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ÍconesOrganizadores ................................................................................................ 6
1. Introdução. ..................................................................................................................... 9
9. Encerramento. ............................................................................................... 30
1. Introdução. .................................................................................................................. 32
2. Mitigação. ...................................................................................................... 33
2.1 Definição e Objetivos ............................................................................33
2.5 Alguns programas que contribuem com o efetivo efeito de mitigação. ...... 38
5. Encerramento. ............................................................................................... 57
1. Introdução. .................................................................................................................. 54
2. Adaptação. .................................................................................................................. 55
6. Encerramento. ............................................................................................... 71
Referências bibliográficas........................................................................................ 72
Nos conteúdos, você encontrará alguns símbolos (ícones).
Veja o que significa cada um deles!
Atualmente existem 195 Partes da Convenção (194 países e a União Europeia), e por meio
dela propõe-se a elaboração de uma estratégia global para proteger o sistema climático para as
gerações atuais e futuras.
A Convenção também prevê que “as medidas para enfrentar a mudança do clima devem ser
coordenadas, de forma integrada, com o desenvolvimento social e econômico, de maneira a
evitar efeitos negativos neste último, levando plenamente em conta as legítimas necessidades
prioritárias dos países em desenvolvimento para alcançar um crescimento econômico sustentável
e erradicar a pobreza”.
Unidade 2 – Mitigação.
Unidade 3 – Adaptação.
Objetivos Gerais
Boa caminhada!
Unidade 1
Mudança do Clima, Adaptação e Mitigação
Noções Gerais
1. Introdução
Não há dúvida que exploraremos assuntos vitais para a nossa vida e a vida
do planeta, não é mesmo? Por isso, vamos conversar sobre aspectos importantes
do efeito estufa; de dois princípios fundamentais da Convenção-Quadro (Princípio
da Precaução e Princípio das Responsabilidades Comuns, mas diferenciadas), e
do Protocolo de Quioto. Veremos também os impactos da mudança do clima e o
que os Relatórios de Avaliação do IPCC nos dizem sobre o tema.
Objetivos de aprendizagem
2. Efeito estufa
http://www.afujimoto.com/index.php/11-noticias/253-taxa-de-concentracao-de-co2-atinge-niveis-recordes
Sobre o IPCC
Em 1988, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA) estabeleceram o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima
(IPCC), para fornecer informações científicas, técnicas e socioeconômicas relevantes para o
entendimento da mudança do clima para a sociedade e para os formuladores de políticas.
O IPCC avalia as informações científicas, técnicas e socioeconômicas mais significativas
para contribuir na compreensão sobre os riscos da mudança do clima, seus impactos e as
possíveis alternativas de adaptação e mitigação, consolidando essas informações em relatórios
periodicamente publicados.
O conhecimento científico produzido pelo IPCC é demonstrado por meio de seus relatórios, os
Assessment Reports (ARs) – Relatórios de Avaliação. O 1º relatório foi emitido em 1990; o 2º,
em 1995; o 3º, em 2001; o 4º, em 2007, e o 5º, em 2014.
http://ipcc.ch/index.htm
http://www.ipcc.ch/organization/organization.shtml#.Unkh83k_1c8
http://www.climatescience.org.au/sites/default/files/WGIAR5-SPM
Esses outros gases Adicional ao CO2, outros gases, com propriedades similares de reter
são os calor, foram criados por causa de diversas atividades econômicas e passaram
hidrofluorcarbonos
(HFCs), os
a ser lançados intensamente na atmosfera.
perfluorcarbonos
(PFCs), o hexafluoreto
de enxofre (SF 6), os
clorofluorcarbonos A mudança do clima é comumente chamada de aquecimento
(CFCs) e os global porque uma das consequências mais prováveis da existência
hidroclorofluorcarbonos de concentrações maiores de GEE na atmosfera é o aumento da
(HCFCs).
temperatura média da superfície do planeta. Mas o aumento de
temperatura traz outros efeitos igualmente importantes, podendo
provocar novos padrões de ventos, chuvas e circulação dos oceanos.
1. Princípio da Precaução
Esse princípio diz que a falta de plena certeza científica não
deve ser usada como razão para que os países posterguem a adoção
de medidas para prever, evitar ou minimizar as causas da mudança
do clima e mitigar seus efeitos negativos.
* Nota do Editor: Países que passaram a fazer parte do Anexo I mediante emenda que entrou em
vigor no dia 13 de agosto de 1998, em conformidade com a decisão 4/CP.3 adotada na COP 3.
4. Protocolo de Quioto
http://unfccc.int/meetings/doha_nov_2012/session/7050/php/view/decisions.php
Warsaw Outcomes
Este chamado foi um passo relevante para construir um acordo com o objetivo
de alcançar a participação universal e melhorar ainda mais a implementação
plena, efetiva e sustentada dos princípios e disposições da Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, seus compromissos, e
reforçar o regime multilateral no âmbito da Convenção, a fim de alcançar seu
objetivo conforme estabelecido no seu artigo 2º.
http://unfccc.int/meetings/lima_dec_2014/session/8532.php
Fique de olho!
http://www.
ecodebate.com.
br/2014/04/22/
cop21-a- COP21 – Ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro de 2015,
conferencia- em Paris, com o objetivo maior de concluir um acordo global para lidar com a
de-2015-
sobre-o-clima-
mudança do clima. Esse novo acordo deverá substituir o Protocolo de Quioto,
artigo-de-jose- de 1997, e, se acordado e aprovado, entrará em vigor a partir de 2020.
goldemberg/
A conferência de Paris buscará adotar um novo protocolo com a
possibilidade de incluir a participação de todos os países.
O MDL foi um grande sucesso, no Brasil. Além de ter sido uma grande
oportunidade para implementar projetos baseados nos
princípios do desenvolvimento sustentável (um terceiro
princípio fundamental da Convenção), representou uma
oportunidade para as companhias e instituições públicas
brasileiras desenvolverem projetos de redução de emissão,
De acordo com o pelo uso de energias renováveis ou pelo aumento de
artigo 10, alínea eficiência energética.
c do Protocolo
de Quioto, todas
as Partes devem O MDL também apresentou oportunidades de
tomar todas projetos por meio do uso de combustíveis renováveis, o
as medidas aproveitamento de metano para cogeração de eletricidade
possíveis para
promover, facilitar e energia térmica na suinocultura, tratamento de resíduos
e financiar, com a transformação de lixões em aterros sanitários, com a
conforme o caso, consequente melhoria das condições sanitárias e de saúde.
a transferência
ou o acesso
a tecnologias, Na implementação desses projetos, houve a possibilidade de
know-how, transferir tecnologia e recursos externos de empresas e fundos públicos de
práticas e
processos
países do Anexo I interessadas em obter reduções certificadas de emissão.
ambientalmente
seguros relativos
Essa transferência de tecnologia ocorria por meio de contratos
à mudança
do clima, em de transferências de tecnologia e conhecimento (know-how), liberação de
particular para licenças e patentes, parcerias com centros de pesquisa ou universidades,
os países em parceriascomórgãospúblicos,realizaçãodecursos,estágiosetreinamentos,
desenvolvimento.
consultorias, assistência técnica especializada, aperfeiçoamento de
tecnologia e/ou ciência já existente, troca de experiências, dentre outros.
3000
2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
499
500
250
0
Com base na Fonte: MCT. Status MDL, junho 2011
China 51%
Índia 20%
Outros 12%
Brasil 4%
Vietnã 3%
México 3%
Malásia 2%
Indonésia 2%
Tailândia 2%
Coreia do Sul 1%
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/30317.html
3. Projetos até 31/12/2013
Até 31 de dezembro de 2013, havia 7.463 atividades de projeto registradas
(projetos de MDL no mundo). O Brasil ocupava o 3º lugar em número de atividades
de projeto, com 323 projetos atividades de projeto registradas (4%), sendo que em
primeiro lugar encontrava-se a China com 3.744 (50%) e, em segundo, a Índia com
1.484 projetos (20%).
China 50%
Índia 20%
Outros 12%
Brasil 4%
Vietnã 3%
México 3%
Malásia 2%
Indonésia 2%
Tailândia 2%
Coreia do Sul 1%
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/30317.html
China 50%
Índia 20%
Outros 13%
Brasil 4%
Vietnã 3%
México 3%
Malásia 2%
Indonésia 2%
Tailândia 2%
Coreia do Sul 1%
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/30317.html
http://www.mct.gov.br/upd_blob/0235/235795.pdf
Para tomar conhecimento do tipo de atividades e dos projetos desenvolvidos pelo Brasil, veja o
sítio de internet do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/47952/Atividades_de_Projetos_MDL.html).
Acompanhe, acessando:
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/30317/Status_de_projetos_do_MDL_no_Brasil.html
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/30317.html
https://cdm.unfccc.int/
5. Outras iniciativas
Por tudo o que estudamos, até aqui, e mesmo pela nossa experiência de
vida, sabemos que os impactos adversos à mudança do clima já são realidade; por
isso, várias iniciativas brasileiras estão sendo adotadas para enfrentar os desafios
deste cenário.
Relatório de
Veja como funcionou: para compensar 1 tonelada de CO2 e, solicitou-
Sustentabilidade
se uma doação de 10 reais. Assim, ao final da conferência, mais de 45 mil
do Rio+20
reduções certificadas de emissões (RCEs) foram canceladas voluntariamente
Caderno de pela iniciativa junto ao sistema de registros do MDL/Protocolo de Quioto.
Sustentabilidade
Rio+20 5.2 Compensação de emissões durante a Copa de 2014
Independente dos cenários elaborados serem de baixas ou altas emissões de gases do efeito
estufa, em média há uma diminuição da área de floresta tropical e um aumento da área de
savana. Para um aumento de 2ºC a 3ºC na temperatura média até 25% das árvores do cerrado
e até cerca de 40% de árvores da Amazônia poderiam desaparecer até o final deste Século.
(CGEE, Estudos estratégicos n.27. Acesse a revista aqui.)
Veja, então, que o IPCC AR5 (2014) tem como principal mensagem a clareza
da influência humana sobre o sistema climático, gerando riscos de graves impactos
em vários sistemas do globo, mas que existem meios para limitar essa situação e
projetar uma sociedade mais sustentável.
9. Encerramento
É muita coisa para pensarmos com atenção e zelo, não é mesmo? Agora
que já percebemos a importância do que vimos até aqui, vamos nos encontrar na
Unidade 2, para estudarmos a mitigação!
Unidade 2
Mitigação
1. Introdução
Objetivos de Aprendizagem
Países em desenvolvimento Os mais afetados pelos impactos da mudança do clima, se nada for
– Partes não-Anexo I feito para mitigar a emissão de gases.
O Protocolo de Quioto adotado na 3ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em 1997, na cidade de Quioto, no Japão, só
entrou em vigor no âmbito internacional em 16 de fevereiro de 2005, após a ratificação pela
Federação Russa no fim de 2004.
Número de
% do número de Estimativa total % da Estimativa
atividades de
Tipos de Projeto atividade de de redução de total de redução
projetos de
projetos de MDL GEE (tCO2eq)7 de GEE
MDL
Hidroelétrica 87 26,4% 137.088.500 37,0%
Biogás 63 19,1% 24.861.823 6,7%
Usina Eólica 54 16,4% 40.968.209 11,0%
Gás de Aterro 50 15,2% 87.280.381 23,5%
Biomassa Energética 41 12,4% 16.091.394 4,3%
Substituição de
Combustível Fóssil 9 2,7% 2.664.006 0,7%
Metano Evitado 9 2,7% 8.627.473 2,3%
Decomposição de N2O 5 1,5% 44.660.882 12,0%
Utilização e
Recuperação de Calor 4 1,2% 2.986.000 0,8%
Reflorestamentoe
Florestamento 3 0,9% 2.408.842 0,6%
Uso de Materiais 1 0,3% 119.959 0,0%
Energia Solar
Fotovoltaica 1 0,3% 6.594 0,0%
Eficiência Energética 1 0,3% 382.214 0,1%
Substituição SF6 1 0,3% 1.923.005 0,5%
Redução e Substituição
de PFC 1 0,3% 802.860 0,2%
A solução do grande passivo ambiental pode ser realizada pela desativação de lixões na
maioria dos municípios brasileiros e construção de aterros sanitários, pela recuperação de
áreas degradadas, pela substituição de combustível fóssil, entre outros.
Eólica/Wind
Biomassa3/Biomass3 1,1%
7,6%
Gás natural/Natural gas
11,3%
Derivados de petróleo/
Oil products
4,4%
Nuclear/Nuclear
2,4%
Carvão e Derivados1/
Coal and coal products1
2,6%
Hidráulica2/Hydro2
70,6%
Notes:
1
Inclui gás de coqueriaI/ncludes coke oven gas
2
Inclui importação de eletricidadIen/cludes electricity imports
³ Inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras recuperações/
Foram elaborados nove (9) planos setoriais, dos quais seis (6) são
ações de mitigação nacionalmente apropriadas (NAMAs). Vamos conhecê-
los, a seguir.
Todos os planos setoriais listados acima podem ser acessados em:
http://www.mma.gov.br/clima/politica-nacional-sobre-mudanca-do-clima/planos-setoriais-de-
mitigacao-e-adaptacao
http://www.mma.
gov.br/redd/index.
php/pt/
(CH4) nitroso
de efeito estufa de uma maneira (N2O)
suficiente que limite o aumento da
temperatura global média a 2º C.
http://unfccc.int/meetings/lima_dec_2014/meeting/8141.php
1. Conceito de Adicionalidade
Adicionalidade significa que o projeto ou uma ação não poderia ser realizada
sem o apoio específico vinculado à mitigação de emissões. É a redução de emissões
de gases de efeito estufa ou o aumento de remoções de CO 2 de forma adicional ao
que ocorreria na ausência de tal atividade.
A figura abaixo nos mostra o conceito de linha de base e adicionalidade.
Emissão de gases
de efeito estufa
Emissão de linha de base
Redução de
emissões
Emissão do projeto
Em MDL, o critério da adicionalidade está previsto no artigo 12, parágrafo 5º, alínea (c) do
Protocolo de Quioto, adicionalidade é definida como “(c) Reduções de emissões que sejam
adicionais as que ocorreriam na ausência da atividade certificada de projeto”.
A Decisão 3/CMP.1, parágrafo 43 prevê que “a atividade de projeto no âmbito do MDL será
adicional se reduzir as emissões antrópicas de gases de efeito estufa por fontes para níveis
inferiores aos que teriam ocorrido na ausência da atividade de projeto registrada no âmbito do
MDL”. No entanto, quando outros benefícios financeiros existem, é preciso provar que o projeto
não seria implementado sem o auxílio dos recursos adicionais provenientes do MDL. Como por
exemplo, uma usina hidrelétrica, que pode vender a eletricidade que produz. Se, do ponto de
vista econômico e financeiro, for mais interessante construir uma usina térmica, mas mesmo
assim o empreendedor optar por fazer uma usina hidrelétrica motivado pelo MDL, o projeto pode
ser considerado adicional.
Caso no país exista uma atividade que reduza emissões de gases de efeito estufa e esta
atividade for obrigatória, ela não poderá ser registrada como atividade de projeto de MDL. Por
ex., a exigência da inclusão de 5% de biodiesel ao diesel brasileiro. Porém, o uso superior a este
percentual seria considerado adicional.
3. Conceito de Permanência
O conceito de permanência está vinculado à garantia ou não de que o
carbono estocado nas florestas estará a salvo de pragas, desastres naturais
ou intervenções humanas que poderão devolver o CO2 , outrora armazenado,
à atmosfera. De acordo com o Guia de Orientação do MDL (FRONDIZI, 2009),
o princípio de permanência está relacionado às atividades de mudança no uso
da terra e florestas.
Relembrando...
Intergovern-
mental Panel Os aterros sanitários são uma das principais fontes de emissão do gás
on Climate metano (CH4). A formação desse gás em lixões e aterros ocorre a partir da
Change decomposição de matéria orgânica por meio da ação de bactérias.
Reflorestamento é quando não há mais floresta no local, ou seja, é uma área sem florestas que
pode ser reflorestada. Assim, após a atividade de reflorestamento, a área vira uma floresta.
Essa cobertura tem por finalidade proteger o solo do impacto direto das gotas de chuva, do
escorrimento superficial e das erosões hídrica e eólica. Esse modo reduz em 60% o consumo
de combustíveis; em 90% a erosão do solo; melhora a qualidade da água, restaura a atividade
biológica natural: amplia a produção de grãos de forma sustentável e com maior rentabilidade,
e preserva o solo e o meio ambiente.
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_72_59200523355.html
Isso significa que do mesmo jeito que o material orgânico caído das árvores se transforma em
rico adubo natural, os resíduos decompostos de safras anteriores por macro e micro-organismos
transformam-se no “alimento” do solo.
2. Contribui para que o solo não seja levado pelas erosões e armazene
mais nutrientes, fertilizantes e corretivos. A quantidade de matéria orgânica pode
triplicar, de uma concentração de pouco mais de 1% para acima de 3%. A viabilidade
econômica do sistema se assegura no crescimento – em muitos casos no potencial
de duplicação – da produção e da produtividade.
4.5 Biodiesel
O biodiesel pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo
no Brasil diversificadas opções de matérias-primas oleaginosas, com diferentes potenciais
energéticos, que podem ser utilizadas, tais como mamona, dendê (palma), girassol, babaçu,
amendoim, pinhão manso (Jatropha curcas L.) e soja, dentre outras. O Programa Nacional de
Produção e Uso de Biodiesel – PNPB procura não privilegiar nenhuma matéria-prima, deixando
o produtor escolher, que o fará com base na análise de custos de produção e de oportunidade.
(BRASIL, 2010).
4.6 Energia
5. Encerramento
1. Introdução
Objetivos de aprendizagem
Assim, esperamos que, após finalizar o estudo desta Unidade, você possa:
Não é muito fácil separar uma medida de adaptação de uma ação geral
de desenvolvimento. Vamos entender melhor... Imagine a construção de açudes
no semiárido... Sabia que isso também é uma medida de adaptação, mas sua
construção continua ocorrendo como forma de política local de diminuição dos
efeitos das secas naquela região?
CCST -
Centro de
Ciência do
Sistema
Terrestre
E INPE -
Instituto
Nacional de
Pesquisas
Espaciais
INCT para
Mudanças
Climáticas
3.1 Energia
3.2 Agropecuária
3.4 Saúde
Ações de mitigação atuam nos processos que causam mudança do clima; por
isso, reduzem os impactos, positivos ou negativos, no clima global. Assim, podemos
dizer que ações de mitigação podem reduzir também o desafio da adaptação, já
que a adaptação pode ser realizada tanto em decorrência de um impacto positivo
quanto de um impacto negativo (Goklany, 2005 in IPCC).
Mitigação - tem efeitos globais, mesmo que suas ações tenham sido
realizadas localmente. Envolve um maior número de países;
- as ações de reduções de emissões de CO2 podem ser alcançadas
por diferentes ações de mitigação, podendo haver comparação entre
uma ação e outra, da sua eficácia e do seu custo efetividade
(MOOMAW et al., 2001).
- os benefícios das medidas de mitigação hoje serão sentidos em
algumas décadas e não imediatamente, devido ao caráter de
permanência dos gases de efeito estufa na atmosfera.
- o retorno dos custos aplicados em medidas de mitigação são mais
demorados do que é o retorno dos seus benefícios.
A instalação
Por meio de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, alternativas de conjuntos
de baixo custo podem surgir em diversos setores, tais como o de energia e o de habitacionais
agricultura. Isso permitirá a transição para uma economia mais resiliente aos levando em
consideração o uso
impactos adversos da mudança do clima e com menor padrão de emissões de
e reuso da água
gases de efeito estufa. e preservação
de áreas verdes
são exemplos do
As ações reativas e autônomas de adaptação podem aumentar estabelecimento de
devido à intensificação da mudança do clima. A decisão a ser tomada poderá um novo critério de
quebrar tendências, acelerar transições e marcar um salto no caminho do planejamento local
desenvolvimento sustentável e tecnológico. A ação entre mitigar e adaptar, ou de baixo carbono e
de desenvolvimento
ambas, cabe ao tomador de decisão. Suas ações e necessidades deverão resiliente.
ser levadas em consideração, não deixando de lado as especificidades e
necessidades locais na escolha da ação a ser seguida.
O quanto deverá ser
investido em mitigação,
adaptação, ou ambos, e o Bem, essa é uma
quanto deverá ser decisão que permeará
investido em pesquisa? a ação do gestor
público local.
5. Conclusões e recomendações
Florestas nativas: as florestas nativas possuem um valor mais alto de serviços ambientais,
por serem depositárias de grande patrimônio genético e ainda desconhecido em sua grande
maioria.
Identificar os grupos populacionais mais vulneráveis, que não estão preparados para fazer
frente a esses impactos, e promover ações voltadas para fortalecer a resiliência desses grupos
são fundamentais para criar estratégias de adaptação eficazes. (PNMC, 2008).
Ações de adaptação têm como principal objetivo reduzir o impacto dos efeitos
adversos da mudança do clima, para proteger as populações, o meio ambiente e as
estruturas existentes.
BRASIL, 2008. Plano Nacional sobre Mudança do Clima. Decreto nº. 6263, de
21 de novembro de 2007. Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/169/_
arquivos/169_29092008073244.pdf.
IPCC, 2007. IPCC Fourth Assessment Report: Climate Change 2007 (AR4).
Working Group II Report. "Impacts, Adaptation and Vulnerability". Chapter 18. Inter-
relationships between adaptation and mitigation. Disponível em: http://www.ipcc.ch/pdf/
assessment-report/ar4/wg2/ar4-wg2-chapter18.pdf.