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EDUCAÇÃO AMBIENTAL
GUARULHOS – SP
Sumário
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
Fonte: www.profes.com.br
Indonésia, em 1990. Com efeito, apenas uma única menção foi feita à EA em todo o
texto do Capítulo 36. Esse fato mostra uma mudança de trajetória no âmbito das
conferências intergovernamentais promovidas pela ONU e nos documentos
produzidos por elas. A Declaração de Jomtien reafirma a ideia da educação como um
direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas as idades, no mundo
inteiro, e que pode contribuir para conquistar um mundo mais seguro, mais sadio, mais
próspero e ambientalmente mais puro, ao mesmo tempo que favoreça o progresso
social, econômico e cultural, a tolerância e a cooperação internacional. A Declaração
reconhece que uma educação básica adequada é fundamental para fortalecer os
níveis superiores de ensino, a formação científica e tecnológica e, por conseguinte,
para alcançar um desenvolvimento autônomo. A educação básica é considerada, de
modo amplo, como satisfação das necessidades de aprendizagem ao longo de toda
a vida para todos (UNESCO, 1990).
A Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS) foi criada em 1992 para
acompanhar e avaliar a implantação das áreas de programas e atividades
recomendadas pela Agenda 21 e a cooperação internacional relacionada com elas. A
coordenação das atividades do Capítulo 36 da Agenda ficou a cargo da Unesco, que
promoveu uma iniciativa internacional denominada Educação para o Futuro
Sustentável (EPS), em 1994, com o propósito de reforçar os objetivos, as propostas e
as recomendações constantes nesse capítulo e nas conferências mencionadas
(BARBIERI e SILVA, 2011).
Essa mudança de prioridade modificaria a atuação da Unesco e do Pnuma em
relação à EA. Tal mudança foi precedida pelo encerramento, em 1995, das atividades
do Piea, que havia sido criado como resultado da Conferência de Estocolmo, como já
mencionado. Em 1997, a Assembleia Geral da ONU, com base nessa avaliação da
CDS, adotou um programa para implantar a Agenda 21, na qual os temas do Capítulo
36 passaram a ter as prioridades citadas. Esse programa usa as expressões
educação para a sustentabilidade e educação para o futuro sustentável, cujos temas
centrais incluem, entre outros, a educação permanente, a educação interdisciplinar e
a educação multicultural.
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rápida que não é exagero afirmar que se trata de verdadeiro sucesso em termos de
popularidade. Mas também não são poucos os que se manifestaram contrários à ideia
de desenvolvimento sustentável.
Com efeito, nas medidas de mitigação dos problemas socioambientais, as ações
de educação ambiental são convocadas para provocar o encontro harmonioso entre
os <cidadãos= expropriados e os grandes empreendimentos econômicos. As
resistências verificadas no IBAMA e no ICMBio são trincheiras e ações localizadas
que provocam correções, ajustes, revisões, mudanças de rota de gasodutos,
indenização a pescadores e outros atingidos. Entretanto, as medidas de educação
ambiental exigidas pelo órgão fiscalizador, ainda que a favor das populações afetadas,
são efetivadas, via de regra, por parcerias público-privadas com organizações que,
contraditoriamente, dependem do financiamento da empresa que o órgão público está
interpelando. As tensões são inevitáveis, visto que o setor público exige a mitigação
dos efeitos das ações provocadas pela empresa que financiará o programa de
educação ambiental. É uma relação que, a despeito da correção, ética e disposição
crítica da ONG (ou mesmo do grupo universitário), torna o futuro do trabalho crítico
incerto e vulnerável às pressões mais ou menos sutis das empresas. Ademais, como
é possível constatar nos grandes empreendimentos, essas medidas corretivas são
rapidamente internalizadas nos custos dos produtos e serviços ou, então, têm seus
cursos absorvidos pelo Estado, em nome da preservação ambiental. No cômputo
geral, é um ambiente inóspito para vicejar o pensamento crítico, passível de ser
adensado teoricamente e sistematizado (LEHER, 2016).
De fato, a educação ambiental crítica não pode ser nutrida teórica e
politicamente, de modo endógeno, no âmbito do Estado.
Se a educação ambiental crítica encontra dificuldade de se desenvolver, teórica
e praticamente, nos conflitos advindos do processo de licenciamento de grandes
empreendimentos, é necessário indagar se nas escolas públicas está sendo possível
tal adensamento teórico-prático. Um exame dos programas governamentais,
parcerias com empresas, experiências escolares e de formação docente, confirma
que a perspectiva crítica se desenvolve em um ambiente educacional francamente
hostil. Com efeito, a incorporação, nas diversas esferas do Estado, da agenda
empresarial veiculada pelo Todos pela Educação, pela coalizão ultraconservadora
Escola Sem Partido, pelas entidades sindicais patronais (Sistema S), pelas
corporações (Vale S.A., Gerdau...) e pelas entidades empresariais do agronegócio
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(Associação Brasileira do Agronegócio), torna quase que estéril o solo para vicejar a
educação ambiental inscrita na perspectiva histórico-crítica e libertária. O controle do
capital sobre a educação básica busca pasteurizar, por meio de seu moinho triturador,
todas as práticas educativas críticas nas escolas (LEHER, 2016).
Ademais, em virtude da presença de movimentos sociais que reivindicam a
perspectiva crítica, os intelectuais do capital chegam a se valer até mesmo do léxico
pós-moderno para assimilar e esvaziar as proposições emancipatórias de seus
sentidos anticapitalistas produzidos nas lutas de classes. É necessário, por
conseguinte, dialogar com a produção do conhecimento decorrente das lutas contra o
despojo e de seus nexos com espaços de produção de conhecimento científico
referenciado em uma ética pública.
A retomada do crescimento com um objetivo do desenvolvimento sustentável
tanto suscita críticas e desconfianças por diversas razões quanto aplausos e
regozijos. No entanto, foi a menção à retomada do crescimento que trouxe
popularidade ao desenvolvimento sustentável entre os políticos profissionais de modo
geral, pois o crescimento econômico sempre foi bandeira fácil de carregar e de render
votos.
Para os governantes, o crescimento econômico gera impostos e uma gestão
mais tranquila, pois aumenta a possibilidade de atender às demandas de diversos
setores da sociedade, além do fato de que uma economia em crescimento gera menos
greves e necessidades de recursos para atender desempregados. Um político que
propõe em sua plataforma reduzir o crescimento econômico certamente teria uma vida
política curta. (BARBIERI e SILVA, 2011).
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Fonte: www.ver.pt
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Fonte: www.luciacangussu.bio.br
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Fonte: www.estudokids.com.br
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Fonte: www.fatosdesconhecidos.com.br
Fonte: www.infoescola.com
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Fonte: meioambiente.culturamix.com
É uma mata muito fechada, com elevada densidade, árvores altas (em média
20m de altura) e, em geral, com galhos espinhosos, o que dificulta o seu acesso. As
espécies mais conhecidas são o Jatobá e a Seringueira, essa última muito usada na
extração de látex, a matéria-prima da borracha.
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Fonte: cristalinolodge.com.br
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Fonte: www.sobiologia.com.brp
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região dos cocais, possui um lençol freático pouco profundo, permanecendo úmido o
ano inteiro.
Fonte: educacao.uol.com.br
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Assim, a Mata dos Cocais representa uma importante fonte de renda para a população
local. (CARDOSO JR, 2009).
A fauna nesse bioma é muito diversa, destacando-se a arara-vermelha, gavião-
real, jaguatirica, lobo-guará, macaco cuxiú (endêmico do Brasil) e outras muitas
espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Nos rios vivem a ariranha, o boto, o
acará-bandeira (peixe), entre outros.
A Mata dos Cocais está sendo prejudicada pelo desmatamento desordenado
para desenvolvimento da pecuária e cultura de soja. Além disso, a extração de
minerais que ocorre nesse ambiente acaba por fragilizá-lo ainda mais.
6.4.7 Pantanal
Com uma área total de 150.355 km2, o bioma Pantanal está inserido na Bacia
do Alto Paraguai e abrange no Brasil parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul. Seus limites coincidem com a chamada <Planície do Pantanal= ou <Pantanal
Mato-grossense=, que representa a parte mais baixa da bacia hidrográfica e é também
a maior superfície interiorana inundável do mundo (IBGE, 2004).
Considerando-se sua reduzida área em relação aos demais biomas brasileiros,
a riqueza de espécies do Pantanal pode ser considerada elevada, embora haja na
região um baixo número de endemismos.
A principal atividade econômica no Pantanal é a pecuária bovina de corte,
realizada de forma extensiva em pastagens naturais. O gado foi introduzido em
fazendas no Pantanal a partir de 1740, o que foi favorecido por extensas áreas de
campo nativo. Porém, foi somente a partir de 1914, com a criação da Estrada de Ferro
Noroeste do Brasil – de Bauru a Corumbá –, que a pecuária entrou no circuito
nacional.
Por se tratar de um bioma altamente influenciado pelo regime hídrico, qualquer
intervenção humana que altere os ciclos hidrológicos naturais poderá colocar em risco
a biodiversidade, as populações humanas e as atividades econômicas estabelecidas
na região. Nesse sentido, as maiores ameaças ao bioma referem-se à execução de
dragagens, à construção de diques e barragens ao longo da planície do Pantanal, ou
mesmo no planalto adjacente, pertencente à Bacia do Alto Paraguai, onde estão
localizadas as cabeceiras de diversos rios que compõem a bacia pantaneira.
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Fonte: www.vix.com
O bioma Pantanal conta com apenas cinco UCs, o menor número e o que
proporcionalmente tem a menor cobertura por UCs entre os biomas continentais
brasileiros. São duas UCs federais e três estaduais, todas de proteção integral, cuja
área total soma aproximadamente 440 mil ha, o que corresponde a 2,9% da área do
bioma. As duas UCs federais, o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense
(135.600 ha) e a Estação Ecológica do Taiamã (14.300 ha), foram criadas em 1981.
Em 2000 o Mato Grosso do Sul criou o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro
(77 mil ha) e na década atual o Mato Grosso constituiu suas duas unidades, o Parque
Estadual do Guirá (103 mil ha) e o Monumento Natural Estadual Morro de Santo
Antônio (258 ha).
Fonte: www.emaze.com
São chamados de pampas os campos mais planos que estão localizados ao sul
do estado do Rio Grande do Sul. Neles existe uma vegetação campestre, que parece
um imenso tapete verde. Nos pampas predominam espécies que medem até um
metro de altura. São comuns as gramíneas, que às vezes transformam os campos em
grandes capinzais.
Nos pampas a vegetação pode, então, ser considerada rala e pobre em
espécies. Ela vai se tornando mais rica nas proximidades de áreas mais altas. Nas
encostas de planaltos, existem matas com grandes pinheiros e outras árvores, como
a Cabreúva, a grápia, a caroba, o angico-vermelho e o cedro. Nestas regiões,
chamadas de campos altos, é encontrada a Mata de Araucária, onde a espécie vegetal
predominante é o pinheiro-do-paraná.
Próximo ao litoral, a paisagem é marcada pela presença de banhados,
ambientes alagados onde aparecem juncos, gravatás e aguapés. O mais conhecido
banhado é o de Taim, onde foi criada, em 1998, uma estação ecológica administrada
pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) para preservação de tão importante ecossistema.
Na região dos pampas o solo é fértil. Por isso, estes campos são normalmente
procurados para desenvolvimento de atividades agrícolas.
Ainda mais férteis são as áreas com solo do tipo "terra roxa", batizado assim
devido ao nome que receberam dos italianos que vieram para o Brasil trabalhar na
lavoura. Por causa de sua cor avermelhada, eles chamavam o solo de terra
rossa, pois em italiano, rosso é vermelho. Só que quem começou a chamar de terra
roxa não sabia italiano e acabou confundindo rosso com roxo por conta do som da
palavra.
Segundo LEITE & DOURADO, 2015, em áreas de planalto os solos são também
avermelhados, mas não possuem a fertilidade da terra roxa. Na planície litorânea o
solo é bastante arenoso.
Algumas áreas dos pampas estão sofrendo processo de desertificação, devido
à retirada da vegetação nativa e sua substituição por monoculturas ou pastos.
O relevo nos campos sulinos é suavemente ondulado. Predominam planícies,
mas podem ser encontradas algumas colinas, na região conhecidas como <coxilhas=.
Além das coxilhas existem também alguns planaltos. Cavernas e grutas são
comuns. A pedra do Segredo, em Caçapava do Sul, tem 160 metros de altura e três
cavernas em seu interior.
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6.4.9 Caatinga
A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa <mata branca=, é o
único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de
734.478 km², correspondendo a cerca de 10% do território nacional. Ela está presente
nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas,
Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais.
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Fonte: www.ecoprimos.com.br
Fonte: www.inctambtropic.org
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6.4.11 Restinga
A restinga é uma planície arenosa costeira, de origem marinha, incluindo a praia,
cordões arenosos, depressões entre cordões, dunas e margem de lagunas, com
vegetação adaptada às condições ambientais.
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Fonte: www.overmundo.com.br
alturas em torno de 15-20m, muitas vezes associadas a solos hidro mórficos e/ou
orgânicos. (BARBIERI e SILVA, 2011).
Estes dois tipos de florestas em geral acompanham as variações topográficas
decorrentes da justaposição dos cordões litorâneos, ao menos onde tais feições são
bem definidas. Em locais situados mais para o interior da planície costeira, geralmente
em terrenos mais deprimidos onde tais alinhamentos não são claramente definidos e
os solos são saturados hidricamente e têm uma espessa camada orgânica superficial,
ocorrem florestas mais desenvolvidas semelhantes florística e estruturalmente
àquelas situadas nas depressões entre os cordões.
A fauna ocorrente nas restingas brasileiras está relativamente menos estudada
quando comparada com os conhecimentos que já se acumulam sobre a composição
e estrutura dos seus diferentes tipos vegetacionais. Dentre os estudos tratando de
grupos de animais invertebrados, podem ser mencionados os realizados com os
artrópodes, notadamente com diferentes grupos de insetos, estes constituindo a
maioria dos relatos encontrados. A fauna de vertebrados ocorrente nas restingas
brasileiras também é relativamente pouco pesquisada, com destaque para os
trabalhos realizados no litoral do Rio de Janeiro, principalmente com pequenos
mamíferos e répteis.
Manguezal: Os mangues ou manguezais são um ecossistema típico de áreas
litorâneas, alagadas, onde há o encontro da água do mar com a dos rios dando um
aspecto salobro à água dessas regiões. É de sua característica a transição entre
aspectos marinhos e terrestres e sua presença em locais com clima tropical ou
subtropical. Sua vegetação é composta por três tipos de árvores que podem atingir
até 20 metros de altura em certos pontos do país: Rhizophora mangle (mangue-bravo
ou vermelho), Laguncularia racemosa (mangue-branco) e Avicena
schaueriana (mangue-seriba ou seriúba).
Os mangues estão presentes em diversas partes do mundo como Oceania,
África, Ásia, alguns países da América e Brasil. No Brasil esse ecossistema pode ser
encontrado no nordeste do país em Cabo Orange no estado do Amapá até a região
sul em Laguna em Santa Catarina compreendendo um total de 20 mil quilômetros
quadrados, 15 % do total em todo o mundo.
Segundo BARBIERI e SILVA (2011), este é um ecossistema rico em diversas
espécies de animais como peixe-boi-marinho, caranguejo, lontra, jacaré, cobras,
mexilhão, aranhas, craca, lagartos, tartaruga, crocodilos entre outros.
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6.4.12 Cerrado
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Fonte: www.revistaplaneta.com.br
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6.4.13 Pampa
Com uma área de 176.496 km2, o bioma Pampa está presente no Brasil somente
na porção sul do Rio Grande do Sul (abaixo do paralelo 30º), onde ocupa 53% do
estado (IBGE, 2004). A área corresponde aos campos da metade sul e das missões
do Rio Grande do Sul, enquanto o restante do estado é ocupado pelo bioma Mata
Atlântica, localizado ao norte.
Quando comparado aos demais biomas continentais brasileiros, há
relativamente poucos dados disponíveis sobre o bioma Pampa, utilizando-se o recorte
definido pelo IBGE (2004). Uma das razões é que, sob o ponto de vista da pesquisa
biológica, este geralmente é tratado como parte de uma área mais abrangente de
vegetação campestre do sul do Brasil, os chamados <Campos Sulinos=. Além de todo
o bioma Pampa, os Campos Sulinos incluem também áreas localizadas no Planalto
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7 ENERGIA SUSTENTÁVEL
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Fonte: www.canalbioenergia.com.br
A captação da energia cinética do vento pode ser feita basicamente por duas
formas distintas: as turbinas de eixo vertical e as de eixo horizontal. No primeiro caso,
engrenagem e gerador são colocados ao nível do solo e a turbina é movida por forças
de arraste ou sustentação (FARRET, 2014).
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Fonte: diarioms.com.br
Por sua vez, a energia hidroelétrica utiliza-se do movimento das águas dos rios
para a produção de eletricidade. Em países como Brasil, Rússia, China e Estados
Unidos, ela é bastante aproveitada pelas usinas que transformam a energia hidráulica
e cinética em eletricidade.
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Fonte: brasilescola.uol.com.br
53
Fonte: brasilescola.uol.com.br
54
Fonte: brasilescola.uol.com.br
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Fonte: www.portal-energia.com
dos rejeitos, que é a última etapa da gestão sustentável dos resíduos sólidos,
conforme prescrito no Título I, Cap. II, art. 3º, XV, da referida Lei. A sua efetivação
permitirá o aumento do tempo dos recursos naturais no ciclo produtivo, bem como a
vida útil dos aterros sanitários. A coleta seletiva, necessária ao retorno dos resíduos
sólidos ao processo de produção, de acordo com a citada Lei, consiste na <coleta de
resíduos sólidos previamente segregados, conforme sua constituição ou composição=
(Lei nº 12.305, Título I, Cap. II, art. 3º, V). (VERMA; MIDTGARD; SATRE, 2011).
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Fonte: meubolsofeliz.com.br
A reciclagem, conforme o Título I, Cap. II, art. 3º, XIV, da Lei nº 12.305/2010,
consiste no processo de transformação dos resíduos sólidos, que envolve a alteração
de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões
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será beneficiado aquele que contribui, ou como aquele que fere os preceitos legais
será punido.
A simples homologação da Lei não significa cumprimento, especialmente no
caso do Brasil, visto que, de acordo com Da Matta (1986), existe uma resistência
cultural em cumprir as determinações legais, o que condiz com o <jeitinho brasileiro=.
Em seu art. 8º, VIII, a educação ambiental é postulada como um dos instrumentos da
Política Nacional de Resíduos Sólidos, o que é certamente mais eficaz para a gestão
integrada e sustentável dos resíduos sólidos, por significar uma conscientização,
quando o indivíduo age independente de fiscalização (REIS e LOPES, 2018).
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
CONSUMO CONSCIENTE
REUTILIZAÇÃO RECICLAGEM
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Fonte: www.abras.com.br
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9.1.1 Dessalinização
A dessalinização é a retirada de sais que se encontram dissolvidos na água por
meio de diversos métodos. É verdade que a destilação e os processos de troca iônica
são capazes de reduzir significativamente os sais dissolvidos, produzindo água
desmineralizada, que é uma água com elevada purificação. Há vários outros
processos, porém com finalidades distintas. Por exemplo, a filtração, a adsorção, a
cloração e a própria esterilização são outros meios de que se lança mão para melhorar
a qualidade da água, mas não são capazes de promover a retirada dos sais. Esses
métodos atuam sobre outros elementos presentes nas massas líquidas. A filtração,
por exemplo, é capaz de separar as partículas suspensas, ou seja, que não estão
dissolvidas, enquanto que a adsorção, ao atuar por meio de filtros de carvão ativo, é
capaz de reter partículas ainda menores do que aquelas separadas pela filtração.
Justamente é o objetivo deste método, transformar a água salgada em doce. Os
dessalinizadores são equipamentos que transformam águas salinas ou salobres em
água potável empregando a osmose reversa. Esses equipamentos operam sob
condições severas para os materiais que os constituem, dada à presença de um
elemento corrosivo que é o íon cloreto, associado a pressões elevadas. Além disso,
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Fonte: blogs.odiario.com
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Fonte: www.ambientelegal.com.br
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Fonte: www.fenomenosdaengenharia.blogspot.com.br
Fonte: www.tubolarmeioambiente.com.br
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Art. 13. Para os efeitos desta lei, os resíduos sólidos têm a seguinte
classificação:
I - Quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em
residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: é constituído pelos resíduos doméstico e
comercial;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços,
os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas <b=, <e=,
<g=, <h= e <j=;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados
nessas atividades, excetuados os referidos na alínea <c=;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e
instalações industriais;
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II - Quanto à periculosidade:
a) resíduos perigosos (classe I): aqueles que, em razão de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,
patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade,
podendo apresentam risco à saúde pública ou à qualidade ambiental,
provocando ou contribuindo para o aumento de uma mortalidade ou incidência
de doenças e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente, quando
manuseados e dispostos de forma inadequada. (ABNT, 2004)
b) resíduos não perigosos (Classe II): são aqueles não enquadrados na
alínea <a= (não são perigosos). Os resíduos não perigosos (Classe II)
subdividem-se em:
1) resíduos da classe II A: são aqueles que em função de suas
características não se enquadram nas classificações de resíduos classe I
(perigoso) e classe II (inertes). Esses resíduos podem apresentar
propriedades como solubilidade em água, biodegradabilidade ou
combustibilidade.
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Um resíduo é considerado não inerte caso ele não seja enquadrado como um
resíduo perigoso (Classe I) ou resíduo Inerte (Classe II B). De acordo com ABNT,
(2004) comumente quando os resíduos não inertes apresentam as seguintes
propriedades:
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Fonte: www.koleta.com.br
Para um resíduo ser considerado perigoso, ele deve apresentar pelo menos uma
das características seguintes: inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, reatividade
e/ou patogenicidade.
A NBR 10004/04 aponta critérios específicos para o profissional capacitado
classifique e avalie cada propriedade dos resíduos. A intenção é que se o produto for
considerado <perigoso=, seja tomada as devidas providencias para
manuseio, transporte e a correta destinação desses materiais. (ABNT, 2004)
75
Fonte: www.saolourencoambiental.com.br
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Os recursos naturais estão a cada dia mais escasso, devido ao uso excessivo e
sem as devidas medidas de preservação, e também em consequência do descarte
irregular de resíduos sólidos nos ecossistemas, a exemplo dos lixões, da disposição
em valas e locais públicos, constituindo um sério problema em relação aos aspectos
ambientais, a saúde e suas interações.
Fonte: residuoall.com.br
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Fonte: sociedadepublica.com.br
Para atrair mais investimentos para o setor, é preciso uma união de esforços
entre o governo, o segmento privado e a sociedade no sentido de desenvolver
políticas adequadas e desfazer preconceitos em torno dos aspectos econômicos e da
confiabilidade dos produtos reciclados. (FEITOSA, 2017)
Os materiais normalmente encaminhados para a reciclagem são o vidro
(garrafas, frascos, potes etc.), o plástico (garrafas, baldes, copos, frascos, sacolas,
canos etc.), papel e papelão de todos os tipos e metais (latas de alimentos,
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Fonte: www2.maringa.pr.gov.br
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Fonte: www.grupoescolar.com
Fonte: meioambiente.culturamix.com
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Fonte: www.poa24horas.com.br
Entretanto, quando não existe esta separação nas residências, comércios etc.,
os sacos de lixo coletados na coleta convencional são encaminhados para a triagem,
onde os resíduos recicláveis são separados dos orgânicos. Neste último caso, a
separação é muito mais difícil porque os resíduos estão misturados, dificultando a
segregação e comprometendo a qualidade do composto orgânico produzido.
(ARRUDA; MARQUES; REIS, 2017).
No Brasil, o sistema de reciclagem e compostagem desvinculado da coleta
seletiva tem-se mostrado oneroso, pois além de exigir gastos elevados com muitos
funcionários e equipamentos, a separação do material orgânico do reciclável é muito
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científicos de nível local e regional, para discutir a temática, os quais logo evoluíram
para a escala global.
Para além da discussão e aprovação dos instrumentos legais de educação
ambiental, normatização, fiscalização e ações coercitivas com grande volume de
estudos e relatórios de impacto ambiental produzido para atender as exigências da
legislação e recolhidos em acervos documentais cujas recomendações vêm sendo
negligenciadas por falta de interesse ou de meios materiais. No âmbito da percepção
individual, merece destaque.
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para uma mudança séria de valores e atitudes em relação ao ambiente. Neste caso,
afigura-se certa alienação em relação aos apelos por não terem contribuído para dar
causa aos problemas.
O despertar da crise ambiental responsabilizou o crescimento econômico com
foco no sistema industrial e deflagrou uma série de ações para equacionar os
problemas identificados através de controles instituídos na legislação e criação de
normas específicas. Dentre as principais ações neste sentido, referimos a criação do
PNUMA, cujas ações serviram de base para as políticas públicas ambientais a nível
nacional (FEITOSA, 2017).
Considerando todos os esforços despendidos e recursos investidos em
Educação Ambiental ao longo dos últimos 40 anos, ainda não se observam resultados
que indiquem uma mudança efetiva dos valores e atitudes dos indivíduos quanto à
prática sistemática de ações sustentáveis, mas apenas aquisição de informações
dispersas sobre a necessidade de preservar o <meio ambiente=.
A importância da cultura para a sustentabilidade ambiental vem sendo pontuada
por sua influência no fortalecimento dos grupos sociais e para agregar valor às
variadas expressões e manifestações, fato que contribui para a melhoria das
condições econômicas, sociais e ambientais. O reconhecimento desta possibilidade
tornou-se mais visível com o lançamento do livro Cultura: o 4º Pilar da
Sustentabilidade (no qual se destaca a importância da cultura para o resgate dos
costumes e tradições e o conhecimento do passado como indicador de perspectiva
do futuro).
No plano de ação do indivíduo, todas as suas manifestações expressam a cultura
apreendida como produto das experiências vividas nos meios em que atuou de modo
ativo ou passivo. Mediante os apelos da cultura da sustentabilidade ambiental em
cumprimento à responsabilidade de cada indivíduo neste processo, tais
manifestações podem denotar o cultivo consciente e disciplinado de atitudes e valores
ambientais nos aspectos objetivos e subjetivos. Um exemplo a ser copiado, um
modelo a ser seguido.
Fonte: www.palmas.to.gov.br
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[...] o termo <meio ambiente" tem sido utilizado para indicar um <espaço= (com
seus componentes bióticos e abióticos e suas interações) em que um ser vive
e se desenvolve, trocando energia e interagindo com ele, sendo transformado
e transformando-o. No caso do ser humano, ao espaço físico e biológico
soma-se o <espaço= sociocultural. Interagindo com os elementos do seu
ambiente, a humanidade provoca tipos de modificação que se transformam
com o passar da história. E, ao transformar o ambiente, o homem também
muda sua própria visão a respeito da natureza e do meio em que vive.
(PCNs,2001, p.31-32).
Assim, a questão ambiental integra processos tanto de ordem física como social,
superando, dessa forma, uma concepção reducionista de ambiente.
É num campo novo do conhecimento, com inúmeras formas de concepção e
significação do meio ambiente, onde natureza e cultura se articulam e que a Educação
Ambiental avança na construção de seu objeto de estudo (MARTINS, 2017).
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Fonte: tribunadoceara.uol.com.br
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que em sua Teoria da Emancipação busca não reduzir o real ao que existe, mas
enxergar possibilidades alternativas para além do que existe. Para o citado autor, a
realidade fática da modernidade não se pautou na cidadania plena e na
universalização da liberdade e de direitos. Ao contrário, a lógica capitalista de
consumo, de concentração de renda e de utilização do máximo de riquezas naturais
em prol do progresso, somada a um ensino tradicional, reprodutor de ideias pré-
concebidas, retrai e desestimula as possibilidades de construção de um pensamento
crítico e de emancipação. Daí a necessidade de reinventar a forma de pensar a
educação ambiental, no sentido de voltar o pensamento para o futuro que queremos
e podemos construir em todos os contextos da vida humana e social.
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11.7.1 A Complexidade
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104
12 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CASCINO, Fabio. Educação ambiental: São Paulo: SENAC. 1999. DIAS, General
Freire. Educação ambiental: Princípios e práticas. 9.ed. São Paulo: Gaia. 2009.
KINDEL, Eunice Aita Isaia. Educação ambiental: Vários olhares e várias práticas.
2.ed. Porto Alegre: Mediação 2004.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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