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SIGNI
FICAR
Intervenção Paisagística e
Requalificação Urbana no Vila Lage
”
incomodada com a obsolescência, haverá transformação.
Fonte: https://www.dicio.com.br/ressignificar/.
ASSIS, Lúryann Guimarães
NITERÓI
2019.2
EQUILÍBRIO HOMEM / NATUREZA
“
Devemos fazer nossos filhos entrar em contato com a
natureza, compreender o patrimônio que possuem. Fazê-
los plantar, compreender a importância das árvores,
ensinar-lhes a não mutilá-las. Mostrar-lhes a
importância da associação de plantas da ecologia.
Ensinar-lhes a coletar sementes, semear, plantar as
pequenas mudas, ter amor por elas, para que possam
medrar. Que passem a ver as plantas como seres vivos,
que têm o direito de crescer, florindo, frutificando,
incutindo neles a importância da perpetuação, a
maravilha da expectativa de uma formação de botões,
desabrochando em floração. Ensinar-lhes a observar a
riqueza do fenômeno da fecundação – às vezes feita por
abelhas, outras por pássaros, pelo vento ou pela água.
Passar a ver esse complexo que é a natureza, onde as
”
associações mais assombrosas despertam emoções
estéticas, provocadas pela forma, pelos ritmos, pela
exuberância das cores.
ROBERTO BURLE MARX,
2004 pg. 186-188
Agradecimentos
Com amor,
Lúryann
01 Introdução 03 O Município de São Gonçalo
SUMÁRIO 1.1. Contextualização........................................................................................10 3.1. Origem e Transformação............................................................................37
1.2. Objetivos....................................................................................................10 3.1.1. Subdivisões e Distritos...............................................................38
1.3. Justificativa e Motivadores......................................................................10 3.1.2. Hierarquia Viária.........................................................................38
1.4. Pertinência..................................................................................................11 3.1.3. Cenário Atual do Município.......................................................38
1.4.1 Pesquisa de Bairro.......................................................................12 3.1.4. Áreas Livres e de Praças...........................................................39
1.4.2. Reportagem sobre o Parque Urbano.......................................14 3.2. Localização da Área Objeto......................................................................40
1.5. Metodologia...............................................................................................15 3.2.1. Dados Populacionais...................................................................41
3.3. Legislação e Zoneamento..........................................................................42
06 O Projeto
6.1. Proposta......................................................................................................75
6.2. Setores e Programa de Necessidades.....................................................75
6.3. Divisão dos Trechos...................................................................................77
6.4. Fluxograma.................................................................................................77
6.4.1. Fluxograma – Trecho 1..............................................................78
6.4.2. Fluxograma – Trecho 2.............................................................79
6.4.3. Fluxograma – Trecho 3............................................................80
6.5. Pré Dimensionamento..............................................................................81
6.6. Setorização Geral......................................................................................82
6.6.1. Estudo de Implantação.............................................................83
6.7. Propostas Gerais........................................................................................84
07 Referências Bibliográficas
Anexo
O quão saudável é para todas
as formas de vida no planeta, o fato
de construirmos cidades com
mais CINZA do que VERDE?
pico de escoamento, etc. ambiental para a população, pois o conhecimento dessas informações
Os benefícios são mais evidentes em áreas irá fortalecer com o sentimento de comprometimento dos habitantes A ideia para este projeto surgiu a partir
urbanas, onde os espaços verdes são menores e o com o local de intervenção. Dessa forma, a manutenção e cuidados do
parque fará parte das atividades cotidianas destas pessoas. Ou seja, o
da soma da indignação + medo + o desejo de
utilizar as técnicas adquiridas na universidade
dano ambiental mais elevado. Visto isso, fica
evidente a necessidade da
estratégias para aumentar a resiliência das
elaboração de
Parque Urbano Ressignificar será de cunho educacional, cultural,
para ajudar o máximo de pessoas possíveis.
áreas urbanas e suas paisagens, sendo umas de preservação e ecológico.
destas a inserção de um parque no meio Para que os objetivos deste trabalho sejam alcançados, busca-
CAPÍTULO 1 10 INTRODUÇÃO
Justificativa do lugar 1.4 PERTINÊNCIA
A principal decisão de realizar o projeto do
Tendo em vista que o bairro Vila Lage é um dos mais
Parque Urbano no Vila Lage foi pela forte ligação
antigos da cidade, e a partir do que foi apresentado, observa-se
emocional com o bairro. Esta ligação dá-se pelo
que ele apresenta grandes problemáticas em todas as infra
fato da autora deste trabalho ter vivido a maior
estruturas (cinza, verde e azul): tais como as redes de drenagem
parte de sua infância no Vila Lage, além de ter
e saneamento precários; os efeitos negativos provenientes das
estudando em uma escola de referência na época
enchentes; solo adensado, árido e sem vitalidade; e problemas
– Colégio São Gonçalo entre os anos de 2001 a
psicossociais.
2008.
• Sociais;
• Ecológicas;
CAPÍTULO 1 11 INTRODUÇÃO
1.4.1. Pesquisa de Bairro Indique as sensações e percepções que você tem ao caminhar pelo bairro
Como forma de confirmar algumas das
problemáticas da área objeto, foi realizada uma Espaços vazios e ociosos
5 Essas opiniões mostram o quanto o local carece de um projeto que contemple melhorias e que traga
0
um novo significado positivo, para que minimamente a população sinta prazer ao caminhar e saber que ali há
1 2 3 4 5
um parque que levará vitalidade e melhorias.
CAPÍTULO 1 12 INTRODUÇÃO
Todos os anos diversos bairros de São Gonçalo sofrem com as enchentes. Segundo o comunicador
Calçadas irregulares, insegurança, Matheus Graciano, Neves, Vila Lage e arredores fazem parte de uma das regiões mais antigas da cidade.
Sendo cercada pelo rios: Brandoas, que está entre Vila Lage e Porto Velho, e o Bomba, que divide São
falta de vegetação e espaços de lazer são Gonçalo e Niterói. Observa-se que a rede de águas pluviais é tão antiga, que não foi planejada para
algumas das reclamações da população. sustentar o volume de águas que passam nas galerias. Somado aos problemas da alta impermeabilização
do solo, a retificação e manilhamento dos rios, o resultado é um grande volume de chuvas correndo com
Estes problemas multiplicam quando mais rapidez às galerias, não havendo vazão suficiente e a partir daí as enchentes ocorrem.
Área Objeto
Vila Lage
CAPÍTULO 1 13 INTRODUÇÃO
1.4.2. Reportagem sobre o Parque Urbano
A pesquisa online chamou a atenção de Gonçalenses engajados com
questões sociais e ambientais por abordar questões específicas e pertinentes do
bairro.
Durante a etapa de divulgação e captação de moradores para dialogar sobre
as questões da pesquisa, a autora conversou brevemente com o produtor de
conteúdo e político de São Gonçalo, Romário Régis.
Posteriormente, a jornalista Samara Oliveira (escreve as reportagens do
site do Romário) buscou saber do resultado da pesquisa para que fosse publicado
no site. Ambos ficaram interessados em saber o que motivou a autora deste
trabalho a realizar tal pesquisa online, e consequentemente, entender sobre
temática deste trabalho final de graduação. Este fato acabou virando uma
entrevista.
Publicada no dia 12 de novembro de 2019. A matéria pode ser conferia na
íntegra através do link: https://romarioregis.com/2019/11/12/projeto-de-universitaria-
pode-mudar-situacao-de-enchentes-em-sao-goncalo/.
Na última segunda-feira, 11, mais uma vez São Gonçalo viveu um dia de terror
A população anseia por mudanças... por causa da forte chuva que causou alagamentos na cidade. Sempre depois
de uma tempestade o que se vê são bairros embaixo d’água e pessoas
Após a publicação nas redes sociais, a reportagem chamou atenção de ilhadas. Ao olhar para essa realidade, Lúryann Guimarães, de 25 anos, decidiu
diversas pessoas na esperança de que as problemáticas citadas anteriormente que esse seria o tema do seu trabalho final de graduação.
sejam resolvidas.
Resultado parcial do engajamento com a reportagem uma semana depois de publicada: Muito mais do que apenas um tema acadêmico, a estudante de arquitetura e
urbanismo da Estácio de Sá, pensou em um Parque Urbano como solução
para ser aplicada no bairro Vila Lage, em São Gonçalo. A ideia é que a
iniciativa se espalhe e seja recriada em outros pontos mais críticos da cidade,
310 curtidas resolvendo assim, um dos principais problemas da região.
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CAPÍTULO 1 14 INTRODUÇÃO
1.5. METODOLOGIA SISTEMA I.D.E.A.
projetual por qualquer parte assim como em qualquer etapa poderá também MATRIZ SWOT
voltar nas etapas passadas. É um sistema de análise relacional de fatores externos e internos, positivos e
negativos, que, devido a sua simplicidade metodológica, pode ser utilizada para fazer
Resources qualquer tipo de verificação de cenário ou ambiente.
R
(Recursos)
Ao longo de todo o trabalho de monografia, principalmente ao fim de cada capítulo, a
Score
S autora irá realizar uma análise SWOT do assunto abordado com o objetivo de identificar
(Pontuações)
problemas, pontos fortes, propor diretrizes, fortalecer pontos positivos, prever
Valuation
V
(Avaliação) oportunidades e ameaças relacionadas a cada tópico.
Performance Além da matriz SWOT, serão inseridos elementos visuais em determinados itens da
P
(Performance)
monografia que serão guiados por cores ‘’chaves’’ indicando uma pré análise do que a
Figura 1: Diagrama RSVP Cycle de Lawrence Halprin. Quadro: Sigla R.S.V.P.
autora identificou do assunto. São elas:
O sistema I.D.E.A. é a adaptação do processo metodológico citado acima, Quadro: Análise SWOT
Fatores ecológicos são todos os elementos presentes no ambiente que influenciam o sistema vivo,
Cada elemento vivo possui um Fator Limitante, que consiste em um limite de tolerância (mínimo e máximo),
onde o mínimo é um fator limitante que torna difícil a sobrevivência, crescimento e/ou a reprodução de uma espécie.
Enquanto o máximo é chamado de “ótimo ecológico”, sendo este o ponto onde o desenvolvimento e reprodução de um
determinado elemento ou espécie se desenvolve e reproduz, atingindo sua máxima intensidade.
Em paralelo, o conceito da Valência Ecológica consiste na capacidade de um ser vivo povoar diversos
ambientes com diferentes fatores ecológicos e condições ambientais. Isso significa que uma espécie com grande
valência ecológica está presente em diversos biomas ou extremos climáticos, em contrapartida de uma espécie com
Baixa Valência, em que pouco suporta grandes variações de determinado fator. É importante considerar que pequenos
fatores podem ser responsáveis por modificar a Valência Ecológica dos organismos, ou seja, os limites de tolerância de
certo seres vivos, como: ações antrópicas; temperatura; umidade ou outros fatores, podem ser responsáveis por
causar maior ou menor tolerância a alterações de meio ambientes.
Verificou-se sobre os limites de tolerância e a forma de um ser vivo sobreviver em um ambiente. Nesse
contexto, a Teoria da Resiliência trata sobre a forma que um ecossistema se mantém em equilíbrio após um
colapso, ou seja, a capacidade adaptativa dos organismos é a forma de lidarem com incertezas e mudanças de acordo
com o meio ambiente situados, aumentando sua aprendizagem e auto organização.
Figura : Khoo Teck Puat Hospital (KTPH) Singapore. Terraço Verde e Parede
Verde. Fonte: <https://www.greenroofs.com/2014/02/25/greenroof-greenwall-
CAPÍTULO 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA project-of-the-week-for-february-24-2014-khoo-teck-puat-hospital//> Acesso:
18 Nov. 2019.
2.2. ESPAÇOS PÚBLICOS URBANOS
A Biofilia faz parte da essência do ser humano, significa o
Historicamente, os parques urbanos surgem a partir da concentração das
amor a vida e a natureza. É a tendência natural do ser humano se
pessoas nas cidades em um momento que não havia a preocupação com o meio
voltar para a natureza. Essa necessidade de ir ao encontro da dela
ambiente por parte dos governantes, e nesse contexto, os parques foram uma maneira
torna-se mais evidente na atualidade devido aos espaços urbanos
encontrada para melhorar a qualidade de vida das cidades que eram insalubres.
monofuncionais, escassez de recursos naturais e atuais mudanças
Associado a acontecimentos como a Primeira Revolução Industrial na segunda metade
climáticas, causando impactos ambientais negativos de grandes
do séc. XVIII, e no Brasil após a década de 1930, quando iniciou-se a Era Vargas, que
magnitudes a ponto de estar próximo a causar um colapso em alguns
as áreas verdes passaram a ser necessárias nos grandes centros justamente para
ecossistemas.
suprir a falta dela.
Espaços verdes integrados a malha urbana são considerados a
Segundo Andrade (2004), conforme citado por Ferreira (2007, p. 8), após a
solução ecologicamente mais adequada tanto para atuar na mitigação
apropriação do território, iniciou-se o processo de ocupação. No processo de formação
dos efeitos negativos causados pelas ações antrópicas, quanto para a
das cidades, os espaços de convivência e comemorações, conhecidos popularmente
minimização dos extremos climáticos. Áreas verdes ainda
como praças, tornaram-se uma necessidade vital, uma vez que a vida pública da cidade
proporcionam o acesso da população a espaços que acomodam
desenvolvia-se e hierarquizava-se por meio delas.
benefícios psicológicos e neurológicos. Isto é o Urbanismo Biofílico.
Os métodos dos projetos biofílicos são caracterizados por “Do o âmbito físico, podemos considerá-lo (espaço público)
intervenções de baixo impacto ambiental e pelo estabelecimento de como “vazio” urbano conformado pelos volumes
espaços sustentáveis, com maior resiliência às intempéries. construídos nas zonas centrais da cidade e muitas vezes
• Zonas atraentes para sentar e/ou ficar de pé nas bordas dos espaços, suportes para ficar de pé;
• Experiências sensoriais positivas;
• Convite à criatividade e a atividades físicas, a toda hora e em todas estações;
• A rua estar sob os olhos de muita gente, e ter boa iluminação;
• Escala humana nos edifícios e nos espaços abertos: que sejam pensados para a pessoa que
caminha e não para quem passa dentro de um carro. É uma questão de tamanho e densidade.
sobre a forma que as pessoas têm os locais são ocupados por elementos físicos ou não, tais como: a sombra, desenhos no pavimento,
• Espaços inatingíveis: elementos que criam outro espaço, acentuando o clima de interpenetração espacial;
• Delimitação do espaço: são meios para delimitar espaços fragilizados, é um espaço cercado;
• Truncagem: elementos em planos distintos resultando em uma perspectiva sobreposta;
• Desníveis: sensações causadas pelos diferentes níveis de um lugar, podendo ser positivas ou negativas,
“Uma boa acupuntura é ajudar a trazer gente Figura: Ilustração do modelo de cidade
por Jaime Lerner. Fonte:
para a rua, criar pontos de encontro, fazer com http://www.urbanglitch.com/2014/04/urb
an-acupuncture.html. Aceso em: Nove
2.5.1. Praça Victor Civita - SP............................................................27 com o solo contaminado. O deck se estende na diagonal do
2.5.2. Parque do Flamengo – RJ........................................................29 terreno, propondo um percurso que enfatiza a perspectiva
2.5.3. Memorial FDR – Washington - EUA......................................30 natural do espaço e convida o usuário a percorrer os caminhos
da Praça. [...] Este deck, suspenso a aproximadamente 1,00 m
2.5.4. Reservatório da Praça da Bandeira – RJ................................32 3
do nível do piso existente, leva o usuário a um passeio pelo
2.5.5. Renascimento do Rio Cheonggyecheon - Coreia.................33 conhecimento de processos ligados à sustentabilidade, como a
2.5.
Através da parceria com instituições como o IPT, CETESB e GTZ, a Praça Victor
Civita apresenta uma oportunidade de investimento na pesquisa de temas ligados à
sustentabilidade, como a certificação da madeira, laboratório de plantas, uso de
sistemas orgânicos para a reciclagem de água e racionamento energético. As soluções
permitem um visível registro histórico do que é o passado e o presente, sendo possível,
ao chegar e usufruir do lugar, perceber e experimentar a sensação de estar em uma
condição melhor do que a vivenciada anteriormente, quando o local encontrava-se
abandonado.
Conceitos urbano-paisagísticos: Escala humana, Eixos de Visada, Sequência lógica de eventos, Recintos Múltiplos, Ponto Focal, entre outros.
Maior Parque Linear como medida para a renovação urbana do planeta. viaduto gerou 600 mil toneladas de entulho – 75% deve entulho foi reciclado e utilizado na construção do
parque. Foi feita a restauração do curso de água através de bombeamento do Rio Han, purificada e
Segundo Ferdinando de Sousa, em seu blog de mesmo nome distribuída em 4 pontos do córrego.
(2016), o Rio Cheonggyecheon é um canal artificial que foi construído a
• Valorização do pedestre; • Requalificação da qualidade da água do rio degradado;
partir de 1392 com a função de drenar as águas pluviais e controlar as
enchentes da antiga cidade de Seul.
• Utilização da água para o lazer; • Ressignificação da cidade de Seul;
Durante centenas de anos, o rio manteve suas características originais, • Melhora no conforto térmico e microclima; • Reintrodução da flora e fauna.
mas na década de 1950, durante a guerra que dividiu a Coreia, milhares • Controle das enchentes e captação de água do esgoto;
de refugiados do Norte migraram para Seul iniciando o processo de
urbanização, industrialização e modernização.
Em pouco tempo, as antigas águas límpidas se transformaram num
canal de esgotos a céu aberto. Com a tentativa de alavancar a indústria
automotora, a Prefeitura de Seul criou o seu plano de novas avenidas, a
canalização do Rio Cheonggyecheon, e a construção de um extenso
viaduto sobre ele.
Baixada Fluminense
Vila Lage
Rio de Janeiro
Maricá
Niterói
5 km
Rio de Janeiro
CAPÍTULO 3 37 S Ã O G O N ÇA L O
Centro de SG.........................24min
São Gonçalo: Cidade Dormitório 3.1.2. Hierarquia Viária e Acesso Terminal de Alcântara........ 35min
Centro de Niterói.................20min
Parte da população passou a buscar emprego nas cidades vizinhas, Segundo o Plano Diretor de São Gonçalo
Centro do RJ.....................1h10min
voltando à São Gonçalo para dormir, pois o custo de moradia era mais baixo do (2009), mapa com as principais vias que permitem
que nas cidades próximas, ou seja, o município tornou-se uma cidade dormitório. o acesso ao município e a área de intervenção.
Centro de SG.........................36min
O crescimento do município a partir de então foi de forma desordenada, Terminal de Alcântara.................1h
comprometendo os recursos naturais, muitas vezes já escassos ou inexistentes Centro de Niterói..................46min
devido a Era Industrial que a cidade passou. Sem uma política eficiente de uso e Centro do RJ.....................1h20min
ocupação do solo, acompanhamento do poder público e planejamento urbano, a INEXISTENTE
ATÉ A DATA DA
população construiu suas casas em áreas periféricas e de risco, como em CONCLUSÃO DESTE
TRABALHO
4
1
Figura: Praça dos Ex-Combatentes. Fonte: https://simsaogoncalo.com.br/sao- Figura: Praça Chico Mendes. Fonte: https://territoriogoncalense.blogspot.com/2017/10/que-
6 5 goncalo/praca-dos-ex-combatentes-historia/ reviravolta-sinistra-das-pracas.html
2
3 7
3. Praça Estephânia de Carvalho – Zé Garoto 6. Praça do Gradim – Porto da Madama
Área de
Intervenção
Figura: Praia das Pedrinhas. Fonte: https://territoriogoncalense.blogspot.com/2014/01/a-nova- Figura: Praça da Trindade. Fonte: https://www.facebook.com/PracaDaTrinidadeSG Figura Praça do Rodo. Fonte: https://simsaogoncalo.com.br/sao-goncalo/praca-e-do-rodo/
cara-da-bela-praia-das-pedrinhas.html
CAPÍTULO 3 39 S Ã O G O N ÇA L O
3.2. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA OBJETO
Figura: Vila Neves atual Vila Lage. São Gonçalo – RJ Fonte: Revista
Cruz de Malta, ano I, n. 8, mai/jun 1937. Acervo da Biblioteca Nacional.
19,6
45,99
54,01
71,8
Área Objeto
CAPÍTULO 3 41 S Ã O G O N ÇA L O
3.3. LEGISLAÇÃO E ZONEAMENTO
SEÇÃO I
DAS ESTRATÉGIAS DE PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
PLANO DIRETOR Art. 12. Para a preservação do meio ambiente do Município de São Gonçalo serão adotadas
O Plano Diretor do município de São Gonçalo, Lei Complementar Nº 01/2009, as seguintes estratégias, representadas por políticas públicas:
apresenta as regras para o uso e ocupação do solo desde que os bens naturais e I - adoção de um modelo de gestão ambiental para unidades de conservação direcionado
culturais sejam preservados, bem como suas diretrizes, estratégias e zoneamento. para resultados e que contribua para o aproveitamento sustentável dos recursos naturais, a
As citações destacados neste trabalho servem como fundamentação para o promoção do reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas no Município;
presente trabalho, servindo de estudo do planejamento urbano da cidade, e da áreas II - promoção de educação ambiental para a construção de uma sociedade melhor
de interesse público, obedecendo as normas instituídas para a área de zoneamento, informada, que saiba viver em harmonia com a natureza, garantindo o compromisso com o
onde a área do objeto de estudo se encontra. Diversos problemas socioambientais que futuro;
serão mencionados no Capítulo 4 - Área Objeto poderiam ser minimizados com a III - recuperação e reflorestamento de áreas degradadas do Município, com a adoção de
utilização do Plano Diretor como ferramenta de Gestão e no Planejamento Urbanístico ações coordenadas em parcerias entre os setores públicos e privados;
Municipal. IV - proteção dos recursos hídricos, Incluindo a elaboração de um Plano Diretor de Recursos
TÍTULO II Hídricos e a sua implementação, articulada com os organismos governamentais federais,
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO
metropolitanos e estaduais responsáveis.
CAPÍTULO I
DO OBJETIVO CENTRAL SEÇÃO II
DAS ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Art. 9º São diretrizes gerais do Plano Diretor:
Art. 13. As estratégias de promoção do desenvolvimento econômico do Município serão
IV - adequação do uso da infraestrutura urbana à demanda da população usuária,
exercidas por meio da criação e consolidação de atividades produtivas competitivas,
evitando a ociosidade ou sobrecarga da capacidade instalada;
conforme a seguir:
X - cooperação entre governos, a iniciativa privada e os demais setores da
II - incentivo e apoio à agricultura urbana, com a utilização das pequenas propriedades com
sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
agricultura familiar, visando à ampliação da base produtiva municipal;
XI - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído e
SEÇÃO III
do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
DAS ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL
XIII - prioridade para os pedestres nas áreas de maior concentração de
Art. 14. A promoção do desenvolvimento social do Município será atendida com a adoção
transeuntes e nas proximidades dos espaços de uso coletivo;
das seguintes estratégias:
XIV - oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços
VI – estratégias para a segurança pública, mediante
públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às
a) promoção de ações integradas e em cooperação com o poder público do Estado do Rio
características locais;
de Janeiro, tendo em vista o provimento de infraestrutura e equipamentos, o aumento e
Art. 10. São diretrizes específicas:
aperfeiçoamento do efetivo policial afeto a São Gonçalo, em busca da melhoria dos serviços
V - as áreas deterioradas ou em processo de deterioração terão sua recuperação
de segurança pública e da qualidade de vida no município;
contemplada de forma a devolver-lhes as condições da habitabilidade ou de uso
coletivo;
Área de
Intervenção
CAPÍTULO 3 43 S Ã O G O N ÇA L O
SEÇÃO I Lei de Uso e Ocupação do Solo - Lei complementar nº 007 de 2010
DAS ZONAS DA MACROZONA DE ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA
DA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO
SUBSEÇÃO I
DA CAPACIDADE DE ADENSAMENTO DAS ZONAS CAPÍTULO I - DAS ZONAS
SEÇÃO II - DAS MACROZONAS
Art. 36. A Zona de Urbanização Consolidada é aquela onde a disponibilidade de
SUBSEÇÃO II - DA MACROZONA DE ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA
infraestrutura, a rede viária, o meio ambiente natural e construído e a estratégia de
desenvolvimento territorial permitem a intensificação do uso e ocupação do solo. Art. 14. Para a disciplina de uso e ocupação do solo, a Macrozona de Estruturação e
Parágrafo único. Na Zona de Urbanização Consolidada o coeficiente de aproveitamento Qualificação Urbana subdivide-se nas seguintes zonas de uso.
máximo é igual a 10,0 (dez); I - Zona Residencial - ZRE;
Art. 39. A Zona de Dinamização é aquela onde a disponibilidade de infraestrutura, de rede
II - Zona Mista - ZM; corresponde a porções do território destinadas à implantação de
viária de fácil acesso, o meio ambiente natural e construído e a estratégia de
usos habitacionais e não habitacionais, inclusive no mesmo lote ou edificação, segundo
desenvolvimento territorial permitem a intensificação do uso e ocupação do solo com a
critérios gerais de compatibilidade de incômodo e qualidade ambiental, que serão
instalação de equipamentos de grande porte protegendo a comunidade local sendo
estabelecidos em Decreto posterior, tendo como referência o uso habitacional. A zona mista
preservada as características da população tradicional (Caiçaras e Pescadores Artesanais).
possui densidade demográfica e construtiva média, com coeficiente de aproveitamento
Parágrafo único. Na Zona de Dinamização o coeficiente de aproveitamento máximo é
mínimo igual a 0,2, básico igual a 1,0 e máximo igual a 3,0; e gabarito máximo de até 30m
igual a dois.
para uso nH3;
III - Zona Axial - ZA; lotes com frente aos corredores de transporte público e às rodovias
TÍTULO IV
RJ-104 e RJ-106, destinados à localização de atividades de comércio, industriais dos tipos
DA POLÍTICA URBANA
Ind-1a e Ind-2b, de baixo impacto no meio ambiente, de serviços e de sub centros
CAPÍTULO I
regionais, onde se concentram atividades urbanas diversas. Têm ocupação e usos
DA CIRCULAÇÃO E DOS TRANSPORTES
relacionados à posição hierárquica da via, capacidade de transportes e características dos
Art. 46. Constituem diretrizes gerais para execução da política de transportes urbanos:
bairros onde se inserem.
I - priorizar a circulação das pessoas em relação aos veículos, restituindo e ampliando os
São caracterizados pela coexistência entre os usos não habitacionais e a habitação, porém
espaços destinados aos pedestres e ciclistas em vias exclusivas, calçadas, praças e
com predominância de usos não habitacionais, classificadas como:
travessias, proporcionando-lhes condições seguras de deslocamento e humanizando a
a) Zona Axial 1 - ZA1: zona axial com coeficiente de aproveitamento mínimo igual a 0,2,
cidade;
básico igual a 1,0 e máximo igual a 4,0;
IV - Zona De Centralidade Linear - ZCL:
V - Zona Predominantemente Industrial - ZPI;
ÁREA DE INTERVENÇÃO
CAPÍTULO 3 45 S Ã O G O N ÇA L O
Figura: Paisagem do Vila Lage ao amanhecer. Fonte: Acervo pessoal de Claudia Martins (amiga da autora). 2019.
CAPÍTULO 4.
ÁREA OBJETO
Este capítulo irá situar o leitor de todas as questões pertinentes à área
objeto através de mapas, diagramas, pesquisas e explicações. Assim
como falar sobre as considerações da autora acerca de determinados
conceitos e diretrizes importantes para o projeto.
4.1. APRESENTAÇÃO DA ÁREA Como ponto de partida, a autora
A área do Parque Urbano Ressignificar compreende as seguintes quadras realizou uma análise da relação entre o
[Visão Macro da Área]
entre as ruas: Dr. Alberto Torres; Lúcio Tomé Feteira; Procópio Ferreira e a Av. Canal. sagrado e o profano atuantes na paisagem
Com isso, o parque compõe um circuito no meio urbano, possibilitando diversas da área de intervenção.
possibilidades e cenários para quem o utilizar. Para este trabalho, entende-se como
300 m
Nascente
Ventos predominantes
Rua Lúcio Tomé Feteira Rua Procópio Ferreira
0 25 50 100m
Figura: Diagrama de apresentação da área objeto. Fonte: A autora sob Google Earth 2018.
Pessoas
a. Albizia Lebbeck - Albizia b. Roystonea Oleracea – c. Syagrus romanzoffiana d. Triplaris Surinamensis e. Pachira aquática –
Palmeira Imperial – Jerivá – Pau-de-Formiga Munguba
f. Bauhinia violacea – g. Tecoma stans – h. Licania Tomentosa – Oiti i. Tabebuia heptaphylla – j. Cedrela fissilis –
Jerivá Ipê-de-Jardim Ipê roxo Cedro rosa
MAPAS
Mapa Nolli..........................................52
Hierarquia Viária................................53
Uso do Solo........................................54
Gabarito..............................................55
Equipamentos Urbanos.....................56
Redes Macrodrenagem......................58
4.3.
r. Senna siamea – Acácia Siamia r. Mangifera indica – Mangueira r. Tabebuia ochracea – Áreas Verdes......................................59
Ipê amarelo
Áreas Inundáveis...............................60
Gráfico: Espécies que mais se repetem
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
t. Hyophorbe verschaffeltii – Albísia Leucena Amendoeira Oiti Palmeira Pau de
Palmeira-Fuso Fuso Formiga
Obs: Todas as espécies apresentadas foram mapeadas pela autora e seu orientador.
CAPÍTULO 4 51 ÁREA OBJETO
4.3.1. Mapa Nolli
CHEIOS E VAZIOS
40%
60%
Cheios Vazios
Mapa: Mapa Noli. Fonte: Base cadastral de SG editada pela autora.
A relação das áreas edificadas e não edificadas é demarcada pelas principais vias que atravessam a área. A
primeira vista, tem-se a impressão de que são grandes avenidas, mas este é um equívoco, pois estas ruas são de
duas faixas, enquanto a área restante compreende um canteiro, rua coletora (quase local) e espaço público vazio.
TIPOLOGIAS
ARQUITETÔNICAS
10%
20% 40%
30%
Sobrados Condomínios
Uso misto Indústrias
Mapa: Uso do Solo. Fonte: Base cadastral de SG editada pela autora.
O adensamento das edificações às margens da rua principal (Rua Dr. Alberto Torres) indica a forte relação entre residências e comércios. A tipologia antiga do
bairro está sendo “engolida” pela ‘’contemporânea”, ou seja, sobrados de uso misto.
O gabarito da região é baixo, sendo predominantemente de 2 a 4 pavimentos. A construção de novos empreendimentos 1 a 2 Pavimentos
habitacionais no bairro está sobrecarregando todo o sistema de redes e infraestruturas, sem a preocupação com o estudo 3 a 6 Pavimentos
de impacto de vizinhança (EIV). Estes novos conjuntos habitacionais possuem 6 pavimentos.
Mercados e mercearias
Escolas
Semáforos
Ponto de ônibus
Rua Lúcio Tomé Feteira
Rua Dr. Alberto Torres
Macrodrenagem
40%
60%
Áreas Verdes
Área Antropizada
1 b
8 Cruzamento perigoso, falta sinalização. O canteiro central cria uma delimitação do espaço.
b
a
7 a b
2 a 2 b 2 c
6
a b
c
5
a b
c
4
a b
c
3 3 a 3 b 3 c
b
a
c
2
a
1
b
CAPÍTULO 5 64 DIAGNÓSTICOS
Continuação [ Rua Dr. Alberto Torres ]
4 c
4 b
4 a
5 a 5 b 5 c 6 a
6 b 7 a 7 b 8
Área crítica descoberta do rio; tubulações expostas. Trecho arborizado com calçadas mais regulares.
CAPÍTULO 5 65 DIAGNÓSTICOS
5.2. VISÃO SERIAL [ Rua Lúcio Tomé Feteira ]
2 b
b c
a
5 b 6
a
a
3 b
a 4 b
2 b
1 0 50 100
a
1 2 a
Expectativa de seguir na rua e vê-la por completo. Perspectiva grandiosa, expectativa e oportunidade de ponto focal.
3 a 3 b 4 a
CAPÍTULO 5 66 DIAGNÓSTICOS
Continuação [ Rua Lúcio Tomé Feteira ]
4 b 5 a
5 b
6 a
6 b
6 c
CAPÍTULO 5 67 DIAGNÓSTICOS
5.3. VISÃO SERIAL [ Av. Canal ]
2 3
1 2 3
4
a 7
5 b
8
6
0 50 100
9
1 4
Em novembro/2019 (momento de elaboração deste caderno) estava acontecendo uma obra de asfaltamento neta rua. A autora não obteve mais informação sobre a obra. Fonte: Acervo pessoal.
CAPÍTULO 5 68 DIAGNÓSTICOS
Continuação [ Av. Canal ]
5 a 5 b
7
Falta de interação com o rio. Lado esquerdo da imagem ainda sem sofrer
6 interferência da obra, nota-se a presença de
8 vegetações rasteiras.
Falta de manutenção,
urbanização, cuidados
e interação com o rio.
Presença de pequeno
córrego não canalizado que
desagua no rio Brandoas.
Expectativa para ver o que
há após as curvas.
• Bem-estar ambiental;
• Satisfação geral;
CAPÍTULO 5 70 DIAGNÓSTICOS
5.5. ANÁLISE FOFA (SWOT)
• Sensação de insegurança;
• Poluição sonora;
• Iluminação pública insuficiente;
• Espaços sub utilizados;
• Ilhas de calor;
• Problemáticas do rio:
1. Assoreamento;
2. Poluição;
3. Margens destituídas de mata
ciliar;
4. Pessoas o reconhecem como
um valão;
5. Retificado e canalizado.
FORÇAS
F F FRAQUEZA
OPORTUNIDADES O A AMEAÇAS
CAPÍTULO 5 71 DIAGNÓSTICOS
5.6. Mapa Síntese
Construções às
margens do rio Trechos
retificados
Trecho
retificado e
enterrado
Curva
Solo compactado e acentuada e
ausência de vegetação estreita
Alta concentração de
pedestres e dificuldade
para atravessar
Campo de futebol
Entroncamento/
Trânsito
Trânsito intenso
em horário de rush
CAPÍTULO 5 72 DIAGNÓSTICOS
5.7. Mapa de Diretrizes
Expectativa
Intimidade
Ponto focal
Privilégio
Praça pública
Espaço
inatingível
Recintos
Ponto focal múltiplos
Transição
Expectativa
CAPÍTULO 5 73 DIAGNÓSTICOS
Figura: Concurso Renova SP - Grupo 2: Lote 1: Pirajussara 5 - 1° Lugar. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-3170/concurso-renova-sp-grupo-2-lote-1-pirajussara-5-1-graus-lugar-libeskindllovet-arquitetos-mais-jansana-de-la-villa-de-paauw-arquitectes.. Acesso em: nov. 2019.
CAPÍTULO 6.
O PROJETO
Este capítulo contém a evolução projetual, conceitos e diretrizes
adotadas, propostas, programa de necessidades, setorização,
fluxograma e o pré projeto paisagístico.
6.1. PROPOSTA 6.2. SETORES E PROGRAMA DE NECESSIDADES
• Cisterna Linear • Jardins de chuva
Regenerativo
O conjunto de mapas, pesquisas e diagnósticos foram fundamentais para o
• Recuperação da mata ciliar • Composição paisagística
entendimento da área, analisando das escalas que vão do macro ao micro. Foi
• Wetlands • Valas de Inundação
possível entender "Quem é” o Vila Lage em relação à São Gonçalo.
• Manta geossintética • Estação de tratamento de
Para atender todas as demandas do local mencionadas acima, o programa
biodegradável águas pluviais
Contemplativo
• Praça da terceira idade
• Parque infantil < 6 anos
• Parque Pets
Lazer Ativo
• Espaço lanches
• Playground > 6 anos
• Academia ao ar livre
• Skate Park
Principais tipos de atividades: • Quadra polivalente
• Bicicletário
Paisagismo Praças
Parquinhos
Lazer Cultural
• Espaço Cultural
• Palco Multiuso
CAPÍTULO 6 76 O PROJETO
6.3. DIVISÃO DOS TRECHOS
A área objeto foi separada por trechos para melhor
organização espacial das atividades. A etapa de diagnóstico
foi fundamental para possibilitar a organização dos espaços
de acordo com suas peculiaridades e demandas.
1
TRECHO DESCRIÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES ÁREA
Atividades calmas, prioriza a
1 contemplação, valorização e
17.800
regeneração do trecho do rio.
RIO Integração meio ambiente =
m²
2
comunidade.
Total 46.100
m²
Quadro 1: Trechos
3
6.4. FLUXOGRAMA
Intensidade da
TRECHO RIO
conexão entre os
trechos:
Fraca
Média
Forte TRECHO TRECHO
CENTRAL MÚLTIPLOS
0 25 50 100m
CAPÍTULO 6 77 O PROJETO
6.4.1. FLUXOGRAMA - TRECHO 1
Espaço
educacional
TRECHO RIO
Área
W.C.
multiuso
TRECHO TRECHO
CENTRAL MÚLTIPLOS
Espaço Cultural
Quadra
multiuso
Jardins Praça
Cisterna linear
de Chuva Contemplativa
Praça
Rio Brandoas Vala de Inundação
Contemplativa
Manta
Wetlands
geossin. Bio.
Recup. da mata
ciliar
Regenerativo e Cultural
CAPÍTULO 6 78 O PROJETO
6.4.2. FLUXOGRAMA - TRECHO 2
TRECHO RIO
TRECHO TRECHO
CENTRAL MÚLTIPLOS
Rua Procópio
Ferreira
Palco
multiuso
W.C.
Rua Lucio
Av. Canal Praça CETEP São
Playground Tomé Feteira
semicoberta Gonçalo
Jardins
Parque infantil Praça 3ª idade Bicicletário
de chuva
Academia Cisterna
Parque Pets
ao ar livre linear
CAPÍTULO 6 79 O PROJETO
6.4.3. FLUXOGRAMA - TRECHO 3
TRECHO RIO
TRECHO TRECHO
CENTRAL MÚLTIPLOS
Rua Procópio
Ferreira
W.C. Cisterna
linear
CAPÍTULO 6 80 O PROJETO
6.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO
LAZER Praça Semicoberta M/T/N 1 50m² Poderá ser utilizada mesmo em dias de chuvas.
CONTEMPLATIVO Praça da Terceira Idade M/T/N 1 30m² Equipamentos específicos para idosos.
600m² Parque Infantil < 6 anos M/T/N 1 30m² Utilização da vegetação como meio lúdico.
Parque Pets M/T/N 1 70m² Área cercada com atrativos para os pets.
Espaço Lanches (Quiosques) M/T/N 2 500m² Atividade consolidada na região no período noturno.
Playground > 6 anos M/T/N 1 50m² Brinquedos lúdicos associados à vegetação.
LAZER ATIVO Academia ao Ar Livre M/T/N 2 100m² Aparelhos de musculação e exercícios físicos.
2.200m² Skate Park M/T/N 1 1.000m² Espaço recreativo para prática do skate.
Quadra multiuso M/T/N 1 500m² Melhoraria e readaptação do espaço de futubel dos moradores.
Bicicletário M/T/N 1 30m² Local de "garagem" e manutenção de bicicletas.
CULTURAL Espaço Cultural M/T/N 1 1.500m² Para fins educacionais e culturais da comunidade.
1.700m² Palco Multiuso T/N 1 200m² Espaço para pequenas apresentações culturais.
Mobiliário Urbano M/T/N X X Bancos, mesas, postes de luz, lixeiras e mesas de jogos.
Circuito Ciclovia M/T/N X X Calçada e ciclovia em todo o perímetro da área objeto.
Bancas de Jornal M/T 4 40m² Recuperação e instalação.
APOIO Abrigos de Ônibus M/T/N 4 40m² Novo modelo de infraestrutura.
450m² Apoio comércio existente M/T 1 20m² Apoio Espaço Cultural p/ manutenção e agendamentos.
Paraciclos M/T/N X X Estacionamentos pontuais para bicicletas.
Sanitários e bebedouros M/T/N 4 80m² Estruturas fixas como suporte às atividades.
Vagas de estacionamento M/T/N 20 250m² Apoio ao comércio local / carga e descarga / visitas ao parque.
ÁREA TOTAL 6.750m² 30% de circulação > 8.775m²
CAPÍTULO 6 81 O PROJETO
6.6. SETORIZAÇÃO GERAL Regenerativo
Contemplativo
Lazer Cultural
SETORES
Lazer Ativo
Apoio
Via local
Circuito ciclovia
Acessos
2.000
1.500
1.000
500
0 25 50 100m
CAPÍTULO 6 82 O PROJETO
6.6.1. ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO
REGENERATIVO
1 Cisterna Linear
2 Recuperação da mata ciliar
3 Wetlands
4 Manta geossintética biodegradável 1
5 Jardins de chuva
6 Composição paisagística 1 1
5
7 Valas de Inundação 3 6 1
1 6
5 5 5
2 1
CONTEMPLATIVO
4
1 Praça contemplativa
6 3
2 Praça semicoberta
7
3 Praça da terceira idade 2
4 1
3 5
4 Parque infantil < 6 anos 3 5
1 5
5 Parque Pets 2 5
2
LAZER CULTURAL 4
1 Espaço Cultural
2 Palco Multiuso
2
4
LAZER ATIVO 6
1 3
1 Espaço lanches 1
5
2 Playground > 6 anos
6 3 2
3 Academia ao ar livre
1
6 5
4 Skate Park 1 1
5 Quadra polivalente
5 1 1
4
6 Bicicletário 4
7 5 6
APOIO
1 Mobiliário urbano
2 Bancas de Jornal
3 Abrigos de ônibus
4 Paraciclos
5 Sanitários e bebedouros 0 25 50 100m
6 Vagas de estacionamento
Figura: Implantação. Fonte: A autora.
CAPÍTULO 6 83 O PROJETO
6.7. PROPOSTAS GERAIS
Via local projetada ao longo de
todo o perímetro do parque. Esta
via será movida para próximo
aos condomínios para:
1. Acesso facilitado;
2. Aumentar área de parque;
3. Servir de base para a constru-
ção da cisterna, que ficará em
determinados trechos (a analisar)
das Rua Dr. Alberto Torres, Lúcio
Tomé Feteira e Av. Canal.
Pequeno talude
Fonte: A autora.
COMÉRCIO PASSEIO RUA. DR. ALBERTO TORRES RECUO SEGURO ÁREA VERDE CIRCUITO CISTERNA LINEAR PASSEIO CONDOMÍNIO
Fonte: A autora.
CAPÍTULO 6 84 O PROJETO
Biovaletas, jardins de chuva e as demais tipologias de Área livre inundável.
infraestrutura verde serão utilizadas ao longo de todo o parque. (Vala de Inundação)
AS PLANTAS FILTRAM E
TRANSPIRAM ENQUANTO
MELHORAM A PAISAGEM
URBANA.
Wetlands
O SOLO PERMITE INFILTRAÇÃO Recuperação
À CAMADA DE CASCALHO
da Mata Ciliar
A TUBULAÇÃO DIRECIONA A ÁGUA PARA A
CISTERNA
CAPÍTULO 6 85 O PROJETO
Referências Bibliográficas
BIBLIOGRAFIA
• SILVA, J. A. Direito Ambiental Constitucional. São Paulo: Malheiros Editores, 1974. 243 p.
• WWAP. World Water Development Report – WWDR. Relatório mundial das Nações Unidas
sobre desenvolvimento dos recursos hídricos 2018: soluções baseadas na natureza para a
gestão da água, resumo executivo. 2018
• HERZOG, Cecília. Infraestrutura Verde: Sustentabilidade e resiliência para a paisagem
urbana. 2010.
• CAVALHEIRO, F. & DEL PICCHIA, P.C.D. Áreas Verdes: Conceitos, Objetivos e Diretrizes
para o Planejamento. In; Congresso Brasileiro sobre Arborização Urbana, I Vitória ES, 13-
18/09/92. Anais I e II. 1992. p. 29-35.
• CIDADE BIOFÍLICA: INTEGRANDO A NATUREZA AO PLANEJAMENTO URBANO.
<https://wikihaus.com.br/blog/cidade-biofilica-integrando-natureza-ao-planejamento-urbano/>
Acesso em: Nov/2019.
• HALPRIN, Lawrence (1969). The RSVP Cycles: creative processes in the human
environment. New York: George Braziller.
• CURADO, Mirian Mendonça de Campos. Pasagismo contemporâneo no brasil: Fernando
Chacel e o conceito de ecogênese.
• FERREIRA, Adjalme Dias. EFEITOS POSITIVOS GERADOS PELOS PARQUES
URBANOS:O Caso do Passeio Público da Cidade do Rio de Janeiro
• BUSCHBACHER, Robert . A teoria da resiliência e os sistemas socioecológicos: Como se
preparar para um futuro imprevisível. Boletim regional, urbano e ambiental | 09 | Jan. - Jun.
2014 ipea
• Ofitexto. Benefícios da Bioengenharia para o projeto de proteção de rios.
<https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/beneficios-da-bioengenharia-para-o-projeto-de-
protecao-de-rios/.> Acesso em: Nov/2019
• Como Surgiram as Praças (E suas Diferentes Funções Sociais) Ao Longo Da História.
<http://www.blogdaarquitetura.com/como-surgiram-as-pracas-e-duas-diferentes-funcoes-
sociais-ao-longo-da-historia/> Acesso em: set/2019.
• ALOMÁ, Patricia Rodríguez. O espaço público, esse protagonista da cidade.
<https://www.archdaily.com.br/br/01-162164/o-espaco-publico-esse-protagonista-da-cidade>
Acesso em: Ago/2019.
• GUIMARÃES, Priscilla. PARQUE URBANO ALCÂNTARA. Trabalho Final de Graduação.
UNESA – Niterói. 2019.
ANEXO – PESQUISA DE BAIRRO Respostas
1. Sexo
27,3
Homem
Mulher
72,7
2. Idade
20
15
10
0
15 - 24 25 - 30 31 - 40 41 - 60
19
Valão
Rio
Canal
76,2
Conheço locais 15
adaptados
17
6. Após as enchentes, você Diarreia 10
Sim 8 nota a proliferação de quais Coceira e… 5
doenças ou sintomas? Dor e fraqueza
Não 3 Febre 0
1 2 3 4 5
Dengue
0 10 20
0 5 10 15
8. Indique as sensações e percepções que você tem ao caminhar pelo bairro. 9. Marque Bom Regular Ruim Inexistente
14
12
10
8
6
4
2
0
Pontos de ônibus Calçadas e faixas de Trailers de lanches Trânsito Limpeza e coleta de Comércios do bairro
pedestres lixo
SIGNI
FICAR
Intervenção Paisagística
e Requalificação Urbana
no Vila Lage
“ O ambiente é o que somos em nós mesmos.
Nós e o ambiente somos dois processos diferentes;
”
nós somos o ambiente e o ambiente somos nós.
Jiddu Krishnamurti
Fonte: https://www.oeco.org.br/blogs/frases-do-meio-ambiente/26849-frases-
do-meio-ambiente-jiddu-krishnamurti-250113/