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SUMÁRIO
UNIDADE 1 - APRESENTAÇÃO ................................................................................ 2
UNIDADE 2 – INTRODUÇÃO À GESTÃO AMBIENTAL ........................................... 4
UNIDADE 3 - ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL ................................................. 9
UNIDADE 4 - OBJETIVOS E FINALIDADES ........................................................... 14
UNIDADE 5 - DESAFIOS DA GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL ......................... 15
UNIDADE 6 - FUNDAMENTOS BÁSICOS DA GESTÃO AMBIENTAL ................. 17
UNIDADE 7 - ASPECTOS INSTITUCIONAIS E FUNDAMENTOS SOBRE A
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL ................................................................ 20
7.1 SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (SISNAMA) ............................................... 20
7.2 INTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE ....................................... 25
7.3 LICENCIAMENTO AMBIENTAL ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
7.4 AUDITORIA AMBIENTAL ........................................................................................... 37
7.5 SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECUROS HÍDRICOS ERRO! INDICADOR NÃO
DEFINIDO.
UNIDADE 1 - APRESENTAÇÃO
agentes econômicos:
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monitoramento ambiental
certificação ambiental
rotulagem ambiental
ciências ambientais:
conhecimentos científicos
novas técnicas ambientais
formação de pessoal
sociedade
participação em organizações não governamentais
participação em colegiados dos órgãos ambientais
Os bens naturais (água, ar) já não são mais bens livres/grátis. Por exemplo, a
água possui valor econômico, ou seja, paga-se, e cada vez se pagará mais por esse
recurso natural. Determinadas indústrias, principalmente com tecnologias
avançadas, necessitam de áreas com relativa pureza atmosférica. Ao mesmo tempo,
uma residência num bairro com ar puro custa bem mais do que uma casa em região
poluída.
A legislação ambiental exige cada vez mais respeito e cuidado com o meio
ambiente, exigência essa que conduz coercitivamente a uma maior preocupação
ambiental.
Conselho de Governo
Este conselho tem como competência assessorar a Presidência da República
na formulação de diretrizes de ação governamental. Ele foi instituído pela Medida
Provisória - MP 813 de 1.1.95, que vem sendo renovada em várias ocasiões.
O Conselho de Governo pode atuar em dois níveis: O Conselho de Governo e
as Câmaras do Conselho de Governo. O Conselho de Governo é composto pelos
Ministros de Estados, pelos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da
República (Casa Civil, Secretaria Geral, Secretaria de Comunicação Social,
Secretaria de Assuntos Estratégicos e Casa Militar) e pelo Advogado-Geral da União
e será presidido pelo Presidente da República ou pelo ministro de estado chefe da
Casa Civil.
zoneamento ambiental;
avaliação de impactos ambientais;
licenciamento e auditoria ambiental;
criação de estados ecológicos e área de proteção ambiental e o sistema
nacional de informações ambientais;
cadastro técnico federal das atividades e instrumentos de defesa ambiental e
penalidades disciplinares ou compensatórias.
A questão da colegialidade
Os diferentes órgãos do SISNAMA são órgãos ambientais baseados na
colegialidade. Em princípio, a estrutura colegiada nos dá uma ideia errônea de que
eles seriam eficazes e garantiriam o interesse comum. Um colegiado para ser eficaz
depende primeiramente da clareza de suas finalidades e do dimensionamento de
suas competências. A eficiência destes órgãos vai ainda depender dos critérios de
escolha dos membros, dos requisitos exigidos aos membros, da duração do
mandato, do processamento das votações, da frequência de reuniões e do modo de
convocá-las.
Existem vários entraves impedindo o bom funcionamento destes órgãos:
a questão a serem debatidas já vem com soluções imutáveis;
ausência de obrigação de frequência dos componentes dos órgãos causando
posterior reação de insurgência contra decisões tomadas, ainda que de forma
subreptícia;
diluição de responsabilidade caso a votação seja secreta;
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Fase conciliatória
A Administração precisa ser interlocutora dos dois lados em confronto
potencial. Desta forma não é eficaz e nem ético que se negocie apenas com os
empresários. As vítimas em potencial, representadas por associações comunitárias
e outras organizações não governamentais (ONG's), devem estar presentes.
Dada à composição do CONAMA (que se espera passe a ser imitado em
todos os estados e municípios) pode o mesmo operar como agente conciliador de
interesses antagônicos. Este órgão possui, entre suas atribuições, aquela que prevê
a homologação de acordos visando à transformação de penalidade pecuniária na
obrigação de executar medidas de interesse coletivo para a preservação ambiental.
Zoneamento Ambiental
O zoneamento como definido pelo arquiteto Le Corbusier é uma opressão
feita no plano de uma cidade com a finalidade de atribuir a cada função e a cada
indivíduo seu justo lugar. O zoneamento ambiental tem, pois por finalidade o bem-
estar da população no que tange sua saúde, tranquilidade, trabalho adequado,
segurança, lazer e cultura dos valores espirituais.
Zoneamento municipal
Atualmente é dada preferência ao termo zoneamento municipal em
detrimento do termo zoneamento urbano, devido ao fato de que a divisão do
território não se restringe tão somente ao perímetro urbano e sim a toda área do
município.
A Constituição Federal de 1988, no seu artigo 182, parágrafo primeiro passou
a exigir de todos os municípios com mais de 20.000 habitantes a elaborarem um
plano diretor. Uma ordenação da cidade é uma peça integrante deste plano. Os
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objetivos de tal plano seriam viabilizar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade. Neste sentido, o plano diretor deve inventariar e diagnosticar qual é a
vocação ecológica das diferentes áreas e espaços de uma cidade, quais os seus
usos e quais as limitações ao uso destes espaços.
O zoneamento ambiental de uma cidade pode avivar certos conflitos
principalmente quando se trata do controle do poder poluidor de antigos
empreendimentos. É norma constitucional de que a lei não prejudicará o direito
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Por outro lado, não há o direito
adquirido de poluir. O direito administrativo de vários países europeus, por exemplo,
consagra o princípio de que uma dada autorização para a abertura, funcionamento
de determinado empreendimento é sempre outorgada sob-reserva de direitos de
terceiros. Outro ponto importante refere-se ao fato de que as normas de direito
público (administrativo, processual e de organização judiciária) são retroativas e
contra elas não se pode aplicar ou invocar direitos adquiridos. Assim, se sobrevier lei
nova que torne proibido, numa determinada zona, as atividades de um
empreendimento pré-existente, seus titulares ou representantes legais não tem o
direito adquirido à sua continuidade, mas terão direito subjetivo à renovação da
licença se os pressupostos de sua outorga persistir existindo.
Outro ponto conflitante refere-se ao zoneamento ambiental e o direito à
propriedade. A Constituição Brasileira estabelece uma relação da propriedade com a
sociedade (artigo 5, XXIII e artigo 170, III e VI, ambos da Constituição Federal de
1988). Inexiste juridicamente apoio para a propriedade que agrida a sociedade que
fira os direitos de outros cidadãos. Aqui temos a tese de que o direito adquirido tem
o seu preciso limite na fronteira onde seja claro que ele implique em prejuízo do
interesse coletivo.
Zoneamento Industrial
Dispositivos legais isolados nos Códigos Brasileiros (artigos 554 e 584 do
Código Civil e 271 do Código Penal e 38 da Lei das Contravenções Penais) não
conseguiram evitar que houvesse uma enorme degradação ambiental no Brasil,
principalmente a partir dos anos sessenta. Isto é o que pretende evitar o
zoneamento ambiental. As diretrizes básicas para o zoneamento ambiental no Brasil
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A resolução 01/86 do CONAMA em seu artigo nono diz que o RIMA refletirá
as conclusões do EIA, ficando claro que o EIA precede o RIMA, sendo o seu
alicerce. A RIMA transmite - por escrito - as atividades totais do EIA. Dissociado do
EIA, o RIMA perde a validade e passa a ser uma peça de ficção.
O EIA/RIMA criam uma vinculação entre o Poder Público e a equipe
interdisciplinar que os gerou. No caso do Poder Público dispuser de informações que
sejam essenciais a boa consecução do complexo EIA/RIMA, está o Poder Público
obrigado a repassar estas informações para a equipe multidisciplinar. Por outro lado,
não é dado ao Poder Público o poder de dispensar qualquer uma das partes
integrantes de um EIA.
Audiência Pública
A audiência pública foi disciplinada pela Resolução CONAMA 09/87. Ela tem
por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e o do
RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes críticas e sugestões a respeito.
Não somente o RIMA, mas o próprio EIA deve ser analisado em audiência pública.
A audiência tem uma interação de mão dupla: o órgão público passa
informações para o público e o público passa informações para a administração. A
resolução 09/87 não prevê a exposição da equipe multidisciplinar, como também do
empreendedor, mas suas intervenções caso sejam requeridas não poderão ser
interditadas. As audiências somente são obrigatórias nos estados cujas legislações
assim o previram. Alguns destes estados são: São Paulo, Mato Grosso, Goiás.
autorização - com maior rigor ainda - sempre dentro dos bons princípios ecológicos
que garantam a inexistência de dano ambiental.
A Lei 6938/81, ao prever a revisão do licenciamento ambiental, indica que
este não tem validade indeterminada. As atividades licenciadas não podem ser
mudadas, ou seja, os processos indústrias ou manufatureiros não podem ser
alterados com prejuízo ao meio ambiente no espaço temporal da autorização. Por
outro lado, o órgão ambiental não deve contentar-se com licenciamentos que
tenham sido comprovadamente danosos ao meio ambiente, e deve agir no sentido
de que tais medidas sejam revogadas e o problema seja corrigido o mais
rapidamente possível. Tal postura evita com que os órgãos ambientais sofram uma
grande pressão corruptora.
Os estados da federação necessitam de legislação própria no que se refere
ao licenciamento ambiental. Em Mato Grosso, por exemplo, existem normas
específicas para a instalação de empreendimentos na área do Pantanal
Matogrossense. Em Minas Gerais, a Comissão de Política Ambiental, COPAM
enfrenta o problema da atividade minerária enquanto que na Amazônia existe o
problema do corte ilegal de madeira de lei.
Seguem abaixo alguns órgãos de licenciamento ambiental nos estados
brasileiros:
Goiás: Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMAGO;
Maranhão: Conselho Estadual de Controle e Preservação do Meio Ambiente -
CEPRAM;
Mato Grosso do Sul: Conselho Estadual de Controle Ambiental - CECA;
Minas Gerais: Comissão de Política Ambiental - COPAM;
Paraná: Superintendência dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente -
SUREHMA;
Pernambuco: Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos - CPRH;
Rio de Janeiro: Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente –
FEEMA.
realizado pela própria empresa ou pelo órgão ambiental em uma eventual ação
fiscalizadora.
A existência de uma auditoria ambiental não deve suspender as ações
fiscalizadoras de rotina do órgão ambiental, tais como as inspeções ambientais.
Caso contrário, ficaria evidente que existe por parte da administração uma inércia
fiscalizadora, devendo os servidores públicos responsável responder judicialmente
caso sejam constatados danos à fauna e flora decorrentes da inexistência desta
ação fiscalizadora rotineira.
O princípio básico da auditoria ambiental está na grande liberdade de sua
realização. Deste modo elas não devem ser obrigatórias nem rotineiras, mas por
outro lado elas não devem ser episódicas. Aconselha que elas sejam repetidas
dentro de determinados prazos que a boa prática da gestão ambiental recomendar.
O órgão público deve, no entanto, elaborar um termo de referência onde seja
disciplinado o uso deste tipo de instrumento.
No caso da certificação ambiental pela norma ISO 14001, a própria empresa
toma a inciativa da auditoria ambiental, realizando as auditorias voluntárias que
estão fora do controle dos órgãos públicos e visam a obter um certificado ambiental,
que é um tipo de credenciamento de qualidade para o empreendimento.
O auditor ou a equipe de auditores devem merecer amplo reconhecimento
profissional em matéria de gestão do ambiente bem como dispor de grande
familiaridade com as questões técnicas ligadas ao meio ambiente não só aquelas
ligadas à ecologia, mas também aos diferentes aspectos legais pertinentes.
O empreendedor ou a empresa auditada podem voltar-se regressivamente
aos auditores caso a tenham aconselhado com negligência, imperícia, imprudência
ou dolo.
Existem dois tipos de comitês: (a) o comitê estadual de bacia quando a bacia
é restrita a um estado e (b) o comitê federal de bacia para os casos de rios da
União. No caso dos comitês federais, eles deverão ser criados por ato do Presidente
da República. Os comitês de bacias estaduais serão aprovados pelo Conselho
Nacional.
Os Comitês de Bacias Hidrográficas terão como área de atuação:
a totalidade de uma bacia hidrográfica;
sub-bacia hidrográfica de tributário do curso de água principal da bacia ou de
tributário desse tributário;
grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas.
Agências de Águas
O termo agência é novo no direito brasileiro. Uma das características
essenciais deste órgão refere-se em sua autonomia financeira. As agências não
podem ser sustentadas financeiramente pela União, Estados ou Municípios. As
Agências de Águas fazem parte do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos. Elas são fundações de direito privado. A Lei 9.433/97, em seu
artigo 53, ressalta que a implementação das Agências de Água se dará após a
promulgação de lei específica, o que ainda não aconteceu. A Lei 9.433/97 apenas
fornece algumas características gerais da Agência (artigo 44).
As Agências de Águas terão por finalidade básica a cobrança pelo uso dos
recursos hídricos em sua área de atuação. Outra importante função das Agências
refere-se à elaboração do Plano de Recursos Hídricos (artigo 44, I, II, VII e IX a Lei
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Além dos países que secretariam cada um dos subcomitês, uma série de
nações estão participando ativamente dos trabalhos do ISO/TC 207. Verificou-se
que países como E.U.A., Japão e Brasil, que ficaram alheios ao desenvolvimento
das normas ISO família 9000, estão preocupados com a interferência da ISO família
14000 em suas atividades e vêm mantendo uma posição ativa no desenvolvimento
dessas normas. Por exemplo, na reunião plenária do ISO/TC 207 em Oslo em
meados de 1995, além da delegação brasileira, que contou com a participação de 21
gerado, durante e após o seu uso. Ela está diretamente relacionada com a
sistemática de projeto e geração do produto ou serviço e os consequentes impactos
ambientais, sejam eles diretos ou indiretos*.
Partes Interessadas
A ISO 14001 (1996) define como partes interessadas os indivíduos
preocupados ou afetados com o desempenho ambiental da organização. Tais partes
podem incluir aqueles que exerçam controle estatutário sobre a organização, as
comunidades locais, organizações dos empregados, os investidores e as
seguradoras, os clientes e consumidores, os grupos de interesse ambiental e o
público em geral (Reis, 1996).
Diferenças entre a ISO 14001 e a ISO família 9000:
A família ISO 9000 (1994) está voltada para a qualidade do produto final e
dos diferentes fornecedores. Os requisitos especificados destinam-se
Requisitos Gerais
Este capítulo traz uma introdução da versão brasileira da norma determinando
que a implantação da SGA deve ser em conformidade com os requisitos da norma
além de garantir e demonstrar, para as partes interessadas, a eficácia do SGA.
Política Ambiental
Esta política reflete - de início - o compromisso da alta administração com as
partes interessadas nos assuntos relativos ao meio ambiente. A Política Ambiental é
a 'diretriz' do Sistema de Gestão Ambiental - SGA, orientando os envolvidos a
trabalhar, se comprometer e se esforçar numa única direção.
A política ambiental associa a organização por um lado aos impactos
ambientais por ela gerados, do outro. Ela vai observar a natureza, escala e impactos
ambientais causados por suas atividades, produtos e serviços. A política ambiental
deve ser transparente, ou seja, ela deve ser documentada e compreendida por todos
os funcionários da organização. Também deve ser pública, para que todas as partes
interessadas estejam cientes. Item essencial da política ambiental de uma empresa
é a declaração ampla das intenções da organização na área de desempenho
ambiental, que possa ser utilizada por todas as partes da organização no
desenvolvimento de suas próprias metas.
Planejamento
Todas as atividades, produtos e serviços do SGA devem ser objetivamente
planejados. O planejamento consiste em um elenco de metas objetivas a serem
alcançadas por cada setor do empreendimento, agregado a uma relação da
metodologia gerencial a ser empregada e um cronograma tentativo.
Aspectos Ambientais
O impacto ambiental é definido como qualquer modificação do meio ambiente
resultante das atividades, produtos ou serviços de uma organização.
O presente requisito refere-se à identificação dos aspectos ambientais
geradores dos impactos ambientais significativos sejam eles reais ou potenciais.
A fase inicial de implantação de um S.G.A. consiste na identificação e
avaliação dos aspectos ambientais. O levantamento dos aspectos ambientais
significativos é fundamental para o planejamento de um Sistema de Gestão
Ambiental, sendo uma das 'entradas' de todo o processo. Segundo a ISO 14000 -
Treinamento de auditores Ambientais da P-E Batalasb (1996), estes aspectos
podem ser:
diretos - aqueles de que a organização possui controle. Por exemplo, as
atividades do processo da própria organização;
indiretos - aqueles sobre os quais a organização pode ter influência para
alcançar controle limitado. Exemplos: Extração de matéria-prima fornecida por outra
organização e uso do produto pelo consumidor;
existentes - aspectos que atualmente já se manifestam, (inclusive no
passado);
a serem gerados por novos desenvolvimentos - aspectos que podem vir a
existir com a inclusão de novos produtos, serviços e atividades.
Objetivos e Metas
Este requisito visa garantir a existência de metas ambientais claras para a
empresa, gerências e funcionários. Ele permite que as metas propostas no contexto
ambiental sejam conhecidas e implementadas por todos os níveis da corporação. Os
objetivos e as metas ambientais devem ser estabelecidos em cada função e nível
relevante, dentro da organização.
Os objetivos e metas são normalmente quantificáveis e constituem uma
ferramenta de gestão e de melhoria contínua, permitindo que a alta administração
monitore o Sistema de Gestão Ambiental. Os objetivos e metas ambientais também
devem ser alcançáveis e ambiciosos. Desta maneira os funcionários ficarão
motivados.
Os objetivos e metas deverão ser monitorados periodicamente pela
organização, permitindo uma reorientação do Sistema de Gestão Ambiental, quando
necessário. Os objetivos e metas devem ser obrigatoriamente analisados pela
Administração.
Implementação e Operação
A implementação de um sistema S.G.A. esta na dependência da criação da
'base do sistema' que vai embasar a implementação dos planos pré-definidos.
Estrutura e Responsabilidade
Recursos
A alta administração deve prover todos os recursos necessários para a
implementação e manutenção do Sistema de Gestão Ambiental. Esses recursos
incluem não só pessoal, mas também itens de custeio tais como equipamentos de
suporte e recursos financeiros para materiais e serviços diversos. Deverá ser
alocada uma determinada soma que garanta o treinamento dos envolvidos no
S.G.A.
Representante da Administração
A alta administração deve nomear um representante com a responsabilidade
de coordenar a implantação e manutenção do Sistema de Gestão Ambiental e,
ainda, fazer o elo de ligação entre a operação do S.G.A. e a alta administração. O
representante da administração deve:
assegurar que os requisitos do Sistema de Gestão Ambiental sejam
estabelecidos, implementados e mantidos;
reportar o desempenho do S.G.A. à alta administração, para análise crítica,
como uma base para a melhoria do sistema.
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Comunicação
Este requisito reconhece a necessidade de que a organização seja
transparente para suas partes interessadas, durante a sua operação e nas situações
de emergência. Para isso, é necessária a criação de fluxos de informação rápidos e
desprovidos de ruídos. A 'comunicação' inclui o estabelecimento de processos para
informar interna e, quando necessário, externamente, as atividades ambientais da
organização.
A NBR ISO 14001/96 abrange a comunicação em dois níveis: interno e
externo. Internamente, a empresa deve ter procedimentos para comunicações nos
Controle de Documentos
O objetivo deste requisito, que é de suma importância, é garantir que o
Sistema de Gestão Ambiental seja apoiado por uma documentação adequada.
Conforme descrito anteriormente, a NBR ISO 14001/96 tem, como dois de
seus pilares, o planejamento e a prevenção de problemas. A consequência disto é a
criação de planos, procedimentos e instruções de trabalho documentados que são
utilizados por todo o pessoal que executa atividades geradoras de impactos
ambientais significativas.
Controle Operacional
O requisito Controle Operacional visa ao estabelecimento e manutenção de
controles para garantir que os processos e atividades que geram impactos
ambientais, reais ou potenciais, operem em condições previamente definidas.
Portanto, o ponto inicial deste requisito é o conhecimento das atividades e processos
que geram aspectos ambientais, que, por consequência, geram impactos ambientais
significativos, reais ou potenciais (estas informações são obtidas através do requisito
Aspectos Ambientais da NBR ISO 14001/96). Tibor e Feldman (1996) descrevem
que a organização que mantiver o controle destas atividades e processos terá, em
consequência, o controle dos impactos ambientais significativos gerados por eles.
Estes processos e atividades incluem:
processos gerados dos aspectos ambientais;
processos de tratamento de resíduos, efluentes, emissões, ruídos, etc.;
processos de manuseio, transportes e armazenamento;
atividades e produtos fornecidos por terceiros.
O planejamento dos processos e atividades é realizado por implantação e
manutenção de procedimentos documentados que incluem métodos e critérios
operacionais
Fornecedores e Subcontratados
A norma NBR ISO 14001/96 não focaliza objetivamente a avaliação e seleção
de subcontratados, mas sim a comunicação de procedimentos e requisitos
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Monitoramento e Medição
Este requisito determina que o monitoramento e as medições planejadas no
requisito 'controle operacional' sejam implementados e analisados. Tem como
premissa básica a coleta de dados em vários pontos do processo, com o objetivo de
medir e monitorar o desempenho real em comparação com os objetivos e metas
ambientais da organização. Para isto, podemos dividir este requisito conforme
abaixo:
Coleta de Dados e Análise: A coleta e análise dos dados dos processos que
geram impactos ambientais significativos são encarados pela NBR ISO 14001/96
como operações fundamentais para o controle dos processos, aspectos ambientais
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Registros
Este requisito objetiva o armazenamento do "histórico" do Sistema de Gestão
Ambiental. É um conjunto estabelecido e mantido de informações, que demonstra a
conformidade do S.G.A. com a NBR ISO 14001/96. Segundo a NBR ISO 14004/96,
a gestão efetiva destes registros é essencial para o sucesso da implantação do
Sistema de Gestão Ambiental. Estes registros são os indícios do alcance do
desempenho objetivado no S.G.A. e armazenam "os caminhos" utilizados para
atingir tal estágio.
NBR ISO 14001/96 determina a existência de procedimento (não
documentado) para a gestão dos registros. Inclui métodos para a identificação,
manutenção e disposição dos registros ambientais. além disso, os registros
ambientais devem ser legíveis; identificáveis e rasteáveis a atividade, treinamento,
produto ou serviço envolvido; eles devem ficar armazenados, de maneira que sejam
recuperáveis e protegidos contra danos, deterioração ou perda; ter tempos de
retenção estabelecidos e registrados e serem confidenciais, caso necessário.
escola. O processo deve ser articulado com outros projetos, programas e atividades
do governo e sociedade, sendo consolidado, dentre outros, a partir do envolvimento
dos agentes regionais e locais; análise, identificação e promoção de instrumentos
financeiros; difusão e intercâmbio de experiências; definição de indicadores de
desempenho.
Implementar a formação continuada em Agenda 21. Promover a educação
para a sustentabilidade através da disseminação e intercâmbio de informações e
experiências por meio de cursos, seminários, workshops e de material didático. Esta
ação é fundamental para que os processos de Agendas 21 Locais ganhem um salto
de qualidade, através da formulação de bases técnicas e políticas para a sua
formação; trabalho conjunto com interlocutores locais; identificação das atividades,
necessidades, custos, estratégias de implementação; aplicação de metodologias
apropriadas, respeitando o estágio em que a Agenda 21 Local em questão está.
REFERÊNCIAS
Bibliografia Básica
ARLINDO PHILIPPI JR., A.; ROMERO, M.A.; BRUNA, G.C. Curso de Gestão
Ambiental. 1 ed., Barueri: Manole, 1045p., 2004.
Bibliografia Complementar
LOPRES, I.V.; BATOS-FILHO, G.S.; BALE, M. 1998. Gestão Ambiental no Brasil.
Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 377 p., 1998.
CARVALHO, A.B.; ANDRADE, R.O.B.; TACHIZAWA, T. Gestão Ambiental. 2 ed.,
Rio de Janeiro: Makron Books, 232 p., 2000.
ASSUMPÇÃO, L.F.J. Sistema de Gestão Ambiental. 2 ed., Curitiba: Juruá, 280 p.,
2007.
SEIFFERT, M.E.B. ISO 14001 Sistemas de Gestão Ambiental. 3 ed., São Paulo:
Atlas, 258, 2007.