escolher a área de plantio, solos arenosos são mais susceptíveis ao deficit
hídrico;
 Adequar o calendário de plantio para evitar estiagem no período que acontece a
colheita;
 Controlar adequadamente insectos pragas, ervas daninhas e doenças;
 Realizar rotação de culturas;
 Utilizar irrigação suplementar no final do ciclo. (Gondim et al., 2008, p.13)

3.3Prevenção da contaminação do amendoim por aflotoxinas durante a ccolheita


 Planear a colheita para que o arranquio seja feito no ponto otimo de maturidade;
 Separar palntas que morreram devido ao ataque de insectos ou microrganismos;
 Separar amendoim colhido em áreas irrigadas do amendoim colhido em área de
sequeiro;
 Descartar as vagens danificadas. (Gondim et al., 2008, p.14)

3.4Prevenção da contaminação do amendoim por aflotoxinas durante a secagem


 Secar as vagens o mais rápido possível, inverter completamente a planta no
campo, expondo as vagens ao sol e ao vento;
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 O manuseio das vagens deve ser realizado cuidadosamente para evitar danos as
mesmas;
 Separar a colheita em lotes com humidades aproximadas;
 Manter os grãos com humidade inferior a 10%.(Gondim et al., 2008, p.14)

3.5Armazenamento
Quando as condições de armazenamento são, de maneira geral precárias, com presença
de goteiras e infiltrações, colocação dos sacos contendo amendoim directamente sobre o
piso ou encostadas nas paredes, a contaminação predominante será causada pela
infecção dos grãos por Aspergilus flavus, que e mais adaptado ao ambiente aéreo. Neste
caso deve se consertar a construção e usar estrados de madeira para acomodar
adequadamente os sacos com amendoim. Os factores mais importantes que determinam
o desenvolvimento de fungos em grãos de armazenados são: grau de humidade dos
grãos, temperatura, grau de contaminação, impurezas, presença de insectos e ácaros. As
principais medidas utilizadas para controlar fungos em grãos armazenados são: secagem
dos grãos, aeração e controle da temperatura do ambiente de armazenamento (Gondim
et al., 2008, p.14)

3.6Secagem
A secagem dos grãos antes do armazenamento em níveis de humidade inferiores aquelas
necessárias ao crescimento fúngico e uma das medidas mais eficazes no controle de
deterioração de grãos provocados por fungos. Como os fungos de armazenamento
podem se desenvolver em grãos com grau de humidade em equilíbrio com a humidade
relativa do ambiente acima de 65%, e necessário que os grãos sejam secos nesse limite
de humidade (Gondim et al., 2008, p.15)

3.7Resfriamento
O controle da temperatura do ambiente de armazenamento pode ser tão eficiente quanto
o controle de humidade dos grãos na prevenção de deterioração causada por fungos em
grãos armazenados. Em temperaturas abaixo de 150 C, a maioria dos fungos de
armazenamento não crescem, grãos armazenados a 2º C permanecem por um período
dez vezes mais longo livre de fungos do que grãos armazenados a 25ºC, independente
do seu teor de água (Gondim et al., 2008, p.16)
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3.8Prevenção da contaminação por aflotoxinas durante o armazenamento


 Evitar a reidratação dos grãos;
 Armazenar apenas as vagens inteiras, bem desenvolvidas e sem perfurações ou
outros danos;
 Armazenar o amendoim em ambientes secos, ventilados, com boa cobertura;
 Armazenar o amendoim em ambientes protegidos de insectos, pássaros e roedores;
 Colocar os sacos contendo vagens sobre estrados de madeira, distantes de paredes e
empilhados de maneira a deixar corredores que permitam a limpeza do local e
retirada dos mesmos;
 Determinar o nível de aflotoxinas por analises químicas, e separar lotes livres ou
com pouca contaminação dos demais;
 Separar lotes produzidos com irrigação dos produzidos em sequeiro e com
diferentes humidades (Gondim et al., 2008, p.17)
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4.0Constatações
O amendoim pode sofrer contaminação fúngica durante a colheita, processamento
armazenamento até no momento do consumo humano ou animal. A associação entre
microrganismo e sementes é responsável pela ocorrência de varias doenças de
importância agrícola e pela produção de micotoxinas em grãos, e as inúmeras doenças
são causadas por patogenos veiculados por sementes e para alguns deles a semente é a
única maneira de sobreviver entre safras e por longos períodos de armazenamento.

Portanto, faz se necessário um rígido controle na produção para que os riscos de


contaminação por micotoxinas possam diminuir de modo a evitar intoxicações. Os
amendoim é afectada por diversos patógenos (fungos), causadores de doenças foliares e
da própria semente, sendo na maior parte favorecidos pelas condições climáticas.
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5.0Referencias bibliográficas
Lima. P.P. (2018), Aspectos Morfológicos e Moleculares, Potencial Toxigenico e
Relações biológicas de Aspergilus Seção flavi em Amendoim

Silva. C.B., Martins. J.D.C., (2014) Aflatoxina em Amendoim. Revista Engenho-vol,9

Gondim. T. M. S., Suassuna. N.D., Sofiatti. V., Coutinho. W.M. & Suassuna. T.M.F.
(2008). Manual de boas praticas agrícolas para produção do amendoim no nordeste do
brasil, Campina grande

Suassuna. N.D., Suassuna. T.M.F., Almeida. R.P., Araujo. A.E. & Fonseca. H. (2005),
Segurança e qualidade na produção primaria do amendoim. Campina grande-PB

Moraes. S.A., (2006), Amendoim Principais doenças, manejo integrado e


recomendações de controle

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