Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Julho 2011
FOLHA DE APROVAÇÃO
SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 6
1.1 O PROBLEMA ........................................................................................................................... 7
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................... 7
1.2.1 GERAL .............................................................................................................................. 7
1.2.2 ESPECÍFICOS .................................................................................................................... 7
1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA ................................................................................. 8
1.4 METODOLOGIA DE PESQUISA ................................................................................................. 9
1.4.1 DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO ........................................................................... 9
1.4.2 MÉTODOS ........................................................................................................................ 9
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................................. 11
2.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ARQUITETURA ............................................................................ 11
2.1.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11
2.1.2 PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM ................................................................. 13
2.1.3 TIPOLOGIAS DE EDIFÍCIOS ENERGETICAMENTE EFICIENTES ......................................... 17
2.1.4 APROVEITAMENTO DE LUZ NATURAL ........................................................................... 19
2.2 ENERGIA SOLAR ..................................................................................................................... 20
2.2.1 GERAÇÃO LOCAL DE ENERGIA FOTOVOLTAICA............................................................. 20
2.2.2 SISTEMA SOLAR DE AQUECIMENTO DE ÁGUA .............................................................. 23
2.3 USO RACIONAL DA ÁGUA ...................................................................................................... 26
2.4 DESEMPENHO ACÚSTICO ...................................................................................................... 31
2.4.1 TRATAMENTO ACÚSTICO .............................................................................................. 32
2.4.2 ISOLAMENTO ACÚSTICO ............................................................................................... 32
2.4.3 CONDICIONAMENTO ACÚSTICO ................................................................................... 35
2.5 BOATES: PÚBLICO ALVO E O ESPAÇO FÍSICO ........................................................................ 37
2.5.1 ENTREVISTA ARQUITETO JOEL LIMA ............................................................................. 37
2.6 SEGURANÇA E ACESSIBILIDADE............................................................................................. 38
2.7 LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA .................................................................................................... 40
2.7.1 PLANO DIRETOR ............................................................................................................ 40
2.7.2 LEIS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ............................................................................. 40
4
2.7.3 CÓDIGO DE OBRAS ........................................................................................................ 42
2.7.4 CÓDIGOS DE POSTURAS ................................................................................................ 42
ESTUDO DE CASO .................................................................................................................................. 44
3.1 ROXY, BELO HORIZONTE ....................................................................................................... 44
3.2 PRIVILÈGE, JUIZ DE FORA ...................................................................................................... 51
3.3 SALVADOR NORTE SHOPPING ............................................................................................... 56
RESULTADOS ......................................................................................................................................... 61
4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 61
4.2 PROPOSTA ............................................................................................................................. 63
4.3 O TERRENO ............................................................................................................................ 63
4.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO ............................................... 66
4.5 CONCEITO .............................................................................................................................. 68
4.6 FLUXOGRAMA E SETORIZAÇÃO ............................................................................................. 69
4.7 CRONOGRAMA ...................................................................................................................... 70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 71
5
INTRODUÇÃO
O lazer sempre fez parte da vida cotidiana das pessoas, como o momento mais
agradável de sua rotina. O futebol com os amigos, o piquenique com a família e o teatro
podem trazer relaxamento, tranqüilidade e socialização.
A socialização por meio do lazer também pode ser encontrada em choperias, concertos
musicais e em boates, caracterizando assim os ambientes de lazer urbano noturno.
6
1.1 O PROBLEMA
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 GERAL
1.2.2 ESPECÍFICOS
7
Realizar o planejamento das atividades de projeto por meio do programa de
necessidades, dimensionamento, fluxograma e conceituação.
Este trabalho torna-se necessário ao observar que há poucos estudos associandos aos
temas boates e eficiência energética. Considerando o desenvolvimento do projeto proposto,
este estudo pode enriquecer a literatura dos temas analisados.
8
região; contribuindo assim, com o uso eficiente e racionalização da energia (MEIRIÑO,
2004).
1.4.2 MÉTODOS
9
modo geral, utilizando recursos como artigos, revistas, periódicos e trabalhos monográficos;
identificação de normas técnicas referentes a tratamento acústico, segurança e
acessibilidade; estudo de leis municipais sobre a organização do espaço na cidade;
análise das diretrizes estabelecidas pelo RTQ-C para a envoltória, utilizando sistemas
que aumentam a eficiência energética da edificação, como painés fotovoltaicos e sistemas
de aquecimento solar de água; elaboração de estudos de casos de boates construídas e
de edifícios de lazer devidamente etiquetados segundo as diretrizes do RTQ-C; visitas
técnicas para entender o funcionamento de boates; identificação da implantação
adequada para a proposta arquitetônica e formulação do programa de necessidades,
pré-dimensionamento e fluxograma a fim de definir os conceitos e o partido do projeto.
10
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 INTRODUÇÃO
A crise do petróleo nos anos 70 que elevou o preço dos combustíveis fósseis contribuiu
para o avanço de pesquisas e estudos relacionados a fontes renováveis de energia e
métodos de eficiência energética.
Segundo o Balanço Energético Nacional de 2010, utilizando 2009 como o ano base, a
eletricidade foi responsável por 16,6% do consumo final de energia brasileira por fonte, de
modo que, deste valor, 15,1% são creditados ao setor comercial. No consumo de energia do
setor comercial, a eletricidade foi responsável por 89,5% (BRASIL, 2010).
De acordo com Plano Nacional de Energia (PNE 2030), que tem por finalidade o
planejamento em longo prazo do setor energético, o setor comercial será responsável por
58% do potencial técnico de conservação de energia (BRASIL, 2007).
Jannuzzi (1997) afirma que a eficiência energética é quase sempre mais barata que a
produção de energia. Desta forma, projetos de combate ao desperdício de energia devem
ser desenvolvidos a partir da aplicação de novas tecnologias construtivas e de normas que
sirvam como parâmetros na produção arquitetônica.
11
A necessidade de normalização do edifício e seu desempenho energético foram
discutidos inicialmente em 1991, em um encontro nacional (CHICHIERCHIO; FROTA, 1991;
LAMBERTS, 1991), que resultou nas normas da ABNT atualmente vigentes: NBR 15220
(ABNT, 2005) e NBR 15575 (ABNT, 2008). A primeira norma apresenta requisitos referentes
ao desempenho térmico como métodos de cálculo e de medição de propriedades térmicas
de componentes, enquanto a segunda analisa outros tópicos além do desempenho térmico,
como estruturas e sistemas hidrossanitários. Entretanto, nenhuma apresenta parâmetros ou
requisitos visando diretamente à eficiência energética da edificação, além de referenciarem
somente edificações residenciais (CARLO; LAMBERTS, 2010).
Segundo Carlo e Lamberts (2010) os sete passos que devem ser entendidos para o
estabelecimento de certificações energéticas que Pérez-Lombard et al. (2009) indicaram, foi
fruto da analise do desenvolvimento de normas e regulamentos em eficiência energética
estudados em diversos países.
Do mesmo modo, este estudo baseia-se em perguntas transcritas através das perguntas
de Carlo e Lamberts (2010) e que serão respondidas durante o desenvolvimento do
assunto, porém com vistas ao projeto de uma boate:
12
Que aspecto estético o edifício terá em termos de eficiência que serve de
parâmetros para a produção deste projeto;
Há dois tipos de políticas que podem ser implementadas visando o uso racional da
energia: políticas baseadas na limitação do nível de eficiência energética permitido mediante
o estabelecimento de índices de desempenho mínimos; e as que estabelecem
classificações por meio de programas de certificação. A eficiência mínima é, em geral,
obrigatória e tem caráter prescritivo, com limites de desempenho estabelecidos por
indicadores. Já a certificação é um mecanismo de mercado que visa promover a eficiência
energética de uma edificação de elevado desempenho ao compará-la ao mínimo obrigatório
(CASALS, 2006).
13
A classificação do nível de eficiência da envoltória segue alguns requisitos. Além dos
procedimentos de cálculo e a determinação da eficiência, a transmitância térmica, as cores
e absortância de superfícies e a iluminação zenital precisam ser considerados como pré-
requisitos específicos.
A edificação deve atender ao fator solar máximo do vidro ou do sistema de abertura para
os respectivos PAZ (percentual de aberturas zenital) no caso de existência de aberturas
zenitais, de acordo com a tabela 2.
Tabela 2 – Limites de fator solar de vidros e de percentual de abertura zenital para coberturas.
Onde:
FS é o fator solar;
equação); e
15
ICmin – Indicador de consumo mínimo, de acordo com as características tabeladas
encontrados. O ICmin e o ICmax são subtraídos e divididos por quatro, de modo a localizar o
volumetria analisada. Em seguida, verificar onde o ICenv está indicado nesses intervalos. A
16
2.1.3 TIPOLOGIAS DE EDIFÍCIOS ENERGETICAMENTE EFICIENTES
17
térmica correspondente a 2,00 W/m²K, enquanto que sua
parcela que cobre os laboratórios (ambientes
Figura 4 - Edifício da CAIXA, Curitiba.
condicionados) deve atender ao limite máximo de 1,00
W/m²K.
O edifício possui sombreamento nas aberturas da fachada norte que é a principal. Após
a ponderação dos ângulos verificou-se que as proteções verticais apresentam ângulo
ponderado de 5,37º e as proteções horizontais, ângulo ponderado de 15,38º. As proteções
solares horizontais, juntamente com o baixo percentual de abertura nas fachadas (15%)
garantiram a etiqueta de nível A para a envoltória. O indicador de consumo é de 259,00,
inferior ao limite para nível A de 260,40 para este edifício. Os pré-requisitos específicos de
transmitância térmica e absortância foram cumpridos, ambos abaixo do máximo admissível
para nível A de eficiência energética (CARLO; RAMOS). A figura 5 apresenta o indicador de
consumo da envoltória deste edifício.
18
A economia gerada pelo consumo
anual de água, pelo uso racional de
água e aproveitamento da água da
chuva rendeu ao edifício 1,00 ponto
como bonificação. A água da chuva é
coletada pela cobertura e armazenada
para utilização na limpeza e irrigação
do jardim. Comparadas ao consumo
típico de agências equivalentes a esta,
as medidas ocasionaram uma
economia de 27% do consumo anual
de água (CARLO; RAMOS). A figura 6 Figura 6 - Etiqueta de certificação do edifício da CAIXA, Curitiba
...existe cada vez mais, no Brasil, a consciência de que seu uso nos traz
não só benefícios de ordem psicológica, um agradável contato com o ambiente
externo, uma distribuição dinâmica e agradável de luz, mas também benefícios de
ordem econômica, quer pela economia de energia elétrica que pode proporcionar,
quer pela melhoria de produtividade e diminuição de absenteísmo no trabalho.
(SOUZA; PEREIRA, 2004, p.80).
19
As boates não exploram o potencial da iluminação natural, uma vez que não apresentam
aberturas externas como janelas, na busca por um melhor desempenho acústico. Mas sua
utilização pode ser devidamente realizada pelos espaços de apoio e serviços existentes. Um
tratamento acústico qualificado nos ambientes de maior intensidade sonora pode reduzir a
propagação do som e, conseqüentemente, atribuir aos espaços de apoio, tais como cozinha,
banheiros, depósitos, administração, entre outros, uma melhor utilização da luz natural.
O Sol tem sido, e será, a fonte primária de energia para a Terra e para o nosso sistema
solar. Segundo RÜTHER (2004), diariamente incide sobre o nosso planeta mais energia
solar do que a demanda total necessária para todos os habitantes terrestres em um ano.
Dentre as diversas formas de aplicação da energia solar, a geração direta de eletricidade se
destaca.
O efeito fotovoltaico ocorre nas células solares fotovoltaicas, que são dispositivos
construídos com materiais semicondutores. Empregam principalmente duas tecnologias:
uma baseada no silício cristalino e outra baseada em filmes finos. Não é comum a utilização
de uma única célula para a geração de energia, de modo que são conjuntos de células ou
módulo fotovoltaico que produzem a energia.
Em uma instalação fotovoltaica específica pode ser utilizado apenas um módulo, mas
normalmente são utilizados vários módulos associados eletricamente, compondo o painel
fotovoltaico ou gerador fotovoltaico (VIANA et al., 2010).
20
O conjunto de elementos necessários para a conversão de energia solar em energia
elétrica constitui o sistema fotovoltaico (SFV). Além do painel fotovoltaico, o principal
componente, o sistema pode incluir dispositivos para controle, supervisão, armazenamento
e condicionamento de energia elétrica.
Fonte: <http://amacedofilho.blogspot.com/2009_06_01_archive.html>.
Nos sistemas conectados à rede, a energia gerada é injetada diretamente na rede e não
há necessidade de banco de baterias. São constituídos basicamente de painel fotovoltaico e
inversor, aos quais se somam os componentes de comando e proteção (chaves, fusíveis,
disjuntores, etc.), de acordo com a figura 8.
21
Figura 8 - Sistemas fotovoltaicos conectados a rede.
Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/_uRwdUP-w280/Sj_oCfn60-I/AAAAAAAAB4o/aaeTM5T94E4/s1600-h/8.jpg>.
22
a gestão da demanda de energia e de promoção ambiental do País, em curto, médio e longo
prazo (BRASIL, 2008b).
O aquecimento solar de água está entre as diversas alternativas que buscam o aumento
da eficiência energética e a sustentabilidade de uma edificação.
Apesar dessa tecnologia já ser utilizada no Brasil, a parcela das edificações que possui o
sistema de aquecimento solar de água ainda é muito pequena em relação ao potencial
existente no país. Segundo Abreu et al. (2010), tal tecnologia também tem sido aplicada nos
setores residencial multifamiliar, hoteleiro e piscinas, mas com pouca utilização no setor
industrial.
24
O funcionamento de um aquecedor solar de água é bastante simples. A radiação solar
atravessa o vidro de cobertura e ao encontrar uma superfície geralmente preta é absorvida e
reemitida, sofrendo um aumento no seu comprimento de onda, o que a torna incapaz para
atravessar de volta o vidro. Desta forma, tem origem uma reemissão desta radiação no
sentido vidro/superfície/vidro (BAPTISTA, 2006).
Como a superfície está sendo aquecida pela radiação solar e estando a grade de tubos
em contato direto com ela, verifica-se uma transferência de calor para a grade de tubos e
desta para a água que se encontra em seu interior. O coletor solar é ligado por meio de
tubos a um tanque termicamente isolado, que conterá o volume de água a ser aquecido,
situado sempre acima do coletor.
Se certo volume de água quente é retirado para consumo, imediatamente igual volume
de água à temperatura ambiente entra no reservatório termicamente isolado, já que este
está diretamente ligado à caixa de água local (BEZERRA, 2001).
25
2.3 USO RACIONAL DA ÁGUA
O crescimento populacional e o processo de urbanização vêm acarretando, nas últimas
décadas, um aumento significativo no consumo de água. No ano 2000, metade dos recursos
hídricos disponíveis já estava sendo utilizado para fins humanos, o dobro do que era
utilizado em 1965 (WORLD WATER COUNCIL, 2008).
Segundo estudos realizados sobre os diversos usos da água nas edificações, o vaso
sanitário e o chuveiro (banho) são os principais responsáveis pelo consumo de água (DECA,
2007; SABESP, 2008). Além disso, uma parcela significativa relacionada ao uso da água
está destinada a fins em que não há necessidade do uso de água potável, tais como rega de
jardins, lavagem de roupas, automóveis e calçadas. Estes usos com finalidades não
potáveis podem representar em torno de 50% da água utilizada nas edificações (ANDRADE;
MARINOSKI, 2010).
26
sustentabilidade. Dentre as fontes alternativas podem-se citar componentes hidráulicos
economizadores de água, o aproveitamento da água da chuva e o reuso de águas.
Área de coleta; e
Etapa Descrição
28
Local de destino da retenção temporária e
posterior descarte da água coletada na fase
Projeto do reservatório de descarte inicial da precipitação. Tonéis com sistema de
registro de gaveta e reservatórios de auto-
limpeza com torneiras de bóia de
fechamentos são alguns exemplos deste
reservatório.
A água da chuva, captada pela calha segue para um filtro ou grades, eliminando folhas e
detritos. Armazenada numa cisterna, é protegida da luz e do calor para evitar a proliferação
de fungos e bactérias. Uma bomba direciona a água limpa até a caixa. O sistema, paralelo
ao da rede pública, se destina a, por exemplo, lavagem de roupas, veículos e torneiras
externas (figura 11).
29
Figura 11 - Processo de reaproveitamento da água da chuva e seu uso final.
Fonte:<http://artereciclagem.blogspot.com/2009/06/reaproveitamento-da-agua-da-chuva.html>.
O reuso potável direto ocorre quando o esgoto tratado é reutilizado no sistema de água
potável, por meio de tratamento avançado. O reuso potável indireto é realizado quando o
esgoto, após tratamento, é inserido em águas superficiais ou subterrâneas para diluição e
purificação natural e posteriormente captação, tratamento e disposição para uso potável. Já
o reuso não potável pode ser utilizado para fins agrícolas, industriais e domésticos, como
em rega de jardins, descargas sanitárias e lavagem de pisos (MANCUSO; SANTOS, 2003).
30
Os sistemas de utilização de águas cinzas em edificações geralmente envolvem
tratamento biológico destes efluentes, que são posteriormente armazenados em um
reservatório com volume adequado, dimensionado com base nas características
ocupacionais da edificação, na contribuição de efluentes gerados e na demanda de água de
reuso. As instalações hidráulicas de um sistema de reuso de águas devem ser
absolutamente separadas das instalações hidráulicas de água potável, sendo proibida a
conexão cruzada entre elas (ANDRADE; MARINOSKI, 2010).
Um dos sistemas de tratamento que podem ser utilizados para o tratamento de águas
cinzas das edificações é o de zona de raízes (também chamado de leito cultivado construído
ou wetland). Neste sistema biológico são utilizadas vegetações de áreas alagadas,
resistentes aos sais das respectivas águas residuárias (macro e micronutrientes) e
aclimatadas às condições locais. Neste sistema ocorrem operações de sedimentação e
processos biológicos que promovem a redução de carga orgânica, principalmente processos
aeróbios (ANDRADE; MARINOSKI, 2010).
31
2.4.1 TRATAMENTO ACÚSTICO
Para o projeto de uma boate é necessário os dois tipos de tratamento, uma vez que a
qualidade do som dentro do estabelecimento é indispensável para a utilização do espaço e
a necessidade de um isolamento acústico adequado que evite perturbações ao entorno é
uma exigência legal.
Isolamento acústico pode abordar dois tipos de ruídos: ruídos aéreos e o os ruídos de
impacto. Tais ruídos são controlados e isolados através de materiais com características
adequadas para tal propósito.
Os ruídos aéreos, segundo SOUZA et al. (2006), são ruídos originados no ar e nele se
propagam ou causam a vibração de uma superfície que provoca a vibração do ar imediato a
face oposta da mesma superfície.
32
Tabela 5 - Soluções construtivas e seus isolamentos
33
Tabela 6 - Valores típicos de índice de isolamento de alguns vidros
34
Desta forma, uma estrutura de concreto que se comporta como um bom isolante de
ruídos aéreos devido a sua grande massa, não possui esse mesmo comportamento quando
se trata de isolamento de ruídos de impacto.
Condicionantes como a forma espacial que influencia na direção dos raios sonoros e o
tipo de material constituinte do ambiente que define a energia sonora refletida e a absorvida,
uma vez que o som é refletido, absorvido ou transmitido ao encontrar uma superfície.
Segundo Ávila (2009), um ambiente possui boa difusão quando a onda sonora se
distribui em todas as direções deste espaço, alcançada pela forma irregular e difusora das
superfícies e pela aplicação balanceada de materiais de construção. Os materiais possuem
relação direta com a reverberação do ambiente, de modo que quanto maior a quantidade de
materiais absorventes, menor o tempo de reverberação.
35
Tabela 7 - Coeficientes de absorção de alguns materiais.
Freqüências (Hz)
Materiais
125 250 500 1000 2000 4000
Chapa de lã de madeira de 50 mm
0,11 0,33 0,90 0,60 0,79 0,68
diretamente na parede
36
Figura 12 – Gráfico do tempo ótimo de reverberação.
Para entender o funcionamento de uma boate foi realizada uma entrevista não
estruturada ao arquiteto Joel Lima, em Timóteo. O arquiteto participou de projetos de
algumas boates na região, projetos de requalificação do espaço, que atribuíram
acessibilidade, estética e conforto.
A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por
elas deva transitar e é dada pela seguinte fórmula:
N=P
C
Onde:
N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro;
P = população; e
C = capacidade da unidade de passagem.
38
A capacidade da unidade de passagem corresponde ao número de pessoas que passa
por esta unidade em 1 min. e varia com a tipologia do edifício e o tipo de saída a ser
dimensionada. No caso de uma boate, a capacidade da unidade de passagem é equivalente
a 100 para descargas, 75 para escadas e rampas e 100 para portas (NBR 9077, 2001).
Nas edificações, todas as entradas devem ser acessíveis, bem como a circulação
necessária para realizar as funções do edifício.
Na adaptação de edificações deve ser previsto no mínimo um acesso, vinculado
através de rota acessível à circulação principal e às circulações de emergência,
quando existirem. Nestes casos a distância entre cada entrada acessível e as
demais não pode ser superior a 50 m.
O percurso entre o estacionamento de veículos e a(s) entrada(s) principal(is)
deve compor uma rota acessível. Quando da impraticabilidade de se executar
rota acessível entre o estacionamento e as entradas acessíveis, devem ser
previstas vagas de estacionamento exclusivas para pessoas com deficiência,
interligadas à(s) entrada(s) através de rota(s) acessível(is).
Deve ser prevista a sinalização informativa, indicativa e direcional da localização
das entradas acessíveis.
39
Acessos de uso restrito, tais como carga e descarga, acesso a equipamentos de
medição, guarda e coleta de lixo e outras com funções similares, não necessitam
obrigatoriamente atender às condições de acessibilidade.
O Plano Diretor da cidade de Timóteo, instituído pela Lei Municipal N.. 2.500, de maio
de 2004, está em processo de revisão, em vista que o município não possui uma lei
específica de uso e ocupação do solo.
3,50 1 1,50
6,50 2 1,50
9,50 3 2,10
12,50 4 2,30
O Município de Timóteo não possui lei específica de uso e ocupação do solo. Porém,
uma Minuta de projeto da lei de uso e ocupação estabelece normas de ocupação e uso do
solo no município.
40
O art. 10 atribui às repercussões relacionadas a esta edificação, classificando as em I,
III, IV, V, VI1. O art. 13 descreve as medidas mitigadoras atribuídas às repercussões I, II e III:
Segundo o art. 15, as atividades que provoquem repercussões dos tipos V, VI ou VII
terão medidas mitigadoras definidas pelo órgão municipal responsável pelo meio ambiente,
de modo que atenda padrões e critérios estabelecidos na legislação ambiental em vigor
relativa a emissão de ruídos, radiações ou de efluentes em decorrência do exercício das
atividades.
A Minuta relaciona outras medidas à tipologia boate, tais como:
Toda edificação comercial com área compreendida acima de 300 m2 deverá ter
duas instalações sanitárias para pessoas portadoras de deficiência física, 01
feminina e 01 masculina.
Não será admitida a utilização de espaços públicos para o atendimento das
atividades relacionadas à boate.
1
A classificação, repercussão e artigos relacionados estão presentes em anexo V da Minuta.
41
2.7.3 CÓDIGO DE OBRAS
O Código de Obras da cidade de Timóteo foi instituído pela Lei N. 736/80 e estabelece
normas que disciplinam a elaboração de projetos e execução de obras e instalações, em
seus aspectos técnicos, estruturais e funcionais.
A partir deste instrumento é possível exercer o controle e a fiscalização do espaço
edificado e seu entorno por parte da administração Municipal, o que garante segurança e
saúde pública.
Na seção I, do capítulo II, do título V, que descreve sobre edifícios comerciais e de
serviços, destaca-se:
Art. 211. Os compartimentos destinados a fins comerciais deverão satisfazer às
seguintes condições especiais:
I – Terão o pé-direito mínimo de 3,50m (três metros e cinquenta centímetros);
II – Possuirão instalações sanitárias privativas, as quais serão separadas por sexo e
distinta para o público e empregados em número correspondente, no mínimo, a 1
(uma) para cada 100,00m² (cem metros quadrados) de área útil ou para cada grupo
de 10 (dez) empregados;
Através da Lei N. 496/74 o Código de Posturas da cidade de Timóteo foi instituído. Este
dispõe as medidas do poder de Polícia atribuído à administração municipal em matéria de
higiene, ordem pública, costumes e sobre o funcionamento dos estabelecimentos
comerciais, industriais e de prestação de serviços e de diversão.
No título II que dispõe da higiene publica, no capitulo II referente ao divertimento público
destaca-se:
Art. 67 – Nenhum divertimento público poderá ser realizado sem prévia licença da
Administração Municipal.
Parágrafo Único – O requerimento de licença para funcionamento de qualquer casa
de diversão será instruído com a prova de terem sido satisfeitas as exigências
regulamentares referentes à construção, higiene do edifício ou local e procedida a
vistoria policial respectiva.
Art. 68 – Em todas as casas de diversões públicas serão observadas as
seguintes disposições, além das estabelecidas pelo Código de Obras:
42
a) Tanto as salas de entrada como as de espetáculo serão mantidas
higienicamente limpas;
b) As portas e os corredores para o exterior, serão amplos e conservar-se-ão
sempre livre de grades, móveis ou quaisquer objetos que possa dificultar a
retirada rápida do público, em caso de emergência;
43
ESTUDO DE CASO
Ficha técnica
A Roxy consiste em uma casa noturna localizada no bairro Savassi, na capital mineira,
Belo Horizonte. A região é tradicionalmente conhecida pela grande concentração de bares,
clubes e boates. A figura 13 apresenta a locação deste espaço e sua relação com o entorno.
44
Figura 12 - Relação edificação e entorno.
A casa noturna atende diferentes grupos sócio-culturais, uma vez que funciona como
Josefine para o público gay e como Roxy para o público heterossexual, além de oferecer
diversas festas temáticas tais como sertanejo, trance e outras.
Segundo estudos realizados por Ávila (2009), o projeto arquitetônico do espaço foi
dimensionado para 800 pessoas e em dias de lotação máxima, a expectativa da
administração é de receber 1200 pessoas devido à rotatividade.
A edificação criada para a Roxy/Josefine possui 955 m2, em dois pisos de plantas
retangulares compostos por duas pistas
Figura 14 - Fachada principal.
de dança, cinco bares, chapelaria e três
lounges. A fachada principal é definida
por um pano de vidro laminado recoberto
por película branca. O arquiteto
responsável pelo projeto, Fred Mafra,
classifica esta fachada como minimalista
(figura 14) e diz que ela foi elaborada
para facilitar o acesso dos portadores de
necessidades especiais (figura 15). Fonte: Fred Mafra.
45
Segundo Ávila (2009), o acesso principal é feito Figura 15 – Acesso Principal.
46
Figura 17 - Mapa das saídas.
47
A parede onde se localizam
as cubas nos sanitários
masculinos e femininos é
revestida do mesmo papel de
parede utilizado no lounge de
acesso aos banheiros. Com a
umidade, o papel estufa e
desloca da parede, o que exige
constante troca de material
(ÁVILA, 2009). Figura 19 – Vista do lounge dos banheiros.
A chapelaria encontra-se ao Fonte: Fred Mafra.
lado do lounge dos banheiros e
da escada de acesso ao segundo piso. É neste espaço que os usuários podem deixar seus
pertences. A pista de dança de cem metros quadrados fica próximo ao fundo da edificação e
possui revestimento acústico. Nela foram instalados painéis de plasma de 6 x 2 metros, nos
quais o VJ interpreta “visualmente” o som (figura 20).
48
O segundo piso abriga a área
VIP. Esta é composta por uma
pista de dança menor (figura 21) e
dois bares, um junto à pista e outro
no lounge, que apresenta
mobiliário fixo. O setor
administrativo e a copa também
estão dispostos neste pavimento.
A copa existente é utilizada
Figura 21 - Vista da boate, bar e lounge no segundo piso.
apenas para lanches rápidos de
funcionários. Fonte: Fred Mafra.
Segundo Ávila (2009), a boate não oferece serviços de restaurante, restringindo suas
vendas a bebidas em geral e batata frita industrializada. Para oferecer serviços extras aos
oferecidos no espaço é contratado um Buffet, como o Japonese Food, que é responsável
por levar tudo previamente pronto. Durante a visitação da casa noturna em seu horário de
funcionamento foi realizado um estudo da intensidade do uso e permanência dos espaços,
de modo a entender os espaços mais utilizados em uma boate (figura 22 e 23).
49
Figura 23 - Mapeamento da concentração do público nos ambientes.
Nesse sentido, é possível afirmar que nas proximidades dos bares existe uma maior
concentração de pessoas, tanto em estado de permanência quanto em estado de
movimentação. As pistas de dança também possuem esta característica, mas com estado
de permanência peculiar, uma vez que existem picos de utilização do usuário neste espaço,
ora as pistas de dança se encontram muito movimentadas ora se encontram vazias. A
tendência musical e as necessidades de utilização dos serviços da casa podem explicar
esse fato. Foi constatado também que o lounge que antecede os banheiros no primeiro
pavimento normalmente está concentrado de pessoas, devido aos assentos disponíveis
neste local.
50
3.2 PRIVILÈGE, JUIZ DE FORA
Ficha técnica
A Privilège é uma boate localizada no bairro de São Pedro, Juiz de Fora, MG. Está
inserida em um bairro residencial que é circundado por outros bairros residenciais, bairro
Parque Imperial e Bosque Imperial (figura 24).
51
Implantada em um terreno de topografia irregular e circundada por uma mata, a boate é
composta por uma edificação principal correspondente ao antigo casarão, um bar e um café,
o café da Mata. Existem ainda, decks e bancos distribuídos por todo o terreno, de acordo
com a figura 25.
Existem dois espaços cobertos na entrada da boate onde geralmente é formada a fila de
acesso para o check in e para a entrada VIP. Um caminho coberto leva os usuários até a
edificação principal. O cadastro do check in é o mesmo para o check out.
O contraste entre o velho e o novo alimentou a idéia central do projeto para a conversão
de um antigo casarão de construção inglesa em casa noturna. O arquiteto aproveitou as
exigências de área para construir dois volumes em estrutura metálica e vidro nas
extremidades da antiga edificação (figura 26). Desta forma, estabeleceu seu eixo
longitudinal como circulação interna principal, enquanto que o acesso acontece pela entrada
principal do casarão.
52
Figura 26 - Fachada principal da edificação.
O corpo principal do casarão foi utilizado para o funcionamento do bar. Anexos voltados
para o fundo abrigam banheiros, cozinha e administração. O volume em estrutura metálica
que segue a volumetria do casarão abriga um bar e uma escada helicoidal. O acesso para o
segundo pavimento é feito por esta escada (figura 27 e 28).
53
Figura 28 - Planta baixa segundo pavimento.
55
3.3 SALVADOR NORTE SHOPPING
Ficha técnica
Foi feita uma grande intervenção viária no entorno do shopping para diminuir os
impactos de sua implantação. Construção de pista dupla na parte frontal da edificação,
pistas laterais de modo a facilitar o acesso, alargamento da via expressa já existente,
construção de dois viadutos, três pontilhões, três passarelas e duas passagens de nível
(figura 33). Projetos paisagísticos realizados pelo escritório de Benedito Abbud caracterizam
o entorno desta edificação.
56
Figura 33 - Intervenção viária no entorno do Salvador Norte Shopping.
57
Nas fachadas norte e oeste foram usados vidros Figura 34 – Vidro low-E de alta eficiência.
2
duplos serigrafados , com câmara de ar hermética
(VCH). A utilização de vidros laminados nas
fachadas leste e sul ocorreram devido à menor
incidência de radiação solar nestes setores.
Fonte:
<http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/a
Outras medidas que buscam a sustentabilidade ndre-sa-e-francisco-mota-arquitetos-
salvador-shopping-04-12-2007.html>.
foram incluídas no projeto:
2
O vidro serigrafado é produzido através da aplicação de esmalte cerâmico sobre a superfície do vidro, seguida
por tratamento térmico de têmpera ou semi-tempera.
58
economia obtida com o uso racional de energia elétrica, água e sistemas de telefonia foi
revertida para os lojistas, através
da redução dos custos
Figura 35 - Composição de vidro e estrutura metálica na escada
condominiais. principal.
segmentos.
59
projeto de arquitetura concebeu uma fachada frontal inclinada em cerca de 18º e foi utilizado
um sistema de envidraçamento estrutural que dispõe de cabos de aço com ferragens de aço
inoxidável, para suportar os vidros, dispensando o uso de caixilhos (figura 37 e 38).
Figura 37 - Pano de vidro da fachada principal inclinada. Figura 38 - Detalhes do sistema de fixação dos
vidros na fachada inclinada.
Fonte:
<http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/andre-sa-e-
francisco-mota-arquitetos-salvador-shopping-04-12-
2007.html>.
Fonte:
<http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/an
dre-sa-e-francisco-mota-arquitetos-salvador-
shopping-04-12-2007.html>.
60
RESULTADOS
A relação eficiência energética, RTQ-C e o projeto de uma boate pode ser explorado
através das questões abordadas a seguir.
Outra questão que também pode ser respondida é como considerar estes requisitos
no projeto. A eficiência da envoltória está relacionada às aberturas existentes no projeto;
aos ângulos de sombreamento destas aberturas; e o dimensionamento destas aberturas nas
respectivas fachadas. O dimensionamento e a eficiência das tecnologias usadas nos
sistemas de energias solar também respondem esta questão.
Outras medidas foram realizadas neste espaço, tais como o reaproveitamento da água
da chuva e o seu emprego nas descargas dos sanitários; esgoto a vácuo e o uso do
processo de vigas frias para tratamento de parcela do ar no próprio ambiente, que reduz a
temperatura sensitiva em até 2°C.
Quanto a que aspecto estético o edifício terá em termos de eficiência que serve de
parâmetros para a produção deste projeto, pode-se atribuir a integração entre
tecnologias eficientes e edificação. Nesse sentido, o projeto de uma boate eficiente explora
algumas condicionantes existentes em outros projetos eficientes, sem descaracterizar ou
atribuir menos importância ao aspecto estético, em vista que mecanismos e tecnologias de
eficiência energética acompanhem e contribuem para a linguagem volumétrica da
edificação.
4.2 PROPOSTA
Nesse sentido, a proposta consiste em uma boate que apresente um núcleo principal,
formado pelos espaços de pista de dança, camarotes e palco de apresentações e um
ambiente externo que funcione como bar e restaurante. Espaços destinados a apoio, como
banheiros, depósitos, cozinha, serão dispostos de modo a facilitar a circulação tanto do
público quanto dos funcionários.
4.3 O TERRENO
63
Figura 39 - Relação do terreno com seu entorno.
O terreno é caracterizado pela facilidade de acesso, pois além de ser cortado por uma
avenida e ruas de fluxo rápido, se encontra próximo à rodoviária da cidade, de dois pontos
de taxi e de três pontos de ônibus (figura 40).
Figura 40 - Serviços de acessos ao terreno.
relacionada à depreciação do
centro de Timóteo no período
noturno. Poucas são as opções
de atividades de lazer noturno
nesta região e as existentes
estão dispostas na outra
extremidade da área central. A
criação desta edificação pode
acarretar em um corredor de
atividades noturnas, ligado de
um extremo ao outro e assim
revitalizar a vida noturna nesta
região (figura 41).
Atualmente o espaço é
utilizado como estacionamento
do Escritório Central da
Siderúrgica existente na cidade.
Possui considerável vegetação,
marcada essencialmente por Fonte: Google Earth. Modificado pelo autor.
árvores de grande porte (figura
42). A direção predominante do vento corresponde ao sentido nordeste – sudoeste,
influenciada pelos vales dos córregos. Apesar da proximidade ao bairro residencial Vila dos
técnicos, o impacto que a boate apresenta sobre as residências pode ser desconsiderado,
uma vez que o espaço delimitado possui cerca de 5.577 m2 e a ocupação acontecerá na
face oposta ao bairro (figura 43).
Fonte: Autor.
65
Figura 43 - Análise climática e relação com entorno.
2
AMBIENTES ÁREA (M ) OBSERVAÇÕES
Check in 15,00
66
Banheiros 70,00
Cabine DJ 9,00
Ambulatório 8,00
Palco 20,00
Chapelaria 10,00
TOTAL 968,50
67
4.5 CONCEITO
68
4.6 FLUXOGRAMA E SETORIZAÇÃO
Fonte: Autor.
69
4.7 CRONOGRAMA
II - 2011
ATIVIDADES
AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
Revisão do programa de
necessidades e pré-
dimensionamento
Desenvolvimento do
partido
Desenvolvimento do
estudo preliminar
Desenvolvimento do
anteprojeto
Detalhamento
Desenvolvimento do
memorial descritivo
Revisão
Apresentação
70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU et al. Casa eficiente: Geração e consumo de energia. 2 ed. Florianópolis: UFSC,
2010, 80 p.
ÁVILA, Iris Marinho. Boate pulsar. DAU/UFV: Monografia - Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa – MG, 2009.
BAPTISTA, A. S. C. Análise da viabilidade econômica da utilização de aquecedores
solares de água em resorts no nordeste do Brasil. 2006. 171 p.
Grau de mestre em ciências em planejamento energético – Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro.
BRASIL, Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional 2010: Ano base
2009 / Empresa de Pesquisa Energética. – Rio de Janeiro: EPE, 2010. 276 p.: 180 il.; 23 cm.
CASALS, X. G. Analysis of building energy regulations and certification in Europe: their role,
limitations and differences. Energy and Buildings, Oxford, v. 38, p. 381-392, 2006.
LAMBERTS, Roberto et al. Eficiência energética na arquitetura. 2. ed. rev. São Paulo:
Prolivros, 2004.
NETTO, J. M. A. et al. Manual de Hidráulica. 8 ed. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 669p,
1998.
72
NUNES, R. T. S. Conservação da água em edifícios comerciais: potencial de uso
racional e reuso em shopping Center. Dissertação de mestrado em engenharia.
MELO, V. A.; ALVES JUNIOR, E.D. Introdução ao lazer. Ed. São Paulo: Manole 2003.
PEREZ-LOMBARD, Luis. A review of benchmarking, rating and labelling concepts within the
framework of building energy certification schemes. Energy and Buildings, Oxford, p. 272 –
278, 2006.
73
VIANA et al. Casa eficiente: Geração e consumo de energia. 2 ed. Florianópolis: UFSC,
2010, 80 p.
74