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Américo Xavier
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2019
1
Américo Xavier
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2019
2ii
Índice
Dedicatória ......................................................................................................................... ix
Agradecimentos ................................................................................................................... x
Resumo ............................................................................................................................... xi
Introdução.......................................................................................................................... 12
Conclusão .......................................................................................................................... 39
Apêndices .......................................................................................................................... 43
Anexo ……………………………………………………………………………………….53
4
IV
Lista de gráficos
Lista de tabelas
Tabela 1: Amostra………………………………………………………………………..….22
Tabela 2: Sugestões do povo do distrito de Muidumbe sobre a valorização da Base
Central…………………………………………………………………………………….…38
Tabela 3: Fontes Orais……………………………………………………………………....41
6
VI
Siglas e Abreviaturas
ET – Ensino Técnico
H – Hipótese
Declaração
Declaro por minha honra que, esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e
da orientação do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas
estão devidamente mencionadas no texto na referência teórica e na referência bibliográfica.
Declaro ainda que, esta Monografia não foi apresentada em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
Dedicatória
Com toda sinceridade, gostaria de dedicar o presente trabalho a minha família, por serem
pessoas que acreditaram que um dia irão vencer a vida, sobretudo minha mãe Marta
Cristóvão, meus irmãos João Mwanhangapassi e Riquito Alexandre e minha avó Josefina
Carlos Nkuvale, que dia após dia estavam a me estimular a prosseguir com os meus estudos.
X10
Agradecimentos
Em primeiro lugar é de agradecer a Deus, por me facultar a vida e por toda força que tem me
dado desde o início da minha formação até o presente momento.
A construção desta monografia contou com o apoio e o empenho de muitas pessoas. Por
essa razão, inicialmente, agradeço o MA. Alex Samuel Artur (o meu supervisor), que
sempre disponibilizou o seu tempo para acompanhar e apoiar na construção deste trabalho.
Agradecer também por me ter suportado nos diversos momentos de correcção desde o
projecto até a monografia final.
Os agradecimentos vão para a minha família principalmente minha mãe Marta Cristóvão por
ser uma pessoa que sempre acreditou que um dia irá vencer a vida, o João J. Mwnhangapassi
e Riquito Alexandre (os meus irmãos) a Josefina Carlos Nkuvale (a minha avó) o Tomas
Selemane e Sebastião Francisco (os meus tios) a Isabel Beda Nkalime (a minha cunhada) e
outros por tudo que eles fizeram para que eu pudesse trabalhar com sucesso, gostaria de
dizer com uma voz alta que agradeço, pelo carinho e paciência que tiveram ao atender todas
as dificuldades que eu enfrentei perante aos meus estudos.
Por fim, também gostaria de expressar o meu profundo agradecimento, para aqueles com os
quais junto com os sentimentos, conhecimentos e espírito crítico deles ajudaram a edificar
esta monografia, prova inesquecível de amizade que guardarei sempre na minha memória. E
agradecer colegas que tanto me estimularam sobretudo, Lúcia Fernando, Lulhambo Lucas
Mbomela, Marcina Alfredo Maito, Domingos J. Ração, Nelson Mwarabo, Fazbem Augusto,
Cristina Américo, Simão A. Cumbe, Assumina João, Reis Fernando, Bernardino Artur
Limas, Adamos Henriques, Claudeth M. Rodrigues, Basalisa D. Mungulangue, Jutaide João,
Laurinda das Neves, Sainete Memba, Saquilina Salimo, Anita Abílio, Miguel Atanasio,
Sérgio Candieiro e Jamal Francisco pela amizade, auxílio académico nos grupos de estudo e
companhia que têm me oferecido.
Não deixando de lado, agradeço a todos meus familiares pelos conselhos, ajuda e companhia
que vêm me dado desde que tive a influência de vida académica até os dias de hoje.
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XI
Resumo
O trabalho em destaque tem como tema A Contribuição da Base Central na Luta de Libertação
Nacional, distrito de Muidumbe, 1964-1974. O trabalho tem objectivo de analisar a contribuição da
Base Central na Luta de Libertação Nacional. A investigação foi levada a cabo em Moçambique na
província de Cabo Delgado, no distrito de Muidumbe concretamente na aldeia de Nang’unde, no
local histórico designado Base Central, num horizonte temporal compreendido entre (1964-1974).
No que diz respeito os procedimentos metodológicos o trabalho utilizou o método histórico, apoiada
na pesquisa exploratória e aos procedimentos foi de campo. Para recolha de dados foram utilizadas
as técnicas de entrevista semi-estruturada dirigida aos Antigos Combatentes, membros do Governo
Local, no caso de administrador do distrito, chefe da cultura, líderes das aldeias e chefe dos antigos
combatentes, população local, a observação, a consulta documental e revisão bibliográfica. E os
dados da pesquisa submetidos a análise permitiram constatar que a Base Central contribuiu na luta de
Libertação Nacional através da mobilização de soldados e a população em geral na luta contra o
colonialismo. O trabalho contou também que a Base Central foi o espaço de planificação e de
organização das estratégias de luta de libertação nacional na frente de Cabo Delgado e de apoio
logístico a FRELIMO através da produção de cereais principalmente o milho.
Palavra - chave: Base Central, Luta de Libertação Nacional, na frente de Cabo Delgado distrito de
Muidumbe.
Abstract
The work presented has as its theme the contribution of the Central Base of the Struggle for National
Liberation, Muidumbe district, 1964-1974. The work aims to analyze the contribution of the Central
Base in the Struggle for National Liberation. An investigation was carried out in Mozambique, in the
province of Cabo Delgado, in the district of Muidumbe, specifically in the village of Nang’unde, no
historical site known Central Base, in a period of time (1964-1974). There is no respect for the
methodological procedure or of the work used in the historical method, supported by exploratory and
research and procedures carried out in the field. Collect data used as semi-structured interview
techniques for ex-combatants, members of the local government, no case of district administrator,
head of culture, village’s leaders and head of ex-combatants, local statistics, observation,
consultation and review documentation bibliographic. Research data that analyzes an analysis
permitted at the Central Base contributed to a struggle for national liberation through the
mobilization of solders and the general population in the fight against colonialism. The work also
said that the Central Base was the space to plan and organize strategies for the struggle for national
liberation in front of Cabo Delgado and for logistical support to FRELIMO through the production of
cereals, mainly corn.
Key word: Central Base, National Liberation Fight, in front of Cabo Delgado Muidumbe district.
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Introdução
Nesta perspectiva, durante o processo de luta armada foram fundadas Bases militares e
zonas Libertadas no Interior de Moçambique. O processo da Luta Armada de Libertação
Nacional foi antecedido pela formação do nacionalismo moçambicano.
A Base Central possui um conjunto de bens de natureza material e imaterial que guarda em
si referências, memórias da Luta Armada de Libertação Nacional. Apesar de esta Base ter
uma importância Histórica ao nível local, Nacional e Internacional ainda não existem
informações sistematizadas sobre a mesma.
A escolha do tema e do local associa-se pelo facto de base central ser a segunda Base
instalada no território moçambicano no processo da Luta Armada de Libertação Nacional e
pelo facto da mesma base, pelo visto desde a sua fundação não houve estudos feitos sobre a
mesma o que lhe permitiu autor obter alguma informação sobre o historial da Base Central.
A escolha do período (1964 – 1974) associa-se por ser o período que ocorreu o processo da
Luta Armada de Libertação Nacional de Moçambique. No entanto, durante de este período
foram fundadas as bases militares da FRELIMO, que tinham o papel de mobilizar soldados e
13
Deste modo, para organizar a mobilização, operações e a logística durante a Luta Armada de
Libertação de Moçambique foram fundadas várias bases militares e sectores, uma delas foi a
Base Central, localizada no distrito de Muidumbe. Actualmente esta base encontra-se
degradada, visto que os marcos que simbolizavam alguns factos e locais históricos estão a
desaparecer, existem poucos estudos feitos e a maior parte dos moçambicanos desconhecem
do papel da Base Central na Luta de Libertação Nacional.
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É nesta perspectiva que nasce a seguinte questão: Qual foi a contribuição da Base Central
na Luta de Libertação Nacional de Moçambique?
H2. A Base Central foi um espaço de planificação e de organização das estratégias de luta de
libertação nacional na frente de Cabo Delgado e de apoio logístico a FRELIMO através da
produção de cereais principalmente o milho.
Neste capítulo deseja-se apresentar alguns conceitos básicos relativos ao tema e examinar
certos conhecimentos especulativos que norteiam o estudo.
O dicionário AURÉLIO (2010) define base como sendo “a camada que recobre uma
superfície e sobre a qual se assenta outra destinada a embelezar ou a dar acabamento”.
Nesta perspectiva, a base pode ser entendida como um conjunto dos militantes de um partido
ou uma organização, em relação aos seus dirigentes ou representantes. Ou melhor é o local
de inserção por meio do qual uma coisa se liga a estrutura a que pertence.
Um local histórico é a designação que uma determinada área possui em razão do seu
significado histórico nacional. Ele pode conferir estatuto de área protegida no site, mas não
necessariamente. Esses sites podem variar em tamanho de pequenos a complexos, e poderão
incluir provas físicas do assunto relacionado com a história a ser comemorada (ARPAC,
2014).
Ainda para autor supra citado versa que, local histórico é uma estrutura construída por
motivos simbólicos e/ou comemorativos, mais do que para uma utilização de ordem
funcional. Os locais históricos são geralmente construídos com o duplo propósito de
comemorar um acontecimento importante, ou homenagear uma figura ilustre, e,
16
Neste sentido, me auxiliando com as ideias dos autores acima citados pude ver que, o local
histórico é tudo o que a história agregou valor associado ao conceito de documento
histórico. Não foi feito para ser monumento, mas adquiriu valor documental com o passar do
tempo, devendo ser resguardado como testemunho para as gerações futuras.
Neste contexto, a luta de libertação nacional na África Austral assim como Moçambique foi
um fenómeno que permitiu a emancipação dos países pondo termo à colonização europeia.
Note-se que as manifestações deste período caracterizavam-se pela ausência de uma visão
unitária e abrangente, isto é uma visão que abrangia todo o território Nacional apesar de em
algumas regiões de Moçambique houvesse movimentos isolados ou localizados,
(PACHINUAPA, 2011, p. 43).
Portanto, as ideias nacionalistas estavam longe de ser alastradas por todo território Nacional.
Os colonialistas portugueses proibiam qualquer associação política. Ausência de uma
educação mais moderna nas zonas rurais e só uma minoria e predominantemente urbana,
composta de intelectuais e assalariados, indivíduos sem distinção étnica, na sua maioria
africanos assimilados e mulatos.
De acordo com ARPAC (2014), “a Base Central é um local histórico, que foi fundada
durante o processo da luta da libertação Nacional, na província de Cabo Delgado em
particular no distrito de Muidumbe na aldeia de Nang’unde”.
Portanto, foi neste local histórico, onde os combatentes prestavam contas do seu trabalho.
1959, pelo Mateus Mhole, Samuli Diankala e Daúd Atupale formando assim um único
movimento FRELIMO, em 25 de Junho de 1962, em Dar-es-Salam, capital de Tanzânia pelo
Dr. Eduardo Chivambo Mondlane, (PACHINUAPA, 2011, p. 62).
MANU havia sido fundada em 1960 no Tanganyika pelos emigrantes e refugiados políticos
moçambicanos naquele País, filiados anteriormente numa associação regionalista
denominada “Mozambique Makonde Union” como seu presidente Matthew Michinji Mmole
sediado no sul do Tanganyika; seu vice-presidente, Lawrence Malinga Millinga; um
secretário da sede de Dar-es-Salaam chamado Thomas G. Nyayaula e diversas pessoas
envolvidas ou interessadas em envolverem-se em seu movimento. Eduardo Mondlane deu
uma explicação diferente numa conferência ocorrida também em 1964, (MEDEIROS, 1997,
p. 39).
Este capítulo apresenta-se a metodologia usada para a construção deste trabalho no que diz
respeito, o conjunto de métodos e técnicas aplicadas no âmbito do processo de colecta de
dados.
Para LAKATOS & MARCONI (2000, p. 76) define “a metodologia, sendo como o foco
fundamental da pesquisa em que o pesquisador escolhera a classificação, a abordagem além
de especificar seu sujeito, local e toda trajectória que traçou para desenvolver a sua
pesquisa”.
Com efeitos para alcançar os objectivos traçados neste trabalho priorizou-se no método
histórico. Este método consistiu na investigação e descrição dos aspectos históricos ou a
evolução da Base Central.
Tipo de pesquisa ou estudo utilizado para a construção deste trabalho, foram quatros (4)
tipos designadamente: Quanto a Abordagem, quanto a Natureza, Quanto aos objectivos e
Quanto aos procedimentos.
De acordo com objectivos a pesquisa quanto a abordagem foi qualitativa. Esta permitiu
manter contacto directo com a Base Central e proporcionou explicar a contribuição da Base
21
Central na luta de Libertação Nacional a partir das percepções e sentimentos dos sujeitos da
pesquisa.
Segundo PRODANOV & FREITAS (2013, p. 34), “a pesquisa qualitativa possui poucas
ideias preconcebidas, salienta a importância das interpretações dos eventos mais do que a
interpretação do pesquisador e tenta compreender a totalidade do fenómeno, mais do que
focalizar conceitos específicos”.
A pesquisa quanto a natureza foi básica. Esta pesquisa permitiu desenvolver ou gerar novos
conhecimentos, da Luta Armada da Libertação Nacional.
Com efeito, este tipo de pesquisa relacionou-se com o tema por fornecer subsídios à base
documental escrita relativos a Base Central, gerando novos conhecimentos da Luta Armada
da Libertação Nacional.
A pesquisa quanto ao objectivo foi exploratória. Esta pesquisa permitiu proporcionar maior
familiaridade com a Base Central e a construção das hipóteses, através de: levantamentos
bibliográficos, entrevistas com antigos combatentes, líderes comunitários, residentes e
governo do distrito de Muidumbe.
Com efeito a pesquisa quanto aos procedimentos foi de campo. Uma vez que, o autor deste
trabalho deslocou-se ao distrito de Muidumbe concretamente aldeia de Nang’unde, para
poder perceber melhor do tema analisando as possíveis respostas ligadas a contribuição da
Base Central na luta de Libertação Nacional. Esta pesquisa permitiu acumular conhecimento
da Base Central e seus aspectos da realidade através da observação e entrevista semi-
estruturada dirigida aos antigos combatentes, líderes comunitários governo e a população
local do distrito de Muidumbe.
Para a realização desta monografia foram usadas as seguintes técnicas: observação directa,
entrevista semi-estruturada, questionário e a consulta documental.
22
Entrevista semi-estruturada esta técnica ajudou o autor acolher informações através das
questões abertas e fechadas dirigidas aos antigos combatentes, lideres comunitários, governo
local e a população local do distrito de Muidumbe.
Com efeito esta técnica, permitiu recolher informação rica, em certos casos com bastante
profundidade, estabeleceu hipóteses iniciais para as motivações subjacentes a atitudes e
comportamentos e por ultimo apresentou grande flexibilidade e adaptabilidade, o que
permitiu explorar grande parte da informação.
Para alcançar objectivos traçados neste trabalho usou-se a técnica de consulta documental,
na qual permitiu colectar dados a partir dos documentos da Direcção Nacional do
Património Cultural, que abordaram a temática dos locais históricos (Base Central),
monumento da base central, documentos dos arquivos históricos que abordaram sobre a Luta
Armada de Libertação Nacional.
O universo para o presente trabalho foi constituído 99, 363 os residentes ou habitantes do
distrito de Muidumbe em geral (INE, 2019).
2.4. Amostra
Tabela 1: Amostra
Este tipo de amostra segundo GONZALEZ (2009, p. 94), “consiste em todos os elementos
da população têm a mesma probabilidade de ser seleccionado e, é o processo mais elementar
e muito frequentemente utilizado”.
23
2.6. Limitações
Durante a pesquisa, os entrevistados foram normais, apesar de outros não aceitarem sair
fotos e não querer aperfeiçoar tudo que eles têm, por medo e suspeito da minha pessoa uma
vez que a zona norte da província é alvo dos insurgentes vulgo all-shababb. Para o
funcionamento do seu trabalho que muito deles maiores de idade, mais foi um trabalho
gratificante até hoje obtido.
Ainda durante o trabalho deparei-me com outra dificuldade que não esperava: indisciplina
na parte dos habitantes, a falta de interesse dos entrevistados ou residentes do distrito na
colaboração com entrevistador, o não domínio da língua oficial portuguesa fui obrigado
entrevistar em língua local e suspeito da minha pessoa. De facto, estes não apresentavam
muita vontade em desenvolver as suas competências.
Indo ao desafio, durante a minha pesquisa foi de abranger coisas perigosas que a Base
Central, apresenta. A Base Central constitui um arquivo de informação sobre o nosso
passado e presente, um legado que deve ser protegido por um quadro legal, institucional,
contando também com a participação da comunidade, de forma a garantir a sustentabilidade
cultural. Assim, durante a pesquisa fui orientado para exercer funções de um pesquisador.
Portanto, na minha perspectiva, gostaria da próxima vez que existisse uma colaboração entre
entrevistados assim como entrevistador. Para haver uma melhoria do trabalho, para não
haver discrepância de trabalho visto que, era normal passar três aldeias sem nenhum
atendimento, cada um trabalhava segundo o que lhe apetecia.
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Este capítulo tem como objectivo fazer a apresentação, análise e interpretação dos dados
obtidos a partir da observação e entrevista semi-estruturada. A apresentação foi feita em
forma de tabelas e gráficos.
De uma forma generalizada pode-se dizer que a região é caracterizada pela ocorrência de
três sistemas de produção agrícola dominantes. O primeiro corresponde à vasta zona
planáltica baixa onde domina a consociação das culturas alimentares, nomeadamente
mandioca/milho/feijões nhemba e boer, como culturas de 1a época (época das chuvas) e a
produção de arroz pluvial nos vales dos rios, dambos e partes inferiores dos declives (MAE,
2014).
O distrito de Muidumbe afirma como pólo cultural com intervenções marcantes, de nível
local, no campo de arte Makonde, escultura e a dança Mapiko. Na área do desporto se
destaca em futebol onze. Importante também e representativo do espírito artístico e criativo
do povo do distrito de Muidumbe é o artesanato e a dança Mapiko que se manifesta em
várias áreas, destacando-se as esculturas em pau-preto ou arte Macondes, (MAE, 2014).
O distrito tem três Postos Administrativos: Muidumbe-Sede, Chitunda e Miteda que, por sua
vez, estão subdivididos em 8 Localidades, (MAE, 2014).
O povo moçambicano sempre resistiu contra a ocupação colonial portuguesa apesar das
perseguições e assassinatos protagonizados pelos mesmos portugueses.
Em 25 de Junho de 1962 funda se a Frelimo e logo inicia uma nova fase de resistência do
povo Moçambicano. A Frelimo desencadeia nessa fase a preparação da Luta Armada de
Libertação de Moçambique mobilizando forças internas e externas para aderirem a este
processo. Em repostas, a essa mobilização de massas, o colonialismo Português, utilizando
as suas máquinas repressivas, empreendeu perseguições com vista a impedir o avanço dos
combatentes da Frelimo, (TEMBE, 2014).
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1
Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção. http://www.cenacarta.com consultada no dia 05/10/2019.
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Nesta perspectiva, Frelimo não tendo uma capacidade total de combater contra o
colonialismo português, de imediato surge na véspera o território designado por Argélia
tornando-se guia da dianteira do movimento de libertação do continente Africano e em
particular do nosso país (Moçambique), apoiando na formação e instrução militar dos
primeiros guerrilheiros, sobre tudo para o movimento de Liberação Nacional, em combate
contra o colonialismo, onde a resistência de Portugal não permitiu a sua transição por via
pacífica para a independência, (FRELIMO, 1977, p. 25).
Em 1964, um grupo de militares dirigidos por Alberto Joaquim Chipande retornaram a terra
natal (Moçambique) na actual província de Cabo Delgado, em particular, distrito de
Nangade, no posto administrativo de Sede-Ngãngolo nas zonas baixas por onde criam a
primeira base que foi designada por Base-Beira, com o intuito de enganar os Portugueses a
não perceber por onde-se localizava a tal base, uma vez que, a Beira é uma cidade que se
encontra na zona centro do País, (Comunicação verbal)2.
Com isso, em 1966 funda-se a Base Central no distrito de Muidumbe na qual, foi o resultado
dos militares formados na Base-Beira. No mesmo ano com o grande aumento militar da
FRELIMO começou a distribuir os destacamentos em várias regiões, tais como: Namoto-
Palma, Nacala-Mueda, Limpopo-Namatil, Ngungunhane-Miteda e Machude-Náchipungo-
Imbuo. Em cada respectiva zona com seu dirigente, John Pedro – Namoto, André em
Nacala, Matias em Limpopo, Jacinto Omar em Ngungunhane e André Namalongo – Imbuo
(Comunicação verbal)3.
serviam para instalar o comando militar das regiões militares; Bases gerais com efectivos
apreciáveis, geralmente um batalhão; Bases de segurança com pequenos efectivos, instaladas
junto de acampamentos de população controlada. Dependiam das bases gerais,
(MEDEIROS, 1997, p. 89).
A Base Central era constituída pelas casas dos chefes, onde por vezes se guardava o
armamento, com uma a três casernas, armazém de alimentos, depósito de material, cozinha,
posto de socorros, hospital, escola e prisão (Comunicação verbal)4.
Secção (A): nesta parte são apresentadas, analisadas e interpretadas as respostas dadas aos
antigos combatentes do distrito em estudo diante de pesquisa.
Esta pergunta pretendia saber o ano da fundação da Base Central. Dos quinze (15)
entrevistados da amostra 20% responderam que a Base Central foi fundada em 1965, 70%
responderam que foi fundada em 1966 e por fim, 10% responderam que a Base Central foi
fundada em 1968.
80%
60%
40% Legenda
70%
1965
20% 1966
20% 1968
0% 10%
1965 1966 1968
Fonte: autor, 2019.
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Com base nos dados do gráfico acima exposto, podemos dizer que, a Base Central foi
fundada em 1966, uma vez que a maioria dos entrevistados discursaram o mesmo ano.
Nesta perspectiva, os dados obtidos entram em harmonia com DIONÍSIO (2011) no qual
sustenta que, “a Base Central foi fundada em 1966, depois do inicio da Luta Armada de
Libertação Nacional, e foi a principal base de Cabo Delgado, onde eram traçados todos os
planos militares para a província em particular e para o território nacional no geral”.
As bases de luta de Libertação nacional em cabo Delgado eram estruturadas em quatro (4)
sectores, designados: primeiro sector designado a Base Beira no distrito de Nangade que
comandava do rio Rovuma até a estrada de Mueda, segundo sector Base Central distrito de
Muidumbe que comandavam da estrada de Mueda até o rio Messalo, o terceiro sector Sub
Base provincial Moçambique distrito de Macomia que comandava do rio Messalo até o rio
Montepuez e último sector Base Chaimite distrito de Ancuabe que comandava do rio
Montepuez a rio Lúrio até uma parte da província de Nampula.
Por essa razão, a Base Central recebeu esta designação por ser a principal Base de Cabo
Delgado, onde eram traçados todos planos do combate para a província em particular e para
o território nacional no geral e por estar no centro ou no meio de outras Bases, da luta de
Libertação Nacional na província.
Pergunta 3: Porque foi escolhido esse local para instalação da Base Central?
Com esta pergunta pretendia alcançar com inteligência a escolha do local para instalação da
Base Central.
instalações. As instalações actuais da Base Central não foi escolhido, mas por ser o último
lugar onde conseguiram alcançar seus objectivos (independência), é nesta vertente que o
local continua em peso. Estes dados entram em concordância com (ARPAC, 2014).
Para esta questão todos entrevistados da amostra responderam de uma forma unânime 100%
que, os grupos étnicos que existiam na Base Central, eram Macondes, Macuas, Mwanis,
Ngoni, Yao, Machangana, Nyungue, Macenas, e Machuabos.
Com esta pergunta pretendia saber as actividades realizadas na Base Central. Dos 15
entrevistados 40% responderam que não sabiam das funções, mas os restantes
correspondente a 60% responderam que, as actividades realizadas na Base Central, eram a
planificação e de organização das estratégias de luta de libertação nacional na frente de Cabo
Delgado e a mobilização dos soldados e a população no geral na luta contra o colonialismo e
também a produção agrícola para o combate da fome.
Para a questão em destaque todos entrevistados responderam de uma forma unânime 100%
que o primeiro comandante da Base Central foi o Gabriel Maurício Nantimbo.
Dos 15 entrevistados 30% responderam quem não se lembravam dos nomes e os restantes
70% responderam de uma forma aleatória que pessoas importantes que viveram na Base
Central eram: Hilário Makumbi, Simão Virgílio Minga, Manuel Ambone, Alberto Joaquim
Chipande, Anastácio Bento Ananjambala, Francisco Papalo, Cassiano Alato, Samora Moisés
Machel, Eduardo Mbatia, Agostinho Lago Lidimo, Armando Abel Ashikala, Bartolomeu
Lauka, Manuel Bernardo Mumba, Filomena Nachake, Henriqueta João, Focas Zacarias
Assikulava, Raimundo Domingos Pachinuapa, Saibo Amisse Lipua, António de Almeida
Nhapulo, Paulo Samuel Kankompa, Salésio Teodoro Nalyambipano, David Sitoe, Jacinto
Lyakule, Vicente Mussa, João Elias Chivanuano e Simão Tobias Lindolondolo.
Dos nomes apresentados pelo proponente do trabalho, entram em harmonia com historial da
Base Central.
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Esta pergunta pretendia saber as funções que desempenharam pessoas que viveram na Base
Central. De uma forma geral, de todos entrevistados 30% continuaram a não lembrar de
nada, mas os restantes correspondente a 70% responderam de forma aleatória, entre eles:
Com base nos dados apresentados das funções que desempenharam as pessoas importantes
que viveram na Base Central entram em concordância com, (ARPAC, 2014).
Para questão em análise, de todos entrevistados da mostra de uma forma unânime 100%
responderam que as instalações que existiam dentro da Base Central, eram palhotas e
trincheiras. Palhotas serviam para descansos ou melhor serviam como casa e trincheiras era
para se esconder no tempo dos ataques.
Pergunta 10: Qual foi o papel desempenhado pela Base Central durante a Operação No
Górdio?
Com esta pergunta pretendia compreender o papel desempenhado pela Base Central durante
a Operação No Górdio.
70%
60%
50%
40%
30% 65%
Legenda
20%
35%
10% Sem Ideia
0% Estrategias
Sem Ideia Estrategias
De acordo com os dados apresentados no gráfico, pude ver que o papel desempenhado pela
Base Central durante a Operação No Górdio, foi de estratégias, planificação e de
organização dos soldados para combater contra colonialismo, uma vez que a maioria
comungam a mesma resposta.
33
Pergunta 11: Quais eram as tácticas da Guerra utilizadas pelos combatentes de Base
Central?
Pergunta 12: Qual era o papel dos jovens mulheres, homens, crianças e velhos?
Objectiva compreender o papel dos jovens mulheres, homens, crianças e velhos na Base
Central. Dos 15 entrevistados de acordo com amostra correspondente a 45% responderam
que não se lembravam nada de pergunta, e os restantes correspondente a 55% debruçaram
que, crianças iam na escola, jovens mulheres assim como homens tinham o papel de carregar
material, eram professores e ao mesmo tempo eram milicianos ou força local. Os velhos
desempenhavam o papel de conselheiros.
Estes dados entram em harmonia com o conteúdo do historial da Base Central e o conteúdo
do ARPAC.
Na mesma perspectiva, ARPAC (2014) afirma que, durante a Luta de Libertação Nacional
jovens eram milicianos eram professores também carregavam material e os idosos eram
conselheiros a manutenção da família entre outras actividades.
Pergunta 13: Qual foi a contribuição da Base Central na luta de libertação nacional?
Com efeitos a esta questão aspirava compreender a contribuição da Base Central na luta de
Libertação Nacional.
Por fim, 27% afirmaram que por ser uma base que comandava toda província de Cabo
Delgado e por comandar outras bases e sectores existente no tempo da luta Armada de
Libertação Nacional.
70%
60%
50%
40%
Legenda
30% 58%
20% Produção de cereais
10% 27% O centro de planificações
15%
0% Comandar outras bases
Produção de O centro de Comandar outras
cereais planificações bases
Nesta perspectiva, de acordo com os dados do gráfico podemos dizer que a Base Central
contribuiu na luta de Libertação Nacional, por ser o centro de planificações e de
organizações de todas estratégias da luta Armada de Libertação Nacional na frente de Cabo
Delgado e outras províncias como Nampula e Niassa e Moçambique em geral.
Também por facto de ser o centro das atenções onde as bases e sectores prestavam conta dos
seus trabalhos e por acolher dirigentes da FRELIMO acomodação das pessoas que lutaram
pela solidariedade moçambicana, visto que, a maioria debruçaram das mesmas razões.
Secção (B): neste ponto são apresentadas, analisadas e interpretadas as respostas dadas aos
líderes comunitários do distrito de Muidumbe perante a pesquisa.
Com esta pergunta pretendia ouvir dos líderes comunitários se existe iniciativas para a
divulgação do papel da Base Central. Dos 5 entrevistados responderam 100% de forma geral
35
que existe sim só para o governo local. Isto é, fazem limpeza e palestra com os alunos das
escolas do distrito em estudo, o no que tange momento depende do evento.
Pergunta 2: Que acções o governo local ou do distrito realiza para a valorizar a Base
Central? Essas acções são suficientes para valorizar a Base Central?
Esta questão pretendia saber as acções que o governo local ou distrito realiza para a
valorização da Base Central. De forma geral correspondente a 100% responderam que, o
governo local ou do distrito não realiza nenhuma das acções para a valorização da Base
Central.
Segundo NDEGUE (2009), salienta que, “as principais bases do movimento de luta de
libertação nacional estão a ser restauradas com vista à sua melhor preservação, no âmbito de
um programa lançado pelo Ministério dos Combatentes.
As observações feitas no local de estudo pelo investigador mostram que não existem acções
concretas de preservação da Base Central.
Secção (C): nesta parte são apresentadas, analisadas e interpretadas repostas dadas aos
técnicos do SDEJT do distrito em destaque perante a pesquisa.
Dos 5 entrevistados da amostra correspondente a 100% responderam que a Base Central não
possui o plano de conservação e preservação.
36
Para esta questão 100% dos entrevistados da amostra responderam de forma geral que, o
estado actual das instalações da Base Central, esta péssimo, não está em condições apenas
existem identificações ou placas que simbolizam o local, em suma disseram que a base esta
degradada.
Nesta vertente, no que diz respeito o artigo 41 do Regulamento de Gestão de Bens Culturais
Imóveis aprovado pelo Decreto n°55/2016 de 28 Novembro a gestão sustentável de bens
culturais imóveis comporta os seguintes princípios:
Secção (D): nesta parte são apresentadas, analisadas e interpretadas as respostas dadas aos
residentes do distrito em estudo diante da pesquisa ou estudo.
37
Esta pergunta tinha como objectivo compreender o apoio da população a Base Central.
80%
70% Legenda
60% 70%
50%
40% Produção,mobilização,
30% carregamento de material e
20%
10% 20% 10% fornecimento de alimentação
0% Alimentação
Carregamento de material
Com base nos dados obtidos pelos antigos combatentes do distrito de Muidumbe, podemos
dizer que a população apoiava Base Central através de produção agrícola, mobilização dos
materiais, carregamento de material de Tanzânia à Moçambique e fornecimento de
alimentação aos soldados, uma vez que a maioria responderam a mesma coisa.
Pergunta 2: Na sua opinião o que deve ser feito para valorizar a Base Central?
Esta pergunta pretendia ouvir do povo do distrito de Muidumbe, o que eles querem que seja
feito para valorizar a Base Central.
Dos entrevistados 70% responderam que o governo deve criar condições para a existência de
infra-estrutura que possa simbolizar o local. E dos restantes correspondentes a 30%
responderam que deve criar condições para a existência do Recurso Humano qualificado na
área de preservação e conservação do Património Cultural.
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H2. A Base Central foi um espaço de planificação e de organização das estratégias de luta de
libertação nacional na frente de Cabo Delgado e de apoio logístico a FRELIMO através da
produção de cereais principalmente o milho.
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Conclusão
A Base Central possui um conjunto de bens de natureza material e imaterial que guarda em
si referências, memórias da Luta Armada de Libertação Nacional. Apesar de esta Base ter
uma importância Histórica a nível local, Nacional e Internacional ainda não existem
informações sistematizadas sobre a mesma. Actualmente esta Base encontra-se degradada e
esquecida visto que os marcos que simbolizavam alguns factos e locais históricos estão a
desaparecer, existem poucos estudos feitos e a maior parte dos moçambicanos desconhecem
do papel da Base Central na Luta de Libertação Nacional. Neste contexto, compreende-se a
importância do tema não só para as comunidades locais, mas também para o governo local
que por lei tem a missão de promover práticas de preservação dos locais históricos.
Sugestões
Referência Bibliográfica
GONZALEZ, Luís Alberto Segóvia. Métodos de pesquisas. 1ª edição. Brasil: UFRGS, 2009.
Legislação
Fontes Electrónicas
Fontes Orais
Tabela 3: Fontes Orais
Nᵒ Nome Completo Função Local e Data da Entrevista
SDEJT
01 Vicente João Atanasio SDEJT Muidumbe-Sede - 18/09/2019
02 Tome Simão Agostinho SDEJT Muidumbe-Sede - 18/09/2019
03 Lúcia M. Nankalamba Tiago SDEJT Muidumbe-Sede - 18/09/2019
04 Cândido Domingos Simão SDEJT Muidumbe-Sede - 18/09/2019
05 Elias Agostinho Jaime SDEJT Muidumbe-Sede - 18/09/2019
Líder comunitário
06 Likunda Nchegua Líder comunitário Aldeia Nang’unde - 16/09/2019
07 José C. Lindolondolo Líder comunitário Base Central - 16/09/2019
08 Jonas Paulo Alame Líder comunitário Aldeia Miteda - 20/09/2019
09 Cosme Bonga Líder comunitário Aldeia Matambalale - 19/09/2019
10 Cristóvão Luís Wechi Líder comunitário Muidumbe-Sede - 17/09/2019
Residente
11 Abel Sebastião Mário Residente Nang’unde - 16/09/2019
11 Jovito Jerónimo Residente Base Central - 16/09/2019
12 Tomas Selemane Residente Miteda- 20/09/2019
13 Narciso Marcus Residente Muidumbe-Sede - 17/09/2019
14 Ramos Paulino Álvaro Residente Base Central - 16/09/2019
Antigo combatente
15 Pedro Seguro Antigo combatente Muambula - 19/09/2019
16 Joaquim Amisse Antigo combatente Nang’unde - 16/09/2019
17 Josefina Carlos Nkuvale Antigo combatente Miteda - 20/09/2019
18 Cristóvão Passa Bakiri Antigo combatente Nang’unde - 16/09/2019
19 Cristóvão V. Mbambanda Antigo combatente Miteda - 20/09/2019
20 Geraldo Clemente Pedro Antigo combatente Miteda - 20/09/2019
21 Mauricio Gaspar Maulo Antigo combatente Nang’unde - 16/09/2019
22 Aidis Jackson Nkatunga Antigo combatente Muidumbe-Sede - 17/09/2019
23 Modesta John Ngonha Antigo combatente Base Central - 16/09/2019
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Apêndices
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Caro líder, do distrito de Muidumbe, com esta entrevista pretende-se saber a Contribuição da
Base Central na Luta de Libertação Nacional no distrito de Muidumbe. Lembrar que não
existem respostas erradas, pois o que me interessa é sua opinião pessoal e sincera sobre o
tema.
Agradeço a sua disponibilidade e colaboração
Caro técnico da cultura do SDEJT do distrito de Muidumbe, Com esta entrevista pretende-se
saber a Contribuição da Base Central na Luta de Libertação Nacional no distrito de
Muidumbe. Lembrar que não existem respostas erradas, pois o que me interessa é sua
opinião pessoal e sincera sobre o tema.
Agradeço a sua disponibilidade e colaboração
Anexo