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SISTEMAS DE GESTÃO DO AMBIENTAL

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4
2. ASPECTOS AMBIENTAIS NAS ORGANIZAÇÕES ................................................................................ 6
2.1 O QUE SÃO ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS .......................................................................... 7
2.2 EXEMPLOS DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS ..................................................................... 7
2.3 CONSEQUÊNCIAS DE NÃO CONTROLAR ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS ............................. 8
3. CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................................... 10
3.1. DEFINIÇÕES E OBJETIVOS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL......................................................... 13
4. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ..................................................................................................... 16
4.1. ETAPAS DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ..................................... 18
4.2. VANTAGENS DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ....................................................................... 22
5. ISO 14000 .......................................................................................................................................... 23
5.1. VANTAGENS DO CERTIFICADO ...................................................................................................... 25
5.2. CRITÉRIOS DE CERTIFICAÇÃO DAS ISO 14000 ............................................................................... 25
5.3. NORMAS ISO 14000....................................................................................................................... 25
6. ROTULAGEM AMBIENTAL E MERCADO VERDE ............................................................................. 26
7. AS 50 EMPRESAS MAIS SUSTENTÁVEIS ......................................................................................... 28
8. LOGÍSTICA REVERSA ...................................................................................................................... 29
8.1. COMO FUNCIONA A LOGÍSTICA REVERSA E EXEMPLOS PRATICADOS NO MERCADO................... 30
 Incentivar os usuários finais .................................................................................................. 30
 Adicionar uma rota de coleta à rota de entrega ................................................................... 31
 Seja criativo e eduque os consumidores ............................................................................... 31
 Outros exemplos de logística reversa ................................................................................... 31
9. NORMA NACIONAL ABNT NBR 16001 ........................................................................................... 32
10. LEI Nº12.651 DE 25 DE MAIO DE 2012 ............................................................................................ 35
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................. 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................... 39

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1. INTRODUÇÃO

Figura 1: Sistema de Gestão ambiental.

Fonte: https://www.4asset.net.br/a-importancia-do-sistema-de-gestao-ambiental-para-grandes-
empresas

Nos primórdios o homem dependia muito da natureza para realização de suas


atividades, isso gerou uma exploração exagerada dos recursos naturais.

Após a Revolução Industrial que ocorreu na Europa no século XVIII e XIX, onde
substituíram o trabalho artesanal pelo assalariado e com uso de máquinas aumentou
e muito o índice de poluição. Ao longo da década de 80 foi preciso criar legislações e
multas para punirem as empresas que provocavam o desequilíbrio ambiental.

A partir daí para uma empresa se tornar competitiva no mercado principalmente


no internacional onde os clientes tinham mais informação sobre as questões
ambientais foi preciso pensar num sistema de gestão que aliaria desenvolvimento
econômico com preservação ambiental. Então uniu-se líderes mundiais e grandes
empresários para discutir as questões ambientais e propor acordos em prol a esta
causa, foram criadas as conferências mundiais.

Principais conferências mundiais:

- Estocolmo, em 1972,

- Eco-92 ou Rio-92;

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- COP 1 em Berlim 1995;

- COP 2 em Genebra 1996;

- COP 3 Kyoto 1997;

- Rio+10, em 2002;

- Rio+20, em 2012.

Essas conferências obrigaram os países do mundo a produzir visando o meio


ambiente os fazendo buscar alternativas limpas a fim de reduzir o impacto e
degradação ambiental.

A partir da Revolução Industrial, as cidades cresceram exponencialmente e,


com isso, nasceram novos formatos urbanos, sem planejamento prévio. Em todo o
mundo, o meio ambiente foi explorado incessantemente sem qualquer preocupação
— no Brasil, não foi diferente. Arraes, Mariano e Simonassi (2012) ressaltam que,
desde o início da década de 1970, altas taxas de desmatamento são observadas na
Amazônia.

Em 1995, essa taxa de desmatamento atingiu o seu maior nível e, nos anos
seguintes, apresentou oscilações decorrentes de diversas causas, como incêndios,
comércio de madeiras, expansão de atividade agropecuária, aumento da densidade
populacional e incentivos fiscais. Além disso, os recursos hídricos acabaram virando
verdadeiros esgotos a céu aberto, interferindo negativamente na fauna e na flora.
Infelizmente, a ocorrência de diversos passivos ambientais foi necessária para que o
Governo e a população tomassem consciência da importância da preservação.

Apesar dos enormes avanços em legislações ambientais que pretendem


garantir o uso e a ocupação do ambiente de forma sustentável, ainda há um enorme
caminho a ser percorrido, uma vez que o desenvolvimento é necessário e o ambiente
continua sendo o mesmo. Na maioria dos casos, a preocupação com o meio ambiente
surgiu apenas após a ocorrência de acidentes que provocaram enormes passivos
ambientais. Com isso, as normas, leis, diretrizes e padronizações foram criadas para
evitar ou mesmo diminuir esses acidentes.

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2. ASPECTOS AMBIENTAIS NAS ORGANIZAÇÕES

Figura 2: Aspectos ambientais nas organizações.

Fonte: https://www.rj.senac.br/cursos/administracao-e-gestao/sistema-de-gestao-ambiental-
iso-14001/

Nos tempos atuais, as organizações precisam realizar o levantamento de


aspectos e impactos ambientais, atentando para o que pode causar modificações e
trazer conseqüências à natureza. Essa preocupação, que deve ser levada a sério
pelas empresas, está relacionada aos aspectos e impactos ambientais. É fundamental
fazer um levantamento desses dados para o controle e a prevenção dos riscos que
comprometam o meio ambiente.

Há uma metodologia capaz de mensurar se aspectos e impactos ambientais


são significativos e quais medidas podem ser tomadas para evitá-los. Ter esse
controle é essencial para o sucesso da gestão ambiental de uma empresa. Além disso,
evita que a organização sofra sanções por estar em discordância com a legislação
ambiental.

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2.1 O QUE SÃO ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Figura 3: Aspectos e impactos ambientais.

Fonte: https://iusnatura.com.br/levantamento-de-aspectos-e-impactos-ambientais/

Aspecto ambiental é todo elemento que pode causar alguma modificação ao meio
ambiente. É o que pode interagir ou alterar a natureza, fruto do que uma empresa
consome, gera ou emite. Um aspecto ambiental significativo tem a capacidade de
causar um impacto ambiental também importante.

Impactos ambientais se relacionam às consequências, ou seja, aos danos ou


efeitos que os aspectos ambientais causam ao meio ambiente. O Conselho Nacional
de Meio Ambiente (CONAMA), por meio da Resolução 001/86, conceitua impacto
ambiental da seguinte forma:

“Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e


biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante de atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: a saúde,
segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota;
as condições estéticas e sanitárias e o meio ambiente e a qualidade dos recursos
ambientais”.

2.2 EXEMPLOS DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Imagine uma empresa que emite gás poluente ao fabricar seus produtos. Nesse
caso, o aspecto ambiental é a geração da poluição e o impacto, é a contaminação do
ar.

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Outro exemplo que torna compreensível os conceitos está ligado à má gestão dos
resíduos gerados por uma organização. O manejo incorreto de resíduos na oficina de
manutenção de uma fábrica ilustra a geração de aspecto e impacto ambiental. Nesse
caso, se há o vazamento de óleo e o descuido com embalagens contaminadas fica
caracterizado o aspecto ambiental. Já o descarte desses materiais em rios, poluindo
as águas, ilustra o impacto ambiental.

Estamos nos concentrando em causas e consequências danosas ao meio


ambiente. Porém, há muitas situações relacionadas ao que empresa consome, gera
ou emite que são benéficas à natureza. Um exemplo positivo vem deste restaurante
mineiro que investiu em práticas sustentáveis, gerando aspectos e impactos que
poupam recursos naturais.

O estabelecimento conta com um sistema de captação de água que trata e


armazena 20 mil litros. O reuso da água é aproveitado em bacias sanitárias, lavanderia
e na lavagem das áreas comuns do restaurante. Além do sistema de água, 70% da
energia usada é produzida pelo próprio estabelecimento. Foi instalada uma estação
eólica e placas fotovoltaicas, que transformam a luz do sol em eletricidade.

2.3 CONSEQUÊNCIAS DE NÃO CONTROLAR ASPECTOS E


IMPACTOS AMBIENTAIS

Figura 4: Conseqüências de não controlar os aspectos e impactos ambientais.

Fonte: https://lets.events/e/metodologia-de-avaliacao-de-impacto-ambiental/

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A empresa que gera aspectos e impactos ambientais negativos pode sofrer
consequências. Isso porque qualquer dano não só à fauna e à flora, mas também à
saúde humana é considerado crime ambiental (Lei nº 9.605/1998).

A organização que tem práticas ilegais em relação ao meio ambiente pode sofrer
multas que variam de R$500,00 a R$2 milhões. Além disso, pode haver
responsabilização penal dos responsáveis pela ação criminosa, com penas de
reclusão. A lei estabelece de seis meses a um ano para crimes não intencionais e de
um a seis anos para crimes intencionais.

Levantamento de aspectos e impactos ambientais é fundamental

Diagnosticar aspectos e impactos ambientais é essencial para uma empresa


saber como evitar riscos à saúde humana e à natureza. Por meio de uma planilha
denominada LAIA (Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais) é possível
traçar esse panorama.

O LAIA deve conter dados relacionados à:

- Identificação das áreas, processos e atividades da empresa;


- Identificação dos aspectos e impactos ambientais;
- Frequência ou probabilidade do aspecto ambiental;
- Abrangência do impacto ambiental;
- Severidade do impacto ambiental;
- Classe do impacto ambiental;
- Identificação dos aspectos ambientais significativos.

Após esse levantamento, os dados precisam ser catalogados e separados. Em


seguida, deve se fazer o cruzamento das informações, podendo ser utilizada a
metodologia FMEA (Failure Mode anD Effect Analysis). Trata-se da Análise do Tipo e
Efeito de Falha, uma ferramenta que apura os riscos potenciais e aponta ações de
melhoria.

Por fim, o resultado do LAIA deve recomendar ações para tratar cada aspecto
e cada impacto ambiental da organização.

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3. CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

Figura 5: Certificação ambiental.

Fonte: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/conheca-a-cartilha-de-
certificacao-ambiental,1416d545a7970610VgnVCM1000004c00210aRCRD

Durante muitos anos, o desenvolvimento econômico decorrente da Revolução


Industrial impediu que os problemas ambientais fossem considerados. Conforme o
Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2009), a poluição e os impactos ambientais do
desenvolvimento desordenado eram visíveis, mas os benefícios proporcionados pelo
progresso eram justificados como um “mal necessário”, algo que dava à humanidade
o direito de poluir em troca do desenvolvimento.

Em território nacional, as primeiras tentativas de aplicação de metodologia para


avaliação de impactos ambientais foram decorrentes de exigências de órgãos
financeiros internacionais para aprovação de empréstimos a projetos governamentais.
Com a crescente conscientização da sociedade, principalmente internacional, tornou-
se cada vez mais necessária a adoção de práticas adequadas de gerenciamento
ambiental em quaisquer atividades modificadoras do meio ambiente (BRASIL, 2009).

Em 1988 surgiu a Constituição Federal, documento que estabelece normas a


todas as esferas da federação, entre elas a preservação do meio ambiente. O
Ministério do Meio Ambiente ressalta que o documento remete à cooperação entre os
responsáveis e à gestão compartilhada, fortalecendo a ação municipal e a ação
cooperada entre os entes federados (BRASIL, 2009).

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O art. 225 da Constituição Federal prevê que “todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988). Dessa forma,
o meio ambiente é um direito fundamental de todo cidadão, e cabe ao Estado e a cada
indivíduo da comunidade o dever de resguardá-lo.

Saiba mais!

Por incrível que pareça, o termo meio ambiente foi usado pela primeira
vez apenas da década de 1960, em uma reunião do Clube de Roma. O
objetivo central dessa reunião foi discutir métodos de reconstrução dos
países no pós-guerra, sendo estabelecida a polêmica sobre os
problemas ambientais.

Fique atento!

Com a gestão compartilhada, a União, os Estados e os municípios


devem estar unidos na proteção ao meio ambiente. Para que isso
aconteça, existem órgãos reguladores em cada um desses locais.

O art. 10 da PNMA (BRASIL, 1981) estabelece que:

a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e


atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou
potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgão
estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente —
SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis — IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças
exigíveis.

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Mais tarde, em 1997, por meio da Resolução CONAMA no. 237, de 19 de
dezembro de 1997, surgiu o conceito de licenciamento ambiental, definido como:

[...] procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a


localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas
aplicáveis ao caso (BRASIL, 1997).

Reforçando a PNMA, surgiu, em 12 de fevereiro de 1998, a Lei no. 9.605, que


dispõe sobre as sanções penais e administrativas lesivas ao meio ambiente. No art.
60, ela estabelece a obrigatoriedade do licenciamento ambiental das atividades
degradadoras da qualidade ambiental e define as penalidades aplicadas ao infrator
(BRASIL, 1998). Os arts. 66 e 67 da mesma legislação descrevem como crime
ambiental quando um funcionário público faz afirmação falsa ou enganosa, omite a
verdade ou sonega informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de
autorização ou de licenciamento ambiental, definindo que pode ser punido com
reclusão de um a três anos e multa (BRASIL, 1998).

É importante que você saiba que cada Estado e os municípios apresentam


legislações próprias, que podem ser mais restritivas que as federais, mas nunca
podem passar sobre as legislações impostas pela União. Como exemplo, podemos
citar a Lei no. 11.520, de 3 de agosto de 2000, que institui o Código Estadual do Meio
Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências, e cujo art. 55
descreve que:

A construção, instalação, ampliação, reforma, recuperação, alteração,


operação e desativação de estabelecimentos, obras e atividades utiliza-doras
de recursos ambientais ou consideradas efetivas ou potencialmente
poluidoras, bem como capazes, sob qualquer forma, de causar degrada-ção
ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental
competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis (RIO
GRANDE DO SUL, 2000).

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3.1. DEFINIÇÕES E OBJETIVOS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O licenciamento ambiental é o procedimento (processo) administrativo pelo


qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras dos recursos ambientais, que
podem ser consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras. Em outras palavras,
o licenciamento busca analisar atividades e empreendimentos que podem causar
degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as
normas técnicas aplicáveis ao caso (BRASIL, 2009).

Já a licença ambiental é a autorização emitida pelo órgão público competente.


Ela é fornecida ao empreendedor para exercer o seu direito à livre iniciativa, desde
que atendidas as precauções requeridas que resguardem o direito coletivo ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado. Devido à natureza autorizativa da licença
ambiental, ela apresenta um caráter precário. Ou seja, a licença pode ser caçada caso
as condições estabelecidas pelo órgão ambiental não sejam cumpridas.

A licença ambiental é um documento com prazo de validade definido no qual o


órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle
ambiental a serem seguidas pela atividade que está sendo licenciada. Ao receber a
licença ambiental, o empreendedor assume os compromissos para a manutenção da
qualidade ambiental do local onde se instala.

Conforme o art. no 225 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), que ressalta


que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o licencia-mento
ambiental visa exatamente proteger o meio ambiente, mas sem colocar em risco o
desenvolvimento, que é inevitável e essencial para o avanço da sociedade.

O licenciamento ambiental tem como objetivo encontrar o convívio equilibrado


entre a ação econômica do homem e o meio onde a atividade é permitida pelos
instrumentos técnicos e legais existentes. Por isso toda concessão busca sempre a
compatibilidade do desenvolvimento econômico e da livre iniciativa com o meio
ambiente, prevenindo os impactos ambientais provocados por atividades e
empreendimentos que utilizam recursos naturais ou que sejam considerados efetiva

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ou potencialmente poluidores, a ponto de causar degradação ambiental e
inconvenientes ao bem-estar público.

Fique atento!

Nem toda atividade demanda licença ambiental, somente aquelas


que tenham potencial de causar poluição ou degradação ambiental
e/ou utilizam recursos naturais (STRUCHEL, 2016).

Dessa forma, o licenciamento ambiental visa evitar ou minimizar ao máximo os


impactos ambientais que podem ocorrer em determinada atividade ou obra. Mas o
que é exatamente um impacto ambiental? De acordo com a Resolução CONAMA no.
001/1986, é considerado impacto ambiental quando há qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam (BRASIL, 1986):

 A saúde, a segurança e o bem-estar da população; „


 As atividades sociais e econômicas;
 A biota; „
 As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; „
 A qualidade dos recursos ambientais.

Ou seja, com base nos extratos acima, podemos concluir que qualquer projeto ou
atividade que possa desencadear impactos ambientais negativos (Figura 1) precisa
ser submetido a um processo de licenciamento. O licenciamento ambiental é a
principal ferramenta da sociedade para controlar a manutenção do meio ambiente,
que está diretamente ligada com a saúde pública e com boa qualidade de vida para
toda a população. Assim, podemos concluir que o licenciamento ambiental é o
principal instrumento do Poder Público para controlar e preservar o meio ambiente
para as sociedades atuais e futuras.

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Figura 6: Impactos ambientais negativos ao meio ambiente.

Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/biologia/impactos-ambientais.html.

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4. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

O objetivo geral do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é dotar o empreendimento


de estrutura eficiente que garanta a execução e o controle das ações planejadas nos
vários programas e a adequada condição ambiental das obras, bem como controlar
informações e manter um elevado padrão de qualidade na implantação e operação do
empreendimento.

Dessa forma, entre os principais objetivos do SGA, podemos citar a definição de


diretrizes ambientais gerais, visando à contratação de serviços; o estabelecimento de
mecanismos de controle e supervisão ambiental das obras (integrados aos
procedimentos técnicos de engenharia), objetivando minimizar os impactos
socioambientais; a instituição de procedimentos técnico-gerenciais e mecanismos de
acompanhamento para garantir a implementação dos programas ambientais; e o
estabelecimento e controle do fluxo de informações para os públicos internos e
externos. Estudaremos o SGA e como o licenciamento ambiental pode auxiliar na sua
elaboração. Além disso, serão apresentados as etapas e os princípios de
implementação do SGA em empresas e quais são as vantagens dos
empreendimentos após a instalação do PGA.

De certo modo, o licenciamento ambiental consiste na integração de modelos de


gestão ambiental em território nacional. Dessa forma, devem ser listados prioridades
e critérios de acordo com as necessidades de cada município e estado. Além disso, o
licenciamento ambiental objetiva principalmente os empreendimentos, o encontro de
soluções/alternativas que visam diminuir os impactos ambientais e, por consequência,
apresentar uma melhor gestão ambiental.

A gestão ambiental é o estudo da administração de atividades econômicas e


sociais de forma a utilizar, de maneira racional, os recursos naturais, visando à
sustentabilidade. Fazem parte do arcabouço de conhecimentos associados à gestão
ambiental técnicas para a recuperação de áreas degradadas, técnicas de
reflorestamento, métodos para a exploração sustentável de recursos naturais, de
consumo e produção sustentáveis, o planejamento participativo e o estudo de riscos
e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação de
atividades produtivas.

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De maneira geral, a gestão ambiental pode ser compreendida como um processo
de tomada de decisões que devem repercutir positivamente sobre a variável ambiental
de um sistema. Nesse caso, a tomada de decisão consiste na busca da opção que
apresente o melhor desempenho, a melhor avaliação, ou, ainda, a melhor aliança
entre as expectativas daquele que tem o poder de decidir e as suas disponibilidades
em adotá-la (ARLINDO; ROMÉRO; BRUNA, 2004).

O SGA consiste na parte da gestão ambiental que inclui a estrutura de determinada


organização, os seus procedimentos, as suas atividades e os seus recursos para
desenvolver, implementar e manter a política ambiental.

O objetivo do SGA é a preocupação com a natureza, mas não apenas expressa


por ações pontuais, mas por sua inserção na política da empresa, estando presente
em todas as etapas das atividades, desde o planejamento até a execução, e difundida
por toda a estrutura organizacional sempre com o comprometimento com a melhoria
contínua das ações voltadas à preservação ambiental. A gestão ambiental em
organizações, de acordo com Jabbour (2013), quando implantada, pode gerar vários
benefícios. Quanto mais evoluída, mais intensos e mais diversificados poderão ser os
benefícios auferidos. Geralmente, essas vantagens estão associadas a dois tipos de
benefícios:

 Benefícios internos — estão relacionados a melhorias observadas nas


diversas dimensões do desempenho organizacional, como o desempenho
operacional, o desempenho em inovação e o desempenho de mercado;
 Benefícios externos — podem ser entendidos como contribuições que se
estendem à sociedade de forma mais ampla, como a influência sobre as
regulamentações ambientais, as contribuições para o desenvolvimento
sustentável e as parcerias com outras organizações.

A gestão ambiental é uma prática recente que vem ganhando importância


nas instituições privadas, fazendo parte do sistema de gestão global e tendo
como suporte a política ambiental definida pela alta direção de cada
organização. Dessa forma, a gestão ambiental consiste na realização de
atividades que visam obter efeitos positivos sobre o meio ambiente, seja

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minimizando ou eliminando os danos causados pela intervenção humana, seja
evitando que ocorram, sempre a partir de uma ótica de melhoria contínua.

4.1. ETAPAS DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO


AMBIENTAL

Figura 7: Sistema de Gestão Ambiental.

Fonte: https://www.logicambiental.com.br/sga/.

O SGA deve buscar a melhora em todos os setores ou área do


empreendimento, a fim de reduzir os impactos de suas atividades produtivas no meio.
A norma ISO 14001, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a
responsável por regulamentar o sistema, estabelecendo os requisitos de
implementação e operação.

Segundo Nicolella (2004) e Andrade, Tachizawa e Carvalho (2004), os


elementos- chave, ou os princípios definidores de um SGA baseados na norma
ABNT–NBR ISO no. 14.001, por meio dos quais podem ser verificados os avanços de
uma empresa em termos de sua relação com o meio ambiente, são:

 Política ambiental — a norma NBR Série ISO 14.001 define política am-biental
como “a declaração da organização, expondo as suas intenções e os seus princípios
em relação ao seu desempenho ambiental global, que provê uma estrutura para a
ação e definição de seus objetivos e metas ambientais” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). A política ambiental estabelece,

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dessa forma, um senso geral de orientação e fixa os princípios de ação para a
organização. A Série ISO 14.001, no seu requisito relativo à política ambiental, afirma
que a alta administração deve estabelecer a política ambiental da empresa e
assegurar que ela:

- Seja apropriada à natureza, à escala e aos impactos ambientais das suas


atividades, produtos ou serviços;

- Inclua o compromisso com a melhoria contínua e a prevenção da poluição;

- Garanta comprometimento com a legislação e normas ambientais apli-


cáveis e demais requisitos subscritos pela organização;

- Forneça a estrutura para o estabelecimento e a revisão dos objetivos e


metas ambientais;

- Esteja disponível para o público (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE


NORMAS TÉCNICAS, 2015).

 Planejamento — a Série ISO 14.001 recomenda que a organização formule um


plano para cumprir a sua política ambiental. Esse plano deve incluir os pontos a seguir:

- Aspectos ambientais: o objetivo central é fazer a empresa identificar todos os


impactos ambientais significativos, reais e potenciais, relacionados a suas atividades,
produtos e serviços, para que possa controlar os aspectos sob sua responsabilidade.

- Requisitos legais e outros requisitos: nessa etapa, são definidos critérios para o
cadastramento e a divulgação da legislação ambiental, dos códigos de conduta
aplicáveis a situações específicas da empresa e dos compromissos ambientais
assumidos pela corporação.

- Objetivos e metas: devem refletir os aspectos e impactos ambientais significativos e


relevantes visando ao desdobramento em metas e objetivos ambientais a serem
alcançados operacionalmente por setores específicos da empresa, com
responsabilização definida.

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- Programas de gestão ambiental: devem conter um cronograma de execução que
permita comparação entre o realizado e o previsto, recursos financeiros alocados às
atividades e definição de responsabilidades e prazos de cumprimento dos objetivos e
metas (ASSOCIAÇÃO BRA-SILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015).

 Implementação e operação — a empresa deve desenvolver os mecanismos de


apoio necessários para atender ao que está previsto na sua política e nos seus
objetivos e metas ambientais. Dentro desse item, o empreendimento deve analisar a
estrutura organizacional e responsabilidade, treinamento, conscientização e
competência, comunicação, documentação do SGA, controle de documentos,
controle operacional, e preparação e atendimento a emergências.
 Verificação e ação corretiva — deve-se averiguar se a empresa está operando
de acordo com o programa de gestão ambiental previamente definido, identificar
aspectos não desejáveis e mitigar quaisquer impactos negativos, além de tratar das
medidas preventivas. Para realizar essa verificação, é necessário atender a quatro
características básicas, listadas a seguir.

- Monitoramento e medição: consiste em estabelecer medidas padrão para a


verificação do desempenho ambiental das empresas. Os aspectos ambientais
significativos, como emissões atmosféricas, geração de efluentes líquidos, ruídos,
entre outros, e devem ter suas características medidas periodicamente e seus
resultados comparados com os padrões legais aplicáveis.

- Não conformidades e ações corretivas e preventivas: estão relacionadas a qualquer


evidência de desvio dos padrões estabelecidos com base nos aspectos legais ou de
comprometimento da empresa. As ações corretivas devem ser pautadas em
procedimentos que possibilitem a eliminação da não conformidade e a sua não
reincidência.

- Registros: a empresa deve estabelecer procedimentos para o registro das atividades


do SGA, incluindo informações sobre os treinamentos realizados. Tais registros
devem estar disponíveis para consulta e apresentar linguagem clara e objetiva.

- Auditoria do SGA: trata-se de um procedimento de verificação dos cumprimentos de


todas as etapas de implementação e manutenção do SGA. As auditorias do SGA

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devem ser periódicas, sendo que o recomendado são duas auditorias internas por
ano.

 Análise crítica — fundamenta-se na revisão do SGA. Após a etapa da auditoria,


considerando possíveis mudanças nos cenários internos e externos, como novas
pressões de mercado e as recentes tendências do ambiente externo da empresa,
além do compromisso de melhoria contínua requerido pela SGA, é o momento de a
administração identificar a necessidade de possíveis alterações em sua política
ambiental.

O ciclo plan, do, check and act (PDCA) é ferramenta de gestão muita utilizada,
cujo objetivo principal é promover a melhoria contínua dos processos por meio de um
circuito de quatro ações: planejar (plan), fazer (do), checar (check) e agir (act). O
intuito é ajudar a entender não só como um problema surge, mas também como deve
ser solucionado, focando na causa, não nas consequências. A seguir, apresentamos
uma breve descrição das principais etapas desse ciclo, segundo Braga et al (2005) e
Mattos (2010).

- Planejar: ocorre o planejamento, ou seja, busca-se a lógica construtiva e as suas


interfaces, gerando informações de prazos e metas físicas. Basicamente, nessa etapa
devemos estudar o projeto/empreendimento, definir uma metodologia e gerar o
cronograma e as programações. Consiste em coordenar as informações de modo que
o empreendimento tenha um cronograma racional e factível.

Desempenhar: essa etapa representa a materialização do planejamento no


campo. Ou seja, tudo o que foi colocado no papel na primeira etapa agora começa a
tomar forma. Devemos levar em conta dois cuidados; o primeiro é de informar e
motivar todos os envolvidos e tirar as dúvidas da equipe, e o outro é como serão
executadas as atividades — ou seja, é necessário que aquilo que foi informado por
meio do planejamento seja realmente cumprido.

- Checar: essa é a etapa em que se manifesta o monitoramento e o controle do projeto


de gestão ambiental. Para tal, dois setores podem ser utilizados, o de aferir o realizado
e o de comparar o previsto e o realizado. O primeiro consiste em levantar em campo
o que foi executado no período de análise. O segundo setor visa aferir o que

21
efetivamente foi realizado e comparar com o que estava previsto no planejamento.
Nessa etapa, podem ser detectados os desvios e os impactos que eles trazem, bem
como os prazos de início e término das atividades em relação as datas planejadas.

- Agir: ocorrem reuniões com todos os envolvidos na operação, a fim de coletar


opiniões e sugestões, contribuindo para identificação de oportunidades de melhoria,
aperfeiçoamento do método, detecção de focos de erro, mudança de estratégia,
avaliação de medidas corretivas a serem tomada, entre outros.

Figura 8: Ciclo PDCA.

Fonte: http://www.doxplan.com/Noticias/Post/Ciclo-PDCA,-uma-ferramenta-imprescindivel-ao-
gerente-de-projetos.

4.2. VANTAGENS DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

As vantagens da implementação de um SGA no seu empreendimento vão


muito além do ganho de marketing, pois há uma redução de gastos associados ao
uso de recursos e minimização de riscos com multas e acidentes ambientais. A seguir,
estão listadas as principais vantagens de um SGA.

- Cumprimento da legislação ambiental aplicável e redução dos riscos associados ao


seu descumprimento.

- Redução de custos com o crescimento da eficiência nos diversos processos da


empresa por meio do menor consumo de insumos (água, energia, etc.) e redução na
geração de resíduos.

22
- Aumento da motivação e participação dos colaboradores na gestão interna.

- Maior conhecimento dos processos do empreendimento, o que proporciona uma


melhor capacidade de inovação.

- Evolução da imagem da organização junto à sociedade e colaboradores.

- Ganhos de competitividade e melhor posicionamento no mercado, além de maior


credibilidade com o público/cliente (stakeholders) e com instituições financeiras

5. ISO 14000

Figura 9: ISO 14000

Fonte: https://www.engquimicasantossp.com.br/2016/02/certificado-da-norma-iso-14000.html.

A ABNT NBR ISO 14000 especifica os requisitos de um Sistema de Gestão


Ambiental e permite a uma organização desenvolver uma estrutura para a proteção
do meio ambiente e rápida resposta às mudanças das condições ambientais. A norma
leva em conta aspectos ambientais influenciados pela organização e outros passíveis
de serem controlados por ela.

A implementação dessa norma deve ser buscada por empresas que desejam
estabelecer ou aprimorar um Sistema de Gestão Ambiental, estar seguras sobre
políticas ambientais praticadas ou demonstrar estar de acordo com práticas
sustentáveis a clientes e a organizações externas.

23
Pensando pela ótica da sustentabilidade, não faz sentido uma empresa ter uma
atuação apenas ecologicamente correta e não atuar com a gestão ambiental de forma
estratégica, pensando no desenvolvimento sustentável da empresa.

A ISO 14000 incorpora além de questões estratégicas, a preocupação com a


cadeia de valor, ciclo de vida, entre outras mudanças.

Já é sabido que a ISO 14000 na sua versão atual proporciona ganhos


econômicos, pois ao reduzir o consumo de recursos, também reduz custos, mas agora
esse enfoque ganha forças, o que agregará muito valor para as empresas que
conquistarem essa certificação.

Também, para fechar o tripé da sustentabilidade, a norma atual que ainda não
atua com aspectos sociais, terá uma atenção para esse tema com a necessidade de
avaliação das expectativas das partes interessadas, incluindo condições ambientais
locais, regionais e globais que afetam a organização ou que possam ser afetados por
ela.

A norma ISO 14000 estabelece o sistema de gestão ambiental da organização


e, assim:

 Avalia as consequências ambientais das atividades, produtos e serviços da


organização;
 Atende a demanda da sociedade;
 Define políticas e objetivos baseados em indicadores ambientais definidos pela
organização que podem retratar necessidades desde a redução de emissões
de poluentes até a utilização racional dos recursos naturais;
 Implicam na redução de custos, na prestação de serviços e em prevenção;
 É aplicada às atividades com potencial de efeito no meio ambiente;
 É aplicável à organização como um todo.

24
5.1. VANTAGENS DO CERTIFICADO

Uma empresa que tem um certificado ISO 14000 obtém muitas vantagens, seja
para o cliente ou para ela própria. Ao receber o certificado ISO 14000, a empresa é
logicamente associada a um padrão internacional de gestão ambiental, o que traz ao
público uma imagem positiva de empresa limpa e preocupada com o meio ambiente.

Além disso, graças aos processos de gestão ambiental estabelecido pelas


normas ISO 14000, a empresa tem uma redução de gastos com matéria-prima e com
o descarte de lixo ou resíduos da sua atividade.

5.2. CRITÉRIOS DE CERTIFICAÇÃO DAS ISO 14000

Primeiramente, para ser qualificada a receber o certificado das normas ISO


14000 a empresa tem que estar de acordo com as políticas e leis ambientais de seu
país. Além disso, deve estabelecer e manter um SGA de acordo com as
especificações da norma. Porém, há outros requisitos mais específicos, e qualquer
desalinho em relação a eles pode fazer com que a empresa não seja certificada.

 Planejamento ambiental: fazer um planejamento completo dos aspectos ambientais


da área, metas, objetivos leis e programas ambientais.
 Realização e manutenção: Após planejar, é preciso “ligar” o sistema, fazer com que
ele funcione, e mantê-lo funcionando.
 Documentação e arquivamento: realizar uma documentação completa de todos os
processos relacionados com a gestão ambiental da empresa e do sistema que está
sendo implementado e arquivá-los.
 Revisão e inspeção: é preciso sempre estar monitorando e verificando os processos
ligados à gestão ambiental. Caso uma ação corretiva precise ser tomada, ela também
deverá ser documentada e arquivada.

5.3. NORMAS ISO 14000

A série ISO 14000 possui muitas normas, uma das mais conhecidas é a
norma ISO 14001, porém ela não é a única. Existem diversas outras com várias
especificações em relação à gestão ambiental, estão listadas abaixo algumas delas:

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 ISO 14001: normas referentes à implementação do SGA.
 ISO 14004: normas sobre o SGA, porém destinadas à parte interna da empresa.
 ISO 14010: normas relacionadas à auditoria ambiental e sua credibilidade.
 ISO 14031: normas sobre o desempenho do SGA.
 ISO 14020: normas relacionadas aos rótulos e declarações ambientais.

6. ROTULAGEM AMBIENTAL E MERCADO VERDE

Figura 10: Rotulagem ambiental.

Fonte: https://www.fragmaq.com.br/blog/entenda-o-que-e-rotulagem-ambiental-e-sua-relacao-
com-os-produtos-verdes/.

Estabelecida pelo ISO 14020, a rotulagem ambiental tem como principal


objetivo trazer informações relevantes para os consumidores, disponibilizando-as nos
rótulos dos produtos. A idéia é garantir um consumo consciente e que esteja em
harmonia com o meio ambiente e com a preservação ambiental.
Este tipo de rotulagem é bastante vantajoso para as empresas, pois diferencia o
produto ou serviço por meio de um aspecto positivo. Essas informações podem ser
disponibilizadas por meio de símbolos, marcas, textos ou gráficos.

No mercado ainda existem os chamados produtos verdes, cujo o desempenho


ambiental e social é significativamente melhor do que os convencionais. O processo
das duas normas está interligado, a única diferença entre elas é que a primeira
certifica o produto e a outra, o seu processo produtivo.

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No escopo da ISO, existem três tipos de rotulagem ambiental, veja abaixo quais
são:

 Rotulagem Tipo I (NBR ISO 14024) — Programas de Selo Verde


Referem-se a programas que apresentam certificação baseadas em multi-critérios;
“São selos voluntários, baseados em critérios múltiplos de programas de terceira
parte, baseados em considerações e pensamentos com foco no ciclo de vida”. A
entidade que concede o selo faz uma verificação se a empresa atende os critérios e
licencia o uso do selo nos produtos outorgados.

 Rotulagem Tipo II (NBR ISO 14021) — Auto Declarações Ambientais;


“São auto-declarações feitas pelos produtores, importadores, distribuidores, ou
qualquer entidade que se beneficie desse tipo de declaração nos mercados sem ter
sido feita uma certificação de terceira parte.”

 Rotulagem Tipo III (NBR ISO 14025) — inclui avaliações de Ciclo de Vida.
Consistem em enunciados públicos de dados quantificados acerca do produto e que
facilitem a escolha do consumidor.

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7. AS 50 EMPRESAS MAIS SUSTENTÁVEIS

A figura mostra uma lista com as 50 empresas que mais se preocuparam com
o desenvolvimento sustentável implementando um SGA em seu sistema.

Figura 11: 50 empresas sustentáveis.

Fonte: https://www.automotivebusiness.com.br/noticia/17219/toyota-e-ford-lideram-ranking-de-
empresas-verdes.

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8. LOGÍSTICA REVERSA

Logística Reversa, também conhecida como logística inversa, é a área da


logística com foco no retorno de materiais já utilizados para o processo produtivo,
visando o reaproveitamento ou descarte apropriado de materiais e a preservação
ambiental.
Quando uma empresa de logística consegue empregar um processo de
logística reversa de maneira ainda lucrativa, ela está alcançando a sustentabilidade
econômica e ambiental do seu negócio.
E isso é muito importante para que grandes empresas não se tornem inimigas
da sociedade, mas parceiras valiosas na rotina.
Fabricantes de produtos como geladeiras, pilhas, computadores, entre outros,
segundo a Lei 12.305, são responsáveis pela destinação final dos resíduos industriais
provenientes da fabricação seus produtos.
Então, sempre que você vê lixo em beiras de estradas e rios, entenda que alguma
empresa está falhando em sua logística reversa.

Figura 12: Esquema de logística reversa.

Fonte: https://blog.texaco.com.br/ursa/logistica-reversa-o-que-e-como-funciona/.

29
Segundo o artigo 3, parágrafo 12, da Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010:
a logística reversa consiste em um instrumento de desenvolvimento econômico e
social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados
a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação
final ambientalmente adequada.
Não entendeu muito bem? É simples. A logística comum é um conjunto de
estratégias e ações para produzir e entregar produtos da forma mais barata e ágil
possível às lojas e consumidores.
Logo, a logística reversa, é um conjunto de estratégias e ações para recolher
esses produtos utilizados da forma mais barata e ágil possível.
Para entregar um produto apenas dois agentes são envolvidos: a fabricante e sua
transportadora. Ambos executam sua estratégia para que os produtos cheguem ao
ponto de venda.
Para que a logística reversa aconteça, todos os agentes também devem ter
incentivos. Os fabricantes e transportadoras devem ser incentivadas pelo Governo.
As lojas devem ser incentivadas pelas empresas e as pessoas devem ser incentivadas
tanto pelas empresas quanto pelas lojas.

8.1. COMO FUNCIONA A LOGÍSTICA REVERSA E EXEMPLOS PRATICADOS NO


MERCADO

 Incentivar os usuários finais


Esse é o primeiro passo.
Sabe toda aquela propaganda de empresas em pontos de venda para que você
retorne pilhas e outros objetos utilizados? É o esforço de uma empresa em melhorar
sua logística reversa.
Os resíduos devem estar em um único local para que seja feita uma coleta
otimizada.
Então, a empresa de pneus deve alinhar com todas as lojas para que elas recebam
estes pneus. Os usuários devem receber essa orientação nas lojas e de preferência
por todos meios de contato disponíveis: e-mail, telefone, carta e etc.

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 Adicionar uma rota de coleta à rota de entrega
Os caminhões, quando terminam a sua rota de entregas, devem voltar para o
depósito, certo? Por que não fazer uma rota de retorno que contemple o recolhimento
dos pneus descartados?
Ao fazer isso, o fabricante de pneus e sua transportadora aproveitarão melhor a
rotina de entregas, otimizando também a logística reversa.
Mas existem outros meios de dar um bom destino ao produto final.

 Seja criativo e eduque os consumidores


Você não precisa recolher 100% dos pneus. Eles podem ser encaminhados para outro
fim pelo usuário final.
Não seria muito bom para o fabricante se os pneus fossem recolhidos por uma ONG
que os utiliza em hortas comunitárias?
Talvez o custo de recolher e encaminhar tantos pneus seja diminuído e com essa
economia, o produtor possa incentivar essa ONG com a doação de um pequeno
utilitário para fazer a coleta.
A empresa ganha incentivo fiscal com a doação, a ONG ganha com o veículo e todos
ganham com menos pneus poluindo o meio ambiente.

 Outros exemplos de logística reversa


Veja outros exemplos de logística reversa que acontecem todo o dia:
 Reciclagem de garrafas PET;
 Devolução de correspondências;
 Reciclagem de eletrônicos;
 Reciclagem de pilhas;
 Reciclagem de óleo lubrificante usado.

31
9. NORMA NACIONAL ABNT NBR 16001

A ABNT NBR 16001 – Responsabilidade social – Sistema da gestão –


Requisitos teve sua primeira edição publicada em novembro de 2004 e a sua segunda
versão em julho de 2012.

A versão de 2012 foi baseada na diretriz internacional ISO 26000 publicada em


novembro de 2010.
A revisão da ABNT NBR 16001 ocorreu no âmbito da Comissão Especial de
Estudos de Responsabilidade Social da ABNT, tendo ficado em consulta nacional.
Outros países também têm desenvolvido normas nacionais com o propósito de
certificação à luz da ISO 26000.
A NBR 16001 é uma norma de sistema de gestão, passível de auditória,
estruturada em requisitos verificáveis, permitindo que a organização busque a
certificação por uma terceira parte, o que não ocorre com a ISO 26000 que é uma
norma de diretrizes.
O Inmetro desenvolveu o Programa Brasileiro de Certificação em
Responsabilidade Social de acordo com a NBR 16001, desde a sua primeira versão,
e agora definiu um plano de transição (por meio da Portaria INMETRO / MDIC número
407 de 02/08/2012) para as organizações estabelecendo que:

I. As organizações certificadas com base na norma ABNT NBR 16001:2004 podem, a


qualquer tempo, a contar da data de publicação desta Portaria, migrar para a versão
atual da norma, mediante auditoria;

II. As solicitações de certificação inicial poderão continuar a ser concedidas com base
na norma ABNT NBR 16001:2004 em até 12 (doze) meses contados da publicação
desta Portaria;

III. As solicitações de recertificação poderão continuar a ser concedidas com base


na norma ABNT NBR 16001:2004 em até 24 (vinte e quatro) meses contados da
publicação desta Portaria;

32
IV. Todas as certificações vigentes concedidas com base na norma ABNT NBR
16001:2004 deverão ser migradas para a versão atual da norma ou serem canceladas
no prazo de 36 (trinta e seis) meses, contar da data de publicação desta Portaria."
Ou seja:
 Até 02 de agosto de 2013 as organizações poderão solicitar certificação inicial com
base na norma antiga (ABNT NBR 16001:2004);
 As empresas já certificadas na primeira versão poderão solicitar recertificação até 02
de agosto de 2014;
 A partir de 02 de agosto de 2015 todas as organizações deverão ter migrado para a
versão de 2012.

A ABNT NBR 16001 estabelece requisitos mínimos relativos a um sistema de


gestão da Responsabilidade Social, permitindo à organização formular e implementar
uma política e objetivos que levem em conta as exigências legais, seus compromissos
éticos e sua preocupação com a promoção da cidadania e do desenvolvimento
sustentável, além da transparência das suas atividades. Segundo Ursine & Sekiguchi
(2005), os pontos mais relevantes desta norma são:

- É aplicável a todos os tipos e portes de organização. Embora o público usual de


normas de sistemas de gestão sejam as grandes corporações, essa norma foi redigida
de forma a aplicar-se também às pequenas e médias empresas, de qualquer setor,
bem como às demais organizações públicas ou do terceiro setor que tiverem interesse
em aplicá-la;

- Entendimento amplo do tema “Responsabilidade Social”. Essa norma incorporou o


conceito mais amplo de Responsabilidade Social, ao aproximá-lo do desenvolvimento
sustentável e incluir em seu cerne o engajamento e a visão das partes interessadas;

- Necessidade de comprometimento dos funcionários e dirigentes de todos os níveis


e funções. Em diversos pontos da norma ressalta-se a necessidade de
comprometimento dos dirigentes e funcionários de todos os níveis e funções, em
especial os da alta direção, uma vez que se trata de um tema transversal;

33
- Necessidade de uma política da responsabilidade social e o desenvolvimento de
programas com objetivos e metas. A norma prescreve que a alta administração deve
definir a política de Responsabilidade Social, “consultando as partes interessadas” e
assegurando, dentre outros tópicos, que a mesma “inclua o comprometimento com a
promoção da ética e do desenvolvimento sustentável”. Na etapa de planejamento, a
organização deverá estabelecer, implementar e manter objetivos e metas da
Responsabilidade Social, com o envolvimento de funções e níveis relevantes dentro
da organização e demais partes interessadas.

As organizações devem desenvolver programas (com objetivos e metas) que


deverão contemplar onze temas da Responsabilidade Social. São eles:
 Boas práticas de governança;
 Combate à pirataria, sonegação, fraude e corrupção;
 Práticas leais de concorrência;
 Direitos da criança e do adolescente, incluindo o combate ao trabalho infantil;
 Direitos do trabalhador, incluindo o de livre associação, de negociação, a
remuneração justa e benefícios básicos, bem como o combate ao trabalho
forçado;
 Promoção da diversidade e combate à discriminação (por exemplo: cultural,
de gênero, de raça/etnia, idade, pessoa com deficiência);
 Compromisso com o desenvolvimento profissional;
promoção da saúde e segurança;
 Promoção de padrões sustentáveis de desenvolvimento, produção, distribuição
e consumo, contemplando fornecedores, prestadores de serviço, entre outros;
 Proteção ao meio ambiente e aos direitos das gerações futuras;
 Ações sociais de interesse público.

Adota modelo PDCA. Tendo em vista o êxito do modelo PDCA (plan, do, check,
act – planejar, fazer, avaliar e agir), utilizado anteriormente pelas normas ISO 9001 e
ISO 14001, foi decidido que a base do sistema dessa norma seria a mesma, facilitando
a integração com os sistemas de gestão já existentes, evitando-se assim a criação de
sistemas e departamentos isolados;

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Esclarecimento que o atendimento aos requisitos da norma não significa que a
organização é socialmente responsável, mas que possui um sistema de gestão da
Responsabilidade Social. A norma chega a estabelecer que as comunicações
externas e internas da organização deverão respeitar este preceito. A introdução da
norma traz em seu texto essa preocupação.
- Auditabilidade - a norma é estruturada em requisitos, permitindo, portanto, que a
organização busque a certificação de seu sistema de gestão da Responsabilidade
Social junto a uma organização externa.
Em fevereiro de 2006, o Inmetro publicou os critérios de avaliação da
conformidade para as organizações que desejarem implementar um sistema de
gestão conforme a NBR 16001 – iniciativa inédita no mundo, uma vez que o Inmetro
foi o primeiro órgão governamental a assumir a coordenação de um programa de
avaliação da conformidade baseado em uma norma de gestão da Responsabilidade
Social. Atualmente, existem cerca de 20 empresas certificadas.

10. LEI Nº12.651 DE 25 DE MAIO DE 2012

A Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, também conhecida como novo "Código


Florestal", estabelece normas gerais sobre a Proteção da Vegetação Nativa, incluindo
Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de Uso Restrito; a exploração
florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos
florestais, o controle e prevenção dos incêndios florestais, e a previsão de
instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.

Seu texto original foi modificado em alguns pontos pela Lei no 12.727 de 17 de
outubro de 2012. Algumas regulamentações foram dadas pelo Decreto no. 7.830 de
17 de outubro de 2012.

Sua aplicação se insere no arcabouço jurídico e instrumentos legais que


orientam e disciplinam o uso da terra e a conservação dos recursos naturais no Brasil,
como, por exemplo, da Lei no 6.938 de 31/08/1981 que trata da Política Nacional do
Meio Ambiente; da Lei no 9.605 de 12/02/1998, também conhecida como a Lei de
Crimes Ambientais, e do Decreto no 6.514 de 22/07/2008 que a regulamenta; das Leis
no 9.985 de 18/07/2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação

35
(SNUC) e da Lei no 11.428 de 22/12/2006, que dispõe sobre a utilização e proteção
da vegetação nativa do bioma Mata Atlântica, além de outras.

Uma das inovações da Lei é a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a


previsão de implantação do Programa de Regularização Ambiental (PRA) nos Estados
e no Distrito Federal. Com o CAR, será possível ao Governo Federal e órgãos
ambientais estaduais conhecerem não apenas a localização de cada imóvel rural, mas
também a situação de sua adequação ambiental; o PRA, por sua vez, permitirá que
os estados orientem e acompanhem os produtores rurais na elaboração e
implementação das ações necessárias para a recomposição de áreas com passivos
ambientais nas suas propriedades ou posses rurais, seja em Áreas de Preservação
Permanente, de Reserva Legal ou de Uso Restrito.

O reconhecimento da existência de áreas rurais consolidadas - área de imóvel


rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008 - em Áreas de
Preservação Permanente, de Reserva Legal ou de Uso Restrito também é um ponto
de destaque na aplicação da nova Lei. Para isso, traz regras para que as propriedades
ou posses rurais possuidoras de áreas consolidadas na referida data possam se
adequar, sejam por meio da adoção de boas práticas, de sua recomposição,
compensação ou de outros instrumentos legais previstos. Além de indicar critérios
para a adoção de tais meios, define os casos e condições passíveis de exploração ou
manejo da vegetação nativa na propriedade rural.

Nesse sentido, a nova lei traz uma série de benefícios para o agricultor familiar
ou detentor de pequena propriedade ou de posse rural, a partir da inclusão do seu
imóvel ou posse no Cadastro Ambiental Rural. A exemplo disso, podem ser citadas
as regras diferenciadas e baseadas no tamanho do imóvel em módulos fiscais para a
regularização das Áreas de Preservação Permanente; e também da regularização da
Reserva Legal para propriedades e posses rurais com até 4 módulos fiscais,
definindo-se a dimensão da Reserva Legal como àquela existente até 22/07/2008.

36
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após descrever todo o processo de um Sistema de Gestão Ambiental, que


exerce uma enorme influência nas empresas para a melhoria contínua é possível
observar que esse sistema é parte do sistema administrativo geral de uma empresa,
incluindo a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades,
treinamentos, procedimentos, processos e recursos para a implementação e
manutenção da gestão ambiental (COSTA, 2004, [n.p]). Onde também inclui aqueles
aspectos de administração que planejam, desenvolvem, implementam, atinge,
revisam, mantêm e melhoram a política ambiental, os objetivos e metas da empresa.

A implantação do Sistema de Gestão Ambiental é o primeiro passo da empresa


em busca do Desenvolvimento Sustentável, convergindo seus interesses técnicos,
econômicos e comerciais à prevenção da poluição ambiental e à redução dos
impactos significativos causados por suas atividades.

O Sistema de Gestão Ambiental permitirá que as empresas alcancem a sua


excelência ambiental buscando a sua melhoria continua, que se concretizará através
da otimização de seus processos, da redução dos custos de desperdício, de
distribuição, de consumo de energia e materiais concomitantemente melhorando a
sua imagem junto aos clientes, investidores, fornecedores e entidades
regulamentadoras.

Desta forma, ao reconhecer a importância da qualidade ambiental na gestão


de seus negócios, a empresa garante não só a melhoria do meio ambiente e a da
população, mas também assegura a sua competitividade em um mercado altamente
globalizado.

A certificação ambiental será a consequência da implantação bem sucedida de


cada etapa do Sistema de Gestão Ambiental, principalmente no que se refere ao
cumprimento das metas e objetivos propostos pela política ambiental.

Em relação a estes benefícios, deve ser lembrado que não ocorrem de


imediato, há necessidade de que sejam corretamente planejados e organizados todos
os passos para a interiorização da variável ambiental na organização para que ela

37
possa atingir, no menor prazo possível, o conceito de excelência ambiental, que lhe
trará importante vantagem competitiva.

38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

- Livro: Licenciamento Ambiental: Stein, Ronei Tago.


Brasil. Lei no 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938compilada.htm.

Brasil. Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm.

Brasil. Lei no 9.985 de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I,
II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências. Disponível
em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=322.

Brasil. Lei no 11.428 de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e


proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.
Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=526.

Brasil. Decreto no 6.514 de 22 de julho de 2008. Dispõe sobre as infrações e


sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo
federal para apuração destas infrações, e dá outras providências. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6514.htm.

Brasil. Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação


nativa; altera as Leis no 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro
de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis no 4.771, de 15 de

39
setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-
67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/L12651compilado.htm.

Brasil. Lei no 12.727 de 17 de outubro de 2012. Altera a Lei no 12.651, de 25 de


maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos
6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22
de dezembro de 2006; e revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de
2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973,
e o § 2o do art. 4o da Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm.

Brasil. Decreto no 7.830 de 17 de outubro de 2012. Dispõe sobre o Sistema de


Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter
geral aos Programas de Regularização Ambiental, de que trata a Lei no 12.651, de 25
de maio de 2012, e dá outras providências. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7830.htm.

 Sites:

https://portal.fslf.edu.br/wp-content/uploads/2016/12/Jailson_Rodrigues.pdf

https://www.normastecnicas.com/iso/serie-iso-14000/
https://www.fragmaq.com.br/blog/entenda-o-que-e-rotulagem-ambiental-e-sua-
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